“Campeão das Províncias” - 23/3/2023

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 | N.º 730 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Joana Alvim, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 24 PÁGINAS PÁGINA 2 CÂMARA DE COIMBRA ENCERRA DOIS PARQUES INFANTIS POR QUESTÕES DE SEGURANÇA

Câmara vai reparar parques infantis de Santa Apolónia e Montes Claros

ACâmara Municipal de Coimbra (CMC) decidiu encerrar, a partir de hoje, dia 23 de Março, e de forma temporária, os parques infantis de Santa Apolónia e de Montes Claros por questões de segurança. O procedimento administrativo para substituição dos equipamentos já está em curso e, assim que estiverem garantidas as condições de segurança, os parques infantis voltam a abrir.

No âmbito das inspecções

mensais de segurança efectuadas pelos serviços técnicos municipais, e que decorrem de obrigações legais, a CMC entendeu encerrar temporariamente os parques infantis de Santa Apolónia e de Montes Claros.

As referidas inspecções detectaram não conformidades que impedem a utilização integral dos equipamentos daqueles parques infantis. Não sendo possível garantir a eficiência da utilização parcial, por

haver tendência a retirar as fitas dos equipamentos inibidos, a CMC optou pela solução que garante a total inexistência de riscos para os utilizadores dos parques infantis, as crianças.

O procedimento administrativo para reparação e substituição dos equipamentos com anomalias identificadas já está em andamento, estando vinculado aos preceitos e prazos legais consagrados no Código dos Contratos Públicos.

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COIMBRA ATIRA RUA DA SOFIA PARA LÁ DO METRO

Em Coimbra, a Rua da Sofia está classificada há 10 anos como Património Mundial da Humanidade, como a Universidade e a Alta, mas tem sido o parente pobre. E vai continuar a sê-lo, porque a necessária requalificação só acontecerá depois de terminarem as obras do MetroBus, lá para 2025. PÁGINA 3

Presidente da OPSDC em Entrevista

Henrique Mendes dos Santos: uma vida dedicada a causas solidárias

Marinha das Ondas retoma no Verão ExpoOndas

a a ão

Henrique Mendes dos Santos tem dedicado a sua vida à causa da Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra (OPSDC), uma instituição dedicada a ajudar famílias, crianças, jovens e mães em situações vulneráveis. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias falou-nos da importância da solidariedade na defesa do bem comum e na promoção das necessidades básicas da sociedade. PÁGINA 7

Hoje é um dia especial para a Marinha das Ondas, no concelho da Figueira da Foz, que celebra o seu 95.º aniversário. Para assinalar esta data importante, a Junta de Freguesia organizou uma série de iniciativas que pode conhecer nesta edição. Apesar dos desafios enfrentados pela freguesia, a Junta está empenhada em criar novas iniciativas e anunciou retomar no Verão a ExpoOndas. Destaque ainda para as empresas Lusiaves e Celbi que são fundamentais para a economia local e para a harmonia da região. PÁGINAS 10/11

QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 4 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt PREÇO 0,75 2ª SÉRIE | ANO 22 | N.º 1151 23 DE MARÇO DE 2023 SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA telef. 239 497 750 e-mail: campeaojornal@gmail.com PUBLICIDADE Encerra ao Sábado (chamada rede móvel nacional)
A União deFreguesias de Degracias e Pombalinho convidam a visitar este evento geral@acessorigas.pt Instalações Técnicas,
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REPORTAGEM 2

23 DE MARÇO DE 2023

INICIATIVA COMEÇA EM ABRIL E CONTA COM VÁRIOS GRUPOS NACIONAIS

COIMBRA RECEBE PRIMEIRO CAMPEONATO DE IMPROVISO

Com pouco mais de um ano de existência, o Coimbra Impro é o primeiro, e único, grupo da região Centro na área do teatro de improviso. A ideia passa por expandir este género performativo e, sobretudo, dar a conhecer o mundo fascinante do improviso.

Ao longo do último ano, a companhia tem despertado muito interesse junto do público e conta já com cerca de 35 elementos. Com sede na Casa das Caldeiras, em Coimbra, já realizou vários espectáculos e o público é também elemento fundamental para a sua concretização.

No próximo mês de Abril decorre, pela primeira vez, o Campeonato de Improviso de Coimbra, que vai contar com várias equipas nacionais. Organizado pelo grupo Coimbra Impro, que iniciou a sua actividade em Janeiro do ano transacto e é dirigido pelo actor e encenador brasileiro Zeca Carvalho, a competição vai reunir várias equipas que irão competir pelo domínio da cidade através de vários jogos improvisados.

“O campeonato consiste numa competição entre equipas pré-formadas de improvisadores, que vão assumir algumas identidades para o espectáculo. Essas identidades são aquelas mais comuns entre os grupos de Coimbra. Estamos a falar, por exemplo, das pessoas que andam de trotinete, dos estudantes de capas negras, dos professores, dos taxistas, dos ‘dealer’ do Jardim da Sereia, das velhinhas do autocarro, entre outros”, anunciou Zeca Carvalho.

Com duração de dois a três minutos em cada cena, o público vai ter um papel fundamental na competição, pois cabe a ele votar e escolher qual a equipa que tem o melhor desempenho. Além disso, parte também da plateia sugestões de temas e palavras aleatórias a que os improvisadores terão de responder da melhor forma. No final será atribuí-

da uma pontuação a cada grupo. O grupo vencedor conquista os três pontos, enquanto que a equipa derrotada angaria um ponto, caso haja um empate ganha dois pontos cada um. Os pontos vão acumulando e no final da competição a equipa que conquistar mais pontuação vence a prova.

Expandir e atrair novos públicos

O primeiro dia desta iniciativa decorrerá a 1 de Abril e vai acontecer todos os sábados até 3 de Junho em várias salas de Coimbra. A sua sede na Casa das Caldeiras, o Grémio Operário e o aletiê A Fábrica serão alguns dos locais que servirão de palco para o 1.º Campeonato de Improviso de Coimbra.

Segundo o mentor do projecto, Zeca Carvalho, a necessidade de percorrer várias salas da cidade passa pela “expansão do projecto e uma forma de tentar falar com públicos diferentes”. O responsável pretende chegar ao público universitário, considerando-o o mais difícil de conquistar.

“Nós temos aqui uma predominância de pessoas de 20 a 30 anos e de 50 para cima. É muito difícil que haja pessoas entre os 30 e 50 anos, porque na sua maioria essas pessoas trabalham fora de Coimbra e, por isso, é raro que haja esse escalão aqui. Nós já temos um público mais velho e mais maduro. Falta-nos atingir o público universitário com o qual o ‘stand-up comedy’ já dialoga, mas a impro não e nós acreditamos que tem muito a oferecer para esse público universitário”, reforça.

A competição está prevista que dure os dois meses, mas devido à grande afluência de inscrições é possível que se prolongue mais algumas semanas.

“Estamos muito surpresos com a adesão ao campeonato. Temos um gupo de Sinta e um de Lisboa interessados em participar e ainda o grupo Ervilha no Topo do Bolo, que é o primeiro grupo de

improviso do Porto. Assim, em princípio, vamos ter no nosso campeonato grupos de Sintra, Lisboa, Porto e Coimbra”, revelou Zeca Carvalho.

A médio prazo, a Coimbra Impro pretende encenar espectáculos em inglês, não só para que possa ser compreendido por turistas estrangeiros, mas também para eventuais apresentações internacionais, bem como em espanhol, face à comunidade de latino-americanos e espanhóis existente em Coimbra.

Coimbra já precisava do teatro de improviso

Zeca Carvalho é o responsável pelo grupo Coimbra Impro. Actor, improvisador, encenador, professor, tem mais de 40 anos de carreira e participou em dezenas de produções de cinema e televisão no Brasil, de onde é natural.

Em 2018 veio para Portugal, viver em Coimbra, e foi fazer um pós-doutoramento em Lisboa. Foi a partir daí que começou a ter contacto com a realidade portuguesa, centrada em grupos das zonas de Lisboa e Porto. No final voltou ao Brasil e regressou, dois anos mais tarde, em finais de 2021, decidido a desenvolver aquela área na região Centro do nosso país, fixando-se em Coimbra.

“Quando saí de Portugal

O Campeonato de Improviso vai ter grupos de Sintra, Lisboa, Porto e Coimbra

disse aos grupos, que na época eram só de Lisboa, que voltaria para implementar a impro na região Centro. Todos me apoiaram na altura e hoje estão comigo nessa missão”, refere o director do grupo.

O nome Coimbra Impro surge com a intenção de colocar a região no panorama do teatro de improviso.

“Dei ao grupo o nome de Coimbra Impro exactamente para podermos marcar uma posição aqui como sendo o primeiro grupo de improvisação de Coimbra”, notou Zeca Carvalho.

O projecto da Coimbra Impro passa por desenvolver três modalidades diferentes de espectáculo: uma competitiva, outra com cenas curtas e médias

demonstrativas: e uma de formato longo, autoral, totalmente inventado pelos improvisadores.

O actor explica que durante a sua estadia em Portugal se apercebeu que o teatro de improviso não era muito conhecido e que por vezes até era confundido com outras artes contemporâneas. “Eu percebi que havia uma oportunidade de fazer com que o público do Centro conhecesse o teatro de improviso. É um género teatral, um estilo performativo que é muito celebrado no mundo inteiro e, no entanto, aqui não havia conhecimento sobre isso. Ao contrário, por exemplo, da ‘stand up comedy’ que muitas vezes é confundida com o teatro de improvisação e que não tem nenhuma relação”.

No seu início admite que não foi fácil atrair pessoas para o grupo, pelo facto de não haver uma referência sobre o que seria o teatro de improviso. “As pessoas não sabiam que era porque isso não era feito aqui, então as pessoas mergulharam num projecto que elas não sabiam o que era, com um resultado que elas não entendiam que poderia vir a ser. O que eu fiz num primeiro momento foi procurar fazer com que os ensaios fossem muito divertidos, gostassem, quisessem estar presentes, quisessem sair, beber juntas, conhecer, fazer amizade, estarem próximas, um espaço de acolhimento em que a diversidade era mais do que bem- vinda”. Com o objectivo de mostrar o que é este género performativo, a companhia Coimbra Impro tem vindo a crescer a passos largos e hoje procura fazer com que o público conimbricense compreenda o que é o teatro de improviso.

“Este estilo está muito mais relacionado com a diversão, o entretenimento, a energia da plateia, a vibração do público e a troca constante com os performers. Os nossos espectáculos mudam a cada momento por conta do público”, enfatiza Zeca Carvalho.

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CRISTIANA DIAS
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
Coimbra Impro ensaia na Casa das Caldeiras e realiza vários espectáculos Zeca Carvalho deixou o Brazil para criar o grupo Coimbra Impro na região Centro
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CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 23 DE MARÇO DE 2023

COIMBRA ASSINALA 10 ANOS QUE FOI CLASSIFICADA PELA UNESCO

RUA DA SOFIA É PATRIMÓNIO MUNDIAL AINDA POR RECUPERAR

LUÍS SANTOS*

Coimbra tem ainda um local icónico da cidade por recuperar e que está classificada há 10 anos pela UNESCO. Trata-se da Rua da Sofia, que juntamente com a Universidade e a Alta integra o Património Mundial da Humanidade.

Na apresentação do programa comemorativo dos 10 anos da classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da UNESCO, a necessidade de requalificação da Rua da Sofia foi um aspecto abordado pelo presidente da Câmara, mas atirou essa desiderato para quando terminarem as obras do MetroBus, o que acontecerá lá para 2025.

José Manuel Silva reconhece que a Rua da Sofia, “apesar do seu enorme potencial, tem grandes necessidades, merece e precisa de ser requalificada”. “Irá sê-lo assim que terminarem as obras do MetroBus”, prometeu o presidente da Câmara, num calendário que irá coincidir com ano de eleições autárquicas.

“A Rua da Sofia vai ser modificada, requalificada, dignificada. Queremos também trabalhar para que o Património Mundial da Rua da Sofia se possa abrir mais à comunidade e as próprias entidades que gerem e são donas desse património também estão interessadas”, referiu.

À margem da apresentação do programa comemorativo dos 10 anos da classificação da UNESCO, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra esclareceu que as obras do MetroBus deverão ocorrer no final de 2024 ou início de 2025, altura em que deverá avançar a intervenção na Rua da Sofia, que “ficou para último”.

Depois do “papel extraordinário da Universidade de Coimbra na reabilitação do património universitário” e do investimento da Câmara Municipal na Alta, José Manuel Silva admitiu que “falta o vértice do triângulo”.

“A Rua da Sofia, a partir do momento em que o MetroBus esteja a funcionar, pode ser requalificada em termos de mobilidade e de trân-

sito, que irá naturalmente diminuir. Os seus passeios serão alargados e poderemos ter uma outra vivência da Rua da Sofia”, informou. No seu entender, é ainda essencial que todos trabalhem “para abrir os Colégios que são Património Mundial”. “Nós temos um património mundial lindíssimo, riquíssimo, que a maioria das pessoas não conhece e o património mundial está fechado ao mundo. Nós não podemos continuar a aceitar que isso seja normal, porque é uma contradição”, concluiu.

José Manuel Silva evidenciou, ainda, que, nos últimos anos, a Câmara Municipal de Coimbra tem-se empenhado na requalificação da Alta, onde tem havido “um grande investimento” e “algumas

polémicas de permeio”. “Mas as obras têm avançado, esse património tem sido requalificado e está a ser embelezado, para que nós nos orgulhemos cada vez mais dele. Cumprimos o que é a nossa obrigação como património Mundial, que é cuidar desse património, respeitando naturalmente a história e a cultura da nossa cidade e desse mesmo património” - disse.

