Feira de Queijos e Sabores da Beira no Pavilhão Multiusos de Tábua
AFeira de Queijos e Sabores da Beira regressa este ano ao Pavilhão Multiusos de Tábua, nos dias 4 e 5 de Março, com 120 expositores e com confecção de queijo ao vivo, com sal de Cabo Verde.
“A grande novidade é voltarmos ao modelo que tínhamos Tábua de Queijos e Sabores da Beira […]. Vamos em dois dias promover o melhor que Tábua tem, no âmbito dos produtos endógenos e vamos, digamos assim, reactivar o nosso certame”, disse o presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz.
O evento, com cerca de 120 expositores, conta com mais de 70 bancas destinadas à venda de produtos endógenos, nomeadamente queijo e enchidos.
“Nesta edição, vamos produzir um queijo ao vivo e vamos pela primeira vez ter o queijo Serra da Estrela feito com o sal do município do Sal, em Cabo Verde”, com quem Tábua está geminado, frisou o autarca.
Essa confecção da produção de queijo ao vivo decorre no primeiro dia do evento.
Haverá um espaço dedicado à mostra gastronómica e artesanato das freguesias do
concelho de Tábua, no distrito de Coimbra, assim como uma zona destinada às artes e ofícios, com o oleiro, vassoureiro, tecedeira, de modo a “alavancar as tradições antigas”.
A edição de “Tábua de Queijos e Sabores da Beira” de 2023, além de ‘workshops’, ‘showcookings’ animação, um espaço animal e agrícola, terá oficinas infantis, onde os mais novos podem experimentar produzir queijo, pão e enchidos.
O evento conta com a presença de produtores locais que, para além de queijo, vendem também mel, azeite, pão, hortícolas e frutícolas.
No Pavilhão Multiusos de Tábua haverá também a ven-
da de vinho do Dão e uma prova de vinho do Douro, no dia 5 de Março.
No âmbito deste evento decorre o concurso Rainha das Vindimas de Tábua 2023 também no dia 5.
A Feira de Queijos e Sabores da Beira tem como objectivo “dar a conhecer os produtos endógenos de Tábua”, assim como “escoar e vender os produtos”, sejam eles o azeite, o queijo, o mel, o vinho e enchidos, numa lógica de promover a “economia do mundo rural” sublinhou Ricardo Cruz.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Tábua, o certame conta com um investimento de cerca de 35 mil euros.
www.clinicajoaquimmira.com
ACORDOS:
CLÍNICAS MIRA Clínica Oftalmológica J. Mira
REGIÃO CENTRO CONTINUA ATÉ AO VALE DO TEJO
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE MONTEMOR-O-VELHO Rua dos Bombeiros Voluntários, 179 3140-250 Montemor-o-Velho Telf. 239 687 250 www.scmmv.com 4 de Fevereiro Dia Mundial da Luta Contra o Cancro ro D JMS JOSÉ MARQUES SIMPLÍCIO, LDA 4 de Fevereiro Dia Mundial da Luta Contra o Cancro 235 711 459 / 914 915 060 Gândara de Espariz | 3420-106 Espariz (chamada rede móvel nacional)
MOITA EM ENTREVISTA Presidente da Câmara de Condeixa quer terminar o último mandato
DE09042014RL/RCMC PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL TAXA PAGA PORTUGAL CCE TAVEIRO SEMANÁRIO NO PAPEL (QUINTAS-FEIRAS)... DIÁRIO ONLINE (WWW.CAMPEAOPROVINCIAS.PT)... VESPERTINO DIGITAL (DE SEGUNDA A SEXTA) | AUDIÊNCIA QUALIFICADA PÁGINA 3 PUBLICIDADE
COIMBRA
NUNO
A luta contra o cancro é tarefa diária de quatro instituições de Coimbra
O próximo sábado, 4 de Fevereiro, é Dia Mundial de Luta Contra o Cancro e o “Campeão” ouviu as instituições que estão envolvidas no tratamento e no apoio às doenças oncológicas. Nesta edição publicamos depoimentos do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro, do IPO de Coimbra, do Hospital de Dia de Oncologia do CHUC e da Oncologia Infanto-Juvenil do Hospital Pediátrico.
Estrada Nacional n.º 1 (em frente ao Parque da Cidade) | Telf. 231 202 343 PIC-NIC DOS LEITÕES Restaurante Com Matadouro Próprio Encerra ao Sábado De Arménio Lourenço Gaspar st 44357 42 ANOS 4 Fevereiro Dia Mundial da Luta Contra o Cancro PREVINA-SE! Freguesia de Ceira Dia Mundial da Luta Contra o Cancro Previna-se! Tapeus-Soure Telm. 917 237 065 TRANSPORTES DE MERCADORIAS SERRA DO SICÓ, LDA. T Desde 1989 a servi-lo Segurança e Honestidade Telem.: 917 237 065 Carlos Simão Dia 4 Fevereiro – Dia Mundial da Luta Contra o Cancro. Associamo-nos a esta causa! D ! (chamada rede móvel nacional) (chamada rede móvel nacional) É fácil crescer Di d o C Pr 4 Fevereiro
PÁGINAS 8 A 11
FESTA DECORRE AMANHÃ (3)
SPORT CLUB CONIMBRICENSE CELEBRA 113 ANOS COM “BAILE À MODA ANTIGA”
Os anos vão passando e o Sport Club Conimbricense vai ganhando cada vez mais vida e mais estatuto no mundo desportivo. Formado a 3 de Fevereiro de 1910, o clube situado na Baixa de Coimbra celebra precisamente amanhã (3) 113 anos de muita história.
Para celebrar a efeméride o Sport vai abrir as portas da sua sede, no pavilhão localizado na Baixa, pelas 21h00, para um “baile à moda antiga”, intitulado “A menina dança”. A música vai-se fazer com o grupo R Music, ao som de temas bem portugueses, e não faltará muitos momentos divertidos com várias temáticas e jogos tradicionais. Haverá ainda quermesse e comes e bebes.
“Como fizemos o jantar dos 112 anos apenas em Setembro passado, consideramos não fazer o jantar agora e sim um baile à moda antiga, com a dança do ramo e exatamente como se fazia à moda antiga e que muito se fez no espaço do Sport”, revelou Zita, directora téc-
nica da equipa de futebol de cegos e tesoureira do clube.
O evento é aberto ao público tendo a entrada um custo de cinco euros, com uma bebida grátis, caso seja apenas uma pessoa, no caso de ser um casal a entrada tem um custo de 7,50 euros e inclui na mesma uma bebida grátis. Este valor de entrada servirá para angariar verba para levar a equipa de futsal de cegos ao Europeu na próxima época que começa em Setembro. “Apelamos aos conimbricenses, e aos que não são, a juntarem-se a nós para nos ajudar nesta iniciativa”, refere Zita.
Com cerca de 100 atletas entre as várias modalidades que têm, a directora técnica admite que há momentos díficeis. “Não é fácil levar um clube destes e mantê-lo em pé, no entanto temos tentado por todos os meios levar o Sport onde ele merece estar que é no topo, e penso que temos conseguido isso, temos feito um bom trabalho. A equipa é unida e estamos sempre a ajudar”.
Vivendo um dia de cada vez e conforme as
Para além da equipa de futebol para cegos e o showdown, têm também o basquetebol, jiu-jítsu, kickboxing, as escolinhas do basquetebol e futsal, ginásio, entre outras
possibilidades, Zita realça que o Sport vai “sobrevivendo” com o apoio dos sócios e das ajudas que a União das Freguesias de Coimbra e as raras da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) vão disponibilizando.
APOSTA NA INCLUSÃO SOCIAL
Com o lema “O desporto à vista de todos”, o Sport Club Conimbricense destaca-se pelo seu apoio na inclusão social. O clube tem como uma das suas principais modalidades o futsal para cegos. Actualmente conta com 16 atletas oriundos de todo o país e treinam nas instalações do emblema
todos os sábados. “Temos conseguido ajudar aos poucos estes rapazes e raparigas que têm vindo até nós”, declarou a tesoureira. Criado apenas em 2020, o futsal para cegos tem traçado o seu caminho e prepara-se para ir, em Setembro, ao Europeu onde será disputado em quatro países e terá participação de nove equipas.
O Sport Club Conimbricense financia a alimentação, a deslocação dos atletas para os respectivos treinos e a dormida dos mesmo também chegava a entrar nas contas da Direcção. Contudo, o clube conseguiu criar um dormitório nas suas instalações e vê agora mais um objectivo comprido.
“ Foi uma luta nossa. Não ficou barato e não foi fácil, mas conseguimos e foi mais um passo, mais um degrau e um objectivo que alcançamos”, reforçou.
Mais recentemente foi criada também a modalidade de showdown. Com nove elementos, o Sport aguarda a entrega das respectivas mesas a que a CMC se comprometeu a dar. O clube espera conseguir já em Abril realizar um torneio deste desporto.
LUTA PELO NOVO PAVILHÃO CONTINUA
Há muito que o Sport anseia pela construção de um novo pavilhão a que a CMC prometeu o terreno para que fosse construído um novo espaço do clube de forma a proporcionar melhores condições aos atletas e demais. No entanto, essa promessa, feita em 2000, ainda não viu sinais de avanço e a Direcção lamenta que nada seja feito. “É uma vergonha não sabermos nada. Ninguém nos sabe explicar em que ponto está”, revelou Zita. Apesar da de-
mora no compromisso, a tesoureira acredita que a situação pode mudar. “Estou convicta de que é este presidente (José Manuel Silva) que vai resolver esta situação e isso foi uma promessa que nos fez e como bom homem de palavra que é, acreditamos nele”.
Apesar disso, Zita admite que a aprovação do projecto seria uma excelente prenda de aniversário. “Para estes 113 anos queria que a CMC se decida finalmente fazer a escritura do terreno que está prometido, isso era uma boa prenda para que futuramente construíssemos o complexo do Sport que já está em papel e só falta realmente a CMC passar para o nome do Sport”.
Com perto de 500 sócios, Zita deixa o apelo para que continuem a apoiar o Sport Club Conimbricense. “Não se esqueçam de que nós juntos e unidos chegamos mais longe e que todos (sócios e adeptos) estão numa grande instituição que é conhecida além fronteiras”. A quota anual de sócio do clube é de 20 euros anuais.
CPC QUER DISCUSSÃO AMPLA SOBRE COIMBRA-B
Omovimento Cidadãos por Coimbra (CpC) exige uma discussão pública ampla em torno do projecto de criação de uma nova estação ferroviária de Coimbra-B e o plano de urbanização da zona envolvente.
O movimento, que conta com dois deputados municipais, defendeu, em conferêmcia de Imprensa. na terça-feira, a necessidade de se abrir “um processo de participação, à medida da importância que a matéria tem”, afirmou o coordenador do CpC, Jorge Gouveia Monteiro.
“Esta é a grande oportunidade não para pôr umas torres na gravata [o escritor Eduardo Lourenço referia-se a Coimbra-B como uma “gravata mal posta”], mas para coser toda a entrada norte da cidade com o centro […]. Isso obriga a que haja uma participação programada, em que as pessoas se possam pronunciar, não quando houver desenho de plano, porque depois diz-se que é extemporâneo, mas na fase de construção das ideias”, frisou.
