Mobilidade Anti-Vírus

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MOTOGP: FRANÇA - LE MANS | ARAGÃO - MOTORLAND | MUNDIAL SBK: ESTORIL

#15

O U T U B R O | M E N S A L | T H E G R E AT E S T M OTO R C YC L E S P O R T S M A G A Z I N E

PORTUGAL CONTINENTAL - 4,50€

MOBILIDADE

ANTI VÍRUS ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

PECCO BAGNAIA

POL ESPARGARÓ

COMPARATIVO

NEO-CLÁSSICAS D E S P O R T I VA S

- KAWASAKI Z900 RS - SUZUKI KATANA

BMW S100 XR | HARLEY-DAVIDSON STREET GLIDE SPECIAL | KAWASAKI Z H2 | LAMBRETTA 125 | INDIAN FTR 1200 ART ON WHEELS | BMW R18



ÍNDICE 4

Notícias As mais recentes novidades do comércio e indústria

8

Comparativo

20 26 34 42 48 52 58 62 70 74

Trazemos-lhe o frente-a-frente entre as Kawasaki Z900 e Suzuki Katana.

BMW S100 XR Conheça ao detalhe a mais recente BMW S 1000XR, a sports tourer da marca.

Harley-Davidson Street Glide Special A nossa visão sobre a Harley-Davidson Street Glide Special, depois de um ensaio à mota norte-americana.

EDITORIAL

É

com algumas novidades que chega às bancas a segunda edição em formato físico da

revista Motorcycle Sports. Com a chancela de qualidade e atualidade a que já o habituámos, chegamos com uma disposição distinta do habitual. Nesta edição colocamos especial enfoque no comércio e indústria, que abre a edição com al-

Kawasaki Z H2

gumas das mais recentes novidades das motas

Os pormenores da Kawasaki Z H2, a supernaked que chegou este ano a Portugal, depois do nosso ensaio à mota.

que pode adquirir nas estradas – incluindo um

Lambretta 125 O Motorcycle Sports a destacar a mobilidade urbana com a Lambretta 125.

Indian FTR 1200 Art on Wheels O destaque à customização com a Indian FTR 1200 Art on Wheels.

BMW R18 Leia a nossa impressão sobre a BMW R18, outra das motas que ensaiámos para esta edição.

Entrevista a Francesco Bagnaia Um dos exclusivos Motorcycle Sports nesta edição, com uma entrevista a Francesco Bagnaia.

comparativo entre as Kawasaki Z900 e a Suzuki Katana e as notícias do setor. Mas, como o desporto é a génese do Motorcycle Sports desde o seu início, também não faltam as últimas das pistas. Neste caso, concentrámos a edição 15 em torno do motociclismo de velocidade, quando os Mundiais MotoGP e Superbike estiveram numa fase decisiva da época. No WSBK, trazemos-lhe tudo sobre o fim da

Mundiais Superbike no Estoril

época que aconteceu no Estoril em meados

Tudo sobre o final da temporada dos Mundiais Superbike, Supersport e Supersport 300, com as últimas decisões no Circuito do Estoril.

de outubro. Já dos Mundiais MotoGP, poderá

Entrevista a Pol Espargaró Entrevista exclusiva a um dos protagonistas da época do MotoGP, Pol Espargaró.

GPs de França e de Aragão O resumo de todos os acontecimentos nos GP de França e de Aragão de todas as categorias do MotoGP, com destaque também para Miguel Oliveira.

FICHA TÉCNICA Proprietário - Full Fixtures Unipessoal Lda Sede - Rua do Rebolar n3 3dt 2770-148 Paço de Arcos Director - Diogo de Soure Director Adjunto - Rodrigo Fialho Jornalista - Simon Patterson Colaboradores - Bernardo Matias, Gonçalo Viegas, Fábio Fialho, Pedro Rocha dos Santos Fotografia - Pedro Messias (Ensaios) Director de Arte - Rodrigues da Silva Impressão - GRAFISOL - EDIÇÕES E PAPELARIAS, LDA. Distribuição - VASP, DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Tiragem - 10.000 ex. Periodicidade - Mensal Estatuto editorial em MotorcycleSports.net Preço - (IVA inc.): 4,50€ (Portugal Continental) ERC: N.º 127278 Depósito Legal: 455729/19

ler tudo sobre mais duas rondas importantes e emocionantes – os GP de França e de Aragão, que abriram o caminho à fase final da temporada. Também lhe trazemos dois rigorosos exclusivos – entrevistas com Francesco Bagnaia e Pol Espargaró, em que poderá ler as impressões dos dois pilotos sobre uma ampla variedade de assuntos do MotoGP. São 100 páginas para ler e ficar a par de toda a atualidade do mercado das duas rodas e do motociclismo enquanto desporto, agora que os dias são curtos e o tempo começa a apelar a estadias em casa. Bernardo Miguel Matias

| MOTORCYCLE SPORTS | -3-


NOTÍCIAS

Pedro Rocha dos Santgos

Novidades de Mercado – Modelos já revelados para 2021 Com as Feiras internacionais cancelas, Intermot e EICMA em Milão de

de expectativa em torno dos mesmos.

portas fechadas este ano, as marcas preparam-se para anunciar os seus

Alguns inclusivamente já se mostraram e outros colocaram os “pés

novos modelos de 2021 em apresentações digitais via internet. A maioria

de fora” deixam-nos pistas sobre aquilo que aí vem. Damo-vos aqui a

tem vindo a provocar o mercado com pequenos vídeos que revelam

conhecer os modelos que entretanto já se anunciaram e uma antevisão de

pequenos pormenores dos novos modelos na tentativa de criar um clima

outros que quase certo estão para ser revelados pelas diferentes marcas.

