Campinas Cafe | edição 307

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REVISTA CAMPINAS CAFE Edição 307 | ANO 26 | OUTUBRO 2020

/CampinasCafe

O pão NOSSO DE CADA dia “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio” Hipócrates

Do Brasil

Origem do famoso “arroz e feijão”

Pão com o quê?

Opções saudáveis para o acompanhar no café da manhã

Produção de vinho Natural, orgânica e biodinâmica


AnĂşncio Tem Total (pag. dupla


AnĂşncio Tem Total (pag. dupla




SUMÁRIO

10 DE VOLTA ÀS RAIZES

12 CULINÁRIA DO BRASIL

A origem e diversidade da mesa brasileira

18 CARDÁPIO DE LEITES

A gama de produtos para além da tradicional bebida da vaca

22 FEIRA EM CASA

Consumo de frutas e legumes ganha força na pandemia

42 ISSO OU AQUILO?

Entenda quando a substituição de alimentos realmente vale a pena

46 MUNDO DAS FRUTAS

Onde surgiram e quais os seus reais benefícios para a saúde

48 PRATOS PELO MUNDO

5 restaurantes que você precisa conhecer quando for viajar

52 BIODINÂMICOS, ORGÂNICOS E NATURAIS

26 CONSERVAÇÃO CORRETA

30 INFLAMATÓRIOS E

56 MASSA FOLHADA

Aprenda a armazenar verduras, hortaliças e frutas em casa

ANTI-INFLAMATÓRIOS Entenda as classificações desses alimentos

34 PÃO COM O QUÊ?

Manteiga, margarina, requeijão ou geleia: o que é mais saudável?

38 GUIA ALIMENTAR

O que é comer bem e de forma mais saudável?

Produções de vinhos que vão contra os padrões da indústria e ganham força no Brasil

COM CAMEMBERT OU BRIE Aprenda a fazer esse delicado prato com geleias para acompanhar

60 VEZ DAS CASCAS

Melhor aproveitamento dos alimentos contribui para saúde, economia e impactos ambientais

64 CADERNO DE RECEITAS

Teste, prove, surpreenda!

Diretora de Redação: Cristiane Gracioli cris@gracioli.com.br | Redação: Raíssa Zogbi redacao2@gracioli.com.br, Mariana Arruda redacao3@gracioli.com.br, Carolina Altarejo redacao@gracioli.com.br |Projeto Gráfico: Gracioli Comunicação | Diagramação: Marcelo Borges e Ricardo José Pontin | Colaboradores: Grazi Caproni (Nutrição), Lucas Estevam (Turismo) | Diretor Comercial: Eduardo Gracioli eduardo@gracioli.com.br | Publicidade Campinas: Tel: 19 3201-5715 contato@gracioli.com.br |Marketing e Circulação: contato@gracioli.com.br |Jornalista Responsável: Raíssa Zogbi MTB-SP 82459 | TIRAGEM DESTA EDIÇÃO 10.000 EXEMPLARES

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Fotos: Divulgação

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Av. Dr. Hermas Braga, 532 Nova Campinas - Campinas/SP Fone: 19 3201-5715 contato@gracioli.com.br

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EDITORIAL

CRIS GRACIOLI Editora cris@gracioli.com.br @crisgracioli

Alimento informação

Fotos: Divulgação

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iante do novo mundo que se abriu com a chegada da pandemia, por aqui a virada de chave foi feita. E é nessa página que damos as boas-vindas a vocês, caros leitores, que nos acompanham há 26 anos nessa caminhada da informação. Com tiragem bimestral e formato temático, apresento-lhes aqui nossa segunda edição desse novo projeto da Campinas Cafe, que teve seu lançamento com uma revista toda dedicada ao universo pós-covid e seus desdobramentos. É com esse caráter do “ser temático” que entregamos uma revista de cara e alma novas, com um olhar mais seleto sobre tudo e vozes capazes de nos trazer reflexões mais profundas sobre os assuntos tratados. Dessa vez, a alimentação é nossa informação. Aliás, não só ela como suas vertentes, como a gastronomia, as formas de produção, os novos hábitos de compras e a harmonia que uma refeição balanceada pode garantir para a saúde e para a tal da imunidade, tão requisitada nos últimos tempos e que não sairá de pauta tão brevemente. Vire e encontre a origem de diversas frutas, a base da comida brasileira, questionamentos sobre planos alimentares, novas formas de produção de vinhos e receitas deliciosas para

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testar. Veja, também, como o alimento pode ser seu aliado no bem-estar e mergulhe em temas atuais, muitas vezes, polêmicos. Por fim, é um projeto que me enche de satisfação como editora, pela forma rápida que nos conquistou e logo entrou em circulação e pelas belas histórias que temos encontrado. Entendemos, aqui, que ter um tempo para mergulhar profundamente em um determinado assunto é se permitir sair da zona das leituras rápidas e dinâmicas. É nesse mergulho que emergem bons motivos para continuar nossa caminhada, com informação especializada por aqui, na versão impressa, e conteúdo dinâmico no nosso portal, diariamente abastecido com notícias da cidade e editorias para toda a família, de turismo à gastronomia, de saúde ao mundo pet. Informar é nossa missão, surpreender faz parte do nosso desafio diário. Vocês nos inspiram a seguir! Agradeço pela companhia de sempre e te espero no nosso portal e nas redes sociais pelo celular, tablet ou computador. Grande abraço,



A EDIÇÃO

Fotos: Divulgação/Freepik

DE VOLTA ÀS RAIZES

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vida é feita de ciclos. Mas, quem poderia imaginar na reviravolta que 2020 daria no mundo? Um ano impensável, com dúvidas, medos e incertezas, trouxe também novos hábitos, novas vontades e a necessidade de se conectar com o simples, puro e natural. Por um lado, todas as facilidades e a velocidade que a internet garante. Por outro, pessoas em busca de pequenas mudanças, que resultam em grandes transformações. Essa edição da Campinas Cafe mergulhou no poder do alimento puro. Aquele que sai da terra e sofre pouca ou nenhuma alteração até chegar à mesa. Comida de verdade. Aquela que parece ser simples, mas é potencialmente capaz de colocar o corpo em equilíbrio. Nas próximas páginas, você encontra matérias que valorizam a base alimentar, que priorizam processos mais naturais, que relembram o real

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significado de orgânico. Além disso, é a hora de matar a curiosidade da origem de diversos alimentos, como aqueles que fazem parte da rotina do brasileiro e até a diversidade das frutas pelo mundo. Por fora frágeis e delicados. Por dentro, poderosos e completos. Os legumes, as verduras e as frutas são mais do que bem-vindos no prato e você encontra motivos suficientes para amá-los aqui. Como disse Hipócrates, médico grego considerado o pai da Medicina, “que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”. Seja muito bem-vindo à segunda edição do novo formato da Campinas Cafe: bimestral e temático, e mergulhe com a gente num retorno às raízes, em busca de hábitos mais saudáveis e um estilo de vida equilibrado.


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BRASIL

CULINÁRIA DO BRASIL A origem e diversidade da mesa brasileira POR RAÍSSA ZOGBI

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

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uito além do significado de nutrir, o alimento faz parte da cultura, das tradições e dos costumes de cada país, inseridos em determinado tempo. O Brasil, no decorrer de seus 8.514.876 Km² extensão, tem uma variedade inconfundível de sabores e texturas. Nessa edição da Campinas Cafe, inteira destinada ao alimento,

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como não falar sobre os ingredientes típicos dos cinco cantos do país? A docente de gastronomia do Senac Campinas, Renata Muniz Pilot, nos ajudou a mergulhar sobre essas delícias, que variam de acordo com fatores ambientais, como solo, clima, disposição geográfica, além das influências de conolização. Acompanhe!


Região Norte: influência indígena Alimentos: mandioca (farinha e cozida); peixes (tambaqui, traíra e piranha), tacacá (caldo do tucupi com folhas de jambú), maniçoba (carne de sol, cabeça de porco e mocotó); açaí com tapioca; carnes assadas de jacaré e tartarugas, graviola, cupuaçu, mangaba, pupunha, castanha do Pará, guaraná, manga e abacate.

Região Nordeste:

Região Centro-Oeste:

influência portuguesa, indígena, africana, holandesa, inglesa e francesa. Alimentos: farinha de man-

influência indígena e de bandeirantes. Alimentos: produtos de pesca e caça (pacu, piranha, dourado, pintado, anta, cotia, paca,

dioca, feijão, carne de sol, rapadura,

capivara, veado e jacaré), peixe na

milho, peixes e frutos do mar,

telha, costelinha, bolinhos de

bovina, caprina, leite, manteiga, batata

arroz, pamonha, feijão tro-

doce, angu, cuscus, abóbora com leite,

peiro, carne seca, touci-

batata doce com café, doce de leite com

nho e banha de porco.

banana, polenta com leite, galinha de

carne

cabidela, acarajé, vatapá, abará, caruru.

Região Sul:

influência italiana, alemã, polonesa, ucraniana. Alimentos: repolho à moda, pão de leite, sopas,

Região Sudeste:

uvas, vinho, pães, queijos, salames, massas em

influência indígena, de bandeirantes, italiana, portuguesa, espanhola, árabe e japonesa. Alimentos: moqueca de peixe cozida em panela de bar-

geral, sorvetes, batata, centeio, carnes defuma-

ro à base de coentro e urucum, quibebe, feijão, milho,

das, cerveja, linguiça e laticínios, hábito do café

porco, tutu de feijão, torresmo, angu com quiabo, cou-

colonial, cuca, torta de maça, bolo de frutas, pei-

ve, canjiquinha com carne, curau, pamonha, broa, pizza,

xes (tainha e frutos do mar), arroz de carreteiro e

massas, paella, quibes, esfihas, grão-de-bico, gergelim,

churrasco gaúcho.

sushi e sashimi. EDIÇÃO 307 | 13


BRASIL

Base alimentar

Fotos: Divulgação

É quando se conhece outro país e novas culturas que o brasileiro, em geral, percebe a variedade dos alimentos que compõem sua mesa. Permeada por três refeições principais diárias, café da manhã, almoço e jantar, a alimentação do brasileiro envolve pre-

dominantemente o consumo de café com leite, pão, frutas e bolos, feijão, arroz, macarrão, carne, saladas e peixes. Renata explica que ao equilibrar e distribuir entre as refeições diárias esses ingredientes, é possível ter uma dieta rica em nutrientes.