Segundo Jorge Gouveia Monteiro, o CpC está a contactar outras
forças políticas e movimentos associativos para que haja um envolvimento da cidade na discussão sobre o repensar daquela zona da cidade, referindo que já abordou o presidente da Assembleia Municipal, Luís Marinho (PS), para se avançar com uma Assembleia extraordinária sobre o tema. O coordenador do movimento refere que Luís Marinho mostrou-se receptivo à ideia (a Assembleia Municipal é liderada pelo PS, enquanto a Câmara pela coligação Juntos somos Coimbra).
Para o movimento,
há três temas fundamentais: a necessidade de se apresentar uma grande requalificação de toda a zona abrangida pela nova estação de Coimbra-B; uma grande redução do tráfego automóvel junto ao Almegue e à Casa do Sal; e a garantia de preservação da Mata Nacional do Choupal contra quaisquer danos, durante e após a obra.
Jorge Gouveia Monteiro criticou a posição do Executivo, que defende uma nova ponte rodoviária do IC2 sobre o Choupal e o Mondego, considerando que qualquer solução para
aquela estrada principal tem de ser “pensada para uma redução do tráfego automóvel e não para a sua manutenção”.
Sobre a necessidade de uma nova ponte ferroviária face à duplicação da Linha do Norte em Coimbra, o movimento não se mostra contra, mas considera que uma ponte rodoviária sobre o Choupal teria grandes impactos para aquela área verde situada junto à cidade.
“Têm de ser esgotadas todas as possibilidades de resolver o IC2 de outra maneira”, vincou.
Para o arquitecto e
professor de arquitectura Adelino Gonçalves, dever-se-ia aproveitar o projecto da linha de alta velocidade e reconfiguração de toda aquela zona para se avançar com uma revisão do Plano Director Municipal.
“Está-se a planear a cidade para as necessidades de hoje e abdica-se de uma visão de futuro”, criticou o também membro do CpC, defendendo que Coimbra não pode continuar “subserviente da ditadura do automóvel”. “Somos contra a lógica do come e cala”, acrescentou Jorge Gouveia Monteiro.
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
www.campeaoprovincias.pt
PRESIDENTE DA CCDRC DIZ QUE O PROCESSO SERÁ GRADUAL
REGIÃO CENTRO ESTÁ A FAZER O CAMINHO PARA RECEBER AS NOVAS COMPETÊNCIAS
A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno, disse ao “Campeão” que o caminho para receber os serviços regionais da administração directa e indirecta do Estado “será gradual e sem grande agitação”.
Apesar de passarem a depender das CCDR, o nosso Jornal apurou que os serviços regionais do Estado continuarão a funcionar e a exercer localmente a sua função, alterando-se apenas a coordenação para um nível regional e sendo dado um passo para a futura regionalização.
Conforme resolução do Governo, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vão receber integralmente, ou de forma partilhada, competências em nove áreas que já acompanham de perto ao nível regional, nomeadamente na economia, cultura, educação, saúde, conservação da natureza e florestas, ordenamento do território, infraestruturas, formação profissional e agricultura e pescas.
A par com este processo a CCDRC tem aprovado o próximo quadro comunitário, com uma dotação de 2,2 mil milhões de euros para a região (Centro 2030), com Isabel Damasceno a referir que a Comissão de Coordenação vai lançar já durante este ano novos avisos de candidaturas.
Entretanto, este é também o ano de fechar o quadro comunitário Centro 2020, com a presidente da CCDRC a referir que 2023 “é de grande esforço, de grande exigência, para encerrar bem, aproveitando todas as
INICIATIVA COM MAIS DE 200 EMPRESAS ACIC É UM PROJECTO
PARA AFIRMAR A REGIÃO DE COIMBRA
Oúltimo de Janeiro (31) foi o “dia 1” da nova ACIC - Associação Comercial e Industrial de Coimbra, que renasce da vontade dos órgãos sociais da NERC – Associação Empresarial da Região de Coimbra em refundar a extinta ACIC, que este ano de 2023 completaria 160 anos.
fazem já parte cerca de 20 personalidades convidadas de diferentes áreas e mais de 200 empresas.
A CCDRC vai conciliar o fecho do Centro 2020 com o lançamento do novo quadro comunitário (Centro 2030)
verbas que estão atribuídas pelos beneficiários neste território”.
A propósito da anunciada criação de duas novas Nomenclaturas de Unidade Territorial para fins Estatísticos (NUTS II), a da Península de Setúbal e a do Oeste e Vale do Tejo, o “Campeão” esclareceu junto da presidente da CCDRC como vai ficar a relação com a Região Centro.
Isabel Damasceno refere que o Oeste e Vale do Tejo, do ponto de vista comunitário, continuam a pertencer ao Programa Operacional do Centro, enquanto a Lezíria integra o Programa do Alentejo.
Isto significa que as três CIM da Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Oeste dependem da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo em termos de ordenamento do território, mas integram as CCDR Centro (CIM Oeste e CIM Médio Tejo) e Alentejo (CIM Lezíria do Tejo) para os fundos comunitários.
Para a criação da nova NUTS II do Oeste e Vale do Tejo, a CIM Médio Tejo passou, desde o início do ano, a ser constituída pelos municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, En-
troncamento, Ferreira do Zêzere, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Mação, passando Sertã e Vila de Rei a integrar a CIM da Beira Baixa.
Da CIM Oeste fazem parte Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos, Peniche, do distrito de Leiria, e Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, do distrito de Lisboa.
MAIS AUTONOMIA
Uma das novidades deixadas pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, na reuniáo do Conselho Regional do Centro, realizado no passado dia 24, em Coimbra, foi a de que as Comissões de Coordenação terão “muito mais autonomia” com o novo modelo de governação do Portugal 2030. O reforço da autonomia e uma “maior flexibilidade” das CCDR na gestão dos fundos do próximo quadro comunitário terão reflexos “não só na realização dos avisos, como em tornar as medidas e os apoios mais adequados aos problemas” de cada região, disse.
Com uma dotação de 2.172 milhões de euros, o Centro 2030 “é o instrumento privilegiado da região para responder ao problema demográfico, aos desafios da emergência climática e da descarbonização e diminuir as disparidades económicas e sociais”, segundo um documento do Conselho Regional do Centro (CRC), liderado pelo social-democrata João Paulo Fernandes, presidente da Câmara do Fundão.
O CRC, numa moção aprovada por unanimidade, defendeu que “a localização do novo aeroporto a norte do rio Tejo é aquela que melhor serve os interesses nacionais e regionais, evidenciando vantagens comparativas face às restantes soluções em estudo”, afirma o CRC, numa moção aprovada por unanimidade numa reunião realizada em Coimbra, na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Foi destacada, nomeadamente, a importância de uma “localização de excelência” face à proximidade a acessibilidades rodoviárias, como a A1, a A23, a A13 e a A15, bem como a ferrovia.
Dados os primeiros passos para a agora denominada NERC-ACIC – Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC), o projecto é liderado por Victor Baptista, tendo por vices os antigos presidentes da ACIC, José da Costa, José Mariz, Maria Luísa Rodrigues, César Branquinho, José Espírito Santo e Horácio Pina Prata.
Ao longo da apresentação deste novo Conselho, que decorreu no Hotel D. Luís, o presidente da NERC- ACIC – Conselho Empresarial da Região de Coimbra, recordou que a voz da extinta ACIC “era ouvida nos variados fóruns nacionais”.
“É o dia do arranque de um projecto ambicioso”, destacou Víctor Baptista, realçando a importância de Coimbra e dos seus empresários voltarem a ter “uma voz forte”.
O objectivo da refundação passa por promover o tecido empresarial da região de Coimbra e para isso o presidente aponta um prazo de três meses para “apresentar resultados, com um plano de acção e programa, para que Coimbra volte a ter uma voz forte, principalmente as suas empresas, num momento difícil como é aquele que se atravessa”.
“Vamos tentar construir um futuro participado e recuperar e refundar o património da ACIC”, alegou.
Desta nova comissão
Horário Pina Prata, presidente da NERC, destacou que este “é um projecto para afirmar a região de Coimbra”. “Hoje é acima de tudo um dia D que vai juntar 160 anos de história da ACIC. Trata-se de um movimento que pretende ser um movimento de cidadania para afirmar a marca que a ACIC foi”.
O presidente da NERC explicou que vai ser feito um plano de acção que envolva a sociedade civil, de forma a “criar a autoestima dos empresários”. Adianta ainda que quem se quiser juntar pode fazê-lo. “Este movimento representa, sobretudo, a urgência de assumir uma nova dinâmica na defesa das empresas da região. Daí que o Conselho Empresarial da Região de Coimbra tenha as portas abertas para todos os comerciantes e empresários em geral de diferentes sectores que se queiram juntar a nós”.
Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social, considerou também que a região de Coimbra deve ter uma presença mais activa na vida nacional, para que o país não viva apenas entre duas grandes áreas metropolitanas (Lisboa e Porto). “Coimbra é talvez um dos exemplos de uma região que pode e deve ter uma presença mais activa na vida nacional. É também, para mim, um pouco misterioso que Coimbra não tenha uma intervenção maior na vida nacional”, admitiu.
O presidente do Conselho adiantou que “todas as políticas nacionais ganharão se a voz de Coimbra se fizer ouvir mais intensamente”.
FIGURAS a s c e n s o r A SUBIR
ANDRÉ VENTURA – Os líderes de partidos da extrema-direita europeia estiveram na V Convenção do Chega a saudar a “ascensão” da força política presidida por André Ventura e assegurar que, nas eleições para o Parlamento Europeu, em 2024, crescerão para defender a soberania e o nacionalismo. Instalado como terceiro partido no Parlamento, o Chega não pode ser ignorado e André Ventura tira partido de todos os ataques de que é alvo e até se faz de vítima para ter maior visibilidade. “À medida que nos atacam mais, à medida que nos espezinham mais, à medida que dizem que somos racistas, xenófobos ou fascistas, é nessa força que nós nos tornaremos mais fortes”, salientou na Convenção em Santarém com mais de 600 congressistas do Chega e onde foi reeleito quase por unanimidade como candidato único. O certo é que André Ventura, mesmo sem propostas concretas para o país, está a incomodar o PSD e a Iniciativa Liberal, não deixando nada indiferentes o PS, o Bloco de Esquerda e o PCP. Para conquistar eleitorado, a apostam tem sido em dizer o que (algumas) pessoas querem ouvir. André Ventura considera que outras forças políticas recusam acordos com o seu partido porque o Chega “exige uma Justiça forte, quer punir pedófilos, quer uma carga fiscal mais baixa, porque o Chega vai para a rua e defende os professores, os profissionais de saúde e quer a prisão perpétua”.
A descer
ANTÓNIO COSTA – O Governo socialista de maioria absoluta que resultou das últimas eleições legislativas registou até agora, ao fim de 10 meses em funções, quatro remodelações, com 12 exonerações e a entrada de 14 novos governantes. Até António Costa declara: “Há incidentes de percurso, há problemas que têm de ser ultrapassados e há factos inesperados. São situações que ninguém deseja e lamento profundamente um sinal de menor foco do Governo nas suas actividades, mas creio que é uma fase que está ultrapassada”. O primeiro-ministro, perante as evidências, não consegue contornar a questão e tem de reconhecer que “o Governo cometeu erros e “pôs-se a jeito” nestes primeiros meses de maioria absoluta. Como ninguém acredita que António Costa deite a toalha ao chão tão cedo, reiterou a intenção de chegar ao final da legislatura em Outubro de 2026, considerando que foi esse o objectivo dos portugueses quando deram ao PS uma maioria absoluta, há um ano, e desdramatizou, desde já, a primeira “prova de fogo”: um cenário de dissolução do Parlamento em 2024, ano de eleições europeias, com um eventual mau resultado do PS.
