CT News | X Edição

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CT NEWS EDIÇÃO X, ANO IV, Nº 1 | JAN_DEZ 2020

Tempos de

ENFRENTAMENTO

COMBATE AO COVID-19 As ações do Centro de Tecnologia no enfrentamento ao coronavírus.


E D I TO R I A L

Enfrentamentos

EDIÇÃO X ANO IV - Nº 01 JANEIRO | DEZEMBRO 2020 (anual)

DIRETORIA DO CT

Carlos Almir Monteiro de Holanda (Diretor) Diana Cristina Silva de Azevedo (Vice-Diretora)

DIRETORIA ADJUNTA DE ENSINO (DAE) E NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL (NOE)

Bruno Vieira Bertoncini (Coordenador da DAE) Yangla Kelly Rodrigues (Coordenadora do NOE) André Bezerra de Holanda (Administrador)

ENDEREÇO

Campus do Pici - Bloco 710 CEP 60440-900 - Fortaleza - CE

CONTATO

85 3366 9600 | 85 3366 9609 daect@ufc.br www.ct.ufc.br /daectufc @daectinforma

PROJETO GRÁFICO-EDITORIAL Raquel Barbosa Lucas Casemiro de Sousa

REPORTAGEM E DIAGRAMAÇÃO Raquel Barbosa raquelbatista@alu.ufc.br

REVISÃO

André Bezerra Bruno Vieira

Produção do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará. Reprodução livre desde que creditada fonte.

REALIZAÇÃO

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ano de 2020 não foi fácil. Como qualquer retrospectiva que houve esse ano, precisamos falar sobre isso. Vivemos momentos nunca imaginados por nós. Perdemos amigos, familiares e, em muitos momentos, estivemos perto de perder a esperança. Chegamos a um momento crítico em nossa sociedade, onde, na era da tecnologia, estávamos sendo derrotados por um elemento invisível. A Universidade, no entanto, não se deu por vencida. Em um momento crítico, onde os profissionais da saúde precisaram de ajuda, nossos pesquisadores fizeram o que podiam para ajudá-los. Em COMBATE AO COVID-19, conversamos com o Professor Roberto Vieira, que nos explicou um pouco mais sobre a incrível iniciativa que produziu máscaras face-shields para profissionais que se arriscavam diariamente para salvar vidas, enquanto indústrias estavam paradas por causa das ações de combate à pandemia. Em PESQUISA, vamos conhecer um pouco mais sobre o Centro de Inteligência Artificial. A ação tem como objetivo potencializar o desenvolvimento de projetos de tecnologia de ponta no Estado, além de dar oportunidade ao pesquisador de focar no desenvolvimento dos projetos, enquanto as questões administrativas ficam centralizadas na equipe técnica do Centro. Ocupando novos espaços e usando das plataformas disponíveis para nos comunicarmos mesmo à distância, no FALA, ALUNO! os alunos do AIChE bateram um bate papo super legal sobre soft skills e como elas são importantes para os profissionais do futuro e suas formações. Falando em se reinventar, em ENSINO, os alunos dos cursos de engenharia do CT deram um show ao realizar, de forma online, a XV Semana de Tecnologia, trazendo desafios, jogos e palestras, conectando estudos e diversão. Em 2020, parece até que o mundo parou no tempo em alguns momentos, e isso não foi diferente por aqui. Para este ano, a CT News foi produzida em edição única, que conta com momentos marcantes do Centro de Tecnologia, e nos mostra uma perspectiva que, às vezes, é difícil de enxergar. Não foi fácil, mas tivemos também sucessos. Esse ano nos mostrou acima de tudo, que nós tentamos nos adaptar. Mesmo à distância, e no momento mais difícil pelos quais muitos de nós passaram, tentamos nos ajudar e nos conectar, usando a tecnologia, ao nosso favor. Boa Leitura! REDAÇÃO CT NEWS

UNIVERSIDADE

FEDERAL DO CEARÁ


ÍNDICE 04 COMBATE AO COVID-19 ENFRENTAMENTO As ações do Centro de Tecnologia no combate à pandemia do coronavírus. 04

Fabricação de EPIs para profissionais da saúde;

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Pesquisadores produzem aparelho que destrói coronavírus; SOMAR reúne ações de solidariedade durante a pandemia;

10 PESQUISA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA CRIA funcionará como um grande guarda-chuva de projetos, envolvendo laboratórios e permitindo que pesquisadores foquem no desenvolvimento científico e tecnológico. 10 13

Centro de Referência em IA no Campus do Pici; CRIA promove workshop com pesquisadores;

14 FALA, ALUNO! HABILIDADES DO FUTURO AIChE fala sobre a importância de uma educação que aborde além das técnicas, a comunicação e as competências emocionais. 14

AIChECast fala sobre aprendizagem ativa e habilidades do futuro;

18 ENSINO EXCELÊNCIA XV Semana de Tecnologia trouxe discussões sobre

a adaptação da tecnologia às necessidades da humanidade como sociedade 18 19 20

Três cursos do Centro de Tecnologia atingem nota 5 no ENADE 2019; XV Semana de Tecnologia ocorreu de maneira remota e trouxe diversas atrações. Professores do CT com bolsas de projetos aprovadas junto ao CNPq.