O autarca aludiu às “múltiplas obras” realizadas, entre as quais a requalificação do Largo da Sé Velha e das ruas adjacentes, do Largo de São Salvador e do Pátio da Inquisição. “Foram vários milhões de euros despendidos pela Câmara nesta requalificação do património”, frisou. (*) com Lusa

“CINCO JÓIAS” ABREM PROGRAMA COMEMORATIVO A

apresentação, ontem, do livro “Cinco Jóias” abriu as comemorações do 10.º aniversário da classificação de Coimbra - Alta e Sofia como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, com iniciativas que vão decorrer até Novembro.

A obra apresentada esta quarta-feira foi coordenada pelos académicos João Gouveia Monteiro e Maria Leonor Cruz Pontes, revisita a Biblioteca Joanina, a Capela de São Miguel e o seu órgão barroco, o Jardim Botânico e o Museu Nacional de Machado de Castro. No prefácio, João Gouveia Monteiro salienta que os textos não são uma “repetição” do que já se sabia sobre aqueles equipamentos, mas sim “um estudo rigoroso e actualizado sobre cada um daqueles cinco temas, assinado por especialistas de indiscutível competência e reputação”.

SETE COLÉGIOS NUMA SÓ RUA

ARua da Sofia é uma via larga e direita, construída na primeira metade do séc. XVI, numa altura em que aflorava o Renascimento em Coimbra, e seguiu o modelo da universitária Rue de Sorbonne, em Paris, embora duplicando as suas dimensões de comprimento e largura.

O plano inicial idealizado por Frei Brás de Barros baseava-se na construção de um campus universitário em linha, em que os diferentes colégios se dispunham sequencialmente de um dos lados da rua, e do outro lado seriam edificados habitação e comércio, que serviriam de apoio à universidade.

A única saída da cidade para Norte era, até então, no traçado medieval através da estreita Rua Direita, frequentemente inundada pelo rio Mondego. Quando a Rua da Sofia é aberta passa a ser

um eixo fundamental do crescimento de Coimbra.

Na Rua da Sofia foram erguidos sete colégios, com as suas igrejas: os colégios do Carmo, da Graça, de São Pedro, de São Tomás, de São Bernardo e de São Boaventura e, ainda, o Colégio das Artes. Convivia com estes edifícios o Convento de São Domingos, o Palácio da Inquisição, e mais tarde a Igreja de Santa Justa, templo já setecentista.

O Colégio do Carmo foi construído a partir de 1540, tendo a igreja ficado concluída em 1597 e o claustro em 1600. Dos edifícios quinhentistas e seiscentistas subsiste apenas uma parte, bem como a igreja, sendo o conjunto hoje ocupado pela Ordem Terceira de S. Francisco, que lhe introduziu consideráveis alterações no século XIX.

O Colégio da Graça foi fundado em 1543 e incorporado na

A recuperação da Rua da Sofia ficou para último lugar na valorização do Património Mundial de Coimbra

Universidade em 1549, recebendo então um projecto da autoria do arquitecto Diogo de Castilho, que aqui estabeleceu o esquema dos restantes colégios de Coimbra, integrando um erudito receituário de modelos clássicos. O edifício foi ocupado por um quartel militar, já retirado, mas cuja permanência implicou uma série de construções modernas, desvirtuando as características arquitectónicas e as funcionalidades originais.

Os Colégios de São Pedro e São Tomás possuem actualmente valências muito diversas, sendo este último a sede do Palácio da Justiça, depois de ter servido como moradia nobre; o seu portal principal, riscado igualmente por Castilho, está no Museu Machado de Castro.

Do Colégio de São Boaventura resta a igreja, sem afectação ao culto, e hoje propriedade par-

ticular. O que resta do Colégio de S. Bernardo, particularmente os claustros, está ocupado por casas particulares, embora parte da cerca pertença à Câmara. O Colégio das Artes encontra-se em recuperação, integrando um Centro de Artes Visuais.

O Convento de São Domingos, edifício quinhentista destinado a substituir a primitiva casa fundada pelas infantas D. Branca e D. Teresa no século XII, é hoje um espaço inteiramente descaracterizado, onde funcionam galerias comerciais. Este imponente edifício foi traçado pelo arquitecto e engenheiro militar Isidoro de Almeida, introduzindo alterações importantes em relação ao modelo castilhano, embora a igreja nunca chegasse a ser terminada.

(*) Dados coligidos de http://www.monumentos.gov.pt/

Na apresentação do programa comemorativo (disponível em uc.pt/10unesco), o reitor da Universidade de Coimbra recordou que está concluída a intervenção de parte do Colégio da Graça. “Andamos há anos a tentar conseguir ficar com o resto do Colégio da Graça, que está na posse do Ministério da Defesa, para requalificação. Com algumas mudanças nos ministérios e nas pessoas que tomam decisões, não tem sido fácil, mas quero acreditar que dentro de algum tempo, não muito, consigamos ter o Colégio da Graça connosco e ficar com o Polo 0 completo”, referiu. Amílcar Falcão lembrou, ainda, que o Paço das Escolas e a Biblioteca Joanina têm vindo a ser alvo de obras de preservação, concluindo que “já se fez bastante”, embora ainda haja “bastante mais para fazer”. No programa comemorativo destaca-se o Concerto do 10.º Aniversário da Classificação UNESCO, intitulado “No Princípio Era o Fado”, que terá lugar a 22 de Maio, no Pátio das Escolas da Universidade de Coimbra, bem como um debate, no dia 5 de Junho, que tem como tema central a Canção de Coimbra. O Colóquio Internacional - Gestão Sustentável de Bens do Património Mundial, no dia 21 de Junho, e o IV Encontro Nacional Universidade e Cultura, no dia 16 de Novembro, também mereceram referência do vice-reitor Delfim Leão.

7 QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf 3 ACTUALIDADE

FIGURAS DA SEMANA 4 23 DE MARÇO DE 2023

a s c e n s o r A SUBIR Figura da Semana

VICTOR RODRIGUES - O Núcleo do Centro da Liga Portuguesa contra o Cancro, a que preside o Professor Victor Rodrigues --- especialista médico conceituado e com rara sensibilidade para as questões do foro oncológico --- divulgou há dias um oportuno e importante estudo relativo à forma como as pessoas reagem e se relacionam com o trabalho de rastreio que a Liga efectua com frequência, com especial e vasta incidência no cancro da mama. Rastreio que constitui a base sobre a qual as equipas médicas decidem depois qual o caminho a seguir nos casos que revelem alguma manifestação dessa patologia que tanto preocupa a generalidade das pessoas. O cancro da mama é um problema de saúde pública com elevada incidência e taxa de mortalidade, como se deduz dos dados de 2020 em que no país foram diagnosticados cerca de 7000 novos casos que levaram a 1800 mortes. De entre os muitos e importantes dados recolhidos consta que cerca de 1/3 das mulheres não responde aos rastreios com receio de descobrir que algo de errado se passa com o seu corpo. Ou seja: com medo que seja detetada qualquer anomalia, optam por ficar em casa e não vão ao rastreio. Cerca de 1/3 é muita gente e nesta doença a grande probabilidade de cura depende da detecção a tempo, antes que seja tarde de mais. Criar essa sensibilidade, tentando convencer as pessoas a ultrapassar essa barreira de medo (que se compreende perfeitamente) é um tarefa importantíssima e urgente, pelo que se saúda essa preocupação da Liga que o Professor Victor Rodrigues bem evidencia no desempenho das suas funções de elevada importância social. Com vasta experiência nesta área (foi anteriormente presidente da Liga a nível nacional) muito se espera que o Professor Victor Rodrigues nos continue, a todos nós, a aplanar estes trilhos onde as preocupações crescem e nos surpreendem a cada instante.

RUI MOREIRA – O seu mandato parece estar a correr de feição e a cidade do Porto vive uma fase de prosperidade. Meio ano após a reabertura do Mercado do Bolhão, - a qual foi um sucesso -, foi inaugurado o primeiro de 10 restaurantes que vão integrar essa estrutura. A acrescentar a isto, a estratégia para diminuir o número de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (PSSA) está a resultar. Uma análise recente do NPISA

Porto - Núcleo de Planeamento Intervenção Pessoas

Sem-Abrigo indica que, em 2022, foram registadas menos 83 PSSA a habitar as ruas da invicta. Uma redução de 11,4% em relação a 2021. A par das competências do NPISA, o município tem vindo a implementar a Estratégia Municipal do Porto para a Integração de Pessoas em Situação de Sem Abrigo 2020-2023. Para isto contribui o Centro de Acolhimento Temporário

Joaquim Urbano (CATJU), a funcionar nas instalações do antigo hospital, sendo totalmente financiado pelo Município. Rui Moreira apresenta, assim, uma cidade com várias respostas para quem não tem um tecto (ver notícia na página 12).

SÉRGIO COSTA – Recentemente, o presidente da Câmara Municipal da Guarda considerou que os Passadiços do Mondego “são, talvez, neste momento, o maior ponto de atracção” turística da região. Certo é que, em apenas quatro meses, cerca de 45 mil pessoas visitaram o percurso de 12 km que tem início junto à Barragem do Caldeirão e que se prolonga até Videmonte. Este número representa uma conquista para o presidente Sérgio Costa, tendo em conta os apenas quatro meses de vida daquele trajecto. Os Passadiços do Mondego representaram um investimento na ordem dos quatro milhões de euros que parece, assim, ter valido a pena. Os Passadiços do Mondego foram construídos pela empresa Carmo Wood, a partir da sua unidade localizada em Oliveira de Frades.

EMÍLIO TORRÃO - A cultura popular, as tradições das comunidades e regiões têm vindo a ficar a cargo, quase que em exclusivo, das autarquias, sejam as Câmaras municipais sejam as Freguesias. Aos poucos o Estado vai-se afastando para outras realizações e, se apoiasse mais as autarquias, não viria daí grande mal ao mundo. No final da semana passada acabaram algumas dessas iniciativas regionais cá pelas nossas bandas e outras foram ou estão ser lançadas. Todas directamente relacionadas com as disponibilidades financeiras dessas autarquias e também dependentes da capacidade empreendedora dos respectivos líderes ou da visão diferente que têm das coisas. Mas é bom quando se sente que ali, naquele concelho ou naquela freguesia, está uma pessoa dinâmica que gosta de se envolver com a sua gente. Muito diferente de quando quem lá está conduz a sua acção mais como chefe de secretaria que como presidente. Porque também os há. No final da semana passada terminou em Montemor-o-Velho o Festival do Arroz e da Lampreia. Na im-

JOSÉ FIRMINO, UM MAESTRO QUE SERÁ RECORDADO POR MUITOS ANOS

Falecido na semana passada em Buarcos, onde residia, o Professor José Firmino (de Morais Soares) deixou uma vida cheia de prestígio quer pela sua superior singular forma de relacionar com as pessoas quer pela invulgar capacidade artística, tendo-se afirmado como um maestro de elevada craveira, de cuja acção Coimbra colheu apreciável proveito. De rara sensibilidade estética, saiu, jovem ainda, de Chaves para estudar nos Con-

possibilidade de a todos nos referirmos, escolhemos este como exemplo de uma iniciativa muito bem sucedida, como o foram outras da mesma natureza, ainda que de dimensão eventualmente diferente. Montemor é um concelho aparentemente pobre, encravado entre Coimbra e Figueira que lhe roubam visibilidade. Pois apesar disso estendeu durante mais do que uma semana o Festival do Arroz, sua produção referência e uma das maiores do país, (na linha do que tem sido feito noutros anos) e foi capaz de lhe dar dimensão e atracção. Dias houve que a capacidade do espaço, dos restaurantes e da própria tenda central esgotou. Tão ou mais importante do que isso foi a circunstância de quase toda a gastronomia ter sido preparada a partir dos produtos do concelho, de reconhecida qualidade. Que maneira melhor have-

servatórios de Porto e Lisboa, mas foi em Coimbra que leccionou muitos anos e dirigiu vários Coros, integrando uma geração de maestros que, a esse tempo, era reconhecida como de elevada qualidade. Autor de várias obras, foi agraciado pelas Câmaras de Chaves e Coimbra em reconhecimento dessa intensa actividade artística que desenvolveu mo país e também no estrangeiro. Em Coimbra, de entre o vasto tra-

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

ria de promover o arroz do Baixo Mondego? Que forma mais eficaz de afirmar o arroz carolino como um dos melhores do mundo dentro da espécie? Que partilhar com os visitantes as diferentes formas de preparar este e outros produtos, chamando mesmo as crianças das escolas para se familiarizarem com a matriz produtiva do seu concelho, aprendendo a fazer dele, do arroz ali produzido, várias e diferentes iguarias? Que melhor conteúdo se pode dar aos eventos concelhos do que promover os seus produtos âncora? O presidente da Câmara, Emílio Torrão, que também é presidente da CIM, é largo de vistas e muito empreendedor. Está no último mandato e depois vai à sua vida. Se outra não houver, tem no bolso a chave do seu escritório de advocacia. A região agradece-lhe e desconta-lhe os erros que eventualmente também possa ter cometido, como todos nós. Mas não há concelhos que não tenham os seus produtos, os seus trunfos, os seus encantos. O que falta às vezes é força de ombro. Aproveitem-se essas potencialidades, junte-se-lhes uma pitada de sal e uma boa colherada de entusiasmo e dinamismo. Acreditem que resulta.

balho que desenvolveu, a criação do Choral Plophónico foi um marco na sua carreira, como o foi também com o Coro dos Pequenos Cantores que durante alguns anos foi uma excelente escola musical para dezenas de crianças que chegaram a actuar no estrangeiro. Dirigia nessa altura do Coro dos Pequenos Cantores a dr.ª Lucinda Guia que, em actividade ainda, se recordará por certo dessa superioridade moral e artística do Professor José Firmino, a quem muitos pais confiaram a educação musical dos seus filhos.