MARIA DO CÉU ANTUNES – Estranha-se a demora em a ministra conseguir nomear e encontrar quem queira assumir a pasta da Secretaria de Estado da Agricultura, que se encontra vaga desde a demissão a 5 de Janeiro de quem a ocupou (Carla Alves) apenas por um dia. Maria do Céu Antunes bem pode dizer que como ministra da Agricultura e da Alimentação tem todos os poderes, mas o sector agrícola considera-se secundarizado e não vê que o Ministério tenha um rumo. “Nós precisamos de uma secretaria de Estado que coloque no terreno medidas concretas e correctas”, reclama a Confederação dos Agricultores de Portugal, sustentando ser esta a entidade, ou a pessoa, que perceberá dos assuntos, em termos técnicos, para poder implementar as medidas de política”. E pelo que (não) se tem visto, até agora, o PRR pode tornar-se numa oportunidade perdida para a agricultura.
Isabel Damasceno, que preside à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), fez o trabalho atempadamente e já está aprovado o programa operacional referente ao próximo quadro comunitário (Centro 2030), com um montante de 2,2 mil milhões de euros. O Centro 2030 foi apresentado ao Conselho Regional, o órgão consultivo da CCDRC e que é composto por Câmaras Municipais, entidades da comissão permanente de concertação social do Conselho Económico e Social, representantes de Juntas de Freguesias, Universidades, Institutos Politécnicos, entidades regionais de turismo, organizações não-governamentais do ambiente, associações de desenvolvimento regional, associações de desenvolvimento local, associações cívicas com expressão regional e individualidades de reconhecido mérito na região. Não se ouviram ecos negativos, mas o desejo de que o quadro comunitário Centro 2020 termine com o aproveitamento integral dos fundos e se inicie em simultâneo o próximo. Isabel Damasceno tem como desafio concretizar a nova orgânica das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, com mais atribuições e competências, e mostrar que o caminho é o da regionalização, a qual defende com as actuais regiões. Seguindo as recomendações do Conselho Regional do Centro, defenderá a localização de um novo aeroporto a norte do rio Tejo, por ser a que melhor serve os interesses do país e da região. Esta localização recomendada pode colocar o novo aeroporto próximo de um maior número de sedes de municípios, sem com isso se afastar mais de 30 minutos de Lisboa, podendo alcançar cerca de 4,5 milhões de pessoas num raio de 75 minutos. E pode ficar perto da A1, a A23, a A13 e a A15, bem como da rede ferroviária.
VERÓNICA OLIVEIRA – A investigadora do Instituto de Investigação Aplicada (i2A) e do Centro de Estudos em Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade (CERNAS) – Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), sediados no Politécnico de Coimbra (IPC), recebeu, na terça-feira (31), o prémio accésit (mérito) no concurso promovido pela FERTIBERIA “XIV Premio Fertiberia a la Mejor Tesis Doctoral en Temas Agrícolas”. O prémio foi atribuído pela sua tese de doutoramento com o título “Recuperação de Fósforo de Digestato de Resíduos Urbanos com Vista à sua Valorização como Fertilizante”.
RUI COSTA – O professor da Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra deslocou-se a Bruxelas para apresentar o projecto Erasmus+ Eqvegan – European Qualifications & Competences for the Vegan Food Industry, que é coordenado pelo IPC e do qual é responsável. O projecto foi apresentado na Conferência Final Europeia do Projecto EntreCompFood – Entrepreneurship Competence Agrifood Industry, que teve lugar na NH Collection du Grand Sablon, sob organização da EISMEA - Agência de Execução
HÉLDER ABREU, O SENHOR PRESIDENTE DA SÉ NOVA – Foi com consternação que Coimbra reagiu ao falecimento de Hélder Abreu, que durante muitos mandatos foi presidente da Junta de Freguesia da Sé Nova e foi, também, o primeiro presidente da Junta da União das Freguesias de Coimbra. Faleceu na segunda-feira, aos 89 anos, após doença prolongada, e nas palavras do actual presidente da União das Freguesias de Coimbra, João Francisco Campos, foi de uma “forma abnegada que Hélder Abreu sempre serviu a causa pública, nunca vivendo da política, mas sempre como um presidente do povo”. “Todos vamos recordar, com saudade, o presidente que fazia questão de calcorrear a pé todas as ruas e vielas da sua freguesia e que conhecia os seus fregueses pelo nome”, refere a autarquia. “Há mais de 40 anos que a história da anterior freguesia da Sé Nova e o Dr. Hélder Abreu se confundem”, recorda a UF de Coimbra, lembrando que o falecido foi secretário e presidente da Assembleia antes de ter sido eleito como presidente da Freguesia da Sé Nova, a qual presidiu durante vários mandatos. Com a reforma administrativa de 2013, Hélder Abreu tornou-se o último presidente da Freguesia da Sé Nova e consequentemente o primeiro da União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedida e S. Bartolomeu).
do Conselho Europeu da Inovação e das Pequenas e Médias Empresas, no contexto da sessão 2, com o tema “Driving innovation in Agri-Food sector – the role of related projects and initiatives”.
JOÃO GONZALEZ – O realizador de Ice Merchants, que é o primeiro filme português nomeado aos Óscares é também animador, ilustrador e músico com formação clássica em piano. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, fez mestrado na Royal College Art (UK), depois de terminar a licenciatura na ESMAD. Nessas instituições realizou os multipremiados filmes “Nestor” e “The Voyager”. Em 2022 tornou-se o primeiro realizador português de animação a ser premiado no Festival de Cannes, vencendo o prémio do Júri para melhor curta metragem na Semana da Crítica. “Ice Merchants” é o terceiro filme de João Gonzalez, tem produção portuguesa de Bruno Caetano, pela Cola Animation, e co-produção com França e Reino Unido. O filme de João Gonzalez já passou por mais de uma centena de festivais de cinema, obteve 44 prémios e foi visto por 8.425 espectadores.
CORONEL CARLOS GONÇALVES – O coronel Carlos Alberto Gonçalves, falecido na sexta-feira, aos 86 anos, foi comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra e era presidente da Assembleia-Geral dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz. Carlos Alberto Gonçalves residia na Figueira da Foz, onde no domingo se realizaram as cerimónias fúnebres na Igreja de Santo António (junto à Misericórdia - Obra da Figueira). Entre 1996 e 2005, Carlos Gonçalves foi comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra e, mais tarde, viria a desempenhar funções na direcção do Gabinete de Protecção Civil da Câmara Municipal de Coimbra. Conforme recorda Acácio Monteiro, ex-comandante dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes, o coronel Carlos Gonçalves “esteve de forma activa e persistente na mudança das ‘velhas’ instalações da Avenida Sá da Bandeira para o Vale das Flores [da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra], renovou uma frota de equipamentos obsoleta e caduca (inferior a muitos Corpos de Bombeiros Voluntários) e, no início deste século, integrou na Companhia 45 jovens, um dos maiores ingressos de recrutas de Bombeiros alguma vez realizado em Coimbra”. Pelo falecimento do presidente da Assembleia-Geral dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, a homenagem agendada para o passado sábado a Lídio Lopes, pelos seus 25 anos à frente da Direcção da Associação Humanitária, ficou adiada para o próximo sábado, dia 4 de Fevereiro, às 17h00.
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
www.campeaoprovincias.pt
NUNO MOITA NÃO SE DEMITE DA CÂMARA DE CONDEIXA-A-NOVA
Nuno Moita, economista, presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, iniciou a sua actividade profissional no Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas. Em 2013 assumiu a presidência do Município de Condeixa-a-Nova, estando agora no seu terceiro e último mandato. Reeleito em 2022 para líder Distrital de Coimbra do PS, Nuno Moita apresentou a demissão do cargo a meio de Janeiro, deste ano, por ter sido condenado em primeira instância a uma pena suspensa por favorecimento de empresas quando era vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão” o líder demissionário diz acreditar na justiça e afirma estar confiante de que a verdade será reposta.
dida, como é que isto se explica?
datura conjunta à Distrital do PS, ficou como vice-presidente por isso parece-me óbvio que para dar continuidade ao projecto que propusemos ele será a escolha correcta.
Campeão das Províncias [CP]: O que é que o levou a tomar a decisão de se demitir da presidência da Distrital de Coimbra?
Nuno Moita [NM]: É do conhecimento público que estou envolvido num processo judicial que se refere a factos que terão ocorrido entre 2010 e 2012 e que foi desencadeado por uma denúncia anónima. Quando era vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça convidei uma empresa condeixense, uma empresa credível e com um historial forte, que fez as suas obras. Em 2019 fui acusado de participação económica em negócio, na altura pedi instrução que acabou por arquivar o caso. O Ministério Público recorreu e agora fui condenado a uma pena suspensa. Não está a ser uma fase fácil mas estou absolutamente convicto da minha inocência e não vou baixar os braços. Estou a recorrer e tenho a forte convicção, depois de ter consultado vários juristas, que o Tribunal da Relação irá dar-me razão e corrigir uma decisão que se baseia em convicção e não em prova de facto. Mas é evidente que é uma situação complicada, que me prejudica e que iria prejudicar o Partido e isso eu não posso permitir. O PS precisa de serenidade e eu deixei de reunir as condições para a garantir.
[CP]: Condeixa é uma Câmara muito preten-
[NM]: A Câmara tem feito um esforço grande no desenvolvimento da vila, tanto a nível de construção como a nível de serviços. Tem a vantagem de estar perto de Coimbra, mas a Associação de Desenvolvimento Empresarial de Condeixa tem também contribuído para afirmar o concelho no plano económico. A instalação de mais empresas na zona industrial e de mais superfícies comerciais também está a ajudar a criar emprego. Temos, aliás, das mais baixas taxas de desemprego.
[CP]: A extensão do MetroBus a Condeixa vai ajudar nesse desenvolvimento?
[NM]: Lancei esta ideia porque acredito que faz todo o sentido. Foi acarinhada pela CIM que encomendou um estudo e que concluiu que as ligações a Cantanhede e Condeixa-a-Nova são as que reúnem mais condições para serem implementadas. De todas as extensões analisadas no documento, estas são aquelas que implicam menor investimento na sua infra-estruturação e uma melhor relação entre custo e potencial receita da operação Isto será uma revolução em termos de mobilidade, vai evitar a entrada de muitos carros em Coimbra o que vai ao encontro da estratégia europeia da descarbonização, por isso julgo existirem fortes condições de ser financiado pelo PT2030.
[CP]: Como está a criação da empresa multimunicipal de água com Coimbra?
[NM]: A Câmara de Condeixa lançou o assunto e estamos já a trabalhar em conjunto com o Município de Coimbra para criar a empresa multimunicipal de fornecimento de água em baixa e saneamento. A agregação das águas em baixa é algo que eu defendo, uma vez que traz ganhos de escala, de eficiência e económicos, não de imediato, mas a médio e longo prazo. Critico a medida imposta pelo Governo de impedir as Câmaras de concorrerem sozinhas a fundos comunitários para infra-estruturas de água, é injusto para os concelhos
de lixo e nos contentores. Isto vai permitir diferenciar os que colaboram com a redução de resíduos e aumento da deposição selectiva, dos que não colaboram, compensando aqueles que se esforçam para reduzir a quantidade de resíduos que produzem, reciclando. O Executivo tem implementado várias medidas de protecção ambiental, na semana passada instalou os primeiros
Estou absolutamente convicto da minha inocência e não vou baixar os braços
que ainda não estão agregados terem de suportar sozinhos esses custos.
