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FICHA TÉCNICA
EDIÇÃO. Câmara Municipal da Moita / DASC / Divisão de Cultura e Desporto TÍTULO. GAIO – ROSÁRIO: LEITURA DO LUGAR INVESTIGAÇÃO. Ana Filipa Paisano e Frederico Vicente COORDENAÇÃO EDITORIAL. Ana Filipa Paisano e Frederico Vicente TEXTO. Frederico Vicente PESQUISA DE IMAGENS. Ana Filipa Paisano FOTOGRAFIAS. Ver créditos fotográficos (pág. XX) ILUSTRAÇÕES. Lígia Fernandes LEGENDAS E NOTAS. Ana Filipa Paisano e Frederico Vicente DESIGN GRÁFICO:. Carlos Jorge DATA DA EDIÇÃO. Outubro de 2020 IMPRESSÃO. Espírito de Papel ISBN. 978-989-54449-9-1 DEPÓSITO LEGAL. 00 000000 00000 TIRAGEM. 300 exemplares Esta obra respeita o novo Acordo Ortográfico.
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Para os residentes do Gaio-Rosário, sem eles esta publicação não seria possível.
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ÍNDICE NOTA DE APRESENTAÇÃO
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PARTE I. I. PREFÁCIO II. PRÓLOGO III. CONTEXTUALIZAÇÃO 1. O GAIO: UMA OCUPAÇÃO ASSENTE NA GEOLOGIA 2. O ROSÁRIO: UMA CARTOGRAFIA HISTÓRICA IV. O SENTIDO DO LUGAR 1. GAIO 1.1. ESTRADA MUNICIPAL 506 1.1.1. A LINHA QUE SOBE PELO OUTEIRO 1.1.2. A LINHA QUE DESCE JUNTO AO RIO 1.2 O LARGO DO ESTALEIRO NAVAL 2. O ROSÁRIO 2.1. O LARGO 2.2. O PÁTIO 2.3. O LARGO DO ANTIGO LAVADOURO 2.4. A ERMIDA 2.4.1. O ADRO DA ERMIDA 3. CONSIDERAÇÕES 4. PARA UMA INTERVENÇÃO DE RESTAURO NO GAIO ROSÁRIO
11 13 21 25 25 26 29 29 29 29 31 32 33 34 35 36 37 38 38 40
PARTE II. I. VIDA NO RIO SALINAS DO ROSÁRIO CASA DAS VELAS ESTALEIRO NAVAL II. VIDA NO CAMPO III. INDUSTRIALIZAÇÃO POSTO DE DEPURAÇÃO DE OSTRAS CIDLA IV. QUOTIDIANO FESTIVIDADES V. ARQUITECTURA ARRUAMENTOS FORMA E COR PÁTIO DO ROSÁRIO ERMIDA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
43 45 49 58 76 123 133 134 138 145 158 181 182 (desdobrável) 192 199
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PARTE I.
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I. PREFÁCIO O templo, no seu estaraí concede primeiro às coisas o seu rosto e aos homens a vista de si mesmos.1
P
‘
atrimónio’ é uma palavra gorda e redonda, que se aplica a muitas coisas, muitas vezes sem qualquer e icácia; que serve muitos propósitos, nem sempre aqueles que deve. Grandes mudanças sociais e políticas criam, habitualmente, um sentimento de insegurança e, naturalmente, a necessidade de nos agarrarmos a algo sólido, de procurarmos um sítio onde incar os pés – seja para saltar para a frente, seja para aguentar a tormenta. Nessas alturas o Homem procura o Património – e agarra-se ao Património. O século XX, com todas as alterações que trouxe, sobretudo após a II Guerra Mundial, com a aceleração da própria mudança, que antes fora paulatina, agudizou a urgência do Património. E essa urgência foi tanto mais sentida quanto mais profunda e rápida era a mudança, numa relação de quase directa proporcionalidade. (Historicamente, por exemplo, as primeiras medidas legislativas de protecção do Património ocorreram em simultâneo com as brutais transformações da Revolução Francesa.2) Porquê?
A esperança – sem a qual o homem cai em desespero – é, podemos imaginá-la assim, como um vector lançado sobre o futuro: a esperança aponta para um bem futuro, mais ou menos concreto. Mas é preciso reparar que esse vector do Futuro tem uma continuidade retrospectiva: para o Presente (eu tenho esperança agora) e também para o Passado; assim que as minhas expectativas de futuro decorrem de algo que já aconteceu. E o que é isso, esse prolongamento do vector da esperança para trás, sobre o Presente e para o Passado? A Memória. O que isto quer dizer é que não é possível desejar, concretamente, se não houver um conteúdo de memória que, de algum modo, antecipe ou a-presente a realização desse desejo.
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Martin Heidegger – A Origem da Obra de Arte. Lisboa: Edições 70, 1999, p. 33. Françoise Choay – L'allégorie du Patrimoine. Paris, Éditions du Seuil, 1992, pp. 78-90.
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A Memória é a imagem presente do Passado3, e imagem que é minha, que está agora em mim. Ainda assim eu não tenho memória de tudo aquilo que me aconteceu, mas apenas daquilo do qual percebi um certo bem, do qual aprendi algo, que valia a pena reter (nem que seja que devo evitar um determinado tipo de circunstâncias). Foi por perceber esse bem que eu guardei em mim essas experiências, constituindo memória a partir delas. É a partir dessas memórias que se pode constituir a imagem de bem, presente mas relativa ao Futuro, que é a esperança. Sem Memória, portanto, não há Esperança, não é possível esperar, desejar, a partir de si, conscientemente, livremente. E não é possível, também, mover-se na direcção da realização de si. A consequência da falta de memória – Orwell trata disso em 1984, –não é apenas a ausência de esperança, mas a ausência de desejo: a apatia. A preservação da Memória – quer individual, quer colectivamente – é, portanto, indispensável a uma existência humanamente sadia, capaz de dinamismo no tempo e no espaço. Mas a memória humana é frágil – exclusivamente deposta em contentores friáveis, em tecido vivo, perecível. Por isso, desde os tempos mais remotos, o Homem escolheu consignar as suas memórias a algo exterior a si mesmo, mais resistente – coisas, lugares –, que, fruto dessa consignação e do trabalho de afeiçoamento da matéria que ela implicou, adquiriram, eles próprios – coisas, lugares – uma índole quasí-humana: ou seja, a capacidade de nos falar, de nos interpelar ou envolver; e um valor não-intrumental, que não depende do uso que se lhe atribui – um valor de insubstituibilidade – semelhante ao de um ser humano. Assim que, em alturas de mudança eminente – crises, como a de hoje – é possível regressar a essas coisas, a esses lugares – tal como a um pai, que nos defende, ou a uma mãe, que nos acolhe.
‘Património’: é no que acima se disse que reside o seu signi icado existencial; e é daí que decorre a sua razão de ser e as nossas razões para o proteger.
As alternativas são assustadoras. Freud menciona casos em que a tentativa de ignorar o passado – pelo seu peso, por algum trauma – gera uma “compulsão de repetição”, em que o paciente, não tendo criticado e assimilado verdadeiramente o seu passado, volta a ele inconscientemente, nos momentos em que está menos alerta, repetindo os próprios comportamentos que condena, os comportamentos que a si próprio pesaram e traumatizaram (Hitchcock ilustrou bem esta situação com um clássico do cinema: “Psycho”)4. Santo Agostinho – Con issões, Livro XI, capítulos 17, 23 e 26 (Seguimos a tradução da edição da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Lisboa, 2000.) 4 Cf. S. Freud – Erinnern, Wiederholen, Durcharbeiten, G. W., t. 10, 1913-1917, pp. 126-136 (Remémoration, répétition, perlaboration, cit. in Paul Ricoeur – «Vulnérabilité de la mémoire» in Jacques Le Goff, (sous la présidence de) – Patrimoine et Passions Identitaires (Actes des Entretiens du Patrimoine, Paris, 6-8 janvier 1997). Paris: Fayard, Editions du Patrimoine, 1998; p.19-20. 3
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Preservar o Património não é pois uma questão dita – super icialmente – “cultural”; não é (não deve ser) “para turista ver”. Não, o Património é essencial, porque é, literalmente, monumental.
“Monumentum” é o gerúndio do verbo latino “moneo”, que se traduz como ‘lembrar’ (com um sentido apelativo); ‘monumento’ – palavra bastante menos redonda e gorda que ‘património’, e que de ine com bastante mais pertinácia e perspicácia o mesmo conjunto de objectos que ‘património’ – ‘monumento’ é, então, simplesmente, aquilo que lembra: um lembrete. E, de quê? Pois daquilo que torna a esperança possível: um lembrete – um monumento – daquelas experiências, pessoais ou colectivas, que geraram um discernimento, sobre os próprios – indivíduos ou sociedades –, e sobre os outros; um discernimento, uma percepção, uma consciência que ajuda a viver melhor, mais humanamente.
Se é por isto que vale a pena preservar o Património – ou doravante, melhor dizendo, os monumentos – a questão que agora emerge é como. Em primeiro lugar é preciso reconhecê-lo, reconhecê-lo e identi icá-lo, na sua essência – na sua inalidade e no efeito que lhe é próprio – ou seja, dar-se conta do seu sentido, do seu conteúdo de memória. Mas, na minha memória e na memória de cada um, no seu conteúdo paramim. Não bastará, por conseguinte, apontar as determinantes categoriais ou abstractas dos monumentos – “históricas”, como às vezes se diz –, porque não seriam, nessa exacta medida, existenciais, em acção na vida, e, por conseguinte, seriam incapazes de tocar mentalidades e de mover pessoas ou nações. (Walter Benjamim ilustra esta situação com as pessoas que voltaram mudas dos campos de batalha da I Guerra Mundial – nada há para contar, não porque nada tenha acontecido, mas porque não foi possível perceber o paramim do que aconteceu, não se encontrou sentido para o que se passou – a ausência de um juízo existencialmente pertinente inibia a assimilação e bloqueava a capacidade de transmitir os acontecimentos.5) É por isto que a noção de “genius loci” é tão e icaz quando considerado em relação com as coisas e lugares que são monumentos – vamos ver como.
A maior parte dos povos não-modernos – desde os antigos romanos, ao xintoísmo japonês, passando pelos indígenas norte-americanos ou australianos – teve a tendência para personi icar os entes inanimados particularmente signi icativos. A noção romana de espírito do lugar – “genius loci” – é um caso particular, hoje reapropriado pela Teoria da Arquitectura6. Investigações recentes, no campo das neurociências, vieram dar consistência cientí ica a esta estratégia de interpretação do signi icado. Ao que parece o ser humano dispõe no córtex 5 6
Walter Benjamin – “O Narrador” in Sobre a Arte, Técnica, Linguagem e Política. Lisboa: Relógio d’Água, 1992, p. 28. Christian Norberg-Schulz – Genius Loci, Towards a Phenomenology of Architecture . New York: Rizzoli. 1980.
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frontal de um conjunto de neurónios que tem por função simular aquilo que o interlocutor está a sentir e a pensar – os chamados “neurónios espelho”. A capacidade de dialogar requer essa competência, para replicar apropriadamente aquilo que a pessoa que se tem por diante pensa e sente, de modo a assim nos podermos inscrever nesse luxo de comunicação e responder-lhe adequadamente, de uma maneira que corresponda às expectativas dessa pessoa. Uma acção tão simples quanto colocar o telemóvel sobre a mesa pressupõe a antecipação do que esse objecto inanimado irá sentir ao embater na mesa, activando os mesmos neurónios do que se fosse o próprio a tocar na mesa7.
