CARTOGRAMA Margarida Correia
Mostra-lhe para que lado tomba o teu coração, quando, na histeria da espera, te fugiram os olhos e ataste as mãos à nuvem que por ali passava. Foi na estação entre os son(h)os e nem sabes onde colocaste a caneta ou a folha onde sempre lhe escreveste. Mais vale morder-lhe os pés atear-lhe fogos na pele soprar o vento de mansinho, o arrepio em cada poro, ou criar remoinhos para o seguir do que ficar a lançar baldes de água às ausências das feridas, na ânsia de permanecer inteiro.
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