[CP]: O seu executivo também implementou um sistema pioneiro de resíduos sólidos urbanos.
[NM]: Implementámos o projecto Payt que é um sistema “Pay-As-You-Throw, ou seja, cada um paga em função dos resíduos indiferenciados que deita fora. Isto foi um projecto piloto em que entrámos com a Câmara de Lisboa, a Câmara de Aveiro, o Instituto Politécnico de Aveiro e duas Câmaras Europeias, da Grécia e do Chipre. Já temos a tecnologia incorporada nos nossos carros de recolha
Ecopontas, que tem como objectivo minimizar o lixo gerado na freguesia, incentivando a população a depositar as beatas dos cigarros no seu interior e que pretende valorizar os resíduos, transformando-os em novos produtos.
[CP]: O Museu POROS e os investimentos para Conimbriga têm sido também uma luta deste executivo?
[NM]: Nós temos uma herança que nos distingue, a herança romana. O POROS faz parte da estratégia cultural e turística iniciada pelo meu antecessor e a que demos continuidade, porque é um espaço
museológico que recria virtualmente o modo de vida de uma das maiores povoações do Império Romano em Portugal. É um museu municipal que tem ganhado muitos prémios, competindo com cidades enormes, como Paris. Em cinco anos de funcionamento tivemos 55.000 visitantes. Conimbriga, apesar de não ser gerido por nós, vai receber um montante de 5,2 milhões de euros, no âmbito do PRR, sendo que o principal projecto, no valor de cerca de 5 milhões de euros, se destina a concretizar obras de valorização no Museu Monográfico. Estes investimentos pretendem assegurar uma remodelação do Museu, nomeadamente a valorização das áreas de reserva, de exposições temporárias e oficinas, melhoria das acessibilidades, sistemas eléctricos, segurança e iluminação. A minha luta seguinte será a parte arqueológica, há ali um mundo por descobrir.
[CP]: Vê alguém que possa protagonizar aquilo que defendia para a Distrital do PS?
[NM]: Essa pergunta é fácil, João Portugal integrou comigo uma candi-
[CP]: O seu partido fez um ano de mandato com maioria absoluta mas tem estado envolvido em algumas trapalhadas, como é que vê isto?
[NM]: O Governo tem estado a resolver os problemas do país, confrontado primeiro com a pandemia, agora com a guerra na Ucrânia, a inflação e acho que tem conseguido gerir bem, com mais ou menos dificuldade. Estas situações e condenações públicas são péssimas para a democracia, há facilmente aquela leitura de que os políticos são todos iguais e isso dá força a partidos mais populistas. A comunicação social tem também a responsabilidade de ter mais cuidado com a forma como transmite a informação aos leitores.
[CP]: Tem condições para continuar como Presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova?
[NM]: Demiti-me da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista com o objectivo de não prejudicar a unidade da acção que o PS Coimbra necessita. Noutro âmbito não estou impedido de exercer qualquer cargo público ou político. Não me vou demitir, estou no meu último mandato, não afecta os projectos e os objectivos desenvolvidos pelo Executivo. Vamos continuar a trabalhar pelo bem de Condeixa, foi por isso que deixei a minha vida profissional e familiar mais longe, para estar aqui, pela minha Terra. Condeixa hoje e sempre, como costumo dizer.
QUINTA-FEIRA, 2 DE FEVEREIRO 2023
8 DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA O CANCRO s a ú d e
HOSPITAL DE DIA DE ONCOLOGIA
CHUC AFIRMA QUE PREVENÇÃO NA LUTA
CONTRA O CANCRO TEM SIDO INSUFICIENTE
ODia Mundial do Cancro assinala-se, anualmente, a 4 de Fevereiro. A data foi criada, no ano de 2000, na “World Summit Against Cancer for the New Millenium”, realizada em Paris, e assinala-se por iniciativa da União Internacional de Controlo do Cancro (UICC). Este dia tem o intuito consciencializar, melhorar a educação e promover a acção pessoal e colectiva, na luta contra o cancro. Neste sentido, fomos conversar com vários profissionais do Hospital de Dia de Oncologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Campeão das Províncias [CP]: O cancro continua a ser uma doença assustadora. Porquê?
[CHUC]: O diagnóstico de cancro tem (quase sempre) um elevado impacto emocional associado, não só pelo prognóstico de algumas neoplasias quando diagnosticadas em fase avaçanda, mas pelo receio/dificuldades em compreender e cumprir todo o processo terapêutico
[CP]: Quantos doentes recebem por ano e qual a taxa de sucesso?
[CHUC]: Segundo os dados do RON (Registo Oncológico Nacional) (últimos de 2019) foram diagnosticados nesse ano 2348 novos casos de tumores sólidos. Em regra o número de novos casos no CHUC (totalidade das neoplasias) ronda os 3100 novos casos/ano.
[CP]: Foi noticiado, há pouco tempo, que o CHUC vai ter uma nova terapia contra o cancro utilizando células CAR-T. Em que consiste? A quem será aplicada?
[CHUC]: A terapêu-
tica com células CAR-T é uma forma de imunoterapia celular, com um mecanismo de acção inovador, que recorre a células do sistema imune colhidas a partir do próprio doente (linfócitos T) que, depois de modificadas geneticamente, passam a expressar um receptor dirigido a proteínas localizadas na superfície das células tumorais e a designar-se como células CAR-T. Estas células são novamente infundidas no doente e vão promover a destruição das células tumorais. Trata-se de uma terapêutica individualizada, que está a ser avaliada e considerada para múltiplas patologias na área da Hematologia (também da Oncologia Médica) e que se poderá traduzir num prolongamento significativo do tempo de controlo da doença e de vida global do doente em múltiplas áreas. Actualmente, o tratamento com Células CAR-T está indicado em Portugal em doentes com alguns subtipos de linfomas não Hodgkin em recidiva ou refractários após ou mais 2 linhas terapêuticas prévias (como
o linfoma B difuso de células grandes, o linfoma de células do manto ou o linfoma de células B grandes primário do mediastino) e em doentes com leucemia aguda linfoblástica, também em recidiva ou refractária a tratamentos anteriores. A terapêutica com Células CAR-T tem sido usada em alguns doentes para os quais apenas estratégias paliativas estariam indicadas, por se encontrarem esgotadas as opções terapêuticas eficazes dirigidas à doença oncológica.
Esta terapêutica personalizada permite, não apenas ampliar as opções de tratamento na zona Centro, mas também uma maior comodidade e autonomia para os doentes que sofrem de doenças hemato-oncológicas, com continuação dos cuidados no Centro com o qual já se encontram familiarizados, mais próximo da sua residência e da sua família.
[CP]: As inovações da medicina e na saúde têm permitido avanços significativos na cura de doença oncológica, mas espera-se que daqui a poucos anos metade da população portuguesa tenha um cancro. Como é que se contraria isto?
[CHUC]: Com recursos a medidas de prevenção: primária (atuando nos fatores de risco para o cancro, adotando hábitos de vida saudáveis), secundária (deteção precoce
de cancro, por exemplo pelos rastreios de âmbito nacional) e terciária (prestando ao doente o melhor tratamento disponível e reabilitação do doente). Nalguns tipos de tumor, é importante vigiar o aparecimento de outras neoplasias (associadas aos factores de risco ou aos tratamentos realizados).
[CP]: O trabalho de prevenção feito até agora é suficiente?
[CHUC]: Não. A incidência do cancro está a aumentar, acompanhando o envelhecimento da população. As medidas de prevenção primária devem ser adoptadas numa fase precoce da vida. Numa idade mais avançada, os meios de rastreio de cancro já disponíveis em Portugal devem ser implementados de forma correta (população alvo), célere e eficaz, o que não acontece na prática clínica. Isto implica mais recursos humanos e materiais.
A prevenção terciária é tão ou mais importante que a primária ou secundária. Reabilitar um doente de modo a que possa voltar à sua vida social/profissional/ familiar, é um processo moroso que implica colaboração de equipas multidisciplinares, com profissionais não médicos (nomeadamente psicólogos, assistente social e nutricionista). Estas equipas ainda são insuficientes a nível nacional.
ESTUDO DECORREU EM COLABORAÇÃO COM O CHUC
UC DESTACA IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS PEDIÁTRICOS
AUniversidade de Coimbra (UC), em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), acompanhou o último ano de vida de várias crianças com doenças crónicas que faleceram no Hospital Pediátrico de Coimbra e destaca a importância dos cuidados paliativos
pediátricos para melhorar os cuidados prestados, sobretudo no que respeita à redução de terapêuticas e procedimentos agressivos neste grupo de crianças.
O estudo sublinha ainda o impacto positivo dos cuidados paliativos pediátricos na redução do consumo de recursos hospitalares.
“Esta investigação
corrobora a urgência de se dotarem os serviços de pediatria nacionais de equipas com formação adequada na área de cuidados paliativos pediátricos, por forma a garantir resposta adequada a crianças com doenças avançadas e, na sua maioria, progressivas, cuja evolução para o fim de vida pode ser possível
CHUC ORGANIZA CONGRESSO DE ENFERMAGEM INTENSIVA
A Coimbra Business School vai receber, nos dias 23 e 24 de Março, o Congresso de Enfermagem Intensiva do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), subordinado ao tema “Compromisso com a Pessoa em situação crítica”. Ainda no dia 22 decorrerão no CHUC e na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), vários workshops pré-congresso inseridos na mesma temática. Trata-se de um evento promovido pela equipa de enfermagem do Serviço de Medicina Intensiva do CHUC com a finalidade de estimular o desenvolvimento do conhecimento científico, promover a partilha, a reflexão e o debate sobre desafios e práticas da enfermagem no cuidado à Pessoa em situação crítica, em contexto de cuidados intensivos. Uma importante mais-valia, na óptica dos organizadores deste congresso, foi a submissão da candidatura das actividades formativas do congresso ao processo de acreditação e creditação da Ordem dos Enfermeiros, culminando com atribuição de Créditos de Desenvolvimento Profissional (CDP), sendo a certificação garantida pelo Serviço de Formação do CHUC.
CÁRITAS
DE COIMBRA TESTA TECNOLOGIA
PARA CUIDADOS A PESSOAS MAIS VELHAS
O Departamento de Inovação da Cáritas Diocesana de Coimbra (CDC) testou, no final de Dezembro, a aplicação Zensi, no Centro Rainha Santa Isabel, com elementos da equipa de enfermagem. Esta tecnologia está a ser testada no âmbito do projecto Pharaon, do qual a instituição é parceira. A Zensi consiste num sensor colocado debaixo do colchão, que avisa os cuidadores quando o adulto mais velho abandona a cama e se este não regressa num determinado período. Permite, também, monitorizar em tempo real movimentos durante o sono sugestivos de quedas, de forma fácil, eficiente e em simultâneo com dezenas de pessoas. Sem nunca substituir o cuidado e supervisão humana, esta tecnologia pretende aliviar a auxiliar tarefas diárias dos cuidadores relacionadas com a segurança.
CHUC E LIGA CONTRA
A EPILEPSIA DO CENTRO PROMOVEM
ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
antecipar e planear, garantindo os melhores cuidados”, sublinha a equipa de investigação da UC.
Actualmente, “a literatura internacional é, ainda, escassa no que respeita ao consumo de recursos hospitalares com crianças com doença crónica complexa no seu último ano de vida”, contextualizam as investigadoras.