COMBATE AO COVID-19

UFC produz EPIs para profissionais da saúde durante pandemia Por Raquel Barbosa

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a tentativa de ajudar a comunidade médica na luta contra o novo coronavírus, a Universidade Federal do Ceará (UFC) já distribuiu mais de 2800 face shields através da ação “UFC e você contra o coronavírus”. A campanha, que vem acontecendo desde o começo da pandemia, distribuiu face shields para vários hospitais de Fortaleza. As face shields, escudo para o rosto, quando traduzidas, são máscaras para uso principalmente dos profissionais da saúde. Seu objetivo é proteger a área dos olhos, boca e nariz de partículas e gotículas que podem ser expelidas pela fala ou espirros de pacientes, diminuindo assim o risco de contaminação do profissional de saúde. Ela é usada acompanhada de outros equipamentos de segurança como uma vestimenta de proteção do corpo e da cabeça, e uma máscara para proteção de vias aéreas. A iniciativa, de acordo com o professor Roberto Vieira, surgiu de várias frentes. O

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envolvimento da Oficina Digital e do Grupo de Tecnologia Assistiva foi através de Ítala Oliveira, mestranda da UFC e terapeuta ocupacional do Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara (HGWA). A parceria começou devido à quantidade insuficiente de equipamentos de proteção individual (EPIs) no hospital. Ítala, participante da Oficina Digital, entrou em contato com os colegas, dando início ao movimento no grupo. O próximo passo, de acordo com o prof. Roberto Vieira, foi a prototipação e adaptação de alguns modelos de máscaras extraídas da internet, feitas pelo professor Carlos Eugênio Moreira de Sousa, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design - DAUD. Chegando ao resultado final de três modelos, os mesmos foram enviados e avaliados pelo hospital, sendo o modelo híbrido validado. O processo de produção de máscaras é flexível, e os protótipos são continuamente readaptados para um melhor desempenho. A ação, em sua origem, tinha como objetivo atender apenas

Pesquisadores produzem face shields para profissionais de s

o pedido feito por Ítala. No entanto, as coisas mudaram quando, devido a falta de insumos, foi aberta uma campanha para doação desses materiais. Várias instituições entraram em contato com o grupo, fazendo com que eles criassem um formulário de inscrição para que todos os interessados pudessem fazer a solicitação. “Em paralelo, começaram a surgir outras iniciativas na universidade, e uma delas foi esse chamado. Foi criado um formulário para cadastro de impressoras 3D na universidade, foi então quando tomamos conhecimento desse movimento. Em determinado


COMBATE AO COVID-19

unificamos toda a estrutura e conseguimos trabalhar em um único grupo nessa iniciativa específica de produção de máscaras

Roberto Vieira, Professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design (DAUD)

saúde durante a pandemia (Foto: Reprodução)

momento começamos a conversar, nosso grupo e o grupo que estava organizando as impressoras 3D, juntamos tudo, unificamos toda a estrutura e conseguimos trabalhar em um único grupo, nessa iniciativa específica de produção de máscaras” como conta o prof. Roberto. É importante ressaltar a parceria feita com o Hospital Waldemar de Alcântara, que facilitou o processo de validação das máscaras, o que permitiu que os grupos envolvidos da Universidade conseguissem iniciar a produção em maior escala, mais rápido.

Essas máscaras, no entanto, não são distribuídas apenas para o ISGH. Foi aberto um formulário de cadastro para as unidades hospitalares que estivessem com escassez de material. Essa distribuição também conta com o auxilio do hospital, que se disponibilizou a efetuar toda a logística do projeto. Quando há algum material a ser doado, a instituição é sinalizada, disponibilizando um profissional para levar esses materiais até o local de produção das máscaras. Em seguida, as máscaras já finalizadas são coletadas e enviadas para os locais de destino.

A iniciativa utiliza impressoras 3D para a confecção das face shields. Uma das vantagens desse tipo de equipamento se dá pelo fato dessas máquinas serem de prototipagem rápida, o que lhes concede velocidade no resultado, conseguindo prototipar e validar de forma mais rápida, além de ter um custo baixo de produção, quando comparado a outras produções de baixa escala. Além disso, a probabilidade de pessoas terem essas máquinas 3D em casa popularizou a produção, tornando possível a rápida disponibilização desses projetos nas redes, proporcionando a pessoas de todas as partes

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COMBATE AO COVID-19 do mundo encontrar, testar, e imprimir esses protótipos. Para a produção desses modelos, é utilizado uma folha de acetato na parte da frente, desempenhando a função de escudo e protegendo o rosto do profissional, juntamente com a estrutura feita pela impressora 3D que firma a parte de acetato ao rosto. Porém, mesmo que mais conhecida, os modelos 3D não foram os únicos produzidos pela Universidade. Posteriormente, foram também produzidos modelos compostos apenas por acetato. Nesse caso, foram utilizadas máquinas de corte a laser ou plotters de recorte, o que torna o processo de produção ainda mais rápido. O professor Clemilson Costa Santos, do Instituto UFC Virtual do Grupo de Redes de Computadores, Engenharia de Software e Sistemas (GREat) também desenvolveu uma técnica para produzir máscaras a partir de canos de PVC. Com o objetivo de reduzir os custos com material, tempo para a produção e seu peso, as máquinas são configuradas para formar uma estrutura interna semelhante a uma colmeia nas máscaras, além de uma estrutura externa fechada, garantindo a proteção do usuário. Já para as produções em larga escala, os processos se tornam mais otimizados, reduzindo o tempo e os custos da produção, além de atenderem a várias especificações de segurança para obter os certificados de produção. A dificuldade de esterilização das máscaras produzidas a partir das impressoras 3D, de acordo