O compositor que gostava do mar

José Firmino Morais Soares era homem dos vários ofícios da Música. Nasceu em Chaves, corria Abril de 1931, e dali levou pela vida fora o claríssimo soletrar do sotaque flaviense e o talento musical por que viria a responder. Iniciou labores na Academia Musical Flaviense, depois de concluir os Cursos Superiores de Composição e de Piano, mas seria em Coimbra que viria a passar a maior parte da sua vida. Aqui formaria família, por cá nasceriam os filhos.

Antes de assentar (e também depois), irrequieto que sabia ser, procurou em Portugal e além-fronteiras os melhores para aprofundar conhecimentos em composição, pedagogia musical e direcção coral. Emanuel Nunes, Michael Corboz, Jos Wuitack e Olivier Messien foram, entre muitos outros, os mestres de que colheu os ensinamentos que transformaria em prática artística e pedagógica, tão rica como extensa.

José Firmino, o Pedagogo, concebeu programas escolares, orientou estágios, formou professores, proferiu conferências, criou um programa televisivo (Música e Fantasia), foi professor de Formação Musical, de Análise e de Composição no Conservatório de Música de Coimbra que criou, integrando a respectiva Comissão Instaladora (1985). Deixa-nos ainda um conjunto de manuais de Formação Musical de uso generalizado, responsáveis pela aquisição de conhecimentos de leitura musical de muitas gerações de músicos.

José Firmino, o Maestro, fundou (1972) e

dirigiu, ao longo de duas décadas, o Choral Poliphonico de Coimbra. Ajudou a fundar e dirigiu o Coro dos Pequenos Cantores de Coimbra, para ser músico e pedagogo ao mesmo tempo. Será difícil contar - por serem muitas - as vezes que subiu ao palco com aquelas formações corais, com as quais calcorreou Portugal inteiro e, muitas vezes, atravessou fronteiras.

José Firmino, o Compositor, deixa-nos um largo espólio de partituras para coro, orquestra, instrumento, voz, música de câmara, arranjos e harmonizações de canções populares. Pela música que compôs foi premiado e celebrado, em sede musical e também pelas Câmaras Municipais de Coimbra e de Chaves. A sua música foi apresentada por solistas e formações orquestrais de renome, aplaudidas por um público numeroso.

José Firmino, o nosso, gostava de caminhar. Caminhava quilómetros todos os dias, por razões de saúde física mas também por razões de impulso criativo - “às vezes”, contava-nos, “é nas caminhadas que me surgem os temas das composições”. O Professor Firmino, como ca-

rinhosamente lhe chamávamos, gostava também de mergulhar no mar frio da Figueira da Foz onde, uma vez aposentado, passou a permanecer por longos períodos. Vestia o seu fato de mergulho e ia oceano adentro, numa visita breve ao útero que gerou os animais todos do Planeta. Um dia, porém, há poucos anos, foi levado pela corrente e viu-se desamparadoum jacques-cousteau sem barco nem bússola, apenas o céu por cima e o vasto Atlântico pelos restantes lados. Uma traineira que ia a passar, a caminho da faina, lá deu com o náufrago e socorreu-o, declaradamente a contragosto: “o Mestre do barco chamou-me os nomes todos, sabe lá! Tratou-me por tu e disse-me ‘tu andas aí a gozar com o mar, a faltar ao respeito ao mar, e um dia não há quem te acuda’. Não quer saber? Nem me desembarcou no cais. À entrada do porto mandou-me saltar e tive de nadar até à praia”.

O Professor Firmino era uma espécie de herói dos livros de aventuras, saltando apressado, audaz e feliz das linhas do pentagrama para os trilhos de mar e terra. Foi velado na bela Capela da Misericórdia de Buarcos. No adro do templo, à passagem do caixão, um grupo de coralistas despediu-se do Maestro cantando “águas das fontes calai / ó ribeiras chorai / que eu não volto a cantar”. Volta a cantar sim - mas, agora, através das nossas vozes.

(*) Professor do Conservatório de Música de Coimbra

QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 8 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 23 DE MARÇO DE 2023

A TER EM CONTA NAS PRÓXIMAS SEMANAS

Está a chegar a altura de nos prepararmos para tratar do IRS. A partir de 1 de Abril já podemos entregar as declarações de rendimentos, nas quais está um pequeno espaço a que muitos de nós não ligamos nada mas que tem uma importantíssima função social. Nessa caixinha podemos colocar uma cruzinha que consiste numa mensagem que queremos transmitir, dizendo que queremos utilizar o direito que a lei confere ao contribuinte de destinar 0,5 do IRS que vai pagar a uma instituição de solidariedade social, de entre as muitas – milhares – que existem país fora e vivem com tremendas dificuldades. É por causa dessas dificuldades que este pequeno gesto tem todo o significado e nos permitimos chamar a atenção para os contribuintes, dizendo-lhes que a opção é muito simples: se pusermos a cruzinha e dissermos a que instituição queremos doar essa pequena quantia, estamos a ajudar quem precisa. Se não fizermos nada, se passarmos ao lado desta possibilidade, é mais dinheiro que vai para o Estado e perde-se-lhe o rasto. Podemos acrescentar que a verba assim conseguida é determinante para a vida de muitas das instituições, qual delas a mais decisiva para aquelas camadas populacionais que dependem muito da sensibilidade de todos nós. Alguém dúvida do papel iminentemente social de uma Liga Contra o Cancro, de uma Casa dos Pobres, da Cáritas, da Cozinha Económica, para só falar destas que, estando em Coimbra, são do país e da região, são de quem delas precisa? Mas muitas e muitas outras precisam de igual modo e agradecerão por certo que a sociedade comece a olhar para este assunto com um outro olhar. Segundo um estudo muito recente, de entre o universo de contribuintes há ainda uma percentagem de 43% que não assinala nada no espaço da cruz e deixa ir em branco. Pois. Mais um whisky que alguém vai beber lá para as capitais cujos luxos são em parte suportados pelos impostos dos portugueses.

CASAMENTOS DA RAINHA SANTA ISABEL DECORREM EM JULHO E CONTAM COM SETE CASAIS

Os Casamentos da Rainha Santa Isabel, uma tradição que tem longas décadas e que foi descontinuada há mais de 30 anos, regressa em Julho, a Coimbra para oficializar o matrimónio de sete casais. Com devoção à Rainha Santa, foram 25 os casais que se inscreveram para receber a benção da padroeira da cidade, tendo sido sete os seleccionados e ainda dois que ficaram como suplentes. De acordo com o presidente da Confraria da Rainha Santa Isabel, Joaquim Nora, “a adesão excedeu largamente as expectativas” da organização, que seleccionou “por unanimidade” os sete casais, com idades entre os 28 e os 42 anos, a maioria com filhos. A residirem todos em Coimbra, há dois candidatos desempregados, sendo que na maioria as profissões dos noivos são diversas, desde motorista, bombeiro, analista de comunicação, esteticista, assistente dentário, engenheiro informático, entre outras. A cerimónia vai decorrer a 2 de Julho, celebrada sempre no domingo anterior ao feriado municipal e dia da Rainha Santa Isabel, 4 de Julho, e após o casamento, os noivos serão acolhidos pelas entidades organizadoras nos Claustros do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, onde se realizará o corte do bolo. A Confraria da Rainha Santa Isabel decidiu reactivar a tradição dos Casamentos da Rainha Santa Isabel, em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra, a entidade regional Turismo Centro de Portugal, Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal e a Escola de Turismo de Portugal de Coimbra.

SABORES TRADICIONAIS

A primeira Feira do Fumeiro em Coimbra decorreu no passado fim-de-semana e não faltaram os enchidos, de várias regiões, assim como outros produtos tradicionais como queijos, mel e o pão.

facto da semana

RUI NABEIRO, O EMPRESÁRIO QUE COMEÇOU DO NADA E CHEGOU A DOUTOR DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

As dificuldades e o trabalho árduo gravaram a sua história, mas Rui Nabeiro, que morreu no passado domingo, aos 91 anos, enfrentou a adversidade e tornou-se um dos maiores empresários portugueses, colocando no mapa a sua terra natal, Campo Maior (Portalegre). Coimbra não foi indiferente ao percurso de vida de Manuel Rui Azinhais Nabeiro, empresário que fundou o Grupo Nabeiro - Delta Cafés, num percurso que começou aos 12 anos a trabalhar com o pai e os tios na torra do café, numa altura em que o contrabando era actividade que matava a fome das gentes da raia. Foi dentro de um pequeno armazém de 50 metros quadrados, na vila de Campo Maior, em 1961, que Rui Nabeiro começa o seu negócio com a torra de 30 quilos de café por dia, criando a Delta Cafés, dando origem a um grupo empresarial que hoje lidera o mercado dos cafés em Portugal e se encontra em forte expansão nos mercados internacionais. “O espírito empreendedor e a sua ética de trabalho estiveram

sempre presentes nos momentos decisivos da sua vida”, o que foi amplamente reconhecido e sublinhado nesta hora de partida. Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial desde 1995, distrinção atribuída pelo Presidente da República Mário Soares, Rui Nabeiro consederava-se um homem ambicioso, mas de mãos abertas. Coimbra homenageou em duas ocasiões o comendador Rui Nabeiro. Foi a 27 de Maio de 2021, com a Câmara Municipal de Coimbra a distingui-lo com a Medalha da Cidade, enquanto que a 8 Junho 2022 a Universidade de

Coimbra, sob proposta da Faculdade de Economia, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa. Por parte da Universidade de Coimbra tratou-se de conferir a mais elevada distinção a um cidadão de indiscutível mérito profissional e de qualidades humanas que constituem uma referência inspiradora para toda a sociedade. Já por parte da Câmara de Coimbra, o então presidente, Manuel Machado, justificou a entrega da Medalha da Cidade a Rui Nabeiro, que também foi presidente da Câmara de Campo Maior, pelo seu empreendedorismo, cidadania e sensibilidade social.

Um líder que antecipava e desenhava caminhos novos

Manuel Rui Azinhais Nabeiro recebeu, a 8 de Junho do ano passado, pelas mãos do Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, as insígnias doutorais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

No elogio proferido, destacava António Martins, Professor de reconhecido mérito internacional da FEUC e notável especialista fiscal, que Rui Nabeiro se podia legitimamente orgulhar de “num grau por muito poucos alcançado, combinar os três elementos por Keynes realçados” de cuja combinação depende o problema político da Humanidade: eficiência económica, justiça social e liberdade individual. “Na verdade, a sua vida de empreendedor foi alicerçada em querer fazer melhor, mais eficientemente. Melhorar o produto, o processo de fabrico, estar tecnicamente à frente da concorrência, satisfazer os clientes, em suma, almejar a eficiência económica do negócio. Se assim não for, o excedente a distribuir (pelo trabalho, pelo capital, pelo Estado, e por outras partes que reivindicam o seu quinhão) pode minguar e privar quem fornece recursos da sua justa retribuição.”

A importância académica e o prestígio da atribuição do Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, bem como o significado do elogio da gestão empresarial eficiente de Rui Nabeiro associada à sua filantropia, na prática de actos que visaram ajudar outros seres humanos a viverem melhor, poderão explicar o brilho da cerimónia. Tratou-se de um momento de abrangente expetativa nacional e cujo impacto extravasou

completamente o âmbito da academia.

A verdade é que Rui Nabeiro não era um laureado qualquer. Era um gestor cujas decisões se pautavam pelo cruzamento da racionalidade, das emoções e da intuição. Era um líder que antecipava e desenhava caminhos novos. Era um cidadão que acreditava no valor do território, da sociedade, das pessoas e que, enquanto empresário, criava valor com o seu desenvolvimento.

Tive a honra e privilégio de participar no momento com o elogio do apresentante, Carlos Fortuna, Professor Catedrático da FEUC, figura incontornável da Sociologia no panorama nacional e internacional, que olha a cidade enquanto entidade viva, centrada nas pessoas. Conhecer Rui Nabeiro foi um percurso inevitavelmente enriquecedor e encorajador para as muitas vidas que tocou. Foi-o para mim na preparação do momento, como o foi na cerimónia em si. Recordo as palavras que proferi a propósito.

“A experiência de vida de Rui Nabeiro constitui uma inspiração e um testemunho da vitória da iniciativa individual face às adversidades das diversas épocas por que passou e onde deixou marca. É ainda encarnação do espírito empreendedor antes

deste estar em voga, bem como símbolo do humanismo e da solidariedade enquanto adjuvantes do sucesso no mundo empresarial, ao invés de obstáculos à criação de valor. Rui Nabeiro reconheceu, desde o início da sua vida profissional, o sentido ético e a afirmação da responsabilidade social, não enquanto respostas a uma exigência externa, mas antes como uma necessidade natural de quem sabe que a economia é feita de pessoas.

É este compromisso integral entre os princípios de gestão e a dimensão humana, tão central ao currículo e espírito da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, que Rui Nabeiro tão exemplarmente simboliza com a sua liderança, trabalho e legado, e que este doutoramento pretende distinguir.

Celebramos naquela homenagem a história de sucesso empresarial a partir de origens humildes, bem como um percurso de ação política e de profunda preocupação social, para não falar do engenho e do espírito inovador que moldaram uma marca, uma terra e um país. Mas antes de mais, celebramos um português que a todos deu uma profunda lição de economia real que Portugal devia estudar e aprender. Nesta Sala dos Capelos, sede de sabedoria e de história, é com humildade que reconhecemos o imenso valor de quem sonhou e ousou construir um império feito de inovação, modernidade e humanidade.”