De forma a assinalar o Dia Internacional da Epilepsia que se celebra a 13 de Fevereiro, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) através do Serviço de Neurologia e do Centro de Referência de Epilepsia Refratária e a Delegação do Centro da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (DC-LPCE) associam-se associam-se à data com várias iniciativas. Uma delas é a campanha “50 milhões de passos pela epilepsia” cujo objectivo é dar um passo por cada pessoa com epilepsia no mundo, como forma de sensibilizar e alertar para os problemas que estas pessoas, os seus familiares e cuidadores enfrentam. Para que esta iniciativa alcance o seu propósito e seja um sucesso a nível internacional, as entidades fazem um apelo à comunidade a participar enviando, até ao dia 6, uma fotografia a correr ou a andar usando roupa ou acessório roxo para o endereço de email: cie@ chuc.min-saude.pt ou lpcecoimbra@epilepsia.pt .Uma outra iniciativa programada é o contacto de rua com os cidadãos com a oferta simbólica de um pequeno ramo de flores lilás e um cartão com o slogan da campanha Internacional #ENDSTIGMA.
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
www.campeaoprovincias.pt
QUINTA-FEIRA, 2 DE FEVEREIRO 2023
DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA O CANCRO
INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA DE COIMBRA
HÁ 60 ANOS NA LUTA CONTRA O CANCRO
Sábado
Campeão das Províncias [CP]: A Saúde sofreu algumas consequências com a pandemia nomeadamente nas referenciações e nas listas de espera, o IPO de Coimbra também foi afectado?
Margarida Ornelas [MO]: Mesmo, em 2020, no ano de maior criticidade da pandemia, o IPO de Coimbra obteve um bom desempenho, na generalidade dos indicadores de acesso, garantindo sempre uma boa gestão da capacidade assistencial, com algumas áreas, mesmo nesse ano, em que se registou um crescimento de actividade. Recorde-se que o IPO de Coimbra, reforçou, nesse período, no contexto da pandemia, a sua missão enquanto Instituto de referência da doença oncológica na região Centro, dando resposta, a outros hospitais. A criação de um segundo Hospital de Dia com vista à resposta a doentes do Hospital Distrital da Figueira da Foz foi disso exemplo. Nos últimos anos a referenciação, de facto, tem aumentado, registando-se um maior número de primeiras consultas, com uma variação, em 2022, face ao ano de 2021 de 7,8% e, face a 2019, ano
pré-pandemia, de 20%. No último ano, conseguiu-se, também atingir, tal como nos anos anteriores, de forma plena, o acesso às consultas dentro do tempo máximo de resposta garantido. No que diz respeito à actividade cirúrgica, também se assistiu a um crescimento, mesmo tendo o último ano sido fortemente marcado pela obra em curso no IPO, a qual provocou a redução da capacidade disponível de salas de bloco operatório e do número de camas de internamento. Apesar disso, fruto de uma reorganização interna e de várias acções levadas a cabo, o ano 2022 foi marcado por um aumento do número de doentes intervencionados e uma redução significativa da lista de espera cirúrgica - uma variação positiva de 7% (mais 343 doentes intervencionados) face ao ano anterior e uma redução da lista de espera cirúrgica de 4,7%.
[CP]: Quais são os maiores desafios que o IPO enfrenta?
[MO]: Os desafios que enfrentamos são simultaneamente aqueles que têm constituído os três grandes pilares das nossas
orientações estratégicas. Desde logo: garantir o acesso a cuidados em tempo oportuno, no difícil contexto em que temos uma empreitada em curso, mas, também, o acesso à inovação, a novos medicamentos e à evolução tecnológica, sem descurar a sustentabilidade. Por outro lado, o IPO reconhece, também, como importante desafio, fomentar o papel de complementaridade e apoio entre as instituições da região Centro com as quais se articula. Em segundo lugar, os investimentos, com a execução de um exigente plano. Os últimos anos foram marcados por importantes investimentos, dos quais se destacam: a construção de um novo bloco operatório periférico; a instalação de 2 novos aceleradores lineares; a concretização do programa de eficiência energética no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos – POSEUR e a actual empreitada, em curso, de requalificação do edifício de cirurgia/ imagiologia, correspondente à construção de um novo edifício que aumentará em 31,7% a área de prestação directa de cuidados de saúde e melhorará as condições para a prestação de cuidados. Por último, mas não menos importante, o desafio de capacitar e motivar os
nossos profissionais, garantindo a coesão interna e desenvolvendo acções para reter os melhores.
[CP]: Prevê-se que daqui a poucos anos metade da população tenha um cancro ao longo da vida. Há forma de contrariar isto?
[MO]: A palavra de ordem para contrariar isso é a prevenção. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a incidência global de cancro deve atingir patamares recorde nos próximos anos, apresentando uma evolução contínua. As neoplasias figuram já entre as principais causas de morte. Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas na União Europeia são diagnosticadas com cancro e 1,3 milhões morrem da doença. No entanto, é importante mencionar que mais de 40% dos casos de cancro são evitáveis. Por este facto, é-nos exigido a todos uma atenção redobrada nomeadamente quanto aos hábitos de vida saudáveis e à detecção precoce.
[CP]: O Dia Mundial do Cancro serve para consciencializar a população para esta doença. Tem havido sensibilização suficiente?
[MO]: Neste domínio da consciencialização, a sensibilização nunca é demais. Um aspecto fulcral é o da promoção da literacia em saúde, em especial em
ONCOLOGIA INFANTO-JUVENIL
grupos vulneráveis, visando reduzir as desigualdades. No IPO de Coimbra, temos procurado prosseguir este objectivo, já que esta é, também, a nossa missão. Um dos eixos que prosseguimos, nas nossas orientações estratégicas, é o da literacia em saúde, desenvolvendo várias acções: campanhas de sensibilização; materiais informativos; parcerias com entidades externas; iniciativas abertas à comunidade, todas em torno deste desiderato. O assinalar deste Dia, ou dos meses temáticos -– em cada mês do ano fazendo alusão a um tipo de cancro - são duas das iniciativas que temos levado a cabo. É importante comunicar, usando diversos meios, designadamente as redes sociais, o nosso site e entrevistas como esta. Por conseguinte, no que ao IPO de Coimbra concerne, procuraremos continuar a sensibilizar para esta temática, sendo que este será sempre um caminho inacabado, logicamente.
[CP]: Os rastreios vieram ajudar a combater a doença?
[MO]: Como é referido no Plano Europeu de Luta contra o Cancro a detecção precoce através do rastreio oferece a oportunidade de combater o cancro e salvar vidas. Também no IPO Coimbra se continua a dar resposta
ao nível dos rastreios de base populacional na área da oncologia, designadamente no rastreio do colo do útero e do cólon e reto, tendo-se registado, no ano 2022, um aumento significativo face a 2021. No domínio da detecção precoce, os rastreios são fundamentais no combate à doença, sendo igualmente muito importante monitorizar e avaliar os programas de rastreio do cancro.
[CP]:De que forma as comemorações dos 60 anos do IPO reflectem a problemática do Cancro?
[MO]: As comemorações centram-se em 6 eixos: pessoas, comunidade, cuidado, memória, ciência e futuro sob o slogan “Construindo o presente entre o passado e o futuro”. Trata-se de um marco muito importante para reflectir a problemática do cancro, já que estão previstas várias iniciativas, alicerçadas nestes eixos e abertas à comunidade hospitalar.
A este propósito, aproveito, para relembrar a nossa próxima iniciativa, que acontece já no dia 11 de Fevereiro: Dia Mundial do Doente. Neste dia será organizada uma caminhada, procurando sensibilizar para a importância do exercício físico, pelo que, desde já, convido todos os interessados a participar. Leia a versão completa no site do Campeão das Províncias
PEDIÁTRICO REFERE TAXA DE SOBREVIVÊNCIA ACIMA DOS 80%
Em Portugal, todos os anos cerca de 400 crianças e jovens são diagnosticadas com cancro, sendo esta a principal causa de morte não acidental na população infanto-juvenil. Para perceber melhor esta realidade, o “Campeão” conversou com o Dr. Manuel João Brito, director de oncologia do Hospital Pediátrico de Coimbra.
Campeão das Províncias [CP]: Quais os principais desafios na oncologia pediátrica?
Manuel João Brito [MJB]: Numa altura em que mais de 80% das crianças com cancro sobrevivem, os principais
desafios são o tratamento das crianças com recaídas ou com doença refractária ao tratamento e simultaneamente minimizar o tratamento inicial; conseguindo manter a taxa de cura, com menos efeitos secundários.
[CP]: Em que idades há maior incidência de cancro?
[MJB]: A faixa etária em que há maior incidência de cancro em idade pediátrica é a dos adolescentes a partir dos 15 anos. Logo a seguir é a faixa dos 0 aos 4 anos de idade.
[CP]: Quais os tipos de cancro mais frequentes em idade pediátrica?
[MJB]: Os tipos de cancro mais frequentes são as leucemias e os tumores do sistema
nervoso central. Há no entanto alguma variação com a idade com os tumores embrionários a serem predominantes nos primeiros anos de vida e os linfomas nos adolescentes mais velhos.
[CP]: Qual é o índice de cura actualmente?
[MJB]: Acima de 80% para todos os cancros. Nalguns casos a taxa de cura é superior a 90%. Em raros casos de cancro não existe ainda cura.
[CP]: Que tipo de apoio ou orientação é dado aos pais e crianças nestas situações?
[MJB]: A família destas crianças tem direito a um apoio monetário estatal (subsídios), pela situação da doença da criança e têm direito a parte da medicação e transporte para o hospital e do hospital para casa. No entanto, como acabam por ter uma redução do vencimento, há várias organizações não governamentais que acabam por apoiar estas famílias.
[CP]: Da vossa experiência, as crianças entendem o que lhes está a acontecer?
[MJB]: Dependendo da idade as crianças têm um entendimento diferente do que lhes está a acontecer. Salienta-se no entanto que habitualmente o entendimento é muito superior ao que seria de esperar para a idade da criança. A partir dos 8 anos as crianças têm habitualmente uma noção total da doença que têm e das possíveis implicações.
Rua
A luta não pode parar!
da Estrada Nova, 14 | 3040-432 Coimbra Tel
geral@jf-almalagues.pt
Para assinalar o Dia Mundial do Cancro, que se celebra a 4 de Fevereiro, o “Campeão” falou com a Psicóloga Clínica e da Saúde, Sónia Silva, responsável pela Unidade de Psico-Oncologia da Liga Portuguesa Contra o Cancro do Núcleo Regional do Centro.
Campeão das Províncias [CP]: Quais os principais medos de um paciente que recebe o diagnóstico?
Sónia Silva [SS]: De uma forma geral, os sintomas emocionais mais frequentes são a ansiedade e a depressão. No entanto, cerca de 1/3 dos doentes oncológicos desenvolvem quadros compatíveis com perturbações de
um diagnóstico clínico, causam inevitavelmente sofrimento e podem ter um impacto na qualidade de vida do doente, requerendo avaliação, monitorização e redução, através de intervenção psicológica especializada.
nóstico, sobretudo na fase da sobrevivência inicial, isto é, nos primeiros anos após o diagnóstico.
