Revista Calção Preto

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EsEFEx - Escola de Educação Física do Exército “Berço do Ensino Metódico e Racional da Educação Física no Brasil”

REVISTA EsEFEx - Escola de Educação Física do Exército - O Calção Preto - Número 01 - Ano 2016

Av. João Luis Alves, s/nº - Fortaleza de São João Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22.291-090 Telefone: 21 2586-2233

Número 01 - Ano 2016



SUBORDINAÇÃO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO

Exército Brasileiro

General-de-Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas Comandante do Exército Brasileiro

Departamento de Educação e Cultura do Exército

General-de-Exército João Camilo Pires de Campos Chefe do DECEx

Centro de Capacitação Física do Exército

General-de-Divisão Décio dos Santos Brasil Chefe do CCFEx



PALAVRAS DO COMANDANTE Estimado Leitor. A Revista “O Calção Preto”, da Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx) tem por objetivo publicar artigos de qualidade na área das Ciências da Saúde, particularmente estudos ligados à Educação Física, Ciências do Esporte, Psicologia, Nutrição, Fisioterapia e Administração Esportiva, com o rigor científico de periódicos da área e leitura palatável, bem como ser um produto de comunicação das atividades de nossa organização militar. A EsEFEx é o estabelecimento de ensino do Exército Brasileiro, subordinada ao Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx) e ao Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), destinada a especializar oficiais e civis em Educação Física e Desportos, Esgrima e Medicina Esportiva, bem como capacitar sargentos para o exercício das funções de monitor de Educação Física. Completando em 2016, noventa e quatro anos de história, nossa Escola vem valorizando o ensino, o desporto, a pesquisa científica, os programas de extensão e o envolvimento com a comunidade acadêmica desde sua gênese, desempenhando papel de grande relevância na área, por meio de feitos e eventos, como: em 1932, na criação da Revista de Educação Física do Exército, primeiro periódico da área de educação física do Brasil; na realização de sua primeira colônia de férias, a partir de 1936, a qual se repete a cada ano em janeiro; na participação da concepção da atual Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de outras faculdades de educação física no país; na introdução do treinamento desportivo em bases científicas no Brasil, a partir da década de 1960; no apoio ao treinamento do Time Brasil que se preparou para os Jogos Olímpicos Rio 2016; e, portanto, confundindo sua história com a própria história da Educação Física e do Esporte no Brasil.

Consciente de sua importância, a EsEFEx vem cumprindo suas missões, oferecendo cursos de graduação, extensão e pós-graduação, formando os profissionais que se encarregam da saúde e operacionalidade de nossa Força, bem como aqueles que são os responsáveis por planejar o treinamento de delegações esportivas militares e, ainda, por coordenar, gerenciar e arbitrar competições, como os Jogos Panamericanos e Parapanamericanos Rio 2007, Jogos Mundiais Militares Rio 2011, Copa do Mundo FIFA 2014 e Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. No presente número são apresentados artigos que tratam de assuntos como modificações no nível habitual de atividade física visando o emagrecimento, o treinamento concorrente de exercícios aeróbicos e de força muscular, o papel da nutrição e das dietas associadas ao treinamento, recomendações ao profissional de educação física para abordar temas como imagem corporal e como esse profissional pode desenvolver valores por meio da prática esportiva, entre algumas das atividades realizadas no último quadrimestre de 2015 da EsEFEx. Esse número significativo de artigos de qualidade significa um real crescimento da capacidade da produção de nossos instrutores, monitores, professores e alunos e o avanço no ensino e na apresentação de resultados de pesquisa da Área da Saúde, passo importante e necessário, dado após a obtenção da equivalência do Curso de Instrutor da EsEFEx ao Curso Superior de Educação Física do sistema federal de ensino, por meio da Portaria nº 1096, de 07 de novembro de 2013. Ao desejar uma boa leitura deste número, agradecemos a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de forma direta ou indireta, ficando registrado aqui o muito obrigado da Escola de Educação Física do Exército!

Luiz Fernando Medeiros Nóbrega - Coronel de Cavalaria QEMA Comandante e Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão Escola de Educação Física do Exército


EXPEDIENTE

SUMÁRIO 07

Artigo - Modificações no nível habitual de atividade física visando o emagrecimento

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Artigo - Frequência de Passos na Corrida: desempenho vs. prevenção de lesões

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Foco na Pesquisa - Confira o que nossos pesquisadores publicaram em 2015 em revistas científicas nacionais e internacionais

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Artigo - O intolerável peso da feiúra...

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Foco na Pesquisa - Linhas de Pesquisa da EsEFEx

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Artigo - Motive-se e diga não ao overtraining!

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Artigo - Relação custo vs. benefício de dietas com restrição de carboidratos

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TCC - Trabalho de Conclusão de Curso - Novos pesquisadores, novos talentos!

35

Artigo - Treinamento concorrente de exercícios aeróbicos e de força muscular

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Artigo - Papel da nutrição como coadjuvante da hipertrofia no treinamento contrarresistência

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Artigo - A mão amiga a serviço da população da cidade do Rio de Janeiro

PROJETO GRÁFICO Agência 2A Comunicação Tel.: 21 2233 5415 - www.agencia2a.com.br

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Artigo - Desenvolvimento de valores através da prática esportiva

TIRAGEM 500 exemplares

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Ciência para Além dos Muros da EsEFEx

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Pílulas de conhecimento

ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO COMANDANTE DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO Coronel de Cavalaria QEMA Luiz Fernando Medeiros Nóbrega SUBCOMANDANTE DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO Tenente-Coronel de Infantaria Marcos Vieira Junior CHEFE DA DIVISÃO GINOESPORTIVA Major de Infantaria Guilherme de Almeida Gerken CHEFE DA DIVISÃO DE ENSINO Major de Artilharia Inaldo Pereira dos Santos CHEFE DA DIVISÃO DE PESQUISA E EXTENSÃO Tenente-Coronel de Infantaria Luciano Vieira CHEFE DA SEÇÃO DE PESQUISA Major de Intendência Felipe Keese Diogo Campos CHEFE DA SEÇÃO DE EXTENSÃO Tenente de Infantaria Ivo Soares Xavier PROFESSORES DOUTORES Angela Neves Claudia Meirelles Danielli Mello Míriam Mainenti Rodrigo Bini REVISÃO TEXTUAL Sargento de Infantaria Alfredo Dias de Oliveira Junior

Escola de Educação Física do Exército Divisão de Pesquisa e Extensão Rua João Luis Alves s/nº - Urca - Rio de Janeiro - RJ CEP 22.291-090 - Tel.: (21) 2586-2297 www.esefex.ensino.eb.br www.facebook.com/esefexoficial


“Berço do Ensino Metódico e Racional da Educação Física no Brasil”

Artigo

MODIFICAÇÕES NO NÍVEL HABITUAL DE ATIVIDADE FÍSICA VISANDO O EMAGRECIMENTO Cap Shirado, 1º Ten Uriel e 1º Ten Rômulo (alunos da EsEFEx) Atualmente está cada vez mais difícil mantermos um estilo de vida saudável: a alimentação, menos natural e mais hipercalórica; as pessoas, mais sedentárias. Diante dessas realidades, a obesidade se tornou uma das mais preocupantes epidemias mundiais. Visando combater o sobrepeso e a obesidade, diversas dietas e tipos de treinamento foram e estão sendo criados. No entanto, pequenas ações, simples e econômicas, referentes à atividade física, podem oferecer resultados significativos para o emagrecimento. Para obter sucesso nesse procedimento temos que entender que o controle da adiposidade excessiva é um processo bastante complexo que envolve diversas variáveis, dos quais destacamos os fatores genéticos, hormonais, alimentares e físicos. Obte-

mos a energia, para o trabalho biológico, através de nossa alimentação e a mesma é utilizada no consumo diário total de energia que engloba: a taxa metabólica de repouso (60% - 75%); o efeito termogênico do alimento consumido (10%); e a energia despendida durante a atividade física e a recuperação (15% - 30%). Abordaremos esse último componente. O objetivo do presente texto é sugerir modificações referente à atividades físicas realizadas na rotina das pessoas que possam contribuir para o aumento do gasto energético diário. Para quantificar o gasto energético, utiliza-se a unidade de medida MET (Equivalente Metabólico da Tarefa). Ele representa o consumo de oxigênio do organismo ao executar determinada tarefa. Seu

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valor de referência refere-se ao consumo de oxigênio em repouso (pessoa sentada e quieta) e equivale a 3,5 ml/kg.min-1. Ou seja, para cada quilo de peso corporal são consumidos 3,5 ml de oxigênio por minuto. Utilizando as técnicas de ergoespirometria, em diversas tarefas, pesquisadores calcularam o consumo de oxigênio médio utilizado como referência para se calcular o gasto energético de cada indivíduo em cada uma dessas tarefas. Estes resultados foram reunidos no Compêndio de Atividades Físicas, proposto por Ainsworth e seus colaboradores em 1993 (atualizado em 2000), e teve uma versão adaptada ao português por Farinatti em 2003. Na tabela abaixo podemos observar alguns exemplos de atividades que são bastante usuais. Quantificando o consumo de oxigênio é possível obter o gasto energético em calorias, considerando a seguinte proporção: 1L de oxigênio consumido equivale aproximadamente a 5 kcal. TAREFAS

MET

Caminhar / correr brincando com criança(s) Esforço moderado (apenas períodos ativos)

4,0

Caminhar 5 km/h, velocidade moderada, carregando objetos leves com menos de 11 kg

4,0

Carregar compras escada acima

8,0

Ciclismo < 16 km/h, geral, lazer, para trabalho ou prazer

4,0

Correr 8 km/h

8,0

Cozinhar ou preparar comida – caminhando

2,5

Jogos de criança com movimentação corporal intensa (amarelinha, queimada, brinquedos de playground, taco etc.)