APRILIA 2021 A novidade que não é absolutamente nova é a desportiva RS660, apresentada há dois anos no Salão EICMA e que finalmente chega ao mercado integrada na gama 2021. Com um motor bicilíndrico de 659cc, que é praticamente a metade dianteira do motor V4 da sua irmã maior RSV4 , debita 100cv às 10.500 rpm e com 67 Nm de binário às 8.500 rpm. Com um peso de apenas 169 Kg e electrónica de última geração, que inclui 5 modos de condução, onde três são para estrada e dois específicos para pista, a Aprilia RS660 promete um desempenho desportivo que facilmente se tornará a referência da classe, competindo com as actuais

R6 da Yamaha e Ninja 650 da Kawasaki. Inclui ainda vários níveis de controle de tração, controle de cavalinho e Cruise Control. A nova Aprilia RS660 estará disponível nos concessionários próximo do final deste ano em três cores distintas, Lava Red, Apex Black e uma especial apelidada de Acid Gold. Esta será certamente a primeira de outros modelos com esta motorização e já se comenta que certamente a próxima ainda para 2021 poderá ser uma Tuono 660 ou uma Adventure Tuareg 660 e ainda uma versão "Trofeo" da própria RS660 específica para rodar em pista.

BENELLI 2021

BMW 2021 Sem dúvida alguma que a grande novidade para o ano de 2021 é a nova Cruiser bávara com motor Big Boxer, a R18 First Edition, moto que tivemos a oportunidade de testar e cujas impressões vos damos a conhecer nesta edição da Motorcycle Sports. A R18 First Edition é realmente impactante quer pela sua estética vintage inspirada na BMW R5 de 1936 quer pela dimensão do seu motor de 1802 cc, o maior boxer alguma vez produzido, que debita 91 Cv com um binário de 154 Nm. A R18 desafia as tradicionais cruisers norte-americanas com estilo marcadamente retro e clássico que inclui pormenores de enorme exclusividade, reveladores de toda a atenção com que o fabricante bávaro desenvolveu este novo modelo. Conheçam-no mais adinate ao pormenor no ensaio que realizámos. Paralelamente foram também anunciadas algumas renovações dos actuais modelos da gama 2020 , nomeadamente as versões R 1250 GS e R 1250 GS Adventure comemorativas dos 40 anos das GSs, e novas versões melhoradas da gama 301, as pequenas naked e Adventure da BMW. Entretanto aquela que para já sofreu um maior desenvolvimento face ao modelo do ano anterior é a nova BMW R 1250 RT, sobre a qual falaremos com pormenor num ensaio a realizar brevemente

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Não existe anuncio oficial sobre novos modelos para 2021 no entanto desde que a os chineses adquiriram a marca em 2005 que nos chegam sempre imagens de novos modelos que a marca estará a desenvolver para colocar com alguma rapidez no mercado. Para 2021 fala-se em duas novas Adventure a primeira um restyling da actual TRK 500 e a segunda seria uma TRK 800 com o novo motor bicilíndrico da actual versão naked desportiva 750S. Novas versões Naked bicilíndricas foram também identificadas nas instalações do fabricante chinês mas não se sabe ao certo que modelos chegarão ao mercado europeu sob a marca Benelli. O certo é que também se fala de novos motores tetracilíndricos produzidos por uma empresa que pertence ao grupo chinês fruto da aquisição dos direitos de produção dos anteriores motores da MV Agusta Brutale 1000 já que a mesma na linha MV monta agora uma nova versão do motor. Quererá isto dizer que a Benelli se prepara para apresentar novos modelos num segmento superior ao actual ? Talvez uma superdesportiva 1000 e quem sabe a sua versão hypernaked ?



NOTÍCIAS DUCATI 2021 A grande novidade Ducati para 2021 é sem sombra de dúvida a nova Multistrada com motor V4 , moto que segundo a última comunicação da Ducati monta um novo motor designado como “Granturismo”, com mais cilindrada que a versão V4 anterior que montam as versões Panigale e Streetfighter e mais leve que a versão de 2 cilindros. O novo motor V4 de 1158cc abandona a distribuição desmodrómica e adopta uma distribuição por corrente e engrenagens. Com 170 cv às 10.500 rpm e 125 Nm de binário o novo motor V4 Granturismo vem especialmente ajustado segundo a marca para uma moto do tipo Adventure onde se privilegia a tração e a entrega de binário nos baixos e médios regimes. Entretanto correm rumores de que a gama Monster irá também sofrer alterações sobretudo no seu quadro pois comenta-se que o mesmo poderá abandonar a actual estrutura tubular em trelissa sendo substituído por um quadro mais leve em alumínio.