No passado mês de Novembro, a Liga Portuguesa Contra o Cancro lançou os resultados de um estudo em que avaliou o sofrimento emocional de doentes e cuidadores seguidos nas Unidades de Psico-Oncologia entre Fevereiro de 2020 e Outubro de 2022. Este estudo revelou que nove em cada 10 dos utentes em acompanhamento revelam um elevado sofrimento emocional. Estes resultados demonstram o distress psicológico daqueles que procuram a resposta psicológica da Liga e reforçam a necessidade desta intervenção.
[CP]: Qual a abordagem da Psico-Oncologia?
Rua Combatentes da Grande Guerra, 23/25 - Soure - Tlm. 931 199 205 / 916 225 969 Tlf. 239 502 241- - E-mail: e.c.soure@gmail.com - escolaconducaosoure@gmail.com LIGEIROS MOTOS PESADOS DE MERCADORIAS PESADOS COM REBOQUE 4 de Fevereiro Member of JOST World carreira.tridec.com/pt/ Dia 4 Fevereiro Dia Mundial da Luta Contra o Cancro. Associamo-nos a esta causa!
IMPACTO DO CANCRO NA SAÚDE MENTAL
objectivos estudar e intervir sobre as respostas psicológicas dos doentes com cancro, suas famílias e cuidadores em todas as fases da doença, assim e sociais na origem e curso da doença. A intervenção em Psico-Oncologia formas de lidar com o diagnóstico de cancro e com as suas implicações, e trabalhar com o indivíduo formas alternativas, que permitam aproximá-lo de indicadores de bem-estar físico e psico-emocional mais positivos.
[CP]: Em que momento o acompanhamento psicológico deve começar?
[SS]: Idealmente, o acompanhamento psicológico deveria iniciar-se logo após o diagnóstico da doença ou ainda no momento imediatamente anterior, numa fase de pré-diagnóstico, durante a qual os níveis de ansiedade são sobejamente elevados.
A este respeito, a Liga Portuguesa Contra o Cancro disponibiliza na sua página, um repositório dos Termómetros Emocionais, uma ferramenta que se materializa numa escala visual analógica (de 0 a 10) de avaliação subjectiva do sofrimento emocional geral, e que pretende aferir os níveis de dis-
alguma perturbação emocional e, portanto, com maiores necessidades de intervenção psicológica, o que ser facilitador de uma eventual referenciação para serviços especializados.
[CP]: Como é que um doente pode ser acompanhado por vocês?
[SS]: O acompanhamento nas Unidades de Psico-Oncologia da Liga Portuguesa Contra o Cancro é totalmente gratuito, podendo dirigir-se a doentes oncológicos, quer a familiares e cuidadores. As Unidades têm uma cobertura descentralizada, estando disponíveis em 50 concelhos do nosso país. A marcação de consulta poderá ser solicitada pelo próprio doente, familiares, médico assistente ou outro prestador de cuidados, através do contacto com o Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro da área de residência.
Esta luta é de todos nós! Previna-se!
Carlos Cortes: O homem certo, no lugar certo, no tempo certo
A Saúde atravessa actualmente em Portugal uma fase de grande instabilidade, constatando-se necessidade urgente de promover medidas conjunturais e reformas estruturais. Este é um trabalho que cabe ao Ministério da Saúde mas que necessita da cooperação das várias estruturas profissionais do sector, nomeadamente da Ordem dos Médicos.
A progressiva deterioração do Serviço Nacional de Saúde (SNS), potenciada pela pandemia COVID-19, veio agravar as condições de trabalho dos serviços de saúde. Os médicos - sobrecarregados, mal remunerados, pouco reconhecidos e sem perspectiva de evolução na carreira - sentem-se cada vez menos motivados para carregar um SNS que, desde o início e durante décadas, deve grande parte do seu sucesso à dedicação e ao espírito de equipa e de missão dos seus profissionais, em particular da classe médica. Foi com empenho, entusiamo, competência e ética que os médicos foram o motor da construção de um SNS que perseguia o objectivo de prestar cuidados de saúde de qualidade a todos os Portugueses. Para retomar essa missão são necessárias mudanças no cenário actual da Saúde em Portugal.
Nesta conjuntura, a Ordem dos Médicos desempenha um papel crucial, devendo assumir-se como parceiro por excelência da necessária mudança e também como o garante da qualidade da medicina praticada, reivindicando para os médicos as condições necessárias para o desempenho da sua missão.
O acto eleitoral em curso para escolha do bastonário da Ordem dos Médicos assume, assim, particular relevância, pois o perfil do eleito terá grande importância no futuro que se avizinha.
Deverá ser conhecedor da Ordem dos Médicos, dos problemas dos médicos, dos doentes e das instituições de saúde, mas também ser honesto, independente, dialogante, agregador, inovador, sensato, corajoso, respeitado pelos seus pares e com provas dadas.
O Dr. Carlos Cortes, o candidato mais votado na primeira volta das eleições, é o que reúne todas estas características. Durante a sua carreira profissional, de quase 30 anos, e nos nove anos como presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, comprovou todos estes requisitos. Na carreira médica, fez um trajecto seguro e reconhecido pelos seus pares de especialidade, tendo atingido cedo o topo da carreira. Na sua instituição, também cedo viu o seu mérito reconhecido através da sua nomeação para director de serviço.
Como presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, desenvolveu um trabalho de proximidade excecional, estando sempre presente em todos os locais onde foi necessário defender os médicos, os doentes e a qualidade da saúde. Não houve Hospital ou Centro de Saúde da Região Centro que não tivesse visitado, sempre se mantendo disponível para construir pontes e encontrar soluções para os problemas. Inovou no modo como apoiou a formação, como promoveu a criação de gabinetes temáticos de apoio aos médicos e aos doentes, como se aproximou de outras ordens profissionais, como estimulou a realização de eventos, como se associou a causas sociais ligadas à Saúde e não só.
Foi por este modo diferente de estar e de gerir a Secção Regional de Centro da Ordem dos Médicos que ganhou a confiança da classe, vencendo três eleições seguidas na sua região e na primeira volta das eleições para bastonário, mesmo pertencendo uma secção regional com menos de metade dos eleitores da Região Norte ou da Região Sul, ficou folgadamente em primeiro lugar. Por tudo isto, o Dr. Carlos Cortes, como Bastonário da Ordem dos Médicos, é o homem certo, no lugar certo, no tempo certo.
(*)Presidente eleito da SRCOM
Pescando informação sobre sustentabilidade
JOANA GILComo boa portuguesa, acho o peixe e o marisco uma perdição. Em Bruxelas, socorro-me da Noordzee/La Mer du Nord, assim chamada já que é o Mar do Norte o principal ponto de abastecimento daquele espaço. O local está bem considerado pelas melhores razões. Porém, não esqueço a minha decepção quando, já ciente da sua fama, a visitei pela primeira vez. Os peixes maiores e por tradição mais reputados figuravam no escaparate: robalo, salmão, dourada, atum, salmonete, tamboril, raia, acompanhados de umas prazenteiras trutas e cavalas. Mas faltava-lhe o ar de festa das peixarias portuguesas: onde estava o colorido de ver fanecas, bicas, gorazes, imperadores, pescadas, raias, sargos, pargos? Para mais, os belgas têm o triste hábito de apresentar, vender, cozinhar e servir muito do peixe em filetes, frequentemente mesmo sem pele. Perde o peixe em dignidade e o cliente em sabor.
Entretanto, os anos habituaram-me a valorizar a banca de peixe fresco desta e de outras peixarias belgas. Mas nada se compara ao deslumbramento que traz a passagem por uma banca de peixe em Portugal. Com bancas tão tentadoras, não admira que os portugueses sejam dos maiores consumidores de peixe do mundo, consumindo à volta de 56kg de peixe por ano, o dobro do que consomem os belgas.
Criada em Novembro de 1898, a Associação dos Médicos Portugueses passou a denominar-se Ordem dos Médicos em Novembro de 1938. Foi seu primeiro bastonário, em 1939, o Prof. Elísio de Azevedo e Moura e tinha nos seus primeiros estatutos o estudo e a defesa dos interesses profissionais dos médicos.
Os médicos vão ser chamados a escolher na segunda volta o seu Bastonário para o próximo triénio 2023 /2026.
A actual participação dos médicos na escolha do seu bastonário, mantem-se incrivelmente baixa com uma abstenção superior a 60% na primeira volta, realizada em Janeiro deste ano.
As ilações que dai se retiram podem ser antagónicas. Desinteresse pela eleição do seu Bastonário, criado por anos de distanciamento entre a Ordem dos Médicos e os seus associados, ou porque o exercício da medicina se torna ela própria tão absorvente que não lhes permite disponibilidade para o fazer. O exercício da medicina é uma profissão de alto risco e desgaste rápido. Os médicos são apelidados de heróis, mas apenas cumprem a sua missão com resiliência, dedicação e espírito de missão, no entanto, são pessoas comuns.
Ser médico implica disponibilidade 24/24 h, 7/7 dias. É ser chamado diariamente a tomar decisões complexas e difíceis que afetam a saúde, o bem-estar e a vida humana.
Obrigados a trabalhar por turnos, frequentemente longos, mais de 12 horas, ficam privados da companhia da família em dias festivos e de descanso.
Ser médico, também é trazer para o seio familiar o cansaço, a tristeza e a alegria. Ser médico é não ver actualmente consagrado no seu horário, tempo para estudo dos seus doentes. Esse tempo é retirado à família, aos amigos, aos próprios. Dos vinte e um estados membros da União Europeia, os médicos portugueses encontram-se em 15º lugar no que diz respeito ao salário de médicos especialistas no SNS em relação ao salário nacional, atrás da Hungria, da República Checa e da Estónia. A carreira médica, criada em 1982, encontra-se estagnada há mais de 4 décadas e não pode ser esquecida pois são uma das garantias da formação médica.
Como é de esperar, estudos recentes, mostram que um número cada vez maior de médicos descontentes e insatisfeitos, contrapondo ao sucesso nas diversas áreas da medicina.
Mas nunca como agora urge mudar este paradigma e por isso a Candidatura do Prof. Rui Nunes surge para Afirmar e Unir a medicina e os médicos portugueses, valorizando as carreiras médicas, a formação médica e criando uma Ordem mais influente e mais prestigiada junto da opinião publica e do poder político.
O Prof. Rui Nunes é médico, especialista em Otorrinolaringologia e foi o primeiro presidente da ERS. Licenciado em Medicina pela FMUP em 1985, obteve o grau de Doutor em Medicina em 1996. É Professor Catedrático na Universidade do Porto e o actual Presidente da Associação Portuguesa de Bioética. Recebeu diversos prémios na sua carreira, o último dos quais, em Janeiro deste ano pelo “empenho, dedicação e resiliência, em situações extremas de pandemia”, do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos. Tem cerca de 20 livros publicados, onde se destacam; “Ética em cuidados de saúde”, “A Ética e o Direito no Inicio da Vida Humana”, “Prioridades na Saúde”, “Politica de saúde”, “Afetação de Recursos para a Saúde”, “Gestão da Saúde”, “Testamento Vital”. É defensor da criação e legalização do testamento vital, defensor do referendo sobre a eutanásia e da proposta à Unesco de uma Declaração Universal de igualdade de género, A sua candidatura pretende uma reforma estrutural e profunda no actual sistema de saúde defendendo a descentralização e autonomia da gestão na saúde, bem como a articulação entre os centros de saúde e os hospitais. Esta candidatura surge pela constatação da actual insatisfação dos médicos para o exercício da medicina e pela existência de deficiente acesso à saúde pela população portuguesa. Para acabar com a desigualdade no acesso à saúde, defende a criação de incentivos para a fixação dos médicos nas zonas mais carenciadas. Ao defender condições para que os médicos cumpram a sua missão, concretiza o direito universal à saúde. Pretende ainda uma Ordem dos Médicos desburocratizada, mais próxima da população e dos médicos e a criação de um sistema de saúde inclusivo no sector público, privado e social. Pretende aumentar a resposta do SNS sem comprometer a qualidade.