5,0

Subir escadas

7,5

Varrer o chão

3,3

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Geralmente as pessoas que praticam exercícios físicos realizam os mesmos em períodos relativamente curtos. Corrida, musculação, ginástica, danças, lutas, futebol dentre outros, duram em média não mais do que 1 hora. Considerando que dormimos em média 8 horas por dia, será que podemos incluir mais algumas horas de atividade física nas outras 15 horas que nos restam? A resposta é: certamente sim. Comece a pensar no seu dia. Quando acorda, quem prepara o café? Em seguida, como vai para o trabalho: de carro, a pé, de bicicleta? Chegando lá, usa escadas ou elevador? E durante o expediente, costuma ficar sentado todo o período? Usa o telefone para falar com o colega da sala do lado ou vai pessoalmente? E quando deseja estacionar o carro na rua, “roda” até encontrar uma vaga próxima (desperdiçando combustível e prejudicando o meio ambiente) ou estaciona em qualquer vaga e caminha até o seu objetivo? Evidentemente que cada pessoa tem uma rotina diferente, mas as possibilidades de modificar o nível de atividade física são imensas e muitas vezes bem simples e econômicas. Uma das mudanças mais fáceis de serem aplicadas é a ida ao trabalho. Imagine que seu trabalho está localizado a 8 km de distância da sua residência e você costuma ir de carro para o mesmo, gastando cerca de 15 minutos no trajeto. Considere que seu veículo necessite de 1 litro de gasolina para percorrer esses 8 km, e considere ainda que o preço do litro está por volta de 4 reais. Desta maneira, você irá gastar R$ 8,00 por dia, R$ 240,00 por mês e por ano R$ 2.880,00. Agora propomos que você vá de bicicleta. Consultando o compêndio de atividades físicas, notamos que: ciclismo numa velocidade menor que 16 km/h equivale a 4 MET. Considere sua massa corporal sendo de 80 kg e o tempo total da atividade igual a 60 minutos (30 min de ida e 30 min de volta). Logo, o consumo total de oxigênio é de: 4 x


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Escala de Esforço Percebido

Pirâmide da Atividade Física Crianças e adolescentes devem realizar atividades físicas variadas, agradáveis e apropriadas à idade durante 60 minutos ou mais todos os dias, incluindo as atividades expostas na Pirâmide da Atividade Física.

Assistir TV, navegar na internet e jogar videogame Evite períodos inativos de 2 horas ou mais durante o dia.

FORTALECIMENTO

MUSCULAR Subir em árvores Exercícios abdominais Exercícios com halteres e caneleiras Atividades que trabalham a força devem ser realizadas 3 dias por semana, no mínimo, como parte dos 60 minutos ou mais de atividade física.

Fonte: Adaptado de ADHS (2007)

Reduza Atividades Sedentárias

ÓSSEO Correr Pular corda Brincar de pula-sela e de amarelinha Atividades que apresentam certo impacto devem ser realizadas 3 dias por semana, no mínimo, como parte dos 60 minutos ou mais de atividade física.

10

Atividade extremamente vigorosa Estou completamente sem fôlego, não consigo falar

9

Atividade muito vigorosa Consigo falar apenas uma palavra por vez

7-8

Atividade vigorosa Estou sem fôlego, consigo falar uma ou duas frases

4-6

Atividade moderada Consigo conversar

2-3

Atividade leve Consigo respirar com facilidade

1

Nenhuma atividade física

ATIVIDADES AERÓBICAS Dançar | Pedalar | Jogar Capoeira Caminhar em ritmo acelerado Praticar esportes como futebol, natação basquetebol e voleibol

Atividades aeróbicas devem compor a maior parte dos 60 minutos ou mais de atividade física diária, incluindo tanto atividades de intensidade moderada quanto de intensidade vigorosa, mas as atividades aeróbicas de intensidade vigorosa devem ser realizadas 3 dias por semana, no mínimo.

ATIVIDADES FÍSICAS DIÁRIAS Ir para a escola caminhando ou pedalando Usar as escadas ao invés do elevador Participar de jogos ativos como taco, pega-pega e barra ou pique-bandeira

Principalmente em adolescentes, exercícios que trabalham a flexibilidade, como alongamentos sem balanceios, podem ser realizados diariamente, atuando positivamente sobre a postura corporal e prevenindo dores. Mantenha-se ativo do seu jeito, realizando atividades físicas em casa, na escola e no deslocamento movimente-se sempre que tiver oportunidade!

Fonte: Autoria do conteúdo (Caroline de Oliveira Martins LEPAFS-DEF-CCS-UFPB)

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(3,5 ml x 80 kg x 60 min); => 4 x (16800 ml O2); => 67200 ml O2; => 67,2 litros de oxigênio. O gasto energético será obtido multiplicando 67,2 litros por 5 kcal, obtendo desta forma: 336 kcal de gasto energético por dia. Acrescentar essas calorias ao total gasto diariamente trará, a médio/longo prazo, uma redução significativa da massa corporal total, por um custo aproximado de R$ 1.000,00 da bicicleta. Se o percurso entre a sua casa e o seu trabalho apresentar segurança para o deslocamento nesse meio de transporte, essa é uma excelente alternativa para a prevenção e/ou controle da obesidade.

É evidente que para combater o sobrepeso e a obesidade é necessário muita disciplina e determinação, além de envolver diversos fatores, conforme descrito no início do texto. Nesse contexto, é essencial entender os princípios fisiológicos que englobam as diversas áreas do corpo humano, criando estratégias nas diversas áreas que se relacionam com o emagrecimento, para obter resultados com mais eficiência e segurança. Constatase nesse breve texto, que simples mudanças no nível de atividade física são viáveis, contribuindo de maneira significativa para o emagrecimento.

Para saber mais, leia também: Ainsworth, B.E. et al. Compendium of physical activities: an update of activity codes and MET intensities. Medicine and Science in Sports and Exercises, v.32, n.9, p. S498-S516, 2000. Farinatti, P.T.V. Apresentação de uma Versão em Português do Compêndio de Atividades Físicas: uma contribuição aos pesquisadores e profissionais em Fisiologia do Exercício. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, v.2, p. 177-208, 2003. Foureaux, G., Pinto, K.M.C., Dâmaso, A. Efeito do consumo excessivo de oxigênio após exercício e da taxa metabólica de repouso no gasto energético. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.12, n.6, 393-398, 2006.

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Artigo

FREQUÊNCIA DE PASSOS NA CORRIDA: DESEMPENHO VS. PREVENÇÃO DE LESÕES Prof. Dr. Rodrigo Bini (EsEFEx)

A corrida é um esporte que capta anualmente um contingente crescente de adeptos devido ao baixo custo para o praticante e aos inúmeros benefícios para a saúde física e mental. Esta atividade tem sido historicamente associada às ações mais primitivas do ser humano, como a caça e a fuga de situações perigosas. Isto tem motivado estudos visando identificar como o corpo humano se adapta ao gesto da corrida, visto que a maior parcela dos deslocamentos ocorre utilizando a caminhada. Entre os fatores mais importantes da corrida, o ritmo é fundamental para o desempenho em diversas durações da corrida. Correr com passos excessivamente curtos ou demasiadamente longos eleva o gasto energético, induzindo a fadiga prematura dos músculos acionados. Isto tem sido observado devido

à relação ótima utilizada pelos músculos para produzir força em uma velocidade de contração específica. Aqui, pode-se fazer uma relação com um motor de combustão, o qual possui uma faixa ótima de rotação que minimiza o gasto de combustível. Nesta perspectiva, a mudança da frequência de passada (ritmo) e sua relação com o comprimento do passo afetam a dinâmica de contração dos músculos e o gasto energético. Diversos estudos apontam que a frequência de passadas preferida de corredores experientes se aproxima da ótima e que variações de 10% ainda podem resultar em manutenção do gasto energético. Qualquer mudança acima desta faixa resultaria em aumento do gasto energético e antecipação da fadiga.

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Da mesma forma, as articulações dos membros inferiores sofrem com mudanças no ritmo de corrida. Estudos recentes estimaram que a força de compressão na articulação entre a patela e o fêmur, componentes do joelho, pode chegar a 3-4 toneladas durante a fase de apoio do pé com o solo na corrida. Obviamente, as articulações do corpo humano possuem estrutura capaz de acomodar esta magnitude de forças, mas a repetição de cargas aplicadas acima do limite fisiológico das articulações resulta em lesão por uso repetitivo. Neste cenário, a corrida gera um risco de lesões no joelho de forma bastante objetiva.

Quando o corredor opta por utilizar um ritmo de corrida 10% mais lento e uma passada 10% mais longa do que o habitual, as forças no joelho aumentam na ordem de 15%, o que gera um risco de lesão nas cartilagens articulares. A razão para este aumento é justificada pelo aumento da força por passo necessária para desacelerar o corpo quando o corredor opta por uma frequência de passada mais lenta para manter uma determinada velocidade na corrida. Desta forma, é recomendado que corredores de rua novatos controlem seu ritmo de passadas para uma frequência maior possível. Corredores experientes devem atentar para sinais de dor e desconforto nas articulações, os quais podem ser indicadores de que o impacto durante a corrida está excessivo. O aumento da frequência de passada é uma estratégia recomendada para reduzir os riscos de lesões.

Para saber mais, leia também: Hafer, J.F., Brown, A.M., deMille, P., Hillstrom, H.J., Garber, C.E. The effect of a cadence retraining protocol on running biomechanics and efficiency: a pilot study. Journal of Sports Sciences, v.33, n.7, p.724-731, 2015. Hamill, J., Derrick, T., Holt, K. Shock attenuation and stride frequency during running. Human Movement Science, v.14, n.1, p.45-60, 1995. Lenhart, R.L., Smith, C.R., Vignos, M.F., Kaiser, J., Heiderscheit, B.C., Thelen, D.G.. Influence of step rate and quadriceps load distribution on patella femoral cartilage contact pressures during running. Journal of Biomechanics, v.48, n.11, p.2871-2878, 2015.

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A ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO ESTEVE LÁ! Simpósio Internacional de Fisiologia do Exercício

XVI Congresso Brasileiro de Biomecânica

A Prof.ª Dra. Claudia Meirelles ministrou a palestra intitulada “Espectroscopia no infravermelho próximo em estudos com treinamento contrarresistência na presença de restrição de fluxo sanguíneo”.

