Caderno SESUNILA n.02 - dezembro/2019

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dossier feminismos e emancipação

O discurso nazifascista de Hitler, a princípio moderadamente voltado aos traidores de Versalhes, se transforma e abarca o racismo e o antissemitismo à medida em que percebe a adesão da população. Os primeiros campos de concentração abrigavam comunistas, e somente alguns anos depois, um pouco antes da Segunda Guerra, é que começa a receber judeus e ciganos/as. Vale lembrar que o discurso antissemita não era condenável naquela época, aliás comum na Europa. E aqui o nosso paralelo vem a ser o discurso contra homossexuais, negros/as e mulheres, não como minorias, mas como pessoas degeneradas que não sabem que lugar devem ocupar na sociedade. É necessário o resgate dos valores morais: o lugar da mulher como procriadora e submissa ao homem, os LGBTs “dentro do armário”, as pessoas negras na subserviência histórica. E por que são estes os “degenerados” e “degeneradas” da história? Durante os governos do PT, houve o sequestro da luta de classes na cooptação dos sindicatos e dos movimentos sociais. Infelizmente, o PT tinha um papel fundamental na articulação da esquerda enquanto formador de base em massa, tendo deixado de fazê-lo durante seus governos porque tal não coadunava com sua postura neoliberal. No entanto, há que se reconhecer que o governo petista privilegiou as lutas feministas e antirracistas, o que junto com a maior acessibilidade das tecnologias em rede, potencializou o protagonismo dessas lutas no Brasil, as quaissocuparam espaços importantes, construídos e demandados historicamente por estes movimentos sociais. 48


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