FEIJÃO

ARROZ

Há referências de que o feijão é cultivado desde a Grécia antiga e o Império Romano, onde eram utilizados para votar. Na época, um feijão branco significava sim, e um feijão preto significava não. Em meados de 1540, o ingrediente foi levado para a Europa e salvou o continente da fome, aumentando a expectativa de vida. No Brasil, por volta do século 16, os índios chamavam o feijão de “comanda” e o comiam com farinha.

Soltinho e leve, nem sempre o arroz foi consumido dessa forma no Brasil. Trazido pelos portugueses, ele era como uma papa, já que até o século 18, não era permitido beneficiar o arroz oriental (processo de lavagem e descascamento). A partir de 1766, então, esse processo foi liberado no Rio de Janeiro, o que fez com que o arroz ficasse mais soltinho.


Mas, como surgiu a dupla? Se tem dois alimentos que são a “cara” do Brasil, eles são o arroz e o feijão. Renata explica que essa dupla é consumida em todo o território, mas com espécie dos grãos e modo de preparo variados. “O arroz com feijão é tipicamente brasileiro, mas em Cuba tem um prato semelhante, conhecido como ‘moros y cristianos’, que consiste em feijão preto e arroz cozidos juntos”, conta. A forma de consumo conhecida atualmente se popularizou no final do século 19, quando

o arroz ganhou espaço na alimentação brasileira para substituir as farinhas de milho e de mandioca. Mas, afinal, quem teve a ideia de misturar os dois ingredientes? Uma das hipóteses, analisada e levantada pelo pesquisador brasileiro Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), em seu livro “História da Alimentação no Brasil”, é a de que o arroz com feijão começou a ser consumido em 1808 com a chegada de Dom João VI, que introduziu o arroz no rancho dos soldados.

De fácil produção e preparo, o feijão já era consumido no Brasil pelos índios com pouco caldo e geralmente misturado a farinha, pimenta e carne. Já o arroz que conhecemos, do tipo Oryza-sativa, é originário da Ásia e foi trazido pelos portugueses. Antes disso, existia outro tipo, chamado milhod’água, mas que era praticamente ignorado pelos brasileiros. Como até o século 18 não era permitido beneficiar o arroz oriental (processo que envolve lavagem e descascamento), ele era “papado”. Só em 1766 foi estabelecida uma beneficiadora no Rio de Janeiro, com a permissão do governo português, o que fez com que o arroz ficasse mais soltinho.

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EM PAUTA

CARDÁPIO DE LEITES

A gama de produtos para além da tradicional bebida da vaca

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Fotos: Divulgação

s opções parecem ter se multiplicado nos últimos anos quando o assunto é leite. A dúvida, que antigamente era entre o integral e o desnatado, hoje ganha mais concorrentes. Isso porque na última década, discussões sobre os reais benefícios da bebida de vaca aumentaram e, como consequência, a demanda do consumidor para opções vegetais, seja por restrições alimentares ou dietas veganas, também cresceu. “É preciso simplificar! Costumo dizer que uma forma de facilitar é saber que ‘comida de verdade não tem ingrediente, é o ingrediente’”, explica

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a nutricionista e doutora em Alimentos e Nutrição pela Unicamp, Nathalia Dias. De acordo com ela, o consumo do leite de vaca é inapropriado apenas para indivíduos intolerantes à lactose e/ou alérgicos ao leite. Para os demais, a nutricionista sugere atenção à quantidade de consumo, que é individual. “Uma boa escolha é a menos processada possível, leite integral, ou seja, com a gordura natural é importante, ela não é adicionada ao leite fresco, é parte dele, como o tipo A, que não há contato manual com o leite e a pasteurização garante a segurança microbiológica”, salienta. Para quem precisa substituir o leite de vaca pela bebida vegetal, é importante se atentar propriedades nutricionais. “Os leite vegetais não são leites, são na realidade ‘extrato vegetal’, sendo assim não são substitutos, e sim outro tipo de alimento com uma demanda e proposta nutricional totalmente diferente”, diz Nathalia. Isso porque o tipo e a quantidade de proteínas são diferentes. “Os extratos vegetais são indicados para enriquecer a alimentação, mas é necessário um balanceamento no restante da composição alimentar, em muitos casos se faz essencial a suplementação no plano alimentar caso a bebida seja preparada de forma caseira”, alerta a professional.


BEBIDA VEGETAL De acordo com a nutricionista, a melhor versão de extrato vegetal é aquela que contém apenas dois ingredientes: o grão e a água. “As fontes dos ditos ‘leites vegetais’ são de grupos alimentares diferentes. Logo, os benefícios diferem muito de um para o outro em questão de micronutrientes (vitaminas e minerais). Mas, de forma geral, as vantagens ficam por conta de sua digestão, que é mais fácil devido a presença das fibras (que auxiliam no bom funcionamento do intestino) e da ausência de colesterol”, explica. Além disso, vale lembrar que o processo de industrialização interfere no sabor e qualidade. “O leite de amêndoa da marca ‘x’ não terá o mesmo sabor da marca ‘y’, ainda que ambos sejam da mesma fonte. Seja porque um é integral e não tem nenhum tipo de mistura, ou porque o outro pode ser diluído em água, dentre outras variantes”.

Leite de coco Rico em gordura saturada, o leite de coco tem uma textura cremosa e mais densa. É uma ótima opção para cozinhar e assar. Para quem não gosta do coco, ele restringe as opções por seu sabor marcante ao ser colocado no café, por exemplo. Por xícara (cheia de gordura, enlatada): 445 calorias, 48 g ​​ de gordura (43 g de gordura sat), 29 mg de sódio, 6 g de carboidratos, 4,5 g de proteína.

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EM PAUTA

Leite de arroz Com um sabor particular que não se assemelha ao leite de vaca, a bebida de arroz não é tão cremosa, mas pode ser usada em receitas.

Por xícara (sem açúcar): 113 calorias, 2,5 g de gordura (0 g de gordura saturada), 94 mg de sódio, 22 g de carboidratos, 13 g de açúcar, 0,5 g de fibra, 0,5 g de proteína.

Leite de castanha de caju Pobre em calorias e gordura, o leite à base de caju é fonte de gorduras poli-insaturadas, vitamina A e vitamina E. É também mais cremoso e, por isso, muito usado para fazer vitaminas e smoothies.

Leite de amêndoas

Fotos: Divulgação

De textura significativamente mais fina, a bebida de amêndoa possui menos calorias, gordura e proteína do que o leite de vaca. Seu sabor também é característico, apesar de mais suave do que o de coco. Ele não reduz a amargura do café. Por xícara (sem açúcar): 37 calorias, 2,5 g de gordura (0 g de gordura saturada), 173 sódio, 1,5 g de carboidratos, 0 g de açúcar, 0 g de fibra, 1,5 g de proteína.

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Por xícara (sem açúcar): 25 calorias, 0 g de gordura (0 g de gordura saturada), 160 mg de sódio, 1 g de carboidratos, 0 g de açúcar, 0 g de fibra, <1 g de proteína

Leite de aveia Com maior teor de proteínas, o leite de aveia é mais calórico comparado aos outros vegetais. Super cremoso, ele é indicado para fazer a vez do leite de vaca no café. Por xícara (sem açúcar): 100 calorias, 7 g de gordura (1 g de gordura saturada), 100 mg de sódio. Além de 9 g de carboidratos, 2 g de açúcar, 1 g de fibra, 2 g de proteína.

Leite de soja Dentre os vegetais, o de soja é o mais conhecido e sua fama é mais antiga. Por ser fonte de proteínas e carboidratos, ele é a alternativa baseada em vegetais mais comparável ao leite de vaca e é ideal para cozinhar. Por xícara: 105 calorias, 3,5 g de gordura (0,5 g de gordura saturada), 115 mg de sódio, 12 g de carboidratos, 9 g de açúcar, 0,5 g de fibra, 6,5 g de proteína.


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FEIRA

FEIRA EM CASA Consumo de frutas e legumes ganha força na pandemia

Fotos: Divulgação

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pandemia do coronavírus não só inspi- crescimento de 0,9% na ingestão de alimenrou novos hábitos de higiene, com as tos ultraprocessados. Com início em janeiro e recomendações de distanciamento so- duração de 10 anos, a pesquisa considerou, em um primeiro momencial e limpeza frequente das mãos, mas também de uma O Brasil teve um aumento to, hábitos alimentares de 10 mil voluntários com alimentação mais saudável, de 4,4% na compra de em busca da tão aclamada idade entre 18 e 39 anos frutas, hortaliças e feijão imunidade alta. E parece (51,1%), mulheres (78%), (de 40,2% para 44,6%) que tem surtido efeito. moradores da região Sudurante a pandemia De acordo com os primeideste do Brasil (61%) e com nível de escolaridade ros resultados do Estudo NutriNet Brasil, realizado pelo Núcleo de Pes- superior a 12 anos de estudo (85,1%). Atualquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde mente, a pesquisa conta com 80 mil voluntáda Universidade de São Paulo (Nupens/USP), rios e pretende chegar as 200 mil. o Brasil teve um aumento de 4,4% na com- Diante desse cenário, alguns serviços ganhapra de frutas, hortaliças e feijão (de 40,2% ram destaque por oferecer uma experiência para 44,6%) durante a pandemia, apesar do segura e cômoda aos consumidores.

