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A aposta na venda ‘digital’
A Câmara de Vinhais decidiu não realizar a Feira do Fumeiro em modo presencial, devido à pandemia, e vender o fumeiro online. Pelas mesmas razões, Câmara de Ponte de Lima aposta no mercado online para a venda de produtos locais. A Feira 100% Agrolimiano e a Feira do Fumeiro de Vinhais decorrem durante todo o mês de Fevereiro.
Ficha técnica Ano XVIII | N.º 400
Periodicidade: Quinzenal
Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320
Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu
Redacção: Luís Pacheco
Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba
Júlio Sá Rego | Gabriel Costa
Departamento Comercial: Luís Cruz
Sede de Redacção: Lourosa de Cima
3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400
E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546
Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda
Administrador: José Luís Araújo
Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu
Capital Social: 5000 Euros
CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339
Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04
Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299
Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/
Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares
Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
04 Idanha-a-Nova lança o inovador Mercado da Bio-Região 05 Manuel Marques foi reeleito presidente da ANCOSE 06 Feira 100% Agrolimiano 2022 em plataforma digital 08 Feira Nacional do Porco está de regresso ao Montijo 10 Feira do Fumeiro de Vinhais realiza-se em modo online 12 Festival da Enguia de Santo André está de volta com sabores tradicionais 13 Época da lampreia já começou em Penacova 14 Câmara de Serpa promove Semana Gastronómica do Queijo 16 Ovibeja 2022 pretende ser a maior edição de sempre 18 James Morrison e Pedro Abrunhosa estão confirmados na Feira de Leiria 19 Edição 2022 do Tejo Gourmet promove menus vínicos em 63 restaurantes 20 UTAD investiga a Enologia de Precisão na produção do Vinho do Porto 22 Comissão Vitivinícola anuncia segunda edição do ‘Aqui na Bairrada’ 23 Casa da Passarella apresenta novas colheitas ‘ousadas e diferenciadas’ 24 Adega de Borba lançou o primeiro vinho de talha branco 25 Cientistas da UMinho retardam deterioração de frutos com um produto das colmeias
26 Produtores de leite reclamam preço do leite indexado aos custos de produção
28 Agricultores preocupados com a falta de água nas culturas de Norte a Sul 30 Portugal vai registar recorde de produção de azeite 33 Nacional 103 na rota das estradas turísticas do Norte de Portugal 35 Aguiar da Beira recebe este ano o Campeonato do Mundo de Juniores de Orientação
38 Feira do Queijo Serra da Estrela de Seia realiza-se em Abril
Iniciativa terá periodicidade quinzenal, já em Fevereiro
Município de Idanha-a-Nova lança novo mercado da biorregião A Câmara de Idanha-a-Nova vai lançar, a partir de fevereiro, o mercado da biorregião, que irá funcionar nas instalações da praça e que tem como objetivo valorizar a agricultura biológica e apoiar os agricultores locais.
“O objetivo é aproximar produtores e consumidores, através da dinamização de canais que facilitem o consumo, divulgação e promoção dos produtos biológicos locais”, refere o município do distrito de Castelo Branco. A iniciativa é quinzenal e irá decorrer no segundo sábado e na quarta quinta-feira de cada mês, sempre durante o período da manhã. As edições de Fevereiro acontecem nos dias 12 e 24, com a presença de produtores e artesãos do concelho de Idanha-a-Nova e da região. A autarquia pretende que o mercado da biorregião de Idanha-a-Nova assuma um papel central na valorização da agricultura biológica, na promoção da alimentação saudável e no apoio aos produtores locais. “O projeto promoverá
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ainda a educação ambiental, os circuitos curtos de comercialização e a adoção de boas práticas de economia circular”, lê-se na nota. O evento conta com uma parceria estabelecida entre o município de Idanha-a-Nova e a BioEco - Associação de Agricultura Biológica e AgroEcológica da Beira Interior. O mercado da biorregião de Idanha-a-Nova passa também a integrar o circuito de Mercados Eco desta organização. Há ainda parcerias com a Agrobio - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, a Adraces - Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro-Sul, Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, Pinhal Maior - Associação de Desenvolvimento do Pinhal Interior Sul, o Geopark Naturtejo - Geoparque Mundial da UNESCO e o CoLAB Food4Sustainability, entre outras entidades. Idanha-a-Nova tornou-se, em 2018, o primeiro município português a integrar a Rede Internacional Biorregiões, cujo objetivo passa pela implantação de uma estratégia de desenvolvimento sustentado no território.
Para mais um mandato de 4 anos
Manuel Marques foi reeleito presidente da ANCOSE Na presidência da Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela (ANCOSE) desde 2004, Manuel Marques foi reeleito para mais um mandato, no ato eleitoral que teve lugar em Janeiro de 2022. Depois de recuperar a Associação, que encontrou em 2004 em grandes dificuldades financeiras, Manuel Marques diz que, agora que a ANCOSE vai “de vento em popa”, não a quer entregar “à desgraça, como esteve no passado”, tampouco “a franco-atiradores ou aventureiros”.
O presidente reeleito diz que a ANCOSE “hoje, felizmente, vai de vento em popa, reconhecida nas instituições estatais, pelos seus associados e pela comunidade em geral”, pois quer que “sirva para ajudar os seus associados e os pastores em geral”. No sentido de ajudar os produtores e pastores da região, Manuel Marques diz que já começou esse trabalho “em 2017, após os incêndios, e este ano com a compra de lã a 1,80 euros, quando a pagavam a 20 cêntimos”. Porém, sustenta o dirigente, “há ainda muito trabalho a fazer e, nesse sentido, “vamos ter reuniões com a Angus, do grupo Pingo Doce, para escoarmos os borregos e as ove-
lhas”. “É essa a minha função e o meu combate”, salienta. Contudo, a sustentabilidade do efetivo ovino da Região Demarcada do Queijo Serra da Estrela, que rondará as 120 mil cabeças, é outra preocupação. Se a Bordaleira Serra da Estrela “está bem”, a Churra Mondegueira “é uma raça em vias de extinção”, pois “continua com um efetivo reduzido”. “Se não nos preocuparmos com estas duas raças, estaremos a hipotecar o futuro da produção de queijo Serra da Estrela”, refere Manuel Marques. Para além disso, há apoios que o dirigente entende que devem ser revistos. “Queremos que os produtores e pastores sejam tratados como merecem, pois, por exemplo, nas agro-ambientais recebem um subsídio de 15 euros e eu queria que aumentasse, no mínimo, para o dobro”, defende. É que, salienta Manuel Marques, “o queijo Serra da Estrela é dos melhores do mundo e nós não podemos perder este património, tão importante para a nossa região. Esta tradição com séculos não pode acabar”, rematou o dirigente.
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Em Ponte de Lima de 1 a 28 Fevereiro
Feira 100% Agrolimiano 2022 em plataforma digital Tal como em 2021, a autarquia minhota aposta na promoção da economia local e nos produtores locais a reerguerem-se através da plataforma mercadoagrolimiano.pt, para escoar os produtos locais. Em entrevista à Gazeta Rural, o vice-presidente da Câmara de Ponte de Lima diz que a plataforma online ofe-
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rece “mais de 200 produtos do setor agroalimentar do concelho”. Paulo Sousa sustenta a necessidade de “tomar medidas, objectivas e claras, para apoiar os setores primário e da restauração”, afetados pela pandemia, p+ois “são fundamentais para o desenvolvimento dos nossos concelhos e dos territórios”.
Gazeta Rural (GR): A Agrolimiano 2022 vai realizar-se em modo online? Paulo Sousa (PS): Sim, durante todo o mês de Fevereiro e coloca ao dispor dos clientes e visitantes mais de 200 produtos, do setor agroalimentar do concelho de Ponte de Lima. Oferecemos um conjunto de mais valias a quem pretender comprar online, nomeada-
O Município de Ponte de Lima continua a apostar no mercado online para a venda de produtos locais. A Feira 100% Agrolimiano regressa em formato digital, durante todo o mês de Fevereiro, com descontos especiais dos melhores produtos de Ponte de Lima.
