Dezembro de 2020 | nº 4
2020: Como as escolas superaram as dificuldades
A pandemia do novo coronavírus fechou fisicamente as portas de muitas escolas, mas abriu janelas no mundo virtual. Para manter o ensino, foi preciso aprender a lidar com o novo normal. Prioridades da gestão escolar pós-pandemia
O que os professores esperam do futuro da educação? pág. 16
pág. 20
Ensino Híbrido: uma mudança significativa na educação pág. 34
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SUMÁRIO
Edição nº 4 | 2020
6 14 16 18
As Lições de 2020: Como as Escolas Superaram as Dificuldades Formando Cidadãos Marcados por uma Pandemia Prioridades da Gestão Escolar Pós-pandemia Como Fica a Relação entre Escola e Família após a Experiência do Ensino Remoto?
20 O que os Professores Esperam do Futuro da Educação?
24 O que é Microlearning e como ele pode Agregar no Ensino?
28 Com a Digitalização da
Sala de Aula, como Fica a Segurança da Informação?
30 A Pandemia Vai Acelerar
a Adoção da Inteligência Artificial na Educação?
34 Ensino Híbrido: uma Mudança Significativa na Educação
36 X da Questão e o Podcast
como Formação Acessível
[ CARTA DE APRESENTAÇÃO ]
Caros gestores escolares e professores, Reinventar: tornar a inventar. Eu diria que esta foi a palavra-chave para 2020. As escolas tiveram que reinventar a sala de aula, os professores, o jeito de ensinar, os pais e responsáveis tiveram que repensar e se aproximar mais da educação de suas crianças e adolescentes. A Editora do Brasil também precisou se reinventar rapidamente, para apoiar as escolas e as famílias no momento em que mais precisávamos de união. Superamos muitos obstáculos e aprendemos que para evoluirmos é preciso sair da zona de conforto. Esta nova edição da revista Arco43 mostra como toda a cadeia educacional se transformou em menos de um ano por conta da pandemia. Na matéria de capa “As lições de 2020: como as escolas superaram as dificuldades”, apresentamos exemplos de instituições e educadores que conseguiram se reinventar com muita criatividade e resiliência. Vocês encontrarão ainda matérias sobre novas metodologias e ferramentas de ensino, as mudanças no modelo de gestão escolar, a opinião de professores sobre o que esperar para o próximo ano, os impactos causados na relação das famílias com as escolas, dentre outros assuntos que não só nos farão olhar para trás, como nos ajudarão a refletir sobre o futuro educacional em nosso país. Gostaria de parabenizá-los por toda bravura e luta e agradecê-los por não desistirem de nossas crianças e adolescentes! Estamos e estaremos sempre ao seu lado, pois acreditamos que o desenvolvimento de um povo começa pela educação. Um grande abraço!
Helena Poças Leitão Gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da Editora do Brasil
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[ CAPA ]
As Lições de 2020: Como as Escolas Superaram as Dificuldades No ano em que alunos e professores estiveram juntos a distância, foi preciso colocar a criatividade em prática.
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foi entender o que estava acontecendo e quais seriam os impactos da suspensão das aulas. “Nós tivemos uma ação de inclusão digital e conseguimos oferecer capacitação aos nossos professores, ensinando-os a usarem ferramentas tecnológicas que os ajudassem nesse processo de aulas online.” Odimar relata que diversas iniciativas foram desenvolvidas pela escola e, até mesmo, pelos próprios professores. “Foram criados grupos de WhatsApp, que levaram a sala de aula aos aparelhos celulares de grande parte dos alunos. Houve também a criação de um blog alimentado semanalmente com materiais disponíveis para download”, diz. Segundo ele, a ideia do blog deu tão certo que ele será mantido mesmo após o retorno das aulas presenciais. No entanto, uma iniciativa bem diferente chama a atenção na atuação da escola quataense: o uso do TikTok, aplicativo febre entre os jovens. Beneficiando seus mais de 900 alunos dos Ensinos Fundamental, Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos), o projeto de inclusão digital da escola foi desenvolvido pelo Grupo Zilor, conglomerado nacional do setor sucroenergético, em parceria com a Softtel, empresa do ramo de TI. O projeto implantado na escola dirigida por Odimar Gonçalves contou com consultores e especialistas em tecnologia para a formação dos professores em softwares e aplicativos que, segundo eles próprios, eram essenciais para suas melhores práticas pedagógicas.
Imagem: Shutterstock
O
ano de 2020, certamente, vai ficar marcado na História da humanidade. A pandemia do novo coronavírus atravessou as fronteiras dos países ao redor de todo o planeta, atingindo nações e castigando seus povos. Foi preciso aprender a lidar com o tal novo normal. Novos, também, foram os termos que passamos a utilizar no cotidiano: home office, homeschooling, EAD, microlearning, ensino híbrido... Muitos desses termos foram empregados na educação, em uma busca pela redução dos impactos da COVID-19 no que diz respeito ao ano letivo e ao bom aproveitamento dos alunos. De um dia para o outro, as escolas brasileiras fecharam as portas fisicamente, mas abriram janelas no mundo virtual, na tentativa de manter o ensino de maneira remota. Em questão de dias, professores que estavam adaptados à lousa e ao giz, papel e caneta, ganharam outras ferramentas de trabalho: computador, internet, mouse e celular. Os desafios foram e continuam sendo muitos, por exemplo: Como manter os alunos engajados? Como ter um aprendizado efetivo em uma carga horária menor? Como garantir o acesso de todos ao ensino a distância? Como aplicar provas e atividades? Estas são só algumas das questões que passaram pela cabeça de todo educador durante os meses de quarentena. Odimar Gonçalves, diretor da Escola Estadual Francisco Balduíno, localizada no município de Quatá (SP), conta que a primeira dificuldade
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[ CAPA ] Essa formação dos professores, é claro, foi feita de maneira virtual e teve a adesão de quase 85% do quadro docente da escola. O sucesso dos encontros gerou até um vídeo no TikTok, o “Agita a galera”, que foi produzido pelos professores e chamou a atenção dos alunos.
Professora Youtuber A pandemia do novo coronavírus pode ter virado a vida dos professores e alunos de cabeça para baixo, mas também trouxe à tona outros talentos, que vão muito além de educar. É o caso da Suéller Costa, professora de Língua Inglesa no Ensino Fundamental I, na rede municipal de Guararema, interior de São Paulo, que criou um canal no Youtube em que disponibiliza videoaulas semanais. Suéller conta que prepara jogos para seus alunos, montados exclusivamente para eles, e também os famosos “challenges”, que são vídeos curtos gravados em estilo desafio e postados nas redes sociais. “Eu preparo esses desafios para contextualizar o idioma dentro do ambiente familiar. Ao longo dessa pandemia, desenvolvi dois projetos, o “Coronavirus Around The World” e o “Wildfires – Let’s Help the Environment”, conta. O primeiro projeto da professora, que trabalhou o contexto da COVID-19 em língua inglesa, rendeu até uma premiação nacional. Ela foi a vencedora do Prêmio Destaque Educação 2020 – Experiências no Ensino Remoto. Ela conta que, em ambas as propostas, desenvolveu a contação de histórias, a criação de e-books, a produção audiovisual com as crianças e campanhas de conscientização. Para alcançar o sucesso e conquistar o Prêmio, a professora precisou aprender a utilizar diversos recursos, como programas de edição de vídeos, fotos e áudios, além de aplicativos de gravação de telas para ilustrar suas apresentações. “Também uso softwares para montar minhas artes, como templates, thumbnails e vinhetas para as aulas no Youtube”, conta. Suéller explica que o ensino do inglês precisa explorar imagens, memes, quadrinhos e ilustrações, o que faz com que a montagem de suas aulas seja bastante trabalhosa. “Faço o possível para torná-las atrativas, para que o aluno tenha interesse e paciência para assisti-las. Quando essas aulas são gravadas em ambiente
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externo, procuro realizar uma contação de histórias e explorar algum ambiente temático”. E se os alunos são desafiados pela professora, ela mesma também tem se imposto desafios diferentes durante esse período de quarentena. “Adoro explorar e, quando começamos a reconhecer as potencialidades das tecnologias na aprendizagem, queremos desvendar cada vez mais”, conta.