O médico, como pessoa, precisa de cuidado, atenção, valorização pessoal e profissional. É imperativo, Afirmar a profissão, com base na formação e diferenciação permitindo cumprir de forma sólida a nobre missão dos médicos: assistir e tratar
Os conimbricenses não serão menos apreciadores que a média dos portugueses. Mas se hoje muitas recomendações são dadas sobre o valor nutricional do peixe, pouco se diz sobre a sua sustentabilidade. O programa “Todo o Peixe É Nobre” (uma verdade que tem de ser repetida por todos!) tem sensibilizado para a importância de reflectirmos na hora de decidir que peixe queremos ter no prato. Infelizmente, para um país com uma costa tão ampla, Portugal continua a importar mais peixe do que aquele que exporta. Com o mar aqui tão perto, justificar-se-á dar preferência a peixe pescado ao largo da África do Sul ou do Chile? Com uma lota a poucos quilómetros da cidade e sendo os portugueses devotos consumidores de peixe, valeria a pena que os conimbricenses dispusessem, à imagem do que sucede com os bruxelenses, de um guia sobre consumo sustentável de peixe. Em Bruxelas, o departamento da região responsável pelo ambiente emitiu uma brochura detalhada que, tendo em conta a oferta típica de pescado na região, elencou os peixes em três listas: verde, laranja e vermelha. Aí se recomenda o consumo descontraído de cavala, se aconselha cuidado na hora de escolher o robalo (apenas aceitável se for pescado à linha) e se proscreve o consumo do salmonete.
Como alguém que se preocupa com o consumo sustentável, dá-me tranquilidade ter ao meu dispor informação que me permite fazer escolhas conscientes. Em Bruxelas a brochura informa-me, por exemplo e para meu desgosto, de que a raia é totalmente não recomendada. Também em Portugal a raia está ameaçada, de acordo com a Associação Natureza Portugal. Mas para o saber tive de andar – lá está… - à pesca da informação. Para sabermos que peixes não devem ser pescados, era bom que essa informação não estivesse submersa.
os doentes. Acabar com o distanciamento entre a Ordem dos Médicos e os médicos, é outro dos objectivos, criando Proximidade, agilizando canais de comunicação entre cada Centro de Saúde e a OM.
Os médicos e doentes, mesmo pertencendo à mesma cultura, têm interpretações diferentes da relação saúde-doença, pois o doente e o médico encontram em diferentes patamares, em que o médico detém um corpo de conhecimentos do qual o paciente geralmente é excluído. Nesta perspectiva um dos objectivos propostos É a defesa e o respeito pelo Pluralismo de opiniões, quer da comunidade médica, quer da população em geral, aumentando o respeito e a confiança dentro do seio da população médica mas e também da população em geral para com os médicos. Ao desenvolver uma comunicação mais aberta entre médicos e doentes obtem-se maior qualidade na relação. Hoje mais do que nunca Afirmar e Unir deverá ser o lema dos médicos que pretendem uma Ordem dos Médicos prestigiada, dinâmica e unida. Chegou a hora de Afirmar e Unir!
(*) Médica Ortopedista - Leiria / Coimbra
“Afirmar e Unir”: a candidatura dos médicos para os médicosPAULA HELENA FERREIRA DA SILVA*
ÚLTIMA
EXPOSIÇÃO “ACORDA PORTUGAL” NO SEA LIFE PORTO
ASSOCIAÇÃO OCEANOS ALERTA
PARA PLÁSTICO E LIXO MARINHO
Tiago Duarte sempre teve um gosto especial por caminhadas. Nas montanhas ou na praia, o importante era o contacto com a na-
tureza. À medida que a frequência dos passeios aumentou, uma realidade foi-se tornando cada vez mais evidente: lixo. Muito lixo espalhado pelas praias e arribas portuguesas. Decidido a fazer alguma coisa para inverter a situação,
Tiago desenvolveu o seu espírito crítico, participou em conferências e realizou as suas próprias acções de limpeza. Daí até criar a Associação Oceanos Sem Plásticos, - com um amigo -, foi só um passinho.
Fundada em 2018, a
Associação Oceanos Sem Plásticos tem como missão “limpar as praias de todos os concelhos de Portugal Continental e ilhas promovendo prácticas ecológicas e a diminuição do uso de plásticos pela população portuguesa, de modo a
melhorar a sua qualidade de vida e dos nossos ecossistemas”. Desta forma, e através do desafio lançado a vários movimentos espalhados pelo país, a associação contabiliza, ao minuto, o número de toneladas de lixo retiradas das praias. Até ao momento, foram mais de 10 mil kg.
“É muito importante transmitir esta mensagem. Um movimento cada vez maior de sensibilização ajudará a mudar as atitudes de cidadãos de todo o mundo”, afirma Tiago Duarte, presidente da Associação Oceanos Sem Plásticos, em declarações ao “Campeão das Províncias”. A sua experiência no terreno leva-o a concluir que “a nossa visão é catastrófica. A temperatura do planeta vai subindo e cada vez se vê mais lixo nos nossos mares”. Uma realidade que é comprovada por um estudo recente da Organização das Nações Unidas (ONU) que revela que, em 2050, “o peso dos plásticos nos rios e oceanos será superior ao peso dos peixes”. Um panorama que, de acordo com Tiago Duarte, precisa de ser urgentemente alterado. “Se quisermos um planeta daqui a 3 ou 4 gerações temos de fazer mais e é já. Caso contrário, não haverá volta a dar e será dramático”, alerta.
ESPERANÇA ESTÁ NAS NOVAS GERAÇÕES
Anualmente, a Associação Oceanos sem Plásticos realiza cerca de 15 limpezas de praia. Contudo, o seu trabalho estende-se a outras actividades, nomeadamente, acções de sensibilização. É o caso do projecto “aCORDA PORTUGAL”, que resulta de acções de limpeza onde foram encontradas milhares de cordas de pesca e que, posteriormente, serviram para criar um novelo que esteve em exposição no Oceanário de Lisboa e no SEA LIFE Porto. O novelo
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt
tem cerca de 1,70 metros de altura, pesa 1,3 toneladas e é feito com 17 km de cordas enviados de Norte a Sul de Portugal Continental, Açores e Madeira, incluindo as Ilhas desertas. A organização leva ainda o seu trabalho às escolas, estando a desenvolver a iniciativa “Microplásticos” junto de cinco concelhos: Torres Vedras, Peniche, Bombarral, Lourinhã, Cadaval e Caldas da Rainha. “É um projecto da Oceanos Sem Plásticos e Aspiring Geoparque Oeste que pretende sensibilizar sobre a problemática dos plásticos, em especial os microplásticos. Tem também o intuito de despertar o interesse das crianças para o contacto com a natureza e a sua preservação, enaltecendo o território do Aspiring Geoparque Oeste de onde serão as escolas do projecto”, explica Tiago Duarte.
Além disso, a associação destaca também as acções realizadas na Torre de Belém (onde constava lixo há décadas e foram encontrados objectos dos anos 60) e na Ria Formosa que, segundo o presidente da Oceanos Sem Plásticos, “era um paraíso transformado num pesadelo”.
Com uma forte aposta no voluntariado, a organização acredita que a maioria dos jovens está atenta às necessidades do planeta e assume um papel activo na sua preservação. “Os jovens são o futuro e eu tenho muita esperança que as próximas gerações sejam mais conscientes”, admite Tiago Duarte.
O mesmo responsável critica, contudo, a inactividade por parte das entidades governamentais. “Ainda é tudo muita teoria e pouca prática. Será muito difícil dar a volta a isto. Não vejo as autoridades, nomeadamente nos países mais civilizados, a fazer o que têm de fazer”. O presidente da Associação Oceanos Sem Plásticos remata, assim, com um apelo: “Espero que os políticos que venham no futuro sejam mais sérios, mais honestos e mais capazes de se preocuparem com as pessoas e o planeta. Porque, no fundo, sem planeta não há pessoas”.
Município de Anadia abre candidaturas ao Concurso Municipal de Ideias de Negócio
Operíodo para apresentação de candidaturas à segunda edição do Concurso Municipal de Ideias de Negócio - Jovens Empreendedores decorre até ao dia 30 de Junho.
A iniciativa, promovida pelo Município de Anadia, é dirigida a jovens empreendedores, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, residentes no concelho de Anadia e tem como objectivo estimular o espírito de dinamismo e de iniciativa nos jovens, promovendo o seu empreendedorismo. Pretende-se ainda promover a angariação de ideias e de projectos empreendedores, os quais devem demonstrar a sua exequibilidade prática e o potencial económico do projecto em questão.
Os projectos podem ser apresentados em nome individual ou em grupo, desde que não exceda o número de cinco elementos.
As candidaturas devem ser apresentadas através do preenchimento de um formulário disponível em www.cm-anadia.pt , juntamente com os documentos necessários à apresentação do projecto, dirigido à presidente da Câmara
Municipal, através do endereço eletrónico geral@cm-anadia.pt .
Ao concorrente vencedor será atribuído um prémio pecuniário no valor de 2.500,00€ e caso queira empreender o projecto, terá ainda a possi-
bilidade de alojamento na incubadora municipal do Curia Tecnoparque, pelo período de um ano, bem como o direito aos demais serviços de apoio a prestar pelo GAEE – Gabinete de Atendimento às Empresas e ao Empreendedor.
UC e Plano Nacional das Artes firmam nova parceria
AUniversidade de Coimbra (UC) e o Plano Nacional das Artes (PNA) celebraram, ontem (1), um protocolo de colaboração que visa a criação de um Fórum Internacional, denominado ESFERA(S), para promover actividades conjuntas nas áreas de formação, capacitação e divulgação de boas práticas para a sustentabilidade das artes.
O lançamento deste Fórum Internacional visa contribuir para a reflexão e debate sobre as novas práticas pedagógicas associadas à inclusão de técnicas artísticas enquanto importantes ferramentas para dotar crianças, jovens e adultos de inteligência emocional, autonomia e consciência para um desenvolvimento holístico centrado nas suas potencialidades e bem integrado no meio envolvente.
O Fórum adopta a designação de ESFERA(S), enquanto conceito agregador de objectivos e metas das agendas políticas e das estratégias globais para as próximas décadas, traduzidas nas vertentes da Experimentação, Sustentabilidade, Formação, Ecoacting, Responsabilidade Social e Arte(s).
O acordo foi firmado pelo vice-Reitor da UC para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leão, e pelo Comissário Exe-
cutivo do PNA, Paulo Pires do Vale, numa cerimónia realizada na Sala do Senado da Universidade de Coimbra.
“O Protocolo agora firmado cria as bases para lançar o Fórum Internacional ESFERA(S), cuja primeira edição ocorrerá em Outubro próximo, numa iniciativa conjunta da UC e do PNA, que envolve também a Câmara Municipal de Coimbra, além de outros parceiros nacionais e internacionais. Com uma forte componente de capacitação e de formação, o programa encontra-se já em fase de finalização e irá centrar-se na reflexão sobre o equilíbrio entre o progresso tecnológico e o desenvolvimento pessoal e cultural das novas gerações, com particular incidência sobre a promoção de práticas artísticas sustentáveis”, refere Delfim Leão.