mente um desconto de 20% a quem adquirir um conjunto de produtos de valor superior a 50 euros, ou podem levantar os produtos diretamente da loja da Coopalima, com um desconto de 10%, onde podem encontrar também cabazes personalizados, em função dos vários produtos. Ou seja, os visitantes têm a possibilidade de descobrir e degustar inúmeros produtos de vários setores do ramo agroalimentar, como o queijo, vinho, sidra, ao mel, aos enchidos, hortícolas, frutícolas, entre outros. São produtos de grande qualidade, e de valor acrescentado, alguns deles transformados em Ponte de Lima, onde temos empresas de referência nacional nas áreas dos enchidos, do fumeiro, do vinho, do mel e dos chocolates, que estão ao dispor dos visitantes e dos potenciais clientes. Na verdade, através desta plataforma, que foi iniciada o ano passado por esta altura, foram feitas bastantes vendas, algumas tiveram como destino o mercado da saudade, nomeadamente para França e Alemanha, em que temos empresários nesses países que compram os nossos produtos através desta plataforma, que enriquecem a memória e são uma mais-valia do nosso território. Quem está longe adquire estes produtos, que relembram as suas origens e que assim têm oportunidade de ter verdadeiras experiências enogastronó-
micas com os seus amigos e familiares. Este é o desafio aos potenciais clientes e visitantes do Mercado Agrolimiano. GR: Não é a mesma coisa, uma feira presencial de uma feira online, mas é uma forma de ajudar os produtores locais a escoarem os seus produtos? PS: Exatamente. O objetivo é estruturar, no sentido de termos uma plataforma que concentre toda a oferta do ramo agroalimentar e estimular as suas vendas. Sabemos que a feira física, e presencial junto da comunidade local, tem outra abrangência, mas através da plataforma online conseguimos chegar a outros públicos e a outros mercados, mas é neste binómio, em face da pandemia, que temos que lidar e encontrar soluções, que vão de encontro às expectativas, não só dos nossos produtores e empresários, mas também junto dos clientes e visitantes que gostam de comprar e descobrir os nossos produtos. Há produtores a apresentar e a colocar no mercado novos produtos, de qualidade, alguns já premiados, de valor acrescentado, e que, estou certo, farão grande diferença à mesa, não só pela sua qualidade e tradição, pelo caráter genuíno e com identidade, duas coisas que também buscamos nesta feira. GR: Já se torna quase repetitivo falar de pandemia. Contudo, perguntava-lhe como reagiu o setor primário e agroalimentar do concelho nos últimos dois anos? PS: Afetou bastante, porque o setor da restauração e bebidas foi o mais afetado pelos planos de contingência e isso teve implicações ao nível do consumo no comércio, restauração e bebidas. Por isso, muitos produtores não conseguiram colocar os seus produtos, porque não havia clientes e daí a dificuldade em alguns setores. Houve
alguns produtos que não sentiram tanto essa redução da procura, porque o cliente final os compra nas grandes superfícies ou no pequeno comércio. Contudo, tudo isto acabou por afetar bastante o setor e é necessário que as entidades públicas, a administração central e local, olhem para os setores primário e da restauração e bebidas, que foram bastante penalizados durantes estes dois anos. Temos que encontrar soluções, muitas delas criativas e que não implicam grande esforço financeiro, mas pela atenção que se dá consegue-se reposicionar e estimular o aumento do consumo nos próximos meses, seja através de eventos ou medidas fiscais. Na verdade, temos que tomar medidas, objectivas e claras, para apoiar estes setores, que são fundamentais para o desenvolvimento dos nossos concelhos e dos territórios, porque tratam da paisagem, empregam pessoas, produzem produtos de grande qualidade, muitas vezes com modelos de grande sustentabilidade, por vezes com grande impacto em termos ambientais e com baixa pegada ecológica. Com isso estamos também a investir no nosso território e nas pessoas que cá vivem. Esse é outros dos objetivos que pretendemos atingir, com a realização deste evento, em modo online. GR: Falou em eventos que possam estimular o consumo. Já há novidades? JS: Na verdade temos já previstos um conjunto de iniciativas a curto prazo para ajudar a alavancar estes setores, nomeadamente a restauração, já que em Ponte de Lima temos mais de cem restaurantes, a funcionar diariamente, e isso diz muito da força deste setor no nosso concelho, que emprega largas centenas de pessoas, e que é, por isso, um dos pilares de economia limiana.
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Realiza-se de 4 e 12 de Junho em Santarém
“Inovação e Tecnologia” é o tema da Feira Nacional de Agricultura A Feira Nacional de Agricultura - Feira do Ribatejo está de volta e vai realizar-se de 4 e 12 de Junho, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém. O mote será a “Inovação e Tecnologia”, revelando um setor dinâmico, moderno e em constante evolução. “Nunca perdendo de vista a herança do passado, é tempo de sentir o ponto de viragem de um presente onde se constrói a ponte para o futuro”, refere a organização.
Para a entidade organizadora, “ultrapassando as dificuldades derivadas da pandemia de Covid 19 e pensando sempre em quem vive esta aventura connosco, queremos olhar adiante e organizar uma edição de grande impacto e projeção que celebre a agricultura em Portugal do ponto de vista do progresso e da inovação”. O evento será o local indicado para serem debatidas as principais questões agrícolas e para o incremento de contactos e negócios.
Decorre nos dias 12, 13 e 14 de Maio
Feira Nacional do Porco está de regresso ao Montijo
Depois de um interregno forçado de dois anos provocado pela Covid-19, a Feira Nacional do Porco está de regresso à cidade do Montijo para a sua vigésima quinta edição, entre 12 e 14 de Maio. Este retorno traz consigo grandes novidades, como os prémios inovação e o cariz de solidariedade social. O principal certame do setor da suinicultura nacional, organizado pela Federação Portuguesa de Associações de
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Suinicultores (FPAS), já tem data marcada e vai decorrer nos dias 12, 13 e 14 de Maio. A vigésima quinta Feira Nacional do Porco é um polo de exposição das principais novidades do setor, mas também uma oportunidade de reencontros e de voltar a celebrar a Suinicultura. Para este ano, o evento conta com grandes novidades, como os Prémios Inovação nas áreas do Ambiente, Bem-Estar Animal e Nutrição. O conceito pretende distinguir os principais avanços tecnológicos nos eixos centrais da suinicultura moderna, que vão ao encontro das grandes preocupações do setor e do consumidor. Pela primeira vez, será também apresentada a vertente de solidariedade social da Feira, com a atribuição de parte das receitas da bilheteira e da totalidade do leilão da Pig Parade a uma instituição de apoio social do Montijo. A cidade do Montijo foi novamente escolhida para acolher esta grande feira, onde a suinicultura marca a tradição e a história do concelho, que tem sido palco de todas as edições da Feira Nacional do Porco, e que conta com o apoio da Câmara Municipal do Montijo. A XXV Feira Nacional do Porco é também uma festa para toda a família, com tasquinhas e música, a prometer muita animação, num total de área coberta de 7.000 m2, distribuída por 4 pavilhões, com cerca de 350 expositores.
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Durante todo o mês de Fevereiro
Feira do Fumeiro de Vinhais realiza-se em modo ‘online’ A Câmara de Vinhais decidiu não realizar a tradicional Feira do Fumeiro em modo presencial, devido à pandemia, mas os responsáveis locais afiançam que a venda dos famosos enchidos está garantida, na plataforma digital, apesar da ausência do certame há dois anos. O município de Vinhais anunciou que, tal como aconteceu em 2021, foi tomada a decisão de este ano não realizar de forma presencial aquele que é um dos mais antigos certames do género em Portugal, sendo substituído por vendas e atividades ‘online’, da plataforma www.fumeirodevinhais.pt.
Para esta decisão, segundo Luís Fernandes, presidente da Câmara de Vinhais, pesaram a evolução da pandemia, com o aumento geral do número de casos, uma recomendação da Autoridade Regional da Saúde e a opinião dos
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próprios produtores. A feira, que habitualmente se realiza no início do mês de Fevereiro, será dedicada aos enchidos com vendas ‘online’ durante todo o mês, bem como as jornadas técnicas, também na plataforma digital, sobre temas relacionados com a produção, nomeadamente a raça de porco bísaro, a matéria-prima do fumeiro. A fileira do fumeiro movimenta cerca de 10 milhões de euros anuais no concelho de Vinhais e tem vindo a crescer, junto com a feira que soma 42 anos e costumava receber uma média de 80 mil visitantes de várias zonas do país, no pavilhão municipal de Vinhais e imediações, com centenas de expositores e várias atividades. Luis Fernandes explicou que, atendendo precisamente à dimensão da feira, a autoridade de saúde considerou que seria “muito difícil haver um controlo que permitisse a circulação das pessoas” e deu parecer negativo à realização da mesma de forma presencial. “Não foi uma decisão fácil”, confessou o autarca, que salientou ter tido também em conta a opinião dos produtores de fumeiro, que foram ouvidos numa reunião com o município e que mostraram “relutância” em estar presente porque “muitos deles têm medo desta pandemia”. A média de idades dos produtores locais ronda os 60 anos, embora nos últimos tempos estejam a aparecer jo-
vens a apostarem nesta fileira, nomeadamente dois novos produtores, como referiu Pedro Fernandes, coordenador técnico da Associação Nacional de Criadores de suínos da Raça Bísara (ANCSUB). A associação é uma das parceiras na organização da feira, junto com o município, e explicou que, embora o número seja inferior aos habituais 70 produtores e quatro unidades industriais presentes na feira, o número dos que aderiram às vendas ‘online’ aumentou desde o ano passado. Em 2021 participaram na feira online 23 produtores do concelho de Vinhais e 11 de fora. Este ano serão 32 de Vinhais e 15 de fora, já que o regulamento do fumeiro regional permite a confeção destes enchidos também em outros concelhos. O fumeiro de Vinhais tem a quase totalidade das peças certificadas com Indicação Geográfica Protegida (IGP), nomeadamente o salpicão, a chouriça de carne, a alheira, o butelo, a chouriça doce e o chouriço azedo e o presunto. O presidente da Câmara reiterou que as vendas estão garantidas, já que “a procura é muita grande, superior à oferta”. “Muitos dos produtores disseram-nos que já foram contactados pelos clientes e alguns já venderam todo o fumeiro em Dezembro e Janeiro”, contou Luis Fernandes. Apesar dos constrangimentos da pandemia, o autarca garantiu também que, este ano, os produtores locais até confecionaram uma quantidade maior de fumeiro. O município irá apoiar as vendas ‘online’, que decorrem entre 01 e 28 de Fevereiro, disponibilizando transporte para ir buscar o fumeiro junto dos produtores, uma equipa para tratar do embalamento, e pagará as despesas de envio das encomendas superiores a 35 euros. A autarquia está preocupada com “a parte mais afetada” com o cancelamento da feira, nomeadamente a restauração, para a qual está a estudar apoios, que deverão passar por ‘vouchers’ para potenciais clientes e por atenuar finan-
ceiramente a perda de faturação. Com o cancelamento por dois anos consecutivos da feira e a facilidade de venda do fumeiro mesmo sem o evento, o presidente da Câmara não teme que perca importância. “Se calhar vai haver ainda mais gente quando se realizar a feira presencial”, considerou. Também o técnico Pedro Fernandes não acredita que “o digital ponha, de alguma forma, em perigo aquilo que é a festa do fumeiro de Vinhais” e defende que até pode ficar e vir a “ser um canal interessante para a comercialização”.
Plataforma ‘tasteatlas.com’ considera a Alheira de Vinhais a melhor do mundo A plataforma ‘tasteatlas.com’ considerou a Alheira de Vinhais como a melhor do mundo, atribuindo-lhe 4,8 pontos, numa escala de 0 a 5. O presidente da Câmara de Vinhais destacou a distinção, esperando que a mesma sirva “para melhor vender o fumeiro de Vinhais”. Luis Fernandes destacou que este “é o melhor reconhecimento da qualidade do fumeiro de Vinhais e esta distinção chegar antes da feira, é a melhor prova de que vale a pena comprar o fumeiro de Vinhais”. Além disso, prosseguiu o autarca, “deixa-nos muito satisfeitos, porque é o reconhecimento e uma distinção em relação a um produto de grande importância para o nosso concelho”. O presidente da Câmara não ficou surpreendido com esta distinção, mas sim “muito contente”, porque “toda a gente que consome ou prova o fumeiro de Vinhais só fala bem”, pois “sente, sabe e reconhece o seu sabor e a qualidade” destes produtos. Além disso, esta distinção “deixa-nos satisfeitos”, uma vez que “a alheira é um dos produtos mais consumidos”.
