O que aprendemos, nós professores, [poderemos ter aprendido...] durante o tempo do 2º confinamento entre fevereiro e março de 2021?
Filipa Araújo
O segundo confinamento poderá ser visto como uma alavanca ao nível do processo de mudança do ensino aprendizagem, pois, através de um ensino on-line, à distância, os profissionais da educação tiveram de se readaptar, mais uma vez…Assim, este ensino distante, de emergência, bem como todos os obstáculos inerentes que tivemos oportunidade de vivenciar e estamos a passar, isto é, este labirinto sinuoso poderá ser a “chave” do tesouro a descobrir, uma vez que ao longo desta temporada constatamos que através da colaboração, através da união de diferentes forças, até mesmo globalizantes, uma vez que esta pandemia afetou todos os países e sistemas de ensino, conseguimos reunir, interligar diferentes atores (direções, professores, Encarregados de Educação, autarquias…etc), ou seja, diferentes sinergias, ao nível de diferentes países, organizações (UNESCO), instituições, envolvidas no processo de ensino aprendizagem. No fundo, sinergias globalizantes, comunidades de aprendizagem em rede, a nível global, no sentido de minimizar todos os problemas com que nos deparamos. Veja-se o caso das empresas que “pararam” o processo de linha de montagem habitual para produzirem materiais essenciais, vitais, ao nível desta situação pandémica (viseiras, máscaras, ventiladores…etc), num espírito de entreajuda, apostando nos princípios de uma educação de base humanista. Deste modo, os profissionais da educação deverão pensar o futuro numa perspetiva utópica, de esperança, desbravando novos caminhos, estratégias, desenhando novos cenários de aprendizagem, indo ao encontro das competências exigidas a um cidadão de futuro (criatividade, comunicação, colaboração, capacidade de resolução de problemas, pensamento crítico…etc) e aos seus desejos, enquanto alunos. Pois, toda esta distopia que nos encontramos poderá ser o “rastilho” para a tão almejada “mudança” que o
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