Convirá também notar que a noção de “genius loci” pertence à espécie das ‘imagens’ e não das ‘metáforas’: a metáfora, ainda que possa ser surpreendente e rica de matizes, funciona no interior da esfera da linguagem, da verbalização, e, portanto, numa esfera estritamente racional, que não requer explicações; a ‘imagem’, por seu turno, provém de um mundo imaginário, fantástico, e, nessa medida, não limitado; se a ‘metáfora’ se apresenta circunscrita, a ‘imagem’ é agregadora e centrífuga ao mesmo tempo, pedindo uma hermenêutica, poder-se-á dizer, “rizomática”, em que, para compreender é necessário seguir os caminhos de signi icação que gradualmente se vão abrindo durante o próprio processo de leitura. Esta maneira de apreender o signi icado de uma obra ou lugar salvaguarda a liberdade de cada um seguir o seu próprio caminho interpretativo – nomeadamente quando se trata de realizar uma obra arquitectónica sobre uma pré-existência monumental – ainda que mantendo todas essas interpretações dentro de um mesmo âmbito de intersubjectividade (a totalidade do rizoma de linhas interpretativas), que não admite contradições e garante a comunicação interpessoal.8 A noção de “genius loci” dá, assim, uma expressão sintética e compreensiva do paramim do objecto ou lugar que tenho diante, porquanto me ‘sintoniza’ com ele, estabelecendo algo como um ‘contágio disposicional’. O reconhecimento do “genius loci”, na medida em que se subentende humanizado um objecto ou lugar, implicitamente explica-me como posso entrar em relação com ele, torna-o particularmente apto a compreender-me e a ser por mim compreendido. É interessante como o cinema e, nomeadamente, o cinema de animação – recordem-se tantos ilmes da Disney – soube tirar partido desta capacidade de interpretação através da personi icação, criando imagens densas de potencial de comoção. Pelo contrário, elencar as componentes formais de um determinado objecto ou sítio, conhecer a sua história, o seu processo de constituição, não realiza, por 7 “Dialogo tra Sarah Robinson e Vittorio Gallese” in Dialogues (https://www.academia.edu/37134702/Intervista_su_Architettura_e_Neuroscienze_con_Sarah_Robinson 15.06.2020) 8 Gaston Bachelard – A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993. Cap. III, subcapítulo I e II
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si só, o acesso a esse paramim que dá nota do valor de memória, da pertinência ao Eu do monumento. Porquê? Porque qualquer conhecimento racionalista se processa por categorias ou classes, por notas comuns, isto é, identi icando no objecto que se quer conhecer as mesmas características que já se identi icaram noutros, antes conhecidos, e que o faz semelhante, por certos aspectos, e dissemelhante, por outros. Mas, desta maneira, não é possível identi icar o que neste objecto especi ica a relação insubstituível – a um tempo única e necessária –, não categorizável, quasí-humana, que esse objecto proporciona, e que o torna digno de memória, i.e., um monumento. Uma metodologia analítica de leitura do património é, em consequência, insu iciente. Um olhar mais profundo sobre o modo de percepção do ser humano dá nota de que este apenas reconhece na realidade aquilo de que percebe o signi icado9. A percepção humana é como um motor-de-busca de signi icados, repetidamente procurando aplicar à realidade uma matriz interna de sentido, de paramim. Inúmeras são as experiências que demonstram que a percepção isiológica dos elementos da realidade é completamente determinada pela interpretação que se consegue dar ao que se vê. Sem signi icado o ser humano só ouve sons – e não palavras – e vê manchas – e não iguras. Não captar o signi icado é como habitar um país estrangeiro de língua desconhecida de que só se consegue ouvir um vozear indistinto, irreplicável. Sendo que a percepção humana está particularmente preparada para as relações interpessoais – tendo aprendido, desde muito cedo, a perceber, interpretar e reagir adequadamente às mais leves alterações de isionomia ou de tom de voz – a personi icação de um objecto inanimado permite reconhecer nele aquilo que ele tem para me dar existencialmente. Por meio dessa personi icação, atentando nela, é depois possível reconhecer as especi icidades ísicas que servem de veículo à sua identidade insubstituível – muito para além do que resultaria de uma mera comparação analítica com outros objectos da mesma ou de outra classe – do mesmo modo que o conhecimento da personalidade de uma determinada pessoa faculta uma perspicácia maior no identi icar um determinado traço da face, ou um trejeito ou entoação típicos. O conjunto do texto e imagens que a seguir se apresenta é a ilustração prática do processo que atrás se procurou descrever e justi icar nas suas peculiaridades fenomenológicas e cognitivas.
O trabalho de identi icação do “genius loci” ou “genii loci” (espíritos do lugar) permite a identi icação dos traços formais – da arquitectura, do lugar – pelos quais o seu sentido memorial, o seu signi icado monumental, é veiculado, permitindo subsequentemente a sua correcta intervenção. Assim é possível discernir que 9 Maurice Merleau-Ponty – Phenoménologie de la Perception. S. l.: Gallimard, 1992, passim, mas especialmente a primeira parte.
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partes preservar, que partes suprimir (porque obstaculizam o acesso ao sentido do lugar) e o que acrescentar e como (com a intenção de facilitar o acesso ao signi icado do lugar). E tudo isto sem impositivas subjectividades autorais – como hoje em dia frequentemente acontece – ou confrangedoras submissões estilísticas – como acontecia em intervenções mais institucionais – na medida em que todo
Deste modo consegue-se uma e icaz e efectiva preservação do Património, dos monumentos, já não entregues a insu icientes ditames técnicos, como os da mínima intervenção ou da intervenção reversível. Deste modo os monumentos (o Património) – arquitecturas, lugares, objectos de artesanato ou arte, com valor de memória – poderão cumprir a sua função, a função de, como Heidegger sintetizava na citação inicial, “dar às coisas o seu rosto”, ou seja, desocultar a oferta de relação humana, com potencial de felicidade, que contêm, e, por meio disso, de “dar aos homens a vista de si mesmos”, isto é, a autoconsciência, madura e crítica, sem a qual não é possível uma presença – social, politica, cultural – operativa. Pedro Marques de Abreu Lisboa, 22 de Junho de 2020
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II. PRÓLOGO “A re lexão da paisagem no homem é activa e constante. A paisagem não é uma coisa inanimada; tem uma alma que actua com amor ou dor sobre as nossasideias ou sentimentos, transmitindolhes o quer que é da sua essência, da sua vaga e remota qualidade que, neles, conquista acção moral e consciente. Por isso, a paisagem representa um grande papel na nossa existência.”1
A
presente investigação tem por objetivo realizar uma re lexão sobre a importância do lugar como conceito inerente à Arquitetura. Os lugares não são apenas sítios ísicos, contêm uma dimensão menos evidente, que se traduz pela experiência comum; de cada sujeito. Esse comportamento impresso em quem o habita, é vinculado e estruturado pelo desenho da forma, o seu sentido e as características que atribuem unicidade ao lugar – é o gesto ou a dança do espaço. A mesma singularidade que transforma alguns lugares em únicos e insubstituíveis. Assim, compreender as singularidades de um lugar, pressupõe o estudo da sua correspondência com a comunidade que o habita, por outras palavras, entender a sua dimensão humana. “Gaio – Rosário: leitura do lugar” surge na continuidade de um estudo dos lugares, do território e da paisagem. O que se pretende é evidenciar o seu Genius Loci2, o caráter pessoal e especí ico do lugar. Apenas pela sua leitura é possível determinar o seu carácter, mas sobretudo revelar a personi icação que habita a paisagem. A expressão Genius Loci refere-se, portanto, ao conjunto de características arquitetónicas, formais e de linguagem, culturais e sociais que modelam no seu todo o sentido do lugar. Teixeira de Pascoaes. Livro de Memórias. Assírio e Alvim. Lisboa, 2001. Termo de origem latina que se refere ao "espírito do lugar". A expressão voltou a ser usada por Christian Norberg-Schulzz, no livro “Geniusloci. Towards a phenomenology of architecture”, onde o autor propõe uma abordagem fenomenológica na leitura do lugar e na correspondência da sua identidade.
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1. LOCALIZAÇÃO DO GAIO-ROSÁRIO NO ESTUÁRIO DO TEJO
O título da publicação delimita as duas dimensões do estudo: o lugar: Gaio-Rosário, a sua localização, feição, matéria e existência, e a noção de leitura. A metodologia usada passou pela visita e constante revisita, pela observação e escala do percurso sensorial e na intersubjetividade. Deste modo, foi necessário dividir a publicação em dois capítulos, que correspondem a duas fases sequenciais. A primeira baseou-se no levantamento e recolha combinada com a observação, desenho, fotogra ia e no registo dos discursos dos habitantes. Cruzando a história da vila com as estórias, memórias, experiências e sentimentos, foi construída a intersubjetividade – a segunda fase. Esta catalogação de manifestações permite con irmar a experiência sensorial in situ proveniente da leitura fenomenológica. Corrobora as características e qualidades apresentadas para o lugar, uma vez que existe a repetição de arquivos e fontes que validam as conclusões obtidas. A subjetividade, inerente ao ato de observação, é diluída pela objetividade da repetição das experiências, levando a uma universalidade da perceção – comum a vários. Por consequência, construímos a alma e isionomia do lugar. O que se pretende com este documento é que seja o re lexo e a expressão do Gaio-Rosário. Um primeiro momento descritivo, proveniente da leitura do espírito do lugar, e um segundo capitulo ou álbum, que ilustra essa personalidade. Sendo um palimpsesto de conotações e memórias, esta publicação posiciona-se como manual de boas práticas na preservação da identidade do Gaio-Rosário.
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2. IMAGEM SATÉLITE DO GAIO-ROSÁRIO
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III. CONTEXTUALIZAÇÃO 1. O GAIO: UMA OCUPAÇÃO ASSENTE NA GEOLOGIA
A
referência mais antiga à Moita remonta a 1384. Embora, a presença humana no Gaio seja anterior. Nas margens do rio Tejo estabeleceram-se desde cedo pequenas comunidades de pescadores e salineiros. Entrando pelos meandros da geologia é possível perceber uma ocupação humana que data dos princípios da humanidade. Em todo o concelho apenas existe um tipo de pedra, precisamente no lugar do Gaio. Fruto do acumular de sedimentos ao longo dos tempos, o cabeço onde hoje se encontra um moinho é um maciço rochoso composto por areias sedimentares. Por outras palavras: um arenito ferruginoso, uma pedra composta pela acumulação de areias e óxido de ferro. Consequência desta orogra ia, a zona foi cedo habitada, tirando partido da sua localização sobranceira ao Tejo. Recuperando uma conversa com o arqueólogo António Gonzalez, no contexto desta publicação, sobre das campanhas arqueológicas realizadas naquele local em 1994, este refere a presença do homem no alto do Gaio à época do Neolítico: “Ali há areias ferruginosas que depois engrossam precisamente na zona onde está o moinho. Essa zona foi protegida precisamente pelo estrato ferruginoso. Aliás, há sítios com ferro à super ície, e protegeu aquele cabeço. Praticamente todo aquele cabeço foi ocupado no neolítico.” As escavações revelaram não apenas a ocupação, como os hábitos alimentares à base de peixes e bivalves, e as atividades de produção e troca comercial – que teriam como base o sal. “Encontrámos fornos do período do neolítico, com cerâmica no interior, e após o abandono, no nível superior encontramos restos de conchas de ostras, berbigão…”3 “Em termos geológicos todo este concelho é composto por areias e argilas, com algumas coberturas eólicas. (…) Um solo arenoargiloso, que constituiu a base daquilo que são hoje os quilómetros de salinas que são este concelho. Tudo praticamente tinha salinas. Os Romanos precisaram de muito sal para o peixe e carne”. 4
3 Conversa com António Gonzalez no contexto desta publicação, acerca dos vários trabalhos arqueológicos realizados no Gaio-Rosário. 4 Idem
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A mesma força atrativa daquela orogra ia surge mais tarde, aquando da necessidade de exploração de pedra para a construção nas imediações. Nos séculos XIV e XV, em que por motivos diversos, se veri icou maior edi icação, como refere o arqueólogo, trazer pedra de Lisboa, Palmela ou da Arrábida, onde existiam pedreiras, seria uma epopeia. Por esse motivo, o cabeço do Gaio torna-se novamente num ponto apetecível desta vez para a extração de pedra. Aliado à proximidade com a água, foi possível movimentar pedra dentro do concelho: para a Moita, Sarilhos Pequenos e Alhos Vedros; e para fora do mesmo, para Palhais. O cunhal da igreja de Palhais é um exemplo da aplicação do arenito ferruginoso, o mesmo em Alhos Vedros nas janelas góticas da igreja matriz. A posição geográ ica do Gaio reuniu as condições para o desenvolvimento de uma comunidade e de uma economia sustentada não apenas na indústria das salinas, e apanha de ostras como, também, na exploração da pedra, antes mesmo da cultura da terra.
2. O ROSÁRIO: UMA CARTOGRAFIA HISTÓRICA “Após conquistar Lisboa, Martim Afonso aconselhou D. Afonso Henriques a atravessar o Tejo e desembarcar no Rosairinho, uma vez que seria mais fácil a conquista do castelo em Palmela.”5 A história dos lugares também se escreve com lendas e contos populares. A criação do povoado Gaio-Rosário – em particular o Rosário – surge ligada à referência de Martim Afonso. A sabedoria popular, em que esta publicação também se fundamenta, relata que este nobre terá sido proprietário de uma extensa quinta, que iria do Gaio para lá do Rosário, até à fronteira com a povoação de Sarilhos Pequenos – eventualmente uma outra quinta. Não sendo possível con irmar a informação, mas cruzando-a com as plantas cadastrais, conjetura-se que o lugar do Gaio-Rosário resulta certamente de uma única propriedade. Uma herdade autónoma com as suas servidões e dependências que gradualmente foi dividida e subdividida. O que aqui importa sublinhar é noção de unidade e a importância de uma comunidade: a noção de família. De modo a sistematizar estar informação, considera-se relevante fazer uma evolução cartográ ica do Rosário, embora não seja o intuito desta edição uma aprofundada abordagem histórica. Excerto de uma conversa com Marieta Moreira, residente no Gaio-Rosário, durante uma das tertúlias realizadas na Associação de Reformados do Gaio-Rosário.
