Revista Eletrônica CT News | XIII Edição

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CT NEWS
EDIÇÃO XIII, ANO VI, Nº 1 | MAR_DEZ 2022

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@daectinforma

Produção do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará.

Reprodução livre desde que creditada fonte.

REALIZAÇÃO

Tecnologia: pesquisa e soluções

Nesta edição, referente ao segundo semestre de 2022, a revista CT NEWS abordou como a pesquisa e tecnologia resultam em soluções para a sociedade, focando em conversas e entrevistas com responsáveis e representates de projetos de pesquisa e extensão voltados para a tecnologia, inovação e resolução de problemas. Nas principais matérias temos entrevistas com a representante do projeto RAITec, Clarice Costa, sobre as ações e visão do projeto nesse ano de 2022, além do professor Paulo César Cortez, contando sobre o LESC e as pesquisas desenvolvidas no laboratório

Além disso, trazemos um resumo dos eventos que aconteceram no CT nesse ano, bem como uma nova seção, trazendo dicas de acontecimentos envolvendo cultura e arte na UFC.

UNIVERSIDADE FEDERAL
DO CEARÁ
EDITORIAL EDIÇÃO XIII ANO VI - Nº 01 MARÇO | DEZEMBRO 2021 (anual) DIRETORIA DO CT Carlos Almir Monteiro de Holanda (Diretor) Diana Cristina Silva de Azevedo (Vice-Diretora) DIAGRAMAÇÃO E REPORTAGEM Matheus Sampaio matheussampaio@alu.ufc.br Paulo Souza paulosouuza@alu.ufc.br PROJETO GRÁFICO-EDITORIAL Lucas Casemiro REVISÃO André Bezerra Bruno Vieira Yangla Oliveira DIRETORIA ADJUNTA DE ENSINO (DAE) E NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL (NOE) Bruno Vieira Bertoncini (Diretor Adjunto de Ensino) Yangla Kelly Rodrigues (Coordenadora do NOE) André Bezerra de Holanda (Administrador) ENDEREÇO Campus do Pici - Bloco 710 CEP 60440-900 - Fortaleza - CE CONTATO 85 3366 9600 | 85 3366 9609 daect@ufc.br www.ct.ufc.br Até 2023!
ÍNDICE 11 ACONTECE NO CT 15 CULTURA E ARTE 04 EXTENSÃO 04 Entrevista com Clarice Costa, do RAITec 08 PESQUISA 15 Exposição “Sempre Fomos Modernos” em comemoração aos 60 anos de fundação do MAUC 11 Equipe do DAUD-UFC vence International Street Design Challenge 12 Edição de 2022 do Dime é realizada na Escola Estadual Joaquim Moreira De Sousa 08 Conhecendo o LESC 2023! 14 O CT quer você!

Entrevista com Clarice Costa, do RAITec

Durante o semestre de 2022.1 oRAITec, grupo multidisciplinar de Robótica, Automação, Inteligência Artificial e Tecnologias, realizou um processo seletivo para a entrada de novos membros. Conversamos com a estudante Clarice Costa, do curso de Engenharia Elétrica e então coordenadora do setor de Mídias do RAITec, para conhecer mais sobre as atividades do grupo e saber das impressões acerca da volta ao ensino presencial.

O RAITec é um projeto de extensão que nasceu na Engenharia Elétrica. Somos um grupo multidisciplinar, que aceita pessoas de qualquer curso, a única obrigatoriedade é estar matriculado em um dos cursos da UFC. O RAITec é voltado para soluções na área de robótica, automação, inteligência artificial, e tecnologias. Procuramos inovar e desenvolver pesquisas acerca do que ainda não existe no mercado, porque sabemos que, às vezes, mesmo aqui dentro do ambiente da universidade existem problemas que necessitam de soluções e áreas que, com pesquisa e desenvolvimento, podem ser desenvolvidas. O fato de sermos um grupo multidisciplinar nos ajuda pois per-

mite que tenhamos uma visão expandida, tanto em relação a quais são os nossos objeti-vos, quanto em como a gente vai atingir esses objetivos. Acreditamos que pessoas de diferentes cursos e de diferentes idades pensam de maneira distinta e sabem solucionar problemas de maneira diversa e incomum. Um dos nossos maiores orgulhos é conseguir ver que cada integrante tem uma ideia singular de como resolver a questão e que, durante o processo, conseguimos unir as diferentes visões para levar adiante e solucionar as nossas pesquisas e projetos.