O Legado da Pandemia Quatá, município paulista com pouco mais de 13 mil habitantes, registrou, até outubro, quatro mortes decorrentes do novo coronavírus. O número é bem menor do que em outras cidades do estado. Mesmo assim, o Decreto Municipal nº 4.190, de 17 de setembro de 2020, estipulou que as aulas presenciais não serão retomadas presencialmente até o fim do ano letivo de 2020. Em outras palavras, alunos na escola só a partir de 2021. O desafio maior é evitar a evasão escolar, e para relembrar os pais e responsáveis da importância das matrículas e rematrículas, a Escola Estadual Francisco Balduíno recorreu a uma velha, porém eficiente, ferramenta: o carro de som. O diretor Odimar Gonçalves se mostra otimista com a volta às aulas presenciais e conta que as ferramentas adotadas no período de ensino remoto continuarão sendo utilizadas quando houver a retomada das aulas. “Vamos ter salas equipadas com Smart TVs conectadas à internet, incorporando à nossa rotina o uso do Google Meet, por exemplo, que nos permitirá fazer lives e trazer convidados que, muitas vezes, moram em outras cidades para conversarem com os alunos e com a própria comunidade”, diz. Andressa Lutiano, especialista em educação transformadora e diretora da Wish School, baseada na Zona Leste da cidade de São Paulo, acredita que a pandemia só vai deixar um legado à educação se todos souberem compreender algumas das mensagens recebidas neste período. “Muitas pessoas tenderão a voltar ao que eram, esquecendo o que passamos e retomando velhas rotinas. Por isso, digo que o legado dependerá de cada indivíduo envolvido com a educação”, diz. Para Andressa, um dos principais legados deixados pela pandemia é a comprovação da força e eficiência de alguns formatos possíveis. “Esses meses provaram
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[ CAPA ] que várias das inovações que vinham chegando lentamente nas escolas podem, sim, ser incorporadas e que repensar a educação é possível.”
O Apoio aos Pais Enquanto os professores precisaram se adaptar ao ambiente virtual para cumprir o seu papel na educação dos alunos, os pais também tiveram que colaborar mais ativamente no processo de aprendizagem. Se antes os responsáveis auxiliavam os estudantes de forma pontual, nas lições de casa ou na hora de estudar para as provas, agora eles assumem a função de, também, facilitar o aprendizado em sala de aula. Para auxiliar pais e responsáveis nessa missão, a Wish School buscou ser um ponto de apoio às famílias, abrindo mais canais de diálogo para entender as diferentes demandas que recebiam. “Por exemplo, em uma mesma turma, uma família achava que os alunos tinham poucas tarefas, enquanto outras achavam que eram muitas. Nós nos preocupamos em compreender como tudo isso chegava, também, aos alunos, para podermos avaliar os eventuais ajustes”, explica a diretora Andressa Lutiano. Para entender as diferentes demandas, o diálogo entre escola e família foi fundamental. De acordo com Andressa, foi necessário aumentar ou reduzir o número de propostas, o grau de dificuldade ou até mesmo agendar momentos individuais semanais com os alunos, oferecendo o suporte necessário”, afirma. Ela também conta que, durante todo o tempo de distanciamento social, a escola observou de perto toda e qualquer necessidade, a fim de oferecer às famílias
todas as ferramentas possíveis para suprir e solucionar questões que viessem a surgir. “Procuramos atuar como uma espécie de ponto de calma e estabilidade, comunicando que tudo estava bem – mesmo para aqueles que estavam com alguma dificuldade, fosse de tempo, tecnologia ou mesmo de compreensão. Nossa frase de ordem durante essa fase foi “está tudo bem, mas se precisar ou quiser, como podemos te ajudar?” A postura foi adotada pela equipe de Andressa, pois a escola entendeu que o momento era difícil para todos e não era necessário que a escola fosse mais uma dificuldade. “Com o passar das semanas, esse tipo de demanda foi se assentando e as coisas foram ficando mais tranquilas em relação ao formato estabelecido”, conta. Em uma das escolas de Guararema, onde a professora Suéller Costa ministra suas aulas de inglês, o contato com as famílias é feito semanalmente. Ela conta que a preocupação vai além de apenas saber como estão os alunos em relação às atividades, mas também sobre o estado emocional, as novidades e a rotina de cada um. “Além disso, a escola não fechou, e muitos alunos, de maneira gradual, buscam materiais na unidade, em especial aqueles que não têm como imprimir os roteiros das aulas e as atividades complementares.”
O Impacto da Pandemia no Comportamento dos Alunos O fato de permanecerem ausentes da escola por tanto tempo fez com que os alunos precisassem se adaptar à forma como passaram a receber o conteúdo.
Ferramentas Digitais para Potencializar as Aulas Remotas Kahoot: plataforma dinâmica de perguntas e respostas, parecida com um quiz. Diverte os alunos, que podem ganhar pontos enquanto realizam as atividades. Google: possui várias ferramentas para auxiliar os professores. É possível criar documentos, apresentações, formulários e planilhas que, além de poderem ser compartilhados, podem ser editados até mesmo offline, por meio do Google Drive. Também é possível fazer videoconferências, como reuniões de pais, conselhos de classe e aulas ao vivo, por meio do Google Meet. Outra ferramenta é o Google Classroom, sala de aula online que permite não só a comunicação, mas também a organização e economia de tempo. Há também um mural de avisos, notas e atividades.
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Muitos pais que antes eram rigorosos com o tempo de exposição às telas, tiveram que adaptar a rotina das crianças, principalmente, para incluir o tempo das aulas. De acordo com a professora Suéller, no primeiro semestre, os alunos estavam mais participativos. “Talvez a maior participação dos estudantes nas aulas, no começo da quarentena, se devia ao fato de ser o início, uma novidade e uma readequação que envolveu aprendizados múltiplos. Mas, aos poucos, eles estão ficando desanimados, o que é natural, já que o ano está acabando e eles ainda não reencontraram seus amigos, professores e, em alguns casos, nem mesmo seus familiares”, diz. Já Andressa conta que observou todo tipo de cenário, o que, para ela, não é diferente do que ocorre no ensino presencial. “Qualquer coisa que acontece no dia a dia da escola atinge os alunos de maneira muito diversa. Uma mesma proposta é amada por uma criança e rechaçada por outra, por exemplo.” Para ela, ficar em casa e ter que vivenciar esse tipo de situação com relação à escola não foi diferente. “Algumas crianças conseguiram se assentar muito bem e se organizar com todas as demandas que lhes foram sugeridas. Já para outras, foi muito difícil por diferentes motivos”, conta. Andressa notou que algumas crianças até estavam organizadas com as demandas, mas que se mostravam abaladas emocionalmente com o distanciamento social. Da mesma forma, observou que outras se sentiam bastante seguras diante da situação, mas tinham menos motivação para realizar as atividades. “Vale
mencionar, também, que não percebemos um padrão em linha reta: às vezes, a criança estava muito bem, mas tempos depois se desmotivava, perdia engajamento ou começava a demonstrar insegurança. E o contrário também aconteceu”, diz. Em resumo, um momento tão incerto como esse em que vivemos é de altos e baixos, para pais, professores e alunos, sendo praticamente impossível manter um padrão comportamental e de sensações.
A Falta de Internet nos Lares Brasileiros, Um Problema à Parte De acordo com a pesquisa TIC Educação 2019, até o fim do ano passado, a maior parte das escolas brasileiras não possuía plataformas específicas para o ensino online e grande parte dos estudantes não tinha, em casa, acesso a equipamentos que permitissem o acompanhamento das disciplinas de maneira remota, por meio da internet. A desigualdade na educação brasileira ficou, então, ainda mais escancarada com a pandemia. Enquanto escolas particulares das capitais e dos grandes centros utilizam recursos modernos para levar conteúdo aos alunos que não têm problemas em acessá-los de seus smartphones, tablets e notebooks, as escolas públicas de cidades menores tiveram suas fragilidades expostas. Odimar Gonçalves conta que na escola em que é diretor, alguns alunos não tinham acesso à internet e, para minimizar o problema, o governo disponibilizou um subsídio de conectividade. “Havia, também, a possibilidade de os pais retirarem as atividades e os roteiros de aulas impressos na própria escola”, explica.
Canva: permite a criação de peças gráficas de maneira rápida e possui diversos recursos gratuitos. É possível criar desde gráficos educativos até e-books. Edmodo: permite a criação de miniblogs, o armazenamento e compartilhamento de arquivos, além de enviar SMS e inserir vídeos. O usuário também pode elaborar um calendário de turmas e atividades, além de visualizar documentos do Word, PowerPoint e Excel, entre outros. TeacherKit: aplicativo para gerenciar salas de aula. Permite controlar a frequência dos alunos, adicionar notas, verificar desempenhos individuais, criar médias e muito mais.