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Profissional de saúde utilizando face shield produzida pela Universidade Federal do Ceará (Foto: Reprodução)

com o prof. Roberto Vieira, tornam essas máscaras de uso descartável, a fim de evitar a contaminação. O projeto, aponta ele, é uma forma da Universidade ajudar a comunidade médica, enquanto a indústria esteve fechada por causa da pandemia e não conseguiu suprir as necessidades daquele momento.

Além da produção de face shields, existem outras iniciativas por parte da Universidade. Produção de pias móveis para higienização de pessoas em situação de rua, distribuição de alimentos e a produção de álcool em gel estão entre as ações de combate ao Covid-19.


COMBATE AO COVID-19

INOVAÇÃO E APRENDIZADO Pesquisadores desenvolvem aparelho que destrói novo coronavírus em salas de aula Com informações do portal de notícias da UFC

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erado pelo covid-19, um desafio para as instituições de ensino é garantir a segurança e saúde do aluno em ambientes fechados e com ar-condicionado. Para ajudar nessa luta, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará do Campus do Pici Professor Prisco Bezerra estão desenvolvendo um equipamento que destrói além do novo coronavírus, bactérias e fungos que estejam no local, usando gás ozônio. O protótipo está na fase de testes. O dispositivo, chamado de ozonizador, já existe em diversas partes do mundo. Ele funciona através da liberação de ozônio dos ambientes, quebrando as moléculas orgânicas dos vírus, bactérias e fungos que estejam presente no ambiente. O ozonizador projetado pelos pesquisadores da UFC gera o ozônio a partir do próprio oxigênio que circula nas salas de aula, realizando essa transformação por meio da aplicação de descargas elétricas.

A diferença entre o dispositivo projetado pelos participantes do projeto e os já existentes, é a medição da taxa de ozônio presente no ambiente feita pelo ozonizador idealizado pelos pesquisadores da Universidade. O aparelho, além de criar o ozônio que higienizará as salas de aula, medirá a taxa de ozônio presente no ambiente e seu tempo de dispersão, já que, inalado em grande quantidade, esse gás pode causar problemas à saúde dos presentes. “A segurança é muito importante. Temos que gerar, medir e liberar o ozônio do ambiente, e isso ainda não é feito no Brasil” relata o Professor Marcos Sasaki do Departamento de Física. Além do Professor Sasaki, idealizador do projeto, os professores Jarbas Silveira, da Engenharia de Teleinformática; André Machado, pesquisador do Centro de Ensaios não Destrutivos (CENDE), do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais e um grupo com quatro estudantes estão, desde maio, envolvidos no projeto do ozonizador.

O planejamento é produzir seis aparelhos, que serão distribuídos para as três unidades acadêmicas do Campus do Pici: o Centro de Ciências, o Centro de Tecnologia e o Centro de Ciências Agrárias.

Estou aprendendo sobre a geração de ozônio, o quanto isso impacta a sociedade, e vejo que, por meio desse projeto, é possível ajudar as pessoas Caio Nobre, Estudante de Engenharia Metalúrgica

O investimento para a produção desses aparelhos veio através do Laboratório de Raios X, projeto de extensão coordenado pelo Professor

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COMBATE AO COVID-19 Sasaki, além de contar com a ajuda da Fundação de Apoio à Serviços Técnicos Ensino e Fomento de Pesquisas (FASTEF).

“Creio que com ajuda da empresa, (mesmo que em pequena quantidade), podemos produzir vários em menos de seis meses” conta Sasaki, que diz já ter entrado em contato com empresas distribuidoras e produtoras de gás oxigênio, mas sem obter retorno. A pesquisa não para com a produção dos aparelhos. No momento, é estudada a melhor tensão para a produção do ozônio. “A ideia é produzir a maior quantidade de ozônio com a menor tensão possível. Por isso, estamos estudando todo tipo de célula”, conta o pesquisador André Machado. A participação dos alunos também é uma parte importante no desenvolvimento do projeto, como conta Caio Nobre, aluno do primeiro semestre de Engenharia Metalúrgica e bolsista do Programa Ensino-Treinamento (PET). “É muito

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Projeto do ozonizador envolve professores e alunos de três departamentos do Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra (Foto: Ribamar Neto/UFC)

gratificante, ao invés de estar parado em casa, estar aqui contribuindo com esse projeto. Estou aprendendo sobre a geração de ozônio, o quanto isso impacta a sociedade, e vejo que, por meio desse projeto, é possível ajudar as pessoas”, diz. Caio participa do corte dos materiais das chamadas células de produção do ozônio, elas geram o gás por meio da liberação de descarga elétrica, e estão sendo feitas com vidro de lâmpadas fluorescentes. Outro voluntário participante do projeto é Jorge Luiz. Concludente do curso de Engenharia de Computação, ele ajudou a projetar os sensores que medem o nível de ozônio no ambiente. “Eu não conhecia sobre o ozônio e, a partir desse projeto, comecei a estudar sobre os sensores de ozônio. É um projeto muito interessante, o objetivo dele é muito nobre e eu quis participar, como voluntário”, conta.