Infelizmente o grupo ainda é muito nichado e a grande maioria dos integrantes é do curso de Engenharia Elétrica, mas aos poucos isso está mudando e, no momento, formam nossa equipe estudantes da Engenharia de Telecomunicações, da Engenharia de Computação e do curso de Matemática Industrial, por exemplo. O grupo possui cerca de vinte integrantes, se tratando dos estudantes de graduação, porém esse número está prestes a dobrar com a realização do atual processo seletivo e do resultado saindo em breve. Além disso, contamos com o apoio de alguns estudantes do mestrado que nos ajudam em

alguns processos e dúvidas. Em relação ao corpo docente, contamos com o professor George André Pereira Thé, doutor em Engenharia Eletrônica e de Comunicações e responsável pelo grupo, bem como alguns consultores, que são outros professores engenheiros que auxiliam em alguns aspectos da pesquisa e desenvolvimento.

COMO O GRUPO SE ORGANIZAM E COMO SÃO REALIZADAS AS ATIVIDADES?

Dentro do grupo nos dividimos em três setores principais, que são Mídias, Administração e Inovação. O setor de Mídias, no qual sou a coordenadora, é responsável pela parte visual do grupo, desde a identidade nas redes sociais até a parte de propaganda e apresentação de projetos. Já o setor de Administração cuida da organização interna do grupo, do cumprimento dos objetivos, metas e das horas de realização das atividades. E o setor de Inovação é o responsável pelo desenvolvimento das pesquisas, das análises e coletas de campo e que define quais vão ser os projetos investigados durante o semestre/ano. Além disso possuímos alguns projetos externos que funcionam independente da divisão por setores, para evitarmos

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que a pesquisa se limite aos responsáveis pela Inovação. Assim garantimos que nossos projetos tenham a participação de todos os membros e assim conseguimos ter certa pluralidade nas soluções.

Cada setor realiza reuniões semanais e, quinzenalmente, temos uma reunião geral com a presença de integrantes de todos os setores. Além das reuniões de coordenação, apenas com representantes de cada setor, para que se consiga organizar e dividir as atividades, e das reuniões para tratar dos projetos em específicos, apenas com os envolvidos no desenvolvimento daquela pesquisa. Tentamos esquematizar todas nossas atividades e assim facilitar o funcionamento do grupo, considerando a disponibilidade de todos os membros. Por exemplo, já tivemos um integrante do grupo que era estudante de Engenharia de Computação do campus da UFC em Quixadá, então tínhamos que adaptar nossos horários aos dele e realizar atividades online.

PODE CITAR ALGUNS DOS PROJETOS REALIZADOS PELO GRUPO?

Um dos projetos que o RAITec conseguiu iniciar e finalizar foi uma ação do pilar da extensão chamada “Programação nas Escolas”. Tivemos contato com uma escola de ensino técnico e durante cerca de um mês e meio nós realizamos aulas de programação em linguagem C, com o objetivo de repassar esse conteúdo que é necessário para diversos cursos de engenharia, bem como incentivar os alunos a escolherem esses cursos ao ingressarem em uma instituição de ensino

superior. Sabemos que, no ensino médio, não se costuma ensinar sobre programação, porém, quando você ingressa na universidade, dependendo do curso, costuma ser uma das disciplinas iniciais. Optamos por adotar um modelo híbrido, com aulas online e presenciais e tivemos um resultado muito proveitoso, com o empenho das turmas em aprender o conteúdo. Além desse, existem os projetos que funcionam como parce-rias entre o RAITec e outros grupos de pesquisa. Através de contato com pesquisadores do mestrado de Fisioterapia, estávamos desenvolvendo uma bicicleta ergométrica para pessoas com dificuldade de locomoção. Eletrodos eram ligados junto ao funcionamento da bicicleta e geravam estímulos no usuário durante o uso, estímulos esses que forneciam dados que podiam ser ana-

lisados pelos profissionais. Atualmente a bicicleta está em Santa Catarina, para realização de alguns ajustes. Ademais, também temos alguns projetos que estavam passando pela fase de patenteamento, como, por exemplo, uma tomada inteligente, totalmente desenvolvida pelo RAITec, que se desenergiza ao identificar a presença de uma criança ou PcD, evitando acidentes. Nós também somos responsáveis pela realização e organização do DTec, evento Desafio Tecnológico que costuma acontecer entre os meses de Outubro e Novembro. Durante o evento, voltado para estudantes do ensino médio, acontecem algumas competições, incluindo a de Robô Sumô e a de Robô Seguidor de Linha. Este último, inclusive, é um dos focos de uma de nossas pesquisas, que consistem em algumas pistas e protótipos de robôs construí-