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Até 13 de Fevereiro, nos restaurantes aderentes
Festival da Enguia da Lagoa de Santo André está de volta com sabores tradicionais
A sétima edição do Festival da Enguia da Lagoa de Santo André traz de volta até 13 de Fevereiro, os melhores pratos confecionados com enguia. Os visitantes podem apreciar estes sabores na mostra gastronómica a decorrer nos restaurantes da freguesia de Santo André, nomeadamente, o Cantinho dos Sabores, o Chez Daniel, o Faz-te Esperto, o Marina`s Restaurante, o Quinta do Giz, o Figo Doce, o Ti Lena Restaurante & Casa do Gin e o Dom Lucas. O festival é uma organização da Câmara de Santiago do Cacém, com o apoio da Junta de Freguesia de Santo André. Este festival preza o conceito de experiência gastronómi-
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ca, facilitado pela excelência dos sabores locais, pelo saber cozinhar, mas também pela genuinidade da cozinha alentejana. Focado em dar a conhecer aquele que é considerado um orgulho da gastronomia local, que chega às mesas através de pratos como as enguias de caldeirada, de escabeche, de ensopado, na cataplana, fritas ou grelhadas, para que possa degustar das mais variadas formas esta iguaria única. O Festival não tem qualquer caráter competitivo, nem pressupõe qualquer classificação entre os participantes. O objetivo principal da Câmara de Santiago do Cacém, com a realização deste Festival, é impulsionar a economia local, principalmente a restauração. O evento decorre nos restaurantes aderentes, onde são cumpridas as normas de segurança e higienização determinadas pela DGS no âmbito da pandemia da COVID-19.
Nos restaurantes aderentes
Época da lampreia já começou em Penacova Em Penacova já começou a época oficial da Lampreia, um prato de excelência com segredos culinários passados de geração em geração. “Por Penacova, há coisas que não mudam. A qualidade da nossa gastronomia mantém-se intacta, prova disso é a lampreia, um dos pratos mais singulares da gastronomia” do concelho, refere a autarquia.
Deste modo, os amantes desta iguaria têm ótimas razões para visitar Penacova, nesta altura do ano, onde podem deliciar-se nos vários restaurantes do concelho com o famoso arroz de lampreia. Este repasto tradicional, carregado de sabor e com uma confeção delicada, elaborada por mãos sábias, advém de um legado que tem passado de geração em geração, fazendo de Penacova um dos locais mais procurados para desfrutar desta iguaria.
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Até 6 de Fevereiro, em 13 restaurantes do concelho
Primeira Semana Gastronómica em Grândola destaca açordas e migas Sopas, açordas e migas são os destaques da primeira Semana Gastronómica de Grândola, que decorre em 13 restaurantes do concelho até 6 de Fevereiro. O Município de Grândola vai promover ao longo do ano as Semanas Gastronómicas, que dão a conhecer e a saborear, ao longo do ano, os produtos mais característicos de cada mês.
De 18 a 27 de Fevereiro, nos restaurantes aderentes
Câmara de Serpa promove Semana Gastronómica do Queijo Serpa recebe de 18 a 27 de Fevereiro a VII Semana Gastronómica do Queijo, que se realiza nos restaurantes aderentes do concelho. A Câmara de Serpa, entidade organizadora do evento, desafia os estabelecimentos de restauração, hotelaria e similares a desenvolverem e apresentarem nas suas ementas, pratos confecionados com queijo e produtos associados, de forma a dinamizar a iniciativa.
De acordo com a autarquia, “a Semana Gastronómica do Queijo constitui-se como um fator de promoção da gastronomia local, enquanto património cultural e produto turístico, bem como, uma forma de apoio ao setor da restauração e hotelaria do concelho”. Além disso, pretende, também, incentivar a inovação e a criatividade nos pratos da gastronomia local.
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A primeira edição de 2022 das semanas gastronómicas vai decorrer até 6 de Fevereiro, com a adesão de 13 restaurantes, dedicadas às sopas, açordas e migas. Do litoral ao interior do concelho de Grândola pode degustar de dezenas de sugestões das tão caraterísticas sopas, açordas e migas da região. Das receitas mais tradicionais aos pratos da nova cozinha, não vão faltar saborosos motivos para visitar Grândola. “Açorda de tomate com bacalhau”, “Sopa do cozido”, “Açorda de coelho bravo”, “Açorda de poejo” “Migas de cogumelos com bochechas de porco preto” “Açorda de alho com ovos e bacalhau”, “Açorda do Sado com Choco Frito panado com tinta, aioli de coentros e limão, chips de tinta de choco e pó de algas” ou “Migas à Bulhão Pato com abanicos de porco preto de vinha d’alhos, amêijoas, laranja panada com coentros e gel de laranja” fazem parte do cardápio dos restaurantes aderentes.
Preparado para novos voos?
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“Como Alimentar o Planeta” é o tema central
Ovibeja 2022 está em marcha e quer ser “a maior de sempre” Estão em andamento os preparativos para a edição de 2022 da Ovibeja, agendada para a semana de 21 a 25 de Abril, que quer ser “a maior de sempre”. A Comissão Organizadora da trigésima oitava edição da feira abriu o Secretariado da Feira para receção de inscrições de expositores e está a trabalhar no sentido de uma edição em formato presencial. A ACOS - Associação de Agricultores do Sul, entidade promotora do evento, pretende celebrar todo o potencial que faz parte da identidade da Ovibeja “Todo o Alentejo deste Mundo!”, na maior edição de sempre. O mundo dos afetos, nos encontros e reencontros, a feira, a festa, a partilha de conhecimento, a venda de produtos e serviços, a reivindicação justa. 16
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“Como Alimentar o Planeta” é o tema central da XXXVIII Ovibeja, desafio no âmbito do qual está a ser preparada uma reflexão multidisciplinar com colóquios, debates e workshops, bem como uma exposição interativa com informação esclarecedora sobre a temática. Como produzir de forma sustentável, garantir alimentos para todos, preservando e estimulando a biodiversidade, como beneficiar dos ensinamentos da ciência produzindo mais e melhor, potenciando de forma precisa todos os fatores em presença, como minimizar os efeitos das alterações climáticas, como enquadrar os diferentes tipos de agricultura e de produção pecuária, quais as responsabilidades de quem produz e de quem governa, qual a melhor forma de garantir a soberania alimentar. Estes são apenas alguns dos pontos de partida para uma discussão que a organização da Ovibeja pretende alargada e esclarecedora, com a participação de especialistas, agricultores, empresários, estudantes, decisores políticos nacionais e comunitários. Com largos milhares de visitantes por edição, o evento é ainda uma verdadeira oportunidade para negócios e um marco importante na agenda de membros do governo, partidos políticos, diplomatas e de várias delegações empresariais portuguesas e de cariz internacional. A Ovibeja caracteriza-se pela sua diversidade, dirigida a profissionais, mas também a famílias e grupos de jovens que aproveitam para assistir aos primeiros grandes concertos de
Primavera. O certame, realizado em cerca de 10 hectares infraestruturados e arborizados, com pavilhões temáticos, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, Manuel de Castro e Brito, acolhe, em média, a participação de mais de mil expositores. A Ovibeja é uma feira agrícola de características únicas, geradora de grande diversidade de eventos para todos os públicos-alvo.
Concurso Internacional de Azeites da Ovibeja já está a receber amostras Já estão abertas as inscrições para envio de amostras ao XI Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja. Organizado pela ACOS, em colaboração com a Casa do Azeite, o concurso é aberto a produtores individuais, associações de produtores, cooperativas e empresas de embalamento devidamente registadas, tanto nacionais como internacionais, de qualquer país produtor de azeite.
As inscrições podem ser efetuadas até dia 25 de Março, para as cinco as categorias colocadas em sufrágio: Frutado Verde Intenso, Frutado Verde Médio, Frutado Verde Ligeiro e Frutado Maduro pertencentes à campanha 2021/2022. Uma nova categoria foi aberta aos países do hemisfério sul, que podem concorrer com azeites da campanha de 2020/2021, por causa da diferença na época da apanha. O Júri internacional, constituído por cerca de 30 elementos de diferentes países, é presidido por José Gouveia, especialista mundial em azeites. As amostras presentes a concurso vão ser apreciadas no início de Abril e os prémios serão entregues no decorrer da edição 2022 da Ovibeja, agendada para a semana de 21 a 25 de Abril. O Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja mantém-se há vários anos no lugar cimeiro do ranking dos melhores do mundo. Recebe anualmente cerca de centena e meia de azeites e tem como propósito incentivar a aposta na qualidade dos azeites, o aumento do seu consumo e a conquista de mercados internacionais.
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Após a sua não realização durante os últimos dois anos
Feira Medieval de Torre de Moncorvo regressa em Abril Está de volta de 30 de Abril a 29 de Maio
James Morrison e Pedro Abrunhosa estão confirmados na Feira de Leiria A Feira de Leiria está de volta este ano, de 30 de Abril a 29 de Maio. A iniciativa da Câmara de Leiria vai transformar o estacionamento do Estádio Municipal no maior parque de diversões de toda a região e uma das maiores festas da Região Centro do país.
A aposta no cartaz de concertos é forte, como o britânico James Morrison à cabeça, a que se juntam os rappers Gabriel o Pensador (Brasil) e Piruka (Portugal), e músicos consagrados da nova geração nacional, como Pedro Abrunhosa, Julinho KSD e Noble, entre muitos outros. Para além dos concertos, há muitas as novidades, seja na área da gastronomia, animação ou atividades económicas. Aliás, a já famosa Praça da Gastronomia será um dos atrativos do evento, que mantém a aposta numa receita de sucesso, mas que todos os anos é melhorada. “Este ano vamos mesmo dar a volta por cima, quer com a implementação de alterações substanciais no modelo de organização do recinto, com vista a oferecer uma maior fluidez e fruição de quem nele circula, quer ao nível das medidas de segurança que estes tempos ainda exigem”, refere a Câmara de Leira, apostando num “esforço de planeamento, que terá o objetivo de, sem pôr em causa a saúde pública, minimizar constrangimentos para todos os visitantes e os operadores, parceiros incontornáveis no relançamento deste projeto crucial para a dinamização da economia da região de Leiria.