(*) Professora da Universidade de Coimbra e vice-Reitora da Universidade Católica

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MARÇO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf 5 FACTOS
QUINTA-FEIRA, 23 DE
DA SEMANA
MARGARIDA MANO*
QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 10 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf Rua Adriano Lucas, 216 - Fração D, Eiras | 3020-430 Coimbra Tel.: 239 497 750 | radioregionaldocentro@gmail.com OUÇA A www.radioregionalcentro.pt

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 23 DE MARÇO DE 2023

OBRA DE PROMOÇÃO SOCIAL DO DISTRITO DE COIMBRA HÁ 55 ANOS AO SERVIÇO DA COMUNIDADE HENRIQUE

MENDES DOS SANTOS

NÃO VIRA COSTAS A QUEM PRECISA

LUÍS SANTOS/JOANA ALVIM

Desde 2012, Henrique Mendes dos Santos ocupa o cargo de presidente da direcção da Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra (OPSDC), uma instituição que foi fundada em 14 de Outubro de 1968 com o objectivo de ajudar famílias, crianças, jovens e mães que se encontram em situações vulneráveis. Ele é um dedicado membro da instituição desde 19 de Março de 1979, sendo actualmente o sócio número um e mantido uma vida de dedicação a estas causas.

Campeão das Províncias [CP]:  Como é que o sócio número um se aventura ainda nesta missão?

Henrique Mendes dos Santos [HMS]: Ontem completei 44 anos como membro desta instituição. Foi em 19 de Março de 1979 que me tornei sócio e desde então tenho dedicado todas as minhas forças a esta missão. Ao trabalhar numa organização dedicada às necessidades básicas da sociedade, acredito que estamos a defender o bem comum e que a solidariedade deveria estar mais enraizada no nosso distrito. Ainda que seja uma missão, é uma missão gratificante em termos pessoais, pois todos somos voluntários e trabalhamos movidos pelo amor à causa, sem outros interesses.

[CP]:  Tomou posse recentemente com muitas entidades presentes. Isto tem significado.

[HMS]: É com grande satisfação e honra que colaboramos com várias entidades e mantemos uma excelente relação com cada uma delas. Estamos localizados nos Concelhos de Coimbra e Mira, e por isso, quisemos convidar todas as entidades com as quais temos laços e onde estamos integrados para participar na nossa tomada de posse. Para isso, contámos com a presença das Câmaras Municipais de Coimbra e Mira, que nos têm apoiado imensamente. Além disso,

também quisemos contar com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, a Segurança Social, as Juntas de Freguesia de Seixo Mira, Mira, União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas e Eiras, bem como a União de Freguesias de Coimbra. A presença da União das IPSS também foi importante, já que mantemos um diálogo institucional muito produtivo com esta entidade.

[CP]:  O que é actualmente a Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra?

[HMS]: A Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, que emprega 105 trabalhadores e é responsável por cerca de 340 crianças e jovens. Actualmente, a OPSDC é composta por cinco casas na área da Infância e Juventude, sendo três no Concelho de Coimbra: Creche e Jardim de Infância da Sé Velha, Centro Cultural e Infantil “O Paraíso da Criança”, em Eiras, e Creche e Jardim Infantil “Passo a Passo”, em Cruz de Morouços. E outras duas no Concelho de Mira: Casa da Criança de Mira e Centro de Bem-Estar Infantil do Seixo de Mira. A instituição possui ainda duas casas na área da Família e Comunidade, ambas no Concelho de Coimbra: Casa da Mãe, uma comunidade de inserção que acolhe menores e jovens adolescentes, grávidas ou com filhos, assumida a partir de 1 de Maio de 2008, no âmbito de um Protocolo de Transferência celebrado com a Fundação Bissaya Barreto; e o Centro de Acolhimento do Loreto, uma resposta de Acolhimento Temporário para crianças e jovens em risco/perigo de ambos os sexos, sem família de retaguarda disponível ou que seja capaz de atender adequadamente às necessidades destas crianças/jovens, do qual nos tornámos entidade de gestão em Dezembro de 2010.

[CP]: Fale-nos de cada uma das casas da OPSDC.

[HMS]: Os estabeleci-

mentos “Creche e Jardim de Infância da Sé Velha” , “O Paraíso da Criança” em Coimbra, “Passo a Passo” em Cruz de Morouços, “Casa da Criança de Mira” e “Centro de Bem-Estar Infantil do Seixo de Mira” têm como objectivo responder às necessidades das famílias que residem ou trabalham na área, proporcionando uma conciliação plena entre a vida profissional e familiar.

Estas cinco casas integram as respostas sociais Creche e Pré-Escolar da OPSDC e recebem crianças com idades compreendidas entre os três meses e a idade de ingresso no ensino básico. Queremos que os pais sintam que somos parceiros na educação das suas crianças.

Depois temos o Centro de Acolhimento do Loreto –CAL, que para além do Centro de Acolhimento Temporário, o CAL integra uma Unidade de Emergência, que é um recurso para situações que carecem de intervenção imediata. A missão é acolher

gados a frequentar a escola e contam com o apoio de técnicos e psicólogos. Em 2012, tínhamos cerca de 30 jovens, mas o número tem dimi-

que é compreensível, já que tenho glaucoma (risos). Falando a sério agora, quando somos contactados porque há uma menina de 13 anos na maternidade que acabou de se tornar mãe e o pai do bebé é o próprio pai dela, não posso permitir que ela volte para casa nessa situação. Não consigo dizer não. Esse é um dos casos mais chocantes, mas infelizmente temos outros. Conseguimos gerir tudo isto com a certeza da qualidade dos nossos colaboradores.

[CP]: A preocupação social da OPSDC não se fica por aqui, também se solidarizou com a Ucrânia.

[HMS]: Quando começaram a chegar imigrantes e

já foram executadas duas gerações do programa CLDS (CLDS+ em 2013 e CLDS 3G em 2016), e a quarta geração está em andamento até Junho de 2023. A Câmara Municipal de Coimbra é a entidade promotora, enquanto o Programa CLDS 4G Coimbra - Concelho Solidário e Saudável é coordenado e executado pela Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra, em 17 das 18 unidades territoriais, com excepção da União de Freguesias de Coimbra.

[CP]: Como é que as pessoas podem ajudar a Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra?

nuído devido à existência de famílias de acolhimento.

“Quando somos contactados porque há uma menina de 13 anos no hospital que acabou de se tornar mãe e o pai do bebé é o próprio pai dela, não posso permitir que ela volte para casa nessa situação”

crianças/jovens em perigo com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. As crianças e jovens acolhidas são aqui colocadas por uma entidade judicial (Tribunais ou Comissões de Protecção de Crianças e Jovens e EMAT).

As crianças e jovens que são acolhidos aqui são obri-

Finalmente, a Casa da Mãe que, desde 1996, tem servido como uma Comunidade de inserção para jovens adolescentes grávidas ou com filhos. Estas meninas chegam até nós através de diferentes mecanismos de apoio social, como o CPCJ, Tribunais, Maternidades, EMAT e linhas de apoio. Algumas têm apenas 13 anos e, além de estudar, também precisam aprender a ser mães e cuidar de uma criança, enquanto elas próprias ainda são crianças. Actualmente temos cerca de 20 utentes, entre as jovens e os seu filhos. Infelizmente, às vezes temos dificuldades em acomodar casos urgentes que surgem, pois já temos um acordo estabelecido para o número de utentes. Com certeza, quando ocorrem casos que não deixam ninguém indiferente e não há mais vagas disponíveis (não por falta de camas, mas por conta do acordo estabelecido), às vezes tenho dificuldades em acertar o número exacto - o

foi pedido à população em geral que os acolhesse, nós propusemo-nos a acolhe-los. Tivemos e temos algumas crianças nos nossos infantários, também acolhemos alguns no CAT e colocámos alguns ucranianos a trabalhar connosco. Fomos solidários e acho que fizemos bem aquilo a que nos propusemos.

[CP]: Para além de gerirem estes equipamentos, ainda gerem o programa CLDS 4G Coimbra, em que consiste?

[HMS]: Os Programas CLDS foram criados para combater a pobreza, a exclusão social e os desafios sociais emergentes, como o desemprego. A implementação deste novo modelo de gestão envolve a transferência de responsabilidades sociais do Estado para o Terceiro Sector (por exemplo, Associações, IPSS, Misericórdias, Mutualidades e sector privado), o que resulta em respostas sociais descentralizadas mais próximas dos territórios e das comunidades. Programa CLDS é um exemplo de instrumento de política social de proximidade, financiado por fundos europeus e pelo orçamento do Estado.

No concelho de Coimbra,

[HMS]: Existem diversas maneiras de contribuir. Uma delas é tornando-se sócio, para isso é necessário contactar a instituição e preencher a ficha de associação e pagar uma quota anual de 12 euros. Também é possível ser benfeitor, fazendo doações de dinheiro ou equipamentos variados. Por exemplo, o CEARTE actualizou os seus computadores e cedeu-nos os antigos. Recentemente a Fundação Mater Christi, uma organização sem fins lucrativos que ajuda crianças em risco, ofereceu-nos uma carrinha para transporte de crianças. Outra maneira é através do IRS. Na época de entrega da Declaração de IRS, é uma excelente oportunidade de ajudar. Esta acção não tem custos para o contribuinte, o valor é retirado do imposto total pago ao Estado.

Gostava de referir que a acção da Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra foi reconhecida pela Câmara Municipal de Coimbra, com a Medalha de Mérito da Solidariedade Social, Grau Ouro e pela Câmara Municipal de Mira, com a Medalha de Mérito Municipal de Mira - Grau Ouro. Por tudo o que foi dito quero fazer jus ao nosso lema “Por ti Obra, enfrentaremos a tormenta” e reforço as palavras de Winston Churchill “Vivemos com o que recebemos, mas marcamos a vida com o que damos!”

11 QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf PUBLICIDADE 7 ENTREVISTA
PATROCÍNIO: Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas RÁDIO REGIONAL DO CENTRO
“A solidariedade devia estar mais enraizada na sociedade”
OPSDC é responsável por cerca de 340 crianças e jovens, é composta por cinco casas na área da Infância e Juventude e ainda duas casas na área da Família e Comunidade

ACTUALIDADE 8

INICIATIVA DA JUNTA DOS OLIVAS E DA RODA-VIDA

“MERCADINHO FLORES DO VALE” PROMOVE ARTESÃOS DE COIMBRA

FERNANDA PAÇÓ

Amostra de artesanato urbano “Mercadinho Flores do Vale” arranca já neste sábado (25), entre as 9h00 e as 19h00, no Parque Linear Vale das Flores, em Coimbra. A iniciativa pretende promover o artesanato local.

Este certame, que decorre até Novembro, no último sábado de cada mês, é organizado pela Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais em colaboração com a Associação de Artesãos de Coimbra Roda-Vida.

Como afirma o presidente da Junta, Francisco Rodeiro, o objectivo deste evento é dar uma oportunidade para que os artesãos de Coimbra promovam e vendam os seus produtos, além de mostrar à população da cidade aquilo que os artistas fazem com todo o “gosto

e carinho”. Os artesãos que aderiram a esta iniciativa são, em sua maioria, de Coimbra, com excepção de uma artista de Leiria. Nesta fase há 20 pessoas inscritas na mostra: 15 estão associadas à Roda-Viva e outras

cinco são independentes. No entanto, segundo Francisco Rodeiro, há condições para mais expositores no local da mostra, caso outros artesãos queiram inscrever-se.

Os trabalhos exibidos serão muito diversos. De entre os ma-

LIVRO DIVULGA 150 MULHERES DA CULTURA

teriais utilizados há pedra, pele, papel e madeira. As peças produzidas vão desde velas até bijuterias, passando por quadros vivos com plantas, bonecas de pano, vestuário de bebé e transformação de cabaças, por exemplo.

Além disso, o Mercado será acompanhado de apresentações musicais, com animações programadas para cada sábado.

A expectativa é de que os artistas sejam beneficiados e de que a população possa “tomar contacto com aspectos da vida artística sobremaneira importante da Freguesia”, destaca o presidente da Junta.

O projecto foi apresentado na passada segunda-feira (20), na Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, e contou com a presença de Francisco Rodeiro e da vice-presidente da Associação Roda-Viva, Paula Rodrigues.

DE FRADES COM VÁRIOS EVENTOS DESPORTIVOS

CRISTIANA DIAS

AUnião de Freguesias (UF) de Eiras e São Paulo de Frades vai realizar três eventos desportivos nos próximos meses, nomeadamente: o Trilho das Azenhas, que decorre já no domingo, 26 de Março, a primeira Milha de Eiras, a acontecer a 8 de Abril, e ainda o Eiras Single Track, agendado para dia 7 de Maio.

Para Luís Correia, presidente da UF de Eiras e São Paulo de Frades, estas iniciativas representam “uma marca desportiva da União de Freguesias” que pretende dar continuidade a estas acções.

O Trilho das Azenhas é organizado pela Roda Dianteira BTT e será constituído por duas provas competitivas – um Trail de 23 km e um Curto de 17 km - e uma caminhada de 10 km. Os Trilhos das Azenhas é um evento de Trail Running que percorre trilhos e caminhos, passando por várias aldeias do concelho de Coimbra. As inscrições já se encontram encerradas e foram inscritos 519 atletas.

A Roda Dianteira BTT é uma entidade, que tem como principal objectivo promover e desenvolver actividades desportivas de aventura associadas à natureza. O âmbito da sua acção passa pela promoção de actividades de cariz ambiental, social e cultural.

A UF de Eiras e São Paulo de

Frades, em colaboração com a Academia de Atletismo do Grupo Recreativo Eirense, leva a efeito no dia 8 de Abril de 2023, pelas 17h00, a “I Milha Urbana de Eiras”. A prova realiza-se no centro da aldeia de Eiras, com partidas e chegadas junto à sede da “Roda Pedaleira”, tendo a distância tradicional de 1609 metros.

