A INDÚSTRIA À LUPA /
REVISTA MOLDE CEFAMOL
MOLDI: RIGOR NA PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS GARANTE QUALIDADE NOS MOLDES 19 Moldes Dionísio (Moldi) é uma empresa de cariz familiar, que iniciou a sua atividade em 1997, em Vale do Horto (Leiria). Constituída por uma equipa de 38 profissionais qualificados, é especializada em estruturas que são, no sector, o garante da qualidade nos moldes. Os fabricantes portugueses são os principais clientes da empresa que se rege por um conjunto de valores que, na ótica dos administradores, são os fatores chave do sucesso: profissionalismo, trabalho em equipa, ética, rigor e inovação. 1997. Foi logo no início do ano, em janeiro, que a Moldes Dionísio iniciou a sua atividade. Este projeto familiar começou com a associação de um casal (Dionísio Soares e Maria Olinda Carreira) e os seus dois filhos (Nelson e Rute Soares) que se dedicaram ao projeto com paixão e entusiasmo. Aproveitando o vasto conhecimento de Dionísio Soares no fabrico de estruturas foi essa a área que escolheram e na qual se foram especializando. Desde sempre, a empresa procurou trilhar a sua rota, no sentido de ser reconhecida pela excelência do seu serviço e dos seus profissionais, comprometida com a melhoria contínua e mantendo-se sempre na vanguarda tecnológica. Hoje, a Moldi executa todo o processo de fabrico de estruturas (das mais variadas dimensões), desde o galgamento, furações horizontais até ao acabamento, passando pela retificação. Nelson Soares, administrador, adianta que a empresa, hoje dividida em dois edifícios, “dispõe de equipamento tecnológico de ponta nos diversos sectores de produção”. Na prática, sublinha, a área produtiva está dividida por quatro naves: na primeira, nas instalações mais antigas, tem lugar o trabalho de galgamento e desbaste. Já no novo edifício, têm lugar as outras três: furação (trabalhos horizontais), retificação, acabamento e controlo. Recentemente, a empresa apostou no serviço de metrologia, assegurando medições de todas as peças.
A equipa é jovem e composta por 38 colaboradores, com uma média etária de cerca de 30 anos, tendo sido nos últimos anos distinguida, várias vezes, com os galardões ‘PME Líder’ e ‘PME Excelência’. O trabalho que a empresa executa destina-se aos fabricantes de moldes. Assim, a larga maioria dos seus clientes (quase 90%) está localizada em Portugal. Durante algum tempo, o mercado nacional absorveu a totalidade da produção da empresa, contudo na última década, esta desenvolveu também algum trabalho para fora do país, sobretudo para Espanha.
ATIVIDADE Até 2018, a Moldi funcionou nas instalações onde iniciou a sua atividade. A partir desse ano, no entanto, uma parte significativa da produção mudou-se para o novo edifício, situado em frente ao antigo. A mudança, esclarece Nelson Soares, teve como principal objetivo “dar mais conforto e qualidade ao trabalho”. No âmbito desse crescimento, conta, a Moldi planeava, também, “iniciar um trabalho de prospeção comercial mais intenso no estrangeiro, de forma a aumentar as exportações”. Mas os planos foram alterados devido à pandemia de Covid-19. Também a atividade da empresa se ressentiu com a estagnação económica mundial. Nelson Soares conta que, apesar da larga maioria dos clientes não ter as ferramentas necessárias para o trabalho das estruturas, “alguns, face à redução de projetos novos, procuram fazer tudo internamente e só recorrem aos nossos serviços quando não têm opção dentro de casa”. Sublinha que, para executar, com rigor e qualidade, o trabalho no qual é especializada, a Moldi necessita de máquinas e ferramentas, mas sobretudo do “conhecimento técnico” que levou tempo a alcançar. Adverte, por isso, os fabricantes de moldes que, por vezes, a solução que parece a que assegura maior poupança, pode acabar por sair mais cara. Em relação ao futuro, afirma esperar que “não tardem muito a vir projetos do exterior em maior quantidade para as empresas de moldes retomarem a atividade normal”. E que, com estes, “regressem também aos valores que tinham, questões que são hoje desafiantes, como os preços”. “É difícil fazer previsões ou imaginar o futuro na atual situação pandémica, mas acreditamos que, no nosso caso, passará por encontrar novos clientes e novos projetos, dentro, mas, sobretudo, fora de Portugal”, sublinha.