KAWASAKI 2021

HONDA 2021 Para já a grande novidade anunciada da Honda é a nova Maxi Scooter Forza 750. Revelada esta semana após vários vídeos teaser da marca em que anunciava o alargamento da oferta premium da sua gama de scooters desportivas, a nova Forza 750 é mais uma proposta sólida num segmento onde a Honda já se fazia representar por duas versões com a mesma motorização, a Honda X-ADV e a Honda Integra, esta última deixa de ser comercializada e é substituída pela novíssima Forza 750. O motor é já conhecido bicilíndrico com caixa DCT de dupla embraiagem, o mesmo da versão X-ADV. A nova Forza 750 é uma scooter luxuosa GT , que inclui controle de tração e múltiplos modos de condução. Conforto, proteção aerodinâmica, espaço para bagagem, excelentes acabamentos e ajudas electrónicas à condução são argumentos de peso que irão fazer tremer o segmento das maxi scooters de topo e desafiar a liderança. A Forza 750 é a primeira moto do fabricante japonês a incluir um novo sistema de controlo por voz que permite gerir todo tipo de funções, desde telefonemas , mensagens, música e navegação, mediante simples comando de voz. Paralelamente a Honda anunciou uma nova versão Forza 350, que veio substituir a anterior versão 300. A nova Forza 350 vem equipada com um novo motor e SP+ que além do aumento de cilindrada em 50cc garante uma maior potência e um maior binários nos baixos e médios regimes, permitindo acelerações rápidas e baixando o consumo para apenas 3.3 l/100Km. Também a Forza 125 foi agora renovada à imagem e estética da sua irmã 350 e inclui também o mesmo sistema de controle de tração da Honda HSTC. A gama Forza passa a estar agora equipada de série com sistema de ignição do tipo “Keyless”, Honda Smart Key.

-6- | MOTORCYCLE SPORTS |

A Kawasaki anunciou que iria entre outubro e novembro anunciar 6 novos modelos. Os seis novos modelos Kawasaki para 2021 aparecem numa imagem cobertos com capas e apenas revelam partes da sua ciclística na zona abaixo dos poisa-pés o que torna muito difícil identificar de que modelos se tratam . No entanto a Kawasaki adiantou já que para 2021 a Adventure Versys 1000 SE inclui agora suspensão semi-activa da Showa de tecnologia SkyHook e que passa a incluir também uma versão 1000 S, que se situa entre a versão base e a versão de topo SE. Por sua vez a versão S virá em três opções distintas, Standard, Tourer e Grand Tourer, versões que partilham a mesma ciclística, motorização e ajudas electrónicas à condução, com vários modos de motor que alteram parâmetros nomeadamente do controle de tração e entrega de potência, sendo que as diferentes versões apenas variam no equipamento extra que montam. Dos seis modelos que estão prestes a ser apresentados no mês de novembro, é quase certo que teremos uma nova versão da topo de gama desportiva, a ZX10R e mesmo uma versão RR pelo que mantenham-se atentos ao site da Motorcycle Sports para conhecerem todas as novidades em primeira mão.



COMPARATIVO NEO-CLÁSSICAS DESPORTIVAS

KAWASAKI Z900 RS vs SUZUKI KATANA

Duas motos

intemporais com inspiração em ícones do passado Assistimos actualmento a um enorme desenvolvimento na oferta de modelos neo-clássicos, motos que apresentam uma estética inspirada nas linhas do passado mas plenas de modernidade na sua concepção e na sofisticação dos seus componentes, seja na sua motorização seja na sua ciclística.

-8- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias e Marcas

| MOTORCYCLE SPORTS | -9-


COMPARATIVO NEO-CLÁSSICAS DESPORTIVAS

KAWASAKI Z900 RS vs SUZUKI KATANA

O crescimento neste segmento de

tana de 1982, moto de design fu-

nas antigas Z1. A adopção de um

te o mesmo processo e as suas li-

mercado, de motos clássicas mo-

turista e controverso tendo sido a

farol clássico redondo e de ma-

nhas, sobretudo as da dianteira da

dernas e a competição entre as di-

primeira moto carenada da Suzuki

nómetros analógicos com acaba-

moto, no conjunto assento, depó-

versas marcas fez com que a mes-

a ser comercializada.

mentos cromados revela também

sito e farol rectangular, colam de

ma se segmentasse e as marcas

a mesma inspiração. Também as li-

imediato à irreverência com que a

procurassem dar maior identidade

PRIMEIRO IMPACTO

nhas e desenho do assento e a tra-

Katana dos anos 80 atacou então o

e protagonismo aos seus modelos

Nenhum dos dois modelos nos

seira da moto carregam consigo as

mercado. As suas linhas continuam

indo buscar inspiração a um passa-

deixa indiferente e as suas linhas e

linhas dos anos 70. Embora a base

a manter ainda hoje o sentimento

do histórico onde alguns dos seus

estética remetem-nos de imediato

da sua ciclística e motorização seja

de disrupção e rebeldia que mar-

modelos deixaram um legado de

para um passado glorioso, sobretu-

a popular naked desportiva Z900,

caram o seu passado. Totalmente

reconhecimento e protagonismo

do no meu caso que vivi em direc-

houve todo um trabalho de adap-

revolucionária na altura, a versão

ainda hoje reconhecido.

to o protagonismo que detinham

tação do quadro original para se

actual da Katana carrega, agora

É o caso das duas motos que se-

na altura os dois modelos que

poder montar todos os novos com-

pela mão do designer italiano Ro-

lecionámos para este comparativo,

serviram de inspiração para estas

ponentes de linhas mais vintage.

dolfo Frascoli, toda a acutilância

pois ambas carregam precisamente

novas criações.