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ELAS VÃO ATÉ VOCÊ Além dos tradicionais métodos de venda, como mercados, feiras e hortifrutis, o delivery se destacou como uma forma prática para consumir os produtos saudáveis sem sair de casa. E apesar desse sistema não ser tão novo quanto parece, muita gente desconhecia. É o que conta o senhor Pedro Argentin, proprietário de um caminhão de frutas, legumes e verduras, que faz vendas dentro de condomínios de Campinas. “Esses dias comentaram comigo que faz 17 anos que a pessoa mora naquele condomínio e nunca tinha me visto lá. Muitas pessoas trabalham fora, levam os filhos na escola, depois vão para aula ou academia, então, muitas vezes não encontrava. Realmente, a pandemia veio para nos colocar em evidência dentro dos condomínios e em mais contato com as pessoas”, relata. De acordo com seu filho, Pedro Henrique Argentin, que também trabalha com o pai três dias da semana para cobrir o movimento, as vendas tiveram um aumento de 70% a 80% durante a pandemia de coronavírus. “Atendemos em torno de 10 a 12 condomínios por semana, divididos entre o período da manhã, tarde e noite, de se-

gunda a sábado”, explica. Com as pessoas mais tempo em casa, Pedro Henrique conta que tem dias que é necessário voltar e reabastecer o caminhão com produtos e até aumentar a frequência de idas aos condomínios. O sistema de levar as frutas até o consumidor final se revitalizou no fim da década de 90, segundo senhor Pedro, que antes atendia casas e prédios de rua e acabou por acompanhar os clientes, quando eles se mudavam para condomínios fechados. “Nosso sistema de vendas em condomínios começou desde que eles foram surgindo na cidade, no final da década de 90. Antes atendíamos casas e prédios de rua, mas os clientes se mudavam e meu pai acompanhava eles. Hoje, 90% da nossa clientela está em condomínios”, explica Pedro Henrique.

Pedro Henrique Argentin

Pedro Argentin

As vendas tiveram um aumento de

70% a 80% durante a pandemia de coronavírus.

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FEIRA

A rotina Praticidade, conforto, segurança e qualidadade. Esses são apenas alguns dos atributos que senhor Pedro escuta da clientela, que foram ainda mais valorizados no período de pandemia. Funciona assim: o cliente pode fazer o pedido por Whatsapp ou optar por uma caminhada até o caminhão para escolher os produtos. Das duas formas, o cliente recebe em casa as frutas, legumes e verduras embaladas. A qualidade fica por conta dos produtos frescos e bem manipulados, de acordo com Pedro Henrique. “Às segundas, quartas e sextas-feiras, meu pai levanta 4h30 para fazer compra no Ceasa, porque quanto mais cedo você vai, mais qualidade encontra. Você consegue escolher, separar as frutas, verduras e

legumes e selecionar de acordo como deseja. Depois, tem todo o processo de higienização e organização do caminhão para, depois, por volta das 14h, começar as vendas”, explica.

Fotos: Divulgação

Do rural ao digital As plataformas online também têm facilitado a ida das mercadorias até o consumidor. Cristiane Jorge de Melo e Filipe A.T. De Melo, proprietários do delivery de hortifruti, DeliVerdy, explica que apesar de não representar um aumento de produtos, a pandemia gerou um crescimento de 15% a 20% no serviço de entregas. De acordo com Filipe, o consumo está mais voltado para produtos essenciais. “Compramos mercadoria todo dia para manter a qualidade e notamos que os clientes estão consumindo o básico e evitando produtos mais diferenciados”. Além disso, o clima atípico do inverno deste ano também intereriu na sazonalidade dos produtos, lembra Filipe.

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CUIDADOS

CONSERVAÇÃO CORRETA Aprenda a armazenar verduras, hortaliças e frutas em casa

Fotos: Divulgação

POR MARIANA ARRUDA

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a hora da compra, escolher bem as hortaliças e as verduras é uma tarefa importante. Porém, ao chegar em casa e estocar os alimentos na geladeira, todo o cuidado é pouco para que os itens continuem em um ótimo estado de conservação duran-

te os próximos dias. Por isso, a redação da Campinas Cafe conversou com a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, para colher dicas de como conservar armazenar verduras, hortaliças e frutas em casa para manter a saúde e o bom estado. Confira!

Geladeira para armazenar verduras De acordo com Renata, o refrigerador é melhor opção para a maioria dos vegetais para aumentar o tempo de preservação. “As folhas não devem ficar em temperaturas muito baixas, pois acabam “queimando” com o frio. Uma sugestão é guardar na gaveta fechada da geladeira. O mesmo vale para os temperos e ervas”, explica.

Entre os alimentos que ficam melhores fora da geladeira, são: - Maçã;

- Pepino;

- Pera;

- Tomate verde;

- Melão;

- Alho;

- Banana;

- Pimenta;

- Batata;

- Manjericão.

ATENÇÃO: isso só vale para o alimento antes de ser higienizado ou manipulado (cortado, descascado).

Etileno - Além disso, de acordo com a nutricionista, alguns vegetais liberam etileno e, por isso, devem ficar mais distantes dos demais. “Isso acontece porque o etileno atua no amadurecimento de alguns vegetais, mas favorece a degradação de outros, conta a nutricionista. EDIÇÃO 307 | 27


CUIDADOS

Congelamento Segundo Renata, congelar os alimentos pode favorecer uma pequena perda de nutrientes. Porém, ainda assim, não há impedimento para utilizar esse recurso na conservação dos alimentos.

Como congelar: Mergulhe o vegetal em água fervente por 3 a 5 minutos e, em seguida, em água gelada. O choque térmico favorece a preservação de uma maior quantidade de nutrientes nos legumes.

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Higienização A especialista chama também a atenção para os alimentos que são consumidos crus e, por isso, devem ser lavados em água corrente e, em seguida, devem ficar de molho em solução de água com hipoclorito de sódio.

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“A concentração correta é de 1 litro de água com 1 colher de sopa de água sanitária e o alimento deve ficar submerso por 15 minutos para que os microrganismos sejam eliminados. Em seguida, é necessário fazer novo enxágue em água corrente”, explica Renata. Ela ainda explica que as folhas podem ser guardadas sem higienizar, desde que fiquem na gaveta da geladeira e junto com vegetais que também não estejam higienizados. “Para guardar já higienizado, o que se torna muito mais prático no dia a dia, as folhas devem estar o mais secas possível, em recipiente com tampa”, finaliza a nutricionista.

Dica:

forre o recipiente com papel toalha para ajudar a reduzir a imunidade das folhas e favorecer a conservação.


SAÚDE

DETECÇÃO PRECOCE NÃO É PREVENÇÃO Urologista Rafael Stopiglia explica o propósito da campanha do Novembro Azul

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nquanto ainda há espaço para tabus e polêmicas, o câncer de próstata é o tumor mais comum entre homens com mais de 50 anos. Para se ter ideia, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata. “Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas. O grande problema é que quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura”, explica o urologista com Mestrado e Doutorado em Urologia Oncológica pela Unicamp, Rafael Stopiglia. De acordo com o médico, o Novembro Azul é a campanha mundial que estimula os pacientes à detecção precoce da doença. “Existe uma confusão de muitas pessoas entre prevenção e detecção. O câncer de próstata não se previne, mas tem maior chance de cura quando detectado precocemente”, afirma.

Mas, quem deve fazer o exame? Mesmo sem sintomas, é indicado que todo homem acima de 45 anos com fatores de risco (histórico familiar de câncer de próstata e negros) ou 50 sem esses fatores visite anualmente um urologista para checar a necessidade do exame de toque retal, que permite avaliação de alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e o exame de sangue PSA. “Fique atento também se houver casos de câncer de mama na família. Mulheres portadoras dos genes BRCA 1 e 2 podem transmiti-los aos filhos, e a presença deste gene é fator de risco para o câncer de próstata”, alerta Stopiglia.

Dr. Rafael Stopiglia *DR. RAFAEL STOPIGLIA atende na Rua Luís Spiandorelli Neto, 47 Condomínio Vértice, Valinhos (SP)

Check up urológico de próstata O check up urológico de próstata consiste na realização do exame clínico, laboratorial e de imagem em um mesmo dia e lugar. “Esse serviço é feito em um único dia, na clínica, para maior comodidade e segurança do paciente, além de maior agilidade nos resultados para um diagnóstico precoce”.

Alimentação Os estudos sobre hábitos alimentares, como dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas, sedentarismo e excesso de peso são ainda controversos para a configuração de riscos da doença. “Mas, optar por uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente ajudam a manter o corpo em equilíbrio e evitar diversas doenças”, finaliza o médico. EDIÇÃO 307 | 29


SAÚDE

INFLAMATÓRIOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS Entenda as classificações desses alimentos

F

requentemente usado para falar sobre medicações, o termo anti-inflamatório também pode estar relacionado aos alimentos. Sim, existem alimentos que são capazes de evitar a inflamação das células e, assim, atuam na redução da produção de substâncias no corpo que estimulam essa ação. Por outro lado, também existem aqueles que aceleram esse processo. Mas o que caracteriza o processo inflamatório? A inflamação é uma reação do organismo a uma infecção ou lesão dos tecidos ou órgãos, causadas por diversas doenças. E quando se trata de degenerativas ou próprias do envelhecimento, essa inflamação pode ter aliados tanto para o bem, quanto para o mal.