Podem participar atletas de ambos os sexos, dos escalões de benjamins A a veteranos, federados ou não, representantes de clubes, escolas, associações e outras entidades ou a título individual.

As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas até 4 de Abril na plataforma FPA Competições. Até ao momento já estão inscritos

cerca de 100 atletas.

Segundo Luís Correia esta é a primeira milha certificada em Coimbra. “Que tenha conhecimento não houve até agora uma milha certificada em Coimbra, este é um investimento da UF de Eiras e São Paulo de Frades”.

Já no dia 7 de Maio acontece o XIII Eiras Single Track. Este evento, organizado pela Associação Os Craques da Roda Pedaleira conta com o apoio da UF de Eiras e São Paulo de Frades, bem como da Câmara Municipal de Coimbra, será constituído por um passeio de BTT, com cerca de 25 km, maioritariamente em Single Track. O passeio conta ainda com cerca de 600 e 800 metros de acumulado

ADirecção Regional de Cultura do Centro (DRCC) reuniu em livro cerca de 150 histórias de mulheres deste território, que se destacaram e actuaram de forma determinante na produção cultural. Esta obra, “As Mulheres da Cultura na Região Centro”, é uma colectânea de biografias e depoimentos de mulheres que contribuíram para a composição cultural do Centro do país em diversas áreas, como literatura, música, teatro, cinema, artes plásticas, património histórico e cultural, educação e ciência, seja como produtoras, criadoras artísticas ou como responsáveis pela gestão de entidades que nascem e se desenvolvem pelo seu trabalho.

Suzana Menezes, directora da DRCC, explicou que este livro demorou dois anos a ser preparado, surgindo depois de, em 2021, ter sido lançado um repto nas redes sociais, para assinalar o Dia Internacional da Mulher, que viesse homenagear e dar visibilidade ao trabalho que as mulheres desenvolvem ou desenvolveram no seu território, na área da cultura.

positivo, respectivamente. A partida será às 9h15.

As inscrições efectuam-se até ao dia 30 de Abril, ou caso se chegue ao limite de 400 inscrições validadas. Até ao fecho desta edição já estavam inscritos 271 participantes. O preço de inscrição é de 20 euros com direito a dorsal (participação), abastecimento, seguro, brinde. No caso de pretender uma t-shirt do evento, terá um custo adicional de 4,00 euros. Os acompanhantes dos participantes terão de pagar 8,00 euros. As inscrições são para pessoas com mais de 18 anos, sendo que no caso de ser menor de idade, só poderá inscrever-se mediante a apresentação de termo de responsabilidade por parte do tutor/ encarregado do menor.

No ano passado, esta prova permitiu a participação de quase 700 pessoas, entre bicicleta e caminhada, número que o presidente espera alcançar também este ano. Luís Correia sublinha a importância destas provas, quer no aspecto desportivo quer na atracção de visitantes à UF de Eiras e São Paulo de Frades.

“No ano passado o Eiras Single Track trouxe 600 pessoas de bicicleta e à volta de 100 em caminhada enquanto que o Trilhos das Azenhas trouxe aproximadamente 600 pessoas por essa razão é obvio que a UF tem todo o interesse em que estas duas actividades se mantenham”.

De acordo com Suzana Menezes, rapidamente se compreendeu que “havia um corpo de informação de tal forma importante que não podia ficar só nas redes sociais”, surgindo então a ideia de construção de um livro que reunisse as diferentes narrativas.

A obra agrupa histórias de mulheres da cultura de “praticamente todos os 77 municípios da Região Centro”, cumprindo o objectivo de as homenagear e dar visibilidade, “dizendo ao mundo que estas mulheres foram ou são determinantes para assegurar a cultura e a salvaguarda do património material ou imaterial”. Esta coletânea, como afirma Suzana Menezes, é o “primeiro passo” para abordar uma questão central: a representatividade pública da mulher na área cultural. É também uma maneira de “lutar contra o apagamento feminino” neste sector, além de representar um “passo estruturante no caminho para alcançar a igualdade de género”.

Uma das mulheres homenageadas é Conceição Ruiva, que destacou-se na área das artes visuais, não como fundadora e presidente de várias associações de arte, mas essencialmente como artista plástica com mais de 50 anos de experiência neste sector. Em 2014 foi galardoada com a Medalha de Mérito Cultural em Prata Dourada, como forma de distinção e de prestação de público apreço, pelo enorme contributo dado para a dignificação da Cultura na Figueira da Foz. O tributo foi prestado por João Ataíde das Neves, presidente desta autarquia.

QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 12 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
23
2023
DE MARÇO DE
Francisco Rodeiro, presidente da Junta dos Olivais, e Paula Rodrigues, vice-presidente da Roda-Vida
PROVAS VÃO DECORRER EM MARÇO, ABRIL E MAIO UF DE EIRAS E SÃO PAULO
Diogo Monteiro, da Roda Dianteira, Luís Correia, presidente da UF de Eiras e São Paulo de Frades, Rute Lopes, do Grupo Recreativo Eirense e Pedro Fernandes, da Roda Pedaleira

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 23 DE MARÇO DE 2023

CANDIDATURA PASSOU À SEGUNDA FASE

BAIXA DE COIMBRA MAIS PERTO

DE SER BAIRRO COMERCIAL DIGITAL

Acandidatura conjunta da Câmara Municipal de Coimbra, da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) e da CoimbraMaisFuturo à segunda fase da linha de financiamento “Bairros Comerciais Digitais” (do Plano de Recuperação e Resiliência - PRR), já foi submetida.

Com o nome @Baixa Coimbra, a candidatura visa transformar esta zona da cidade num verdadeiro centro comercial ao ar livre, (re)conectado e adaptado às novas tendências do consumo e materializar a visão estratégica para a criação de uma Baixa de Coimbra 4.0.

Na primeira fase, Coimbra obteve a classificação de 4,7 valores (numa escala de 1 - fraco - a 5 valores - muito bom) e concorreu entre 187 projectos a nível nacional, sendo que apenas os que conseguiram um valor superior a três passaram para esta segunda fase (167).

Das candidaturas, no mínimo 50 terão dotação financeira para implementarem os seus projectos até ao final de 2025.

“Estamos seguros de que esta candidatura irá dar um contributo decisivo para a transformação do centro histórico desta cidade”, afirma o vereador da Economia da Câmara de Coimbra, Miguel Fonseca. “Tenho a plena convicção, bem como todo o Executivo, que muito

em breve estaremos a celebrar Coimbra como um dos 50 Bairros Comerciais Digitais de Portugal”, acrescenta.

O projecto @Baixa Coimbra visa a utilização de ferramentas digitais para gerar uma nova forma de relacionamento entre os comerciantes, os consumidores e o espaço público, contemplando, ainda, a criação de uma identidade visual comum.

Pretende transformar a Baixa da cidade num verdadeiro centro comercial ao ar livre, mas também online, conectado e adaptado às novas tendências de consumo, onde os clientes poderão fazer as suas compras e usufruir do espaço.

Valorizar o comércio

O projecto assenta num modelo colaborativo de cocriação, capaz de assegurar a valorização e digitalização do comércio local e a recuperação da economia.

A escolha da área urbana teve em conta a forte densidade de espaços comerciais

e de prestação de serviços (836 estabelecimentos numa área de 24,5 hectares).

Outro factor relevante é o facto de a candidatura ser apresentada por um consórcio que é liderado pela autarquia, integrando também a associação empresarial APBC e a associação de desenvolvimento local CoimbraMaisFuturo.

Este consórcio está empenhado na revitalização da Baixa de Coimbra e do seu comércio tradicional e acredita que um processo de modernização, suportado nas tecnologias e no digital, permitindo, ao mesmo tempo, a vivência e usufruto do espaço, é uma das formas de alcançar esse objectivo. Neste caso, a tecnologia potencia o humanismo do Bairro.

A candidatura de Coimbra desenvolve um plano de acção - abrangente, inovador, integrador e colaborativo - que procura dar resposta às principais fragilidades e problemas identificados na Baixa de Coimbra, através de oito ei-

CÂMARA DE COIMBRA

A PLANTAR 2.400 ÁRVORES EM 2023

xos de intervenção: @Baixa Conectada, @Baixa Atractiva, @Baixa Inteligente, @ Baixa Colaborativa, @Baixa Capacitada, @Baixa Sustentável, @Baixa Dinâmica e @ Baixa Coesa, num total de 46 acções que perfazem um investimento global elegível de 1,4 milhões de euros, sendo o valor máximo elegível de 1,5 milhões de euros.

A par do desenvolvimento da cultura de Bairro e do destaque dado ao património e às indústrias criativas, no @Baixa Coimbra está prevista a introdução de mobiliário urbano inteligente - mupis, bancos com tecnologia que permite carregar telemóveis, painéis informativos para visualizar, em tempo real, os lugares de estacionamento existenteso investimento em sistemas de informação digital e realidade aumentada, estando contemplada a operacionalização de uma Plataforma de Gestão Inteligente de apoio à tomada de decisão e monitorização da área de abrangência, na qual a sustentabilidade ganha lugar de destaque. A articulação com o MetroBus também é considerada.

O projecto pretende capacitar os comerciantes da Baixa para outras formas de venda para além da física (em loja), nomeadamente a digital e a híbrida (que conjuga as duas), promovendo e potenciando os seus negócios.

ACâmara de Coimbra prevê plantar cerca de 2.400 árvores em 2023, depois de ter executado apenas metade do plano de arborização de 2022, afirmou o vereador com o pelouro dos espaços verdes e jardins.

“Iremos levar à próxima reunião da Câmara o nosso plano de arborização para este ano”, afirmou Francisco Queirós, que falava durante a apresentação do cadastro do arvoredo urbano de Coimbra.

Segundo o responsável, está previsto no plano municipal de arborização (PMA) para 2023 a plantação de cerca de 2.400 árvores, instrumento que conta ainda com os cerca de 700 espécimes que ficaram por plantar em 2022.

“Estamos em crer que a Câmara, considerando prioritário que plantemos estas árvores todas, seja possível dar resposta a este plano. É fundamental e vamos caminhar nesse sentido, cumprindo e recuperando aquilo que ficou para trás”, realçou. Segundo o chefe de divisão dos espaços verdes e jardins, José Vilhena, 2022 foi um ano com “um Verão muito violento”, o que levou a aguardar pelo fim do ano para avançar com as plantações.

Foi apresentado o cadastro do arvoredo urbano de Coimbra, uma plataforma digital que permite aos ci-

dadãos visualizar todas as árvores no espaço urbano municipal, a sua idade e espécie.

O procedimento para a criação da plataforma custou “cerca de 50 mil euros” e coloca o município “no top cinco dos municípios portugueses, neste domínio de gestão do arvoredo”, realçou José Vilhena.

A plataforma permite aos serviços municipais ter acesso a toda a informação fitossanitária das árvores ou intervenções que sofreu ao longo dos anos. “Permite-nos tirar conclusões sobre que tipo de medidas poderemos implementar na gestão do arvoredo urbano”, sublinhou o chefe de divisão, referindo que os técnicos terão acesso também à plataforma, quando se deslocam ao terreno, para dar nota de actualizações ou intervenções feitas.

De acordo com o cadastro agora feito, a cidade conta com 26.054 árvores em espaço urbano municipal (não contabiliza matas).

Segundo a vereadora com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos, esta ferramenta permite um melhor conhecimento, quando são pensadas intervenções, identificando melhor os riscos que possam existir para as árvores presentes na zona intervencionada. “É uma informação fundamental para quem gere o domínio público”, realçou.

CENTRO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA ENTRE OS FINALISTAS DE CONCURSO INTERNACIONAL DE ARTE

Um projecto desenvolvido pelo laboratório de investigação do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC) está entre os finalistas do Aesthetica Art Prize, concurso internacional de arte contemporânea realizada anualmente.

O projecto The Middle Passage foi desenvolvido pelo Computational Design and Visualization Lab., laboratório de investigação do CISUC e integra os 10 finalistas do Aesthetica Art Prize, foi hoje anunciado.Foi

também seleccionado para integrar a exposição de arte contemporânea na Galeria de Arte de York (Inglaterra), entre sexta-feira e o dia 4 de Junho.

O projecto finalista resulta de uma parceria entre o CISUC, o Instituto Pedro Nunes e a Fundação Cupertino de Miranda.

The Middle Passage, da autoria dos investigadores do CISUC Tiago Martins, Sérgio Rebelo, Jéssica Parente, Evgheni Polisciuc, João Bicker e Penousal Machado, reflecte sobre a magnitude do

Trade Database, alojada na Emory University, localizada na região metropolitana de Atlanta, Estados Unidos da América. O Aesthetica

Art Prize é uma competição internacional de arte contemporânea realizada anualmente pela revista de arte e cultura Aesthetica Magazine.

damente pintura, escultura, fotografia, design gráfico, vídeo e instalação que são avaliados por um painel de especialistas em arte contemporânea.

O CISUC é um grande centro de pesquisa nos campos da Informática e das Comunicações, que foi criado em 1991, e abrange um segmento substancial de tópicos de pesquisa em Ciência da Computação e Engenharia comércio transatlântico de africanos escravizados, entre os séculos XVI e XIX.

Apresenta ainda uma série de artefactos digitais, que

oferece ao público a imersão neste período histórico.

Este trabalho baseia-se em dados disponibilizados pela Trans-Atlantic Slave

O prémio foi criado em 2007 para celebrar e apoiar a excelência e a inovação na arte contemporânea.O concurso é aberto a artistas de todas as nacionalidades, dedicados a qualquer tipo de expressão artística, nomea-

Para além da distinção financeira, os vencedores têm, ainda, a oportunidade de exibir os seus trabalhos em galerias e exposições de todo o mundo, sendo, ainda, destacados na revista da especialidade. Os vencedores desta competição internacional de arte contemporânea são anunciados na quinta-feira.