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Clarice Costa, integrante do RAITec (Foto: Matheus Sampaio)

dos pelo grupo, para descobrir melhores aplicações para os mesmos. Este ano, o DTec será presencial, então estamos bem animados e focados para a realização do evento. Alguns outros projetos nossos incluem pesquisas com chatbot e automação residencial, além da montagem do nosso site próprio, desenvolvido totalmente por nós.

a principal forma de comunicação, seja do meio externo com os integrantes do grupo e vice-versa, seja a comunicação entre os membros e setores do RAITec. Também realizamos dois processos seletivos enquanto a universidade operava de maneira remota, o que foi um grande desafio mas que conseguimos contornar.

UFC?

Durante a pandemia, em que as atividades presenciais da UFC foram suspensas, foi bem difícil manter as ações do grupo. Para compensar, conseguimos transferir a grande maioria de nossas atividades para o ambiente online, sempre seguindo as normas estabelecidas pela universidade. Adaptamos nosso desenvolvimento para se basear no uso de simuladores e aumentamos a frequência dos encontros com mais reuniões, considerando que o formato remoto permitiu maior flexibilidade nos horários, para assim facilitar a comunicação entre os membros. À medida que tudo foi normalizando a gente foi conseguindo estreitar as relações. Para o meu setor foi um pouco mais fácil porque, como lidamos com as mídias do grupo, trabalhar dentro do ambiente online já fazia parte do nosso cotidiano. Apesar disso, existiram muitas outras dificuldades, considerando que a realidade mudou de uma maneira muito brusca. Por exemplo, não estávamos preparados para o grande aumento de demandas no nosso setor, visto que nos tornamos

Porém, sem dúvidas, as nossas pesquisas foram o aspecto que mais foi prejudicado. Muitas delas precisaram ser deixadas incompletas pois o ideal é que elas sejam feitas presencialmente e, apesar de contarmos com simuladores que nos auxiliavam nos testes, nem sempre os resultados obtidos eram suficientes, comparado ao que se consegue quando a pesquisa é desenvolvida de forma presencial. Por isso, demos início a vários projetos, mas tivemos que encerrar alguns pois o resultado obtido na simulação, por exemplo, não era suficiente para finalizar as atividades. Agora, com o fim do período de ensino remoto, pelo menos por enquanto, estamos retomando algumas pesquisas que estavam paralisadas, realizando testes e levando-os à campo. Faz dois anos que componho o RAITec, estive no grupo durante os tempos de atividades presenciais, vivenciei o período de atividades remotas e agora estou experienciando o retorno aos encontros no ambiente da universidade, Posso afirmar que, com essa a volta, todos estão mais motivados para dar continuidades aos projetos que estavam em pausa e para iniciar novas pesquisas. Agora que já conhecemos as dificul-

dades do período remoto, decidimos encarar essa fase como aprendizado e percebo nos integrantes atuais a vontade de voltar a produzir e nos novos trainees, que estão em meio ao processo seletivo, já vejo o brilho nos olhos e o desejo de colocar a mão na massa.

COMO FOI SUA EXPERIÊNCIA NO ENSINO REMOTO E COMO O RAITEC É IMPORTANTE PRA VOCÊ?

Eu integro o RAITec desde meu primeiro semestre da graduação. Quando se iniciou oensino remoto eu estava no período de trainee e, durante o ano seguinte, me efetivei e, em seguida, fui de membro à coordenadora, onde liderei e assumi alguns projetos. Foram muitas mudanças em um curto período de tempo e, agora voltando às atividades presenciais, é bem difícil retornar ao trabalho, tanto porque alguns dos membros que eu já costumava trabalhar acabaram deixando o grupo, quanto pelo distanciamento com os membros que, até então, eu só tinha trabalho remotamente, visto que só agora estamos conseguindo nos conectar enquanto grupo e entendendo o fluxo de trabalho de todos. O RAITec, para mim, significa muito aprendizado, considerando que eu consegui evoluir muito dentro do grupo. Não consigo imaginar o que seria da minha graduação se não fosse as minhas experiên-cias vividas dentro do grupo. Existem muitas diferenças entre quem eu era antes de entrar no grupo e quem eu sou agora, pois integrar o RAITec me ensinou desde assumir responsabilidades a lidar com liderança e com frustrações.

