A geografia das janelas abertas — POR ADRIANA RITA TREMARIN O contexto atual de pandemia da COVID-19 causou profundas transformações na escola e nos processos de aprendizagem ↔ ensinagem. Os recursos tecnológicos passaram a ser meio de aproximação, comunicação, trabalho colaborativo e aprendizagens. Essas ferramentas são antes conteúdo, porque agora é condição para o desenvolvimento pedagógico do currículo. Por essa razão, e principalmente para enfrentar os desafios do ensino remoto em relação à atenção, compreensão, domínio dos conteúdos pelos estudantes e vínculo socioemocional entre os sujeitos do processo educativo, as metodologias foram inovadoras. Os educadores permanecem em formação sobre variados recursos que possibilitam videoaulas com cada vez mais qualidade, atividades interativas de diagnóstico, jogos e quizzes para motivar e acompanhar as aprendizagens.
Nos anos iniciais do EF 1, a tecnologia permitiu a construção de maquetes digitais por meio do jogo Minecraft Education Edition. No estudo sobre a moradia, as crianças aprenderam sobre representação espacial recriando os ambientes de sua residência.
A distância física incentivou também o desenvolvimento da comunicação oral e escrita, seja na interação durante as aulas ao vivo, por mensagens no portal, nos fóruns de discussão, nas salas virtuais de trabalho em grupo. Sem a leitura das expressões faciais, da postura corporal e do olhar, tão significativos e reveladores numa interação mais próxima, a linguagem verbal passou a ser a única forma de manifestar dúvidas, problematizações, informações e conteúdos. O aperfeiçoamento das estratégias didáticas também ocorre por meio da diversificação de textos e das relações que são estabelecidas entre as referências científicas, as fontes de informação e as produções de arte e cultura em diferentes gêneros. O objetivo é ampliar e transcender a
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