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3. EVOLUÇÃO DO TECIDO URBANO DO ROSÁRIO
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IV. O SENTIDO DO LUGAR 1. O GAIO 1.1. ESTRADA MUNICIPAL 506 1.1.1 A LINHA QUE SOBE PELO OUTEIRO “O estuário do Tejo é (…) um pequeno golfo marinho, estrangulado pelas colinas de Lisboa e pela escarpa da Outra Banda, adjacente a terras baixas por onde a maré sobe ao longo dos ribeiros, oferecendo a uma população densa os recursos múltiplos da pesca, da navegação e da extracção de sal” 6
4. A ESTRADA MUNICIPAL 506 E A CORRELAÇÃO CAMPO/RIO
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Orlando, RIBEIRO. Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Coimbra. Coimbra Editora, 1945. PP.193
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Gaio-Rosário situa-se na margem sul do rio Tejo, no esteiro de uma das suas baías. É a junção de duas povoações: o Gaio e o Rosário – ou Rosairinho como primeiramente seria conhecido. Chega-se primeiro ao Gaio pela estrada Municipal 506, (atuais rua da Glória/rua Alexandre Herculano), que o liga ao Rosário e à Moita. A estrada corre lentamente, no enclave entre a reminiscência das salinas adoçadas aos campos de milho. Os campos de milho reforçam a sazonalidade do panorama. Antes das colheitas, o milho não deixa ver a extensão do chão. No inverno, os campos estão aparados e a terra negra deixa-se ver. A paisagem é pontuada por construções dispersas, em planos sucessivos, quintas ou solares. Espraie-se a noção de aglomerado urbano. A estrada é o eixo estrutural de ligação dos dois povoados. Por um lado, é um istmo de ligação, por outro organizador do próprio edi icado.
5. A NOÇÃO DE ISTMO E O PERCURSO
No Gaio, o eixo rami ica-se em dois: a estrada que sobe pelo alto do moinho (rua Luís de Camões); e a que acompanha a costa recortada do esteiro (rua Eça de Queiroz). A estrada embora se divida, é a mesma municipal 506, mas com per is de rua distintos. A que sobe pelo outeiro comporta maior luxo e tem carácter urbano. A construção orienta-se pela artéria principal, e os alçados voltam-se para a rua, atribuindo-lhe um rosto. As casas, quando ausentes, permitem ver através dos longos campos. As construções mais recentes suprimiram a permeabilidade entre rua e interior da habitação, deixando de existir somente uma soleira de separação entre o interior e exterior. É substituída pelo logradouro na frente, como tipologia comum, diluindo-se a correlação.
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6. DIAGRAMAS REPRESENTATIVOS DA ORGANIZAÇÃO DO EDIFICADO NO GAIO
1.1.2 A LINHA QUE DESCE JUNTO AO RIO Contrariamente, a estrada que curva pela caldeira tem uma relação franca com a paisagem e o rio. Um rio que foi abundante em peixes e está repleto de bivalves. O símbolo da indústria romana de preparados de peixe, no estuário do Tejo, que chegou à modernidade. O terreno é pantanoso com pouca profundidade. O rio é campo, e os campos são baixos; formam-se caldeiras, ramiicações de canais de águas com muita vegetação aquática, propiciando-se construções moageiras. É um rio de águas serenas, materno e de linhas femininas. Precisamente no cotovelo entre o Tejo com leito de ria e a escarpa do outeiro – que foi pedreira – instalou-se um estaleiro que pertenceu a José Francisco Lopes, o Mestre Lopes.
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1.2. O LARGO DO ESTALEIRO NAVAL O Mestre Lopes é uma igura incontornável do Gaio Rosário. O seu pai ancorou o estaleiro perto da caldeira do moinho velho, à data restavam ruínas. Para os lados do Rosário operava um outro, seriam mais tarde compadres e João Lopes é a memória ainda viva dos seus dois avôs, construtores de embarcações. A economia do Gaio-Rosário foi desde cedo modelada pelo território. A exploração do Tejo com a extração de sal, a pesca, a apanha de ostras, a agricultura, viabilizou autonomia e fomentou o desenvolvimento dos povoados, até à chegada da fábrica. A construção naval e todos os artí ices, que em torno dela orbitaram, constituíram-se como os modos e os meios para o domínio do território, em particular daquele território. Em especí ico, junto do estaleiro, o aglomerado forma-se denso. As casas mantêm a soleira direta para a rua, abrindo as fachadas a poente, ao rio interior e à serra da Arrábida, recortada ao fundo. Diferente do resto da via, em que os edi ícios se acostam ao cabeço do moinho, neste ponto, o estaleiro cria uma coletividade em torno – como um largo: o do estaleiro; o das o icinas de apoio à construção naval.
7. O LARGO DO ESTALEIRO
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O conceito de largo, pela conluência de ruas, desenha-se como uma área urbana espaçosa. Antes, a estrada era um eixo reto de ligação entre pontos – no caso da estrada que sobe, a comunicação entre as portas do Gaio, a Moita e o Rosário – agora a estrada completa a paisagem, tomando formas e cadências desaceleradas. O percurso é demorado na chegada ao Rosário, porque é interrompido, ora por janelas ao rio, ora por bolsas que se abrem – semelhante ao percurso no sítio das salinas, junto do moinho, no caminho que vem da Moita. O jardim das Canoas é um outro exemplo e reforça o compasso. Implanta-se a uma cota mais baixa que a estrada e pouco mais alta que a água, que nos toca os calcanhares. Podemos airmar que esta estrada tem peril de rua mais próximo do promenade, distante da estrada do alto, que se aigura à escala da viatura. Em qualquer um dos casos, o sentimento de isolamento toma forma, como um gradual afastamento dos prédios urbanos para os rústicos. O Gaio é jovial e alegre, é um pássaro no campo, ou numa embarcação. Trata o campo como uma oicina de múltiplos trabalhos. Ali a relação com o rio é ampla, porque o rio é sereno e confunde-se com os campos. A dada altura não sabemos ao certo os limites de cada um.
2. O ROSÁRIO O Rosário, mais do que o Gaio, apresenta uma tipologia e morfologia própria: a povoação é concêntrica, conduzida por um eixo urbano. Anteriormente referimos, que no Gaio a construção é dispersa. As casas surgem individualizadas na paisagem, ao longe, em posições relativas nos terrenos – excluindo o caso especíico do largo do estaleiro naval – ou em linha pela estrada do alto – fruto do planeamento e desenvolvimento urbano. No Rosário as casas formam um casario e por consequência uma unidade de paisagem. Se a chegada ao Gaio é anunciada pela frente ediicada e bifurcação da via, no Rosário é o oposto. Os dois arruamentos conluem numa triangulação que origina uma única rua. Sem desconsideração pela actual toponímia, a noção de estrada municipal pareceu-nos desde sempre mais próxima da experiencia e do percurso no lugar. Com a utilização da referência Estrada Municipal 506, pretendemos reforçar o quanto esta é estruturante na constituição do Gaio-Rosário como um todo, ligando duas partes, num circuito fechado. É a espinha dorsal do território, conluindo pontos numa viagem de ida, entre a Moita e o Rosário, e de volta, por um outro trajeto, um aluente do mesmo. A estrada municipal 506 tem esse sentido peninsular, de via que nos leva e nos traz de volta.
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8. O ROSÁRIO COMO LARGO CONCÊNTRICO
2.1. O LARGO Diferente do largo do estaleiro naval, cuja forma resulta de uma bolsa na estrada, o largo do Rosário é circular e estruturado. O coreto, uma construção do século XX, é um adereço para um palco de acontecimentos. É espaço para o convívio, para as festividades: local de encontro. O cenário não é a bucólica cena do campo ou a esquadria das salinas, mas sim as casas. As fachadas do casario fecham o núcleo a norte (com a exceção da rua que segue para o Posto de Depuração das Ostras, a rua da Cidla), como um muro à paisagem – não a deixando entrar. As únicas aberturas ao horizonte são perpendiculares ao rio, com a Rua Pereira Silva e a Rua 25 de Abril. Estas ruas são en iamentos de um sistema de vistas controlado, como iremos perceber. O crescimento do casario respeitou a cércea existente. A casa comum tem um piso de altura, duas janelas e uma porta ao centro. São em adobe e taipa, algumas com argilas negras, despojadas de adornos, mas quase sempre com uma platibanda, ou seja, sem beirado livre. É possível que muitas delas tenham sido intervencionadas no decurso do séc. XIX e séc. XX, repetindo-se o modelo nas restantes – introdução da platibanda, frisos e desenhos em alto-relevo. Presume-se que o n.º10 da rua D. Nuno Alvares Pereira, lote em ruínas, se aproxime do modelo inicial: uma construção de fachada baixa, com uma porta e duas janelas, telhado de duas águas e beiradolivre. As cantarias seriam pobres, sendo a pedra reservada para casas mais nobres. A exceção deste modelo acontece precisamente nas ruas perpendiculares ao rio, onde as casas ganharam um segundo piso.
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A cor é um elemento fundamental na coesão do alçado. Não existe um padrão, mas uma procura de individualidade. As cores são quase sempre em tonalidades terra, salvo raras exceções, mas os detalhes e ornamentos lembram as pinturas naif das embarcações, próprias destas comunidades piscatórias. Recuperando as palavras do geógrafo Álvaro Domingues: “Casas são pequenos mundos, dispositivos que por fora dizem do que somos por dentro e do modo como podemos usar isso para comunicarmos uns com os outros: ser igual ou diferente dos outros, eis a questão. O ornamento não é mais do que uma linguagem à procura de interlocutores.” 7 Embora a vila seja plana, desde a entrada no largo do coreto existe uma ligeira inclinação que vence metro e meio de altura. O coreto é um palanque para a rua e aí as casas são mais altas. Eventualmente antes da pavimentação com asfalto, as ruas teriam uma ambiência mais homogénea, evidenciado pela terra batida e os desníveis menos acentuados, permitindo outra luidez de apropriações – as casas a nascente. 2.2. O PÁTIO O pátio é um elemento notável na arquitetura do Rosário. De forma retangular com habitações modestas, dispostas à volta de um recinto comum. Murado, voltado ao interior, apenas com dois acessos, um junto do largo (largo do Coreto ou largo do Operário) e outro para o rio (largo das Forças Armadas). É um objeto arquitetónico autónomo que replica a sensação das ruas, enquanto logradouro comum ao casario. Nesta estrutura, tal como nas ruas do Rosário, os alçados são o cenário de acontecimentos e a paisagem é apenas o céu – o olhar é direcionado para cima. As fachadas são apropriações domésticas. A aplicação da cor é contida e uniforme. O azul do céu é intenso. A escala, sobretudo a distância entre alçados é estreita, conferindo-se uma perceção de acolhimento. Fala de interior, um ventre materno, em oposição ao exterior. O interior de intimidade. O pátio do Rosário é o lugar por exceção para nos sentirmos em casa: o arco nascente, a porta à rua e ao largo do Coreto; a arcada ao rio é um túnel à paisagem – um dispositivo que nos resguarda do ambiente exterior.
Álvaro Domingues para o projeto “A Casa Deles”, um projecto de Mariana Pestana e Pedro Lino com fotogra ias do Bairro Piscatório de Silvalde, em Espinho, no verão de 2011. Uma edição d“A Vida Portuguesa”.
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Destaca-se, nesta estrutura, a casa com uma escadaria de pedra. Uma casa sobrelevada que terá sido a primeira, geradora do muro habitado. Apresenta características distintas das anteriores – veja-se a utilização da pedra, ou o beirado livre o lajeado de calcário, não comum nestas construções humildes.
9. O PÁTIO
2.3. O LARGO DO ANTIGO LAVADOURO O gesto natural da chegada ao largo do antigo lavadouro (atual largo das Forças Armadas) é caminhado através do pátio. Entre o Gaio e o Rosário, a relação com o rio era paralela ao seu curso, fechando-se depois os pontos de vista no Rosário. No largo do antigo lavadouro a vista é desafogada. O rio é o mesmo, mas não é brando, perde as curvas maternas que entram terra adentro, alongando-se no areal. Sente-se o vento, que até então não se tinha levantado. O ambiente familiar dissipa-se para o isolamento do corpo. Funcionalmente, o largo foi usado como cemitério de apoio à igreja, depois como lavadouro público, atualmente é um jardim. Voltado a poente, a vista abre-se a 180 graus, deixando para trás o casario. É sobretudo vazio. Não existe o calor do acolhimento, não é lugar de permanência. A experiência feita é a da contemplação, o sentido de estar, icar e permanecer é trocado pelo de passagem efémera. Se imaginarmos uma casa, é aquele canto, ou ponto onde o corpo está encolhido e o espaço ganha escala e proporção desconfortável. O corpo retrai, mas a alma está em silêncio negando o mundo trazido pela visão.
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2.4. A ERMIDA “No termo da Vila da Mouta (que se refere à Moita) há um lugar, a quem dão por nome de esteiro furado, cuja paroquial igreja é dedicada a São Giraldo; nesse lugar há uma quinta e nela uma formosa e grande ermida dedicada à Virgem nossa Senhora com o título do Rosário, que resplandece em muitos milagres e maravilhas; essa Ermida da Senhora era antigamente dedicada ao discípulo amado São João, a qual fundou naquele sitio pelos anos de 1533. Cosme Bernardo de Macedo, por especial devoção que tinha ao Santo Evangelista: e logo na sua fundação colocou também a imagem da Senhora do Rosário, já hoje não consta mas desde o tempo em que ali foi colocada, começou a obrar tantos milagres que (foi) esquecido o título de São João Evangelista, e deu aquela casa o titulo da Senhora do Rosário, pelos muitos milagres, e maravilhas da Senhora, e a im (por im) se esqueceu o título do Santo Evangelista”. 8 A igreja de Nossa Senhora do Rosário ou ermida do Rosário data de 1532. Foi mandada edi icar por Cosme Bernardo, idalgo da Casa Real, dedicada a São João Evangelista. O mesmo idalgo terá residido na casa no primeiro andar do pátio do Rosário. É uma ermida de linhas simples, em alvenaria de pedra e cal, e cantarias em pedra. Uma construção vernacular, com traços Manuelinos, assente sobre uma estereotomia de tijoleira. Teve obras de requali icação, pelo menos em dois momentos, no séc. XVII e séc. XVIII, porém a imagem da capela que nos chega aos dias de hoje é próxima do original – fruto da última intervenção no século XX.