Palestra “Ciclismo: esporte, saúde e reabilitação”, ministrada pelo Prof. Dr. Rodrigo Bini.

I Simpósio Paradesportivo Carioca A Prof.ª Míriam Mainenti participou de mesa redonda ministrando palestra voltada à Avaliação da Capacidade Cardiopulmonar de paratletas. A seção de pôsteres contou com o trabalho de conclusão de curso (TCC) do Ten Alexssander Mello, aluno da EsEFEx, bem como o trabalho da Professora Dra. Angela Neves que recebeu um prêmio por estar entre os três melhores trabalhos do evento.

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I Encontro Internacional de Psicologia do Esporte e da Atividade Física A Prof.ª Dra. Angela Neves ministrou a palestra “Aplicação da análise fatorial confirmatória e modelagem de equações estruturais em psicologia do esporte”. No I Congresso Internacional de Psicologia do Esporte, Desenvolvimento Humano e Tecnologia. A Prof.ª Dra. Angela Neves, ministrou a palestra “Resiliência no contexto do esporte de rendimento”.

62° Congresso Anual do Colégio Americano de Medicina do Esporte No 62° Congresso Anual do Colégio Americano de Medicina do Esporte (American College of Sports Medicine 62nd Annual Meeting, and 6th World Congress on Exercise is Medicine) em San Diego, CA, EUA, o Major Keese teve a oportunidade de representar a EsEFEx e o Exército Brasileiro, estabelecendo contato com profissionais de importantes universidades internacionais, estreitando laços entre instituições.

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II Fórum Científico da Escola de Educação Física do Exército (“Ciência aplicada ao treinamento físico e gestão esportiva”)

Nos dias 12 e 13 de junho reuniram-se na EsEFEx palestrantes de grande importância no meio acadêmico, como os Professores Doutores Leonardo Mataruna, Maria Regina Ferreira Brandão, Antonio Carlos Gomes, Estélio Dantas, Rodrigo Bini, entre outros que ministraram palestras e discutiram temas como “A Gestão Esportiva em grande eventos”, “A Multidisciplinaridade no treinamento e desempenho esportivo”, e “Ciência e Gestão no apoio ao esporte de alto rendimento”. Abrilhantando ainda mais o evento, o medalhista olímpico Giovane Gávio proferiu uma palestra sobre Motivação no esporte.

Jornada Pedagógica de Educação Física Na semana em que se comemorou a contagem regressiva de 1 ano para as Paralimpíadas 2016, a Escola de Educação Física promoveu a Jornada Pedagógica de Educação Física, com o tema “Gestão aplicada ao Esporte Adaptado”. O evento contou com a participação do vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Prof. Ivaldo Brandão, e o Prof. Dr. Ian Brittain, da Coventry University (Inglaterra). O final da jornada foi marcado por um grande interesse dos nossos alunos e dos participantes externos que realizaram diversas perguntas sobre o tema.

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Confira o que nossos pesquisadores publicaram em 2015 em revistas cientificas nacionais e internacionais O fechamento e ponto alto de todo o processo de pesquisa pelo qual passa o pesquisador é a publicação científica, que contribui para a ciência a sistematização das informações absorvidas. Essa não é uma tarefa fácil. Envolve leitura, redação clara e atraente, processamento de dados, organização e discussão dos resultados, além de todo cuidado para seguir a formatação do periódico escolhido. Depois de todo esse processo, ainda é preciso contar com um corpo de editores e revisores do periódico, para que se possa avaliar e deferir a publicação ou não do manuscrito. Os instrutores, professores, monitores e alunos da EsEFEx tiveram 14 manuscritos aprovados por esse criterioso processo de avaliação em 2016, destacando três artigos no extrato “A” dos critérios de classificação da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e seis no extrato “B”. Confira alguns destes trabalhos: 1. Balbinot, G.; Bini, R.R.; Schuch, C.P.; Lanferdini, F.J. ; Zaro, M.A ; Vaz, M.A . Changes in muscular activation patterns produced by a toning shoe during treadmill walking and quiet standing. Footwear Science, v. 7, p. 43-50, 2015. 2. Bini, R. R.; Hume P.A. Relationship between pedal force asymmetry and performance in cycling time trial. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness (Testostampato), v. 55, p. 892-898, 2015. 3. Bini, R. R.; Jaques, T; Lanferdini, F. J.; Vaz, M.A. A comparison of kinetics, kinematics and EMG during single leg assisted and unassisted cycling. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 29, p. 1534-1541, 2015.

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4. Priego Quesada, J.I.; Carpes, F. P.; Bini, R. R.; Salvador, P.R.; Pérez-Soriano, P.; Cibrián Ortiz De Anda, R.Mª. Relationship between skin temperature and muscle activation during incremental cycle exercise. Journal of Thermal Biology, v. 48, p. 28-35, 2015. 5. Quesada, J. I. P.; Bini, R. R.; Diefenthaeler, F.; Carpes, F.P. Spectral properties of muscle activation during incremental cycling test. Journal of Science and Cycling, v. 4, p. 7-13, 2015. 6. Gonçalves, B.L.; Guimarães, F.; Souza, M.L.L.; Ferreira, A. S.; Mainenti, M. R. M. Association among body composition, muscle performance and functional autonomy in older adults. Fisioterapia em Movimento (PUCPR. Impresso), v. 28, p. 49, 2015.


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7. Oliveira, L.A.S.; Rodrigues, E.; Sancho, A.; Mainenti, M.R.M.; Vigario, P.S.; Lopes, A.J.; Carvalho, T.L. Functional capacity, cardiorespiratory fitness and quality of life in Spino cerebellar ataxia: implications for rehabilitation. European Journal of Physiotherapy, v. 17, p. , 2015. 8. Neves, A.N.; Hirata, K.M.; Tavares, M.C. G.C.F. Imagem corporal, trauma e resiliência: reflexões sobre o papel do professor de Educação Física. Revista Psicologia Escolar e Educacional, v. 19, p. 97-104, 2015. 9. Neves, A.N.; Morgado, F.F.R.; Tavares, M.C. G.C.F. Avaliação da Imagem Corporal: notas para uma boa prática de pesquisa. Psicologia: Teoria e Pesquisa (Brasília. Online), v. 31, p. 375-380, 2015. 10. Onodera, C.M.K.; Neves, A.N.; Tavares, M.C. G.C.F. Desenvolvimento da sensopercepção em nadadores: modelo de trabalho e resultados. Pensar a Prática (Online), v. 18, p. 8397, 2015. 11. Neves, A.N. Body Experience as the Core of Body Image Development. In: Alexandra M Columbus. (Org.). Advances in Psychology Research. 1ed.Nova Iorque: Nova Science Publishers, v. 109, 2015, p. 21-36.

13. Neves, A.N.; Lorey, G.A.; Campana, M.B.; Ferreira, L.; Silva, D. Factor structure, validity, and internal consistency of the Body Appreciation Scale for physically active Brazilian men with spinal cord injury. Acta Fisiátrica, v.22, n.2, 77-83, 2015. 14. Alvim, F., Cerqueira, L., D’Affonsêca Netto, A., Leite, G., Muniz, A. Comparison of Five Kinematic-based Identification Methods of Foot Contact Events During Treadmill Walking and Running at Different Speeds. Journal of Applied Biomechanics. 2015 May 7. [Epub ahead of print].

Muitos desses trabalhos podem ser acessados gratuitamente na World Wide Web. Busque pelo título no Google Acadêmico e Boa leitura.

12. Neves, A.N.; Tavares, M.C.G.C.F. Revised Version of the Body Esteem Scale: Psychometric Evidence from Brazilian Men. In: Alexandra M Columbus. (Org.). Advances in Psychology Research. 1ed.Nova Iorque: Nova Science Publishers, v. 108, 2015, p. 133-146.

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Artigo

O INTOLERÁVEL PESO DA FEIÚRA... Profª Drª Angela Neves (EsEFEx) ...das rugas, das manchas na pele, da calvície, dos dentes não perfeitamente brancos e alinhados, das orelhas de abano e o especial intolerável o peso de pesar quilos a mais... todos, em maior ou menor grau, contribuem para o sofrimento contemporâneo, tempo no qual o corpo objetificado (algo a ser moldado e consumido) tem seu palco e seu valor. O belo tem sido, via de regra, associado a algo bom. Essa associação oferece uma explicação simples, porém plausível, para a busca do corpo perfeito que se observa entre homens e mulheres – sim, não é uma exclusividade só do público feminino essa preocupação. Alcançar o ideal seria alcançar a perfeição, a harmonia e a beleza. Seria a realização da essência do homem divino no corpo, o que aproximaria o sujeito da participação do eterno, como diria Humberto Eco. A preocupação e o investimento em relação à aparência estabelecem-se num continuum, que varia desde os cuidados necessários e saudáveis em relação ao corpo ao excesso, no qual a saúde é colocada em risco e o sujeito vivencia perdas sociais e afetivas, podendo evoluir para quadros clínicos como de dismorfia corporal, dismorfia muscular e transtornos alimentares. Na dismorfia corporal, os defeitos reais ou imaginários do corpo tornam-se o foco da vida do sujeito. Na dismorfia muscular, a preocupação centra-se na quantidade de massa muscular e sua definição, sendo julgada sempre pouca e inadequada. Nos transtornos alimentares (em especial na Anorexia Nervosa e na Bulimia Ner-

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vosa) a preocupação e a insatisfação com o peso e a forma do corpo é uma questão central. Nestes três quadros clínicos, a vida social, as relações afetivas e a vida financeira podem ruir frente à busca pelo corpo ideal, através de dietas, exercícios físicos excessivos e cirurgias plásticas. Não é incomum ao profissional de educação física receber alunos na academia com o objetivo de alcançar o corpo físico ideal. Veja, não é “errado” querer ficar com o corpo em forma, ter uma aparência melhor. O que preocupa e prolifera nas academias é a fixação em um ideal de corpo no qual leva a pessoa a ignorar seu bem-estar, sua saúde, suas relações pessoais em função de alcançar o corpo perfeito. O profissional de educação física deve ser sensível o suficiente na abordagem ao aluno e coerente com a prescrição de exercícios. Perpetuar e incentivar a compulsão por exercício físico e sua execução desvinculada à realidade corporal, mas presa num ideal