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COMO O GRUPO FUNCIONOU DURANTE O PERÍODO DE ENSINO REMOTO NA
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Acredito que é essencial para um estudante de graduação participar, em algum momento, de um projeto de extensão, porque, em meu caso, estar no grupo me ajudou a entender em que área da Engenharia Elétrica eu pretendo atuar ou que objetos de pesquisa me interessam, por exemplo, além do sentimento de pertencimento e dos laços que se criam entre a equipe.

parte, sempre tendo em mente oresultado e mudança que aquele projeto vai trazer no final da pesquisa.

Uma das nossas dificuldades, que ao mesmo tempo é algo que prezamos muito, é trabalhar com pessoas de diferentes cursos, porque, em alguns momentos, é difícil alinhar as diferentes visões e realida-des, bem como conciliar os horários dos membros. Além disso, a falta de investimento é algo que nos afeta enquanto grupo de extensão, pois nosso financiamento deve partir integralmente da universidade. Por conseguinte, costuma-mos não ter investimento para realizarmos nossas pesquisas práticas, ou os laboratórios não estarem adequados para nossa necessidade. Ademais, como trabalhamos com soluções, lidar com frustrações também é algo que precisamos aprender enquanto grupo. Muitas vezes, realizamos nossa pesquisa do zero, o que demanda muito tempo e dedicação, então é comum, durante odesenvolvimento, encontrarmos problemas que acabam desmotivando os membros.

Por isso, nós da coordenação temos o compromisso de estar sempre incentivando o grupo e lembrando que os erros fazem

Acreditamos que o grupo tem grande impacto e relevância dentro da UFC, no ambiente acadêmico. Tentamos man-ter contato com as empresas juniores, os PETs e os outros projetos de extensão e conseguimos perceber como o RAITec tem influência sobre os demais. Somos um grupo relativamente novo, com menos de 10 anos de atuação, e já temos várias conquistas em nossa história. Conseguimos desenvolver diversas pesquisas e temos diversos materiais sendo patenteados, o que é o que é muito importante. Além disso, já temos membros que conseguiram intercâmbio e atingiram duplo diploma e, com certeza, o RAITec foi uma parte importante na caminhada deles. Como projeto, ainda temos muito a crescer e acreditamos que nossas pequenas conquistas, como por exemplo, odireito de uso sala que nos reunimos ou camisas uniformizadas que conseguimos, significam muito para nosso crescimento. É muito gratificante ver que o que nós pesquisamos e desenvolvemos, no fim vai ter impacto na vida de outras pessoas, seja alunos de ensino médio, seja nos grupos que são foco das soluções, e isso nos motiva a continuar nossas atividades.

E PRA QUEM QUISER FAZER PARTE DO RAITEC?

Nosso processo seletivo costuma ter entre três e quatro etapas. A primeira parte é a fase da entrega da documen-

tação; a segunda e a terceira etapa costumam ser dinâmicas em grupo; e a quarta parte do processo são as entrevistas individuais. Logo após o processo seletivo, os aprovados passam por um período como trainee antes da efetivação. Nesse último processo realizamos uma dinâmica presencial e outra online, bem como operíodo trainee que está funcionando de forma híbrida, pois estamos tentando adaptar oque aprendemos durante a pandemia e aplicar em nossa nova realidade e, assim, nos sentirmos preparados para o que vier pela frente. Quem se interessar pelo RAITec e quiser fazer parte da equipe, fica ligado nos próximos processos seletivos e venha pronto para se divertir, para crescer enquanto estudante e pesquisador e para encarar desafios.

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QUAIS OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELO GRUPO E A IMPORT NCIA DELE?

Conhecendo o LESC

O LESC - Laboratório de Engenharia de Sistemas de Computação da Universidade Federal do Ceará é um dos laboratórios integrados ao Departamento de Engenharia de Teleinformática (DETI). Fundado em 2004, o LESC desenvolve pesquisas nas áreas de sistemas embarcados, microeletrônica, sistemas tolerantes a falhas e processamento de sinais. Com uma equipe formada de professores, engenheiros de desenvolvimento, técnicos e estudantes de graduação e pós-graduação, o laboratório é um espaço para pesquisa de ponta, tanto acadêmica quanto voltada para o desenvolvimento de alta tecnologia.