Agostinho de Santamaria. Santuário Mariano, e historia das image[n]s milagrosas de Nossa Senhora, e das milagrosamente ap[p]arecidas, em graça dos pregadores, & dos devotos da mesma Senhora, Lisboa, 1707.
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10. O SISTEMA DE VISTAS NO LARGO DA IGREJA
2.4.1 O ADRO DA ERMIDA As várias intervenções de restauro e requali icação, permitiram soltar a capela do casario – retomou a importância de zimbório da localidade no Tejo. A orientação nascente/poente adquire maior signi icado quando, no degrau de pedra, o olhar é orientado para a embocadura do esteiro, o rio. No percurso Gaio-Rosário, o horizonte não assume a mesma importância. No adro da pequena Ermida, a sucessão de horizontes é múltipla. Fecham-se os braços de terra vindos do Barreiro e do Montijo, primeiro. Depois, o Tejo e ao fundo a margem norte, com Lisboa. Enquanto no Jardim das Canoas, no Gaio, as distâncias são lidas em metros percorríeis, aqui a batimetria é navegável e o horizonte apela a outras viagens. Se o pátio é o ápice do acolhimento no Rosário, o adro da ermida é a possibilidade de estar sozinho em silêncio, sabendo que podemos recolher-nos novamente ao interior.
3. CONSIDERAÇÕES Na povoação do Gaio-Rosário há uma relação respeitosa com o rio. É comum este sentimento em comunidades piscatórias. O núcleo fecha-se sobre si, estreitando-se uma abordagem ao rio meramente funcional ou espiritual. As romarias marianas e as festividades populares são a intersubjetividade desta relação. A igreja é o objeto desse culto e, simultaneamente, a representação do farol que guia as embarcações até casa. Não é ao acaso que a mesma fora implantada no ponto mais elevado do Rosário, desenhando-se nas costas o plano marginal do casario. Antes mesmo
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do desenvolvimento urbano, a casa onde moraria Cosme Bernardo de Macedo, no fecho do pátio, abria-se para o interior. Volta-se a nascente, deixando ermo o monte para a capela. O mesmo pátio desenhou-se primeiro em forma de “U” aberto para sul, com o campanário no extremo e a porta para os campos e salinas a sudoeste. Do outro lado, cresceu a povoação, orientada pela via, formando posteriormente um novo largo, palanque das mesmas comemorações sazonais. A povoação do Gaio tem uma menor exposição ao rio Tejo, pelo menos, ao rio com horizonte marítimo. O rio tem mais sabor de ria que enrija os campos, tornando-os férteis para a agricultura. O Rosário é voltado ao rio, o Gaio faz-se de terra.
Estar no Gaio-Rosário é afastar-nos da urbe, é cultivarmos a sensação de isolamento. O percurso até à igreja é um período de afastamento da vida do dia-a-dia, consagrado à meditação, ao recolhimento. O acolhimento sente-se na vila, em particular no pátio, onde a mesa da ceia nos espera com um abraço, após o sol-posto. Retomando a conversa com António Gonzalez: “creio que no neolítico, em que a água estava um pouco mais alta do que hoje, o Gaio-Rosário seria uma ilha. Aliás não é di ícil de ver, tudo à volta é uma linha de salinas que entra por ali dentro e vem quase ligar à zona por onde se entra na estrada. O solo inclusive é mais escuro, e argiloso”. A imagem de ilha parece-nos apropriada à perceção de isolamento sentida na chegada ao lugar. A estrada Municipal 506 e o modo como se liga à vila da Moita, torna o Gaio-Rosário um lugar por excelência para o isolamento. A sua localização e acesso dissipam a ligação que temos com a realidade do quotidiano. Por outro lado, os contornos toscos dos alçados, os edi ícios apertados, os limites interiores/exteriores diluídos, a dimensão da rua que se sobrepõe às áreas nas casas, tudo isto, atribuí-lhe um sentido de casa – reconhece-se no pátio o seu expoente. Se por um lado o Gaio-Rosário é um lugar de geogra ia distante, para lá da Moita, cujas ligações a outros aglomerados urbanos de chão mais duro são linhas que oscilam nos terrenos humedecidos, por outro lado, é um lugar aconchegante, que nos é familiar ou que nos recorda essa intimidade.
Por lá, espera-nos um pescador tradicional, sempre enroupado, com o rosto fustigado pelo sol e sal. É um homem solitário, mas que vive em comunidade. Trata os vizinhos pelas alcunhas e não lhes sabe os nomes, apenas as moradas, as vidas. Conta histórias sobre o mar e as marés. Recita o Borda-d’Àgua e prepara-se para as festividades antecipadamente. Casou com uma mulher da terra, talvez um parente distante. Ela é taciturna, com o rosto fechado. Viveu da lavoura dos campos, no Gaio, e esperou-o muitas vezes à beira do moinho,
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lá no alto. Dedica-se aos afazeres domésticos e quando faltou o cultivo da terra, foi trabalhar para as fábricas, que respondiam à modernidade dos tempos. Ele, por outro lado, dedicou-se quase sempre à vida no rio e aos seus afazeres. Desde a construção do barco, à sua pintura e navegação. Visitar o Gaio-Rosário é um encontro com as modestas origens das povoações à beira do Tejo.
4. PARA UMA INTERVENÇÃO DE RESTAURO NO GAIO-ROSÁRIO Qualquer intervenção arquitetónica a realizar no Gaio-Rosário não deverá perder de vista estas duas personalidades – o homem rio e a mulher campo. Devem ser defendidas as características pelas quais é vinculada esta especi icidade. A estrada que desce no Gaio e o arruamento no Rosário deveriam perder o forte carácter viário. A rua, sobretudo no Rosário, deveria estreitar, possibilitando ao casario uma nova apropriação, como uma extensão da casa – semelhante ao pátio.
O estaleiro naval tem um forte potencial de requali icação. O pavimento deveria ser contínuo entre via, estaleiro e casario, com ligação ao jardim, reforçando o conceito de bolsa. Com isto, a relação com o rio mantém-se luida, tirando partido da existência da caldeira e das águas brandas do Tejo. O programa que ditar a intervenção deve ir ao encontro da preservação das técnicas tradicionais de construção naval, costura de velas e pintura de embarcações – um abrigo para o património imaterial que são os saberes populares. Um equipamento que digni ique a construção naval, resgatando-a para a contemporaneidade, seja pelo ensino das técnicas, seja pelo uso recreativo e lúdico das embarcações. O percurso entre o estaleiro e o Rosário deve manter-se desimpedido ao olhar para poente, para a caldeira, sobre a praia, mantendo o per il de estrada estreito. Os largos comunicantes no Rosário, ou seja, o largo do atual lavadouro e o largo do coreto, devem ser pontos da mesma reta, privilegiando o espaço público de permanência, plantando sombra e lugares de espera. O desenho não deve ser rígido, a régua e esquadro, mas espontâneo e com pouco ornamento,
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sem vícios arquitetónicos, reproduzindo as vivencias daquela comunidade. Tal como junto do estaleiro, aqui o casario deve manter a paleta de cores pastel, procurando uniformizar os tons, mas nunca a sua individualidade. Não deveriam ser utilizados materiais nobres para os embasamentos das casas, capeamentos, revestimentos e molduras de vãos, antes a cal e o potencial da plasticidade da cor.
Sugere-se que as casas que compõem o pátio mantenham apenas um piso, com coberturas de uma água inclinadas ao céu. O céu é o elemento da paisagem dentro do pátio, e as vistas devem ser orientadas nessa direcção. A cor, ao contrário dos arruamentos, deveria ser única, sublinhando o pátio como edi ício único. O pavimento, recentemente intervencionado, é o campo comum do impluvium, assim deveria se uma única materialidade, com poucas diferenças altimétricas. Os ruídos contemporâneos impossibilitam uma apropriação espacial doméstica, que é crucial. Em caso algum deve ser anulada a permeabilidade pedonal e visual entre o centro do Rosário, o Pátio e o Largo da igreja, uma vez que é este o gesto natural e de comportamento no espaço. Estas intenções de projeto permitem que a comunidade possa usar o espaço público como uma real extensão das suas casas, sublinhando a expressão de acolhimento.
O desenho da plataforma onde assenta a igreja é um delicado plateau. Deveria estender-se ao restante largo sob a forma de an iteatro ao rio, sem vegetação alta, ou mesmo sem vegetação. Sobretudo árido, procurando o vazio, porque é o sítio próprio de confronto com o rio. O muro que sobe até à igreja deveria ser opaco, robusto, e curvar na frente da igreja, reforçando o gesto de subida paralela ao rio, até ao adro da igreja.
No parque das merendas, os eucaliptos deveriam ser substituídos por árvores autóctones com copa mais baixa, para que se assemelhe mais à escala do Homem. Pode ser pensada em substituição uma estrutura efémera, um posto de observação da paisagem – um miratejo.
Deve ser enfatizado o limite do percurso e da vila, na igreja. Para isso, o norte deveria manter-se vacante, plantando-se apenas paisagem. O crescimento do Rosário para norte, ocorrendo, deveria respeitar o plano marginal da vila, mantendo a igreja isolada. O Gaio é o lugar da terra, ligado ao esteiro. O Rosário, o sítio onde a embocadura do Tejo se abre ao horizonte. Estão intricados um no outro como dois povoados de origens humildes, um homem e uma mulher de jeitos e dizeres toscos. São lugares de despojamento material, ligados às técnicas, aos modos e aos meios. Os modos, como a forma empenhada em fazer, a própria actividade, o meio como o contexto onde está inserido, sobretudo as especi icidades do território.
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PARTE II.
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I. VIDA NO RIO
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“ – Havia relações de troca entre o Gaio e o Rosário. O Gaio era terra, o Rosário mar. ” CARLOS MENDONÇA, MARINHEIRO (2019) CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO
“ – Em termos geológicos todo este concelho [ Moita ] é composto por areias e argilas, com algumas coberturas eólicas. Há uma cobertura eólica que cobre uns níveis paleocénicos. Portanto, o paleocénico é muito vulgar aqui; um solo areno-argiloso, que constituiu a base daquilo que são hoje os quilómetros de salinas que são este concelho,Tudo praticamente tinha salinas. Os Romanos precisaram de muito sal para o peixe e carne. A necessidade de toneladas de sal só era possível aqui…” ANTÓNIO GONZALEZ, ARQUEOLÓGICO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019)
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A extração de sal nas margens do rio Tejo tem origem ainda no Neolítico. Primeiro através do aquecimento da água salgada, em fornos. Mais tarde a produção tirou partido da mudança de marés, da ação do vento e do sol, pela evaporação das águas. Ainda sem nenhuma referência ísica da presença Romana nesta margem, a extração do sal manteve-te contínua até meados do século XX.
1. VISTA SOBRE O RIO A PARTIR DO MOINHO DE MARÉ DO “LARGO DA FREIRA” (2020) 2. VISTA A PARTIR DO MOINHO DE MARÉ DO “LARGO DA FREIRA” PARA SUL (2020) 3. VISTA A PARTIR DO SÍTIO DAS MARINHAS, CENTRO INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL (2020) 4. MAPA DAS ZONAS ONDE SE CONCENTRAVAM OS PRINCIPAIS NÚCLEOS SALINEIROS DURANTE OS SÉCULOS XV E XVI NO ANTIGO CONCELHO DO RIBATEJO, POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO
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“ – Os homens trabalhavam ao sol, descalços sobre os muros das salinas, juntando os cristais do sal. Quando o sal secava carregavam as fragatas para o levarem para Lisboa.” MARIETA MOREIRA, RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019)
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7.
6. SÍTIO DAS MARINHAS – CENTRO DE INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL, SITUADO NA ESTRADA DA MOITA PARA O GAIO (2019) 7. 8. SALINAS DO ROSÁRIO, ORGANIZAÇÃO DOS SAPAIS
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FILIPE CAMPANTE HOMEM DO MAR: SALINEIRO
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10.
