Alguns meses antes do plantio das mudas, recomenda-se fazer a coleta de amostras compostas de solo e o encaminhamento das mesmas para laboratórios especializados na realização de análises químicas. Os resultados obtidos nessas análises indicarão a necessidade de calagem para correção do pH e de fornecimento de alguns nutrientes para as plantas, bem como possibilitarão fazer o cálculo dos fertilizantes necessários para o bom desenvolvimento da cultura. Com base nas análises de solo e nas condições de clima e ambiente de produção de cada região, será possível a escolha das variedades mais adequadas para cada propriedade, pois algumas conseguem se desenvolver bem em ambientes mais rústicos e outras nem tanto. No momento do plantio, a escolha de materiais com diferentes pontos de maturação é muito interessante, pois dessa forma é possível manejar a disponibilidade de matéria-prima por um período mais extenso possível na época da colheita, por meio do uso de materiais com maturação precoce, média e tardia. As variedades precoces atingem a maturação (alto teor de sacarose) logo no início da safra (maio/junho). As variedades médias apresentam a maturação e o teor de sacarose elevado no meio da safra (agosto/setembro); já as variedades tardias, em outubro/novembro (final da safra). Geralmente, o plantio da cana-de-açúcar para a produção dos seus derivados nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil pode ser realizado no período de janeiro a abril, cuja colheita irá ocorrer após 14 a 18 meses, permitindo que a safra de produção de açúcar mascavo, rapadura e melado ocorra de maio a dezembro. Após o primeiro corte (primeira colheita), ocorrerá a rebrota da cana e os ciclos seguintes serão de cerca de 12 meses entre rebrota, crescimento, maturação e colheita. Como é uma cultura considerada semiperene, geralmente o cultivo comercial de um mesmo canavial pode durar de cinco a seis cortes anuais. Após, inicia-se o período de renovação do canavial. 7