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A Feira Medieval de Torre de Moncorvo regressa de 8 a 10 de Abril, tendo como tema principal “Trovas de D’ El Rei D. Dinis na Terra do Ferro”. O Rei D. Dinis não só apreciava literatura, como foi ele próprio um poeta notabilíssimo e um dos maiores e mais fecundos trovadores do seu tempo. Aos nossos dias chegaram 137 textos da sua autoria, distribuídos por todos os géneros (cantigas de Amor, cantigas de Amigo e cantigas de Escárnio e Maldizer).
Em 2022, a Feira Medieval de Torre de Moncorvo mantém as suas características mais importantes, a de ser dedicada ao rei D. Dinis e do Ferro de Moncorvo estar presente em todas as edições. D. Dinis na sua passagem por Santa Cruz da Vilariça verificou a centralidade do lugar onde hoje se situa Torre de Moncorvo e a sua importância na defesa contra as incursões espanholas, atribuindo a 12 de Abril de 1285 foral a “Turre Menendi Corvi” e mandando-lhe construir a cerca, como refere o documento de 1295. A 2 de Novembro de 1319 concedeu-lhe Carta de Feira. Assim, no decorrer dos três dias são várias as experiências que podem ser vividas, as recriações históricas e cantigas de amigo, escárnio e maldizer que serão interpretadas na terra do ferro.
Nos meses de Fevereiro e Março
Edição 2022 do Tejo Gourmet promove menus vínicos em 63 restaurantes Já são conhecidos o número e os nomes dos restaurantes nacionais que aderiram ao Tejo Gourmet, o Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo que este ano chega à 10.ª edição. Com participações de norte a sul do país e ilhas, são 63 os aderentes desta que é uma iniciativa promovida a duas pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e pela Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, e que vê o número recorde – atingido na última edição – ser ultrapassado em uma mão cheia de inscritos.
De 01 de Fevereiro a 31 de Março é tempo de viajar pela “Rota do Tejo Gourmet” para provar e desfrutar dos menus vínicos criados especialmente para o Tejo Gourmet 2022. Composto por entrada, prato e sobremesa é, como não podia deixar de ser, harmonizado, a cada momento, com diferentes Vinhos do Tejo. Para além da avaliação feita pelos comensais, caberá a um painel de jurados, composto por quatro profissionais em cada visita, pontuar a gastronomia, os vinhos e a harmonização. “Estamos bastante satisfeitos com a adesão a esta edição do Tejo Gourmet, o que vem confirmar o espaço que este nosso Concurso já ocupa no panorama nacional. Conta já com uma dezena de edições – com esta incluída – o que tem, sem dúvida, ajudado a afirmar os Vinhos do Tejo dentro e fora da região. Se na primeira edição aderiram 22 restaurantes, apenas da região dos Vinhos do Tejo, na última, em 2019, o número subiu para 58 e, este ano, para 63 restaurantes, neste que foi salto triplo, a contar da génese.”, afirma Luís de Castro, Presidente da CVR Tejo. Teresa Batista, da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, destaca o facto desta edição ter “muitos restaurantes novos – 34 debutantes – e oriundos de localidades em estreia, como Matosinhos, Lousã, Figueira da Foz, Charneca da Caparica, Óbidos, Belver, Loulé e, no Ribatejo, Constância, Vila Nova da Barquinha e Fazendas de Almeirim. O Ribatejo é, como seria de esperar, a região que mais restaurantes inscreve, num total de 23, sendo que Santarém leva vantagem nas novidades, até porque a cidade scalabitana está a desenvolver-se bastante nesta vertente. Pela primeira vez há restaurantes dos Açores; são quatro e concentrados na Ilha do Pico. A Madeira inscreve mais um, com cinco ao todo. Temos mais restaurantes de hotéis, restaurantes com uma cozinha mais diversificada e onde a fasquia da qualidade é, também, mais elevada. Da região dos Vinhos do Tejo, são 5 os restaurantes que participam em todas as edições, em igual número há
também aqueles que voltaram a concorrer.”. Recorde-se que o Tejo Gourmet tem como objectivo promover os Vinhos do Tejo – só e apenas os que enverguem selo de garantia de qualidade e certificação DOC do Tejo ou IG Tejo, atribuído pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo –, aumentando a sua oferta nas cartas vínicas, ao mesmo tempo que premeia e divulga os restaurantes, através das harmonizações entre os seus pratos e os néctares desta região vitivinícola. Criado em 2010, começou por ser um concurso de âmbito regional, passando, em 2012, a contemplar os restaurantes de lés-a-lés de Portugal. Esta mudança contribuiu para o seu crescimento, quer em qualidade, quer em quantidade no que diz respeito ao número de restaurantes participantes. O Tejo Gourmet premeia ‘O Melhor Restaurante’ em absoluto, do Concurso, assim como as categorias: ‘Melhor Entrada’; ‘Melhor Prato Principal’; ‘Melhor Sobremesa’; ‘Melhor Carta de Vinhos’; ‘Melhor Promoção’; ‘Restaurante Revelação’; ‘Melhor Casa de Petiscos’; ‘Melhor Cozinha Tradicional’; ‘Melhor Cozinha de Autor’; e ‘Melhor Cozinha Internacional’. São ainda entregues diplomas de prata e de ouro. O anúncio e entrega dos prémios acontecem por ocasião da Gala Vinhos do Tejo, marcada para o dia 28 de Maio. www.gazetarural.com
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No âmbito do projeto de I&D denominado SMARTAGEING
UTAD investiga a Enologia de Precisão na produção do Vinho do Porto Um grupo de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver estudos em enologia de precisão, no âmbito do projeto de I&D denominado SMARTAGEING (Sistema de Apoio à Decisão para o Envelhecimento de Vinho do Porto Branco). Este projeto, com um valor de cerca de 1,5 milhões de euros, é financiado pelo COMPETE2020, Portugal2020 e FEDER, sendo liderado pela empresa WineGrid, com participação da empresa Vallegre.
Os estudos a realizar envolvem investigadores do Laboratório de Química Alimentar e do Vinho do Centro de Química - Vila Real (Fernando Nunes, Fernanda Cosme e Amadeu Borges) e do CITAB (Raul Morais e Emanuel Peres), contando ainda com a participação do INESC-TEC polo UTAD. O principal objetivo do SMARTAGEING, segundo Fernando Nunes, “é aumentar a previsibilidade do processo de en-
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velhecimento do Vinho do Porto Branco através do desenvolvimento de ferramentas de monitorização e atuação que possibilitem melhorar significativamente a monitorização em tempo real da evolução do processo de envelhecimento e da qualidade do vinho do Porto Branco”. Tais ferramentas irão possibilitar atuar sobre as variáveis de produção determinantes no processo de envelhecimento. Refira-se que este projeto é um dos muitos trabalhos que decorrem atualmente no Laboratório de Química Alimentar e do Vinho na área da produção, qualidade e autenticidade do Vinho do Porto, resultado de vários trabalhos de mestrado e doutoramento, e que têm sido publicados em prestigiadas revistas científicas internacionais e recebido o reconhecimento dos parceiros externos. Um dos exemplos foi a atribuição do Prémio IVDP Vintage Ciência em 2020 ao trabalho “Distributed monitoring system for precision enology of the Tawny Port Wine aging process”, um dos vários trabalhos já publicados nesta temática.
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Nos dias 07 e 08 de Maio de 2022
Comissão Vitivinícola anuncia segunda edição do ‘Aqui na Bairrada’ Na vinha, a poda marca o início de um novo ciclo. É também o que esperamos para o ano que acaba de começar; contamos que 2022 nos traga um forte abrandamento na pandemia – se possível, o seu fim – e o regresso aos eventos presenciais. É com este pensamento que a Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) anuncia o regresso do ‘Aqui na Bairrada’ (ANB). Depois de dois anos de interregno, voltamos a celebrar os vinhos, a gastronomia e a cultura bairradina neste grandioso evento, que tem data marcada para os dias 07 e 08 de Maio, em Anadia.
Realizado “aqui, na Bairrada” é uma, senão a maior, mostra de espumantes, vinhos e sabores da região. Estreou-se em Setembro de 2019, data que coincidiu com o lançamento da nova identidade e marca Bairrada. A pandemia da Covid-19 roubou-lhe o protagonismo em 2020 e 2021, sendo que neste regresso, em 2022, há novidades: uma delas é a mudança da data no calendário, com a transição para o mês de Maio; há outras, mas ainda por revelar. O local mantém-se, com “palco” no Pavilhão de Desportos de Anadia, e a
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entrada é livre. A compra do copo oficial da Bairrada (€3,00) fica reservada para quem quiser provar os vinhos e espumantes presentes na mostra de vinhos ou à mesa dos espaços de restauração local. A Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) volta assim a desafiar os produtores da região demarcada a pôr à prova os seus néctares, desde grandes referências aos seus mais recentes rótulos. Entre espumantes, brancos, rosés e tintos – todos com certificação de Denominação de Origem DO Bairrada ou IG Beira Atlântico –, será dado relevo à diversidade e à qualidade dos néctares, bem como à tipicidade do terroir bairradino ou não estivéssemos nós na época do ano habitualmente dedicada à vindima, com as vinhas e as adegas a ocuparem o centro das atenções de quem se dedica a tão nobre actividade. A afirmação da identidade da Bairrada também é feita com a sua gastronomia, onde o leitão será rei, acompanhado do famoso pão da Mealhada e de outras iguarias, algumas doces. A organização do ‘Aqui na Bairrada’ está cargo da Comissão Vitivinícola da Bairrada, da Rota da Bairrada e do Município de Anadia, com o apoio da entidade Turismo do Centro de Portugal e do Instituto da Vinha e do Vinho.