9. RETRATO DE FILIPE CAMPANTE POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020) 10. POSTAL DAS SALINAS DO ROSÁRIO 11. ILUSTRAÇÃO DO TRABALHO DO SALINEIRO NAS SALINAS, POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020)
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“ – Eu era de uma família humilde. Os meus pais por acaso, em 20 anos de casados tiveram 11 ilhos. E então eramos muitos. Tinhamos que começar a trabalhar desde que eramos pequeninos. Eu começei a trabalhar quando tinha 10 anos e aos 13 anos fui para as salinas. Começei primeiro por moço, essas funções eram ir buscar água para os homens que trabalhavam na marinha. E depois ia aprendendo! Fazia aquilo, depois acendia o lume para fazer o almoço para os homens. O horário das marinhas era das 9:00 até às 18:30; tinhase 1:30 para o lmoço nas salinas, e era assim. Depois no outro ano já entrei como moço. Aquilo tem umas categorias, como os fragateiros. Há o arrais, há o camarada e há o moço. Antes do moço há o aprendiz, o moço de primeiro ano. (...) Para cima do muro faziase uma serra. Essa serra de sal depois era tapada com uma palha, chamada junco, para evitar as chuvas de derreter o sal. Depois quando vinham os barcos aqui do Rosário ... transportar o sal para [que] Lisboa, porque antes tinha mais utilidade o sal, porque não havia câmaras frigori icas, nem arcas, nem aquilo que há agora. Era tudo conservado nas saleiras. No Norte matavase um porco, vai para a salgadeira; noutro lado, vai para a salgadeira. Os próprios navios de bacalhau iam carregados daqui de sal para quando começassem lá a apanhar o bacalhau, era conservado no sal. Era tudo conservado à base do sal. O sal nessa altura tinha muito mais valor! Ao aparecerem estas camaras frigori icas, máquinas e toda esta parte para conservação, deixou de ter interesse o sal. Por isso, as marinhas deixaram de ter utilidade.”
FILIPE CAMPANTE, SALINEIRO VÍDEO “O NOSSO LUGAR É UM MUNDO II: OFÍCIOS” (2017)
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14.
12. 13. ZONA EXTERIOR DE TRABALHO, CASA DAS VELAS NO GAIO JUNTO AO ESTALEIRO NAVAL 14. CONSERTO DE VELAS, CASA DAS VELAS (EDIFÍCIO COM PEDRA À VISTA)
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CLEMENTE SILVA HOMEM DO MAR: LISNAVE E FABRICO DE VELA (TÉNICA TRADICIONAL DE COSEDURA DE VELAS PARA BARCOS) 1942
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16.
15. RETRATO DE CLEMENTE SILVA POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020). CLEMENTE, FILHO DO MESTRE BRÁS DA SILVA E PRIMO DE LÁZARO SILVA 16. MESTRE BRÁS (ESQUERDA) E CLEMENTE SILVA NA CONFEÇÃO DAS VELAS (1973) 17. 18. RETRATOS DE CLEMENTE SILVA QUANDO ERA CRIANÇA 19. RECORTE DE JORNAL SOBRE CLEMENTE SILVA E O FABRICO DE VELAS, ATIVIDADE CENTENÁRIA E FAMILIAR AO SERVIÇO DAS EMBARCAÇÕES TRADICIONAIS DO TEJO
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20.
Brás da Silva e José da Silva, conhecidos como os irmãos Brás, começaram na arte de fazer velas sob a orientação do pai, tendo sido o conhecimento transmitido geracionalmente.
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21.
20. MESTRE BRÁS DA SILVA, MESTRE DE VELAS 21. MESTRE JOSÉ DA SILVA (1928-2015), MESTRE DE VELAS
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22.
“ – Antes chegava a ir para lisboa coser velas, para não ter que as trazer. Quando havia um rasgão lá íamos nós. Descosíamos à frente os pontos e atrás estava o meu tio [Mestre Brás da Silva] a coser. O meu tio era uma máquina, quase que não se via as mãos. ” LÁZARO MENDONÇA SILVA, MESTRE DE VELAS E FILHO DO MESTRE JOSÉ SILVA CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2020)
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23.
24.
22. LÁZARO MENDONÇA SILVA A COSER VELAS À MÁQUINA (1951) 23. AVÓ AUGUSTA ROSA E O MESTRE JOSÉ DA SILVA 24. MESTRE JOSÉ DA SILVA A COSER VELAS À MÁQUINA
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LÁZARO MENDONÇA SILVA HOMEM DO MAR: FABRICO DE VELAS (TÉNICA TRADICIONAL DE COSEDURA DE VELAS PARA BARCOS) 1948
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“ – Eu aqui no Gaio era o único que tinha uma bola, mas tinha trabalho no estaleiro [ Casa das Velas ], tinha que descoser as velas para depois coser. Então chamávamos a malta para ajudar e ser mais rápido para irmos jogar.” CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO PUBLICAÇÃO (2020)
“ – Comecei aí com cerca de 7 anos. E com 7 anos quando andava na escola, quando saia da escola, tinha que ir trabalhar. Agora é um bocado diferente, mas naquela altura era assim. Na altura havia muito trabalho, havia muitos barcos, só aqui a nossa zona da Moita, Gaio-Rosário, havia aí cerca de umas 50 embarcações e portanto era de “sol a sol”. A nossa máquina é esta peça que eu tenho aqui na palma da mão que é o chamado um repucho. Tem um dedal metálico que é para nós quando estávamos a coser metermos o cú da agulha aqui, e tem este reforço metálico, que senão [a agulha] entrava pela palma da mão a dentro. Portanto a peça é isto, é a agulha, depende do tamanho. O repucho, a linha, a agulha, uma faca, duas espichas e um banco – são as nossas ferramentas. Estávamos aqui cerca de 12 horas, 12 horas nesta posição. Quando estou a fazer uma vela destas estou a crescer, estou a renovar a minha idade. ” LÁZARO MENDONÇA SILVA, MESTRE DE VELAS E FILHO DO MESTRE JOSÉ SILVA VÍDEO “O NOSSO LUGAR É UM MUNDO II: OFÍCIOS” (2017)
25. RETRATO DE LÁZARO SILVA POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020). LÁZARO, FILHO DO MESTRE JOSÉ DA SILVA E PRIMO DE CLEMENTE SILVA 26. ARTIGO NA REVISTA “MUNDO NAÚTICO” 27. ILUSTRAÇÃO DE LÁZARO SILVA A COSER MANUALMENTE VELAS, POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020)
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28.
“ – As velas, o tecido para as velas vinha da Companhia Nacional de Fiação. A vela é lona de linho, cosida. Já nada e feito à mão, à mão e só entregar”. Agora nem era possível [coser], uma vela de uma fragata de 16 metros eram precisos 2 homens e umas duas horas de trabalho. ” LÁZARO MENDONÇA SILVA, MESTRE DE VELAS CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2020)
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28.
28. INSTRUMENTOS PARA COSER VELAS MANUALMENTE: (DA ESQUERDA PARA A DIREITA ) MACETE; MULETA; ESPICHAS DE MADEIRA; ESPICHAS DE FERRO; FACA; TESOURA; ALICATE DE PONTAS CHATAS; AGULHA PARA ENTREGAR O CABO ÀS VELAS (AGULHA MAIOR); AGULHA PARA COSER AS VELAS (AGULHA MAIS PEQUENA); REPUCHO; CERA; FIO. (2020)
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29.
30.
Os estaleiros navais que pontuavam as margens do Rio, um junto da Capela da Nossa Senhora do Rosário, outro no enclave entre o Gaio-Rosário, dedicavam-se à construção de embarcações tradicionais do Rio Tejo. Mais tarde sobreviveu apelas o estaleiro do Mestre Lopes. Atualmente o único estaleiro naval operacional na zona encontra-se em Sarilhos Pequenos.
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32.
“ – O Gaio era autossuficiente, tudo para se fazer um barco estava aqui, a oficina dos ferreiros, as velas, a mão-de-obra, tudo, só a madeira é que tínhamos que a ir buscar. ” JOÃO LOPES, FILHO DO MESTRE JOSÉ LOPES E RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2020)
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29. VISTA AÉREA SOBRE O GAIO-ROSÁRIO 30. VISTA A PARTIR DO RIO SOBRE O ESTALEIRO NAVAL DO ROSÁRIO 31. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DO ESTALEIRO DO ROSÁRIO (1935). FRANCISCO HENRIQUES DE BERARDO, CONHECIDO POR XICO DO PÁTIO OU TRINCA-ORELHAS. FRANCISCO ERA O MESTRE DO ESTALEIRO DO ROSÁRIO E SOGRO DO MESTRE JOSÉ LOPES, MESTRE DO ESTALEIRO NAVAL DO GAIO 32. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DO ESTALEIRO NAVAL DO GAIO. ESTE ESTALEIRO FOI CONSTRUÍDO NO INÍCIO DO SÉCULO XX PELO MESTRE FRANCISCO LOPES, PAI DO MESTRE JOSÉ LOPES
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35.
“ – Os macacos eram para levantar as embarcações. Isto era como os mecânicos, mas em vez de fazermos um buraco, levantávamos os barcos um metro de altura, para calafetar o fundo. ” LÁZARO MENDONÇA SILVA, MESTRE DE VELAS E FILHO DO MESTRE JOSÉ SILVA CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2020)
33. 34. CONTRATO DE ARRENDAMENTO DO ESTALEIRO NAVAL DO GAIO; INQUILINO MESTRE FRANCISCO LOPES (1947) 35. ESTALEIRO NAVAL 36. ESTALEIRO NAVAL DE SARILHOS PEQUENOS (2020)
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37. ESTALEIRO NAVAL DO GAIO 38. CÁBREA DO ESTALEIRO NAVAL DO GAIO
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BARLAVENTO n. lado da embarcação de onde sopra o vento. O oposto de Sotavento. BOCA DA EMBARCAÇÃO n. largura máxima de uma embarcação. BOLINAR (navegar à bolina) n. navegar próximo do vento, na sua direcção. BOMBORDO n. lado esquerdo de uma embarcação, olhando de frente, opsto à definição de Estibordo. CÁBREA n. pontão sobre o qual existe montado um aparelho de manobra de pesos. É utilizado para embarcar ou desembarcar grandes pesos sem que se tenha necessidade de atracar o navio ao cais; para transportar grandes pesos a pequenas distâncias e para retirar do fundo. CANECO n. na gíria náutica corresponde à parte da frente do barco, proa. ESTOPA n. cabo de massa (corda) alcatroada e com a ponta desfiada. Cabo usado nas emendas dos barcos, no intervalo de cada tábua. GAIO n. cabo que fixa a vela, não a deixando subir. MACACO n. o mesmo que um esticador, para levantar o barco POPA n. parte posterior da proa oposta à proa. QUILHA n. peças que fecham e fixam a estrutura das embarcações. SOTAVENTO n. lado para onde sopra o vento
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40. ESTALEIRO DO GAIO 41. INTERIOR DO ESTALEIRO DO GAIO (2020)
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43.
43. INSTRUMENTOS PARA TRABALHAR A MADEIRA MANUALMENTE NO ESTALEIRO NAVAL: ( DE CIMA PARA BAIXO ) NÍVEL; SERROTE DE PONTA; PLAINA PEQUENA; PLAINA GRANDE (2020)
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45.
39. 42. 44. EXCERTO DO ARTIGO NA REVISTA “MUNDO NAÚTICO” (SÓ HOUVE ACESSO A ESTAS PÁGINAS DO ARTIGO) 45. RÉPLICA EM MINIATURA DO “ESQUELETO” DE UM VARINO
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47.
46. ESTALEIRO DO GAIO JUNTO AO RIO 47. VISTA A PARTIR DO ALTO DO MOINHO SOBRE O COMPLEXO DE CONTRUÇÃO NAVAL NO GAIO – O ESTALEIRO NAVAL DO MESTRE LOPES, A CASA DAS VELAS GERIDA PELOS IRMÃOS BRÁS, E A ANTIGA CASA DO FERREIRO A CARGO DE JOAQUIM BRANCO (EDIFÍCIO COM AS FACHADAS PINTADAS A AZUL E BRANCO)
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JOSÉ FRANCISCO LOPES MESTRE LOPES, ZÉ DO ESTALEIRO HOMEM DO MAR: MESTRE DE ESTALEIRO E CONSTRUTOR NAVAL 1920-2007
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49.
50.
48. RETRATO DO MESTRE JOSÉ LOPES POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020) A PARTIR DE UMA FOTOGRAFIA ANTIGA 49. RETRATO DE VIRGÍNIA MARIA DE CASTRO, MÃE DO MESTRE JOSÉ LOPES E FILHA DE FRANCISCO HENRIQUES DE BERARDO, MESTRE DO ESTALEIRO NAVAL DO ROSÁRIO
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51.
50. EXCERTO DE ARTIGO SOBRE O MESTRE O MESTRE JOSÉ LOPES 51. RETRATO DO MESTRE FRANCISCO LOPES, PAI DO MESTRE JOSÉ LOPES
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52.
52. PRODUÇÃO DE MASTRO JUNTO À CÁBREA, ESTALEIRO DO GAIO 53. MESTRE JOSÉ LOPES E SEU PAI, JOSÉ FRANCISCO LOPES, A FAZEREM UM MASTRO
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53.
“ – O meu pai era mestre, era tudo, orientava os calafates, orientava os carpinteiros era pintor…” JOÃO LOPES, FILHO DO MESTRE JOSÉ LOPES E RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2020)
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56.
As embarcações eram decoradas sobretudo com motivos florais, marítimos e religiosos.
54. 55. CONSTRUÇÃO DE BARCOS NO ESTALEIRO DO GAIO 56. MESTRE JOSÉ LOPES A FAZER PINTURAS PARA BARCOS. O MESTRE JOSÉ LOPES FOI PRECURSOR DAS PINTURAS DECORATIVAS NAS EMBARCAÇÕES TÍPICAS DO TEJO. A IMAGEM REGISTA A SUA ARTE NO DESENHO E NA PINTURA DE BARCOS.