Um estudo da revista “Time” revela que uma resposta inflamatória crônica do corpo pode causar danos a células, tecidos e órgãos saudáveis e, posteriormente, acarretar danos no DNA e o desenvolvimento de doenças crônicas. Por isso, buscar mudanças no equilíbrio da dieta e nos hábitos são formas eficazes de reduzir e até mesmo remover os gatilhos da inflamação. De acordo com a médica cardiologista com formação em Lifestyle Medicine pela Universidade de Harvard, Danielle Salaorni de Resende, fundadora do Instituto Ellos de Medicina, existem diversos alimentos anti-inflamatórios que são bem-vindos na dieta. Entenda!

Fotos: Divulgação

Danielle Salaorni de Resende

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O que é a inflamação? Considerado um mecanismo de defesa do corpo, a inflamação estimula o sistema imunológico a reconhecer e remover estímulos prejudiciais, além de iniciar um processo de cicatrização no organismo. Dentre os fatores que podem desencadear a inflamação estão: causas não tratadas de inflamação agudar (infecção ou lesão) e exposição a longo prazo a substâncias irritantes e hábitos de vida prejudiciais, como fumo, obesidade, sedentarismo, estresse e sono não reparador.

1 - Frutas vermelhas Além de super saborosas, frutas como morango, amora e framboesa são ricas em antioxidantes, conhecidos como antocianinas, que têm efeitos anti-inflamatórios e podem reduzir o risco de doenças crônicas e manter o sistema imunológico funcionando corretamente.

Alimentos anti-inflamatórios Os alimentos anti-inflamatórios são capazes, justamente, de minimizar alguns desequilíbrios que ocorrem no organismo e são provocados por estes processos. Segundo a médica, existem cinco potentes antiinflamatórios que podem e devem entrar no cardápio do dia a dia. Anote:

2 - Gengibre Essa raiz é poderosa e indicada para atuar em diversas frentes da saúde e do bem-estar. Os xaropes, por exemplo, em sua maioria levam o gengibre na composição. Além de aliviar dores decorrentes da artrite, dores musculares, infecções do trato respiratório, tosse, asma e bronquite, ele estimula olfato e paladar, o que contribui com a diminuição do consumo de sal e possui efeito diurético.


#EM CASA SAÚDE

3 - Peixes ricos em ômega-3 Outro poderoso anti-inflamatório natural é o ômega-3, presente em peixes como o salmão. Além de reduzir a inflamação crônica, que pode contribuir com doenças cardíacas, câncer e várias outras doenças, o ômega-3 também ajuda a prevenir ou contrariar a arritmia cardíaca, além de ser antitrombótico, antiaterosclerótico e reduzir os níveis de triglicerídeos e colesterol.

4 - Cúrcuma

Fotos: Divulgação

5 - Própolis Esse material produzido cuidadosamente pelas abelhas, a partir da sua própria cera e de resinas de diferentes plantas, é usado desde o Egito antigo como antisséptico, em especial, na cicatrização de ferimentos. E sim, sempre teve ótimos resultados. Isso porque a própolis possui um alto poder antioxidante. Ela também contribui para regular o sistema imune e tem efeito antimicrobiano. A própolis vermelha, por exemplo, encontrada com mais facilidade no Nordeste, é rica em componentes anti-inflamatórios e pode ser consumida em forma de extrato ou cápsula diariamente.

Outro aliado da ação anti-inflamatória é a cúrcuma, conhecida também como açafrão-da-terra. Além dessa propriedade, a planta herbácea da família do gengibre também tem poder e antioxidante, antibacteriano e digestivo. A curcumina, ingrediente ativo presente no açafrão, é quem dá esse caráter anti-inflamatório e preventivo ao câncer. Para incluir na dieta, prefira o pó da sua raiz para temperar comidas ou suas folhas também podem ser utilizadas no preparo de chás.

Alimentos inflamatórios Por outro lado, existem aqueles que você pode evitar. De acordo com a médica de estilo de vida, o ideal é manter uma dieta o mais natural possível e evitar alimentos ultraprocessados, fritos, excesso de carne vermelha, embutidos e açúcar refinado.

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SAÚDE

ALIMENTAÇÃO E DEPRESSÃO Como a refeição certa pode te ajudar

Cereais integrais

Milho, trigo e arroz ajudam a produzir serotonina, além de conferir energia ao organismo. A proteína do milho, chamada de zeína, atua no sistema nervoso, evitando a depressão.

Fotos: Sofia Garza no PEXELS

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stima-se que, na América Latina, 24 milhões de pessoas sofrem com a depressão, segundo dados do Ministério da Saúde. A redação da revista Campinas Cafe conversou com a nutricionista do Hospital e Maternidade Santa Tereza, Karina de Carvalho Ferrero, para saber mais. “Certos alimentos podem ajudar a produzir mais serotonina, o que aumenta o bom humor e ajuda no combate da depressão”, explica.

Espinafre - Conhecido como fonte de inúmeros nutrientes, como folato, betacaroteno, vitaminas A e C, potássio, cálcio e ferro, o espinafre atua para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. Também concentra magnésio, que atua na estabilização do metabolismo cerebral, ajudando a modular o humor. Frutas vermelhas - Poderosas como antioxidante, as amoras, morangos e cerejas são ricas em antocianidina, responsáveis por defender o organismo con-

tra os ataques dos radicais livres, e modular o humor. Além disso, são ricas em vitamina B6, que ajuda a regular o ânimo.

Peixes - Salmão, sardinha e atum são exemplos de peixes com ômega-3, gordura de ação anti-inflamatória.

Chá-verde - Contém antioxidantes, como polifenóis e catequinas, que ajudam a reduzir o estresse e diminuem os radicais livres no cérebro. Apesar dos benefícios, doses exageradas podem favorecer irritabilidade e ansiedade, por conter cafeína, uma substância estimulante.


ROTINA

PÃO COM O QUÊ? Manteiga, margarina, requeijão ou geleia: o que é mais saudável?

Fotos: Divulgação

S

eja francês, torrado, integral, de milho ou aveia, não é de hoje que o pãozinho protagoniza o café da manhã de muitos brasileiros. O Sul do país, por exemplo, marcado pela colonização europeia, tem enraizado a cultura do consumo de pão na primeira refeição do dia. Mas, qual será a melhor opção para acompanhar essa iguaria? Manteiga, margarina, requeijão ou geleia? Apesar de não existir um alimento que seja proibido, alguns precisam ser ingeridos com maior atenção afirma a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). “O segredo está no equilíbrio e na moderação ao consumir aquelas opções não tão saudáveis ou mais calóricas. Porém, quando temos patologias diagnosticadas, ou tendências familiares, que se agravam com erros alimentares, devemos pensar em restringir os riscos”, afirma. A médica alerta que portadores de obesidade, dislipidemia e síndrome metabólica devem sempre buscar orientação de um nutrólogo para definição de uma dieta balanceada. Entenda as propriedades de cada ingrediente. Para inovar e diversificar o cardápio, experimente passar no pão pastas como de abacate, castanhas, amendoim, hommus e o próprio ovo.

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Marcella Garcez


Manteiga Semelhante no sabor para muitas pessoas, a margarina e a manteiga se distanciam nas propriedades nutricionais. “Quando comparamos manteiga e margarina, sabemos que ambas são ricas em gorduras, porém a manteiga com uma quantidade maior de gordura saturada e de origem animal. Já a margarina tem maior teor de gordura insaturada em sua composição e não possui colesterol, por ser um produto de origem vegetal”, diz a médica. De acordo com Marcella, a margarina é produzida a partir do óleo vegetal, por meio de um processo industrial, que transforma o óleo de líquido em sólido e essa transformação resulta em um tipo de gordura que pode trazer malefícios ao organismo. “Ou seja, a margarina é uma gordura criada artificialmente que conta com conservantes e componentes em sua composição. Isso aumenta os riscos de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e as chances do desenvol-

Margarina vimento de diabetes tipo 2, se o consumo for exagerado”, afirma a médica. Já a manteiga é um produto de origem animal derivado do leite, obtido através da nata do leite batida, que se transforma em um creme de leite com soro e glóbulos de gordura. “A parte líquida é então retirada e o que sobra, ou seja, a parte gordurosa, é a manteiga”, diz a médica. De acordo com ela, a manteiga natural contém bons níveis de caroteno, um nutriente essencial para os seres humanos. “Os carotenoides contribuem para a saúde humana de duas maneiras, como potentes antioxidantes ou pela conversão em vitamina A. Porém, por ser composta exclusivamente da gordura retirada do leite, a manteiga é rica em gorduras saturadas e colesterol”, explica. Por isso, tanto a manteiga quanto a margarina devem ser consumidas com muita moderação, mas a manteiga ainda parece, segundo a médica, na maior parte das vezes, ser melhor escolha. Enquanto a margarina pode ter mais de 15 ingredientes, muitos deles sintéticos, a manteiga pode ser feita a partir de um único: creme de leite fresco.


ROTINA

Requeijão

– Os requeijões em todas as suas versões (light, caseiros, ricota, cottage, sem lactose, entre outros) são classificados como proteínas. “O requeijão tem menos gordura e tem uma boa fonte de cálcio e proteína. O ideal é escolher aquela versão que mais se adapta aos objetivos pessoais. As opções proteicas geralmente são melhores que as gorduras para passar nos pães”, explica a médica. “É bom se atentar sempre ao rótulo e escolher produtos que não têm adicionados amido, gordura vegetal e conservantes”, diz a médica. Na lista de ingredientes, perceba os nomes diferenciados e rejeite opções de requeijão com mais de dois aditivos alimentares.

Geleia – Essa deliciosa opção à base de frutas é ideal para crianças e praticantes de atividades físicas, por fornecer energia de rápida absorção. Ela conta com os benefícios da fruta que dá sabor ao produto e se for feita em casa, sem conservantes e açúcar, é ainda mais saudável. “Geralmente a geleia é rica em fibras que favorecem o funcionamento do intestino e é possível encontrar boas opções com menor ou nenhuma quantidade de açúcar adicionado”, diz a médica. Se for fazer alguma receita em casa, vale testar adoçá-la com tâmaras ou mel.