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“Alcançar o ideal seria alcançar a perfeição, a harmonia e a beleza. Seria a realização da essência do homem divino no corpo, o que aproximaria o sujeito da participação do eterno.” Humberto Eco

narcísico são ações pouco colaborativas para o desenvolvimento humano. Não se deve perder de vista que o desenvolvimento da identidade corporal está diretamente relacionado às experiências corporais, e que o movimento é a fonte primordial destas vivências. É através dele que existimos e agimos no mundo. Se bem conduzido, o exercício físico permite vivenciar sensações singulares capazes de propiciar um melhor reconhecimento do próprio corpo, seus limites e suas possibilidades. Todo o sistema motor está envolvido em expressar aspectos da existência que podem ser lidos por meio do movimento, postura, padrões de extensão e flexão corporais. Pensamentos, sentimentos e imagens que emergem quando um músculo é ativado – sendo tocado ou estando em ação contrátil – reve-

lam a experiência relacionada àquela função motora ou por ela representada. Quando o sujeito se movimenta, a vergonha e a culpa do corpo “não-perfeito” acompanham seu movimento, e o profissional atento a estes aspectos pode promover situações que ressignifiquem estas emoções. Assim, a prática de atividade física pode ser um momento de evocação do potencial de resiliência e, consequentemente, um meio para retomar o desenvolvimento da identidade corporal, de abandono de um ideal narcísico para um reconhecimento da própria realidade corporal, pois permite ao sujeito encontrar lugares de afeto e novas experiências corporais. O profissional de educação física tem a oportunidade de ser um recurso ao seu aluno/cliente na promoção de hábitos saudáveis e no reconhecimento e valorização de si mesmo.

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Para saber mais, leia também: Cyrulnik, B. Os Patinhos Feios. São Paulo: Martins Fontes, 2004. Sykes,H., McPhail,D. Unbearable lessons: Contesting fat phobia in physical education. Sociology of Sport Journal, v.25, n.1,p. 66-96, 2008. Tavares, M.C.G.C.F. Imagem Corporal: conceito e desenvolvimento. Barueri: Manole, 2003.

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Linhas de Pesquisa da EsEFEx Gestão Esportiva Esta linha de pesquisa busca analisar o papel do gestor do esporte, através da atuação e intervenção profissional, e das organizações públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, no campo prático da administração esportiva. Essa área compreende tanto produção quanto “marketing” de produtos oferecidos por organizações esportivas. • Projeto “Legado Desportivo do CCFEx pós Rio 2016” Coordenador: Cel Luiz Fernando Aspectos Fisiológicos e Metabólicos do Exercício e de Estratégias Nutricionais Esta linha tem como objetivo avaliar e discutir os parâmetros cardiovasculares, neuromusculares e metabólicos decorrentes do exercício ou treinamento físico, de dietas ou suplementações nutricionais, e ainda de diferentes condições ambientais. • Projeto “Exercícios com restrição de fluxo sanguíneo” Coordenadora: Prof. Dra. Claudia Meirelles Objetivo Geral: este projeto de pesquisa busca avaliar a hemodinâmica muscular durante exercícios com restrição de fluxo em militares de diferentes idades. • Projeto “Avaliação da ingestão alimentar” Coordenadora: Prof. Dra. Claudia Meirelles Objetivo Geral: avaliar a ingestão alimentar de militares de diferentes níveis de aptidão física, incluindo atletas de alto rendimento, recrutas e militares servindo em OM operacionais.

Aspectos Psicossociais e Pedagógicos da Atividade Física e da Educação Física Nesta linha de pesquisa são investigados os aspectos históricos, sociais, psicológicos e pedagógicos relacionados ao exercício, educação física e esporte, em pesquisas de revisão e experimentais dos tipos transversais e longitudinais. • Projeto “Perfil Psicológico dos Atletas das Forças Armadas” Coordenadora: Prof. Dra. Angela Neves Objetivo Geral: realizar estudos relacionados ao estado de humor, à percepção subjetiva do estresse e recuperação, do perfil de personalidade, da alexitimia e lócus de controle em atletas militares brasileiros. Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida Esta linha de pesquisa tem como objetivo investigar a relação entre a atividade física, aptidão física e saúde, bem como os aspectos ambientais e de estilo de vida que afetam a saúde e qualidade de vida de jovens, adultos e idosos.

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Avaliação e Prescrição do Treinamento Físico e Esportivo Esta linha tem como principais objetivos: 1) Estudar protocolos de avaliação das capacidades motoras e fisiológicas, analisando critérios de validação e reprodutibilidade, bem como possibilidades e limitações de aplicação para a prescrição; e 2) Investigar as respostas e adaptações fisiológicas decorrentes do treinamento físico, analisando as influências das variáveis da prescrição. • Projeto “Avaliações de Seleções Militares Brasileira” Coordenadora: Prof. Dra. Míriam Mainenti Objetivo Geral: este projeto busca avaliar as variáveis fisiológicas, antropométricas, bioquímicas,

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nutricionais e psicológicas de militares atletas de Seleções Militares Brasileira ao longo das temporadas de treinamento, buscando identificar as características associadas aos melhores desempenhos nas provas. Biomecânica do Movimento Humano Esta linha de pesquisa tem dois eixos distintos (Biomecânica do Calçado Militar e Biomecânica da Locomoção Aplicada ao Esporte). O primeiro eixo está relacionado ao estudo das características do coturno e tênis fornecidos pelo Exército Brasileiro sobre a percepção do conforto e absorção de impacto. O segundo eixo busca analisar as possíveis causas biomecânicas da dor anterior do joelho em corredores recreacionais.


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• Projeto “Força de reação do solo em agachamentos” Coordenador: Prof. Dr. Rodrigo Bini Objetivo Geral: avaliar as características biomecânicas de exercícios utilizados em programas de treinamento de força, com foco na determinação do trabalho mecânico decorrente da realização de cada exercício e de suas implicações para as forças musculares e articulares.

Treinamento e Desempenho Esportivo Nesta linha analisa-se o desenvolvimento metodológico de modelos de treinamento esportivo e de avaliação do desempenho em modalidades individuais e coletivas, desde a iniciação esportiva até o alto rendimento.

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Artigo

MOTIVE-SE E DIGA NÃO AO OVERTRAINING! 1º Ten Lermen, 1º Ten Kasai e 1º Ten Moreira Cunha (alunos da EsEFEx) Em alguma oportunidade, você já deve ter ouvido falar em overtraining. O overtraining (excesso de treinamento) tem haver com sobrecarga. Mas a sobrecarga por si só não faz mal ao atleta ou ao praticante de exercícios: pelo contrário ela é necessária para uma melhora da aptidão física. Sessões de treinamento devem ter a sobrecarga (distância percorrida, peso levantado, número de sessões, intensidade do exercício...) combinadas com um tempo adequado de descanso para recuperação. Quando esse equilíbrio entre treino X descanso é violado temos dois resultados possíveis: nenhuma melhora da aptidão física (muito descanso e pouco estímulo) ou... overtraining!... levando a uma queda do rendimento e a uma perda da aptidão física, pois houve pouco tempo de descanso programado entre um estímulo e outro, como você pode ver ilustrado no gráfico.

Sgt Yane Marques PENTATLO MODERNO

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Nível de aptidão física inicial

Recuperação?? Exercício

Recuperação??

Exercício

Recuperação??

Exercício

Overtraining Afastamento da atividade para recuperação

Exercício

TEMPO

Os sintomas do overtraining incluem: ocorrência de lesões, irritabilidade, aumento da frequência cardíaca basal e de treino, apatia, queda de rendimento.


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Evitar que haja esse desequilíbrio entre o descanso e o estímulo do exercício é uma questão central no equilíbrio do treinamento. Há algumas atitudes que podem ajudar o técnico a monitorar o risco de seus atletas atingirem o overtraining. Pode-se controlar com avaliações regulares o estresse, o humor, a ansiedade, a percepção do atleta/aluno. Aumento dos níveis de intensidade ou alterações bruscas destas variáveis podem indicar problemas. Uma boa atitude para o técnico nesse momento, ao perceber esses aumentos, é parar, conversar com seu atleta, reavaliar seu treinamento e descobrir o que está acontecendo. Mas há algo que deve ser destacado: atletas intrinsecamente motivados (aqueles que tem prazer e por realmente gostar da tarefa) são também menos propensos ao overtraining. Assim, estabelecer objetivos em curto prazo, metas “divertidas” (especial-

mente no fim da temporada), mudar o local do treino (nem sempre possível), realizar clínicas de imersão (nas quais atletas visitam e treinam por um período de tempo em outra equipe), mudar a sequência de exercícios são exemplos de ações que ajudam a aumentar a motivação intrínseca. Para fazer estes ajustes e não comprometer o rendimento, é necessário que o treinador tenha uma boa percepção e conhecimento do atleta para não frustrá-lo, caso não atinja o objetivo. Em uma outra perspectiva, devemos buscar uma variação no programa para que o treinamento não caia na “mesmice”, levando aquele esportista a ficar desmotivado e sem confiança na eficácia da rotina de treinos. Assim, sabendo que a motivação pode estar relacionada ao overtraining, cabe a nós criar soluções criativas e inovadoras como treinador para afastar tal síndrome da nossa preparação.

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Sgt Franck Caldeira ATLETISMO

Para saber mais, leia também: Deci, E. L., Ryan, R. M. Intrinsic motivation and self-determination in human behaviour. Nova Iorque: Plenum, 1985. Dosíl, J. The sport psychologist’s handbook: a guide for sport-specific performance enhancement. West Sussex: John Willy & Sons, 2006. Hagger, M.S., Chatzisarantis, N.L. D. Intrinsic motivation and self-determination in exercise and sport. Champaign Human Kinetics, 2007.