“Este protocolo é uma espécie de chapéu para muitas actividades e muitos objectivos comuns entre estas duas instituições. Actividades que podem passar pela realização de um grande congresso internacional, mas também por manifestações culturais em ligação com a cidade, com as escolas e com as instituições culturais do território”, aponta Paulo Pires do Vale.
Núcleo do Centro da LPCC atribui seis Bolsas de Investigação em Oncologia
ONúcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC.LPCC) abre, a partir de segunda-feira (6), o processo de candidaturas para seis Bolsas de Investigação em Oncologia.
O NRC.LPCC dispõe de 60 mil euros para o incentivo a projectos inovadores de investigação sobre o cancro e, por isso, este ano atribui seis bolsas (10 mil euros para cada uma): quatro Bolsas de Investigação em Oncologia NRC-LPCC/CIMAGO; uma Dr. Rocha Alves e uma Bolsa Dr. Dário Cruz.
As Bolsas de Investigação em Oncologia NRC-LPCC/CIMAGO 2023 destinam-se a investigadores com possibilidade de desenvolverem, em Portugal, um projecto de investigação na área da oncologia, no âmbi-
to das actividades de investigação do Centro de Investigação em Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia (CIMAGO). Podem candidatar-se a estas Bolsas todos os investigadores licenciados ou com grau de mestre ou de doutor, que apresentem um projecto de investigação em oncologia a desenvolver no âmbito de uma equipa de investigação integrante do CIMAGO.
Já a Bolsa Dr. Rocha Alves abrange investigadores com projecto de investigação em oncologia, a desenvolver no âmbito de uma equipa de investigação sediada num dos distritos da região Centro. Podem concorrer a esta Bolsa todos os investigadores licenciados ou com os graus de mestre ou de doutor que apresentem um projecto de investi-
gação em oncologia a desenvolver no âmbito de uma equipa de investigação sediada nos distritos da região Centro da zona de acção do NRC.LPCC.
A Bolsa Dr. Dário Cruz destina-se a equipas de investigação que integrem investigadores licenciados ou com os graus de mestre ou de doutor, que apresentem um projecto de investigação na área do cancro da mama e que estejam sediadas nos distritos da região Centro da zona de acção do NRC.LPCC.
As candidaturas para atribuição das seis Bolsas encontram-se abertas de 6 de Fevereiro a 31 de Março de 2023. O formulário de candidatura e os respectivos regulamentos estarão disponíveis, a partir de segunda-feira (6), em http://bit.ly/2JxvhZ2.
Cantanhede quer ser uma referência em Biotecnologia
Apresidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, reafirmou esta quarta-feira, 1 de Fevereiro, que Cantanhede quer reforçar o estatuto de referência na área da Biotecnologia e deseja que o Biocant Park acolha mais entidades ligadas à tecnologia e inovação, mas também empresas que de alguma forma se relacionam com estas.
Ao intervir na sessão de abertura do BIO’n’TEQ - Mostra Tecnológica de Biotecnologia, que o Biocant realizou em parceria com a AEMITEQ - Associação para a Inovação Tecnológica e Qualidade, a autarca começou por recordar o “pioneirismo” do projecto de criação deste parque de ciência e tecnologia, que desde logo se assumiu como “um exemplo de empreendedorismo”.
Helena Teodósio manifesta-se convicta de que, duas décadas depois, o Biocant Park já é uma referência no cluster da Biotecnologia, embora ainda haja caminho para fazer neste domínio.
“A autarquia continua empenhada em fazer com que Cantanhede mantenha uma posição de revelo na evolução do cluster nacional do sector e está disponível para aprofun-
dar a cooperação com todas as entidades públicas e privadas que possam contribuir para a concretização deste desígnio”, destacou.
Para o efeito, a edil cantanhedense adiantou que “o Município vai continuar a gerar dinâmicas favoráveis à evolução do Biocant Park, muito particularmente na vertente económica”, desejando “a vinda de mais empresas de conhecimento intensivo para o perímetro do Biocant Park, mas também para a instalação em torno dele de indústrias que desenvolvam produtos e serviços de elevado valor acrescentado, preferencialmente de áreas relacionadas com a biotecnologia”.
Na sessão de abertura usaram também da palavra Jorge
Brandão, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, e Horácio Pina Prata, presidente da direcção da AEMITEQ.
Ao longo de todo o dia, o edifício sede do Biocant Park foi palco de diversas iniciativas, desde a mostra de produtos e serviços a apresentações e mesas-redondas.
Organizada pelo Biocant - Technology Transfer Association e pela AEMITEQ - Associação para a Inovação Tecnológica e Qualidade, a Bio’n’TEQ enquadra-se nas actividades do projecto INOVC +: Ecossistema de Inovação Inteligente da região Centro, co-financiado pelo CENTRO 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Mais de 400 canoístas confirmados em Coimbra
Coimbra vai receber 11 clubes da região centro para a participação em duas provas distintas do calendário nacional da Federação Portuguesa de Canoagem. Este domingo, 7 de Fevereiro, das 9h00 às 12h30 decorrerá o Campeonato Regional de Esperanças e, da parte da parte com início às 14h00, haverá o Campeonato Regional de Maratona.
Esta será a primeira prova do ano com a organização assegurada pelo Clube Fluvial de Coimbra (CFC) e assume particular importância como preparação para as provas de cariz nacional que se aproximam. Sérgio Bento, presidente do CFC, refere que “vai ser muito importante para começar a preparar as provas nacionais, que são o principal objectivo. Para além disso, será a estreia para muitos dos atletas do grupo da iniciação”.
As duas competições são de circuito sendo o
Campeonato Regional de Esperanças só para atletas com idades compreendidas entre os 8 e 16 anos. Neste caso, a distância da prova vai dos 2 aos 6 km consoante as idades e géneros. O Campeonato Regional de Maratona já é para atletas com idade superior a 16 anos. A distância varia entre os 8 e os 30 km (consoante as idades, as embarcações e o género). A prova da Maratona reveste-se de uma espectacularidade singular uma vez que é caracterizada por um percurso terrestre (designada por portagem) que tem que realizar-se por cada volta que o atleta efectua. Ao chegar a esta parte, o canoísta sai da água e corre cerca de 150200m com o barco para voltar a entrar e completar mais uma volta, até chegar à meta. A prova conta com os apoios da CM de Coimbra, Associação de Canoagem do Centro e, claro, da Federação Portuguesa de Canoagem.
‘Warm-up do Festival Política vai ter um concerto de músicos ciganos de Coimbra
O‘warm-up’ do festival Política, que vai acontecer pela primeira vez em Coimbra, no Convento São Francisco, entre 10 e 11 de Fevereiro, vai contar com um concerto de música cigana protagonizado por jovens da cidade.
manas.
“Até ao dia 11, poderão juntar-se mais pessoas, num grupo em que uns foram convidando os outros”, esclareceu, referindo que várias associações locais, situadas no Planalto do Ingote, ajudaram no trabalho de proximidade com as comunidades.
Questionado sobre se haverá uma ideia de continuidade no trabalho deste grupo, Filipe Carvalho referiu que a intenção do Convento passa por “não impor nada”.
“Depende deles. A premissa é tornar possível que aconteça. Depois, não sabemos se irão continuar a reunir-se ou não”, esclareceu.
Já a vereadora com a pasta da acção social e da educação, Ana Cortez Vaz, realçou o “casamento feliz a três”, entre cultura, educação e acção social que o festival proporcionou.
Numa edição em que todas as actividades são gratuitas, há um foco “na inclusão”, sublinhou, realçando o papel importante de fomentar e instigar a participação cívica dos mais jovens.
O festival, que vai ter uma edição em Coimbra em Novembro depois desta espécie de aquecimento, vai realizar-se de 10 a 11 de Fevereiro, contando com uma conversa com o músico Dino D’Santiago, uma oficina para crianças sobre a importância dos ecossistemas ou um espectáculo de humor de Hugo van der Ding, entre outras propostas, afirmou a organização do festival, em conferência de imprensa realizada no Bairro da Rosa.
No dia 11, será exibido o documentário “A música invisível”, do realizador Tiago Pereira, uma obra cinematográfica que procura fazer um retrato da música cigana “cantada de norte a sul do país”, afirmou Rui Oliveira Marques, da organização do festival.
Depois da exibição do filme e de uma conversa com o realizador, haverá um momento musical protagonizado por jovens de etnia cigana de Coimbra, referiu.
Segundo o chefe da Divisão do Convento São Francisco, Filipe Carvalho, foi criado um grupo com cerca de 12 participantes, com idades entre os 11 e os 38 anos, que irão actuar naquele dia 11, tendo já começado a trabalhar na apresentação há cerca de duas se-
O programa arranca com Dino D’Santiago, numa conversa dirigida às escolas de Coimbra sobre “o poder de transformação que a música e os artistas podem ter na sociedade”.
A decorrer no grande auditório do CSF, o músico vai lançar uma questão: “A música pode derrubar muros?”.
A 11 de Fevereiro, haverá uma oficina criativa e de sensibilização pensada para crianças entre os seis e os 12 anos, que procura reflectir sobre o impacto das acções humanas na natureza.
O festival encerra o seu ‘warm-up’ em Coimbra com um espectáculo do humorista Hugo van der Ding, intitulado “A grande mentira”, na sala D. Afonso Henriques.
Segundo a organização, todas as sessões são acompanhadas de interpretação para Língua Gestual Portuguesa e o filme é legendado em português.
O ‘warm-up’ em Coimbra resulta de uma co-produção entre o Festival Política e a Câmara Municipal de Coimbra, envolvendo a parceria intersectorial da Divisão do Convento São Francisco, Divisão de Educação, Divisão de Acção Social e Gabinete para a Igualdade e Inclusão do município.
Informação sobre o evento está disponível em www. festivalpolitica.pt.
Casa da Mutualidade recebe a exposição “PROMISSE”
ACasa da Mutualidade – Galeria de Arte e Centro de Mutualismo
inaugura, amanhã (3), a exposição “PROMISSE” - colectivo de 13 artistas da Epopeia das Artes – Associação de Artes e Letras, com curadoria de Kim Molinero e com o apoio d’ A Previdência Portuguesa.
Esta mostra, traz a público obras de Amamede, Ana Pereira, Dina de Souza, Jaime Prates, Kim Molinero, Luís
Albuquerque, Lurdes Silva, Margusta Loureiro, Maria Alexandra Martins, Maria Helena Lima, Micéu Nunes,
Silvestre Isaac Quizembe e Teresa Martins. Apresenta-se com diversas influências e movimentos, com predominância no surrealismo e na arte abstracta, onde é evidente o uso de diversas técnicas. Vai desde a pintura à fotografia.
A Epopeia das Artes – Associação de Artes e Letras, criada em 2015, tem desenvolvido um trabalho notável na promoção das artes visuais e da produção artística dos seus associados (cerca de 200), não só em território português como além-fron-
teiras. O leque de artistas que fazem parte da Epopeia de Artes é oriundo de países como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Portugal, Brasil e Espanha. Esta diversidade de experiências culturais enriquecem a oferta artística da associação em cada exposição que realiza.
Patente até dia 28 de Fevereiro na Casa da Mutualidade (R. Dr. Manuel Rodrigues 5, 3000-258 Coimbra) de segunda a sexta das 9h00 às 13h00 das 14h00 às 18h00 (dias úteis) com entrada livre.