A Casa da Passarella apresentou as suas novas colheitas, que são, como já vem sendo habitual nesta casa do Dão, propostas ousadas e diferenciadas. Entre elas, destaca-se o Villa Oliveira Centenária Pai d’ Aviz, um vinho de 2017 que vê a luz do dia pela primeira vez, e outros, como o Casa da Passarella Fugitivo Tinta Pinheira, um monocasta que arrisca e assume o regresso às raízes e a castas menos consensuais.
Villa Oliveira Centenária Pai d’ Aviz e Fugitivo Tinta Pinheira
Casa da Passarella apresenta novas colheitas ‘ousadas e diferenciadas’ Reconhecido pelo seu trabalho criativo e ousado com castas menos usuais, o enólogo Paulo Nunes lança várias novidades desta casa do Dão, como o Villa Oliveira Centenária Pai d’ Aviz ou um Fugitivo Tinta Pinheira, tão arriscado como conseguido.
Fascinado por vinhas velhas, pela experimentação e por castas negligenciadas pelo tempo, o enólogo Paulo Nunes há muito que tomou para si o lema da recuperação de castas antigas, que na Casa da Passarella, datada de 1892, são privilégio destas terras. Afinal, esta propriedade no sopé da Serra da Estrela conta com 70 hectares de vinha - 4,4 dos quais de vinha centenária. É de castas destas vinhas como Baga, Jaen, Tinta Amarela, Alvarelhão, Tinta Pinheira, Touriga Nacional e Tinta Carvalha - que nasce pela primeira vez este Villa Oliveira Vinha Centenária Pai d’ Aviz, de 2017. Tinto de perfil clássico com enologia moderna, tem aromas distintivos de pinheiro e na boca é elegante, com acidez perfeita e final longo e fino. Essa vontade de resgatar castas antigas desprezadas pela maioria volta a mostrar-se em dois outros monocastas lançados pela Casa da Passarella: O Fugitivo Uva Cão (2020), feito com uma casta muito antiga, e de grande acidez - tão ácida que nem os cães a comiam, daí o seu nome, é assumido agora como monocasta, gerando um vinho elegante. Um outro exemplo é O Fugitivo Tinta Pinheira, feito com uma casta a que raramente se associam vinhos de grande complexidade. Aqui, contudo, o resultado é um vinho encorpado, aromático e com boa longevidade. Juntam-se a estas novas colheitas a edição deste ano do Casa da Passarella O Enólogo Encruzado, que nunca desilude, ano após ano, o Villa Oliveira Encruzado 2018 e o Villa Oliveira Vinha do Províncio Branco, que ilustram de igual forma a qualidade sustentada dos vinhos desta casa do Dão. Desde 2008 que Paulo Nunes é enólogo da Casa da Passarella e lhe foi dada carta branca para desenvolver uma visão para os seus vinhos. Com mais de 100 anos percorridos, o património desta quinta produtora e o seu histórico de vinhos, e uma vasta área de vinhas bem cuidada, Paulo Nunes assumiu o sentido de missão e vestiu inteiramente a camisola. Essa responsabilidade não lhe retirou, contudo, o prazer de tentar criar grandes vinhos, pois como o próprio assume, só é enólogo porque se diverte a trabalhar. “Continuo a olhar para a Casa da Passarella, desde que aqui comecei em 2008, com o imenso potencial que ela tem e com enorme respeito por tudo o que ali foi feito, na vinha, ao longo dos últimos 130 anos. Continuo a aprender com os antigos que ali trabalham há décadas, e a resgatar saberes e castas que nunca deveriam ter sido esquecidos. Estas colheitas são exemplo disso mesmo”, assume Paulo Nunes. Tempo e ‘terroir’ são traves mestras na história da Casa da Passarella. As novas colheitas que chegam agora ao mercado são reflexo disso mesmo. E das muitas histórias ainda por contar. www.gazetarural.com
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Com uvas das castas Rabo de Ovelha, Tamarez e Roupeiro
Adega de Borba lançou o primeiro vinho de talha branco A Adega de Borba lançou o seu primeiro vinho branco vinificado 100% em talha de barro, o Talhas de Borba Branco 2021. Foi em 2016 que a Adega produziu o seu primeiro vinho de talha tinto, um sistema ancestral romano de fazer vinho, enriquecendo a gama desta vez com um branco.
O Talhas de Borba Branco 2021 é um DOC Alentejo produzido com uvas das castas Rabo de Ovelha, Tamarez e Roupeiro, selecionadas em parcelas de vinha em sistema de produção integrada. Vinhas dos sócios da Adega de Borba que muito contribuem para a sustentabilidade ambiental da região do Alentejo. No processo produtivo deste vinho de talha, as uvas são despejadas num pequeno tegão, desengaçadas por um ‘desengaçador por oscilação’ e colocadas em simultâneo com o sumo dentro das talhas, onde ocorre a fermentação. Durante as 3 a 4 semanas em que decorre a fermentação, as massas sobem à superfície da talha, sendo necessário passar à remontagem. Esta operação consiste em misturar o mosto com as películas e grainhas da uva, sendo a parte sólida mergulhada na parte líquida. Concluída a fermentação e de forma lenta, dia após dia, as películas e grainhas vão caindo para o fundo da talha, formando uma manta compacta, conhecida por ‘mãe’. Esta manta tem como função principal filtrar naturalmente o vinho para que fique pronto a beber quando sai da talha por gravidade. O Talhas de Borba Branco 2021 apresenta uma cor limão maduro, aroma e sabor a ‘casta’, frutado a marmelo, com harmonia suave ao palato. Com uma edição limitada a 700 garrafas e com teor alcoólico de 12% vol., este vinho é vocacionado para acompanhamento de petiscos e pratos gastronómicos, bem típicos da região do Alentejo. Nasceu assim este distinto branco de talha, preferencialmente para consumidores que procuram um vinho de perfil tradicional, com alguma rusticidade e de tipicidade verdadeiramente alentejana. Em simultâneo é também lançada a nova colheita do Talhas de Borba Tinto. Um vinho da colheita 2021, que apresenta uma cor granada, aroma e sabor a frutos vermelhos maduros com muita frescura, que persiste com macieza longamente. Um vinho tinto de aroma e sabor a frutos vermelhos maduros com muita frescura, que persiste com macieza longamente.
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Possível através do própolis
Cientistas da UMinho retardam deterioração de frutos com um produto das colmeias Uma equipa da Escola de Ciências da Universidade do Minho está a estudar uma forma de retardar a contaminação microbiana e o amadurecimento pós-colheita da fruta. Isto é possível através do própolis, uma resina biológica criada por abelhas para proteger as suas colmeias e utilizada na indústria farmacêutica, cosmética e em higiene e saúde oral, principalmente pelas suas propriedades antimicrobianas e antioxidantes. Os resultados na UMinho são promissores.
O estudo mostra que pode ser possível mitigar o aparecimento de doenças e/ou retardar o apodrecimento microbiano em maçãs, peras e tomates cherry, mas também a degradação natural durante o seu armazenamento e comercialização com recurso a este produto biológico. No caso de doenças dos frutos causadas por microrganismos fitopatogénicos, este processo de retardação pode passar por pulverizar as árvores, mas os cientistas também testaram soluções à base de própolis após a colheita dos frutos. Com isto, observou-se uma redução no avanço dos focos de infeção induzida. Em Portugal, o estudo sobre as potencialidades do pró-
polis na área agroalimentar é limitado. Por isso, esta investigação representa um importante passo para a sua valorização no setor, desde logo fazendo chegar esta informação a apicultores e agricultores. “Apesar do interesse crescente por produtos naturais, as propriedades de outros produtos da colmeia são relativamente desconhecidas dos apicultores portugueses, o que faz com que o própolis tenha sido pouco valorizado no nosso país. Por outro lado, os requisitos de qualidade apertados e quantidades elevadas requisitadas pela indústria farmacêutica podem desmotivar os apicultores dada a estimativa de produção: 500g de própolis por colmeia e por ano”, explicam as investigadoras. Além disso, a utilização do própolis apresenta algumas vantagens para a biodiversidade e para o ambiente, uma vez que pode levar à diminuição do uso de pesticidas e fungicidas, mas também pode representar um avanço contra o desperdício alimentar. A condução deste estudo ficou a cargo de Cristina Almeida Aguiar, Ana Cunha, Leonor Tunes Pereira, Ana Beatriz Carneiro e Lucas Falcão Peixoto, investigadores do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Escola de Ciências da UMinho. www.gazetarural.com
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Esteve 5 cêntimos/litro abaixo da média da UE
Produtores de leite reclamam preço do leite indexado aos custos de produção Produtores de leite reclamam “aumento imediato” do preço pago ao produtor indexado aos custos de produção, e recorda que o preço do leite nacional esteve 5 cêntimos/litro abaixo da média da UE.
Os produtores de leite reclamaram esta quarta-feira que os governantes imponham à indústria e à distribuição um “aumento imediato” do preço pago ao produtor, a acompanhar os custos de produção, e a criação de um ‘observatório do leite’.