A sinergia entre pesquisa e desenvolvimento garante ao LESC sucesso na execução de seus projetos. No início deste ano, os cientistas responsáveis pelo Capacete Elmo, projeto desenvolvido por engenheiros do LESC em parceria com grupos de pesquisa de demais instituições privadas e de ensino, receberam a Medalha da Abolição, a principal honraria do Ceará. Entregue na ocasião pelo governador Camilo Santana, a medalha foi concedida aos desenvolvedores do capacete de respiração artificial Elmo, pensado para ser usado no tratamento de Covid-19 e que reduziu em 60% a necessidade de intubação dos pacientes tratados. O sucesso nos projetos de pesquisas e parcerias

com grandes empresas, como Schneider Electric e Wincor Nixdorf, garante ao LESC respaldo na área de pesquisa e inovação, não só dentro da UFC, mas em um contexto nacional.

O LESC é um centro de pesquisa que atende o departamento que está alocado, dando suporte a UFC nas áreas de conhecimento dos professores e pesquisadores alocados, seja em pesquisas acadêmicas, desenvolvimento de projetos de mestrado e doutorado, entre outros. Além disso, o laboratório atua como unidade EMBRAPII, recebendo projetos de pesquisas de empresas que procuram produtos e inovação para o setor industrial. O grupo de pesquisadores do LESC desenvolve atividades de pesquisa e desenvolvimento nos principais temas: (i) Sistemas Embarcados (hardware/software); (ii) Microeletrônica; (iii) Sistemas Tolerantes a Falhas; (iv) Sistemas Distribuídos Aplicados à Tecnologia Educacional; (v)Processamento de Sinais, Imagens e Vídeo; (vi) Sistemas Biomédicos (hardware/software); (vii) Processamento de Sinais e Imagens Biomédicos; e (vii)Sistemas de Testes (hardware).

O grupo, no início liderado pelo professor Helano de Sousa Castro, antes desenvolvia pequenas pesquisas dentro do DETI e, em 2004, com o incentivo de uma empresa privada,

conseguiu construir o espaço do LESC e, posteriormente, após diversos projetos bem sucedidos e o apoio da Finep, pode realizar a expansão do laboratório. “Não tínhamos infraestrutura em nosso departamento e contávamos com outros espaços para realizar nossos projetos, até que fomos procurados, motivado pela capacidade técnica do professor Helano, para desenvolver o laboratório”, conta o professor Paulo César Cortez, que integra o LESC desde seu início. Desde então, foram desenvolvidos projetos para empresas da área da tecnologia, como Lenovo, Samsung, Dell, LG e Acer, afirma o prof. Cortez que, atualmente, é coordenador da unidade EMBRAPII UFC.

A EMBRAPII, Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, é uma organização qualificada pelo Poder Público Federal que, desde 2013, apoia instituições de pesquisa científica e tecnológica incentivando a inovação na indústria brasileira. A EMBRAPII atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação (de https://embrapii. org.br/). A EMBRAPII tem foco no investimento em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) para empresas do setor industrial. Para isso,

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ela credencia Unidades EMBRAPII (UEs), com competência respaldada por histórico de projetos de PDI com a indústria em áreas específicas de atuação. A Unidade Embrapii LESC/UFC atua nas áreas de sistemas embarcados complexos, com ênfase em conversão de energia, diagnósticos de falhas e automação industrial.

De maneira simplificada, as empresas entram em contato com a EMBRAPII, sem a necessidade de abertura de editais, negociam o projeto e, após a aprovação e contratação, há oinvestimento por parte da empresa contratante e da EMBRAPII para que a UE desenvolva oproduto, desde a pesquisa ao protótipo. Todo o processo é acompanhado de perto pela EMBRAPII, que junto das UE,

oferecem suporte técnico qualificado. O LESC, enquanto laboratório e UE, possui algumas linhas de atuação para a prospecção de empresas. “O grupo atua com objetivo de reconquistar as empresas que já foram clientes, de dar continuidade aos projetos atuais, além das prospecções internas, onde o laboratório procura as empresas que possam se interessar, além de um consultor externo”, explica Fábio Cisne Ribeiro, engenheiro do LESC que atua na administração da unidade EMBRAPII UFC. Existem, também, eventos e feiras que contam com a participação do LESC e que, com intervenção da EMBRAPII, resultam em novos produtos.

