Opala Negra, de Marília Carreiro

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O plano Justino articulou sozinho o plano e foi até a fazenda contar para Marta, que o ajudou a modificar alguns detalhes. Sugeriu que fingissem um namoro, para aproximá-lo ainda mais do pai dela. E assim fizeram. O prefeito era um homem não muito correto, se assim posso dizer. E devido a isso, tinha pessoas que cuidavam de sua segurança. Alguns pistoleiros ficavam sempre no mesmo lugar que ele, mesmo que ninguém os visse. Estavam prontos para qualquer evento, o que dificultava muito o desenvolvimento do plano. Mesmo com todos os obstáculos, Justino pediu para conversar com o pai de Marta. O homem logo pensou nas pedras preciosas e chamou-o ao seu escritório. Justino contou quais eram suas reais intenções com Marta, o que agradou ao outro. Foi advertido que se fizesse alguma coisa de errado, pagaria caro. A filha já fora desonrada uma vez e ele não queria mais vergonha naquela casa. Tentou coibir Justino com a história de Aurélio, o que o enfureceu ainda mais e fez com que ele tivesse vontade de acabar com tudo de uma vez por todas. Mas não poderia tomar decisão sem o apoio de Marta. Ela também queria fazer parte disso. Justino e Marta começaram a namorar e não saíam de casa para não desagradar ao pai. Concluíram que seria impossível atirar no prefeito. Descobririam rapidamente quem fora o assassino e acabariam com Marta. Resolveram optar pelo veneno. Algo de efeito prolongado, que 84


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