Uma transformação brilhante leva-

que o nome transporta consigo,

na sua concepção o ADN de dois

No caso da Kawasaki Z900 RS ve-

da a cabo pela Kawasaki, como se

já que a sua designação que nos

modelos que deixaram marca no

rificamos de imediato a origem da

de uma customização se tratasse,

remete para a própria história do

passado, a Kawasaki Z900 com

sua inspiração, tal é a evidência de

conseguindo um enorme equilíbrio

Japão quando as katanas eram as

inspiração na famosa Z1 de 1972,

alguns dos seus componentes. O

final do conjunto e uma combina-

armas especialmente utilizadas dos

a moto mais potente produzida

depósito em forma de gota e de li-

ção perfeita entre o clássico e o

senhores da guerra, os Samurais. A

nesse ano e a Suzuki Katana de

nhas inferiores rectas é claramente

contemporâneo.

nova Suzuki Katana carrega por

linhas claramente inspiradas na Ka-

uma reprodução daquele utilizado

A Suzuki Katana segue exactamen-

isso todo um protagonismo histó-

-10- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

rico acrescido, relacionado com a

uma atitude mais agressiva e des-

às 10.000 rpm e um binário de 108

98 Nm aparece logo às 6.500 rpm

marca e o seu país de origem.

portiva e a Kawasaki Z900 RS uma

Nm às 9.500 rpm.

enquanto que na Katana os seus

condução mais descontraída e me-

O motor da Kawasaki Z900 RS de-

108 Nm de binário, uma diferença

nos tensa.

riva directamente do motor da na-

de apenas 10 Nm, atinge esse valor

POSIÇÃO DE CONDUÇÃO A Suzuki Katana tem uma posição

ked Z900, que é como se sabe um

máximo apenas às 9.500, ou seja,

claramente desportiva. Apesar da

MOTOR

motor produzido a partir da Z1000,

mais 3.000 rpm do que na Z900.

posição das mãos no guiador ser

Os motores de ambos modelos se-

onde se trabalhou em termos da

Esta realidade define de facto a

algo elevada e descontraída a co-

guem o mesmo tipo de arquitectu-

sua electrónica de forma a produzir

diferença de regime de entrega de

locação dos poisa-pés está algo

ra, 4 cilindros em linha, 4 tempos,

uma entrega de potência mais evi-

potência das motos e o compor-

mais recuada a obrigar a uma maior

DOHC, 4 válvulas por cilindro,

dente desde os baixos regimes. O

tamento das mesmas, sendo a Ka-

flexão das pernas do que na Kawa-

injecção electrónica, refrigeração

motor da Suzuki Katana é o mesmo

wasaki mais redonda e com melhor

saki Z900 RS. A altura do assento

líquida e caixa de 6 velocidades.

que montava a sua superdesporti-

resposta desde os baixos regimes e

é semelhante sendo o da Kawasa-

Já em matéria de valores variam

va GSX-R1000RR de 2015-2018 ,

a Suzuki mais elástica e a pedir para

ki mais alto 1cm ( 835mm versus

ligeiramente na cilindrada, com a

motor que foi também trabalhado

rodarmos em regimes mais altos,

825mm ) compensando a sua maior

Katana com 999cc e a Z900 RS

no sentido de o converter num

mais semelhante a um comporta-

altura também com maior conforto.

com 948cc. No entanto em termos

motor mais redondo, procurando

mento de uma moto desportiva.

Se considerarmos que as posições

de potência e binário as diferenças

maior entrega de potência nos bai-

Os dois modelos optaram por

de condução estão directamente

são mais expressivas, com a Kawa-

xos e médios regimes.

adoptar um escape do tipo 4 em 1,

relacionadas com o tipo de utiliza-

saki a debitar uma potência máxima

Ora, apesar de nos valores de po-

realidade que não reflete a realida-

ção e posicionamento dos modelos

de 111 cv às 8.500 rpm e um bi-

tência existir uma diferença mais

de das motos nas quais se inspira-

pelas próprias marcas poderíamos

nário de 98 Nm às 6.500 rpm e a

significativa de quase 40 cv, na

ram mas que de alguma forma, já

concluir que a Suzuki Katana induz

Suzuki com praticamente 150 cv

Z900 o valor do binário máximo de

naquela época, era hábito fazer-se

| MOTORCYCLE SPORTS | -11-


TESTE EFETUADO COM

GOSTÁMOS Estética, motor nos baixos e médios regimes, conforto e agilidade A MELHORAR Resposta brusca do acelerador ride-by-wire e preço algo desajustado

o upgrade dos sistemas de escape

deriva directamente da sua irmã

ajustáveis, e que demonstraram

amortecedor é também totalmen-

originais por soluções mais “racing”

GSX-S1000.

um comportamento irrepreensível

te ajustável, com um curso maior

e de sonoridade mais evidente

Em termos de braço oscilante a

na leitura da estrada, privilegiando

de 140mm, o que confere um

proporcionadas pelos 4 em 1. As-

Katana, tal como o quadro e prati-

uma condução desportiva pela sua

conforto acrescido e uma enorme

sim temos certamente uma redu-

camente restante ciclística herda-

firmeza e desempenho. O amorte-

eficiência e versatibilidade ao con-

ção de peso, pela adopção de uma

da a solução adoptada pela GSX-

cedor traseiro é também regulável

junto.

única ponteira e que vem compen-

-S1000, neste caso foi buscar o

em pré-carga de mola e em ajuste

sar o aumento cada vez mais evi-

seu elemento traseiro à versão R

de hidráulico, algo firme e duro em

TRAVÕES E RODAS

dente da dimensão dos elementos

de 2016, um braço oscilante em

piso degradado. A Z900 RS opta

A Kawasaki Z900 RS conta com

catalizadores devido ás exigências

alumínio, de desenho desportivo

também

invertidas

dois discos dianteiros de 267mm

de redução de emissões.

e que garante uma enorme solidez

desta feita de 41mm, com um cur-

e pinças radiais monobloco de 4

Ciclística Quadro e Suspensões

no comportamento do trem tra-

so idêntico de 120mm e com um

pistons, proporcionando um bom

Em termos de ciclística os dois

seiro. A Kawasaki é mais simples

setup mais confortável quer rela-

tacto e uma travagem progressiva

modelos optam por configurações

nesta matéria, com uma solução

tivamente à sua irmã naked Z900

e bastante controlável com apenas

distintas. O quadro da Z900 RS é o

também em alumínio mas de sec-

quer à Suzuki Katana. Totalmente

dois dedos. Na traseira monta um

mesmo da sua irmã naked despor-

ção quadrada, montando ambas

ajustáveis as suspensões da Z900

disco único de 216 mm com pinça

tiva Z900, embora adaptado para

mono-amortecedor central.

