OBSERVAÇÃO
RIO DE JANEIRO, 2021
O FUTURO DAS CIDADES Mais de 20 mil arquitectos, urbanistas e líderes comunitários de 195 países do mundo estão à procura de modelos de construção de cidades que sejam melhores para todos, isto é, menos desiguais, com boas infra-estruturas, serviços públicos universalizados, melhor mobilidade, moradias adequadas, salubres… e todas as ideias que transformem o mundo urbano para melhor. O 27º Congresso Mundial de Arquitectura – o maior evento mundial do urbanismo, promovido pela União Internacional de Arquitectos (UIA) desde 1948 – realizado virtualmente entre 18 e 22 de Julho a partir do Rio de Janeiro, concluiu, por exemplo, que a pandemia do novo coronavírus inspira mudanças de abordagem. “Não adianta um arquitecto criar uma cidade a pensar simplesmente no betão, sem vida. Isso não valeria de nada. A arquitectura é para a vida … Agora, com a pandemia, isto ficou mais evidente. Qual foi a primeira frase que gritaram? ‘Fiquem em casa’. Que casa?”, questiona a arquitecta brasileira Carmen Silva. Uma das principais vozes da arquitectura africana, Diébédo Francis Kéré, do Burkina Faso, chamou a atenção para as mudanças climáticas, defendendo que “a questão que temos de resolver é como construir sem destruir o meio ambiente”. As transformações que os arquitectos desenharam para o futuro também levam em conta o impacto dos fluxos migratórios, que crescem cada vez mais.
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www.economiaemercado.co.mz | Julho 2021