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Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental
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[ EM ALTA ]
Formando Cidadãos Marcados por uma Pandemia O que podemos esperar da geração que cresce enquanto o mundo é afetado por um momento histórico?
A
pandemia do novo coronavírus ainda é um desafio a ser superado pela humanidade. Há muito tempo não se via uma doença impactar tanto o mundo, em tão variados aspectos. No entanto, há diversos momentos registrados na História que podem ser comparados ao que estamos passando agora. De acordo com o professor Jean Moller, do curso de Serviço Social da FAEL, algumas doenças assolaram populações inteiras até que foram erradicadas pela vacinação, como é o caso da varíola e do triste episódio da Gripe Espanhola. Para Moller, o isolamento social imposto como forma de prevenção ao coronavírus é diferente de todos os outros momentos que a humanidade enfrentou até então. “É diferente pelas facilidades que a tecnologia nos trouxe, mas é preciso lembrar que mesmo nos momentos em que as populações precisaram se isolar socialmente, uma grande parcela da população não pode cumprir esse isolamento, tiveram que sair às ruas para ganhar dinheiro. Isso em nada foi diferente de outros eventos do passado”, afirma.
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As Marcas da Pandemia A tecnologia, de fato, facilitou o período de quarentena, porém, há ainda muitos questionamentos a respeito das marcas que a pandemia pode deixar. Moller afirma que todos os fatos históricos deixam marcas e que, para ele, o ano de 2020 precisa nos ensinar a dar valor às coisas pequenas e, aparentemente, sem importância. “Eu creio que os adolescentes ligados ao celular, ao computador, aos consoles de videogames, terão a chance de valorizar mais a companhia das pessoas depois que puderem, de fato, voltar à convivência presencial”, diz. O professor explica que quando algo nos é tirado, passamos a valorizar aquilo de fato, mas que, por outro lado, é comum que rapidamente venhamos a esquecer o sofrimento quando ele passa. “Será fundamental manter viva a história do tempo em que não podíamos conviver da maneira como queríamos”, afirma. Para Ana Carolina Camargo Oliveira, pedagoga formada em Filosofia e professora de Educação Infantil na Prefeitura do Município de São Paulo, tendo em
vista que a pandemia interferiu, basicamente, nas atividades escolares, que são essenciais para a definição da identidade das crianças, é fato que haverá marcas e memórias deste período. “Resta-nos apenas direcionar as marcas, a fim de que sejam positivas e contribuam para o crescimento individual e, principalmente, social das crianças”, diz.
Imagem: Shutterstock
O Papel da Escola na Formação do Cidadão O papel da escola na formação dos cidadãos é indiscutível. Porém, ao passarmos por uma fase com potencial tão transformador como a que estamos passando agora, é inevitável pensar em como esses obstáculos refletirão no futuro da educação. Ana Carolina afirma que, sem dúvidas, a tecnologia se mostrou muito eficaz na educação. “A pandemia deixou evidente que a tecnologia veio para ficar e tem muito a contribuir para a evolução do sistema educacional no século XXI. E precisamos entendê-la como uma ferramenta essencial para uma didática adequada a essa geração”, diz. A esperança da professora é que as pessoas e suas histórias de vida sejam mais valorizadas daqui em diante. “Acredito que muitas pessoas compreenderam que o trabalho do professor está muito além de ser o cuidador da criança para os pais trabalharem ou treinar crianças e adolescentes para repetirem e reproduzirem comportamentos e conteúdos”, diz. Para ela, é papel da escola olhar para a demanda da criança em suas fases de desenvolvimento como um ser integral, que não só se constitui de cognição, mas que necessita de atenção e desenvolvimento emocional. “Após esse período que nos obrigou a refletir e nos reinventarmos, é realmente necessário valorizar as pessoas, os professores, as necessidades e a tecnologia como ferramenta”, defende. A valorização da escola e de seus profissionais também é defendida por Moller. “Muito mais do que um lugar para deixar as crianças, a escola é um ambiente de formação, de acúmulo de conhecimento e terá que se adaptar à nova realidade sanitária, mas deve ressurgir com um valor ainda maior na vida dos alunos”, ressalta. O professor lembra, também, que os professores têm um papel importante nesse momento de transformação, valorizando o papel da tecnologia sem deixar de lado a interação humana. “Precisamos nos apropriar do que essas ferramentas nos oferecem enquanto facilidades, sem jamais deixar de perceber que somos seres sociais e que a vida só se dá quando estamos juntos”, diz.
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[ GESTÃO ESCOLAR ]
Prioridades da Gestão Escolar Pós-pandemia É preciso pensar o futuro e o quanto antes, para garantir que ele aconteça da melhor forma possível.
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há muito a ser feito, e diversos sistemas estão em estágios diferentes da situação. A gestão inteligente é aquela que pensa de maneira integrada sobre como apoiar sua comunidade.
Base Operacional e Financeira Os sistemas escolares precisam começar a planejar os diferentes cenários de futuro e estar prontos para se adaptar, caso seus orçamentos sofram consequências. Decisões difíceis terão que ser feitas em todos os níveis. Mesmo assim, as crises podem ser um estímulo para a solução criativa de problemas. Sob a pressão atual, os sistemas escolares podem aproveitar a oportunidade para repensar algumas de suas formas tradicionais de fazer as coisas. Segundo um estudo da consultoria McKinsey & Company, este é um momento para pensar parcerias entre o público e o privado. Conforme os sistemas emergem da pandemia, é importante identificar inovações que possam ser sustentadas até o “próximo normal”; que possam melhorar o aprendizado dos estudantes, mas que também contribuam para uma base financeira mais sólida. Ainda
Garantindo Aproveitamento e Aprendizado Alguns sistemas já estabeleceram boas bases online síncrona e assíncrona, e em uma retomada já sabem exatamente o que fazer. Outros ainda estão lutando para se atualizar, mas fornecer o acesso é apenas o primeiro passo. É preciso olhar o currículo e entender o que foi previsto no início do ano, o que realmente foi feito durante o isolamento social e o que é possível ser feito daqui para frente. Silmara Casadei, Diretora Geral do Colégio Porto Seguro, conta que pensar enquanto comunidade escolar foi decisivo para os processos internos. “Nós começamos a trabalhar com modelos de aprendizagem em que os pais recebem por e-mail todas as atividades, para que possam ajudar os filhos. Procuramos gravar todas as aulas e mandar as atividades com um passo a passo, para que no tempo disponível das famílias, elas pudessem ajudar.” O lema do colégio foi “isolamento não pode ser sinal de ausência ou não pode significar ausência de desenvolvimento”, e dentro dele, o diálogo foi fundamental. “Nós temos hoje 270 famílias que são representantes do Comitê de Pais de 9 mil alunos, e elas se organizam junto às suas salas para trazer ideias
om a retomada das aulas presenciais na maioria dos estados brasileiros, começa-se a medir o tamanho do impacto ocasionado pelo novo coronavírus (COVID-19). A perspectiva é que seus efeitos sejam profundos e duradouros, podendo desencadear a aceleração de tendências ou uma reversão parcial para velhos hábitos. De qualquer maneira, é preciso pensar o futuro e o quanto antes, para garantir que ele aconteça da melhor forma possível e sem deixar ninguém para trás.
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e sugestões críticas, além de seus anseios, em reuniões mensais com as diretorias de cada nível”, completa. Não é fácil trabalhar e aprender ao mesmo tempo. Por isso, o colégio investiu, como apoio ao corpo docente, em um projeto de pequenos tutoriais de todos os processos tecnológicos.
Saúde e Segurança O retorno só será possível com a garantia das medidas de segurança, isso inclui pensar, com o time gestor e docente, em um levantamento que garanta a saúde de toda a comunidade. É necessário planejar e promover ações em prol da prevenção à contaminação do vírus; uma comunicação que mantenha a todos informados e conscientes sobre os papéis individuais e coletivos; instalar totens de álcool em gel, facilitando ao máximo a higienização das mãos e todas as medidas de biossegurança. “Essa preparação exige um conhecimento e um aprendizado muito fortes. Então nós contratamos o Hospital Albert Einstein, que está conosco na organização dos protocolos. Estamos pensando em como nós vamos deixar essas crianças e esses jovens juntos”, comenta Casadei. Nesse sentido, é preciso planejar a longo prazo, pois os problemas de saúde não terminarão com a pandemia. É provável que as instituições também tenham que lidar com questões de saúde emocional e física.