O início do funcionamento da unidade EMBRAPII, no tercei-

ro trimestre de 2019, coincidiu com o impacto da pandemia do COVID-19 que afetou todo omundo. “Enfrentamos uma crise em nossa área que já existia antes da pandemia e se acentuou durante esse período. Chegamos a contar com seis engenheiros contratados e hoje nosso número reduziu”, nos conta o prof. Paulo Cortez. Antes mesmo do período de funcionamento remoto da universidade, já havia ocorrido mudanças na legislação da área de atuação do laboratório que afetaram diretamente o LESC, e durante a pandemia a equipe teve que lidar com pausas em projetos que estavam em andamento, ou com a inexperiência em acompanhar remotamente os que se iniciaram durante esse período. Em contrapartida, durante a mesma

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época, o LESC desenvolveu e esteve envolvido em diversos projetos importantes, incluindo ocapacete Elmo, que ajudou ogrupo a manter as atividades funcionando mesmo diante de perdas de investimento decorrente dessas mudanças. Além do Elmo, outros projetos foram desenvolvidos, com foco em minimizar o impacto da pandemia, que agregaram ao LESC uma nova competência, se tratando de pesquisas na área da saúde. Ademais, o formato remoto foi adotado pela equipe, que hoje mantém contato com pesquisadores de diversas localidades na realização de vários projetos. Entre outras dificuldades que o LESC enfrenta para o desenvolvimento de pesquisas dentro da UFC encontram-se a falta de apoio e burocracia interna da universidade.

Enquanto a atuação no LESC por parte do corpo discente, a seleção costuma ser feita de maneira informal: os estudantes se envolviam nos projetos de pesquisa por indicação de professores e engenheiros do departamento, através de destaques em disciplinas relacionadas às linhas de pesquisa, bem como integrantes do PET e de outros projetos da universidade. Exceto por algumas entrevistas realizadas para a participação em projetos de certas empresas, não há uma formalização na seleção, porém existem planos de regularizar esse processo, confirma o prof. Cortez. Do ponto de vista acadêmico, o LESC contribui para a formação dos alunos nas áreas de pesquisa, considerando que as experiências vividas nos projetos transformam os alunos

de graduação em engenheiros.

Há um ganho significativo de conhecimento e vantagem no mercado por trabalhar com produtos que focam na inovação, além do fornecimento de bolsa financeira aos alunos pesquisadores. Do ponto de vista científico, o LESC tem produzido grande quantidade de artigos e conta com dois pesquisadores do CNPq, o prof. Paulo Cortez e o prof. Jarbas Aryel Nunes da Silveira, além de vários outros engenheiros pesquisadores, que agregam nessa produção. Ademais, o laboratório colabora para o nome da universidade se fortalecer no cenário de pesquisa e inovação, somando patentes de produtos desenvolvidos para vários segmentos de mercado, representando produção tecnológica em todo opaís.

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Equipe do DAUD-UFC vence International Street Design Challenge

Uma equipe formada por alunos e professores dos cursos de Design e de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará foi a vencedoradoInternationalStreetDesign Challenge, desafio internacional promovido pela Rede de Cidades do Design, da Organização das Nações Unidas paraaEducação,aCiênciaea Cultura (UNESCO).

Realizado no dia 6 de novembro de 2021, o desafio visou à conscien-tização sobre as discussões realizadas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudan-ça do Clima (COP26), como os efeitos das mudanças climáticas no ambiente urbano, e os prejuízos que o problema pode trazer à qualidade de vida, bem como quais ações podem ser tomadas para melhorar as condições de habitação das cidades. O objetivo é proporcionar aos grupos universitários o objetivo de desenvolver soluções de baixo custo e autossuficientes para determinadas ruas de umadascidadesenvolvidasno projeto, sendo a escolhida desse ano, uma rua da cidade de Kaunas, na Lituânia.

“Só soubemos da cidade para qual iríamos projetar na hora

que o desafio iniciou”, conta a Profª Mariana Lima, membro da equipe, e explicou que o primeiro trabalho foi o de se aprofundar e conhecer mais sobre a cidade e seus habitantes. “Percebemos que a principal reivindicação das pessoas era que eles não queriam a passagem de veículos naquela rua. E faz todo o sentido, porque [a rua] margeava um rio, então tem todo um potencial paisagístico. Nos apropriamos disso e dessas memórias, dessas pessoas, dessa cultura, do uso daquele espaço como um espaço de um parque. E propomos que a rua não fosse de veículo, mas de pedestres e ciclistas, e transformamos aquela rua em um parque”, explicou ela.