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60.
“ – Cada terra tinha uma maneira de pintar. Se fosse no Rosário e Gaio era mais para o verde e para o azul. Se fosse em Sarilhos Pequenos já não era o amarelo, era o branco. A gente sabia! Pinta isso à sarilheiro, pinta isso à gaieiro. ” DIOGO GOMES, PINTOR TRADICIONAL DE BARCOS ILUSTRAÇÃO DO VARINO O BOA VIAGEM
57. 58. 59. PINTURAS DECORATIVAS NOS BARCOS A GAIVOTA, A POMBINHA E O BOA VIAGEM 60. ILUSTRAÇÃO DO VARINO O BOA VIAGEM
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62.
61. RETRATO DA FAMÍLIA SILVA 62. MESTRE JOSÉ LOPES NO ESTALEIRO DO GAIO DURANTE A RECUPERAÇÃO DE FORMA ARTESANAL DA EMBARCAÇÃO “O BOA VIAGEM”
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64.
63. FRAGATA NO RIO JUNTO À ERMIDA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 64. VARINO NO RIO
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65.
65. EMBARCAÇÕES NA PRAIA DO ROSÁRIO 66. ILUSTRAÇÃO DE EMBARCAÇÃO TRADICIONAL DO TEJO, POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020)
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“ – Nós aqui quando estamos a bordo de qualquer barco tradicional, o que nos vai na alma, o que pensamos é o que nós não dávamos para estar a bordo de uma caravela. Ou para estarmos a bordo de uma nau, porque a fim ao cabo somos um país de marinheiros e no fundo acabámos por fazer com que as caravelas desaparecessem e as naus também. Portanto ao estar a bordo do nosso varino, estamos a imaginar de alguma forma estarmos a bordo de uma nau ou de uma caravela. Ao fim ao cabo estamos a usufruir de uma herança riquissíma que vem da era dos Descobrimentos. O método de construção e de todo o tipo de manobras, tudo ligado ao varino, por incrível que pareça estamos a herdar dessa grande herança que foi deixada no tempo das caravelas. O papel destes barcos há 50 anos atrás, tem a ver com todo o tipo de transporte. Estes barcos, meus amigos, carregavam de tudo! O que era transportável estes barcos faziam. Havia aqui 3 tipos de carga. Havia a carga que era embalada. Havia a carga a granel, o que era a carga a granel? Era aquela carga que era despejada. Por exemplo, uma carga embalada, um saco com açúcar; uma carga despejada, o sal, ou a areia. Também havia outro tipo de carga que era a carga embarda. Por exemplo, a palha. A palha não era uma carga embalada, mas era posta fardo por cima o máximo possível, porque era uma carga relativamente leve e eles no fundo ganhavam ao fardo. Quantos mais fardos transportassem, mais ganhavam. A carga em barda era carga por cima de carga que às vezes até tinham de colher a vela para levar mais fardos. De palha ou de cortiça. (...) Isto aparece por naturalidade. Fui buscar isto onde? Já o meu avô era fragateiro. E depois também tem a ver o sítio onde nasci, aqui junto ao cais [Moita]. Porque ao fim ao cabo, tem toda a influência abrirmos a janela e termos o Rio aos nossos pés. Há 3 paixões que são fundamentais: primeiro a família; a segunda paixão são os amigos que temos de estimar; e a seguir é o Tejo, são os barcos. São 3 paixões que levamos connosco enquanto cá andarmos temos de nos esforçar para manter essas paixões bem vivas. ” JOÃO GREGÓRIO, MESTRE DE EMBARCAÇÕES VÍDEO “O NOSSO LUGAR É UM MUNDO II: OFÍCIOS” (2017)
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CARLOS ANASTÁCIO MENDONÇA FOLHAS HOMEM DO MAR: MARINHEIRO 1939
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“ – Fui fazer os testes de natação. Tinhamos que falar certo [sobre a PIDE]. ” CARLOS MENDONÇA, MARINHEIRO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019)
67. RETRATO DE CARLOS MENDONÇA, CONHECIDO POR FOLHAS, POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020) 68. DECLARAÇÃO PELA CAPITANIA DO PORTO DE LISBOA, DELEGAÇÃO MARÍTIMA DE VILA FRANCA DE XIRA 69. CÉLULA DE INSCRIÇÃO MARÍTIMA DE CARLOS ANASTÁCIO, O FOLHAS
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“ – Diz-me o médico, você tem umas boas medalhas do mar… a coluna. Foi tudo trabalho do mar. A roupa enxugava o corpo.” CARLOS MENDONÇA, MARINHEIRO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2020)
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73.
70. CANOA GALDÉRIA, JUNTO AO ANTIGO ESTALEIRO DO GAIO (2020) 71. ESTALEIRO DO GAIO 72. MANUSCRITO DE POEMA DE VICENTE FRANCISCO, MARINHEIRO QUE ESCREVEU SOBRE AS SUAS RECORDAÇÕES DE NAVEGAR NO RIO TEJO
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74.
73. COMUNICADO DA CÂMARA MUNICIPAL DA MOITA SOBRE O RESTAURO DE EMBARCAÇÕES TRADICIONAIS DO TEJO (1985) 74. ARTIGO SOBRE OS “BARCOS NO ESTALEIRO” DO GAIO. FOTOGRAFIA DE A POMBINHA, BOTE DE MEIA-QUILHA.
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“ – O meu pai tinha um estaleiro aí no Rosário.Quando saí da escola fui logo ajudá-lo. Apanhámos uns anos bons, mas depois começaram a vir as camionetes que tiraram o trabalho aos barcos. [O pai do Luís Raimão, de alcunha Manuel Canário, tinha um armazém, perto do estaleiro, onde se faziam e pintavam pequenas embarcações] ” LUÍS RAIMÃO, PINTOR DE BARCOS E ARTESÃO DE BARCOS MINIATURA, CUNHADO DO MESTRE JOSÉ LOPES VÍDEO “O NOSSO LUGAR É UM MUNDO II: OFÍCIOS” (2017)
75. ARTIGO ACERCA DOS ARRAIAS DAS EMBARCAÇÕES, INTITULADO “ARRAIAIS DA VIDA” 76. ARTIGO INTITULADO “O NAUFRÁGIO DAS ARTES DO TEJO”
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79.
80.
81.
77. ARTIGO SOBRE “O NAUFRÁGIO DE UMA PROFISSÃO ROMÂNTICA” 78. ARTIGO INTITUALDO “FEITAS ESQUELETOS DE MADEIRA” 79. VESTÍGIOS NA ÁGUA DO CASCO DE UM VARINO JUNTO AO ESTALEIRO DO GAIO 80. 81. CEMITÉRIO DOS BARCOS NO ESTALEIRO NAVAL DO GAIO
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II. VIDA NO CAMPO
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83.
84.
“ – O Homens eram no mar e as mulheres no campo. Isto era agricultura e mar, pé descalço até aos 14 anos” FRANCISCO BOLINHAS, RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO, ANTIGO TRABALHADOR LISNAVE CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019)
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85.
82. VISTA SOBRE O CAMPO DO MOINHO DE MARÉ DA “QUINTA DA FREIRA” (2020) 83. VISTA A PARTIR DO MOINHO DE MARÉ DA “QUINTA DA FREIRA” PARA SUL (2020) 84. VISTA A PARTIR DO MOINHO DE MARÉ DA “QUINTA DA FREIRA” PARA NASCENTE (2020) 85. RUÍNAS DE CASARIO NOS CAMPOS DO GAIO (2020) 86. CHEGADA AO GAIO (VINDO DA MOITA), ACESSO PEDONAL JUNTO AO RIO (2020)
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JOAQUINA SOARES MULHER DO CAMPO 1930
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88.
“ – Ali há areias ferruginosas que depois engrossam precisamente na zona onde está o moinho. Essa zona foi protegida precisamente pelo estrato ferruginoso. Aliás, há sítios com ferro há superfície, e protegeu aquele cabeço. Praticamente todo aquele cabeço foi ocupado no neolítico.” ANTÓNIO GONZALEZ, ARQUEOLÓGICO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO PUBLICAÇÃO (2019)
87. RETRATO DE JOAQUINA SOARES POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020)
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89.
“ – As mulheres iam para o moinho esperar que os homem regressassem do mar.” FERNANDA BOLINHA, RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO PUBLICAÇÃO (2019)
88. ALTO DO MOINHO – MOINHO DE VENTO E RESERVATÓRIO ELEVADO 89. RUÍNAS MOINHO DE VENTO
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III. INDUSTRIALIZAÇÃO
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91.
92.
90. VISTA A PARTIR DO RIO SOBRE O COMPLEXO DE DEPURAÇÃO OSTRAS DO TEJO 91. DERROCADA DO MURO DE CONTENÇÃO DAS TERRAS 92. COMPLEXO DE DEPURAÇÃO OSTRAS DO TEJO
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No inicio do século XX, o aumento do volume de esgotos domésticos derramados no rio Tejo, fruto da massi icação habitacional nas margens do rio, ditou o início do im da atividade da “apanha das ostras”. Em 1951, de modo a contornar a poluição no rio, foi decretada a criação de um posto de puri icação dos bivalves, tornando-os novamente aptos a consumo. Inaugura assim em 1954 o Posto de Depuração das Ostras no Rosário, alterando a economia da localidade. No entanto, a expansão industrial no Barreiro, Seixal e Almada, agrava a poluição das águas, retraindo a procura. A estação ainda operou com matéria vinda do Algarve, mas em 1972 é decretado o fecho do Posto Depuração de Ostras do Tejo. O processo de industrialização transformou profundamente o Gaio-Rosário, o Posto de depuração nasceu da modernização dos métodos, mas a grande transformação ocorre com a Gazcidla, no decorrer do século XX. Embora o Gaio-Rosário se tenha mantido pouco permeável à instituição da fábrica, sustentando-se a economia numa indústria menos sistemática e mais manual, nas imediações das vilas, na Moita ou em Alhos-Vedros, a fabricação chega primeiro. A fábrica de cerâmica, as o icinas de Vidro ou a indústria corticeira instalam-se precocemente. Há inclusive registos de uma corticeira naquela que é conhecida como a Quinta do Esteiro furado. Pelo Gaio-Rosário, operou por longo termo a indústria associada à construção naval.
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96.
93. COMPLEXO DE DEPURAÇÃO OSTRAS DO TEJO (2020) 94. VISTA SOBRE A ESTAÇÃO GAZCIDLA E SOBRE O POSTO DE DEPURAÇÃO DE OSTRAS 95. VISTA DA ESTAÇÃO GAZCIDLA A PARTIR DO RIO TEJO, JUNTO À ERMIDA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 96. TRANSPORTE DE GAZCIDLA
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98.
97. 98. PLATAFORMA DO CAIS DE DESCARGA DE GÁS PARA A PETROGAL.
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99.
“ – Esse cais foi um cais feito pelo meu avô para a Petrogal, antiga Gazcidla.” JOÃO LOPES, FILHO DO MESTRE JOSÉ LOPES E RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2020)
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100.
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99. ANTIGO PONTÃO DE GAZCIDLA JUNTO À IGREJA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (ACTUALMENTE NÃO EXISTE) 100. VISTA A PARTIR DO PONTÃO SOBRE O RIO TEJO 101. VISTA A PARTIR DO PONTÃO SOBRE O ROSÁRIO
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IV. QUOTIDIANO
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102. PASSEIO NA PRAIA DO ROSÁRIO 103. BRINCADEIRAS NA ÁGUA 104. IDAS À PRAIA DO ROSÁRIO
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105. BRINCADEIRAS NO ANTIGO BATELÃO NA PRAIA JUNTO À ERMIDA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 106. ANTIGO PONTÃO DE GAZCIDLA
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107. BRINCADEIRAS NO ANTIGO ESTALEIRO NAVAL JUNTO À CAPELA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 108. 109. 110. RETRATOS DE HABITANTES DO GAIO-ROSÁRIO
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111.
“ – As pessoas eram tratadas por alcunhas e eram família.” MARIETA MOREIRA, RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019)
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112.
111. FAMÍLIAS NO ROSÁRIO 112. ENTRADA DO ARMAZÉM DE MOBILIAS SITUADO NO GAIO (ACTUALMENTE NÃO EXISTE)
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114.
113. FOTOGRAFIA DE GRUPO DA ESCOLA, EM FRENTE AO PRÉDIO DO SENHOR TEIXEIRA 114. FOTOGRAFIA DE GRUPO
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116.
115. FOTOGRAFIAS DE GRUPO NA ERMIDA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DEPOIS DE CELEBRAÇÃO RELIGIOSA 116. FOTOGRAFIAS DE GRUPO NA ERMIDA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DEPOIS DE CELEBRAÇÃO RELIGIOSA
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117.
“ – As festas eram agendadas de acordo com as marés (Festas da Nossa Senhora do Rosário). Houve um ano em que mudaram para Agosto. ” MARIETA MOREIRA, RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019)
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117. CELEBRAÇÕES DA FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 118. 119. EMBARCAÇÕES ENGALANADAS E APRUMADAS PARAS AS CELEBRAÇÕES DA FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
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120. CELEBRAÇÕES NA RUA DURANTE A FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 121. CELEBRAÇÕES NA RUA DURANTE A FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
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122. CELEBRAÇÕES DA FESTA EM HONRAS DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, PROCISSÃO RELIGIOSA 123. CELEBRAÇÕES DA FESTA EM HONRAS DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, PROCISSÃO RELIGIOSA
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125.