RECEITA DE GELEIA SEM AÇÚCAR:

Fotos: Divulgação

Ingredientes: 2 xícaras de morangos frescos; 2 maçãs pequenas; 6 tâmaras; 2 colheres (sopa) de semente de chia; 1 xícara de água. Preparo: coloque as sementes de chia em uma xícara de água por 10 minutos para hidratar (isso fará com que as sementes inchem e fiquem semelhantes a um gel). Reserve. Lave os morangos, retire suas folhas e corte-os em pedaços pequenos. Lave e descasque as maçãs, retirando as sementes e o caule e corte-as em pequenos pedaços. Bata os pedaços de maçãs, as tâmaras e a chia com água em um liquidificador ou processador por um minuto até ficar homogêneo. Depois, em uma panela, coloque o morango picado com o creme das maçãs e misture bem. Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por 20 minutos, mexendo a cada 5 minutos. Retire do fogo e espere esfriar naturalmente. 36 | CAMPINAS CAFE


experience park


NUTRIÇÃO

GUIA ALIMENTAR O que é comer bem e de forma mais saudável? POR GRAZIELA CAPRONI

Foto: Divulgação Freepik

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GRAZIELA CAPRONI Nutricionista e apresentadora no quadro Sobre Perguntas e Respostas (programa Pop Station Band). www.ciclonovo.com.br @grazicaproni

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xtra, extra! Mais um assunto quentinho e polêmico sobre alimentação que acabou de sair do forno! E que interessa a todos aqueles que queiram conhecer melhor sobre “o que é comer bem e de forma mais saudável”. Já ouviu falar do Guia Alimentar para a População Brasileira? Pois bem. No dia 16 de setembro, a ministra da agricultura Tereza Cristina enviou uma Nota Técnica (nº 42/2020) com críticas para o Ministério da Saúde pedindo a revisão urgente desse material. Críticas que, em sua maioria, vêm de representantes das mais poderosas indústrias alimentícias. Está dando o que falar. Elaborado pela equipe técnica do Ministério da Saúde, com consultoria de diversos pesquisadores, além da consulta pública a setores da sociedade, ele foi publicado em 2014 (sua edição mais atualizada). Re-

sumidamente, esclarece o que é considerada a base para uma alimentação saudável, apontando caminhos para que cada um de nós amplie a autonomia por escolhas alimentares mais conscientes, levando em conta não só a ingestão de nutrientes e da composição do alimento, como também as particularidades regionais, sociais, culturais do nosso país, visando principalmente a promoção da saúde. Está focado não somente nas calorias ou na perda de peso, mas também nas refeições, incentivando o hábito de cozinhar, de comer junto e o desenvolvimento de um senso crítico em relação ao marketing e às informações sobre alimentação. Tem mais de 150 páginas, mas há uma versão resumida “de bolso” com 49 páginas e que pode ser baixada gratuitamente na internet.


matéria-prima original já passou por diversas O que parece ser mais incômodo para os soetapas de transformação com a adição de inlicitantes da revisão é a NOVA classificação gredientes muitas vezes artificiais como gorque o Guia traz dos alimentos, baseada no duras, aromatizantes, aditivos e conservantes. grau de processamento industrial e descrita Pensa só, o que precisamos para fazer uma na Nota Técnica da ministra como “confusa, batata frita em casa? Batata, óleo, sal (e dispoincoerente e prejudicial à implementação de sição para limpar o fogão depois da fritura...!). diretrizes adequadas para promover a alimenMas, quantos ingretação saudável para a podientes contêm uma pulação brasileira”. Essa “Resumidamente, o batata ultraprocessada nova classificação basicaGuia esclarece o que é da indústria ou do fast mente divide os alimenconsiderada a base para food? Após MUITAS tos em quatro grupos: in uma alimentação saudável” etapas de processanatura ou minimamente mento industrial, deveprocessados; ingredientes ríamos comprar essa batata assim: “por favor, culinários; processados; e ultraprocessados. quero uma porção de batatas com óleo de Tomando um exemplo do próprio guia, uma soja hidrogenado, aditivos à base de petróleo, espiga de milho verde é um alimento in nadextrose (açúcar), estabilizante pirofosfato de tura (o mais próximo de como se encontra na sódio, com um pouco de tempero sabor carnatureza); o óleo de milho é um ingrediente ne e até leite”. É gostosa para muitos? É sim. culinário (usado, de preferência em pequena Comer vez ou outra é problema? Talvez não. quantidade, para temperar, cozinhar alimenEquilíbrio, bom senso e moderação não faz tos e criar preparações culinárias); o milho em mal à ninguém. Mas, lembre-se: são alimenconserva e enlatado é processado, pois apretos (que na verdade prefiro chamar de prosenta adição de salmoura (água e sal); e o saldutos alimentícios) feitos para viciar. Gordura, gadinho de milho é ultraprocessado, pois sua EDIÇÃO 306 | 39


combinada com açúcar, muita propaganda atrativa, muitas vezes associada à felicidade, alegria, programa em família, para que você queira consumir cada vez mais. O Guia coloca como regra de ouro: “prefira sempre que possível alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”. Já que muitas evidências científicas ao longo dos anos apontam uma associação positiva entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o excesso de peso corporal, além de ser “gatilho” para doenças crônicas como diabetes, hipertensão, principalmente em indivíduos com pré-disposição genética. Doenças as quais muitas vezes podem ser resumidas por três palavras-chave: “é a comida”!

Fotos: Divulgação

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NUTRIÇÃO

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Versão resumida do Guia Alimentar para a Populacão Brasileira pode ser baixada gratuitamente na internet. Acesse o nosso site para saber mais.

Ou “a falta dela” – que está além da fome, pobreza e falta de acesso. É aquela “fome oculta” de quem come, mas não se nutre. Pode até ter exagero em quantidade, mas falta na qualidade. Há uma mudança no cenário alimentar atual em todos os extratos sócio-

-econômicos e em todas as regiões do país. Arroz e feijão, a base alimentar da nossa cultura por gerações e gerações, está diminuindo na mesa dos brasileiros. Hortaliças e frutas (além do alface, tomate e banana) estão perdendo espaço para os pacotinhos ultrapro-


instrumento de política pública elaborado por ele é um dos piores que existe?! Logo um Guia considerado como exemplo a ser seguido pela FAO, OMS (Organização Mundial da Saúde), Unicef, como referência no mundo todo, inspirando diversos países? Vai entender. Melhor do que tentar encontrar a lógica discessados do suco em pó, do so, é você tomar contato com macarrão instantâneo e do informações confiáveis, que te caldo de legumes (que de lefaçam sentido, que te façam gumes mesmo só tem a foto “parar para pensar e repensar” estampada na embalagem). E o que é comer bem será pelo preço? Ou para você. Levanserá uma questão de “O Guia coloca como regra do em conta seus prioridades? O celular de ouro: prefira sempre que próprios palpites (e última geração não possível alimentos in natura ou de seus ancestrais), anda faltando no bolintuições, o que se minimamente processados e so de ninguém... A ouve de profissioindústria começou a preparações culinárias a nais da área, o que processar os alimenalimentos ultraprocessados” se lê na internet e tos para aumentar demais veículos de a duração deles e diversificar a nossa alimenta- a interferência só dos interes- informação; fazendo desse um ção e isso trouxe com certeza ses econômicos e da grande “caldo” consistente, encorpainúmeros benefícios. Porém, indústria. Mais do que parecer do, que vai somando novos a partir de certo momento, que a ministra “comprou” a ingredientes, mas que quando grande fatia dela percebeu briga da indústria dos ultra- consumido traz impactos posique poderia ganhar muito di- processados, parece que ela tivos para sua vida e saúde. E nheiro com alimentos de baixo criou uma animosidade den- que por fim, alcance o maior custo, que aproveitam com- tro do próprio governo, afinal número de “bocas e mentes ponentes de outros alimentos como que um Ministério (da abertas”, pois conhecimento e e têm sabor que as pessoas Agricultura) escreve um docu- “comida boa” só tem validade gostam e viciam. O Guia colo- mento para o outro (Ministé- quando acessados, consumica isso em evidência. Ele me- rio da Saúde) dizendo que um dos e praticados. como engenheiros de alimentos, agrônomos, psicólogos, educadores, representantes da população com variados hábitos e costumes. Repensando a complexidade da alimentação atual que necessita de muitos saberes para ser estudada de uma forma mais ampla, mas sem deixar de lado a simplicidade de que as pessoas sabem comer, só precisando ser lembradas e redirecionadas. Mas é importante reforçar que essa revisão não seja realizada com

rece ser revisado? Creio que sim, pois a ciência se renova a cada ano e outros estudos poderiam somar um “upgrade” ao documento. Bem como a visão integrada de profissionais de outras áreas afins,


HÁBITOS

ISSO OU AQUILO? Entenda quando a substituição de alimentos realmente vale a pena

O

acesso facilitado a informações através da chegada da internet disseminou ideias, projetos e dietas alimentares que, nem sempre, são indicadas ou verdadeiras. Trocar pão por tapioca, arroz branco por integral, refrigerante comum por zero. Será mesmo que essas trocas fazem sentido e garantem benefícios ao organismo? Formada em Nutrição e Metabolismo pela USP de Ribeirão Preto com residência em Saúde da Criança e do Adolescente pela UNICAMP, a nutricionista Jéssica Bonella esclarece as dierenças nutricionais entre os alimentos e quando realmente vale a pena a substituição. Acompanhe!

