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Na variação, “Estátua maluca em duplas”, dou a instrução de que ela é parecida com a estátua sozinha, mas que, nessa variação, as crianças têm que escolher um amigo. Juntos farão todas as próximas estátuas malucas. Esse jogo, que faço em sala de aula e nos eventos de animação, trabalha a escuta, a consciência corporal e o cuidado com o corpo do outro. E no que diz respeito às regras, elas são seguidas com tranquilidade nos dois ambientes. O que muda é o tempo para evolução do jogo. Na animação, tudo é muito mais rápido e, se uma estátua não foi feita ou teve dispersão, eu continuo a atividade, procurando sugerir estátuas mais interessantes. Em sala de aula, se alguém se dispersa, eu tento, primeiro, buscar algo mais interessante na proposta seguinte, mas, após a segunda tentativa na busca pelo interesse e a participação da criança, já interrompo rapidamente a atividade e converso com ela para compreender o que está ocorrendo e por qual motivo não está acompanhando a atividade junto aos colegas.
5.2 Prova dos Desafios Nessa brincadeira, dirijo-me às crianças: Vamos fazer uma fila atrás de mim? Pronto? Quem será o primeiro? Por favor (direcionando-me ao primeiro da fila), fique aqui um segundo para eu montar nossa prova dos desafios. Posiciono cerca de 10 a 12 bambolês, geralmente intercalando as cores, formando uma trilha no chão, na qual as bordas dos bambolês se tocam. Depois disso, digo às crianças: Nossa trilha está pronta. Agora vou falar algumas regras: Vale pisar na borda do bambolê? Eles respondem: Não. Vale empurrar o colega na fila? Não. Vale sair correndo pelos bambolês? Não. Vamos esperar o colega terminar a trilha para que possamos entrar? Sim. Depois de todos passarem pelo primeiro desafio, pergunto: Posso fazer um desafio mais difícil? Geralmente alguns respondem sim, outros não. Em resposta a essa divisão, geralmente repondo: Vou fazer só um pouquinho mais difícil, porque a última vez foi muito fácil e todo mundo conseguiu passar pelo desafio. Começo o jogo indicando às crianças com qual tipo de posição corporal elas podem passar pelos obstáculos, por exemplo, sendo um coelho, depois canguru, sapo, imaginando que os obstáculos formem uma “Amarelinha”, então elas podem pular com 1 pé ou 2. As orientações mudam de acordo com o grupo e de acordo com a evolução e interesse no jogo. Em sala de aula, o circuito dos obstáculos é feito em torno de 3 a 4 vezes por cada criança, em um dia de aula; sendo assim, podemos fazer até 4 personagens ou 4 ações diferentes no dia. Geralmente conseguimos concluir o jogo e as crianças até pedem para brincar mais um pouco e fazer o circuito mais uma vez.