Sob uma outra perspectiva, a professora Janaína Machado, tutora do PET Metalúrgica, aponta a importância da participação dos discentes em grupos de ensino, pesquisa e extensão, durante sua formação acadêmica, tornando possível para eles, o aprendizado prático e teórico.

SAIBA MAIS SOBRE O OZONIZADOR

Segundo o pesquisador André Machado, o custo de produção desse ozonizador é inferior aos já disponíveis no mercado. “Dependendo do volume de geração de ozônio, o preço da produção da unidade é abaixo de R$500,00”, conta. O aparelho, que está sendo projetado para as salas de aula, não se restringe a essa utilização, podendo ser aplicado a diversos ambientes. Inicialmente, inclusive, o aparelho foi pensado para a utilização em ambientes hospitalares, sendo pensado para a Universidade apenas em um segundo momento.


COMBATE AO COVID-19 SAIBA MAIS SOBRE A PLATAFORMA SOMAR

COVID-19

Plataforma SOMAR, do PET da Arquitetura, reúne ações solidárias e oferece curso on-line Com informações do portal de notícias da UFC

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uitas ações de solidariedade surgiram na Universidade como consequência a pandemia do covid-19. Uma delas, a plataforma SOMAR - Solidariedade, Mapeamento e Resistência teve seu início através do Programa de Educação Tutorial do Curso de Arquitetura e Urbanismo (ARQPET). O projeto tem, segundo os organizadores, o propósito de “unir e mapear informações, divulgar ações solidárias e refletir sobre a situação das comunidades em Fortaleza durante a crise do coronavírus”. O projeto também conta com a participação do Grupo de Redes de Computadores, Engenharia de Software e Sistemas (GREAT); Lógica e Inteligência Artificial (LOGIA); Grupo de Pesquisa em Telecomunicações sem Fio (GTEL), Laboratório de Ciência de Dados (Insight Lab), Laboratório de Engenharia de Sistemas de Computação (LESC) e Centro de Referência em Automação e Robótica (CENTAURO). A iniciativa aponta três ações principais: o Mapa Solidário, usado para divulgar campanhas que ajudem comunida-

des em situações de vulnerabilidade na cidade de Fortaleza. Buscando somar esforços para ajudar essa população, a plataforma procurou angariar doações em dinheiro e mantimentos para os grupos de apoio. Além disso, também foi produzido um formulário para as organizações que precisavam de ajuda. Outra atividade disponibilizada na plataforma SOMAR é o Curso Solidário. Tendo como público alvo os profissionais e estudantes de Arquitetura e Urbanismo e áreas correlatas, o curso é realizado de forma remota e fala sobre Introdução ao Geoprocessamento. Na própria página do curso é pos-

sível realizar doações para a Comunidade Raízes da Praia, localizada do bairro Vicente Pinzon. A terceira ação realizada pelo grupo é o Covid-19 na cidade, a iniciativa busca realizar o mapeamento de casos em Fortaleza e estudar a possibilidade de uma relação entre a disseminação da pandemia e os padrões socioeconômicos e ambientais.

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PESQUISA

Centro de Referência em IA da UFC começa a ser estruturado no Campus do Pici Retirado na íntegra do portal de notícias da UFC

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m núcleo que reúne os vários talentos da Universidade Federal do Ceará em ciência de dados, machine learning e big data para potencializar o desenvolvimento de projetos de tecnologia de ponta no Estado. Essa é a proposta do novo Centro de Referência em Inteligência Artificial, que começa a se estruturar e a fazer a articulação dos vários setores da UFC. Para isso, recebeu os primeiros equipamentos e mapeou as unidades da Universidade que desenvolvem projetos no setor. O centro funcionará como um grande guarda-chuva de projetos envolvendo vários laboratórios e que permita ao pesquisador focar naquilo que lhe interessa: o

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desenvolvimento científico e tecnológico. Seis grupos ou laboratórios devem participar das atividades iniciais do Centro de Referência, a partir de um mapeamento realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG): Grupo de Redes de Computadores, Engenharia de Software e Sistemas (GREAT); Lógica e Inteligência Artificial (LOGIA); Grupo de Pesquisa em Telecomunicações sem Fio (GTEL), Laboratório de Ciência de Dados (Insight Lab), Laboratório de Engenharia de Sistemas de Computação (LESC) e Centro de Referência em Automação e Robótica (CENTAURO). “Todos são laboratórios bem estabelecidos, com experiência no desenvolvimento de parcerias e de projetos”, explica o Prof. Rodrigo Porto,

pró-reitor-adjunto da PRPPG e um dos coordenadores do Centro. “A estratégia institucional é congregar esses diversos esforços, hoje espalhados, e desenharmos uma pós-graduação stricto sensu no tema IA e Ciência de Dados, que venha a formar mestres e doutores e produzir pesquisas de alto nível em diversas áreas do conhecimento”, explica o Prof. Jorge Soares, também coordenador da nova estrutura. O centro não deve ficar restrito a esses laboratórios. Jorge Soares lembra que há vários pesquisadores de outras unidades que já trabalham com inteligência artificial na UFC e que poderão participar da experiência. “A comunidade acadêmica e seus parceiros serão muito