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Jéssica Bonella

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Refrigerante tradicional X Zero De acordo com Jéssica, ambos têm uma composição nutricional ruim, já que mesmo na versão sem açúcar, três adoçantes artificiais mais dois aditivos alimentares são acrescentados na formulação. “Se seu consumo é bem pontual, muitas vezes não há necessidade de substituir pela zero. Se seu consumo da versão normal é muito alto e diário, a utilização da zero seria um ponto de partida para diminuir a quantidade de açúcar e calorias do dia. Devemos levar sempre em consideração o contexto da sua rotina alimentar: às vezes você pode estar substituindo seis por meia dúzia e toma refrigerante zero ,mas compensa em chocolate, por exemplo”.

Arroz branco X Integral “Veja que a diferença principal entre os dois é a quantidade de fibra - que nem é tão maior assim que o arroz branco, apenas 1g a mais. Se você não gosta do sabor do integral, mas precisa aumentar o teor de fibras da sua alimentação, pra quê sofrer? Existem tantas outras opções!”, afirma a nutricionista. De acordo com ela, é possível compensar ao incluir frutas, verduras, legumes, leguminosas, sementes (chia, linhaça) e outros cereais (aveia, quinoa e psyllium).

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HÁBITOS

Batata Doce X Inglesa “Não sei porquê idolatram tanto a batata doce e demonizam a coitada da batata inglesa!”, questiona Jéssica. A nutricionista explica que as duas são fontes de carboidratos e apresentam diferenças insignificantes de calorias, proteínas, fibras e índice glicêmico. “Se você não gosta da batata doce e só está comendo por achar que é fit, pra quê sofrer? Troque pela inglesa ou pela mandioquinha, cará ou inhame”.

Tapioca X Pão

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FARINHA DE TRIGO X FARINHA DE ARROZ Com quantidades muito similares de calorias, carboidratos, gorduras e fibras, as farinhas se distanciam no teor de proteína, um pouco maior na farinha de trigo. “A farinha de arroz não contém o glúten, presente na farinha de trigo. Por isso, ela pode ser uma opção de substituição para pessoas que não podem consumir o glúten (doença celíaca ou sensibilidade/intolerância). Caso você não tenha, não há necessidade de substituição! Fora isso, ambas as farinhas são fontes de carboidratos refinados e seu consumo deve ser controlado!”.

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Ambos são fontes de carboidratos e as quantidades de calorias também são semelhante. Por outro lado, a tapioca é mais pobre em nutrientes (fibras, proteínas) em relação ao pão francês, segundo a nutricionista. “A tapioca é uma opção para pessoas que não podem consumir o glúten (que tem doença celíaca ou sensibilidade ao glúten) ou para pessoas que simplesmente gostem e querem diversificar as opções do seu dia a dia. Mas, substituir o pão pela tapioca por si só achando que essa troca irá fazer muita diferença em sua vida (que vai emagrecer, que é mais saudável) é um ledo engano! Para deixá-los mais nutritivos é interessante recheá-los com proteínas (queijo, ovos) ou no caso da tapioca, até mesmo fazer uma crepioca”.


Açúcar mascavo X Demerara X Cristal

Shoyu tradicional X Shoyu light A recomendação do consumo diário máximo de sódio segundo a OMS é 2000 mg/dia. “Se você utilizar quatro colheres de sopa de shoyu light - o que não é muito difícil em um restaurante japonês - você terá um total de 2280 mg de sódio o que já ultrapassa quantidade diária recomendada. Apesar da redução de 24% de sódio no shoyu light em comparação ao tradicional, ele ainda continua a ser um condimento alto em sódio! Consuma pontualmente”, finaliza.

NEM TODO SUCO É SUCO Suco: bebida não diluída que deve conter 100% de suco da fruta; Não é permitida a adição de corantes e aromas artificiais. Suco integral: não possui a adição de açúcar diferente do suco adoçado que pode conter até 10% de açúcar por 100g de suco. Néctar: possui um mínimo de 20-50% de suco de fruta, é diluído em água, tem a adição de açúcares e pode ter conservantes e outros aditivos. Refresco: possui um mínimo de 5-20% de suco de fruta, podendo ou não ter a adição de açúcares, conservantes e outros aditivos. Refresco em pó: máximo de 2% de suco ou artificial (sem matéria prima vegetal); com a adição de açúcares.

Fonte: UNICAMP - Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO. 4ª edição revisada e ampliada.

A nutricionista explica que não há diferença significativa de calorias e carboidratos entre eles. Mas e o refinamento? “O açúcar ‘branco’ passa pelo refinamento em que há perda de minerais, vitaminas e adição de químicos. O mascavo é o mais natural. Por esse ponto de vista, quanto menos refinado melhor. Porém, se pensarmos no efeito metabólico do açúcar no organismo, ele é exatamente o mesmo para qualquer um dos três. Portanto, mais importante do que o tipo escolhido é a quantidade”, lembra.

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CURIOSIDADE

MUNDO DAS FRUTAS Onde surgiram e quais os seus reais benefícios para a saúde

Fotos: Divulgação

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clima tropical do Brasil contribui para a variedade no cultivo de frutas, que além de muito nutritivas, são refrescantes e, por isso,bem-vindas à mesa o ano todo. Mas, você sabia que nem todas elas são nativas? O coco, a banana e a manga, por exemplo, apesar de muito consumidos por aqui, não surgiram em solos brasileiros. A Campinas Cafe apurou a origem de cada fruta e separou alguns de seus benefícios. Viaje pelo mapa e encontre motivos para incluí-las já no seu cardápio!


Abacate•Principais benefícios: Age como anti-inflamatório natural e antienvelhecimento, reduz os níveis de glicose no sangue e diminui o estresse. Mamão•Principais benefícios: Melhora a digestão e o fluxo intestinal e ajuda a controlar o colesterol.

BRASIL

Abacaxi•Principais benefícios: Melhora a digestão, aumenta a imunidade e diminui os sintomas de artrite. Goiaba•Principais benefícios: Diminui o colesterol mal, trata a diarreia e melhora a digestão. Maracujá*•Principais Acalma, combate o envelhecimento e a degeneração celular e evita o surgimento de tumores. benefícios:

CURIOSIDADE De acordo com o balanço de 2019 da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), as frutas ficaram em primeiro lugar no ranking dos setores pelo volume em toneladas, entre janeiro e dezembro, conforme tabela abaixo. Dentre os itens mais comercializados em São Paulo, está a laranja, com 280.145,65 toneladas nesse período.

* Origem mais provável ** Origem também da Europa

EUROPA

Limão•Principais benefícios: Fortalece o sistema imunológico, é antioxidante e ajuda a prevenir doenças cardíacas e pressão alta. Morango•Principais benefícios: É antioxidante, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e melhorar a capacidade mental. Uva•Principais benefícios: Auxilia na prevenção do diabetes, previne problemas cardiovasculares e reduz o risco de alguns tipos de câncer.

ÁSIA

Ameixa•Principais benefícios: Melhora a visão, a digestão e a saúde dos olhos. Banana•Principais benefícios: Auxilia o sistema nervoso, a recuperação muscular e o combate à anemia. Coco•Principais benefícios: Hidrata, sacia e tem função antioxidante. Laranja•Principais benefícios: Fortalece a imunidade, é antioxidante e reduz o estresse e a depressão. Maçã **•Principais benefícios: Melhora a função cerebral, combate a asma e é boa para o coração. Manga•Principais benefícios: Combate a prisão de ventre, controla a pressão e protege as células. Pera**•Principais benefícios: Controla a diabetes e a pressão alta e fortalece os ossos. Tangerina•Principais Previne doenças cardíacas, fortalece o sistema imune e acalma.

benefícios:

ÁFRICA

Melancia•Principais benefícios: Hidrata, é anti-inflamatória e ajuda a prevenir o câncer.

Fonte origens: Ibraf e Embrapa

AMÉRICA TROPICAL


TURISMO

PRATOS PELO MUNDO 5 restaurantes que você precisa conhecer quando for viajar

Divulgação:Pousada Inácia

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POR LUCAS ESTEVAM

ala viajantes! Se você é como eu, que ama conhecer o mundo, provavelmente está louco para fazer as malas e já agendar o próximo destino. Mas, enquanto precisamos nos resguardar e seguir as normas de prevenção do Coronavírus, vou falar sobre um assunto que tem tudo a ver com viagem e eu adoro: comida! A gastronomia faz parte da cultura

LUCAS ESTEVAM Professional Traveler & Lifestyle blogger. @EstevamPeloMundo estevampelomundo.com.br

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de cada país e até de cada região. Ela pode dizer muito sobre um povo e te fazer compreender e vivenciar os costumes. Bateu aquela vontade imensa de um café-da-manhã no hotel, não é meu filho? Calma! Escolhi cinco pratos que já provei ao redor do mundo para essa edição especial de alimentos da Campinas Cafe e aposto que vão te conquistar também. Vem comigo!


Teppan Tavern Tenamonya – Kyoto, Japão Das delícias orientais, não posso deixar de falar sobre o Okonomiyaki, que comi no Teppan Tavern Tenamonya, em Kyoto, no Japão. Okonomi significa “o que você gosta” e yaki, “assado ou frito”, ou seja, esse prato deve levar os ingredientes que você mais gosta e deve ser feito da maneira que preferir. Cada região tem seu Okonomiyaki específico, mas possuem a mesma base de ingredientes: ovo, polvo, peixe, muitos vegetais, camarão, queijo e o que mais você desejar. Para finalizar é consumido com maionese. O mais legal é que você mesmo prepara o seu, é tipo um omelete. Misture tudo e mãos à obra!

Don Julio - Buenos Aires, Argentina Eu já havia escutado de um amigo sobre o Don Julio e lido boas resenhas na internet, mas fiquei feliz mesmo quando pude ver com meus próprios olhos (ou provar com minha própria boca imensa). Esse restaurante fica em Palermo Viejo em uma charmosa esquina de Buenos Aires e os pratos eram tão fartos que não consegui comer tudo! E, como não é em Puerto Madero ou super central, o preço também não é tão alto. Recomendo muito o chorizo de cerdo e langaniza de cordera.