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Apoio à Saúde Emocional Os pais são a peça definidora de toda a situação. A gestão precisa replanejar, atentando-se ao desenvolvimento de competências e fortalecendo a sensação de pertencimento de toda a comunidade. Casadei acredita que essa geração terá mais vínculo familiar do que as anteriores. “É uma geração que vem com muita tolerância, diversidade, intuição e fortemente ancorada em novos vínculos com a família e com a sociedade.” Esse vínculo é de suma importância para criar uma base sólida de inteligência emocional. Para a gestora, é preciso aprender não só a se preocupar, mas a se ocupar e a se divertir com as crianças e os jovens. Hoje, o que esperamos de uma escola nova? Para Casadei, a resposta está em um currículo que ensine aprender a conviver. “Que ela tenha conhecimento, técnica e psicologia e que traga também a experiência de os estudantes poderem conviver não só consigo mesmos, não só dentro da sua escola, mas também fazendo projetos e vivenciando intercâmbios.” A escola do “novo normal” é aquela que traz o trabalho em equipe e que faz com que os grandes grupos se fortaleçam e que se possa resolver as questões não solitariamente e individualmente, mas também em grupo.
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[ ESCOLA E FAMÍLIA ]
Como Fica a Relação entre Escola e Família após a Experiência do Ensino Remoto? Os pais tiveram papel fundamental na adaptação dos estudantes às aulas a distância.
A
nutricionista Camila Ribeiro é mãe de duas meninas, Isabella (8) e Beatriz (4). As meninas tinham uma rotina bem estabelecida antes do período de quarentena: café da manhã, revisar o material escolar, checar as lições de casa, um pouco de TV e brincadeiras, almoço e escola. Porém, em março, a escola praia-grandense em que as crianças estudam foi obrigada a fechar a porta e, de lá para cá, tudo mudou. Por atuar na área da saúde, Camila não parou um minuto, não teve um dia sequer de home office e teve que se adaptar aos desafios. Ela conta que sempre foi bastante atuante na vida escolar das filhas, acompanhando as tarefas e reuniões, mas que daí a conseguir
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atuar ativamente na didática e explicação das aulas foi um salto enorme. “Para se ter uma ideia, começávamos as atividades por volta das 19h e só acabávamos próximo das 23h. É uma rotina estressante para todas nós. E confesso
A Mudança das Relações Isailma Barros, pedagoga, mestre e doutora em Educação, explica que antes da pandemia tanto a escola quanto a família tinham seus papéis pré-estabelecidos na sociedade. “A família deveria confiar na proposta pedagógica da instituição em que seus filhos estavam matriculados, ao passo que a escola deveria cumprir as suas diretrizes a partir de suas concepções e organização do trabalho pedagógico. Para Isailma, com a pandemia, a ruptura desses papéis ficou visível. “O ensino remoto gerou uma mudança repentina e profunda na rotina
de todos. As famílias passaram a acompanhar a rotina pedagógica muito mais de perto, inclusive lidando com problemas como acesso à internet e aparatos tecnológicos.” A especialista ressalta que o acompanhamento do processo educacional por parte da família repercute no comportamento do estudante. “Ter atenção a esse ponto é fundamental para identificar e compreender as dificuldades dos alunos dentro da escola que impactam no seu desenvolvimento fora do ambiente escolar”, comenta.
A Caminho da Retomada das Aulas Presenciais O caminho para a retomada das aulas presenciais ainda é incerto e será diferente em cada estado. O que sabemos, até o momento, é que o relacionamento entre as escolas, os educadores e a família se estreitou em muitos casos, e que especialistas recomendam que ele permaneça assim. Isailma, por exemplo, incentiva que as escolas criem e fortaleçam os vínculos com os familiares, para que as crianças e os adolescentes se sintam mais seguros e autônomos. “Quando há o apoio da família, os professores também conseguem trabalhar melhor as limitações que, porventura, identifiquem em seus alunos.” A gerente pedagógica da Nova Escola, Ana Ligia Scachetti, alerta os familiares para que entendam que o processo de retomada e recuperação exigirá apoio aos estudantes. “Os pais podem acompanhar esse processo em casa, junto com a escola, e apoiar a definição das prioridades a serem trabalhadas para garantir que esses alunos consigam, também, acompanhar os próximos anos e evoluir na vida escolar”, diz. Ana Ligia também fala sobre o acesso a outros conteúdos que podem colaborar com o aprendizado dos alunos. “Talvez, as crianças e os adolescentes tenham tido contato com livros, histórias e filmes que colaborem com a sua formação ou até estejam brincando e explorando a natureza. A família pode ajudar a escola a entender quem é esse aluno que está voltando e em que momento ele está: o que traz de novo, seja de positivo ou de eventuais experiências negativas”, conclui.
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que, por mais que eu saiba o conteúdo, tenho dificuldade em passar para elas”, diz. Michelle Andrade, mãe da Maria Eduarda (9), conta que o início das aulas remotas foi muito difícil e que a filha precisou de muito acolhimento. “A Duda é uma criança muito alegre, com muita energia, e perder o convívio com os amigos a deixou abalada. Porém, tentamos dar o máximo de apoio que podíamos. Quando ela deixava de entregar alguma atividade, por exemplo, nós chamávamos a atenção, mas de uma maneira que a acolhesse também”, reflete. Tanto Camila quanto Michelle são exemplos de mães que tinham uma boa relação com a escola antes da pandemia, acompanhando as filhas, frequentando reuniões de pais e dando apoio em tarefas de casa. Porém, ambas relataram que, com o ensino remoto, o relacionamento com a escola se intensificou e o diálogo se manteve muito mais presente. “Eu tenho até medo de fugirem de mim quando as aulas presenciais voltarem, de tanto que fui atrás, me senti até chata”, conta Camila.
[ EM ALTA ]
O que os Professores Esperam do Futuro da Educação? Depois de um ano letivo conturbado, profissionais contam o que desejam para os próximos anos e apostam em novas tendências.
A
educação foi um dos setores mais impactados pela pandemia do novo coronavírus. Diante da retomada do comércio e de diversos setores, as escolas ainda caminham com muito cuidado para receber novamente a criançada. Além de se adaptarem ao ensino remoto, os professores agora têm o desafio de aprender e ensinar novos protocolos de higiene e segurança. Porém, como será o futuro da educação de agora em diante? Ninguém melhor para responder esta pergunta do que os próprios educadores.
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Zita Jardim Barreto – Professora do 3º ano do Ensino Fundamental – São Paulo (SP)
“A escola, a partir de hoje, continuará sendo uma instituição social, mas que não poderá se desvincular de uma cultura digital, que muitos educadores não se permitiam utilizar dentro do espaço escolar. O nosso grande desafio para o futuro da educação será o de estabelecer uma relação articulada entre o currículo escolar e as tecnologias digitais, destacando a importância da participação efetiva dos educadores que, norteados por ações e pensamento críticos, tenham clareza da intencionalidade de sua ação pedagógica na construção desse currículo, pois ainda nos deparamos com a resistência de alguns quanto ao uso delas.” Eunice Barbosa Gouveia – Professora do Ensino Fundamental – Manaus (AM)
Gabriela Leamari – Professora do 5º ano do Ensino Fundamental – São Paulo (SP)
“O que eu espero da educação depois da pandemia é que as escolas passem a valorizar os professores da forma devida, assim como saibam dialogar com os pais de forma ativa e com domínio. Além de manter o uso das melhores ferramentas, é fundamental equilibrá-las com as atividades manuais, que foquem na socialização e no desenvolvimento da inteligência emocional das crianças, área mais defasada durante a quarentena. Outro ponto importante é a conscientização sobre o apressamento cognitivo. As aulas remotas obrigaram os professores e gestores a readaptarem as atividades e avaliações, e isso deve ser mantido.” Vivian Duarte – Professora do 6º e do 7º ano do Ensino Fundamental – São Paulo (SP)
“Espero que a educação seja vista como prioridade e que os governos enxerguem isso, e não apenas como uma oportunidade para desvios de recursos. Espero, também, que os professores participem efetivamente da transformação que a educação precisa.” Silmara Dallécio – Professora de Educação Física do Ensino Fundamental e do Ensino Médio – Holambra (SP)
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“Primeiramente, espero que os governantes tenham um olhar diferenciado para as dificuldades na área da educação e que se preocupem em tentar amenizar as diferenças no aprendizado, que ficaram tão notórias nesta pandemia. Espero que a educação, de modo geral, se preocupe em preparar esses estudantes para a vida, sendo mais críticos, e que a tecnologia seja, em toda a sociedade, uma ferramenta importante nesse processo de aprendizagem. Acredito que caberá sempre ao professor ser o mediador dessa ferramenta. Ainda acredito que a educação é o único caminho para a mudança.”
