as ações de cada empresa para a elaboração de um "Balanço Parcial" a ser entregue naquela reunião, mencionando, por outro lado, que a instabilidade na representação de cada empresa no "Comitê" ainda estava afetando o seu funcionamento. Neste sentido, seu Secretário Executivo insistiu na necessidade de se romper as barreiras que impedem ou dificultam a ação conjunta entre os membros do "Comitê", buscando, dessa forma, incentivar as parcerias entre os mesmos já que um dos objetivos principais destes projetos era, também, o de mudar a maneira individual de atuar das empresas no tocante à sua atuação emergencial / estrutural na campanha. Reconhecendo que a primeira etapa dos trabalhos do "Comitê" foi muito bem sucedida, e que na sua fase atual existem problemas institucionais que dificultam, em cada empresa, a realização das parcerias, propôs, então, que os diferentes subgrupos levassem a cabo seus projetos independentemente das reuniões plenárias para dar maior agilidade aos seus trabalhos. Com o objetivo de contribuir para a superação dos obstáculos que se colocavam à implementação dos projetos prioritários, os representantes de algumas empresas estatais chegaram a formular propostas para o melhor desempenho do trabalho por elas realizado; entre estas propostas se incluem uma reunião entre os seus presidentes como forma de se discutir e superar os problemas de caráter politico enfrentados pelo "Comitê", sugerida pela representante da Cia. Vale do Rio Doce; por sua vez, o representante da SUDENE propôs a criação de um Banco de Terras que estimulasse a utilização de terras periodicamente ociosas nas plantações de cana de açúcar para fins de produção de alimentos e geração de empregos temporários (cerca de 1 / 2 milhão pagandose 1 / 2 s.m.); a criação de um "overnight" para o trabalhador como forma de protegê-lo da inflação e a participação da SUDENE nas discussões do orçamento destinado à região. A respeito da informatização do "Comitê", o representante do IBASE, encarregado do respectivo subgrupo, anunciou a elaboração de um amplo cadastro de todos os setores envolvidos com a campanha, indicando quem são os fornecedores/ doadores de recursos, os beneficiários/receptores destes recursos, os voluntários que trabalham na campanha, etc., objetivando construir um banco de dados cobrindo os mais diversos aspectos do movimento contra a fome; reconheceu, não obstante, a existência de dificuldades operacionais para formalizar a questão da informática relativas, em especial, à disponibilidade de pessoal tanto do IBASE quanto das estatais para a realização do trabalho necessário, o que também se reflete no tempo que os envolvidos podem dedicar a essa tarefa, além do atraso no envio de informações por parte das empresas para a constituição do banco de dados mencionado. Merece ainda ser mencionada a participação do representante da Cia. Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), relatando as ações já realizadas por esta entidade com destaque para as hortas comunitárias já implantadas em terras da empresa, a eletrificação de poços d'água, para seu bombeamento, e estudos socio-econômicos nas áreas próximas a estes poços com o objetivo de melhor conhecer esta realidade e poder, dessa forma, contribuir mais eficientemente para o combate à fome e á miséria ha sua região de atuação. Relatou ainda a proposta de cessão de uma fazenda da empresa para a produção de alimentos destinados à população carente, a qual seria administrada por menores vinculados a uma pastoral da região.
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