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TURISMO

Fotos: Divulgação

Boragó Santigado, Chile Eu sou fascinado pelo Chile e, quando fui para Santiago, fui conquistado pela boca por um restaurante pra lá de peculiar, que já foi considerado o melhor do país e 4º melhor da América Latina pelo The 50’s Best. O Boragó trabalha com ingredientes de partes incomuns do planeta e, por isso, seus pratos são tão especiais. Você pode ver todo o preparo que é feito na cozinha e os garçons parecem estar coreografados. Não deixe de provar o menu degustação, que tem de 16 a 20 pratos entre entradas, principais e sobremesas. É surreal!

Bryggjan Brugghús Bistro & Brewery Reykjavík, Islândia Quem me acompanha sabe que a Islândia foi um dos países que mais amei conhecer. Apesar de não ser uma viagem barata, esse país insular nórdico é incrível e vale a visita. Suas paisagens são exuberantes e bem diferentes de tudo que nós brasileiros estamos acostumados, com imensas geleiras, vulcões, gêiseres, fontes termais e campos de lava. Mas, vamos falar de comida. Foi lá que comi um bacalhau divino, um dos melhores da vida, acompanhado de uma cerveja artesanal maravilhosa, no delicioso restaurante Bryggjan Brugghús Bistro & Brewery.

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Grazia & Graziella Roma, Itália Se tem um lugar bom para comer qualquer coisa nesse mundo, esse lugar é a Itália. Roma pra você comer. Dá para encontrar desde os melhores restaurantes de Roma Guia Michelin até aqueles que sejam BBB: bom, bacana e barato! Quando fui para lá, tive a chance de conhecer dezenas de restaurantes e confesso que o que mais me agradou foi o Grazia & Graziella. Ele fica no coração do bairro bohemio de Trastevere e o atendimento e comida são fantásticos. Todos os garçons bem humorados e tratando todos com um sorriso no rosto. Fui quatro vezes (isso mesmo, QUATRO vezes) a ele, porque realmente amei tudo e o preço é excelente. Gastava uma média de 20 euros por refeição (tomando vinho e um drink e comendo uma boa massa). Recomendo demais esse lugar, principalmente se conseguir uma mesinha no lado de fora do restaurante. Achei a cara da Itália. Bateu até uma saudade do meu favorito de lá, o famoso Carbonara!

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VINHOS

BIODINÂMICOS, ORGÂNICOS E NATURAIS Produções de vinhos que vão contra os padrões da indústria e ganham força no Brasil POR RAÍSSA ZOGBI

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Fotos: Divulgação

uando se pensa na produção de vinhos, é difícil ignorar as paisagens naturais e cheias de verde, características das vinícolas, que chegam à mente. Imagine, agora, uma produção ainda mais natural. Essa é a proposta dos vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais, que têm conquistado mais espaço nas prateleiras e a apreciação de sommeliers. Essas produções são feitas com pouca intervenção química, sem leveduras fabricadas em laboratório, que padronizam perfis, aromas e sabores e sem os mais de dois mil aditivos que conservam as bebidas fermentadas em larga escala. De acordo com a Diretora de Eventos da Associação Brasileira de Sommeliers de Santa Catarina (ABS-SC), Néa Silveira, a produção de vinhos orgânicos gira em torno de 4% no mundo atualmente. “No Brasil, a procura de vinhos extraídos de uvas de cultivo orgânico

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teve um aumento em torno de 30% em 2019 em relação ao ano anterior. O estado do Rio Grande do Sul, que possui 90% de toda produção de uvas orgânicas no Brasil, em 2019 produziu 42,9 mil litros de vinhos orgânicos”, conta. E apesar do aumento ser fruto, segundo Néa, de um movimento mundial pela busca por produtos livres de defensivos agrícolas e uma agricultura mais sustentável, o processo é mais antigo do que se imagina. “Antes de os agrotóxicos existirem, os produtores de vinhos precisavam manter suas vinhas de forma natural, através de um equilíbrio no ecossistema, isto é, com harmonia entre todas as espécies que co-habitavam um determinado espaço. Com as guerras e a Europa devastada, a produção de alimentos precisava aumentar, e foi a partir daí que os defensivos agrícolas começaram a ser utilizados em larga escala, na produção de alimentos”, explica.

Néa Silveira


Afinal, o que são vinhos orgânicos? São bebidas feitas a partir de uvas cultivadas de forma natural, sem agrotóxicos ou pesticidas químicos introduzidos nos vinhedos. “A produção é baseada em produtos naturais e em equilíbrio biológico, para impedir o surgimento das pragas. O ponto de atenção da cultura orgânica está no solo, pois os produtores evitam substâncias que não sejam naturais para regular o terreno e a vinha. O objetivo é garantir um vinho livre de qualquer agrotóxico”, salienta a jornalista e admiradora de vinhos orgânicos, Letícia Quatel, que abastece a conta Let in Tavola (@let_intavola) no Instagram, com suas experiências etílicas e gastronômicas pelo mundo. Além disso, pode ser considerada uma opção mais saudável. “O vinho resultado deste processo é livre de resíduos de qualquer tipo de defensivo agrícola. Só isto já é extremante importante para quem o consome, pois não estará ingerindo nenhum resíduo destes produtos, com a garantia de consumir um produto saudável, que a longo prazo, não causará nenhum dano à saúde”, diz Néa.

Na boca Em termos de sabor, Letícia explica que as notas são mais evidentes. “Você percebe mais as notas e aromas, especialmente se os vinhos forem também naturais, isto é, além de serem produzidos com uvas cultivadas de forma orgânica, são vinificados naturalmente, sem intervenções. O resultado pode ser um vinho com mais sedimentos na garrafa, com coloração diversificada, como é o caso do vinho âmbar que se popularizou como ‘vinho laranja’”, conta. A sommèlier Néa também aposta na autenticidade do produto.

Letícia Quatel

“Com certeza, o fato de não haver correções com produtos químicos, os tornam mais ‘autênticos’, expressando de forma mais pura, sem ‘maquiagem’, as características das castas das quais foram produzidos”.

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#EM CASA VINHOS

Biodinâmicos

Naturais

A produção orgânica é considerada mais sustentável e, no caso do vinho, não é diferente. “Assim como esse tipo de alimentação acompanha um estilo de vida mais sustentável, é natural que essa bebida também ganhe adeptos deste lifestyle. Eu, particularmente, acredito que o vinho seja mais uma questão de filosofia do que de enologia, assim como Josko Gravner, um esloveno radicado na Itália que é considerado o “pai” do vinho âmbar (laranja)”, diz Letícia.

Para além da ausência dos agrotóxicos, os vinhos biodinâmicos são produzidos a partir do conceito de relações harmoniosas entre todos os elementos que compõem o vinhedo, ou seja, o equilíbrio entre o solo, as plantas, os animais, o ser humano e os cosmos (representados pela luz, pelo calor e pelas estações do ano). Técnicas ancestrais, que seguem as regras do calendário lunar, além de adubos naturais feitos com estrume de cavalo e os pássaros, que normalmente não são bem-vindos, mesmo que biquem as uvas fazem parte dessa produção.

Por fim, a mais rigorosa produção é a natural, que segue os cultivos orgânicos e biodinâmicos, além de banir qualquer interferência no processo de vinificação. É um vinho mais delicado, que não resiste a um longo período de guarda e a grandes deslocamentos.

Fotos: Divulgação

Lifestyle

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Vale experimentar! Letícia indica três rótulos para provar!

Vinho biodinâmico: Cacique Maravilla Cabernet Sauvignon Vinho natural: Azienda Agricola Lammidia Bianchetto Vinho orgânico: Niven Criolla Argentina Blanco de Rosadas


COZINHA

MASSA FOLHADA

COM CAMEMBERT OU BRIE Aprenda a fazer esse delicado prato com geleias para acompanhar

Fotos: Fabiana Murgel/@Studio Cumaru

POR FABIANA MURGEL E THAIS ULIANA

N

ão é porque estamos há tanto tempo em casa que não podemos planejar uma delícia para receber amigos e família, ou até para um jantar especial. Hoje viemos ensinar um passo a passo muito fácil para massa folheada recheada com queijo camembert (ou brie, fica a sua escolha) para essa edição especial da Campinas Cafe, toda voltada para o universo dos alimentos.

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A massa folheada é facilmente encontrada em mercados na área dos congelados, e apresenta inúmeras possibilidades de receitas, tanto doces como salgadas. Hoje vamos ensinar essa maravilha deliciosa e simples, e de acompanhamento também vamos mostrar duas geleias “diferentonas” para sair das tradicionais e impressionar. Vamos lá?


Receita da Massa folhada 1 rolo de massa folhada (300g); 1 queijo camembert ou brie inteiro (aprox. 200g).

MODO DE PREPARO Descongele a massa folheada e abra em uma superfície. Coloque o queijo no centro e dobre-a por cima, fazendo um envelope. Coloque para assar a 180º por aproximadamente 30 minutos ou até a massa ficar dourada. Sirva imediatamente.

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Fotos: Fabiana Murgel/@Studio Cumaru

COZINHA

Geleia de laranja com mostarda: Suco de duas laranjas; 2 laranjas cortadas em gomo (sem casca, sem semente e sem a parte branca); 1/2 xícara de água; 4 colheres de sopa de açúcar; 1 colher de sobremesa de mostarda; Opcional: mostarda em grãos.

MODO DE PREPARO Em uma panela, coloque todos os ingredientes e leve a fogo baixo por aproximadamente meia hora ou até ficar espesso. Leve para geladeira por pelo menos duas horas antes de servir.

