Reinventar afetos e pedagogias… vidas
Fátima Tavares Braga da Silva14 Esta nova reabertura das escolas está a ser preparada com a preocupação de garantir a segurança e a proteção do conjunto da população escolar, assim como a sua saúde física, mental e psicológica e o seu bem-estar. É novamente tempo de avaliar o estado de preparação do sistema (infraestruturas e recursos), de assegurar o cumprimento dos objetivos de aprendizagem (reajustamento das prioridades, processos pedagógicos e envolvimento das famílias) e de reforçar a resiliência do sistema (capacidade de antecipar problemas e de os mitigar). Em termos organizacionais, importa lembrar as palavras do diretor do departamento de Educação e Competências da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no ponto intitulado “Class size, a critical parameter for the reopening of schools” (Schleicher, 2020, p. 21). Aí esclarece que, para assegurar que todos os alunos têm a oportunidade de beneficiar do ensino presencial, 60% países da OECD organizaram as turmas em turnos, para garantir o distanciamento social. Andreas Schleicher sugere que esta medida se associe a uma combinação de ensino presencial e à distância. Em termos pedagógicos, e focalizando-nos nas prioridades do sistema educativo (vd. Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória), será novamente necessário avaliar, em cada contexto concreto, o impacto do confinamento nas aprendizagens, lembrando novamente a recomendação da OCDE: “This exercise in student assessment should focus not just on the extent to which students gained the knowledge and skills intended in the curriculum, but also on what skills and competencies they demonstrated, or failed to demonstrate, during the period of remote learning. Effective learning out of school has clearly placed greater demands on students’ autonomy, capacity for independent learning, executive functioning, self-monitoring and 14
Consultora da UCP (SAME) | Docente do Quadro da Escola Secundária/3 Henrique Medina - Esposende
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