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Artigo

RELAÇÃO CUSTO VS. BENEFÍCIO DE DIETAS COM RESTRIÇÃO DE CARBOIDRATOS Cap Pedro Júnior, 1º Ten Hugo Brito e 1º Ten Fabrício (alunos da EsEFEx) Nos dias atuais, a busca pelo “corpo perfeito” e o aumento da preocupação com a qualidade de vida tem levado as pessoas a procurar por meios que facilitem o emagrecimento. Dentre as inúmeras ferramentas que auxiliam na perda de peso, uma tem se popularizado bastante, principalmente devido a sua difusão pela mídia e pela promessa de resultados em curto prazo. Estamos falando da dieta com restrição de carboidratos. O principal objetivo desse texto é buscar esclarecer ao leitor o que é de fato uma dieta com restrição de carboidrato e como nosso organismo reage quando aderimos a uma. Pode-se dividir as dietas com restrição de carboidratos em duas categorias: as cetogênicas, com ingestão diária de carboidratos inferior a 50 gramas; e as não cetogênicas, com ingestão diária de

carboidratos entes 50 e 150 gramas. Em ambas é notável uma drástica redução no consumo diário de carboidratos, tendo em vista que, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde, essa ingestão diária seria superior a 260 gramas1. Os carboidratos estão muito presentes no dia a dia das pessoas, sendo encontrados em abundância nos principais alimentos do nosso cotidiano, como os pães, massas, arroz e doces. Mas como nosso organismo reage quando, de repente, reduzimos drasticamente a quantidade ingerida desses alimentos? O corpo humano utiliza como principal fonte energética os carboidratos. Com a escassez desse substrato energético, o organismo vai à busca de formas 1

Dieta de um indivíduo com consumo diário de 2.000 kcal.

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alternativas para suprir as necessidades diárias de energia de todos os tecidos que compõem o nosso corpo. As principais fontes as quais ele recorre são os depósitos de gordura, o chamado tecido adiposo, que muitas vezes constitui aquela “gordurinha” indesejável que queremos tanto reduzir. Estudos mostram que as dietas com restrição de carboidrato se mostram mais eficientes do que as dietas convencionais quando se trata de redução da massa de gordura e da massa corporal, principalmente nos primeiros seis meses de utilização, período no qual geralmente são registrados os maiores índices de perda. De fato, essa ferramenta pode ser útil para pessoas que pretendem perder bastante peso em um curto período de tempo, no entanto, deve-se alertar para algumas possíveis consequências

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da prática prolongada, e sem orientação de um especialista, que uma dieta com restrição de carboidratos pode causar ao nosso organismo. 1. Um dos riscos seria o aumento do colesterol total do indivíduo, tendo em vista que em substituição aos alimentos ricos em carboidratos, a pessoa recorre a alimentos ricos em gorduras (principalmente saturada, responsável pelo aumento do colesterol), o que em larga escala pode levar o indivíduo a ter problemas cardiovasculares. 2. Carência de vitaminas e minerais é outro aspecto importante a ser lembrado, uma vez que as principais fontes desses micronutrientes também são ricas em carboidratos.


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3. Por fim, a dieta com restrição de carboidratos implica também numa ingestão elevada de proteínas, o que pode vir a causar uma sobrecarga dos rins de pessoas que já tenham alguma enfermidade renal latente. Quando se trata da prática de exercícios, a dieta com restrição de carboidratos não é recomendada para indivíduos fisicamente ativos, especialmente atletas. Nas modalidades associadas a exercícios de elevada intensidade e longa duração, uma vez que nestas, a principal fonte de energia é o glicogênio muscular. Com a escassez das fontes de carboidratos, ocorrerá também a redução dos depósitos de glicogênio (principal fonte de energia para os músculos), o que causará uma notável queda no de-

sempenho físico, além de aumentar sensivelmente a probabilidade de que o indivíduo sofra uma hipoglicemia durante o exercício (tonturas; desmaio devido à carência de fontes de energia). Diante de tudo que foi apresentado, pode-se observar que as dietas com restrições de carboidratos possuem os seus prós e contras, que se gerenciados corretamente podem levar o indivíduo a alcançar os seus objetivos em um mais curto prazo. No entanto, não podemos esquecer que apenas o nutricionista é o profissional habilitado para prescrever dietas, e que fazer uso de dietas por conta própria, ou prescritas por pessoas não habilitadas, podem colocar em risco a sua saúde. Cuide-se!

Para saber mais, leia também: American Dietetic Association. Position stand on weight management. Journal of American Dietetic Association, v.109, p.330-336, 2009. Bazzano, L.A., Hu, T., Reynolds, K., Yao, L., Bunol, C., Liu, Y., Chen, C.S., Klag, M.J., Whelton, P.K., He, J. Effects of low-carbohydrate and low-fat diets: a randomized trial. Annals of Internal Medicine, v.61, n.5, p.309-318, 2014. Noakes, T., Volek, J.S., Phinney, S.D. Low-carbohydrate diets for athletes: what evidence? British Journal of Sports Medicine, v.48, p.14, p.1077-1078, 2014.

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TCC - Trabalho de Conclusão de Curso

NOVOS PESQUISADORES, NOVOS TALENTOS! Os alunos do Curso de Instrutor de Educação Física e do Curso de Mestre d’Armas, 2015, apresentaram suas pesquisas referentes aos trabalhos de conclusão de curso. Todos os estudos relacionam-se às linhas de pesquisa da EsEFEx, são de interesse do Exército Brasileiro e foram submetidas à apreciação de uma banca avaliadora, composta pelos seguintes integrantes: Major Keese, Major Gerken e Prof. Ms. Silvestre Cirilo. Dentre os diversos objetivos alcançados por meio dessa atividade de ensino, destaca-se a integração dos conteúdos aprendidos em sala de aula com situações específicas que poderão encontrar nos corpos de tropa, reunindo ferramentas para que possam incentivar companheiros de profissão para a prática regular de atividades físicas. Por fim, a excelência nas apresentações dos trabalhos pode fornecer ao corpo docente da EsEFEx um fidedigno feedback do processo de ensino e aprendizagem desenvolvido durante o ano letivo e a certeza de que nossos militares desempenharão com competência e vibração as missões inerentes aos cargos previstos nas Organizações Militares do Brasil.

LINHA DE PESQUISA: GESTÃO ESPORTIVA Título: Posicionamento dos comandantes de organizações militares do Exército Brasileiro sobre o programa de atletas de alto rendimento: visão atual e futura. Aluno: 1º Ten Calegário Orientador: Maj Toledo Leal Título: Análise semiótica das imagens dos pôsteres dos jogos desportivos do Exército e dos 5º Jogos Mundiais Militares.

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Aluno: 1º Ten De Luna Orientador: Maj Toledo Leal Título: O legado das instalações esportivas dos V Jogos Mundiais Militares: manutenção e emprego. Aluno: 1º Ten Rômulo Orientador: Maj Toledo Leal


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LINHA DE PESQUISA: ASPECTOS FISIOLÓGICOS, METABÓLICOS E NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO FÍSICO Título: O efeito do treinamento de circuito utilitário militar sobre a regulação autonômica cardíaca em militares do Exército Brasileiro. Aluno: 1º Ten Moura Orientador: Maj J. Morgado – IPCFEx Título: O efeito da pista de treinamento em circuito militar sobre a regulação autonômica cardíaca em militares do Exército Brasileiro. Aluno: 1º Ten Mauro Cézar Orientador: Maj J. Morgado – IPCFEx Título: Efeito agudo do circuito utilitário do Exército Brasileiro em marcadores cardiorrespiratórios de militares. Aluno: Cap Leandro Orientador: Maj Melo – IPCFEx Título: Efeito agudo da pista de treinamento em circuito do Exército Brasileiro em marcadores cardiorrespiratórios. Aluno: 1º Ten Leal Orientador: Maj Melo – IPCFEx Título: Comparação da frequência cardíaca nos testes de esforço realizados em ambientes laboratorial e extralaboratorial. Aluno: 1º Ten Pazette Orientador: Maj Berton Título: Comparação de variáveis ventilatórias aplicadas ao teste de rampa sob estresse térmico e em ambiente laboratorial. Aluno: 1º Ten Garcia Orientador: Maj Berton Título: Efeitos da suplementação de carboidratos sobre a resposta glicêmica e desempenho durante uma marcha de 4 km. Aluno: Cap Fontes Orientador: Maj Laércio

Título: O efeito da ingestão de carboidratos na glicemia de militares durante a realização de uma marcha de 4 km. Aluno: 1º Ten Lacerda Orientador: Maj Laércio Título: Oxigenação muscular durante o exercício contrarresistência com restrição de fluxo sanguíneo no modo isotônico. Aluno: Cap Evangelho Orientador: Prof.ª Cláudia Meirelles Título: Efeito agudo do exercício contrarresistência com restrição do fluxo sanguíneo sobre o volume sanguíneo no modo isocinético. Aluno: 1º Ten Rocha Orientador: Prof.ª Cláudia Meirelles Título: Efeito agudo do exercício contrarresistência com restrição de fluxo sanguíneo sobre o volume sanguíneo muscular no modo isotônico. Aluno: 1º Ten Marques Silva Orientador: Prof.ª Cláudia Meirelles Título: Oxigenação muscular durante o exercício contrarresistência com restrição de fluxo sanguíneo no modo isocinético. Aluno: 1º Ten Shirado Orientador: Prof.ª Cláudia Meirelles Título: Avaliação do perfil dietético dos militares do Centro de Capacitação Física do Exército. Aluno: 1º Ten D’Assis Orientador: Prof.ª Cláudia Meirelles Título: Avaliação do perfil dietético dos militares do Centro de Capacitação Física do Exército. Aluno: 1º Ten D’Assis Orientador: Prof.ª Cláudia Meirelles

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LINHA DE PESQUISA: ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA ATIVIDADE FÍSICA Título: Métodos para avaliação da motivação do esporte no Brasil – estado da arte. Aluno: 1º Ten Martins Orientador: Prof.ª Angela Neves Título: Variabilidade na percepção subjetiva do estresse e recuperação dos jogadores da seleção brasileira de futebol na temporada 2015. Aluno: 1º Ten Xavier Orientador: Prof.ª Angela Neves Título: Perfil da resiliência no contexto esportivo: um estudo com as equipes de alto rendimento do Exército.