“Eu espero que a educação do futuro seja totalmente estruturada na parceria entre pais e escola, em busca de um objetivo comum: um processo de ensino-aprendizagem significativo e cheio de valor para a vida toda. E que os avanços tecnológicos continuem presentes, contribuindo muito com as práticas pedagógicas interativas e dinâmicas, possibilitando sempre ir além.”
[ EM ALTA ]
“Desde que me entendo educadora, soube que este não seria um projeto de vida fácil. Envolve muito estudo, pouco apoio governamental e, sobretudo, muita vontade de fazer alguma diferença. Apesar da desesperança, apesar de que, certamente, o cenário da Educação no Brasil vai piorar muito após a pandemia, piorar nos acessos, no aumento da evasão escolar, na qualidade desigual do ensino, o que eu espero do futuro da Educação, hoje, é que nós, professores e educadores, não percamos a esperança. Eu espero que eu e todos possamos continuar, possamos ter forças para continuar. Porque, assim como antes, eu ainda vejo a educação e a cultura como as únicas portas para a redução das desigualdades.” Gabriela Souza – Professora de Linguagem do Ensino Fundamental II ao Ensino Médio – Salvador (BA)
“O que realmente espero é que a educação ocupe um lugar de destaque para todos, sem distinção de gênero, raça ou religião. A importância da educação na vida das pessoas é primordial. Outro ponto fundamental é a valorização da Escola pública. Precisamos exigir das autoridades o equipamento saudável das escolas, exaltar esse espaço como o grande centro de conhecimento de um país. Enfim, acredito que a evolução de uma nação se dá através do acesso à saúde e do seu sistema educacional. Sou professora e otimista com o futuro da educação. Espero, de verdade, que saibamos da importância dessa valorização. Somos nós que formamos todos os outros profissionais!” Marta Andréa Rueder – Professora da Educação Infantil – São Paulo (SP)
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“Espero que todos levem o legado da pandemia. Que, acima de tudo, saibamos nos reconhecer como seres humanos. E que as famílias tenham participação ativa na vida escolar de seus filhos, acompanhando-os e reconhecendo-os como protagonistas do processo de aprendizagem. Gostaria também que o trabalho pedagógico fosse mais valorizado, e que todos olhassem para a escola como uma ferramenta fundamental para a construção de uma sociedade mais consciente.” Rosana Arvani – Coordenadora de Ensino Fundamental – São Paulo (SP)
“Eu espero que se mantenha aquilo que se conquistou. Vejo grandes possibilidades no ensino híbrido (remoto e presencial). E espero que, no futuro, a educação seja prioridade dos governantes e, inclusive, dos donos de escolas particulares. Que se coloque em prática uma educação eficiente, com mais ênfase às humanidades e à política. A participação dos pais também é fundamental para a construção de um saber maior e mais qualificado. Um pensador contemporâneo, chamado Pierre Bourdier, nos fala do habitus, aquilo que orbita ao nosso redor. Um filho de pessoas cultas e bem sucedidas tem habitus que lhe proporcionam maior saber (teatro, música de qualidade, viagens) ... Então eu espero que se construa um futuro melhor em termos sociais, pois somente assim a educação tem possibilidades reais de se expandir.” Rogério Sidaoui – Professor de História do Ensino Médio – Praia Grande (SP)
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[ TENDÊNCIA ]
O que é microlearning e como ele pode agregar no ensino? Entenda mais sobre esse conceito que está se popularizando nas escolas.
C
om o fechamento temporário das escolas e a adoção do ensino remoto, muitos termos até então desconhecidos por alunos, famílias e professores passaram a fazer parte do cotidiano. Um deles é microlearning, que, ao pé da letra, pode-se traduzir como “microaprendizado”. Resumidamente, microlearning é a geração de um aprendizado rápido e intuitivo, conectado à realidade de um grupo específico. Flora Alves, idealizadora da metodologia Trahentem® e CLO da SG – Aprendizagem Corporativa, explica que a estratégia de aprendizagem microlearning acontece em um tempo curto, com uma linguagem simples e de fácil compreensão, e pode contar com o apoio de recursos multimídia, como vídeos curtos, por exemplo. “Por ter um conteúdo rápido, muitas pessoas optam por oferecer um curso de microlearning em um ambiente online, pois é muito mais fácil disponibilizar videoaulas de três minutos em uma plataforma de Ensino à Distância do que promover encontros presenciais por um tempo tão pequeno”, diz. Na prática, o microlearning auxilia na introdução de temas, explicações de tópicos menos complexos e manutenção de treinamentos previamente aplicados.
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É possível aplicar dicas, pílulas de conhecimento, de forma rápida e que atinja os estudantes naquilo que eles realmente precisam. “O microlearning é muito usado para darmos ‘mensagens-chave’ e, o mais importante, é possível consumir esse conteúdo de qualquer lugar, e assim passar a informação de forma ágil. Há também outras formas, além do vídeo, que são ferramentas de microlearning, como podcasts ou até recursos visuais, como infográficos”, diz Flora. É importante frisar, no entanto, que um treinamento não substitui o outro. Deste modo, o microlearning não substitui o treinamento mais aprofundado ou as aulas mais completas.
A Origem do Microlearning Segundo Flora, o conceito de microlearning é mais antigo do que podemos imaginar. “Se pensarmos na arte rupestre, pela qual o homem começou a registrar seu cotidiano, como o passo a passo para fazer fogo, podemos considerar a prática como microlearning, uma vez que ali estavam registrados seus conhecimentos.” Para a especialista, falar de microlearning hoje em dia é, na verdade, resgatar um conceito muito mais antigo.
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Apesar disso, não há registro sobre quem inventou o termo. Tudo indica que a primeira publicação que o utilizou é datada de 1953, com autoria do pesquisador equatoriano Hector Correa. “A jornada do microlearning iniciou com o uso doméstico da internet, na década de 1990. É claro que o uso da rede mundial de computadores revolucionou o modo como as coisas acontecem no que diz respeito à aprendizagem”, explica Flora. Ela também afirma que, particularmente, gosta de pensar no microlearning como uma pequena experiência, ou seja, um passo pequeno, recomendado para aprendizados pontuais.
Microlearning na Prática Flora recomenda aplicar as estratégias de microlearning como conteúdo de contextualização, oferecendo, assim, uma visão geral sobre temas sem muito detalhamento. Nas escolas, por exemplo, a prática não precisa necessariamente ficar restrita às videoaulas, podendo ser aplicada, também, na educação presencial. “É uma estratégia para auxiliar alunos que estejam desmotivados ou com dificuldade de aprendizagem de determinado conteúdo, dividindo-o para uma melhor compreensão”, diz. A dica da especialista é aplicar o método quando for possível dividir um tema em conteúdos menores. Contudo, em aulas online, o microlearning na educação não é só um caminho, mas uma necessidade, visto que a falta de interação com os alunos facilita que eles se dispersem. Existem várias formas para implementar esse modelo de aprendizagem, como: • Jogos: essa estratégia de aprendizagem pode ser
apresentada em forma de games;
• Podcasts ou vídeos: formas muito atraentes, que
prendem a atenção do aluno;
• Quiz: testes criativos e até divertidos que favore-
cem o aprendizado;
• Produção de conteúdo: estimular que o aluno
crie conteúdo após a leitura faz com que ele se envolva e desenvolva o aprendizado.