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QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023

MARINHA DAS ONDAS 10

MARINHA DAS ONDAS

CELEBRA 95 ANOS COMO FREGUESIA

Hoje, 23 de Março, a Marinha das Ondas, localizada no concelho da Figueira da Foz, está a celebrar o seu 95.º aniversário. Esta pequena vila costeira tem uma história rica, tendo sido criada em 1928 por desanexação das freguesias de Lavos e Paião. Desde então, a Marinha das Ondas tem ganho importância como centro económico na região, com o crescimento

da indústria e a implementação de empresas como a Celbi e a Lusiaves. Destaque ainda para a pesca, actividade que continua a ter muita importância para os seus habitantes. A comunidade local é muito activa e diversificada, contando com diversas associações e grupos culturais que promovem eventos e actividades ao longo do ano.

Em 2009, a Marinha das Ondas foi elevada a vila, reconhecendo a sua importân-

cia histórica e cultural para a região. Além da sua economia diversificada, a gastronomia local é um dos principais atractivos da vila, com destaque para os pratos de peixe e marisco frescos.

Para assinalar a data, a Junta de Freguesia organizou uma série de iniciativas. Durante a manhã, vai ser realizada uma missa em honra dos fregueses falecidos, seguida da deposição de uma coroa de flores no cemitério. O al-

23 DE MARÇO DE 2023

LUSIAVES EMPRESA ÂNCORA DA FREGUESIA E DA REGIÃO

moço deste ano realiza-se no Centro Cívico do Sampaio, em vez de ser na colectividade da Marinha das Ondas, como no ano passado, já que a Junta assumiu que o evento seria realizado em colectividades diferentes a cada ano. Às 16h00 ocorre a sessão solene na Junta de Freguesia, durante a qual alguns atletas locais serão homenageados pelas suas conquistas em desportos diversos como remo, motocross e futebol.

OGrupo Lusiaves, desde o seu início em 1986, tem-se destacado como uma referência no sector avícola e agro-alimentar em Portugal e faz parte de um grupo empresarial que actualmente conta com mais de 30 empresas.

A sua história é feita de grandes sucessos e contínuo crescimento, sendo uma das chaves do sucesso a grande vantagem competitiva conseguida com a aposta na verticalização da actividade.

JOANA ALVIM

Marinha das Ondas tem desafios importantes pela frente, mas a Junta de Freguesia está empenhada em melhorar a qualidade de vida dos seus moradores.

José Suzana, presidente da Junta, afirma que uma das principais preocupações é a integração dos imigrantes que chegam à região, respeitando a cultura e o modo de vida da comunidade local.

Além disso, a reconstituição das dunas na Praia da Leirosa é uma preocupação constante, assim como a abertura do Centro de Saúde todos os dias para garantir cuidados médicos aos moradores e migrantes. A capacidade da Escola EB 2 da Marinha das Ondas também é uma prioridade, para assegurar uma educação de qualidade aos jovens da freguesia.

A Junta de Freguesia tem feito as obras de reparação necessárias, fornecendo soluções imediatas quando um morador os procura. Já realizaram intervenções em estradas e concretizaram projectos como o mercadinho de rua na Praia da Lei-

rosa, e esperam tornar muito em breve a praia acessível para pessoas com mobilidade reduzida.

Praia da Leirosa é uma preocupação

A erosão costeira tem sido uma preocupação permanente na Praia da Leirosa, e a Junta tem estado em constante conversação com as autoridades competentes - Agência Portuguesa do Ambiente e Câmara Municipal da Figueira da Foz - para mitigar os problemas.

Segundo refere a administração, têm estado em constante conversação com a APA, que começou através de um Bypass a colocar areias em São Pedro e a ideia é colocar também na Leirosa. Apesar de opiniões divergentes dos pescadores, as autoridades da APA e o Ministério do Ambiente concordam que é a melhor solução.

Uma das questões mais urgentes é a falta de uma nova entrada para a praia. Actualmente, a praia tem apenas uma entrada e saída, o que pode ser perigoso em caso de emergências médicas ou acidentes com

camiões que possam, eventualmente, bloquear o acesso. O presidente da Junta de Freguesia, José Suzana, está empenhado na resolução deste problema, envolvendo todas as entidades responsáveis, como a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, o ICNF e as indústrias locais. O presidente afirma que “até hoje tem corrido sempre tudo bem, mas amanhã nós não sabemos”.

Além disso, a Junta de Freguesia tem outros projectos importantes em mente, como a construção de um passeio que ligue a Marinha das Ondas, Matos, Sampaio e Leirosa, para garantir a segurança das pessoas que se deslocam a pé. Também é essencial a recuperação das ruas do cemitério, que

já foram motivo de várias quedas por parte de pessoas idosas, e a criação de melhores condições para os vendedores do mercado local.

ExpoOndas está de volta

A ExpoOndas está de volta em grande estilo e promete ser a grande novidade deste ano na zona sul do concelho. A feira, que já existiu na freguesia de Marinha das Ondas, regressa agora no seu ano zero, e promete trazer muita animação, actividades e gastronomia para a população local e visitantes.

De acordo com o presidente da Junta de Freguesia de Marinha das Ondas, José Suzana, a ExpoOndas será o evento que marcará o início das festas da cidade. Mesmo com alguns atrasos gerados pela Câmara Municipal, a feira irá arrancar nos dias 3 e 4 de Junho num pequeno formato.

Além disso, o presidente da Junta de Freguesia já anunciou que a ExpoOndas será ampliada para quatro dias no próximo ano, começando na quinta-feira e terminando no domingo.

Ao longo dos seus 37 anos de existência tem demonstrado um forte compromisso com a sustentabilidade, a empregabilidade e o apoio às comunidades onde desenvolve a sua actividade. Com mais de mil colaboradores de várias nacionalidades na Marinha das Ondas, a empresa tem um papel importante na economia da freguesia e na sua integração harmoniosa.

Compromisso ambiental e responsabilidade social

No que diz respeito à sustentabilidade, o Grupo Lusiaves tem implementado várias medidas para reduzir o seu impacto ambiental, como a produção de energia verde, a reutilização da água e a reciclagem de materiais. Além disso, a empresa tem apoiado projectos de relevo nas comunidades locais onde se encontra instalado, como o projecto “Housing First”, a oferta de equipamentos a escolas e hospitais, e o apoio à construção do Centro Escolar na Marinha das Ondas. No que diz respeito à empregabilidade, a empresa possui um milhar de colaboradores na Marinha das Ondas, muitos dos quais optaram por residir na freguesia e dinamizaram a economia local.

O Grupo procura aliar a qualidade e a segurança dos produtos alimentares com a eficiência na produção, inves-

tindo nos recursos tecnológicos mais avançados e adoptando as melhores práticas do sector. Este compromisso com a inovação levou a que, no ano passado, a Lusiaves se tornasse o primeiro grupo empresarial em Portugal a ser 100% certificado em bem-estar animal na produção de frango, e o primeiro a obter a Certificação em Bem-Estar Animal Welfair® da AENOR, em Portugal, no sector avícola. O Grupo Lusiaves, reconhecido pela sua actividade na produção e transformação de aves, tem implementado soluções para um desenvolvimento sustentável, visando reduzir o consumo de recursos naturais, a produção de emissões e resíduos, além de contribuir para a economia circular, neutralidade carbónica e produção de energia a partir de fontes renováveis.

Um exemplo claro dessa iniciativa é a participada Made Better, que possui 83 unidades de produção de energia espalhadas por todo o país, com mais de 68 mil módulos solares de diversas potências. Essas instalações permitem evitar anualmente a emissão de aproximadamente 15 mil toneladas de CO2, equivalente a cerca de 130 milhões de quilómetros percorridos de automóvel, ou fornecer energia eléctrica a 14.429 habitações.

Mais de 4.350 colaboradores

Actualmente o Grupo Lusiaves emprega mais de 4.350 pessoas. Destes, 3.880 são internos e 550 são externos. O que mais se destaca, porém, é a diversidade presente no quadro de trabalhadores da empresa, com representantes de 26 nacionalidades diferentes.

Apesar de já ser uma empresa de referência no sector avícola em Portugal, não se contenta em manter o status quo. O objectivo para os próximos anos é diversificar e inovar, procurando manter preços competitivos e oferecer produtos de qualidade.

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DAS PROVÍNCIAS
www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf CAMPEÃO
EM MELHORAR CADA VEZ MAIS A QUALIDADE
INTEGRAÇÃO DOS IMIGRANTES É UMA DAS PREOCUPAÇÕES JUNTA DE FREGUESIA EMPENHADA
DE VIDA DOS SEUS MORADORES
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José Suzana, presidente da Junta, aposta numa freguesia inclusiva

ACTUALIDADE 12

CANTANHEDE RECEBE LEGADO PARA MUSEU EM

CONSTRUÇÃO

CÂNDIDO FERREIRA, O MÉDICO COLECCIONADOR, ESCRITOR E POLÍTICO

OMunicípio de Cantanhede partilha o sentimento de enorme consternação pelo falecimento de Cândido Ferreira, médico, professor, escritor, político e humanista envolvido em causas edificantes em vários domínios.

O médico Cândido Ferreira faleceu na terça-feira, aos 73 anos, após um período de doença. Era natural de Febres, Cantanhede, para onde se realiza nesta quinta-feira o seu funeral, a partir de Pousos, Leiria, onde residia.

Uma das causas de Cândido Ferreira foi a criação de um de Museu de Arte e Coleccionismo em Cantanhede, projecto abraçado com entusiasmo pela Câmara Municipal, a partir do repto que lhe foi lançado nesse sentido.

No protocolo celebrado com a autarquia, o médico assumiu o compromisso de doar um significativo número de peças do seu espólio para a constituição do acervo da referida unidade museológica, peças essas que serão expostas organizadas em sete grandes áreas de colecionismo, designadamente

pintura, mobiliário e artes decorativas portuguesas, arqueologia de todas as civilizações, artesanato de todo o mundo, história do dinheiro, história postal, temas de bibliografia e afins e colecionismo dito popular.

Na sequência da assinatura do acordo, a Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou, em 7 de Abril de 2019, a atribuição de um voto de louvor e reconhecimento ao Dr. Cândido Ferreira, tendo em conta o inestimável benefício que o seu gesto de benemerência representa para o concelho, ao nível da oferta de serviços culturais e do reforço da atratividade do território, sem esquecer os méritos que evidenciou, quer profissionalmente, como médico na sua área de especialização, mas também como ensaísta e romancista ou ainda como político muito empenhado na defesa de importantes causas sociais.

Candidato Presidencial

Cândido Manuel Pereira Monteiro Ferreira teve uma carreira

Cândido Ferreira dedicou os últimos anos à actividade cívica através da escrita, com muitos textos publicados no nosso Jornal, de que foi colaborador durante muitos anos

de referência na Medicina, área na qual se licenciou, em 1973, pela Universidade de Coimbra. Especialista em Nefrologia, criou uma das primeiras clínicas de hemodiálise em Portugal, na zona de Leiria, destacando-se também por ter integrado a equipa responsável pela primeira transplantação renal bem-sucedida

NO TOTAL AINDA EXISTEM 647 SITUAÇÕES NA CIDADE PORTO COM DESCIDA DE 11,4%

CÁTIA BARBOSA (JORNALISTA DO “CAMPEÃO” NO PORTO)

Acidade do Porto registou, no ano de 2022, menos 83 pessoas em situação de sem-abrigo (PSSA), o que corresponde a uma diminuição de 11,4% face a 2021. A análise foi realizada pelo PISA Porto - Núcleo de Planeamento Intervenção Pessoas Sem-Abrigo, no âmbito do inquérito nacional promovido pela Estratégia Nacional.

A autarquia adianta que “esta diminuição representa menos 60 pessoas (26%) na condição de “sem tecto” e menos 23 pessoas (4,6%) “sem casa”, mantendo-se no total 647 pessoas em situação de sem-abrigo na cidade”.

No mesmo documento, o vereador do Pelouro da Coesão Social da Câmara Municipal do Porto, Fernando Paulo, salienta que “das pessoas em situação de sem-abrigo identificadas, apenas 40,5% são residentes na cidade do Porto, assistindo-se a um aumento de 11,4% de PSSA face a 2021 provenientes de outros municípios”.

A maioria dos sem-abrigo no Porto são homens e têm entre 45 e 64 anos

O responsável acrescenta, ainda, que “este dado reforça a necessidade premente da adopção de uma estratégia intermunicipal para fazer face a este desafio, ao qual não pode ser só o Município do Porto a responder”.

A análise realizada indica também que 82,1% de PSSA são homens, mantendo-se a tendência registada nos anos anteriores. A maioria dos indivíduos identificados tem entre 45 e 64 anos (66,13%) e entre os 31 e os 44 anos (21,9%). A esmagadora maioria de PSSA são de nacionalidade portuguesa (87%). Relativamente às causas, o Mnicípio refere

que “continuam a prevalecer as dependências, nomeadamente o consumo de álcool e substâncias psicoactivas”.