Aluno: 1º Ten Marcos Paulo Orientador: Prof.ª Angela Neves Título: Alteração no estado de humor em atletas da seleção brasileira militar de futebol na temporada de 2015. Aluno: 1º Ten Kasai Orientador: Prof.ª Angela Neves Título: Motivos para a prática desportiva em militares do Curso de Instrutor de Educação Física da EsEFEx. Aluno: 1ºTen Moreira Cunha Orientador: Prof.ª Angela Neves

LINHA DE PESQUISA: ATIVIDADE FÍSICA, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA Título: Análise da concordância entre diferentes índices de composição corporal em alunas do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Aluno: 1º Ten Fraga Orientador: Prof. Marcos Fortes – IPCEFx

Título: Relação entre o índice de força e força de preensão manual em militares do sexo masculino. Aluno: 1º Ten Paulo César Orientador: Prof. Marcos Fortes – IPCEFx

LINHA DE PESQUISA: BIOMECÂNICA DO MOVIMENTO HUMANO Título: Correlação entre os testes de dinamometria de preensão manual, escapular e lombar com o desempenho no Special Judo Fitness Test. Aluno: 1º Ten Camposo Orientador: Cap Pereira Título: Estudo da correlação entre o Special Judo Fitness Test e a força isométrica total nos membros superiores em atletas amadores de judô. Aluno: 1º Ten Arlom Orientador: Cap Pereira Título: Altura de queda ótima em treinamento pliométrico para equipes de pentatlo militar. Aluno: 1º Ten Correia Orientador: Cap Charbel

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Título: Análise do desempenho do salto vertical de atletas de pentatlo militar. Aluno: 1º Ten Santos Orientador: Cap Charbel Título: Incidência de lesões no ombro em alunos da Escola de Educação Física do Exército. Aluno: 1º Ten Almeida Orientador: 1º Ten Silvânia – CCFEx Título: Alongamento ativo excêntrico na prevenção do desequilíbrio neuromuscular. Aluno: 1º Ten Stive Orientador: 1º Ten Silvânia – CCFEx Título: Relação entre alterações posturais e prevalência de lesões nos membros inferiores de militares do Exército Brasileiro.


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Aluno: 1º Ten Fabrício Orientador: 1º Ten Silvânia – CCFEx Título: Comparação da transmissão de força entre o calçado militar e o calçado esportivo. Aluno: Cap Pedro Júnior Orientador: Prof. Rodrigo Bini

Título: Influência da modulação da frequência de passada sobre a frequência cardíaca e comprimento de passada durante uma corrida de 400 metros. Aluno: 1º Ten Wesley Orientador: Prof. Rodrigo Bini Título: Comparação biomecânica entre exercícios de agachamento com e sem sobrecarga. Aluno: 1º Ten Samuel Orientador: Prof. Rodrigo Bini Título: Comparação entre o impacto gerado com a utilização do calçado militar e calçado desportivo. Aluno: 1º Ten Kilpp Orientador: Prof. Rodrigo Bini Título: Efeito agudo imediato das passagens na pista de treinamento em circuito sobre a força muscular. Aluno: 1º Ten Uriel Orientador: Prof. Runer Marson – IPCFEx

Título: Efeitos do treinamento de agachamento na redução de assimetrias e distribuição do peso corporal. Aluno: 1º Ten Ferreira Mattos Orientador: Prof. Rodrigo Bini

Título: Análise da força máxima isométrica no emprego operacional de militares da Polícia do Exército. Aluno: 1º Ten Valente Orientador: Prof. Runer Marson – IPCFEx

LINHA DE PESQUISA: AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO FÍSICO Título: Velocidade de platô de VO2 e velocidade máxima: variáveis cardiopulmonares potencialmente importantes na seleção e treinamento de atletas de pentatlo militar feminino. Aluno: 1º Ten Hugo Brito Orientador: Prof.ª Míriam Mainenti

Título: A prática do rugby em cadeira de rodas como fator de melhora da capacidade de recuperação cardiopulmonar após esforço em atletas da modalidade. Aluno: 1º Ten Alexssander Orientador: Prof.ª Míriam Mainenti

Título: Nível de hidratação e reposição hídrica dos atletas da Seleção Brasileira Militar de Futebol: comportamento semelhante nas diferentes posições da equipe. Aluno: 1º Ten Santana Orientador: Prof.ª Míriam Mainenti

Título: Identificando características antropométricas associadas ao melhor desempenho esportivo nas atletas de pentatlo militar feminino do Exército. Aluno: 1º Ten Fracalossi Orientador: Prof.ª Míriam Mainenti

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Título: Capacidade cardiopulmonar em esforço similar entre jogadores de diferentes posições da seleção brasileira militar de futebol: perfil da equipe no início da temporada. Aluno: 1º Ten Helou Orientador: Prof.ª Míriam Mainenti

Título: Relação entre o local de pista e ações realizadas com o resultado de matches de eliminatórias diretas em competições internacionais de sabre masculino. Aluno: 1º Ten Slim Orientador: Maj Cramer

Título: Relação entre local de pista e ações realizadas com o resultado de matches de eliminatórias diretas em competições internacionais de florete masculino. Aluno: Cap Rondon Orientador: Maj Cramer

Título: Avaliação do perfil dietético dos atletas da equipe de futebol do Exército Brasileiro. Aluno: 1º Ten Lermen Orientador: Prof.ª Cláudia Meirelles

Título: Relação entre o local de pista e ações realizadas com o resultado de matches de eliminatórias diretas em competições internacionais de espada masculina. Aluno: 1º Ten Paulo Juan Orientador: Maj Cramer Título: Relação entre local de pista e ação realizada com o resultado em matches de eliminatórias diretas em competições internacionais de sabre feminino. Aluno: 1º Ten Dondeo Orientador: Maj Cramer

Os resumos de cada um destes trabalhos foram publicados na Revista de Educação Física – que é o órgão de divulgação Científica do CCFEx – no volume 82, número 1. Podem ser vistos no site da revista, gratuitamente. Acesse: http://seer.revistaef.ensino.eb.br/ index.php/revista/index

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TREINAMENTO CONCORRENTE DE EXERCÍCIOS AERÓBICOS E DE FORÇA MUSCULAR Maj Keese (Instrutor da EsEFEx) Existe consenso na literatura de que programas de exercícios voltados à promoção da saúde devem combinar algumas formas de atividades físicas, entre as quais podemos destacar os exercícios aeróbicos e de força muscular. Atletas de diversas modalidades esportivas, bem como indivíduos interessados em adquirir maior aptidão física também realizam exercícios aeróbicos e de força em suas rotinas de treinamento. Essa combinação, quando realizada em uma mesma sessão de treino, tem sido denominada exercícios concorrentes. Por outro lado, é importante ressaltar que as adaptações ao treinamento são específicas ao estímulo imposto. Isso gera as seguintes questões: diferentes tipos de treinamento resultarão em diferentes adaptações quando realizados de forma combinada? A primeira atividade realizada exercerá interferência na execução

da atividade subsequente? Essas dúvidas mereceram atenção por parte dos pesquisadores durante muitos anos e, ainda hoje, não há explicações consensuais para as respostas documentadas. Atualmente, o dado mais consistente com relação às respostas do treinamento concorrente é que essa estratégia não prejudica o desempenho aeróbico, podendo até potencializar seus resultados. Por outro lado, o treinamento concorrente atenua o desenvolvimento de força, hipertrofia e potência muscular em comparação com o treinamento de força isolado. Em adição, algumas pesquisas destacam que indivíduos destreinados parecem ser mais suscetíveis aos efeitos da concorrência do que os treinados.

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Conforme dito anteriormente, os mecanismos fisiológicos que esclareceriam as razões para esses achados ainda permanecem conflitantes. Dentre esses mecanismos, destacam-se aqueles relacionados a componentes neurais, fadiga muscular, disponibilidade de substratos energéticos, diferenças em atividades enzimáticas, estimulação de certos tipos de fibra muscular e alterações na síntese proteica. Muitos aspectos podem ser responsáveis pelas discrepâncias encontradas na literatura. Entre eles, estão incluídas as diferenças nas amostras estudadas (indivíduos treinados e destreinados, ou mesmo, sedentários; homens e mulheres; jovens e idosos) e os distintos protocolos de exercícios prescritos (tipos de atividades, frequências de execução, e intensidade e duração dos esforços aplicados). Essas incompatibilidades comprometem comparações entre os experimentos.

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Interessantemente a ordem das sequências da natureza dos exercícios não influencia aqueles resultados decorrentes do treinamento concorrente quando comparado ao treinamento de força isolado. Em outras palavras, iniciando tanto com exercícios de força como com atividade aeróbica, o treinamento concorrente contribuirá menos para o desenvolvimento de força, hipertrofia e potência. Contudo, essa ordem parece exercer impacto quando a comparação passa a ser somente entre as duas possibilidades de sequência dos exercícios concorrentes. De modo geral, a atividade realizada no início das sessões de treinamento concorrente terá melhor rendimento de forma aguda, uma vez que o indivíduo se encontrava descansado, e alcançará as adaptações correspondentes de maneira mais expressiva, como consequência dos treinos mais vigorosos realizados ao longo do tempo. Assim, costuma-se defender a realização do exercício aeróbico iniciando as sessões de treinamento concorrente quando o objetivo do praticante é priorizar o condicionamento aeróbico, bem como os exercícios de força inauguram as sessões de treino quando a prioridade é relacionada à aptidão neuromuscular.