PESQUISA

a comunidade acadêmica e seus parceiros serão muito bem-vindos ao Centro de IA, que está sendo pensado para funcionar, sobretudo, à base de projetos financiados, na linha do que já ocorre em outros centros e institutos de pesquisa. Jorge Soares, Coordenador do CRIA

Pesquisas sobre aprendizado de máquina serão um dos focos no Centro (Foto: divulgação)

bem-vindos ao Centro de IA, que está sendo pensado para funcionar, sobretudo, à base de projetos financiados, na linha do que já ocorre em outros centros e institutos de pesquisa”, explica. “Estaremos sistematicamente mapeando os projetos institucionais ou aqueles potenciais que se relacionam ao tema IA, tentando atraí-los para que sejam desenvolvidos sob o guarda-chuva do novo Centro.” A atração se dará por meio de algumas vantagens para os pesquisadores. O centro contará, por exemplo, com equipe técnica para suporte nas questões administrativas dos projetos, tarefa que muitas vezes tira os pesquisadores do foco. Além disso, o centro contará com boa estrutura física e tecnológica,

o que permite o processamento de grandes volumes de dados, condição essencial para o trabalho em IA. Outro ponto importante é poder aglutinar várias equipes de expertises diferentes em um mesmo local, no Condomínio de Empreendedorismo e Inovação, aumentando a sinergia entre os grupos. O condomínio, um prédio de cinco andares no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra, reunirá ainda o escritório de projetos, coworking e o ecossistema de startups nascidas na UFC, bem como representantes do setor produtivo. “A interação entre jovens, pesquisadores, pessoal de tecnologia, startups, spin offs… As ‘colisões’ entre eles vão ser muito ricas e a sinergia, fantástica. Vai sair muita ideia nova desses

encontros”, avalia o Prof. Maurício Benevides, diretor da Faculdade de Direito e um dos coordenadores do Centro de Referência em Inteligência Artificial. O Prof. Rodrigo Porto, da PRPPG, destaca ainda que a estrutura terá parcerias com empresas públicas, privadas e governos, e que deverá mapear demandas com impactos sociais relevantes. Um bom exemplo disso é na área da saúde, na qual já há projetos sendo estudados em parceria com uma grande empresa do setor. “Teremos uma busca ativa em torno de demandas da sociedade, buscando resolver problemas socioeconômicos”, completa.

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PESQUISA

nós perdemos todas as outras. agora, há uma grande possibilidade de aproveitarmos o momento no desenvolvimento de aplicativos e soluções. Maurício Benevides, Diretor da Faculdade de Direito Professores Rodrigo Porto, Jorge Soares e Maurício Benevides, da Coordenação do Centro de Referência em Inteligência Artificial (Foto: Viktor Braga/UFC)

PODER TRANSFORMADOR No longo prazo, o centro abre novas perspectivas para o Estado. “O Ceará é um estado pobre por conta da seca e da ausência de recursos naturais”, lembra Benevides. O professor cita o caso países como Israel, Coreia do Sul e Japão, ou ainda regiões como a do Vale do Silício americano, que enfrentam a mesma carência de recursos naturais, mas entraram em outro patamar de desenvolvimento graças aos investimentos em conhecimento e inovação. “No caso do Ceará, nossa grande riqueza são nossos alunos, muitos dos quais lotam as salas do IME e do ITA (respectivamente Instituto Militar de Engenharia e Instituto Tecnológico da Aeronáutica) ou migram para o Sul e para fora do País”, diz. “Se o

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Centro de Referência em Inteligência Artificial conseguir ser um polo de retenção de talentos e atração de inteligência, ele terá o poder de transformar nossa realidade”, argumenta. Benevides reforça seu posicionamento, lembrando que a inteligência artificial é apontada como a última revolução industrial. “Nós perdemos todas as outras. Agora, há uma grande possibilidade de aproveitarmos o momento no desenvolvimento de aplicativos e soluções.”

EQUIPAMENTOS Para dar os primeiros passos nessa caminhada, os equipamentos já começaram a ser adquiridos para o centro. Serão um servidor com GPU de 20 núcleos com 256 GB e armazenamento com capaci-

dade de 50 TB e três servidores com 4 processadores, 20 núcleos, 768 GB de memória e 800 GB de armazenamento SSD. “Esses equipamentos representam o que há de mais moderno para o treinamento de algoritmos de inteligência artificial”, explica o Prof. Jorge Soares. Os equipamentos foram adquiridos com recursos do projeto SINESP Big Data e Inteligência Artificial, que já está sendo desenvolvido pelo Laboratório Insight para o Ministério da Justiça. O projeto é coordenado pelos professores Maurício Benevides (coordenação geral) e José Macedo (coordenação técnica e científica), sendo o primeiro realizado dentro da nova estrutura.