“Os produtores de leite, representados pela Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), consideram urgente que os governantes tenham uma palavra forte junto da indústria e distribuição para um aumento imediato do preço base a pagar ao produtor para acompanhar os custos de produção”, refere a associação em comunicado. Adicionalmente, apelam a que o novo Governo formado após as eleições de 30 de janeiro “seja capaz de criar rapidamente um ‘observatório do leite’ e um mecanismo capaz de atualizar os contratos e indexar o preço do leite aos custos de produção”. No documento a Aprolep recorda que “os produtores de leite portugueses sofreram desde o início de 2021 sucessivos aumentos dos custos com a alimentação das vacas
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leiteiras, sem que ocorresse o correspondente aumento do preço do leite pago ao produtor”. “Após sucessivos alertas da Aprolep, o Ministério da Agricultura anunciou a 6 de julho de 2021 que iria apresentar uma ‘proposta de criação’ de uma subcomissão na PARCA – Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar, para ‘monitorização e análise do setor do leite e produtos lácteos’”, lembra. Meses depois, “a 3 de setembro, foi anunciada a ‘criação de uma subcomissão específica do setor do leite e produtos lácteos, com o objetivo elaborar propostas de intervenção que resolvam a crise e os problemas que afetam atualmente os produtores’”. “Um ano após termos lançado os primeiros alertas, o prometido relatório foi finalmente divulgado […] e veio confirmar o que tínhamos denunciado: que o preço do leite em Portugal esteve cinco cêntimos/litro abaixo da média da UE [União Europeia] em 2021, que houve uma redução de 90% no número de vacarias ao longo de uma década (entre 2009 e 2019) e podemos acrescentar que, depois, a redução do número de produtores ainda se agravou e os que resistem estão endividados, revoltados e desanimados”, sustenta a associação. Embora esteja preocupada com a “ausência de dados atualizados sobre os aumentos dos custos de produção registados no último ano”, a Aprolep considera, ainda assim, que este relatório é “um importante diagnóstico e um ponto de partida para mudar a realidade atual da crise” que o setor atravessa. Neste sentido, afirma-se “disponível para dar o seu contributo para que este documento seja alvo de estudo, debate, reflexão e base para a tomada de medidas urgentes, que deverão ser rapidamente postas em prática”. Após ter lançado uma manada de vacas de cartão em Lisboa a denunciar que “os políticos abandonaram os produtores de leite”, a Aprolep diz que esperava “uma declaração mais concreta do primeiro-ministro em Vila do Conde, zona da ‘bacia leiteira’, após a divulgação do relatório”. Confrontada com as declarações então feitas por António Costa – “Não estamos cá só quando as vacas estão gordas. Estamos cá porque sabemos que para as vacas estarem gordas é preciso alimentar o gado, é preciso acarinhar o gado, é preciso tratar bem o gado para que o gado engorde” – a associação lamenta: “Não era isso que esperávamos ouvir”. Segundo salienta, “o que produtores de leite esperam dos vários candidatos é que, para além das referências ao ‘gado’ e ao gato ‘Zé Albino’, venham ao terreno visitar vacarias e reunir com os agricultores, que digam que já leram ou vão ler o relatório da PARCA, que se informem sobre o custo de ‘alimentar o gado’ e que apresentem medidas concretas” que lhes permitam “receber um preço justo pelo leite para viver com dignidade”.
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Seca e o baixo nível de água nas barragens
Agricultores preocupados com a falta de água nas culturas de Norte a Sul A seca e o baixo nível de armazenamento de água nas barragens portuguesas preocupam as organizações de agricultores que alertam para o perigo de, se não chover até Fevereiro, ficarem em risco culturas de Norte a Sul do país.
Alentejo, Algarve e Nordeste Transmontano são, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões mais afetadas pela situação de seca moderada que o país atravessa e “se até final de Fevereiro, não houver precipitação, poderá agravar-se imenso”, segundo a climatologista Vanda Cabrinha. A falta de chuva levou várias organizações de produtores a alertar para os riscos ao nível das pastagens para animais e de culturas como frutas e hortícolas que poderão vir a escassear a médio prazo. A Associação de Agricultores do Litoral Alentejano (AALA) perspetiva um ano “muito complicado” para os associados que terão que recorrer à compra de rações para os animais, aumentando os custos de produção, devido às dificuldades
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de garantirem pastagens para a alimentação e água para as sementeiras. Preocupação manifestada também pela Associação Distrital dos Agricultores da Guarda (ADAG) e pela Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco (ADACB) que, a par com as pastagens, teme impactos nas culturas de Primavera/Verão, se não houver água para regar o milho, as horticulturas e os pomares. A médio prazo poderão estar em causa culturas como o kiwi, explicou a Cooperativa de Felgueiras, um dos maiores exportadores deste fruto em Portugal. “Nesta altura não está a preocupar, porque a planta está em repouso vegetativo, mas se não houver reposição dos aquíferos vai haver problemas no período estival”, explicou Humberto Reis, técnico da cooperativa, sublinhando a importância de “chover bastante até Abril”. Em repouso vegetativo estão também as vinhas do Douro, empurrando para “o futuro” as preocupações da Associação de Viticultores Profissionais. “No momento presente, a seca
não é preocupante, porque a grande maioria das culturas estão em fase de repouso, seja a vinha, seja o olival, as fruteiras, estão todas em fase de repouso vegetativo”, explicou à Lusa o presidente da associação ProDouro, Rui Soares, salientando que a preocupação é “a falta dessa reserva, desse banco de água, que, mais à frente, se não houver chuva”, vai “fazer falta”. Segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), 13 das 60 albufeiras monitorizadas tinham, no final de Dezembro, disponibilidades hídricas inferiores a 40% do volume total, enquanto sete apresentavam valores superiores a 80%. As bacias do Barlavento algarvio (com 14,3%) e do Lima (com 22,2%) são as que apresentavam menor quantidade de água armazenada, seguindo-se as do Sado (41,6%), Mira (41,9%), Cávado (47,3%), Ave (52,8%), Arade (54,4%) e Tejo (56,6%). Já as bacias do Douro (57,1%), Oeste (62,9), Mondego (66,5%) e Guadiana (76,1%) tinham os níveis mais altos de armazenamento. Ainda sem preocupações muito imediatas, os agricultores do Norte pedem um Fevereiro chuvoso para manter a retenção de água nos lençóis freáticos. Mas, a chuva que ainda possa cair já não consegue evitar os impactos sentidos pelos horticultores da Póvoa do Varzim, segundo a Horpozim. Os 850 associados da organização, que fornecem uma conside-
rável parte de alfaces, tomates, cebolas ou cenouras, consumidos no país, queixam-se de estar a recorrer mais à rega com água dos poços, puxada a motores, o que aumenta os custos de produção devido ao preço dos combustíveis. Do mesmo se queixa a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO), onde as culturas estão também já a ser regadas, ao contrário do que é habitual nesta época do ano, aumentando os custos de produção no setor que fatura cerca de 500 milhões de euros e emprega entre sete a oito mil trabalhadores nas explorações agrícolas e nas centrais de processamento e transformação dos produtos. Para o diretor-geral da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), Firmino Cordeiro, vive-se uma “fase extremamente delicada”, que só tem uma solução: “Temos de reservar água, fazer barragens e seguir o exemplo do grande Alqueva”. No país rural há, no entanto, quem não peça chuva, com a Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Lis a considerar que o impacto da seca “até é positivo”. Contudo, o administrador-delegado da Associação, Henrique Damásio, explicou que áreas circundantes estão a drenar erradamente para dentro do perímetro hidroagrícola do Vale do Lis, obrigando a que as taxas pagas pelos agricultores sejam utilizadas para custear a bombagem da água dos campos para o rio Lis, para depois ser encaminhada para o mar.
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Mas com dificuldade em escoar bagaço de azeitona
Portugal vai registar recorde de produção de azeite Portugal vai registar a maior produção de sempre de azeite, que poderá rondar as 180.000 toneladas, mas conta com “alguma dificuldade” em escoar o bagaço de azeitona, sobretudo no Alentejo e Trás-os-Montes, avançou a Casa do Azeite.
“Não há propriamente excedentes na produção de azeite, até porque Portugal, apesar de ser autossuficiente para o seu consumo interno, ainda tem que recorrer a importações para satisfazer as suas necessidades totais, que incluem as exportações”, explicou a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos. Contudo, a produção de azeite será, “segundo todas as estimativas”, a maior de sempre em Portugal, com cerca de 180.000 toneladas, número que já era esperado, face ao desenvolvimento do setor e ao investimento em novas plantações. Na atual campanha tem-se verificado, no entanto, dificuldade em escoar atempadamente o bagaço de azeitona devido ao nível da produção e ao facto de esta se concentrar em pouco tempo, nomeadamente, entre os meses de Outubro e Dezembro. As zonas mais afetadas são as de maior produção - o Alentejo e Trás-os-Montes. “Um lagar só pode funcionar se os bagaços de azeitona forem retirados. Daí que alguns lagares tivessem mesmo que encerrar até que fosse possível o escoamento dos bagaços. Alguns olivicultores optaram por outras soluções, por exemplo, enviar azeitona para lagares espanhóis ou enviar o bagaço de azeitona para extratoras espanholas”, exemplificou Mariana Matos, ressalvando que estas soluções acarretam elevados custos. Para a secretária-geral da Casa do Azeite, esta situação poderia ser evitada se o setor estivesse “corretamente dimensionado”, com capacidade de tratamento do bagaço de azeitona “em sintonia” com a produção. “Este é um problema sério que tem que ser solucionado, tem que ser permitido o aumento da capacidade das extratoras existentes ou aprovadas novas, sob pena de comprometer todos os esforços que o setor produtivo tem feito nos últimos anos”, apontou. Para a Casa do Azeite, existem ainda outras alternativas, como a compostagem ou outra valorização dos bagaços de
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azeitona “na lógica da economia circular, mas que, por si só, não podem ser encaradas como solução, terão sempre que ser soluções complementares ao aumento da capacidade das extratoras”. Segundo dados do Eurostat, citados pela Casa do Azeite, entre Janeiro e Novembro de 2021, as exportações nacionais de azeite registaram uma quebra de 6,3% em volume para 182.200 toneladas, mas em valor aumentaram cerca de 8% para 562,5 milhões de euros, face ao aumento de preço do azeite. “Como os preços do azeite se mantêm elevados, é de prever um abrandamento das exportações nacionais também em 2022, nomeadamente das exportações de azeite embalado”, concluiu Mariana Matos. Com atividade desde 1976, a Casa do Azeite é uma associação patronal de direito privado, que representa a quase totalidade das associações de azeite de marca embalado em Portugal.
Aprovada pela Comissão Europeia
“Carne Ramo Grande” é a nova indicação geográfica de Portugal A Comissão Europeia aprovou o produto tradicional “Carne Ramo Grande”, obtida a partir de bovinos nos Açores, como nova denominação de origem protegida (DOP) da União Europeia (UE), passando a ser uma indicação geográfica preservada.