Por que Investir em Microlearning? Para Flora, é ilusório acreditar que a educação permaneceria do modo que era antes do mundo enfrentar a pandemia do novo coronavírus. “O que estamos vivendo é um grande indicador do que deve acontecer. Então, métodos alternativos de educação vieram para ficar e devem ser incorporados a outras metodologias que já utilizávamos”, afirma. A busca pela inovação nos processos de aprendizagem é uma realidade. Escolas e professores têm a missão de utilizar a tecnologia a seu favor para oferecer aos alunos educação de qualidade, driblando desafios diários, como estudantes dispersos e sem interesse pelas aulas. “É possível despertar interesse tanto em quem elabora o conteúdo quanto no aluno, que passa a conviver com uma forma diferente de aprender.” Vantagens para Alunos e Professores As vantagens da adoção do microlearning são muitas. Com o uso de vídeos curtos, por exemplo, a apresentação de pequenos ensinamentos cumpre um papel importante na absorção do aprendizado, por despertar maior interesse nos alunos. Outra vantagem do microlearning é a conquista de mais prazer em estudar, uma vez que ele não toma muito tempo do aluno, diminuindo o peso da “obrigação” de estudar. Desta forma, o aproveitamento é muito maior e ocorre de forma mais leve e natural. Por fim, os conteúdos específicos e direcionados também fornecem as informações necessárias para atingir um único objetivo de aprendizagem. Os conteúdos de microlearning são disponibilizados em forma de vídeos, podcasts, animações, jogos e infográficos, uma variedade de recursos que favorece o engajamento.
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[ GESTÃO ESCOLAR ]
Com a Digitalização da Sala de Aula, como Fica a Segurança da Informação? A pandemia acelerou o uso massivo de recursos digitais e internet na educação, o que traz muitos benefícios às aulas, mas também muitas possibilidades perigosas.
O
impacto causado pelo novo coronavírus (COVID-19) ao cotidiano de todos é de longo alcance, opressor e desafiador. Na educação, ele exerceu um efeito dominó. Para evitar a contaminação, as escolas fecharam. Para manter o ano letivo, veio o ensino remoto. Para que este funcionasse, lançou-se mão das tecnologias digitais e online. É provável que, daqui para frente, a educação amplie ainda mais essa inserção. A questão é que com mais interações e dados fluindo online, aumenta-se também o risco de exposição de sistemas, dados e privacidade, bem como das pessoas envolvidas nos
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processos. As palavras mágicas para esta problemática são: segurança da informação. Esta diz respeito à proteção de todo e qualquer conteúdo que represente indivíduos ou organizações e corporações nos meios digitais.
Histórico na Educação Brasileira De acordo com uma pesquisa feita em 2019 pela TIC Educação, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, menos da metade dos estudantes de escolas públicas, 44%, receberam orientações sobre como usar a internet de modo seguro. Já nas escolas privadas, 68% disseram ter aprendido com docentes sobre segurança na rede, e 59%
Novos Desafios de Segurança Cibernética À medida que os estudantes ingressam nas aulas usando seus computadores pessoais e as redes Wi-Fi domésticas, a quantidade de ataques em potencial aumenta rapidamente. Imagine crianças, jovens, professores e gestores abrindo e-mails de phishing (tentativa fraudulenta de obter informações confidenciais) remotamente em milhares de servidores diferentes. É fácil ver como os danos de um ataque cibernético podem resultar em grandes problemas. Para Rascalha, o aspecto comportamental tem grande relevância. “Algumas alterações trazidas pela pandemia à nossa rotina, como home office e ensino remoto (ou híbrido),
vieram para ficar. Pelo menos em certa medida. Com isso, os indivíduos precisam se adaptar a essa nova realidade, assumindo maior responsabilidade sobre a preservação de sua segurança e privacidade, bem como sobre sua postura em videoconferências, chats, aulas online e lives”. Diante dessa problemática, quais seriam as práticas e os processos necessários para criar uma cultura digital segura? A educadora acredita que, primeiro, é preciso promover reflexões junto à sociedade sobre pegada digital. “Em geral, as pessoas não possuem conhecimento sobre isso ou até mesmo desconhecem o conceito. Tudo o que fazemos, pesquisamos, armazenamos ou postamos na internet deixa rastros a nosso respeito, criando assim a pegada digital, a qual pode permanecer por tempo indeterminado nos servidores ou até mesmo circulando pelas redes.” A informação é poder para ambos os lados: tanto para prevenir problemas quanto para causá-los. Portanto, tudo deve partir de um amplo processo de implementação da educação digital nas escolas. Deve haver também uma observação rigorosa das leis de proteção de dados e campanhas frequentes de conscientização da população sobre como se proteger nas redes e minimizar a vulnerabilidade no ambiente virtual. “Para a educação, as adaptações certamente envolvem mais engajamento, com letramento digital dos estudantes, formação continuada dos professores para as novas tecnologias, implementação de contas institucionais com amplo e rigoroso gerenciamento da TI e plataformas digitais educacionais que garantam a segurança de todas as informações em trânsito ou armazenadas em nuvem. A constante alternância entre o online e o offline, a partir de agora, também se fará muito presente no ensino”, finaliza Rascalha.
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receberam orientações para agir caso algo os incomodasse. A pesquisa mostrou também que a maior parte dos jovens (78%) navega sozinha e informa-se por vídeos ou tutoriais disponíveis na internet. Segundo Michele Rascalha, Diretora de Tecnologia Educacional do Colégio Liceu Jardim, o termo nativo digital pode transmitir a impressão errônea de que quem nasceu em meio à era digital possui uma habilidade inata para lidar com o mundo das novas tecnologias de informação e comunicação, o que não é verdade. “As crianças e os adolescentes de hoje têm, sobre os mais velhos, a vantagem de estarem mais familiarizados com os recursos digitais e com a internet desde pequenos, mas também precisam aprender sobre produção, cidadania e segurança digitais como qualquer outra geração. Inclusive, é muito comum que os chamados nativos digitais, quando não integrados a um processo de letramento digital, apresentem dificuldades básicas frente às novas tecnologias”, diz ela.
[ TECNOLOGIA ]
A Pandemia Vai Acelerar a Adoção da Inteligência Artificial na Educação? O futuro da educação será tecnológico e conectado, mas jamais deixará de ser humano.
O
impacto da pandemia de COVID-19 na educação trouxe novas maneiras de pensar sobre a melhor forma de ensinar os estudantes. Nessa discussão, a Inteligência Artificial (IA) é apontada como uma das grandes tendências até 2030, segundo um estudo do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Uma das grandes apostas é o uso de sistemas tutores inteligentes para ensino personalizado. Questionado sobre o interesse crescente em IA como resultado do aumento do aprendizado remoto durante a pandemia, o professor da Unifesp e diretor acadêmico do Institute of Technology and Education (ITEDUC), Dr. Ismael Rocha, diz que a pandemia veio para sepultar definitivamente um modelo de ensino existente desde a segunda metade do Século XIX: o conteudista. “Nele, o estudante é um repositório de fundamentos e recebe passivamente o conhecimento, as salas de aula são formadas por carteiras enfileiradas com o professor à frente e os processos de avaliação são padronizados e com conteúdos enlatados”, completa.
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Segundo ele, demorou para chegar ao Brasil o processo ativo de aprendizagem mediado por tecnologia, somado à visão de que o estudante é protagonista. Ainda assim, ele acredita que o uso de tecnologias no ensino veio para ficar. Nessa demanda, para o professor, a IA é fundamental para a construção de um novo desenho no campo da aprendizagem. “Este recurso, diferente do que muitos acreditam, não trará ao estudante uma preguiça mental, visto que muitas coisas já estarão prontas. O processo neural desta faixa etária está aberto a desafios, a pensar criticamente, a buscar coisas novas, a conhecer. Há um equívoco quando falamos de transferência de conhecimento, como se estivéssemos carregando em um HD uma série de arquivos que depois serão processados. Não se transfere conhecimento, se constrói conhecimento.” A máquina não vai ocupar o lugar dos professores, pois a lógica que se estabelece nela, por mais perfeita que seja, é cartesiana, pré-formatada, desenhada para responder perguntas e não para elaborá-las. Por isso,
a IA vem como uma encurtadora de caminhos, pois ela deixa aparente o que já foi descoberto. “Usar a IA como uma ferramenta de pesquisa, de suporte ao aprendizado, de estímulo à pesquisa e tornar os processos de busca mais rápidos e certeiros, será o desafio do professor do Século XXI.”