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Todavia, há outras duas abordagens que podem respaldar a realização da atividade aeróbica encerrando as sessões, a saber: os metabolismos energéticos e o sistema cardiovascular. A primeira refere-se ao fato de que o exercício aeróbico utiliza tanto os carboidratos quanto os lipídios como substratos energéticos, enquanto que os exercícios de força contam quase somente com os carboidratos, uma vez que o metabolismo durante suas execuções é predominantemente anaeróbico. Ora, se a sessão começa com exercícios de força e, com isso, os estoques de glicogênio muscular podem vir a sofrer depleções significativas, então, neste caso, o organismo poderá ainda recorrer às reservas “ilimitadas” de gordura quando a atividade aeróbica estiver sendo realizada, o que não seria possível se a ordem dos exercícios fosse inversa. A outra abordagem remete na verdade à segurança da atividade, pois estudos têm demonstrado que a sobrecarga cardiovascular é frequentemente inferior durante a realização de exercícios de força do que em exercícios aeróbicos, quando ambas as atividades são pareadas quanto à duração total e à classificação da intensidade (leve, moderada, elevada e máxima). Cabe ressaltar que a sobrecarga cardiovascular pode

ser mensurada de forma prática, não invasiva e ainda assim confiável através do duplo produto, isto é, a multiplicação dos valores de frequência cardíaca pelos níveis de pressão arterial sistólica. Assim, as sessões de treinamento concorrente deveriam ter início com exercícios de força, pois dessa maneira o esforço cardiovascular seria gradativo. Em síntese, a prática regular de treinamento concorrente, combinando exercícios de força e aeróbicos, deve ser fortemente recomendada para pessoas que busquem saúde e qualidade de vida, pois é atualmente a estratégia mais recomendada para se atingir benefícios advindos de ambas as formas de trabalho. Quando o objetivo é exclusivamente aprimorar o condicionamento cardiorrespiratório, deve-se priorizar o treinamento concorrente cujas sessões iniciem pela atividade aeróbica. Em contrapartida, caso o enfoque seja conscientemente direcionado apenas ao desenvolvimento de atributos relacionados à aptidão neuromuscular, o treinamento de força isolado deve ser indicado. Por fim, em todas as outras situações o treinamento concorrente iniciado por exercícios de força deve ser o protocolo mais motivado.

Para saber mais, leia também: American College of Sports and Medicine’s Guidelines for Exercise Testing and Prescription. 9th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. Häkkinen, K., Alen, M., Kraemer, W..J, Gorostiaga, E., Izquierdo, M., Rusko, H., Mikkola, J., Häkkinen, A., Valkeinen, H., Kaarakainen, E. Romu S, Erola V, Athiainen J, Paavolainen L. Neuromuscular adaptations during concurrent strength and endurance training versus strength training. European Journal of Applied Physiology, v.8, n.1, p.42-52, 2003. Leveritt, M., Abernethy PJ, Barry BK, Logan PA. Concurrent strength and endurance training: a review. Sports Medicine, v.28,n.6, p.413-427, 1999.

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Artigo

PAPEL DA NUTRIÇÃO COMO COADJUVANTE DA HIPERTROFIA NO TREINAMENTO CONTRARRESISTÊNCIA Prof.ª Dr.ª Cláudia Meirelles (EsEFEx) O exercício contrarresistência (ECR) é capaz de afetar profundamente o metabolismo proteico muscular. Uma única sessão no estado de jejum pode aumentar em mais de 50% as taxas de degradação e em pelo menos 100% as taxas de síntese proteica muscular. É sabido que magnitude e a duração deste efeito são dependentes das combinações entre a hereditariedade, as diversas variáveis do ECR (intensidade, número de séries e repetições, intervalo entre séries etc.) e o nível de treinamento individual (iniciantes ou experientes em ECR). Contudo, a ingestão alimentar vem sendo também reconhecida como uma variável capaz de afetar sobremaneira o balanço proteico muscular, chegando a dobrar as taxas de síntese proteica determinadas pelo ECR no estado de jejum. Desta forma, o objetivo desta breve revisão foi apresentar, à luz das evidências atuais, o impacto da ingestão de proteínas sobre o metabolismo proteico muscular. Três características da proteína afetam o metabolismo proteico: a quantidade, a qualidade e os horários de ingestão diária. Assim, para uma adequada hipertrofia, recomenda-se que a ingestão diária se situe entre 1,6 a 1,8 g de proteína por quilograma de massa corporal, valores 60% a 80% superiores aos recomendados a indivíduos sedentários. Quanto à qualidade, a proteína de origem animal é reconhecida como aquela que contém todos os aminoácidos essenciais, ou seja, uma proteína de alto valor biológico (AVB). Contudo, entre as proteínas AVB,

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a proteína do soro de leite (whey protein) e a caseína se destacam como bastante apropriadas para fins de hipertrofia. Em relação ao horário mais apropriado de ingestão, há consenso na literatura que a ingestão realizada imediatamente antes, durante ou após o ECR é mais eficaz do que aquela que ocorre mais uma hora pós-ECR. Hoje se sugere aproximadamente 0,3 g de whey protein por quilograma de massa corporal imediatamente após o término da sessão de ECR. O whey protein é uma proteína de rápida absorção e com alto conteúdo de leucina. A leucina é um aminoácido essencial, de cadeia ramificada, que é capaz de ativar importantes vias de sinalização da síntese proteica. Assim, esta proteína auxilia o anabolismo desde os primeiros minutos após o ECR. Outra proteína de AVB que se destaca é a caseína, mas diferentemente do whey protein, sua absorção é lenta, tornando-a indicada para utilização como última refeição do dia, a fim de manter elevadas as concentrações de aminoácidos na corrente sanguínea durante o jejum noturno. Ainda não existe consenso sobre as doses ótimas diárias de caseína para praticantes de ECR. Uma questão relevante a ser esclarecida é que a alta ingestão proteica não necessariamente se associa a um maior estimulo de hipertrofia, e deve ser desencorajada! Ou seja, não adianta consumir dietas hiperproteicas no intuito de estimular sobremaneira a hipertrofia, pois a nutrição é um coadjuvante neste


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processo. Existe um valor ótimo de ingestão (conforme destacado anteriormente) e caso seja superior, é desnecessária e supérflua. É preciso tomar cuidado com o consumo prolongado de dietas muito ricas em proteínas, pois pessoas que apresentam alguma enfermidade renal podem adoecer de problemas renais graves com estas dietas. Em conclusão, embora não unânime, as evidências atuais apontam que o horário de consumo de proteína é uma importante variável no processo de hipertrofia

muscular. Considera-se que uma dose de proteína de alto valor biológico consumida imediatamente antes, após ou durante o ECR possa positivar o balanço proteico muscular já nas primeiras horas após a atividade. Contudo, deve-se atentar para a qualidade da dieta como um todo, com adequadas quantidades de proteína distribuídas ao longo do dia, bem como equilibrada nos demais macronutrientes (carboidrato e lipídio), micronutrientes (vitaminas e minerais), adequada ingestão hídrica, entre outros fatores nutricionais.

Para saber mais, leia também: Naclerio, F., Larumbe-Zabala E.Effects of whey protein alone or as part of a multi-ingredient formulation on strength, fat-free mass, or lean bodymass in resistance-trained individuals: a meta-analysis. Sports Medicine, v.46, n.1, p.125-137, 2016. Snijders, T. et al.Protein ingestion before sleeping creases muscle mass and strength gains during prolonged resistance-type exercise training in healthy young men.Journalof Nutrition, v.145, n.6, p.1178-1184, 2015. Stark, M., Lukaszuk, .J, Prawitz, .A, Salacinski, .A. Protein timing and its effects on muscular hypertrophy and strength in individuals engaged in weight-training. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v.9, n.1, p.54-62, 2014.

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Artigo

A MÃO AMIGA A SERVIÇO DA POPULAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Ten Cel Luciano Vieira (Chefe da Divisão de Pesquisa e Extensão) As atividades de extensão têm por objetivo ampliar o espaço de diálogo entre discentes, professores/pesquisadores e a comunidade, em uma ação que possibilite o compartilhamento e a construção de conhecimentos entre os mesmos. Essas atividades visam atender ao artigo 43 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nr 9394/96, que nos incisos VI e VII preconiza: “VI – Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII – Promover atividades de extensão, abertas à participação da população, visando à difu-

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são das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.”

Desta maneira, além dos diversos cursos oferecidos pelas confederações esportivas e eventos esportivos feitos em parceria com a Escola, a EsEFEx proporciona à comunidade uma relação de troca de conhecimentos, oportunizando o desenvolvimento de habilidades e competências profissionais aos discentes, como também a integração da comunidade local com o Ensino da mesma. Essa relação da Escola de Educação Física do Exército com a comunidade local tem sido efetivada pelas ações a seguir:


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Ação Colônia de Férias: Objetiva proporcionar aos alunos da EsEFEx oportunidades para a prática orientada de atividades recreativas, desportivas, culturais, artísticas e filantrópicas. A Colônia de Férias conta, com a participação anual de aproximadamente 350 crianças e 40 estagiários de Educação Física de diversas universidades convidadas. Essa ação propicia a disseminação e difusão dos conhecimentos gerados durante a graduação do curso de Educação Física com o trabalho multidisciplinar, nas mais variadas modalidades de esportes, seja coletivo ou individual, no campo, na quadra ou na areia, proporcionando o contato com a natureza e a prática de uma atividade física.

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Ação Escola de Esportes (Futebol): Visa o desenvolvimento de valores morais nas crianças participantes, tais como o respeito ao próximo, a convivência em sociedade, o trabalho em equipe, dentre outros. Promove também a interação da EsEFEx com outros setores da sociedade. Atualmente, a ação Futebol conta com a participação de 60 crianças.

Ação Saúde e Qualidade de Vida na Academia de Musculação: Oferece à comunidade a oportunidade de promoção e desenvolvimento do bem-estar físico, bem como aos alunos do Curso de Instrutor o aperfeiçoamento da formação técnico-científica. Hoje esta ação favorece cerca de 200 pessoas da comunidade local.

Ação com a Escola Municipal Estácio de Sá: Tem por objetivo desenvolver atividades educativas que contribuam para a redução da prevalência de inadequações nutricionais e seus fatores de risco, e desvios posturais nos alunos desta escola.