Em comunicado, o executivo comunitário salientou que “as características gerais da raça são influenciadas pelas condições naturais do arquipélago”, referindo que “as condições climáticas dos Açores, combinadas com a técnica especial de reprodução, permitem o pastoreio durante todo o ano”. “Os conhecimentos e receitas tradicionais de cada uma das ilhas, transmitidos de geração em geração, realçam os sabores e aromas específicos da ‘Carne Ramo Grande’”, adiantou. Desenvolvida na zona do Ramo Grande, no concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira, a raça está hoje presente em todas as ilhas do arquipélago. A “Carne Ramo Grande” é “de cor vermelho vivo, com tendência a ficar mais intenso em contacto com o ar e com a idade do animal, de consis-
tência firme decorrente da presença de tecido conjuntivo interfascicular em proporção variável e com cheiro aromático intrínseco da espécie”.
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Surgiu para representar os empresários agrícolas
Associação quer dar voz a jovens agricultores do Vale do Mondego Composta por jovens entre os 18 e os 40 anos, a Associação de Jovens Agricultores do Vale do Mondego (AJAVM) surgiu para representar os empresários agrícolas e “comunicar e lutar por questões relacionadas com a agricultura em geral”. A Associação de Jovens Agricultores do Vale do Mondego (AJAVM) pretende ser uma voz activa dos empresários agrícolas, entre os 18 e os 40 anos, em actividade na bacia hidrográfica do maior rio exclusivamente português. “Neste momento, não existia na região nenhuma associação de jovens agricultores. A nossa associação tem apenas jovens entre os 18 e os 40 anos e a nossa ideia foi juntarmo-nos para ter uma voz activa e conseguir adaptar as nossas condições de instalação à região onde estamos”, disse à agência Lusa Diana Valente, presidente da AJAVM. “Muitas vezes as normas de instalação são nacionais, não são adequadas”, adiantou.
Por outro lado, o facto da nova associação poder ser “uma voz activa”, permite aos jovens agricultores do Vale do Mon32
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dego - com explorações ao longo do curso do rio, entre a nascente, no distrito da Guarda, até à foz, na Figueira da Foz, distrito de Coimbra - “comunicar e lutar por questões não apenas relacionadas com jovens, mas com a agricultura em geral”, disse. A AJAVM foi criada com 12 sócios fundadores, ligados à produção de arroz e milho, hortícolas, frutas, batata e bovinos de leite e carne. Pretende representar “todos os concelhos do Vale do Mondego”, acrescentou Diana Valente, que reside em Meãs do Campo (Montemor-o-Velho), é médica veterinária e possui uma exploração agrícola familiar ligada à produção de cereais e bovinos de carne de raças autóctones. “Somos jovens de uma região com um enorme potencial agrícola, pelo que temos a necessidade de projectar o seu futuro e conseguir o seu rejuvenescimento”, referem os fundadores da AJAVM, em nota de imprensa sobre a nova associação. A Associação de Jovens Agricultores do Vale do Mondego quer “contribuir, por todos os meios, para a valorização técnica, empresarial, cultural e recreativa dos seus associados, nomeadamente através da promoção de cursos, colóquios, estágios, acções de formação profissional, visitas de estudo, convívios ou quaisquer outras actividades de âmbito cultural e recreativo”. A promoção e organização de “intercâmbios com organizações estrangeiras congéneres” e a representação dos jovens agricultores da região “junto das entidades e instituições oficiais”, são outros dos objectivos enunciados.
Liga Viana do Castelo a Bragança
Nacional 103 na rota das estradas turísticas do Norte de Portugal A Nacional 103, que liga Viana do Castelo a Bragança, prepara-se para entrar na rota das estradas turistas do Norte de Portugal, no âmbito de um projeto que juntou hoje autarcas e entidade regional do Turismo.
O primeiro passo para uma estratégia comum de valorização e promoção desta estrada foi dado numa reunião que decorreu hoje em Bragança e envolveu os 12 municípios atravessados por esta ligação e a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte. A região, como avançou o presidente desta entidade, Luís Pedro Martins, “quer colocar no mapa internacional das “Road Trips” um conjunto de estradas das mais belas do mundo” e nelas está incluída a N103. “Dmos, finalmente, um passo muito importante para a estruturação e futura promoção da N103”, acrescentou, referindo-se à reunião onde esteve presente com os representantes dos 12 municípios servidos por esta estrada. A N103 estende-se por de 274 quilómetros, e atravessa o Norte de Portugal, a partir do litoral minhoto, na localidade de Neiva, em Viana do Castelo, até à cidade de Bragança, passando por Barcelos, Boticas, Braga, Chaves, Esposende, Montalegre, Póvoa de Lanhoso, Valpaços, Viana do Castelo, Vieira do Minho e Vinhais.
“Doze municípios, uma região de turismo, duas áreas protegidas e cinco Comunidades Intermunicipais (CIM) com um “património” comum: a Estrada Nacional 103 (N103)” é o resumo que os promotores fazem deste projeto. Quem viaja nesta estrada atravessa territórios como o Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Parque Natural de Montesinho, Reservas da Biosfera Transfronteiriças e a Barragem dos Pisões. Os promotores do projeto salientam que o território agrega “uma riqueza ímpar ao nível da gastronomia, raças autóctones e produtos endógenos, património histórico, religioso e arqueológico”. Depois da primeira reunião para articular a estratégia, o próximo passo será fazer o levantamento dos pontos de interesse em cada município para trabalhar em conjunto a promoção, como disse o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, anfitrião do encontro. A estratégica, segundo o autarca, será depois candidatada a financiamento do Turismo de Portugal e a seguir começará o trabalho de promoção da rota comum. “Reconhecemos o potencial turístico da Estrada Nacional 103 e dos territórios que atravessa, pelo que o objetivo comum é dinamizar e promover o vasto património existente, criando riqueza e incentivando o seu usufruto, seja a pé, de mota, de bicicleta ou de carro”, destacou.
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CURTAS Presidente da Câmara CIM Viseu Dão Lafões de Pinhel eleito líder colocou 18 equipas dos Municípios de cadastro da Cova da Beira de atendimento itinerante A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões tem 18 equipas móveis de cadastro do projeto Balcão Único do Prédio (BUPi) operacionais, que percorrerão todo o território dos seus 14 concelhos. A CIM entregou uma viatura e equipamento de trabalho a cada uma das equipas, permitindo que, além da estrutura de balcões de atendimento especializados BUPi já em operação desde Junho de 2021, fiquem também a funcionar os 18 balcões de atendimento itinerante. As equipas, constituídas por dois técnicos habilitados, percorrerão freguesia a freguesia, de forma a garantir o acesso de todos ao registo de propriedades. Este projeto resulta de uma candidatura da CIM Viseu Dão Lafões ao Programa Operacional Centro 2020, com o objetivo de desenvolver um Sistema de Informação Cadastral Simplificado na região, que representa um investimento global superior a 2,3 milhões de euros.
Feira do Queijo de Tábua adota novo formato devido à pandemia A Câmara de Tábua cancelou o evento presencial da Feira de Queijos e Sabores da Beira devido à pandemia provocada pela covid-19, estando previsto outro formato. A edição de 2022 estava prevista para os dias 5 e 6 de Março, mas, face ao crescente número de infeções provocadas pela covid-19, o município cancelou a feira em formato presencial. Tendo em conta a “importância que a promoção e valorização das produções locais assumem no contexto da economia local”, bem como o “desenvolvimento das pequenas explorações agrícolas e unidades de produção”, o certame vai decorrer num modelo diferente com uma nova dinâmica de divulgação. A Câmara de Tábua está a preparar iniciativas para todo o mês de Março. As ações inserem-se numa estratégia de apoio aos produtores, através da “criação de novos instrumentos que os aproximem dos mercados consumidores e fomentem o escoamento das suas produções, para além da promoção e visibilidade da qualidade dos seus produtos”, explicou o município.
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O presidente da Câmara de Pinhel, Rui Ventura (PSD), foi eleito presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira, um cargo que assume com “responsabilidade acrescida” atendendo à importância dos programas que esta instituição tem desenvolvido. O autarca lembrou que a Associação de Municípios da Cova da Beira “tem sido responsável pela implementação e desenvolvimento de programas de grande complexidade e dificuldade”. Estes programas realizam-se em áreas como a cooperação transfronteiriça, o ambiente e o ordenamento do território, a proteção civil e a energia, exemplificou. A área compreendida pelos municípios que compõem a AMCB tem uma dimensão de 5577km² e uma população, segundo os censos de 2011, de 150.991 habitantes, de acordo com a página da associação. Sérgio Costa, presidente da Câmara da Guarda, liderará a Assembleia Intermunicipal.
Consumo Humano de Sal é o tema de um livro com a colaboração da UTAD
Fruto da colaboração entre os Cursos de Nutrição da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, acaba de ser publicado o livro “Consumo Humano de Sal: Da história à construção de equilíbrio”, que reúne trabalhos sobre o valor simbólico e cultural do sal na alimentação e o consumo de sal no ciclo de vida e em grupos particulares da comunidade, como os idosos e os desportistas, assim como propostas de soluções para auxiliar a adequação do consumo de sal. Esta obra, que é o resultado das reflexões saídas da II Edição do Seminário Ibero Americano de História e Cultura da Alimentação, realizado em Novembro último e centrado na temática da história e cultura do consumo humano de sal, conta com as intervenções dos Prof.s do Departamento de Economia, Sociologia e Gestão da UTAD Carla Gonçalves e Artur Cristóvão, sendo este um dos coordenadores da edição e coautor do prefácio. Assim, este livro representa um contributo para a reflexão e estudo sobre o comportamento alimentar do consumo de sal em toda a sua complexidade (antropológica, social e cultural).
Vai acontecer de 10 a 16 de Julho
Aguiar da Beira recebe Mundial de Juniores de Orientação O concelho de Aguiar da Beira vai receber, de 10 a 16 de Julho, o Campeonato do Mundo de Juniores de Orientação, que pela primeira se realiza em Portugal. Além do Mundial, o concelho também recebe dois estágios oficiais e a competição O’Meeting.