RS demonstraram um desempe-

de apenas um piston, ambos ajuda-

receber um Set de novos compo-

Em matéria de suspensões dian-

nho de excelência proporcionando

dos por sistema ABS. A Z900 monta

nentes, produzido trelissa de aço

teiras a Katana monta forquilhas

um conforto acima da média, mes-

jantes de liga de 17” com pneus de

tubular. A Katana monta quadro

invertidas da KYB, de 43mm, com

mo em mau piso, e garantindo uma

dimensão 120/70-17 e 180/55-17

de dupla trave em alumínio que

um curso de 120mm, totalmente

maior abrangência de utilização. O

respectivamente à frente atrás. Em

-12- | MOTORCYCLE SPORTS |

suspensões



COMPARATIVO NEO-CLÁSSICAS DESPORTIVAS

KAWASAKI Z900 RS vs SUZUKI KATANA

opção a Kawasaki oferece jantes

Kawasaki na dianteira , um 120-70-

te nas suas ciclísticas, na diferente

regulável em três posições distin-

raiadas que fazem com que o mo-

17 e na traseira um pneu com algo

distribuição de massas, pelo peso

tas; Low para condução desporti-

delo cole ainda mais à imagem da

mais de dimensão, um 190/50-17.

de mais quase 20 Kg da Katana ou

va, Medium, para condução normal

Z1 dos anos 70.

A travagem é também bastante efi-

simplesmente pela maior dimensão

em estrada e High para condução

Já a Suzuki Katana como referimos

ciente e segura com uma mordida

do pneu traseiro.

à chuva.

antes herda muito das suas irmãs

forte de início bastante controlável.

GSX S e R 1000, e conta com discos

Nunca rodámos ao limite pelo que

ELECTRÓNICA E AJUDAS À

de arranque Easy Star que permite

de maior dimensão que a Z, na dian-

o comportamento sempre foi previ-

CONDUÇÃO

arrancar a moto com apenas um

teira dois discos de 310mm com

sível embora relativamente à Z900

A Suzuki Katana conta com uma

toque no botão do motor de arran-

pinças Brembo de 4 pistons com

RS sentimos algo menos em termos

electrónica simples mas bastante

que.

travagem assistida por ABS da Bos-

de agilidade e maior dificuldade por

eficaz em termos da sua interven-

Relativamente à Z900 RS esta é

ch. Monta jantes de liga também de

parte da Suzuki de ser colocada em

ção. Conta com sistema de Con-

também parca em ajudas electróni-

17” com dimensões idênticas ao da

curva, talvez pela diferença existen-

trole de Tração que é desligável e

cas e para além de incluir ABS da

Honda CB 1100 RS 1140 cc / 99 CV / 252 Kg / 13.900 €

Triumph Thruxton Dual 1200 cc / 97 CV / 206 Kg / 16.400 €

Conta ainda com ABS

Bosch não desligável e com sistema

AS CONCORRENTES

BMW R Nine T Pure 1.170 cc / 110 CV / 219 Kg / 14.580 €

-14- | MOTORCYCLE SPORTS |

Ducati Scrambler 1100 1.079 cc / 86 CV / 211 Kg / 13.245 €


TESTE EFETUADO COM

MOTORIZAÇÃO Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Injecção

TRANSMISSÃO

Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final

QUADRO

Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção

SUSPENSÕES

Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira

TRAVÕES

Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS

Nissin apenas tem disponíveis dois níveis de Controle de Tração, por sua vez também desligável. O modo 1 é aquele que se recomenda para uma utilização normal e o modo dois para dias de chuva ou piso escorregadio. EQUIPAMENTO No caso da Z900 RS a informação é disponibilizada em dois manómetros analógicos com acabamento cromado ligados por um pequeno

JANTES E PNEUS

Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus

SUZUKI KATANA

4 Cilindros em linha 948 cc 111 cv @ 8.500 rpm 98 Nm @ 6.500 rpm 4 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida 73.4 x 56 Elétrico 10.8 : 1 Electrónica

4 cilindros em linha 999 cc 150 cv @ 10.000 rpm 108 Nm @ 9.500 rpm 4 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida 73.4 x 59 Eléctrico 12.2 : 1 Electrónica

6 Velocidades Sincronizada

6 Velocidades Sincronizada

Húmida,mlt disco, deslisante Corrente

Húmida, mlt.disco, assistida Corrente

-

Trelissa de aço

-

-

Duplo berço/ Alumínio

-

25º

Invertida de 41 mm regulável 120 mm Afin. Pré-carga e hidráulico 140 mm

Invertida KYB 43 mm regulável 120 mm Afin. Pré-carga e hidráulico 129 mm

Duplo disco 300 mm radial 4 pistons Disco de 250 mm fixa de 1 piston sim

duplo disco 310 mm Brembo 4 pistons disco de n.d. mm 1 piston sim

Liga leve 17" 120/70-17 Liga leve 17" 180/55-17

17" 120/70-17" 17" 180/55-17"

sim 2 níveis

ABS 3 níveis + desligado

2100 mm 865 mm 1150 mm 1470 mm 835 mm 130 mm 17 Litros 215 Kg 198 Kg

2125 mm 830 mm 1110 mm 1460 mm 825 mm 140 mm 12 Litros 215 Kg 207 Kg

5.3 l / 100 Kms * 136 g / Km

5.5 l / 100 kms* 27 g / Km

Vermelho, Branco e Dourado 11.898 eur

Tech Black, Icon Black, Pht Blue 12.750 euros

210 eur ( cor Red e cor Gold ) Active, Confort, Dynamic, Tour

n.c. Catálogo de Opções

AJUDAS ELECTRÓNICAS Modos de Motor ABS Controle de Tração

DIMENSÕES

Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco

CONSUMOS / EMISSÔES Consumo Médio Emissões CO2 * Informação de fábrica

CORES 2020 / PVP

Cores PVP Base s/ despesas de mat. Yamaha XSR 900 847 cc / 115 CV / 195 Kg / 9.995 €