PESQUISA

Centro de Referência em Inteligência Artificial promove workshop com pesquisadores Retirado na íntegra do portal de notícias da UFC

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Centro de Referência em Inteligência Artificial (CRIA) da Universidade Federal do Ceará (UFC) promoveu, no início do mês de dezembro, um workshop preparatório, reunindo diferentes pesquisadores da UFC, no intuito de apresentar e integrar ações e convergir para o desenvolvimento do CRIA. Congregando vários talentos da Universidade em ciência de dados, machine learning e big data, a ideia do Centro, que teve operações iniciadas no segundo semestre deste ano, é potencializar o desenvolvimento de projetos de tecnologia de ponta no Estado, funcionando como um grande “guarda-chuva” de projetos envolvendo vários laboratórios. A reunião foi mediada pelo Prof. Rodrigo Porto, pró-reitor-adjunto da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) e um dos coordenadores do CRIA, que classificou o momento como “uma preparação para o lançamento formal do Centro e um momento importante para avançarmos mais nesse potencial da UFC”. Em sua fala de abertura, o reitor da Universidade, Prof. Cândido Albuquerque, desta-

cou a prioridade do projeto na sua gestão, dada a presença constante da inteligência artificial nas mais diversas atividades humanas, defendendo uma ação de integração entre as diversas pesquisas na área. “A UFC já mostrou em várias oportunidades do que ela é capaz e que podemos fazer um trabalho de ponta, mas precisávamos de uma política institucional de integração na área de IA, dando condições para desenvolver isso da maneira mais eficiente possível, diminuindo desperdício de tempo, de trabalho e evitando o retrabalho”, defendeu o reitor. Na ocasião, o titular da Pró-Reitoria de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional (PROINTER), Prof. Augusto Albuquerque, apresentou à equipe de pesquisadores o Condomínio de Empreendedorismo e Inovação da UFC, equipamento onde o CRIA tem espaço físico reservado, garantindo integração com as pautas de inovação da Universidade.

empreendedorismo e inovação”, ressaltou. “Eu definiria o Condomínio como esse elo que vai tentar impulsionar [as pesquisas], para que o empreendedorismo se torne mais fluido e mais fácil”, pontuou o pró-reitor. Também estiveram presentes à reunião o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Prof. Jorge Lira; o diretor de Inovação da FUNCAP, Jorge Soares; os coordenadores de Empreendedorismo e de Inovação da PROINTER, Prof. Abraão Saraiva e Bruno Matos; além dos professores Francisco de Assis de Souza Filho, Charles Casimiro Cavalcante, Guilherme Barreto, João Paulo Pordeus, Joaquim Bento, José Macedo, Lucas Feitosa de Albuquerque, Rossana Maria de Castro e Ticiana Linhares.

“É um espaço onde nos propomos articular as demandas da sociedade com o nosso time de pesquisadores, para que isso se transforme em

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FALA, ALUNO!

Episódio do AIChECast fala sobre aprendizagem ativa e habilidades do futuro Produzido pelo Capítulo Estudantil do Instituto Americano de Engenheiros Químicos na UFC (AIChE), o podcast fala sobre a importância de uma educação que aborde além das técnicas, a comunicação e as competências emocionais.

Por Raquel Barbosa

s alunos como protagonistas dos processos de aprendizagem e a utilização desta metodologia de ensino foram destaque do AIChECast, podcast produzido pelo Capítulo Estudantil do Instituto Americano de Engenheiros Químicos na UFC (AIChE), O episódio, que veio em um momento oportuno em decorrência das mudanças que estão acontecendo nas grades curriculares das Engenharias, mostra a importância de uma educação que aborde além das técnicas, a comunicação e as competências emocionais.

O

e fundadora do projeto Para Futuros Engenheiros; e Yangla Oliveira, coordenadora do Núcleo de Orientação Educacional do Centro de Tecnologia.

a focar na formação emocional do aluno, para além da técnica, os prepara para acompanhar as transformações do dia a dia e do mercado de trabalho.

O modelo de Aprendizagem ativa tem como metodologia colocar o aluno como foco, retirando-o do local passivo de receptor da informação e fazendo-o participar do processo de ensino-aprendizagem através de debates, grupos de leituras e desenvolvimento de trabalhos práticos. Além disso, tem como princípio chamar a atenção não apenas para o desenvolvimento técnico, mas também para o emocional.

Dividido em duas partes, ele conta com as convidadas Verônica Castelo Branco do Departamento de Engenharia de Transportes; Amanda Bezerra, aluna de Engenharia Química

Essa última característica, inclusive, foi colocada no podcast como uma das grandes dificuldades nas mudanças dos currículos que estão sendo implementadas. Passar

O mercado e a forma de atuação dos profissionais de engenharia está mudando, por isso a formação estritamente técnica prejudica a atualização dos alunos para o ofício. É preciso se preparar para o futuro, pois as necessidades pelas quais a sociedade passa hoje, não serão as mesmas de amanhã, fazendo com que esses profissionais precisem estar sensíveis às mudanças que estarão presentes nessa realidade.