Foram cinco pontos principais abordados pela equipe vencedora da UFC: acesso e mobilidade, conexão com outras ruas, segurança, ecossistema e habitação, e por fim, características geográficas. A equipe também usou conceitos de memória e inovação para desenvolver um projeto que buscasse o engajamento das pessoas com os espaços públicos, com oobjetivo de tornar a rua um lugar inspirador. O resultado foi anunciadonodia30denovem-

bro de 2021, em apresentação on-line, pelo presidente do Conselho Internacional de Design, David Grossman.

O grupo vencedor é composto pelos professores: Mariana Lima e Eugênio Moreira, do Laboratório de Experiências Digitais (Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design);pelosalunos:JoãoPedro Crispim, Luciana Sales e Railson Silva (Curso de Design); e pelos alunos: Bárbara Bessa, Edinardo Estanislau e Vanessa Santos (Curso de Arquitetura e Urbanismo).

“Ter vencido esse desafio foi muito rico para nós, enquanto professores e estudantes, porque não criamos algo do zero, criamos algo a partir dos nossos repertórios e conhecimentos”, diz a Profª Mariana.

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ACONTECE NO CT

Edição de 2022 do Dime é realizada na Escola Estadual Joaquim Moreira De Sousa

A sexta edição do evento do Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, carinhosamente conhecido pela sigla DIME e comemorado no dia 23 de junho, rompeu os muros da Universidade Federal do Ceará nesse ano de 2022, sendo realizado na Escola Estadual de Educação Profissionalizante Joaquim Moreira de Sousa, através do Centro de Tecnologia.

O evento, que começou em 2014, na Inglaterra, a partir de uma campanha nacional da Women’s Engineering Society, busca construir na universidade um espaço de apoio para as mulheres na engenharia. Além de revisitar problemáticas importantes que impactam e refletem no baixo número de mulheres nas Engenharias, debater as dificuldades que mulheres encontram nesse ramo, lutar por melhorias e celebrar a presença delas numa área em que historicamente são minoria.

Na apresentação, houve a fala da professora Diana Azevedo, Engenheira Quími-

ca e a primeira Vice-Diretora do Centro de Tecnologia da UFC em mais de 60 anos de existência. Abordando com os

alunos presentes a questão do ENEM, da escolha de curso para adentrar na universidade e os problemas e preconceitos

ACONTECE NO CT
(Foto: Paulo Souza
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que acontecem em relação a isso para as mulheres.

Participaram também, como é de costume do DIME, alu-nos da UFC. Wesley Dantas –servidor técnico-administra-tivo da UFC e estudante do curso de Teatro também na UFC; as estudantes do curso de Engenharia Química da UFC, Jaiane Pinheiro e Nicole Loureto; e o estudante do curso de Engenharia Química da UFC, Marcelo Menezes. As estudantes, com a professora e a Coordenadora Pedagógica Marina Ribeiro falaram sobre a ação e importância do Coletivo Juntas.

Além disso, houve uma roda

de conversa intitulada Elas na Engenharia, com a participação da estudante do curso de Engenharia de Petróleo da UFC, Lívia Maria da Silva Mello; a Engenheira Química Larissa Souza Pinheiro; e a Engenheira Eletricista, Engenheira Civil e Professora do Curso de Engenharia Ambiental da UFC, Fernanda Leite Lobo. Duas perguntas iniciais foram feitas para o início da conversa, relacionadas ao motivo da escolha dos cursos de Engenharia e qual era a sua rotina estudantil. Em relação às duas Engenheiras formadas, sobre seus empregos, onde trabalhavam e quais eram suas atividades nesses lugares. Após respondidas as

perguntas, houve a participação com perguntas vindas do público, os alunos da Escola Estadual de Educação Profissionalizante Joaquim Moreira de Sousa.

“Se desejamos um mundo mais justo para nós mulheres, comecemos por nós mesmas, fazendo o que estiver ao nosso alcance para conseguirmos isso. Sejamos nós mesmas as porta-vozes e ativistas por um mundo mais justo e feliz para todas as mulheres.”

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ACONTECE NO CT
(Foto: Paulo Souza

O CT quer você!