KAWASAKI Z 900 RS

OPÇÕES

Cor especial Packs

| MOTORCYCLE SPORTS | -15-


TESTE EFETUADO COM

GOSTÁMOS Elasticidade do Motor, Travões, Estética.

A MELHORAR Suspensão traseira dura, apenas 12 litros combustível, preço alto

painel digital que pela sua pequena

sobre a frente da moto embora o

que se manteve actual ao longo de

capa “vintage “ o temperamento e o

dimensão e pouco contraste dificul-

guiador alto de início nos induza a

quase quatro décadas.

carácter de uma Z.

tam a leitura da informação. O farol

uma posição direita. O seu motor

A Kawasaki Z900 RS é uma jus-

redondo dianteiro é de tecnologia

de 150 cv derivado da superdes-

ta homenagem ao modelo Z1 dos

TARGET DE MERCADO

LED assim como o traseiro que se

portiva R de 2015 convida-nos a

anos 70. Partindo de uma base de

O target de mercado de ambos

encontra coberto por uma caracte-

explorar todo o seu potencial e a

enorme sucesso comercial como

modelos será um público que gosta

rística “pala” em tudo semelhante à

sua elasticidade é impressionante

se tem vindo a afirmar a Z900 no

de andar de moto e que não está

que utilizava a Z1 dos anos 70.

mostrando querer subir rapidamen-

mercado global a Kawasaki soube

demasiado preocupado em con-

A Katana monta um painel de in-

te de rotações a partir das 4.000

transformar a sua naked desporti-

duzir ao limite e que prefere rodar

formação digital LCD personalizado

rpm. A Katana carrega consigo

va numa reencarnação de um dos

em estilo, celebrando a tradição

com o símbolo da Katana quando li-

todo o espírito rebelde do modelo

seus icons do passado. É impossível

das motos mais clássicas e de es-

gamos a moto, concentrando toda a

original dos anos 80 e é a expres-

não reconhecer na Z900 RS a tra-

tética intemporal, sabendo porém

informação no mesmo. Conta tam-

são contemporânea daquela que

dição e DNA desportivo da marca

que carrega consigo todos os argu-

bém com iluminação de tecnologia

marcou para sempre a evolução da

japonesa, uma combinação perfei-

mentos para, a qualquer momento

LED nos dois faróis, dianteiro e tra-

marca e do próprio segmento de

ta de tecnologia contemporânea

deixar envergonhadas muitas das

seiro e também nos intermitentes.

desportivas tendo sido a primeira

com linhas clássicas. Uma das mais

desportivas actuais.

moto carenada a ser comercializa-

bem conseguidas invocações do

CONDUÇÃO

da. Com um motor cheio e a pedir

passado, a Z900 RS apesar do seu

CONCLUSÃO

A Suzuki Katana tem uma condução

rotação a nova Katana não deixa

aspecto neo-clássico e sensação

O estilo clássico e revivalista está

alo mais parecida ao de uma naked

ninguém indiferente pela irreverên-

de enorme agilidade e facilidade

cada vez mais na moda e vai an-

desportiva, com o nosso peso mais

cia das suas linhas e uma estética

de condução tem por baixo da sua

gariando mais fãs todos os dias. O

-16- | MOTORCYCLE SPORTS |



TESTE EFETUADO COM

investimento em algo que se reveste de um carácter intemporal e que invoca modelos icónicos do passado terá sobretudo para uma determinada geração um sentido ainda mais evidente. Os dois modelos são isso mesmo, uma homenagem a dois modelos que fizeram história e que apesar da inspiração clássica das suas linhas estão repletos de tecnologia actual. Uma decisão entre ambas terá a ver com a ligação de cada um à marca ou ao modelo em si ou ainda por razões exclusivamente de estética. A Katana talvez mais controversa pela sua estética ainda disruptiva, mas com um motor cheio e a pedir para explorarmos todo o seu potencial desportivo e a Z900 RS uma neo-clássica de estética talvez mais consensual, uma homenagem às clássicas desportivas dos anos 70, também repleta de argumentos tecnológicos e de um desempenho irrepreensível da sua ciclística e de uma excelente motorização. Neste ensaio quisemos também inspirar-nos num icon do passado e homenagear aquele que foi um dos maiores pilotos de sempre e que marcou pelo seu carisma as provas de Campeonato do Mundo de 500, tendo sido Campeão do Mundo com a Suzuki nos anos de 1976 e 1977, o inesquecível Barry Sheene. Para lhe prestarmos homenagem a nossa colega Margarida Salgado, com a responsabilidade de pilotar a Suzuki Katana, envergou um fato Dainese de época, réplica daquele que Sheene utilizava em pista, fato que foi precisamente por mim adquirido em Londres nos anos 70, na altura que Barry Sheene se sagrou Campeão do Mundo.

