REVISTA PODER | EDIÇÃO 148

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CULTURA INC. POR LUÍS COSTA

as pesquisas resultou numa obra plena, que reúne rigor e emoção”, afirmam. Quando volta à pesquisa cromática, Sacilotto realiza estudos detalhados, cria as próprias tintas, usa pigmentos minuciosamente catalogados, o que lhe permite reproduzir com exatidão cada cor. Na exposição estão obras dos anos 1980 e 1990, e há também uma pequena reprodução de sua estante de pigmentos, pincéis

ESTUDOS Mostra na Almeida & Dale e livro homenageiam o mestre concretista Luiz Sacilotto

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om uma panorâmica de mais de três décadas de trabalho do artista plástico Luiz Sacilotto, a Galeria Almeida & Dale apresenta, até 23 de outubro, a mostra Sacilotto – A Vibração da Cor, com curadoria de Denise Mattar e Gabriel Pérez-Barreiro. Um dos signatários do Manifesto Ruptura em 1952, Sacilotto foi uma das figuras centrais do concretismo no

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Brasil. Se manteve fiel aos princípios ordenadores do movimento e foi considerado por Waldemar Cordeiro como a “viga mestra da arte concreta”. É a primeira grande exposição de Sacilotto desde a aquisição de seu espólio pela Almeida & Dale, em 2020. Os curadores explicam que o foco da exposição está na contraposição entre a pesquisa cinética do artista, dos anos 1970, cheia de vibração, mas basicamente monocromática, e a introdução da cor, que ocorre na década de 1980, quando Sacilotto retoma, em outra chave, as cores intensas de sua produção expressionista anterior. “Na continuidade do trabalho, a união dessas du-

Luiz Sacilotto (1924-2003)

e escalas cromáticas. A galeria ainda se prepara para lançar em outubro, na SP-Arte, uma publicação com 250 obras do artista, que integram acervos de instituições internacionais, como MoMA, e nacionais, como MAM-SP e MAC-USP, além de coleções particulares. Com edição da Cosac Naify, serão incluídos desenhos, pinturas, esculturas e trabalhos públicos, fazendo o percurso de toda a carreira do artista.

BOLAÑO POETA Publicado postumamente, A Universidade Desconhecida (Companhia das Letras, R$ 99,90) reúne poemas do chileno Roberto Bolaño (1953-2003) escritos entre 1978 e 1998. A obra percorre o itinerário do autor – considerado um dos mais importantes de sua geração na América Latina – entre Chile, México e Espanha. É a primeira vez que um livro de poemas de Bolaño, celebrado por seus escritos em prosa, é publicado no país.

78 PODER JOYCE PASCOWITCH


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