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contratada durante todo o ano. O SESC Venda Nova e o SESC Contagem possuem um grupo permanente de recreadores, com profissionais capacitados que têm salário mensal e benefícios garantidos pelas leis trabalhistas.
4 A PRESENÇA E O JOGO A “presença” do animador é um dos fatores mais importantes para alcançar um bom resultado no evento. Essa presença, esse estado de atenção, de estar verdadeiramente no momento presente é, a meu ver, o diferencial do bom profissional. Em algumas experiências anteriores, pude observar o perfil de animador de festas sem essa “presença”. Essa foi a ocasião quando percebi que o animador estava somente organizando o momento da brincadeira, de fora e de maneira distanciada. Esse tipo de postura de alguns profissionais deixa a impressão de que a animação está mais desanimada do que estimulante. Como estudante de teatro, durante toda minha formação fui alertada sobre a importância de estar verdadeiramente no jogo e presente na cena, de estar no momento presente. Isso vale para cenas e, da mesma forma, para relação de professor com os alunos, postura essa que procuro, também, sempre levar para as animações. Segundo Pavis (2008, p. 305), “ter presença, é, no jargão teatral, saber cultivar a atenção do público e impor-se; é, também, ser dotado de um ‘quê’ que provoca imediatamente a identificação do espectador”. Essa identificação é o que torna possível a aproximação do animador com as crianças da festa, que faz com que elas se interessem pelo que ele diz e realizem as atividades que sugere. Esse “quê”, essa presença é a alegria de estar no momento presente verdadeiramente e de poder transmitir alegria para os outros. A presença, a meu ver, é o próprio “quê” a mais, é algo imprescindível para o bom ator e também para o bom animador, pois está ligada diretamente com a potência da comunicação com as pessoas, como descrito a seguir: Segundo a opinião corrente entre a gente de teatro, a presença seria o bem supremo a ser possuído pelo ator e sentido pelo espectador. A presença estaria ligada a uma comunicação corporal “direta” com o ator que está sendo objeto da percepção (PAVIS, 2008, p. 305).
Acredito que seja, também, o bem supremo do animador, pois a presença é o que faz com que um animador que chegue na festa, com uma postura animada e alto astral, seja recebido positivamente pelas crianças, mesmo antes de ele se apresentar formalmente. O profissional que trabalha sua presença se diferencia daquele que chega sem esse “quê” e terá que alcançá-