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Geleia de tomate 4 tomates sem pele e sem semente; 3/4 xícara de água; 4 colheres de sopa de açúcar; Suco de 1/2 limão. FABIANA MURGEL Fotógrafa especialista em gastronomia e publicitária @estudiocumaru

THAIS ULIANA Chef, confeiteira e professora de gastronomia @thais.personalchef

MODO DE PREPARO Retire a pele e a semente do tomate. Em uma panela, coloque todos os ingredientes e leve a fogo baixo por aproximadamente meia hora ou até ficar espesso. Leve para a geladeira por pelo menos duas horas antes de servir.


SUSTENTÁVEL

VEZ DAS CASCAS Melhor aproveitamento dos alimentos contribui para saúde, economia e impactos ambientais

E

nquanto mais de 820 milhões de pessoas no mundo passam fome ou vivem em um cenário de insegurança alimentar, o desperdício de alimentos é alto e resulta em danos graves ao meio ambiente. Para se ter ideia, segundo a WWF (World Wide Fund for Nature), calcula-se cerca de 700 mil milhões de dólares e despesas sociais de 900 mil milhões em custos ambientais. Em alterações climáticas, a organização não governamental destaca o desperdício e a perda de alimentos como responsáveis por pelo menos 6% do total de gases com efeito de estufa, o que equivale a Patricia três vezes mais do que da Paz as emissões globais da aviação. Para além da conscientização de compras mais assertivas e conscientes, é possível criar hábitos que contribuam

para o aproveitameto integral dos alimentos. “Estamos em processo de resgate em muitos aspectos, mas se tratando de gastronomia, mais do que nunca vivemos em tempos de reeducação alimentar, e de uma nova consciência para poder utilizar de forma responsável e eficiente os recursos naturais que temos”, explica a personal chef Patrícia da Paz. Da colheita até a mesa, o processo do alimento é longo e, muitas vezes, no percurso, grande quantidade já é perdida. Por isso, a Campinas Cafe conversou com a chef para trazer ideias de como fazer a sua parte. O consumo de cascas de frutas e legumes, por exemplo, é uma solução prática e também saudável para incluir na rotina e inspirar um melhor aproveitamento do que é consumido. Acompanhe!

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“São infinitas as técnicas e meios para utilizar os alimentos em sua totalidade, como ascas, polpas, sementes e talos”

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Do lixo ao prato

As cascas e talos de alimentos são fontes de diversas vitaminas e fibras e, facilmente, podem acompanhar pratos que já fazem parte da rotina sem muitos esforços. A personal chef Patrícia separou algumas dicas. Anote.  Os talos de brócolis, couve, salsa e coentro podem ser utilizados em pratos como arroz colorido, saladas, farofas e sopas.  Cascas de cebola, cenoura, chuchu e aparas de pimentão podem ser utilizados em caldos de legumes, substituindo os industrializados.  Cascas de batatas inglesa e doce e salsa, por exemplo, podem ser fritas ou assadas e serem servidas em temperos como crisps.  Sementes como de melão, podem ser utilizadas para leite vegetal.  Sementes de girassol podem ser utilizadas para fazer óleos.  Sementes de abóbora para petiscos e farinhas.  As cascas de frutas cítricas são muito utilizadas para óleos essenciais.

“Em nosso dia a dia, podemos deixar nossos pratos mais saborosos, coloridos e saudáveis, somente utilizado o que anteriormente poderia ir para o lixo”. Resíduo do resíduo De acordo com Patrícia, aquilo que realmente não for reaproveitado como alimento, pode ter um destino sem impactos negativos ao meio ambiente. “Se tudo já for tirado para consumo e sobrar lascas e partes não consumíveis e digeríveis, temos a compostagem, uma maneira muito eficaz e sustentável de manter nossa horta, em vaso ou na terra como nichos, sempre vigorosa”, explica. A técnica consiste na

reciclagem do lixo orgânico, em que a matéria orgânica encontrada no lixo é transformada em adubo natural para ser usado na agricultura, em jardins e plantas, como alternativa a produtos químicos. Além disso, a chef lembra que alguns alimentos podem ser replantados. “Sabe o talinho da cebola? Isso aquele mesmo, com fiozinhos de raiz. Ele pode ser replantado, assim como os da cenoura”, lembra.

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SUSTENTÁVEL

Faça sua parte! Anote receitinhas para aproveitar seus alimentos por completo.

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MODO DE PREPARO Pique as cascas em pedaços bem pequenos. Em uma panela, coloque as cascas das bananas, goiabas e da maçã, e deixe ferventar por 20 minutos. Após esfriar, reserve. Depois, ferva as cascas de laranja e mamão, lavando-as duas vezes para sair o sumo da laranja e amargo do mamão. Por fim, junte todas as cascas com a água da fervura e bata no liquidificador. Despeje em uma panela grande e adicione açúcar ou o adoçante a gosto e mexa até dar ponto. Despeje em potes de vidro, deixe esfriar e conserve na geladeira.

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Geleia de casca de frutas INGREDIENTES Cascas de: 4 bananas; 1 laranja; 1 mamão pequeno; 1 maçã média; 3 goiabas.


Casca louca de banana INGREDIENTES Cascas de 8 bananas; ½ cebola em fatia; 1 pimentão verde pequeno em tiras finas; 1 pimentão amarelo pequeno em tiras finas; 1 pimentão vermelho pequeno em tiras finas; 1 cenoura ralada; ½ xícara (chá) de molho de soja; 1 pacote de molho de tomate; 4 dentes grandes de alho; 1 colher (café) de louro em pó; 1 colher (café) de cominho; 1 pitada de açúcar; 1 xícara (chá) de óleo; Pimenta-do-reino, molho de pimenta e sal a gosto.

MODO DE PREPARO Lave as bananas inteiras com a casca. Depois, descasque-as e disponha as cascas em uma tábua. Com a ajuda de uma colher, retire a polpa que fica grudada na parte interna da casca e desfie-as com a ajuda de um garfo. Reserve as cascas desfiadas. Em uma panela com metade da xícara de óleo, refogue as cebolas cortadas em fatias e o alho. Quando estiver dourado, adicione as cascas desfiadas, mexa e deixe refogar bastante. Caso seja necessário, adicione mais óleo ou um pouco de água, isso se estiver pegando muito no fundo da panela. Acrescente os pimentões, a cenoura ralada e mexa bem. Deixe refogando por alguns minutos até que o pimentão amoleça. Coloque o molho de tomate e todos os temperos inclusive o molho de soja. Deixe cozinhar por pelo menos 30 minutos. Vá acrescentando água caso seja necessário. Após este período, desligue o fogo e sirva acompanhado de pão ou arroz.

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RECEITAS

O N R E D CA DE S A T I E C RE da!

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Fotos: Divulgação

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“Amo pizza, mas não posso com farinha!” Calma, você precisa provar uma pizza com massa feita com couve-flor! Anote!

INGREDIENTES: 2 cabeças couve-flor; 1 ovo cru; 1 colher (de café) sal; 3 colheres (de sopa) molho de tomate; 200 gramas de queijo mozarela light; 1 tomate cortado em rodelas; 1 colher (de café) de orégano seco.

MODO DE PREPARO Primeiro, preaqueça o forno a 180 °C. Depois, coloque a couve-flor triturada sobre um pano de prato limpo e seco. Faça uma trouxinha com o pano e esprema a couve-flor até sair todo o líquido. Em um refratário, adicione a couve-flor, o ovo e o sal e misture bem. Espalhe a massa de couve-flor em uma forma antiaderente. Leve ao forno por 20 minutos. Retire e deixe esfriar um pouco. Mantenha o forno ligado. Sobre a massa, espalhe o queijo, o tomate e o manjericão e leve ao forno até o queijo derreter.

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RECEITAS

“Amo strogonoff, mas não tomo leite!” Sim, é verdade que o creme de leite dá uma textura diferenciada e um sabor particular ao strogonoff. Mas, é possível adaptá-lo e, ainda assim, deixá-lo delicioso.

INGREDIENTES: 1/2 xícara de aveia em flocos; 1 xícara de água; 3 colheres (sopa) de mostarda; 1 pacote de molho de tomate; 600 g de frango.

MODO DE PREPARO Adicione meia xícara de aveia em flocos e uma xícara de água no liquidificador e reserve por 30 minutos. Após esse tempo, bata por cerca de um minuto. Depois, coe a mistura em uma peneira e reserve o leite que coou em um recipiente. Pique o frango em cubos, coloque-os em uma panela com um pouco de óleo e vire até que todos estejam fritos. Logo após, tempere a gosto e mexa. Abaixe o fogo, adicione a mostarda, o leite de aveia e misture. Acrescente o molho de tomate e mexa!

“Amo bolo, mas não posso comer ovo!” Fique frio! Esse bolo de fubá cremoso é surreal e vai deixar sua tarde saborosa.

INGREDIENTES: 2 xícaras de chá de fubá; 2 xícaras de chá de farinha de trigo; 2 xícaras de chá de açúcar; 480 ml de leite; 1 xícara de chá de óleo; 1 colher de sopa de fermento em pó; Erva-doce a gosto.

Fotos: Divulgação

MODO DE PREPARO No liquidificador, bata bem todos os ingredientes líquidos e o açúcar. Em seguida, passe-os para um recipiente e misture aos poucos o fubá e o trigo. Acrescente o fermento e mexa delicadamente e salpique erva-doce a gosto (se preferir pode misturar na massa duas colheres de sopa de coco ralado). Despeje a massa em uma forma untada ou em uma forma antiaderente. Se gostar, salpique canela em pó por cima. Leve ao forno pré-aquecido por 5 minutos e asse a 180ºC entre 30 e 45 minutos. Quando você espetar com um garfo ou palito e ele sair limpo, está pronto para comer! 66 | CAMPINAS CAFE


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