De recordar que o NPISA Porto é constituído por 67 entidades públicas e privadas, sendo que este organismo faz o diagnóstico, planeamento e activação das redes de resposta no âmbito das pessoas em situação de sem-abrigo a nível municipal. “É também da sua competência elaborar e executar o plano anual de acção, potenciando o trabalho em rede e gerando complementaridade das várias instituições e entidades parceiras”, refere a autarquia.

priedade em Urra - Portalegre, onde desenvolveu actividades ligadas à agricultura, à pecuária e à hotelaria e onde criou um espaço museológico que reúne 800 peças recolhidas no nosso país e suas ilhas adjacentes, desde a antiguidade até aos nossos dias. Destacou-se ainda como escritor de romances, contos, crónicas e ensaios, sendo membro da Associação Portuguesa de Escritores, a convite da Direcção. Foi autor dos romances “O Senhor Comendador”, “A Paixão do Padre Hilário” e “Setembro Vermelho” e de três livros de crónicas -s “Os Burros”, “Esmeralda-Sim!…” e “Pelas Crianças de Portugal”.

em Portugal, sob a direcção de Linhares Furtado.

A actividade político-partidária foi outro dos exercícios que abraçou com entusiasmo, tendo desempenhado diversos cargos no poder local, destacando-se ainda pela candidatura à Presidência da República, em 2016.

Em 2007 adquiriu uma pro-

Os últimos três livros que escreveu e publicou, intitulados “Nos Bastidores da Medicina”, “Estórias deste Mundo e do Outro” e “Covid-19 A Tempestade Perfeita”, foram apresentados na Biblioteca Municipal de Cantanhede, em 12 de Março do ano passado, e também em Coimbra, na Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

CEIRA COM EXPOSIÇÃO

Aexposição interactiva “Sea

Kids - Viagem ao Fundo dos Oceanos” vai arrancar no sábado (25), às 10h00, e prolonga-se até ao dia 30 de Abril, na Junta de Freguesia de Ceira. O objectivo é captar o interesse das crianças pelo mundo subaquático e consciencializar sobre os cuidados com o planeta.

“Este é um evento que convida a mergulhar no fascinante mundo da expedição marítima e a descobrir histórias e segredos das profundezas do oceano. A exposição é dividida por temas que o irão levar ao mundo subaquático - um vislumbre envolvente até um outro mundo”, afirma a empresa promotora, Inovtek.Events.

Além disso, “com foco no passado”, estará também disponível uma mostra da “Era dos Descobrimentos”, para abordar as datas relevantes e os navegadores mais populares deste período, bem como o início da globalização.

O espaço está dividido em sete áreas: caravela, submarino (uma descoberta interactiva ao fundo do mar), exposição de artefactos, dos oceanos e dos mergulhadores, “sentinelas do mar” (evolução

dos faróis) e um espaço para fotografias.

O evento é destinado aos mais pequenos, dos cinco aos 10 anos, que visitarão a exposição em grupos guiados por elementos da equipa do local. Para conhecer o espaço é necessário fazer marcação e adquirir os bilhetes, que têm um custo de 15 euros e são válidos para um adulto e uma criança. No entanto, os alunos que frequentam escolas de Ceira têm entrada gratuita.

A exposição, com elementos distribuídos ao longo de 200 m2, é promovida pela Junta e pela empresa Inovtek.Events.

QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 16 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
23
MARÇO
2023
DE
DE
Sérgio Leal, da Inovtek.Events, Carlos Lopes, vereador, e Fernando Santos, presidente da Junta de Ceira

EMPRESAS & NEGÓCIOS 16 23 DE MARÇO DE 2023

MASTER MED CANNABIS DEDICA-SE AO CULTIVO DA PLANTA PARA FINS MEDICINAIS

EMPRESA DE CANÁBIS INVESTE 9,5 MILHÕES DE EUROS E EMPREGA DEZENAS DE PESSOAS EM PENELA

Aempresa Master Med Cannabis, dedicada ao ramo da produção de canábis medicinal, vai investir 9,5 milhões de euros (ME) e empregar cerca de 55 pessoas, até final de 2024, em Penela.

Com apenas quatro anos de actividade, a empresa está a construir uma unidade fabril dedicada apenas ao “cultivo” de canábis para fins medicinais, com o intuito de “ajudar pessoas que têm doenças sérias”, referiu Miguel Nobrega Gouveia, director Executivo da Master Med Cannabis.

Situada na localidade de Infesto, em Penela, a

fábrica, com 60 mil metros quadrados, conta com um investimento de 6,5 milhões de euros e deverá estar concluída em Novembro deste ano.

Estão ainda previstos mais três milhões de euros até final de 2024, destinados à compra de terrenos, para fazer cultivo de canábis sem luz natural, bem como na colaboração com a Habitat de Inovação Empresarial nos Sectores Estratégicos (HIESE),incubadora de Penela focada na inovação rural, e a Universidade de Coimbra (UC).

“Inicialmente está previsto [empregar] 24 a 28, e até

ao final de 2024 está previsto empregar 55 pessoas”, sublinhou o empresário.

Entre finais de Setembro e meados do mês de Outubro, a empresa prevê empregar mais cinco ou seis pessoas, em ‘part-time’, a fim de “ajudar a fazer a colheita”.

A escolha do local para este investimento deveu-se sobretudo ao clima, à localização e ainda ao apoio da Câmara Muni-cipal de Penela, designadamente na celeridade dos processos.

Miguel Nobrega Gouveia prevê

ainda a criação de uma clínica, em Penela, até ao final de 2023, destinada a informar os cidadãos sobre os benefícios da planta e que venderá produtos à base de canábis sem prescrição médica. Esta unidade, orçada em cerca de 350 mil euros, incluirá um médico, um enfermeiro e um recepcionista. Este espaço servirá como uma “casa de saúde”, onde o médico pode prescrever o medicamento, para que, posteriormente, o utente o possa ad-

quirir numa farmácia.

Para além disto, o director da empresa pretende ainda criar uma associação com as empresas que têm licença de cultivo de canábis, em Portugal, que actualmente, segundo o mesmo são 18. A ideia é “dar a voz principal do cultivo de canábis” para comunicar com o Governo e com o INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, por exemplo. Outro dos objectivos passa por poder haver a partilha de experiências e conhecimento sobre a planta com os membros da associação.

EMPRESA TECNOLÓGICA É A ÚLTIMA LINHA DE DEFESA CONTRA SITUAÇÕES CRÍTICAS

CRITICAL SOFTWARE ASSUME SEGURANÇA DA HABITAÇÃO DOS ASTRONAUTAS DA AGÊNCIA ESPACIAL EUROPEIA

ACritical Software, sediada em Coimbra, assume agora a responsabilidade da verificação e validação independente de software para o módulo de habitação International Habitat (I-Hab) da estação espacial Gateway. Esta acção, inserida no programa Artemis da NASA e na colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA) para a colocação de uma estação espacial em órbita da Lua, conta com parte da equipa do Reino Unido do grupo

da tecnológica portuguesa.

Um componente do programa que conta com um lançamento para órbita previsto para 2026 ou 2027.

No âmbito da parceria recorrente com a ESA, o contributo da Critical Software está a garantir a segurança de quatro astronautas que estarão, no máximo, 90 dias em órbita.

Rodrigo Pascoal, Gestor de Desenvolvimento de Negócio, na Critical Software, refere que “o I-Hab é para a Critical Software um voto de confiança por

parte da ESA, com quem desenvolvemos o handbook de Independent Software Validation and Verification (ISVV)”.

O Gateway, estação espacial da qual o I-Hab faz parte, estará em órbita e servirá de apoio à Artemis Base Camp na Lua, projecto que resulta de uma parceria entre a NASA, a ESA e a JAXA.

Em Novembro de 2022 foi lançado o módulo Orion, que será responsável por transportar astronautas, providenciar apoio de

emergência e sustentar a tripulação durante a viagem. Devido à sua órbita elíptica, o Gateway estará perto da Lua e da Terra, com a particularidade de facilitar a passagem de astronautas e de matérias essenciais. Servirá ainda de base para futuras missões, uma vez que ficará à distância de cinco dias da Terra. Neste módulo, será possível conduzir experiências, dentro e fora do espaço. No exterior, o I-Hab vai incluir pontos de conexão para o braço robótico do Gateway que

NO TOTAL SERÃO MAIS DE 110 HECTARES

por sua vez vai permitir a exploração da superfície da lua à distância. A Critical Software, que há 25 anos começou a sua actividade no sector aeroespacial, tem vindo a desenvolver projectos nesta área através da participação em vários projectos dedicados a limpar detritos espaciais, em colaboração com a empresa ClearSpace ou mesmo pela contribuição no projecto Mars Sample Return da ESA, que visa devolver à Terra amostras de solo da superfície de Marte.

NAVIGATOR AVANÇA COM RESTAURO ECOLÓGICO

Aempresa The Navigator Company vai proceder ao restauro ecológico de uma área de 110 hectares, no concelho de Idanha-a-Nova, uma iniciativa que surge em parceria com o RAIZ - Instituto de Investigação da Floresta e Papel.

Esta acção realiza-se através do “Zambujo reCover - Projecto de requalificação florestal e protecção de solos”, com vista ao

aumento do valor ambiental dos habitats florestais naturais e seminaturais no Zambujo, propriedade da Navigator em pleno Parque Natural do Tejo Internacional e na Zona de Protecção Especial do Tejo Internacional, Erges e Pônsul, área classificada como Rede Natura 2000.

As intervenções de fundo no terreno para atingir o restauro ecológico decorrerão, na sua maioria,

ao longo de 2023 numa área aproximada de 110 hectares, o equivalente ao tamanho de 110 campos de futebol. Têm como objectivo a promoção de habitats naturais e seminaturais protegidos pelo Anexo I da Directiva Habitats (azinhal e montado), visando também a rearborização e adensamento com azinheiras, bem como a conservação de solos.

Para além disto, também

como objectivo, o “Zambujo reCover” visa incrementar a resiliência aos efeitos da desertificação, das alterações climáticas e dos incêndios, através do fomento de povoamentos com espécies arbóreas e arbustivas com ecologia adaptada à seca e à aridez, com destaque para a azinheira (Quercus rotundifolia).

A iniciativa tem um orçamento global de 225.774,79 euros financia-

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

breves

CEARTE ENTREGA

DIPLOMAS DO 9.º ANO

O CEARTE entregou, no Centro de Convívio do Carvalho, em Vila Nova de Poiares, os certificados e diplomas a sete adultos daquela localidade que concluíram com sucesso o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de competências escolares, para o 9.º ano de escolaridade. Após cerca de seis meses de um processo orientado e dinamizado pelo Centro Qualifica do CEARTE, estes adultos obtiveram a certificação do 9.º ano, alicerçada nas aprendizagens realizadas e nas competências adquiridas.

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO IMPLEMENTADO EM ESCOLA DE COIMBRA

O CLDS-4G Coimbra –“Concelho Solidário e Saudável”, coordenado pela Obra de promoção Social do Distrito de Coimbra, no âmbito da execução do plano de acção, implementou o Programa de empreendedorismo na Escola Secundária D. Duarte, em Coimbra. Este programa concretizou-se através da realização de um concurso de ideias, cujos objectivos principais passaram por desenvolver ideias de negócio e empreendedorismo nas escolas, estimular a criatividade e motivar para o desenvolvimento de projectos inovadores.

EMPRESA DO UNIVERSO ALVES BANDEIRA RENOVA PARCERIA COM FILIPE ALBUQUERQUE

da pelo Programa COMPETE 2020 no âmbito da medida “Apoio à transição climática/Resiliência dos territórios face ao risco: Combate à desertificação através da rearborização e de acções que promovam o aumento da fixação de carbono e de nutrientes no solo” (REACT-EU/FEDER, iniciativa financiada como parte da resposta da União à pandemia de Covid-19).

A AB Tyres, empresa pertencente ao universo do Grupo Alves Bandeira, renovou a sua parceria iniciada em 2020 com o piloto natural de Coimbra, Filipe Albuquerque, como embaixador da marca Falken em Portugal. O acontecimento foi marcado pela entrega de um fato de competição pelo piloto ao administrador e director-geral da AB Tyres Portugal, Filipe Bandeira. Em Portugal, a AB Tyres é a distribuidora exclusiva da Falken e representa oficialmente marcas como a Matrax Tyres, CEAT, Davanti, Debica, Aptany, Fulda, Infinity, Sumitomo, Uniroyal, entre outras marcas relevantes no mercado.

17 QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL
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PROLONGADO PRAZO NO ANTIGO RAMAL DA LOUSÃ

METROBUS SÓ CHEGA A COIMBRA A MEIO DO PRÓXIMO ANO

OSistema de Mobilidade do Mondego (SMM) deverá entrar em funcionamento em Junho de 2024 no antigo ramal da Lousã, entre Serpins (Lousã) e o Largo da Portagem (Coimbra), segundo o presidente da Metro Mondego (MM). O arranque da operação suburbana, através de autocarros eléctricos em via dedicada (MetroBus), estava marcado para o primeiro trimestre de 2024, mas agora foi revisto para Junho, já no final do segundo trimestre.

“A nossa expectativa é conseguir cumprir os prazos, mas há imponderáveis que não conseguimos prever. Ninguém contava que houvesse uma pandemia em 2020 e ninguém contava que houvesse uma guerra em 2022 e tudo aconteceu”, sublinhou João Marrana

Em Janeiro deste ano, o presidente da Metro Mondego ainda mantinha o arranque do troço suburbano para Março de 2024, apesar de admitir, já na altura, a existência de empreitadas críticas que poderiam levar a uma derrapagem de prazos. Na passada sexta-feira, numa visita às obras em Miranda do Corvo, uma das vilas atravessada pelo MetroBus, João Marrana anunciou novo prazo e adiantou que o sistema será estendido a Coimbra B e aos Hospitais da Universidade de Coimbra no final do próximo ano.

Compensação

pode ir aos 4 milhões de euros

A compensação por parte do Estado ao Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) deverá ter um cus-

to de três a quatro milhões de euros por ano, segundo o presidente da Metro Mondego, entidade que vai gerir o serviço, conforme já tinha referido anteriormente numa entrevista à Rádio Regional do Centro (96.2 FM) e ao “Campeão”.

