Uma aprendizagem para toda vida — POR ROSANA MILEK DOS S. MACHADO
Início de ano, fevereiro de 2020. Colégio pulsando, estudantes nos corredores procurando sua nova sala, reencontrando seus amigos, revendo antidos educadores e ansiosos para conhecer os novos educadores. Apresentações, dinâmicas, mudança de sala porque não ficou com a turma que queria, lágrimas, sorrisos, afetos, abraços e muita conversa. Aos poucos, fomos nos conhecendo e ficando mais próximos. No decorrer das semanas, começaram as explicações sobre o planejamento das aulas, oficinas, rodas de leitura, aula de campo, ou seja, rotinas de sala de aula. Porém, após um mês e meio de aula, recebemos a notícia: “Precisamos parar”, o Colégio iria fechar. Alguns estudantes foram até o último dia de aula. Não queriam acreditar que de uma hora para outra, não poderiam mais ir ao Colégio e perguntavam:“profe, o que vou fazer em casa? Como vamos estudar?”. São questões que, por três semanas, ficaram em modo de espera. Com as aulas presenciais suspensas, buscamos alternativas de ensino. Vale ressaltar que, no Colégio, já estávamos familiarizados com o ambiente virtual de aprendizagem, pois já utilizávamos a plataforma para complementar o estudo a partir dos conteúdos e exercícios realizados em sala. De certa forma, a implantação e utilização havia criado vínculos entre nós. Em alguns momentos, os estudantes aproveitavam em casa para fazer os exercícios e ler os materiais extras. Porém, com o novo formato de aula remota, precisamos de modo urgente replanejar os conteúdos e estratégias, bem como aprender a lidar com as diversas tecnologias que precisamos utilizar para dar conta das aulas virtuais. Mergulhamos em leituras e estudos que proporcionaram aprender mais sobre as diversas plataformas e ferramentas que possibilitam as aprendizagens de modo remoto. E o mais importante: nos prepararmos para motivar os estudantes a querer continuar nossa caminhada e não deixar que o medo e a insegurança, os dominasse.
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