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Segundo a prof. Verônica, é necessário que os educadores ofereçam aos alunos as habilidades necessárias para desenvolverem a resolução


dos problemas, e não apenas apresentar soluções já usadas anteriormente. Em sua visão, é necessário que os professores assumam que existem problemas que os alunos enfrentarão, e que eles não possuem a solução, já que não é possível saber quais serão os problemas no futuro. Parte disso, portanto, é a importância das chamadas habilidades do futuro, algumas delas são: o senso crítico, técnicas de comunicação, gerenciamento de equipe, construção coletiva, liderança, empatia e criatividade. Essas competências auxiliam os alunos nas resoluções de problemas de forma orgânica, sem repetir receitas passadas em busca de soluções, mas entendendo o presente e resolvendo as dificuldades. Segundo Amanda, a dificulda-

de de investir em soft skills é o padrão de ensino. “Nós viemos de um padrão que pra fazer a prova, precisamos estudar antes. Então eu preciso estudar, me preparar, e ter essas habilidades para colocar na prova escrita o que eu estudei. Só que nessas habilidades, o contexto é totalmente diferente. Vai aparecer a prova e você vai. Talvez você não saiba de tudo, mas você vai aprendendo com o processo.” A economia e a sociedade são dinâmicas, sendo necessário que os alunos estejam preparados para as mudanças que inevitavelmente irão acontecer. É preciso estar antenado com a sociedade ao seu redor e cuidar de sua formação profissional, trazendo benefícios à formação ao longo da vida.

Não são apenas os alunos que precisam se manter atualizados e ficar atento às exigências do futuro, a Universidade como instituição também faz parte desse trabalho. Aproximar o estudante do contexto local como profissional e como cidadão, apresentando a eles demandas que partem da sociedade e do mundo de trabalho, dando-lhes a oportunidade de ir para além dos muros da Universidade, são pontos necessários para a sua formação. Relacionar o conteúdo teórico com a realidade através de programas e projetos da Universidade, ajudam os alunos a saírem de suas zonas de conforto. Contextualização, vivências de imersão, práticas e interação entre professores e alunos são necessárias para desenvolver essas competên-

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cias subjetivas. É importante também ressaltar que essas habilidades não são inerentes ao ser humano, elas são desenvolvidas à medida que são estimuladas e como apontado por Verônica, é necessário que esse incentivo seja feito desde a educação de base. Segundo a professora, “é preciso superar essa forma de de organização linear, sair dessas caixinhas, fazer com que essas caixinhas se interajam, não sejam mais caixinhas, que a gente tenha uma interação de fato dinâmica, de troca de ideias, de produção de conhecimento, não só dentro da universidade, mas da universidade com a sociedade essa relação continua de troca, de construção coletiva se torna cada vez mais importante.” Outro ponto discutido no podcast foi o cunho multidisciplinar dos problemas que encontramos hoje, tornando assim ne-

cessário que os profissionais sejam habilitados com essas competências transversais, multidisciplinares e interdisciplinares, para poder chegar aos melhores resultados. É necessário que profissionais de diversas áreas consigam se comunicar, para que todos possam trabalhar juntos e chegar a uma solução. Desfazer o fracionamento desse conhecimento e misturá-los, permitirá ao aluno resolver os problemas de forma inovadora. Além disso, como apontado pelas participantes do podcast, as soft skills são habilidades que humanizam o profissional, e que os tornam necessários diante do avanço de tecnologia e do uso de robôs na indústria. É preciso então que os profissionais utilizem de seus talentos e se tornem únicos, pois assim, se tornam também indispensáveis.

[...] que a gente tenha uma interação de fato dinâmica, de troca de ideias, de produção de conhecimento, não só dentro da universidade, mas TAMBÉM com a sociedade Verônica Castelo, Professora do Departamento de Engenharia de Transportes

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FALA, ALUNO!



ENSINO

Três cursos do Centro de Tecnologia alcançam nota máxima no ENADE 2019 Por Raquel Barbosa

A

s notas divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em outubro, declararam que os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental e Engenharia Civil alcançaram nota 5 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), conceito máximo que pode ser dado a cada curso. Não podemos deixar de destacar também as notas obtidas pelos cursos de Engenharia Química, Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica (4), e pela Engenharia de Computação que atingiu nota 3. O ENADE, realizado pelo Inep desde 2004, é uma prova escrita aplicada anualmente aos estudantes concluintes dos cursos de graduação, e possui caráter obrigatório. Ela tem como objetivo avaliar o rendimento e aprendizagem dos alunos, em detrimento dos conteúdos programados para os currículos de cada graduação, o desenvolvimento de competências e capacidades do âmbito profissional.