Adaptado de ct.ufc.br

O CT Quer Você reuniu centenas de estudantes do Ensino Médio no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra numa interação entre universidade e escolas.

Na manhã de sábado, dia 10 de setembro de 2022, aconteceu o evento O CT Quer Você, iniciativa do Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal do Ceará (UFC) que teve como objetivo apresentar os cursos de graduação desta Unidade Acadêmica aos estudantes do Ensino Médio que farão ENEM, auxiliando-os nesse delicado momento de escolha profissional. O CT possui 10 cursos de Engenharia: Ambiental, Civil, de Computação, Elétrica, de Energias Renováveis, Mecânica, Metalúrgica, de Produção Mecânica, Química e de Telecomunicações + 1 curso de Arquitetura e Urbanismo + 1 curso de Design.

A décima edição, que também foi aberta ao público interessado em formações na área tecnológica, chegou com novidades que tornaram ainda mais pessoal as apresentações dos cursos. O evento reuniu professores e estudantes das 12 graduações do CT para receber os estudantes do Ensino Médio.

Três atividades orientaram os estudantes no dia do evento: apresentações dos cursos,

estandes e as visitas guiadas aos laboratórios. A primeira delas apresentou aspectos como: estrutura curricular; o que se estuda no curso; como é o curso na UFC; o que faz oprofissional formado na área; e como está o mercado de trabalho. Já os estandes complementaram informações sobre os cursos. Por fim, a visita guiada aos laboratórios foi uma oportunidade dos visitantes conhecerem algumas pesquisas que têm sido desenvolvidas pelo CT.

Além disso, este ano o evento incentivou mais meninas a ingressarem nos cursos de Engenharia, contribuindo para a consolidação de uma universidade mais igualitária em termos de gênero, ao inserir na programação a divulgação do projeto “Elas na Engenharia”.

Fonte: Assessoria da Direção do Centro de Tecnologia da UFC.

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Exposição “Sempre Fomos Modernos” em comemoração aos 60 anos de fundação do MAUC

Iniciando uma nova seção na revista CT News, a partir de agora, teremos a categoria “Cultura e Arte”, onde buscaremos divulgar e apresentar

eventos e oportunidades culturais que aconteceram ou estão acontecendo durante o ano de divulgação da edição, dentro e fora da Universidade.

Neste primeiro semestre de 2022, a Universidade Federal do Ceará e o seu Museu de Arte (MAUC), dois agentes basilares de um Ceará moderno, apresentaram, até dia 29 de julho, a exposição “Sempre Fomos Modernos”, para encerramento das atividades de comemoração dos 60 anos de fundação do MAUC. A exposição entrou em cartaz no dia 30 de abril, propondo um olhar crítico sobre a modernidade.

Indo além de ser alusiva aos 60 anos do MAUC (completados em 2021), a exposição também celebrou os 100 anos da Semana de Arte Moder-na, e ainda, os centenários de nascimento de Aldemir Martins e Antonio Bandeira, onegro e o descendente de indígena que pintaram o Ceará moderno. Além de Martins e Bandeiras, obras de Mestre Noza, Miró, Nice, Chico da Silva, Irmãs Cândido, Raimundo Cela, Descartes Gadelha, Sinhá D’Amora, Rembrandt, Mestre Vitalino entre outros também estarão na mostra em cartaz, exclusivas do acervo

CULTURA E ARTE
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(Foto: Reprodução MAUC)

do Museu de Arte da UFC.

Unidos pelos fios conectores do movimento modernista, reconhecido na Semana de Arte Moderna de 1922, todos os artistas que integraram a exposição apresentam obras que romperam com os padrões do tradicionalismo vigente em suas épocas, movidos pela experimentação com liberdade estética, na intenção de modificar os modos de pensar e de viver, avaliar as identidades individuais e coletivas.

“Sempre Fomos Modernos” estabeleceu um jogo com regras elásticas, de remissões entre palavras e imagens, às vezes, de simples ancoragem ou ligação, noutras, estranhas e intempestivas. O visitante é oeditor.

O horário de funcionamento do MAUC se dá de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 12h e das 13h às 17h.

O Museu fica localizado na Avenida da Universidade, 2854 — Benfica, aberto ao público geral, com entrada gratuita. Fique por dentro dos eventos e exposições seguindo o perfil no Instagram @museudear-tedaufc e também pelo site oficial: https://mauc.ufc.br.

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