dossier feminismos e emancipação
CâMERA NA MÃO E IDEIAS NA CABEÇA: POR MAIS MULHERES CONTANDO HISTÓRIAS DO CINEMA Fran Rebelatto - SESUNILA
Docente do ILAACH. Sindicalista e cineasta, também militante da Unidade Classista/Fração Andes-SN.
Recentemente, ao finalizar a gravação do primeiro longa-
metragem sobre mulheres trabalhadoras paraguaias e brasileiras da região da fronteira, fui instigada a aprofundar algumas questões em torno da configuração laboral de um set de filmagem na qual historicamente nós mulheres fomos minoria, sobretudo em funções ‘cabeças’, ou seja, funções com maior visibilidade do processo de realização cinematográfica como na direção, roteiro e direção de fotografia. Ao me reconhecer como mulher feminista, sindicalista e realizadora cinematográfica, consciente da exploração das mulheres no mundo capitalista, acredito que me cabe apontar como o trabalho na área de cinema impõe mazelas sobre os corpos das mulheres. É fato que ao ver um filme não se tem ideia do tempo de produção, da quantidade de profissionais envolvidos/as ou dos custos financeiros. Por esse motivo são 66