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Artigo

DESENVOLVIMENTO DE VALORES ATRAVÉS DA PRÁTICA ESPORTIVA Cap Marques Silva, 1º Ten Martins, 1º Ten De Luna e 1º Ten Xavier (alunos da EsEFEx) Nunca foi tão discutida a dificuldade de relacionamento entre estudantes e educadores nas diversas escolas do Brasil como nos dias atuais. Professores relatam que as crianças da geração Y, a chamada juventude digital, não apresentam valores ensinados no lar como nas gerações anteriores. A geração Y exibe comportamento mais agressivo, não obedece aos limites, desrespeita colegas e professores, entre outros problemas. Alguns educadores, como o Professor Mário Sérgio Cortella, afirmam que um dos motivos deste comportamento se dá pela ausência dos pais na criação de seus filhos. Isto ocorre devido à falta de tempo dos pais que trabalham grandes jornadas e precisam deixar os filhos nas creches. Assim, estes pais esperavam que as creches e escolas substituíssem o papel de educador e de formador de valor que a família tinha. É certo que a escola traz os conceitos de camara-

dagem, espírito de corpo e disciplina. Entretanto, a escola sozinha não está apta a criar todos os valores necessários ao desenvolvimento da criança. Sendo assim, a ação efetiva da família é fundamental. Não somente a escola e os pais são capazes de reproduzir princípios e atuar no desenvolvimento de crianças e jovens. Algumas instituições e a prática de esportes podem ser grandes aliadas na formação de pessoas melhores. Os militares, desde o início da carreira, têm contato com o Estatuto dos Militares que prevê em seu Art. 27 as manifestações essenciais ao valor militar. São elas: o patriotismo, o civismo, o culto das tradições históricas, a fé na missão elevada das Forças Armadas, o espírito de corpo, o amor à profissão e o entusiasmo com que esta é exercida e, por fim, o aprimoramento técnico-profissional. Todos estes valores são trabalha-

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dos e respeitados por toda vida militar, mas é importante ressaltar aqueles que são considerados como pilares das Forças Armadas: a disciplina e a hierarquia. Dessa forma, as Forças Armadas podem colaborar muito com essa lacuna observada na geração Y apresentada previamente. Adicionalmente, os educadores físicos são peças fundamentais para o desenvolvimento de valores, principalmente daqueles ligados ao esporte. Como disse o General do Exército dos Estados Unidos, Douglas MacArthur: “Lá nos campos de batalha, fiquei convencido de que os militares que participavam dos desportos tornavam-se os melhores combatentes. Esses homens, quando tomavam parte em batalhas, combatendo outros seres humanos e submetendose às regras do combate, eram os que mais prontamente estavam preparados para aceitar e fazer cumprir a disciplina”. Todos os esportes, sejam praticados em alto rendimento ou não, são capazes de produzir princípios inerentes ao caráter do ser humano. No futebol, por exemplo, que é a paixão nacional, são desenvolvidos diversos valores, como o amor à pátria, percebido no início da partida pelo canto do hino nacional e pela dedicação apresentada em busca da vitória. Além disso, em um esporte coletivo vence aquele que desenvolve maior trabalho em equipe. Outro

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ponto a ser observado é a disciplina tática da equipe que quando bem coordenada possibilita que equipes “mais fracas” vençam as equipes consideradas favoritas. A disciplina para seguir os comandos é algo fundamental para chegar a vitória. No entanto, não existe somente vitórias. Atletas também devem aceitar as quedas como parte do aprendizado no caminho para a excelência. O jogador se mostra digno


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quando sabe aceitar a sua derrota, quando demonstra fair play, bem como quando ele é um exemplo de vida aos seus fãs. Cita-se o Pentatlo Militar como outro exemplo de esporte que auxilia no desenvolvimento de valores no ser humano. É um esporte que possui cinco modalidades: tiro, natação com obstáculos, pista de obstáculos (também chamada de pista de pentatlo militar), lançamento de granada e corrida cross country de 8 km (homens) ou 4 km (mulheres). Um dos valores desenvolvido neste esporte é a coragem, necessária para realização das cinco modalidades. Afinal, sem coragem o atleta não conseguiria transpor todos os obstáculos da pista, não conseguiria realizar a prova de tiro, muito menos nadar na piscina tendo que ultrapassar obstáculos no menor período de tempo.

Cabe ainda destacar a perseverança como um atributo de suma importância aos atletas de todos os esportes, já que sem ela não seria possível suportar as rigorosas planilhas de treinamento e dieta necessárias para se manterem competitivos. Desta forma, observa-se que desde o nascimento devem ser trabalhados os valores no ser humano, a fim de torná-los pessoas sensatas, justas e comprometidas. Os pais devem assumir sua função na criação e desenvolvimento dos valores da família em seus filhos. Na creche e escolas é possível desenvolver outros valores como companheirismo, trabalho em equipe e dedicação. Da mesma forma, outros setores ou mesmo atividades na sociedade também conseguem desenvolver valores fundamentais ao ser humano, como é o caso da vida militar e da prática de atividades esportivas.

Para saber mais, leia também: Arantes, V. A. Educação e valores: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2007. Bracht, V. Educação Física e Aprendizagem Social. Porto Alegre, Magister, 1992. Daólio, J. A cultura da Educação Física escolar. Motriz. Rio Claro, v.9, n.1, supl., p. S33-37, jan/abr 2003.

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CIENCIA PARA ALEM DOS MUROS DA EsEFEx No ano de 2015, os oficiais e professores da Escola de Educação Física do Exército mantiveram colaboração com algumas instituições de ensino e pesquisa fora do Exército Brasileiro.

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Cel Luiz Fernando:

Maj Keese:

Pesquisador associado ao Grupo de Estudo em Eventos e Mega Eventos da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do Projeto Carnival da Coventry University (Reino Unido).

Participa de estudos sobre as respostas cardiovasculares aos exercícios, colaborando com o Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Professora Claudia Meirelles:

Professora Angela Neves:

Tem colaborado no projeto “Efeitos do treinamento contrarresistência com restrição do fluxo sanguíneo sobre hipertrofia e arquitetura muscular, função endotelial e ganhos de força”, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Professora Danielli Mello: É colaboradora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) na orientação e co-orientação de alunos de doutorado.

Com foco de atuação voltado para as respostas emocionais, cognitivas e comportamentais vinculadas à prática do esporte do exercício físico, tem realizado estudos em parceria com pesquisadores da Unicamp, da Faculdade de Medicina do ABC, da Universidade São Judas Tadeu e da Anglia Ruskin University.

Professora Míriam Mainenti: Tem colaborado no projeto de pesquisa intitulado “Postura, Movimento e Saúde em Escolares” na Escola de Educação Física e Desportos (EEFD/UFRJ). E com o Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), na linha de pesquisa “Avaliação e Intervenção no Esporte Adaptado”.

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Professor Rodrigo Bini: Tem colaboração no projeto de pesquisa intitulado “Efeito da laserterapia de baixa potência sobre o desempenho de ciclistas” da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (ESEFID) da UFRGS.

A colaboração ocorre através da participação em diversas etapas das pesquisas: treinamentos de alunos para coleta de dados, coleta de dados propriamente dita, participação em seminários, participação em bancas, co-orientação de dissertações e teses, correção de manuscritos a serem submetidos para publicação, dentre outros. As parcerias até então estabelecidas têm sido de grande importância para manter a EsEFEx conhecida e bem referenciada mesmo em instituições fora do Exército Brasileiro.

Prof.ª Míriam Mainenti em coletas de dados (parceria EEFD/UFRJ) e com a seleção brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (parceria UNISUAM)

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PÍLULAS DE CONHECIMENTO

B

astam poucos minutos de atividade física intensa para uma boa melhora na concentração de crianças e adolescentes com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Correr por cinco minutos foi suficiente para deixar o nível de atenção de um grupo de crianças e adolescentes com TDAH próximo ao de quem não tem o problema. Pesquisadores da Universidade de Mogi das Cruzes e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo quantificaram o impacto da atividade física durante um teste realizado com 56 meninos e meninas com idade entre 10 anos e 16 anos. Os participantes com TDAH que haviam se exercitado cumpriram a segunda tarefa 30% mais rápido do que aqueles que só haviam descansado – tempo semelhante ao gasto por garotos sem o problema. Fonte: PLoS One (março de 2015)

A

obesidade impõe um custo alto à saúde das pessoas. Estimativas indicam que as pessoas obesas – com índice de massa corporal (IMC) superior a 30 – vivem de 2 a 10 anos a menos do que as pessoas magras. Além disso, em 2011, o sistema público de saúde do Brasil gastou US$ 269,6 milhões com consultas, cirurgias e outros procedimentos para tratar a obesidade. Fonte: Revista FAPESP (maio de 2015)

A

prática de atividades físicas pode proporcionar diversos benefícios nos aspectos psicológicos de pessoas com epilepsia. A pesquisa que chegou a essa conclusão relatou uma melhora significativa na autoestima, na diminuição dos sintomas depressivos, no aumento da resiliência e na percepção sobre a qualidade de vida.

E

studo realizado na Escola de Educação Física e Esporte da USP demonstrou que o treinamento pliométrico – com diferentes tipos de saltos – não altera a estratégia de prova utilizada, mas melhora o desempenho de corredores em provas de 10 quilômetros (km). Oito tipos de saltos foram aplicados nos corredores do último grupo: agachamento com salto, salto com afundo, saltos em progressão, saltos em progressão pernas alternadas, saltos em progressão com uma perna, saltos em profundidade, saltos sobre obstáculo e saltos sobre obstáculo com uma perna. Além disso, antes de cada sessão foi realizado aquecimento geral e específico para este tipo de treino. Fonte: Agência USP de notícias, (setembro de 2015)

Fonte: Jornal UNICAMP (dezembro de 2015)

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“O esporte tem a força de mudar o mundo.” (Nelson Mandela)



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REVISTA EsEFEx - Escola de Educação Física do Exército - O Calção Preto - Número 01 - Ano 2016

Av. João Luis Alves, s/nº - Fortaleza de São João Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22.291-090 Telefone: 21 2586-2233

Número 01 - Ano 2016


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