Revista Conecthos 13

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Coronavírus

O combate à pandemia na maior cidade catarinense

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m dos mais expressivos polos industriais do país, Joinville enfrenta, com muito planejamento e união de esforços de vários setores da comunidade, a mais grave pandemia da história do planeta desde a chamada Gripe Espanhola que, em dois anos, infectou 500 milhões de pessoas – um quarto da população mundial –, matando entre 17 e 50 milhões. A doença da vez, batizada de Covid-19, é provocada pelo Sars-CoV-2, que se manifestou primeiro na China, nos últimos dias de 2019. Dali se alastrou velozmente pelo globo. No início de janeiro deste ano, a partir das primeiras notícias do problema, o Hospital Dona Helena acendeu a luz vermelha, reunindo seu corpo clínico e técnico a fim de preparar a instituição para a iminente chegada do vírus, que teve o primeiro registro no Brasil em fins de fevereiro. Para seguir garantindo a sua reconhecida qualidade de atendimento e segurança da comunidade, a instituição criou, ainda em janeiro, um comitê de contingência, para elaboração, constante atualização, treinamento e prática dos protocolos de atendimento a epidemias. Danilo Abreu, superintendente médico, explica que o protocolo foi montado com base em diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Center for Disease Control and Prevention (CDC), posterior e sistematicamente atualizado conforme sucessivas notas técnicas emitidas pelo Ministério da Saúde. Ele frisa que o Dona Helena tem o processo de contingência em seu DNA por ser certificado pela Joint Commission International (JCI), acreditação internacional de referência no segmento da saúde. “Além das boas práticas orientadas por essas renomadas instituições, montamos um fluxo de atendimento especial para total qualidade e segurança dos pacientes, familiares e colaboradores. Dispomos de uma estrutura em funcionamento e outra preparada na hipótese de aumento muito grande do número de casos em Joinville.”

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No plano de contingência, foram contemplados diversos aspectos: área exclusiva para pacientes com suspeita de contaminação pelo vírus, fluxo de acessos, uso de máscaras, orientações pós-alta com os esclarecimentos sobre o período de isolamento, dentre outros pontos. Os casos suspeitos são notificados ao Ministério da Saúde e à Vigilância Epidemiológica do Estado, que encaminha o material coletado para análise junto ao Laboratório Central de Saúde Pública. Participam do comitê, além do superintendente médico, a gerência de enfermagem, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), coordenadores médicos e de enfermagem, profissionais de gerenciamento de risco e do laboratório de análise clínica. A equipe de comunicação também está envolvida para orientar o público em seus meios on-line e off-line. O comitê se reúne sempre que há uma atualização do Ministério da Saúde e ao término de cada atendimento, para discutir cada caso e verificar se existem oportunidades de melhoria. Além disso, representantes do hospital foram convidados para fazer parte do Comitê de Contingência do Coronavírus em Joinville, formado por hospitais públicos e privados, ao lado de integrantes da Secretaria de Saúde.


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