A Metro Mondego encontra-se a calcular o custo da operação e a verba anual que terá de ser transferida pela Administração Central, estimando-se um valor entre “três a quatro milhões de euros por ano”, reiterou, agora, o presidente da empresa, João Marrana.

O contrato de serviço público a ser assinado “ainda não está estabilizado”, com a Metro Mondego a fazer, de momento, uma “actualização dos estudos anteriores e a afectação dos recursos e turnos que serão necessários” para a operação.

João Marrana prevê a ligação a Coimbra B e aos Hospitais só para o final de 2024

Esse contrato irá estabelecer o pagamento anual por parte da Administração Central para suportar a operação do SMM, que vai contar com um troço suburbano, entre Serpins (Lousã) e Coimbra, e outro urbano, servido por autocarros eléctricos em via dedicada (MetroBus).

“O pagamento daquilo que é a prestação de serviços que a empresa faz e não é rentável é uma decisão que tem de ser estabelecida entre o Estado e a Metro Mondego. É também preciso perceber até onde devemos ir e até que horas o sistema deverá estar a funcionar e isso leva a obrigações de serviço público diferentes”, aclarou.

João Marrana explicou que, caso haja uma maior disponibilidade por parte do Estado, o SMM pode ter “uma oferta melhor” e, se houver menos, existirá “uma oferta mais contida”.

Relativamente à entidade gestora do sistema intermodal de transportes da região de Coimbra – AGIT, o responsável da Metro Mondego afirmou que o despacho para a criação da estrutura “aguarda publicação” e que os documentos associados estão a ser estabilizados.

Esta entidade “tem de estar em funcionamento” antes do início da operação do SMM, visto que vai determinar a repartição das tarifas entre os vários ope-

radores de transportes na região de Coimbra, com a Metro Mondego a ter como expectativa “não ter tarifa própria”, mas antes uma tarifa intermodal, referiu.

“Esses estudos estão a ser actualizados para podermos definir em rigor a tarifa que irá ser comercializada pelos diversos operadores. Por último, é necessário que exista uma tal entidade que faça essencialmente pelo menos uma coisa, que é a repartição de receitas que não pode ser feita por nenhuma das partes”, salientou.

Apesar de já ter recusado por várias vezes participar na discussão sobre a expansão do SMM, João Marrana vê com bons olhos a criação de uma linha que sirva a margem esquerda do Mondego e Condeixa-a-Nova.

“Dos resultados apresentados, julgo que Condeixa parecia ser o mais promissor, quer em termos de procura, quer em termos de volume de investimento. Acho que faz todo o sentido pensar em expandir o sistema, mas agora estamos focados, sobretudo, em pôr o sistema a funcionar”, vincou.

QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 18 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf PUBLICIDADE ÚLTIMA 20 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 23 DE MARÇO DE 2023

Feira dos Lázaros regressa este fim-de-semana

OGrupo Folclórico de Coimbra (GFC) vai levar a efeito, no próximo domingo (26), pelas 10h00, no Largo do São João, no Bairro de Celas, em Coimbra, mais uma reconstituição da antiga Feira dos Lázaros.

A Feira dos Lázaros tinha sempre lugar no domingo de Lázaros (quinze dias antes da Páscoa), na parte alta de Coimbra que foi demolida, para o surgimento da cidade universitária. Os habitantes dessa antiga alta, designados por “Salatinas” foram realojados em diversos bairros da cidade, entre os quais o Bairro de Celas, para onde a Feira foi transferida, tendo ali a sua última realização no ano de 1949.

Foi pela mão do Grupo Folclórico de Coimbra, que a Feira dos Lázaros voltou a ressurgir no Bairro de Celas, precisamente a 24 de Março de 1996, realização que só foi suspensa nos três anos de pandemia (2020, 2021, 2022).

Depois destes anos de interregno, o Grupo Folclórico de Coimbra espera ver o Largo de São

João do Bairro de Celas repleto de visitantes e moradores desejosos de vivenciar tantas recordações do passado.

Nesta Feira, a população pode desfrutar de doces conventuais e populares de Coimbra (confeccionados artesanalmente, pelos próprios componentes do GFC), com os Lázaros que dão o nome à Feira (galinhas feitas de massa pão), com os brinquedos antigos (bolas de serrim, moinhos de vento, tambores, pandeiretas, carrinhos de mão e outros), e com uma panóplia de produtos, tais como: pevides, tremoços, bananis, amendoins.

De realçar ainda, a presença da antiga Tasca do Amadeu orgulhosa dos seus petiscos caseiros, sopas, vinhos, licores e sobremesas, onde se pode saborear uma excelente refeição, na ambiência da feira.

Também o Grupo Folclórico da Casa do Pessoal da Universidade de Coimbra irá realizar esta reconstituição no Largo D. Dinis, pelas 11h00.

19 QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 20 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D, Eiras | 3020-430 Coimbra | Tel. 239 497 750 Mail mediacentro.grupo@gmail.com | radioregionaldocentro@gmail.com www.radiofadodecoimbra.pt FADOdeCOIMBRA RÁDIO

Demo Day da ANI destaca projectos inovadores em ciência e tecnologia

AAgência Nacional de Inovação (ANI) realizou hoje o terceiro e último Dia de Demonstração do BfK INNOV@Rise, no Instituto Pedro Nunes em Coimbra. Quatro projectos científicos foram apresentados na sessão, incluindo filtros inteligentes para capturar óleo em vias navegáveis, um aplicativo com materiais educacionais e gráficos sobre a evolução dos sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo, antivirais contra vírus respiratórios com potencial pandémico e turbinas eólicas para ambientes urbanos.

A edição Centro do Demo Day do BfK INNOV@Rise deu a

conhecer os projectos:

SmartText (Atlântica – Instituto Universitário, Oeiras): porque só 15% a 20% dos óleos e outras gorduras alimentares não vão parar aos nossos recursos hídricos. Existe um problema: uma quantidade muito reduzida (estimada em 15 a 20%) de óleos e gorduras são retidos actualmente nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e são eliminados sem qualquer tipo de valorização.

Um litro de óleo contamina um milhão de litros de água, tantos quantos precisaríamos para viver até aos 40 anos. Recorrendo a materiais abun-

dantes na natureza e biodegradáveis, celulose e argila, a SmarText é um filtro que, usando nanopartículas, permite filtrar cerca de 85% do óleo das águas antes de estas serem despejadas nos afluentes de água.

A SmarText alia ainda um baixo custo de produção à valorização de recursos, já que a gordura captada da água pode ser vendida à indústria dos biocombustíveis, entre outras.

A myPOC (Universidade de Coimbra): APP que reconhece sintomas da perturbação obsessiva-compulsiva.

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23 DE MARÇO 2023
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Edição Centro do Programa de Aceleração em Ciência e Tecnologia

BfK INNOV@Rise capacitou projetos nascidos no ensino superior

CONTINUAÇÃO...

A perturbação obsessivo-compulsiva é uma doença crónica incapacitante que afecta uma em cada 40 pessoas. As longas listas de espera hospitalares e a ausência de instrumentos de avaliação dos sintomas levam a um atraso de 10 a 15 anos entre o aparecimento dos sintomas e o tratamento correcto.

A myPOC é uma aplicação para smartphone que oferece materiais educativos e gráficos sobre a evolução dos sintomas, usando técnicas passivas de recolha de dados (como actividade física, localização discreta, entre outros) e questionários. Ao colocar o paciente no centro do seu tratamento e ao aumentar precisão diagnóstica, a myPOC pretende melhorar a comunicação médico-doente, reduzir o número de consultas e acelerar o processo de recuperação.

Spiro4MALAIDS (Universidade de Coimbra): E se houvesse um medicamento para inactivar vírus, retrovírus e bactérias como a da Malária?

O risco de uma nova pandemia não desaparecerá com o controlo global da Covid-19. Há outros vírus com potencial de criar uma situação como a que hoje vivemos ou até mais grave. Spiro4MALAIDS resulta da descoberta de novas espiro-β-lactamas

com notável actividade contra vírus como o HIV, o Influenza, o Coronavírus e bactérias como a que provoca a Malária, por exemplo. A molécula-líder BSS-730A tem um perfil farmacoterapêutico revolucionário.

Neste momento, existe já um pedido de patente nos Estados Unidos e na Europa e o objectivo da equipa de investigadores é arrancar com testes in vivo para, até o final de 2023, começarem os ensaios clínicos de primeira fase.

Windcredible (Universidade do Porto): O futuro da energia urbana. A Windcredible está focada no desenvolvimento e produção de turbinas eólicas de eixo vertical (VAWTS), uma tecnologia de energia renovável que gera electricidade a partir do vento. O design patenteado tem várias vantagens em relação às turbinas eólicas tradicionais, incluindo a sua capacidade de gerar electricidade de forma eficiente, a sua compatibilidade com ambientes urbanos e a sua adequação para integração em redes inteligentes.

Uma vantagem chave é a sua capacidade de gerar electricidade de forma eficiente, com baixos custos operacionais e requisitos de manutenção mínimos. Isso

torna-as uma opção rentável para os clientes, especialmente quando comparadas com fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis tradicionais.

Os 15 projectos empreendedores participantes nas três edições do programa receberam acompanhamento de mentores especializados, capacitação intensiva em desenvolvimento de negócio e treino de pitch para impulsionarem a entrada dos projectos no mercado. O BfK INNOV@Rise vai, ainda, atribuir 45 mil euros em prémios monetários:

— três mil euros por projecto — para o desenvolvimento da prova de conceito/ protótipo.

A iniciativa está a apoiar mais de 60 empreendedores com projectos académicos que pretendem chegar ao mercado.

O BfK INNOV@Rise é promovido no âmbito do Sistema de Apoio a Ações Colectivas - Transferência de Conhecimento Científico e Tecnológico, TECH4INNOV, co-financiado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020.

QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 22 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

o SEF registaram um aumento de 282% este ano

Desde o início do ano, as reclamações contra o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) registaram uma subida na ordem dos 282% em relação ao período homólogo.

Os dados são avançados pelo Portal da Queixa que, em comunicado, adianta que “numa altura em que foi lançado, pelo Governo, um novo portal para ajudar o SEF a simplificar a emissão da autorização de residência de cidadãos oriundos de países que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), verifica-se um crescimento significativo do número de reclamações dirigidas ao SEF. Só neste mês de Março os cidadãos já apresentaram 447 queixas, uma média superior a 22 por dia”.

Num panorama mais geral, a análise revela que, entre 1 de janeiro e 20 de Março, foram apuradas 562 reclamações, o que representa um aumento de 282% em relação ao mesmo

período do ano passado, onde foram registadas 147 queixas. O Portal da Queixa salienta ainda que, em 2022, “o SEF recebeu um total de 910 reclamações”.

“Constrangimentos sentidos com a autorização de residência, sobretudo as dificuldades na emissão digital do título, a gerar a maior fatia das queixas registadas este ano (79%)” e a “indisponibilidade de agendamento presencial, a somar 6% das reclamações” são apontados como os principais motivos para as reclamações.

“A página do SEF no Portal da Queixa traduz o nível de insatisfação dos consumidores perante o serviço, uma vez que, apresenta um Índice de Satisfação avaliado de “Insatisfatório”, obtendo uma pontuação de 16 em 100, nos últimos 12 meses, sendo que a Taxa de Solução é de 15,5% e a Taxa de Resposta é de 12.3%”, lê-se no comunicado. O documento remata referindo que estes indicadores “espelham a baixa performance do organismo na resposta e resolução aos problemas que lhe são reportados”.

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QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)
Reclamações contra

Capril da Serra em Poiares desafia a “Ser pastor por um dia”

AJunta de Freguesia de São Miguel de Poiares em parceria com o Município estão a promover a iniciativa “seja pastor por um dia”, permitindo que qualquer um possa sentir e viver a experiência inesquecível do contacto directo com um rebanho no meio da natureza.

Inserida no projecto do Capril, instalado na Serra do Bidoeiro, esta iniciativa permite que as pessoas, seja individualmente, seja em família, ou em grupo, possam – mediante a necessária inscrição - acompanhar e manusear um rebanho de cabras em pastoreio, no seu habitat natural, como se fosse um verdadeiro pastor.

Para os promotores da iniciativa, o objectivo é «divulgar e dar a conhecer o projecto e potencial do Capril da Serra, onde para além de viverem a experiência de ser pastor, podem perceber o importante papel que estes animais desempenham em matéria de defesa e protecção ambiental, agindo como autênticas ‘cabras sapadoras’, na limpeza das matas e florestas». Além disso, reforçam a aposta na fileira da caprinicultura, onde se insere o projecto do Capril, actuando como um importante vector da promoção do território e da

marca da Chanfana.

Esta experiência de ser pastor por um dia inicia-se com o acolhimento no Capril da Serra, em São Miguel de Poiares, onde ficam a conhecer as instalações, mas sobretudo, os animais que ali residem, com um briefing sobre as características fundamentais não só das suas raças específicas, como dos seus hábitos de vida.

Depois de contextualizados e ambientados, é altura de ir para o terreno e acompanhar o rebanho nas acções de pastoreio, pelos trilhos existentes na serra e desfrutar de uma

experiência única e certamente inesquecível, no meio da natureza, com paisagens exuberantes e de cortar a respiração, polvilhada de trilhos e percursos pedestres à medida de cada um.

Esta actividade pode ser realizada todos os dias, desde que as condições meteorológicas assim o permitam, sendo necessária marcação e inscrição prévia, através dos contactos directos da Junta de Freguesia de São Miguel de Poiares (telef.: 239421513 / e-mail: jfsaomiguelpoiares@ hotmail.com)

QUINTA-FEIRA, 23 DE MARÇO 2023 24 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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