O concelho de Aguiar da Beira é considerado, por muitos, um dos melhores locais para a prática desta modalidade, uma aposta do município, que tem obtido bons frutos. Durante o mês de Janeiro, Aguiar da Beira recebeu o primeiro estágio do JWOC 2022. 160 participantes treinaram em terrenos e percursos muito semelhantes aos que vão encontrar no Mundial que decorrerá em Julho. O segundo estágio oficial ocorrerá de 21 a 29 de Maio, culminando com a organização do Aguiar da Beira “O” Meeting nos dias 28 e 29 desse mesmo mês. Esta será a terceira edição da prova também conhecida como ABOM, onde são esperados centenas de atletas nacionais e internacionais.
Aguiar da Beira deverá receber mais de três centenas de atletas provenientes dos mais variados países Europeus, incluindo as comitivas das seleções nacionais da Finlândia, Bélgica, Itália, Portugal, Espanha, República Checa, França, Eslovénia, Noruega e Estónia. A nível local, continuam os treinos semanais de orientação no Agrupamento de Escolas Padre José Augusto da Fonseca. Estão disponíveis 10 percursos permanentes de nível fácil e médio, para pessoas com pouca ou nenhuma experiência na modalidade. Também estão disponíveis percursos permanentes turísticos urbanos, em Aguiar da Beira e Dornelas, e florestais, em Carapito, Cortiçada, Quinta de Açores, Fumadinha, Sequeiros, Gradiz, Barranha e Quinta da Estrada.
Se a situação epidemiológica permitir
Feira do Queijo de Oliveira do Hospital prevista para Março A Câmara de Oliveira do Hospital prevê realizar a Feira do Queijo Serra da Estrela nos dias 12 e 13 de Março, isto “se a situação epidemiológica permitir”, afirmou o presidente da Câmara à Rádio Boa Nova. José Francisco Rolo sustenta que “é preciso, em tempos difíceis, coragem e determinação”, pelo que “se não houver impedimento por parte da Direção Geral da Saúde, Oliveira do Hospital regressará com a maior Feira do Queijo de Portugal nos dias 12 e 13 de Março, para exibir o seu Queijo Serra da Estrela com Denominação de Origem Protegida de forma orgulhosa, dando oportunidades de negócio aos nossos produtores de Queijo, de lacticínios e de outros produtos locais de qualidade”, avançou o autarca aquela estação de rádio. José
Rolo sustentou que Oliveira do Hospital “cresceu em notoriedade e visibilidade” graças à ação do anterior executivo liderado por José Carlos Alexandrino. Com isso, “a Feira do Queijo e transformou-se numa das marcas de Oliveira do Hospital”, defendeu o autarca, defendendo, contudo que a realização da Feira será em “condições de segurança e sanitárias seguras para os cidadãos”, esperando “voltar a ter uma grande feira e voltar a ter a cidade de Oliveira do Hospital cheia de gente”. José Francisco Rolo considera ainda que “Oliveira do Hospital, os cidadãos e o concelho merecem o regresso da feira, naturalmente com todas as condições de segurança”, referiu o autarca. www.gazetarural.com
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Gazeta Auto
Em Portugal marca ascendeu ao ‘top-10’ de vendas
Opel cresceu em 2021 na Europa ocidental e em Portugal A extensa ofensiva de modelos da Opel está a ganhar força em toda a Europa Ocidental, tendo a marca sediada em Rüsselsheim visto crescer a sua quota de mercado em 2021, de acordo com os dados oficiais publicados pela Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA - European Automobile Manufacturers Association).
Apesar da continuidade da pandemia de COVID-19 e da escassez global de semicondutores, a quota de mercado dos automóveis de passageiros da Opel subiu para 4,3%, mais 0,1 pontos percentuais em relação a 2020. “Temos uma das gamas de produto mais jovens do mercado e contamos com excelentes propostas nos modelos Corsa ou Mokka – incluindo as suas versões elétricas a bateria”, afirmou o CEO da Opel, Uwe Hochgeschurtz. “Estamos agora numa posição ideal para avançarmos com a ofensiva e aumentar, ainda mais, a nossa quota de mercado. Esperamos uma maior dinâmica com os lançamentos dos nossos novos Astra e Astra Sports Tourer, juntamente com o novo Grandland, três recém-chegados modelos, que também contarão com as emocionantes variantes híbridas desde 36
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o lançamento comercial”, acrescentou aquele responsável da marca alemã. A melhoria da performance da Opel está alicerçada num forte desempenho na Alemanha, onde a marca do Blitz foi a grande vencedora entre os construtores de volume. A Opel alcançou uma quota de mercado de 6,2% em 2021, com um total de cerca de 162.000 automóveis recém-matriculados nesse seu importante mercado doméstico, e aquele que é o maior mercado automóvel da Europa. Este valor representa um aumento de quase 1,2 pontos percentuais face a 2020. O Opel Corsa teve um contributo muito significativo para o sucesso da marca no seu mercado doméstico, registando uma elevada procura. Só na Alemanha, a sexta geração do pequeno ‘best-seller’ registou cerca de 50.000 unidades vendidas em 2021, tornando o Corsa no mais popular modelo entre os pequenos utilitários do mercado alemão, ao longo dos últimos 12 meses. Também no Reino Unido o Corsa suportou o desempenho da Vauxhall. Com quase 41.000 unidades vendidas em 2021, o pequeno utilitário assumiu a posição de novo modelo mais vendido no Reino Unido. Outras excelentes notícias no Reino Unido derivam do facto de o Vivaro-e ter sido o VCL elétrico
a bateria mais vendido em 2021 e a Vauxhall a marca número um no mercado dos veículos comerciais ligeiros elétricos.
Crescimento da Opel também em Portugal em 2021 O sucesso da Opel teve também eco em Portugal no ano findo, um mercado onde a marca alemã matriculou um total de 7.066 unidades, volume que lhe garantiu o regresso ao restrito grupo das dez marcas preferidas pelos clientes portugueses. Tendo subido duas posições face a 2020, a Opel registou uma quota de mercado superior em 0,2 pontos percentuais face à do ano anterior (4,03% vs 3,82%), conforme expresso nas tabelas oficiais recentemente difundidas pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal. Particularizando e no que se refere ao mercado de veículos de passageiros, a marca cresceu 12,82% em volume, fruto das 5.273 viaturas matriculadas, registando uma quota de 3,60%. Em complemento, a Opel matriculou 1.793 veículos comerciais ligeiros, garantindo uma quota de 6,23% e a sexta posição neste mercado em particular. Entre toda a gama que, em 2021, contribuiu para o sucesso da Opel - Corsa, Crossland, Mokka, Astra, Grandland, Insignia, Zafira Life, Combo Life (passageiros) e Combo, Vivaro e Movano (VCL), bem como, na maioria dos casos, as respetivas versões eletrificadas - houve um modelo que se destacou, num segmento de enorme sucesso em Portugal. O novo Opel Mokka, modelo lançado em Abril de 2021, a competir no forte segmento B-SUV, permitiu à Opel registar, em conjunto com o Crossland, uma significativa fatia de 29,7% das vendas totais de viaturas de passageiros da marca, neste segmento. Numa altura em que o ano de 2022 está a dar os seus
primeiros passos, a oferta eletrificada da Opel abrange uma parte já bastante significativa da sua gama de propostas, quer com modelos 100% elétricos (Corsa-e, Mokka-e, Zafira-e Life e Combo-e Life, de passageiros, e Combo-e, Vivaro-e e Movano-e, para o mercado VCL), quer com modelos híbridos ‘plug-in’ (novos Astra 5 portas e Grandland). Recorde-se que a Opel assumiu o compromisso de, a partir de 2028, apenas passar a comercializar veículos novos 100% elétricos, dois anos antes do prazo limite estabelecido pelas entidades oficiais.
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Em virtude da incerteza das regras de gestão da pandemia
Feira do Queijo Serra da Estrela de Seia realiza-se em Abril
A Câmara de Seia adiou para Abril a realização da tradicional Feira do Queijo Serra da Estrela, devido à pandemia provocada pela covid-19. “A Feira do Queijo Serra da Estrela, que há 44 anos acontece em Seia, no fim de semana de Carnaval, irá realizar-se em abril, em virtude da incerteza das regras de gestão da pandemia”, referiu o município em comunicado.
Segundo a mesma fonte, “o certame dedicado ao afamado queijo de ovelha, o Queijo Serra da Estrela DOP [Denominação de Origem Protegida], a que se acoplam outros produtos endógenos (enchidos serranos, pão, mel, vinho...), e que iria decorrer entre os dias 26 de fevereiro e 01 de março, irá realizar-se nos dias 23, 24 e 25 de Abril”. A decisão do adiamento da feira foi tomada pela Câmara de Seia, após reunião com os produtores do concelho e com as associações parceiras. “Analisadas as contrapartidas financeiras, sociais e económicas face à evolução da situação pandémica, e as contingências de segurança que teriam de ser implementadas, foi entendimento geral não estarem reunidas as condições favoráveis para a realização da feira, na data tradicional”.
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De acordo com o comunicado, o presidente da Câmara de Seia, Luciano Ribeiro, “considera esta decisão assertiva e mais prudente, `pelos riscos acrescidos que nesta fase um evento desta dimensão e natureza poderá implicar, na propagação do vírus, e contrapondo o investimento associado a esta iniciativa para um número reduzido de pessoas”. “Embora a feira pudesse renovar o formato digital do ano transato, o conhecimento que temos hoje e os `inputs` que os próprios produtores nos fazem chegar, consideramos fundamental que a feira aconteça nos moldes habituais. Além de que a aposta na feira não se esgota no certame, tem repercussões muito positivas na economia local”, referiu o autarca. Para a organização, “um evento desta natureza requer proximidade e contacto entre pessoas”. “Vivemos de experiências e sensações, e o fator de sucesso da Feira do Queijo de Seia prende-se com a degustação dos produtos e com a relação que se estabelece com quem os produz. Mas também com a envolvência criada em torno do Mercado, desde a mostra de artesanato, à singularidade do programa de animação que habitualmente acompanha o evento (demonstrações ao vivo da feitura do queijo, enchido, confeção de pratos típicos, ordenha da ovelha e da própria animação promovida pelas associações locais)”, indicou a autarquia.
Tlf.: 232 411 299 Tlm.: 918 797 202 Email: novelgrafica1@gmail.com
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