124. CARTAZ DO PROGRAMA DAS FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, QUANDO AS CELEBRAÇÕES SE REALIZAVAM EM OUTUBRO, MÊS DA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (1976) 125. CARTAZES DO PROGRAMA DAS FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (1987-2009), COM AS CELEBRAÇÕES A SE REALIZAREM NO MÊS DE AGOSTO
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126.
“ – Esta é uma história curiosa em que o touro fugiu da largada e os populares foram atrás dele. Nesta foto já o touro estava preso, vem a carrinha lá atrás, e as pessoas foram acompanha-lo até à Moita.” JUNTA DE FREGUESIA GAIO-ROSÁRIO PUBLICAÇÃO NA PÁGINA OFICIAL DA JUNTA DE FREGUESIA DO GAIO-ROSÁRIO, ACTUALMENTE UNIÃO DE FREGUESIA DE GAIO-ROSÁRIO E SARILHOS PEQUENOS
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126. LARGADA DE TOURO DURANTE AS FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 127. LARGADA DE TOUROS NA PRAIA JUNTO À CAPELA DURANTE AS FESTAS RELIGIOSAS
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128. 129. LARGADA DE TOUROS NA PRAIA, JUNTO AO BATELÃO NA PRAIA DO ROSÁRIO
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171
132.
A Banda Musical do Rosário foi fundada a 11 de Janeiro de 1975, por José Fernando Castro Mateus.
130. GRUPO MUSICAL 131. GRUPO MUSICAL ROSAIRENSE 132. PRIMEIRA BANDA MUSICAL DO ROSÁRIO, BANDA JÚNIOR (1975)
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133.
134.
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135.
136.
133. 134. 135. BANDA MUSICAL DO ROSÁRIO NAS FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 136. CHARANGA DO ROSÁRIO NAS ASTÚRIAS, ESPANHA (1992)
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137.
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139.
140.
137. 138. 139. 140. TEATRO DE REVISTA, ROSÁRIO
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141.
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142.
141. TEATRO DE REVISTA, ROSÁRIO (1964) 142. TEATRO DE REVISTA, ROSÁRIO
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143. 144. 145. 146. TEATRO REVISTA
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no
V. V. ARQUITECTURA ARQUITECTURA V. V. ARQUITECTURA ARQUITECTURA
182182
GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR Câmara Câmara Municipal dada Moita Moita|e|Frederico Frederico Vicente Vicente e eAna AnaFilipa FilipaPaisano Paisano Câmara CâmaraMunicipal Municipal da daMoita Moita |Municipal |Frederico Frederico Vicente Vicente eAna AnaFilipa Filipa Paisano Paisano
147. 147.
147. 147.
“ “–quintas, –Isto Istoera eraQuinta tudo tudoquintas, quintas, Quinta Quinta Francisco Franciscode deAlmeida, Almeida, “ “––Isto Istoera eratudo tudo quintas, Quinta Francisco Francisco de deAlmeida, Almeida, mais mais para paracima cima aFundilhões, aQuinta Quintados dos Fundilhões, Fundilhões, onde onde ééaaSeca Secado doBacalhau. Bacalhau. mais maispara paracima cima aaQuinta Quinta dos dosFundilhões, onde onde ééaaSeca Seca do doBacalhau. Bacalhau. Era Era tudo tudo uma uma estrada estrada de de areia areia até até ao ao Rosário.” Rosário.” Era Eratudo tudouma umaestrada estradade deareia areiaaté atéao aoRosário.” Rosário.” FRANCISCO FRANCISCO BOLINHAS, BOLINHAS, RESIDENTE RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO GAIO-ROSÁRIO EE ANTIGO ANTIGO TRABALHADOR TRABALHADOR LISNAVE LISNAVE FRANCISCO FRANCISCO BOLINHAS, BOLINHAS, RESIDENTE RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO GAIO-ROSÁRIO EE ANTIGO ANTIGO TRABALHADOR TRABALHADOR LISNAVE LISNAVE CONVERSA CONVERSA NO NO CONTEXTO CONTEXTO DESTA DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019) (2019) CONVERSA CONVERSA NO NO CONTEXTO CONTEXTO DESTA DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019) (2019)
148. 148.
148. 148.
183183
GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO:GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR Frederico FredericoVicente Vicentee eAna Ana Frederico Frederico Filipa FilipaPaisano Vicente Paisano Vicente |Câmara e|Câmara eAna AnaFilipa Filipa Municipal Municipal Paisano Paisano da |Câmara da |Câmara Moita Moita Municipal MunicipaldadaMoita Moita
149. 149.
149. 149.
150. 150.
150. 150.
184184
GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO:GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR Câmara CâmaraMunicipal Municipaldada Câmara Moita Câmara Moita| |Frederico Municipal Frederico Municipal Vicente da Vicente daMoita Moita e eAna | Ana |Frederico Frederico Filipa FilipaPaisano Vicente Paisano Vicentee eAna AnaFilipa FilipaPaisano Paisano
153. 153.
153. 153.
147. 147. ESTRADA ESTRADA EMEM AREIA AREIA NONO ROSÁRIO 147. ROSÁRIO 147. ESTRADA ESTRADA EMEM AREIA AREIA NONO ROSÁRIO ROSÁRIO 148. 148. ESTRADA ESTRADA EMEM AREIA AREIA NONO GAIO-ROSÁRIO 148. GAIO-ROSÁRIO 148. ESTRADA ESTRADA EMEM AREIA AREIA NONO GAIO-ROSÁRIO GAIO-ROSÁRIO 149. 149. ALTERAÇÃO ALTERAÇÃO DOS DOS PAVIMENTOS PAVIMENTOS 149. 149. ALTERAÇÃO DAS ALTERAÇÃO DAS RUAS RUAS DOS DOS PAVIMENTOS PAVIMENTOS DAS DAS RUAS RUAS 150. 150. RUA RUA EMEM ASFALTO ASFALTO E CALÇADA E CALÇADA 150. 150. RUA RUA EMEM ASFALTO ASFALTO E CALÇADA E CALÇADA
151. MONTAGEM FOTOGRÁFICA DO LEVANTAMENTO DA RUA DOM NUNO ÁLVARES PEREIRA PARA OESTE (2020) – DOS OUTROS ALÇADOS/ MONTAGEM 152. MONTAGEM FOTOGRÁFICA DO LEVANTAMENTO DA RUA DOM NUNO ÁLVARES PEREIRA PARA ESTE (2020) – DOS OUTROS ALÇADOS/ MONTAGEM
ono
185185
GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR Frederico FredericoVicente VicenteeFrederico eAna Frederico AnaFilipa Filipa Vicente Paisano Vicente Paisano e e|Câmara Ana |Câmara AnaFilipa Filipa Municipal Paisano Municipal Paisano|Câmara da |Câmara daMoita Moita Municipal MunicipaldadaMoita Moita
154. 154.
154. 154.
153. 153. LARGO LARGO DODO OPERÁRIO OPERÁRIO 153. 153. LARGO LARGO DODO OPERÁRIO OPERÁRIO 154. 154. CORETO CORETO (SEM (SEM COBERTURA), COBERTURA), 154. 154. CORETO CORETO LARGO LARGO (SEM DO (SEM DO OPERÁRIO COBERTURA), OPERÁRIO COBERTURA), LARGO LARGO DODO OPERÁRIO OPERÁRIO
186186
GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR Câmara CâmaraMunicipal MunicipalCâmara daCâmara daMoita Moita Municipal |Municipal |Frederico Frederico dada Vicente Moita Vicente Moita|e|Frederico eAna Frederico AnaFilipa Filipa Vicente Paisano Vicente Paisano e eAna AnaFilipa FilipaPaisano Paisano
155. 155.
155. 155.
“ “––Foi Foiooprimeiro primeiro “ “––Foi Centro Foi Centro ooprimeiro primeiro Comercial.” Comercial.” Centro CentroComercial.” Comercial.” JOSÉ JOSÉ ANTÓNIO, ANTÓNIO, RESIDENTE RESIDENTE JOSÉ JOSÉ ANTÓNIO, GAIO-ROSÁRIO ANTÓNIO, GAIO-ROSÁRIO RESIDENTE RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO GAIO-ROSÁRIO CONVERSA CONVERSA NO NO CONTEXTO CONTEXTO CONVERSA CONVERSA DESTA DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO NO INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO NO CONTEXTO CONTEXTO DESTA DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019) (2019) (2019) (2019)
155 155 CENTRO CENTRO COMERCIAL COMERCIAL DO 155 DO 155 ROSÁRIO CENTRO ROSÁRIO CENTRO NO COMERCIAL NO COMERCIAL LARGO LARGO DO DO DO OPERÁRIO DO ROSÁRIO OPERÁRIO ROSÁRIO NONO LARGO LARGO DODO OPERÁRIO OPERÁRIO 156 156 QUOTIDIANO QUOTIDIANO NANA ENTRADA ENTRADA 156 156 QUOTIDIANO DO QUOTIDIANO DO CENTRO CENTRO NA COMERCIAL NA COMERCIAL ENTRADA ENTRADA DODO CENTRO CENTRO COMERCIAL COMERCIAL 157 157 FOTOGRAFIA FOTOGRAFIA DEDE GRUPO GRUPO 157 157 EM FOTOGRAFIA EM FOTOGRAFIA FRENTE FRENTE AOAO DE CENTRO DE CENTRO GRUPO GRUPO COMERCIAL EM COMERCIAL EM FRENTE FRENTE EAO CAFÉ EAO CAFÉ CENTRO CENTRO MARITIMO MARITIMO COMERCIAL COMERCIAL E CAFÉ E CAFÉ MARITIMO MARITIMO
187187
GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR Frederico FredericoVicente VicenteeFrederico eAna Frederico AnaFilipa Filipa Vicente Paisano Vicente Paisano e eAna |Câmara Ana |Câmara Filipa Filipa Municipal Paisano Municipal Paisano|Câmara da |Câmara daMoita Moita Municipal MunicipaldadaMoita Moita
156. 156.
156. 156.
157. 157.
157. 157.
188188
GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR Câmara CâmaraMunicipal Municipal Câmara da Câmara daMoita Moita Municipal |Municipal |Frederico Frederico dada Vicente Moita Vicente Moita|e|Frederico eAna Frederico AnaFilipa Filipa Vicente Paisano Vicente Paisano e eAna AnaFilipa FilipaPaisano Paisano
159. 159.
Fr
159. 159.
159. 159. CORETO CORETO NONO LARGO LARGO DO 159. DO 159. OPERÁRIO CORETO OPERÁRIO CORETO NO (2020) NO (2020) LARGO LARGO DODO OPERÁRIO OPERÁRIO (2020) (2020)
153. 153
160. 160. EDIFÍCIO EDIFÍCIO DEDE HABITAÇÃO HABITAÇÃO 160. 160. NO EDIFÍCIO NO EDIFÍCIO LARGO LARGO DE DO DE HABITAÇÃO DO OPERÁRIO HABITAÇÃO OPERÁRIO NO (2020) NO (2020) LARGO LARGO DODO OPERÁRIO OPERÁRIO (2020) (2020)
154. 154
158. MONTAGEM FOTOGRÁFICA DO LEVANTAMENTO DO ALÇADO DO LARGO DO OPERÁRIO PARA ESTE, ONDE SE ENCONTRA O CENTRO COMERCIAL (2020)
osano
o.”
PERÁRIO RÁRIO OSÁRIO IO
M COBERTURA), LL 19) O COBERTURA), (2019)
189189
GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR Frederico FredericoVicente VicenteeFrederico eAna Frederico AnaFilipa Filipa Vicente Vicente Paisano Paisano e eAna |Câmara Ana |Câmara Filipa Filipa Municipal Paisano Municipal Paisano|Câmara |Câmara da daMoita Moita Municipal Municipalda daMoita Moita
160. 160.
160. 160.
190190
GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: GAIO GAIO– –ROSÁRIO: ROSÁRIO: LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR LEITURA LEITURADO DOLUGAR LUGAR Câmara CâmaraMunicipal Municipal Câmara da Câmara daMoita Moita Municipal |Municipal |Frederico Frederico da da Vicente Moita Vicente Moita|e|Frederico eAna Frederico AnaFilipa Filipa Vicente Vicente Paisano Paisano e eAna AnaFilipa FilipaPaisano Paisano
161. 161.
161. 161.