-18- | MOTORCYCLE SPORTS |



BMW

S 1000XR

A EXCELÊNCIA NA

COMBINAÇÃO DE CONCEITOS SPORT/ ADVENTURE/ TOURER A versão 2020 da BMW S 1000 XR é uma evolução cirúrgica da sua antecessora. A BMW 1000 XR, desde o seu lançamento no ano de 2015 que definiu um conceito próprio que combina de forma prática e inteligente o melhor de 3 mundos, criando uma moto veloz, polivalente e confortável para viajar.

Com um motor que provém da sua

a BMW garante que pouco ou nada

decidir por ter uma única moto para

xa algumas dúvidas se em trajectos

desportiva de topo, a S 1000 RR , a

herdou do modelo anterior.

tudo, viajar, dia a dia entre casa e es-

longos e em viagem não irá penalizar

versão XR de 2021 evoluiu no sentido

critório, e fins de semana em saídas

a moto. No entanto o lugar do pas-

de se converter numa moto mais fácil

PRIMEIRA IMPRESSÃO

mais agressivas com os amigos, pode

sageiro veio mais tarde a confirmar o

de pilotar, com uma entrega de po-

A BMW S 1000 R de 2020 mantém

perfeitamente encaixar nesse critério

contrário, ou seja, bem mais confortá-

tência mais suave e uma nova ciclís-

a sua imagem agressiva e desportiva,

e não nos deixar mal em nenhuma das

vel do que aquele do condutor.

tica mais apurada que conta com sus-

numa configuração que deixa per-

situações.

De resto a posição é bastante natural

pensões semi-activas e electrónica de

ceber de imediato a versatibilidade

Ao subirmos na moto notamos de

com os braços erguidos e a posição

ajuda à condução de última geração.

e abrangência do seu conceito e tal

imediato a altura do seu assento que

dos pés não é demasiado desporti-

Apesar de esteticamente a nova S

como referimos no título deste en-

embora deixando colocar a mbos os

va embora alta o suficiente para só

1000 XR ser semelhante à versão an-

saio que realizámos com a mesma, a

pés no chão não deixa de nos fazer

roçarmos com os poisa-pés no alca-

terior, a verdade é que se trata de uma

S 1000 XR é daquelas motos que se

sentir algum desconforto pois o mes-

trão em situações de condução muito

moto inteiramente nova sobre a qual

tivermos que pensar que temos que

mo do ponto de vista ergonómico dei-

agressiva.

-20- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias / Duzentos

Os acabamentos são excelentes e os

1000 XR e embora derive directa-

logia ShiftCam de abertura variável

puramente desportiva mas sim uma

materiais de qualidade acima da mé-

mente da sua desportiva RR vem

de válvulas, no entanto achámos que

Sport Adventure a BMW preferiu

dia e dentro dos parâmetros que a

obviamente “tratado” para propor-

a curva de binário está mais flat que

dotar a sua XR de mais entrega de

BMW nos tem habituado em todos

cionar uma condução mais suave.

anteriormente e a sua entrega pare-

potência onde ela é realmente ne-

os seus modelos ( a maioria ). Em ter-

A agressividade e o nervosismo que

ce ser a partir de regimes mais bai-

cessária. Assim nota-se uma entrega

mos de comandos tudo está no sítio

era conhecido no seu anterior mo-

xos tornando o motor mais redondo,

mais generosa desde baixas rotações

onde normalmente encontramos nas

delo parece estar agora algo “ama-

razão pela qual não achámos que a

tornando a condução mais divertida

BMWs topo de gama e a sua utiliza-

ciado” pois a entrega de potência

inclusão de abertura variável de vál-

e com resposta sempre disponível ao

ção é fácil e intuitiva.

faz-se de forma mais suave e con-

vulas pudesse alterar o seu compor-

rodar do punho sem termos que pas-

trolável.

tamento de forma perceptível.

sar demasiado a caixa.

MOTOR _ CAIXA,

O seu tetracilíndrico paralelo de 999

A BMW S 1000 XR graças a diferen-

O motor da S 1000 XR já está de

EMBRAIAGEM E ESCAPE

cc e 165 cv às 11.000 rpm não inclui,

te curva de binário está mais fácil

acordo com a norma Euro 5 mas

O motor é a maior referência na S

ao contrário da versão RR, a tecno-

de conduzir e ao não ser uma moto

mesmo assim mantém os seus

| MOTORCYCLE SPORTS | -21-


BMW

S 1000XR

valores de potência e binário sem ser necessário aumentar a sua cilindrada. O aumento da taxa de compressão beneficiou o rendimento do motor permitindo menores consumos e valores mais baixos de emissões de acordo com a informação da marca. O escape emite um som contido a baixa rotação mas mostra toda a sua raça a partir do médios e altos regimes não parecendo ter sido afectado por elementos catalíticos mais “sufocantes” devido ao Euro 5. A caixa é bastante precisa e o “Quickshift” funciona na perfeição embora seja um extra opcional. Notámos a necessidade de algum esforço no acionamento da embraiagem que continua a ser por cabo. Não circulámos demasiado tempo no trânsito mas em situações intensas de pára arranca pode-se tornar cansativa a utilização da embraiagem.