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Caminhos no Brasil Para Rocha, a dificuldade de implementar a IA no Brasil é a mesma de padronizar o ensino virtual em todas as escolas: custo e vontade política. “Não temos uma política de estado, estamos acostumados a uma política de governo, o que dificulta projetos de longo prazo, como é necessário. Os ciclos de inovação da educação são longos, o que é implementado hoje nos Anos Iniciais só poderá ser medido ao final de alguns anos de aprendizagem. Este conceito parece não entrar na pauta de muitos governantes e, como consequência, as mudanças acontecem sem planejamento, sem um olhar a longo prazo, sem objetivos claros do que se espera e do que é preciso fazer para conseguir.” Hoje formamos pessoas capazes de fazer o que antes não era possível. Formamos pessoas que saibam construir significados, que pensem criticamente, que sejam atores da sua própria existência. Formamos pessoas para que saibam fazer as perguntas certas. “Para mim, o desafio da escola e do educador é preparar o estudante, em qualquer nível, e dar significado a todas as coisas que estão a sua volta, percebendo o seu sentido e contexto, permitindo uma interpretação ampla e única.” O professor aponta que não nos lembramos do impacto causado pela invenção da calculadora, mas que na época as pessoas diziam coisas como: “as crianças não saberão mais fazer contas”, “as pessoas serão facilmente enganadas”, “o processo de raciocínio será prejudicado”, “não vou usar isto com meus alunos” e tantas outras afirmações. “No entanto, em nenhum período da história do homem tivemos tantas descobertas, tantas invenções, tantos processos de inovação em todas as direções. Inteligência artificial, sim, seja bem-vinda como ferramenta do ensino e aprendizagem.” O futuro será tecnológico, mas jamais deixará de ser humano. “Imagino uma educação no futuro com espaços onde a aprendizagem será mediada pela tecnologia de ponta, mas a autonomia será respeitada, onde o estudante será o ator principal deste processo e a liberdade será uma prática”, conclui Rocha.
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Lançamento que desenvolve as competências socioemocionais por meio da Educação Financeira!
Educação Financeira: Entender e Praticar promove – tanto no âmbito escolar como no familiar – o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e de conceitos que contribuem para a formação de consumidores e poupadores conscientes, autônomos e planejadores de seu futuro. O trabalho com a obra pode ser executado por meio de aulas específicas de Educação Financeira, assim como por intermédio dos projetos que englobam as diferentes áreas de conhecimento. Por seu caráter flexível, a coleção Educação Financeira: Entender e Praticar pode ser adotada por escolas de perfis metodológicos e socioculturais variados. Diversos componentes digitais proporcionam uma prática pedagógica mais dinâmica. No LEB – Laboratório Educacional Brasil, estão disponíveis, para professor e estudante, ferramentas que estimulam o uso de tecnologias para a aprendizagem e facilitam o trabalho com novas metodologias, como o ensino híbrido.
Anos iniciais do Ensino Fundamental
Anos finais do Ensino Fundamental
Autores: Ana Flavia Castanho, Angela Cruz, Erdna Perugine Nahum, Mônica Waldhelm, Priscila Monteiro e Vitor Nascimento
Autores: Alex Sandro Marques, André Andere e Pollyanna Santana Silva
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[ TENDร NCIA ]
9:30
34 | Arco43 em Revista nยบ 4 | 2020
decidir qual será a plataforma. A partir desta escolha, definir o que será entregue na escola e o que será entregue online.”, comenta Alves.
Desafios e Oportunidades do Ensino Híbrido Uma das grandes lições que levaremos do isolamento social é como o estudante também pode se transformar em um produtor de conteúdo digital. Essa bagagem conquistada dificilmente se perderá, mas para o ensino híbrido se tornar uma realidade, é necessário pensar além. Alves divide a questão em duas frentes. A primeira diz respeito a algo já reforçado antes da pandemia, que é o letramento digital, ou seja, as habilidades digitais necessárias para participar ativamente das práticas sociais em um mundo altamente conectado. A segunda é a necessidade de repensar a abordagem vigente. Apenas inserir ferramentas tecnológicas em sala ou transpor as aulas presenciais para um meio digital não adianta. “A gente viu durante a pandemia várias notícias sobre os estudantes não abrirem o microfone e a câmera, mas uma aula não acontece só com o professor falando. Será preciso lidar com o que os jovens concebem como aula, inclusive dedicar tempo para ensinar o formato híbrido. Eles precisam aprender a aprender em novas condições. Algo que talvez até agora, com a urgência da situação, não houve tempo para abordar.” Ao mesmo tempo, o professor também precisa descobrir como fazer a gestão de uma sala que é virtual e desenvolver habilidades novas. “Estas devem englobar a comunicação e a pesquisa no meio digital. Assim como aprender a dominar as ferramentas, o que inclui encontrar conteúdos e saber onde armazená-los, na nuvem ou nos dispositivos. Além da habilidade mais trabalhosa até agora, que é a criação de conteúdos digitais. Sejam eles um documento, uma apresentação ou uma avaliação”, aponta Alves. O principal desafio para as escolas será garantir os meios tecnológicos, a conexão e a infraestrutura necessários a essa adaptação. Porém, as instituições também precisam investir na formação de seus educadores, tanto para garantir a eficiência do híbrido, quanto para que os docentes continuem seguros de seu papel. Afinal, mesmo sendo uma metodologia que espera uma postura ativa do estudante, o professor segue como o “designer da experiência”.
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Q
uase todos os estudantes da educação básica no mundo têm aprendido em casa desde meados de março. À medida que o ano letivo atual termina, pais, professores e gestores estão olhando para 2021 e tentando descobrir como este ano será para a educação. Espera-se um retorno ao “normal”, mas é mais provável que, daqui em diante, as escolas tragam novidades vividas na experiência da pandemia, e uma delas é o ensino híbrido. Este conceito já é utilizado por algumas instituições, e não é de agora que se discute sua aplicação. A expressão data dos anos 2000 e deriva do termo blended learning. Hoje, na chamada era da informação, ensinando crianças e jovens completamente diferentes das gerações anteriores, mais do que nunca, é importante planejar o ensino levando em consideração as responsabilidades, as preocupações e as circunstâncias de todos. No entanto, as discussões sobre a aplicação do ensino híbrido primeiro precisam disseminar que ele é um conjunto maior de recursos e abordagens, e não apenas trabalhar um pouco remotamente e um pouco cara a cara. O início dessa conversa parte do entendimento de que se trata de uma metodologia ativa, o que significa repensar a posição do professor e o seu papel em classe, bem como o do estudante, além do tipo de interação que será promovida. Não é apenas a inserção da tecnologia, é a promoção de uma experiência de ensino. De acordo com Fernanda Alves, líder da equipe pedagógica de Transformação Digital da Nuvem Mestra, para o ensino ser considerado híbrido é necessário haver, de alguma forma, evidência da aprendizagem dos estudantes, personalização do ensino e algum grau de autonomia, nem que seja poder decidir quando assistir ao material digital ou em que ritmo. A abordagem só será bem-sucedida se a turma estiver fortemente envolvida na dinâmica e no funcionamento do curso. O papel ativo dos estudantes deve fazer parte das expectativas do planejamento e ser bem estabelecido desde o início. Por isso, liderar uma experiência de aprendizagem híbrida requer um conjunto diferente de estratégias. O primeiro passo para as escolas se adaptarem ao modelo é rever o currículo. “Entender quais são os objetivos do programa e, a partir desta análise, decidir o que pode ser entregue de forma online e o que, de fato, deve ser feito presencialmente. A segunda parte é
[ ARTIGO ] X da Questão e o Podcast como Formação Acessível Marcos Keller
36 | Arco43 em Revista nº 3 | 2020
exemplos e possibilidades de ação, contando com o suporte de vários programas do Arco43 Podcast, onde o tema é tratado com mais aprofundamento por especialistas. Essa atenção ao detalhe é a síntese e a origem do nome do programa, “X da questão” é uma expressão de objetividade, enfatizando a alternativa que ele representa, especialmente na comparação com tudo o que está em volta, ressaltando a importância de algo para que possamos nos ater ao relevante e eficiente. Perfeito para educadores em um consumo rápido e preciso; ótimo para ser usado por gestores como questão disparadora em momentos de estudo pedagógico e formação; muito eficiente também para manter a equipe e a comunidade escolar por dentro de determinados conceitos e práticas; ou ainda enviar para pais e responsáveis, a fim de alinhar objetivos e ações conjuntas. O objetivo é dispor ferramentas criativas e formações inovadoras, agindo para atenuar o acesso limitado a métodos e processos diferenciados e eficazes, situação em que muitas comunidades escolares – assim como a que atuo – estão condicionadas. O X da Questão é uma ferramenta para o uso do professor na construção de um futuro melhor para todos nós. Eu sou Marcos Keller, e essa foi uma breve reflexão sobre o X da Questão, as pílulas quinzenais do Arco43 Podcast. Imagem: Shutterstock
É lugar comum no professorado a sensação de que nos falta informação e formação para atuar melhor em sala de aula. As razões para essa ausência são inúmeras e não são a pauta no momento, cabendo, a cada contexto, fazer investigações próprias. A questão relevante é: existe um déficit de acesso às práticas e à compreensão de conceitos educacionais modernos e variados, muitos dos quais estão em consonância com as propostas curriculares e com a BNCC. É nesta área que o projeto Arco43 atua. Em seus múltiplos formatos, o Arco43 objetiva trazer formação para o professor de maneira leve e agradável, com novos olhares e práticas, através da troca de experiências e do contato com o outro. Ao longo da temporada 2020, refletimos sobre prática de aula, valores, futuro da educação, saúde, tecnologia, o riso e muito mais. Entre tantos temas, um me parece perene: Sonhar com o futuro da educação e o nosso papel nele. Assim surge o X da questão. Durante a construção da segunda temporada, toda a equipe estava ciente deste espaço que o Arco43 ocupa. Assim, foi pensada uma forma adicional de acesso à informação de maneira ainda mais direta, buscando sintetizar práticas docentes e conceitos relacionados ao universo educacional. De modo que o professor e demais profissionais tenham à mão uma verdadeira caixa de ferramentas conceituais e uma lista de possibilidades diferenciadas para a aula, desenvolvendo projetos e atividades significantes e inovadores. Como um conselho de professor para professor, o X da Questão vem na forma de uma ficha rápida de informação e consulta, onde o ouvinte se apropria do conteúdo. Cada programa é curto, tendo em média 5 minutos, com linguagem acessível, explicação do conceito, objetivo do conceito e uma exploração de
Prof. Ms. Marcos Keller Professor de História e Filosofia na rede pública do Estado de São Paulo. Mestre em História Social pela PUC-SP. Artista Visual. Comunicador Podcaster e Apresentador do Arco43 Podcast da Editora do Brasil.