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Junto a Avaliação de cursos de graduação e a Avaliação Institucional, o ENADE compõe a tríade avaliadora dos cursos de graduação do ensino superior brasileiro, chamado de Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). A prova é realizada com um intervalo máximo de três anos, sendo divididos em blocos. No Bloco I estão inclusos os cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Agrárias, Ciências da Saúde, Engenharias e Arquitetura e Urbanismo, e cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Militar e Segurança. No Bloco II são avaliados os cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Linguística, Letras e Artes, além de cursos de licenciatura nas áreas de conhecimento de Ciências da Saúde, Ciências Humanas, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Linguística, Letras e Artes; e também cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Humanas e Ciências da

Saúde - com cursos avaliados no âmbito das licenciaturas - e cursos superiores de Tecnologia nas áreas de Controle e Processos Industriais, Informação e Comunicação, Infraestrutura e Produção Industrial. Seguido pelo Bloco III que contempla os cursos de bacharelado nas Áreas de Conhecimento Ciências Sociais Aplicadas, cursos de bacharelado nas Áreas de Conhecimento Ciências Humanas - que não tenham cursos também avaliados no âmbito das licenciaturas - e cursos superiores de Tecnologia nas áreas de Gestão e Negócios, Apoio Escolar, Hospitalidade e Lazer, Produção Cultural e Design.


ENSINO

XV Semana de Tecnologia ocorre de forma remota em virtude da pandemia de Covid-19 Por Raquel Barbosa

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XV Semana de Tecnologia aconteceu de forma remota entre os dias 30 de novembro e 05 de dezembro, e foi organizada por estudantes dos cursos de engenharia do Centro de Tecnologia (CT). Com o tema Tecnologia e Sociedade: uma adaptação constante, o evento trouxe discussões sobre a adaptação da tecnologia às necessidades da humanidade como sociedade. Nela, foram desenvolvidas várias atividades como a Copa ST. Contando com a participação dos estudantes do CT, a Copa ST utilizou jogos eletrônicos para a realização do torneio. Os três jogos utilizados nas competições foram o League of Legends, Counter Strike:GO e FIFA 20. Também teve estréia durante o evento, o primeiro hackathon - maratona onde os participantes são submetidos a desafios temáticos, ou desafio único, cujo o objetivo é desenvolver soluções tecnológicas em um curto período de tempo, vencendo a equipe que desenvolver a solução com a melhor idéia, aplicação e implementação - foi promovido no ST Challenge. O desafio contemplou as dificuldades atuais que as áreas de engenharia e tecnologia dos cursos

do CT têm enfrentado. Alguns dos temas debatidos foram a transformação digital, como utilizar e criar recursos tecnológicos para o ensino híbrido, e como fortalecer as conexões das engenharias e tecnologias com o mercado de trabalho. Foram utilizados três critérios para avaliar os trabalhos: a possibilidade técnica, a viabilidade econômica e a apresentação da solução, que incluiu o material apresentado aos avaliadores e a exposição das respostas do aluno. Outra dinâmica também presente na Semana foi o “Tesouro Secreto”. Nele, os estudantes deveriam colher códigos que foram distribuídos no decorrer das palestras em forma de pequenos desafios, sempre relacionados às áreas de engenharia, tecnologia, ou relacionados às temáticas desenvolvidas nas palestras. Todos os desafios foram apresentados em formato de questões lógicas. Além disso, também houve um momento reservado para as exposições e discussões de metodologias novas e vigentes no ensino de engenharia, onde ocorreram dois momentos: “Os desafios atuais no ensino de engenharia”, dirigido aos alunos, e “Currículo e competências nas engenharia”, com

foco para os educadores. Outro importante momento da XV Semana de Tecnologia, foram as apresentações dos projetos. Em ação conjunta com os cursos de engenharia do CT, os projetos de pesquisa, extensão e ensino puderam ser apresentados a antigos e novos alunos que estavam participando do evento. Nas palestras, importantes assuntos foram debatidos. A palestra de abertura, que levou o mesmo nome do evento, contou com três palestrantes: Regis Magalhães, doutor em Ciências da Computação, professor adjunto e coordenador de estágio na UFC Campus Quixadá; Viviane Borelli, doutora em Ciências da Comunicação e professora adjunta de Pós-Graduação em Comunicação e de Graduação de Comunicação Social e Jornalismo da UFSM; e Luis Távora, doutor em Sociologia, ex-diretor da Faculdade de Educação da UFC e coordenador do Pré-Vestibular Popular 6 de março. Outros temas também abordados na Semana foram “Os avanços da Saúde conjunta à Tecnologia”, “Contribuições da Consultoria Estratégica para Sociedade” e “Experiências e Perspectivas para o Futuro de Intercâmbio”.

CT NEWS 19


ENSINO

Reconhecimento Parabéns aos professores e professoras que, por meio do reconhecimento dos seus trabalhos, obtiveram aprovação nas bolsas de Produtividade em Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Desejamos sucesso nessa jornada e no desenvolvimento das pesquisas.


ENSINO

Lista de professores do CT com projetos aprovados no CNPq PRODUTIVIDADE E PESQUISA André Lima Ferrer De Almeida Charles Casimiro Cavalcante Evandro Parente Júnior Fátima Nelsizeuma Sombra De Medeiros Hélio Cordeiro De Miranda Iran Eduardo Lima Neto Jarbas Aryel Nunes Da Silveira José Capelo Neto Lucas Feitosa De Albuquerque Lima Babadopulos Luciana Rocha Barros Gonçalves Luis Renato Bezerra Pequeno Maria Alexsandra De Sousa Rios Michela Mulas Moises Bastos Neto Ticiana Marinho De Carvalho Studart Walney Silva Araújo DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIA Antônio Eduardo Bezerra Cabral Walter Da Cruz Freitas Junior CT NEWS 21


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