191 191 191 191
GAIO GAIO – ROSÁRIO: – ROSÁRIO: GAIO GAIO – ROSÁRIO: – ROSÁRIO: LEITURA LEITURA DO LUGAR DO LEITURA LUGAR LEITURA DO LUGAR DO LUGAR Frederico Frederico Vicente Vicente eFrederico Ana eFrederico Filipa Ana Vicente Filipa Paisano Vicente Paisano e Ana |Câmara e Filipa Ana |Câmara Filipa Municipal Paisano Municipal Paisano |Câmara da Moita |Câmara da Moita Municipal Municipal da Moita da Moita
161. MONTAGEM FOTOGRÁFICA 161. MONTAGEM DO LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICA DOLEVANTAMENTO LARGO DO DO OPERÁRIO DO PARA LARGO OESTE, DO OPERÁRIO PARA OESTE, 161. MONTAGEM FOTOGRÁFICA 161. MONTAGEM DO LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICA DO LARGO DO DO LEVANTAMENTO OPERÁRIO DO PARA LARGO OESTE, DO OPERÁRIO PARA OESTE, ENTRADA PRINCIPAL PARA ENTRADA O PRINCIPAL PÁTIO PRINCIPAL DO ROSÁRIO PARA (2020) O PÁTIO DO ROSÁRIO ENTRADA PRINCIPAL PARA ENTRADA O PÁTIO DO ROSÁRIO PARA (2020) O PÁTIO DO ROSÁRIO (2020)(2020)
192 192 192 192
GAIO GAIO – ROSÁRIO: – ROSÁRIO: GAIO GAIO – ROSÁRIO: – ROSÁRIO: LEITURA LEITURA DO LUGAR DO LEITURA LUGAR LEITURA DO LUGAR DO LUGAR Câmara Câmara Municipal Municipal Câmara da Moita Câmara da Moita Municipal | Frederico Municipal | Frederico daVicente Moita daVicente Moita |eFrederico Ana |eFrederico Filipa Ana Vicente Filipa Paisano Vicente Paisano e Ana e Filipa Ana Filipa Paisano Paisano
164.
164.
164.
F
164.
16 160.
“ – Nos “ – Nos anos anos 60 “ –diziam 60 Nos “ –diziam Nos anos que anos que 60 iam diziam 60 iam construir diziam construir queque iam mais iam mais construir casas construir casas dentro mais dentro mais do casas pátio.” do casas pátio.” dentro dentro do pátio.” do pátio.” 153. 153. LARGO LARGO DODO OPERÁRIO OPERÁRIO 153. 153. LARGO LARGO DODO OPERÁRIO OPERÁRIO JOAQUINA JOAQUINA SOARES, SOARES, RESIDENTE JOAQUINA RESIDENTE JOAQUINA SOARES, GAIO-ROSÁRIO SOARES, GAIO-ROSÁRIO RESIDENTE RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO GAIO-ROSÁRIO 154. 154. CORETO CORETO (SEM (SEM COBERTURA), COBERTURA), 154. 154. CORETO CORETO L L (SEM (SEM COBERTURA), COBERTURA), LL CONVERSA CONVERSA NO CONTEXTO NO CONTEXTO CONVERSA DESTA CONVERSA DESTA NO INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO CONTEXTO NO INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO CONTEXTO DESTA DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019) (2019) (2019) (2019)
“ – Consigo dizer o nome de quem vivia em cada uma destas casas. ”
161.
CARLOS MENDONÇA, MARINHEIRO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019)
162. MONTAGEM FOTOGRÁFICA DO LEVANTAMENTO DA RUA PEREIRA SILVA PARA OESTE (2020) 163. MONTAGEM FOTOGRÁFICA DO LEVANTAMENTO DA RUA PEREIRA SILVA PARA NORTE (2020)
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165.
164. EIXO UNIVERSAL DO PÁTIO ANTES DAS OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO 165. VISTA LONGITUDINAL DO PÁTIO (2020)
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166.
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170.
166. VISTA DO SINO DO PÁTIO (2020) 167. 168. PORMENOR DO SINO DO PÁTIO 169. PÁTIO DURANTE AS OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO, NO INÍCIO DA DÉCADA DE 2000 170. PÁTIO DURANTE FESTIVIDADES
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172.
“ – Morei numa casa à beira da escola, agora já não existe.” CARLOS MENDONÇA, FOLHAS, RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO E ANTIGO MARINHEIRO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO PUBLICAÇÃO (2019)
171. BOMBA DE ÁGUA PÚBLICA JUNTO À CAPELA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 172. EDIFÍCIOS NA ERMIDA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, ACTUAL LARGO DAS FORÇAS ARMADAS 173. MULHERES JUNTO AO ANTIGO LAVADOURO NA ERMIDA
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175.
“ – Junto da Igreja havia uma casa de 2 andares [parte de trás da Capela], 3 quartos, que era usada como prisão.” JOAQUINA SOARES, RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019)
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176.
177.
174. LAVADOURO E ESTENDAL PÚBLICO NA ERMIDA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 175. 176. CAPELA COM ESCOLA E PRISÃO AGREGADOS. EDIFICAÇÕES ADOSSADAS À IGREJA DEMOLIDAS EM 1969 177. CAPELA APÓS CAMPANHA DE RESTAURO
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178.
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180.
178. ALÇADO EXTERIOR LATERAL SUL DA CAPELA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (2020) 179. ALTAR DA CAPELA 180. INTERIOR DA CAPELA
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182.
181. RELAÇÃO DA CAPELA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO COM A LINHA DO HORIZONTE 182. VISTA PELA JANELA DO CORO
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185.
183. VISTA A PARTIR DA ENTRADA DA CAPELA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO SOBRE O RIO 184. CAPELA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO VISTA A PARTIR DA PRAIA 185. CAPELA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO VISTA A PARTIR DO RIO
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PARTE I 1 Cartografia dos Autores, 2020 2 Fotografia Aérea cedida pelo Instituto Geográfico Português. 3 Diagramas cronológicos dos Autores, 2020 4 Diagrama dos Autores, 2020 5 Desenho dos Autores, 2020 6 Desenho dos Autores, 2020 7 Desenho dos Autores, 2020 8 Desenho dos Autores, 2020 9 Desenho dos Autores, 2020 10 Desenho dos Autores, 2020 11 Desenho dos Autores, 2020 PARTE II 1 Fotografia dos Autores, 2020 2 Fotografia dos Autores, 2020 3 Fotografia dos Autores, 2020 4 Ilustração da artista Lígia Fernandes, 2020. Tendo como referencia o mapa com as principais zonas salineiras nos séculos XV e XV. Imagem propriedade de António Ventura, publicada no Livro do Foral de Alhos Vedros, na página 58 5 Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário 6 Fotografia dos Autores, 2019 7 Fotografia de Maria Alfreda Cruz, 1973 8 Fotografia de Maria Alfreda Cruz, 1973 9 Ilustração da artista Lígia Fernandes, 2020 10 Arquivo fotográfico pessoal de Francisco Bolinha 11 Ilustração da artista Lígia Fernandes, 2020 12 Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário 13 Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva 14 Fotografia de Maria Alfreda Cruz, 1973 15 Ilustração da artista Lígia Fernandes, 2020 16 Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva 17 Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva 18 Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva 19 Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva 20 Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva 21 Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva
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Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva Ilustração da artista Lígia Fernandes, 2020 Recorte de revista “Mundo Náutico”, Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes. Ilustração da artista Lígia Fernandes. Fotografia do Autores, 2020 Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Fotografia dos Autores, 2020 Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Recorte de artigo da revista “Mundo Náutico”, Arquivo fotográfico pessoal João Lopes Fotografia de Albertina Belo, cedida pelo Sistema de Informação do Património Arquitectónico. Fotografia do Autores, 2020 Recorte de artigo da Revista “Mundo Náutico”, Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Fotografia do Autores, 2020 Recorte de artigo da revista “Mundo Náutico”, Arquivo fotográfico pessoal João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Ilustração da artista Lígia Fernandes, 2020 Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Recorte de jornal pertencente ao arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes
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Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de Clemente silva Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Fotografia de Maria Alfreda Cruz, 1973 Ilustração da Artista da Lígia Fernandes, 2020 Ilustração da Artista da Lígia Fernandes, 2020 Arquivo fotográfico pessoal de Carlos Mendonça Arquivo fotográfico pessoal de Carlos Mendonça Fotografia dos Autores, 2020 Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Manuscrito de Vicente Francisco, arquivo pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Recorte de jornal, arquivo pessoal de João Lopes Recorte de jornal, arquivo pessoal de João Lopes Recorte de jornal, arquivo pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico pessoal de João Lopes Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Fotografia dos Autores, 2020 Fotografia dos Autores, 2020 Fotografia dos Autores, 2020 Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Fotografia dos Autores, 2020 Ilustração da artista de Lígia Fernandes, 2020 Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário
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Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Fotografia dos Autores, 2020 Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Banda Musical do Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Francisco Bolinha Arquivo fotográfico pessoal de Maria de Fátima Cortes Arquivo fotográfico pessoal de Maria de Fátima Cortes Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Francisco Bolinha Arquivo fotográfico pessoal de Francisco Bolinha Arquivo fotográfico pessoal de Francisco Bolinha Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Clemente Silva Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Marieta Moreira Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Marieta Moreira Arquivo fotográfico pessoal de Marieta Moreira Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Marieta Moreira Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário
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Arquivo fotográfico de João Lopes Arquivo fotográfico de João Lopes Arquivo fotográfico da Banda Musical do Rosário Arquivo fotográfico da Banda Musical do Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Banda Musical do Rosário Arquivo fotográfico da Banda Musical do Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Luísa Castro Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Luísa Castro Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Luísa Castro Arquivo fotográfico pessoal de Luísa Castro Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Luísa Castro Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico pessoal de Luísa Castro Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Montagem fotográfica dos Autores, 2020 Montagem fotográfica dos Autores, 2020 Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Fotografia de Maria Alfreda Cruz, 1973 Arquivo fotográfico do Restaurante Marítimo Arquivo fotográfico do Restaurante Marítimo Arquivo fotográfico pessoal de Francisco Bolinha Montagem fotográfica dos Autores, 2020 Fotografia dos Autores, 2020 Fotografia dos Autores, 2020 Montagem fotográfica dos Autores, 2020 Montagem fotográfica dos Autores, 2020 Montagem fotográfica dos Autores, 2020 Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Fotografia dos Autores, 2020 Fotografia dos Autores, 2020 Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário
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Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico do Restaurante Marítimo Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Arquivo fotográfico do Restaurante Marítimo Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Imagem cedida pela Biblioteca Municipal da Moita Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário Fotografia dos Autores, 2020 Imagem cedida pela Biblioteca Municipal da Moita Fotografia de Albertina Belo, cedida pelo Sistema de Informação do Património Arquitectónico. Fotografia de Albertina Belo, cedida pelo Sistema de Informação do Património Arquitectónico. Fotografia de Albertina Belo, cedida pelo Sistema de Informação do Património Arquitectónico. Fotografia dos Autores, 2020 Arquivo fotográfico do Restaurante Marítimo Arquivo fotográfico da Junta de Freguesia do Gaio-Rosário
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BIBLIOGRAFIA
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SANTA MARIA, Frei Agostinho de – Santuário Mariano, e historia das image[n]s milagrosas de Nossa Senhora, e das milagrosamente ap[p]arecidas, em graça dos pregadores, & dos devotos da mesma Senhora. Lisboa, 1707. SANTA MARIA, Frei Agostinho de – Santuário Mariano. Tomo VII, Título XXIV. Livro II, 1721 SILVA, Teresa Rosa – Os recursos da Borda d’Água no contexto socio-económico do Tejo. Setúbal: MUSA, 2004 SILVA, Vitor Manuel Dias da – As Visitações da Ordem de Santiago: as igrejas, ermidas, capelas e Confrarias. Lisboa, 2008. SANTOS, Maria Clara; VARGAS, José Manuel – Foral de Alhos Vedros. Estudo, transcição, paleografia e notas (2.ªedição). Moita: Câmara Municipal da Moita, Dezembro de 2013. PASCOAES, Teixeira de – Livro de Memórias. Assírio e Alvim. Lisboa, 2001. VICENTE, Frederico – Arrábida: Cartografia do Horizonte. Considerações sobre a transformação da paisagem no lugar do Outão. Lisboa: Faculdade de Arquitectura da Universidade Lisboa, 2016. Dissertação de Mestrado. VICENTE, Francisco – Recordações da Navegação. Edição de autor, 1985.
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APOIOS E AGRADECIMENTOS
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Um agradecimento à Câmara Municipal da Moita que sem o seu apoio esta publicação não seria possível. Obrigado à Teresa Silva pela orientação e assertividade. Um agradecimento à Junta de Freguesia do Gaio-Rosário, à Associação de Reformados do Gaio-Rosário, em especial à Rosalina, pela ajuda na organização das nossas tertúlias de im-de-semana. À Rosa Lia, do Arquivo Histórico por ter sido tão prestável. Ao António Gonzalez pela belíssima conversa na Biblioteca Municipal da Moita. Ao Lázaro Silva, à Marieta Moreira, ao Clemente Silva, ao Francisco Bolinha e à Luísa Castro, obrigado por partilharem connosco o vosso arquivo pessoal. Ao Folhas (Carlos Anastácio Mendonça) e à Joaquina Soares pela longevidade e memórias. Um agradecimento muito especial ao João Lopes, ilho do Mestre Lopes e neto da primeira geração de estaleitos no Gaio-Rosário, obrigado por nos ter aberto a porta de sua casa. Obrigado à Paula Simão, ao Tiago Miranda e Mariana Santiago pela revisão dos textos. À Lígia Fernandes pelas belíssimas ilustrações. Por im, obrigado a todos os que se cruzaram connosco nas ruas do Gaio-Rosário e contribuíram para o crescimento desta publicação.