SuA eScOlA cAdA vEz mAiS iNtErAtIvA e dIgItAl! Essencial para as aulas a distância, a plataforma Laboratório Educacional Brasil – LEB, um ambiente virtual com os conteúdos digitais das coleções didáticas* da Editora do Brasil, incentiva professores e alunos a irem além da sala de aula! •
Recursos pedagógicos, como videoaulas, galeria de imagens e atividades interativas; • Livros digitais; • Expedição Brasil: exclusiva da coleção Tempo de Geografia, consiste em aulas de campo em vídeo conduzidas pelos autores da obra; • Área do Mestre;
•
Isto Pode Virar Aula: planos de aula com temas atuais e próximos aos estudantes, como séries e filmes; • Planejador de aula; • Banco de questões e avaliações; • Desafio ENEM e Vestibulares.
NoViDaDe! SoLuÇõEs PlUrIcOnNeCt: sEuS eStUdAnTeS pRoNtOs pArA o mElHoR rEsUlTaDo nO EnEm! Comunicação Envie comunicados para os alunos e responsáveis de modo rápido e fácil!
Agenda Eventos pedagógicos, feriados e acompanhamentos da vida escolar organizados em uma agenda digital interativa.
Plataforma de aprendizado adaptativa online que pode melhorar em até 20% a performance de sua turma no ENEM, com simulados, planos de estudos individualizados, exercícios de fixação com resolução comentada em vídeo, videoaulas exclusivas com professores especialistas e espaço para dúvidas e discussões por WhatsApp.
Oferece uma ampla coletânea de temas e propostas de redações, essencial para os estudantes que farão exames oficiais, como o ENEM. A correção dos textos é feita por dois especialistas. A plataforma também oferece recursos para o acompanhamento das estatísticas de turmas no desempenho por competência de escrita.
*Os conteúdos e serviços do LEB serão disponibilizados de acordo com a coleção didática adotada.
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Um mundo de livros para transformar o mundo!
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A Editora do Brasil tem muito orgulho em compartilhar este completo Guia de Literatura, atualizado com seus mais de 400 títulos ativos. Esta é uma ferramenta que tem se demonstrado muito eficaz, ajudando educadores, bibliotecários, gestores, pais/responsáveis e demais mediadores de leitura na seleção de livros para crianças e jovens.
• Organizado por temas e anos escolares • Cada tema contém um projeto de leitura específico + habilidades socioemocionais + identidade brasileira + inclusão + língua estrangeira e bilíngues + multiplicidade cultural + mundo digital + saúde e bem-estar + sociedade e relações interpessoais + sustentabilidade
• Indicação de conteúdos extras, como suplementos, projetos de leitura e conteúdo audiovisual • Espaço do professor, com diálogos sobre temas pedagógicos contemporâneos • Livros premiados • Indicação dos livros disponíveis em formato digital
Acesse o Guia de Literatura.
Vitrine Literária Um bom livro sempre será um excelente companheiro nessa maravilhosa viagem pelo mundo das descobertas, da ampliação de repertório e da reelaboração das diversas formas de pensar e agir.
MORRO DOS VENTOS Coleção Cometa Literatura De maneira poética, este livro oferece às crianças a chance de serem ouvidas: são várias as vozes clamando por paz. Esta obra resgata o desejo verdadeiro de uma criança de estar amparada e saber que os seus também estarão. Uma narrativa delicada sobre perda, violência e, principalmente, amor e esperança. Assuntos: Empoderamento; violência; infância; perda; sentimentos. Tema transversal: Pluralidade Cultural.
TANTA CHUVA NO CÉU
Conheça alguns dos lançamentos de literatura da Editora do Brasil.
Coleção Cometa Literatura
COMO O OCEANO NOS ERGUEMOS Coleção Cometa Literatura O mundo inteiro está percebendo: as mudanças climáticas têm afetado nosso cotidiano e causado distúrbios em nossos ecossistemas. Na Suécia, Greta Thunberg inspirou milhões de pessoas em um movimento solidário a favor da preservação do meio ambiente e pela adoção de medidas mais drásticas para salvar o planeta. Tal como uma onda no oceano, devemos nos erguer para ajudar a transformar o planeta em um lugar de convivência sustentável para todos!
A partir de 8 anos
As gotas da chuva caíam do lado de fora da janela. Do lado de dentro, gotas vertiam dos olhos da menina. E, de repente, ela, ainda tão pequena, percebeu que precisava reconstruir a vida para que o ciclo pudesse recomeçar. Uma história que, de modo poético, fala sobre infância, perda e superação. Emocione-se com essa narrativa sensível! Assuntos: Sentimentos; perda; família; morte; superação. Tema transversal: Saúde.
A partir de 8 anos
Assuntos: Comportamento; clima; meio ambiente; infância. Tema transversal: Meio Ambiente.
SONA – CONTOS AFRICANOS DESENHADOS NA AREIA Coleção Cometa Literatura
A partir de 10 anos
A partir de 8 anos
Com desenhos complexos feitos na areia, o povo Quioco, que habita uma região da África, repassa o conhecimento ancestral para os mais jovens e os ensina, assim, a amar histórias. Esses desenhos, além de extremamente elaborados, encantam a todos com sua beleza. Este livro traz uma história de sabedoria e respeito aos mais velhos, prestando homenagem à tradição oral e aos costumes de um povo. Assuntos: Diversidade; memória; África; cultura; história; valores. Tema transversal: Pluralidade Cultural.
UM BELO DIA... Coleção Mil e Uma Histórias Mais do que uma história sobre a saudade e a amizade, Um belo dia... trata da importância de saber que há sempre alguém que nos quer bem e que, de alguma maneira, deseja fazer parte de nossa felicidade. Este livro é uma aventura mágica vivida por dois amigos, um gato e um personagem inusitado e cheio de energia. Assuntos: Amizade; sentimentos; amadurecimento; imaginação. Tema transversal: Pluralidade Cultural.
AOS DEZESSEIS Coleção Farol
aos dezesseis
annelise heurtier
Conheça mais obras da Editora do Brasil.
A partir de 9 anos
A partir de 14 anos
Este livro é baseado em eventos e pessoas reais. Em 1957, a integração de 9 estudantes negros em um liceu de alunos brancos causa um grande alvoroço em uma cidade do sul dos Estados Unidos. O texto propõe uma reflexão profunda sobre racismo, preconceito, ódio e direitos humanos. Assuntos: Direitos humanos; violência; preconceito; superação; respeito. Tema transversal: Ética.
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Nossa felicidade é estar ao lado do professor todos os dias.