CICLÍSTICA - QUADRO E SUSPENSÕES

imagem. A colocação das mesmas é

na suspensão traseira

TRAVÕES

A BMW S 1000 XR de 2020 passou

super simples graças ao sistema de

Sobretudo em condução mais agres-

Os travões têm um desempenho à

por uma enorme curva de emagreci-

“rack” incluído na traseira da moto

siva, realidade que nos fez tentar um

altura das prestações da S 1000XR,

mento a vários níveis . O novo quadro

que é quase imperceptível.

melhor ajuste da mesma sem o ter-

suficientemente potentes para ge-

e braço oscilante são agora no total 2

O comportamento da suspensão

mos realmente conseguido, certa-

rirem com eficácia o temperamento

Kg mais leves e ao nível do seu motor

dianteira é excelente e garante uma

mente por falta de mais informação

rebelde dos seus 165 cv. Mordida

houve todo um trabalho de o tornar

leitura sempre correcta da estrada.

técnica.

forte e uma gestão de bastante sensi-

mais compacto e reduzir oo peso de

A gestão “Dinâmica” proporcionada

De todas as formas pareceu-nos que

bilidade com maior ou menor pressão

uma série dos seus elementos conse-

pelo sistema D-ESA Pro que signifi-

a nova S 1000 XR vem especialmente

na manete do travão sem ser nunca

guindo reduzir uns impressionantes 5

ca “Dynamic Electronic Suspension

preparada, face ao seu modelo ante-

necessário “ pendurar-nos” na mes-

Kg. No final permitiu à BMW anexar

Adjustment “

permite realizar um

rior, para proporcionar uma experiên-

ma. As novas pinças são Hayes de 4

uma série de novos componentes no

ajuste automático em tempo real em

cia de condução mais confortável,

pistons e actuam na dianteira em dois

sentido de aumentar o seu conforto

função da carga que carregamos na

quer pela diferente entrega do seu

discos de 320mm coma intervenção

e funcionalidades e ficar ainda assim

moto num momento determinado.

motor quer pelo comportamento ge-

muito pouco intrusiva do ABS BMW

2Kg mais leve do que a sua versão

Notámos no entanto algum “baloiçar”

ral da sua ciclística.

Motorrad.

anterior. As suspensões dianteiras com o sistema electrónico D-ESA Pro, incluído

AS CONCORRENTES

no Pack Dynamic, permitem realizar o nivelamento constante da moto compensando por exemplo se rodamos com passageiro ou com carga nas malas laterais incluídas neste caso na versão que nos foi disponibilizada para testes, tendo no entanto sido retiradas por questões estéticas e de

-22- | MOTORCYCLE SPORTS |

Ducati Multistrada 1260 S 1262 cc / 158 cv / 235 Kg / 21.295 €

Kawasaky Versys 1000 1043 cc / 120 cv / 250 Kg / 14.295 €

KTM 1290 Super Duke GT 1301 cc / 173 cv / 209 Kg / 20.977 €


TESTE EFETUADO COM BMW S 1000 XR MOTORIZAÇÃO

Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Ignição/ injecção/ acelerador

Tetracilíndrico em linha 999 cc 165 cv @ 11.000 rpm 114 Nm @ 9.250 rpm 4 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida/óleo 80 x 49,7 Elétrico 12,5 : 1 Electrónico

Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final

6 Velocidades Sincronizada Opcional Mult. disco, banho óleo deslizante Corrente 525

Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção

Dupla trave alum Motor portante -

Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira

Invertida 45 m/ Dynamic ESA 150 mm Dynamic ESA electrónica 150 mm

Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS

Duplo disco 320 mm fixas 4 pistons Disco de 265 mm flutuante de 2 piston sim ABS BMW Motorrad

Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus

Liga 3.50" x 17" 120/70-17" Liga 6.00" x 17" 190/55-17" -

Modos de Motor ABS Controle de Tração

4 Modos + HSC Pro, MSR e DTC ABS Pro-BMW Motorrad DTC

Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco

2333 mm 850 mm 1411 mm 1522 mm 840 mm n.d.mm 20 Litros 226 Kg 205 Kg

TRANSMISSÃO

QUADRO

SUSPENSÕES

TRAVÕES

ELECTRÓNICA E AJUDAS

multifuncional situado no punho es-

À CONDUÇÃO

querdo e que permite ir navegando

A nova 1000 XR conta com quatro

nas várias funcionalidades e alteran-

modos de condução : Rain, Road, Dy-

do os vários parâmetros em função

namic e Dynamic Pro e cada modo

da nossa vontade ou necessidade.

inclui a sua especificação própria em

O nosso smartphone pode ser fa-

termos de entrega de potência, so-

cilmente emparelhado com o painel

bretudo nos baixos regimes. Conta

TFT através da App gratuita BMW

ainda com DTC – Dynamic Traction

Motorrad Connect, que através da

Control e Cornering ABS. O Pack

qual nos permite aceder a inúmeras

Dynamic instalado na unidade testa-

funcionalidades como ver percursos

da inclui QuickShift, Keyless Ingni-

realizados, informação e dados sobre

tion, Cruise Control e Intermitentes

velocidade, aceleração e intervenção

LED. Para além dos referidos modos

das ajudas electrónicas e também

de condução a XR inclui ainda siste-

navegação por setas e informação

ma de travão automático em subidas

geral sobre a moto como o nível de

e controle de cavalinhos

combustível, a carga da bateria e até o tempo de intervalo para a próxima

EQUIPAMENTO

revisão.

A nova 1000XR conta com um painel

As iluminação instalada na 1000 XR

de informação TFT a cores em linha

é full LED e inclui sistema de Luz

com o que temos visto em outros

Diurna que aumenta a nossa visibili-

modelos da BMW nomeadamente

dade durante o dia. Existe ainda uma

na gama 1250 GS. De leitura clara e

opção chamada “Headlight Pro” que

nítida e de fácil navegação após al-

inclui iluminação dirigida em curva

guma habituação ao habitual “rotor”

para aumentar a visibilidade no inte-

JANTES E PNEUS

AJUDAS ELECTRÓNICAS

DIMENSÕES

CONSUMOS / EMISSÔES

Consumo Médio 6.2 l / 100 Kms * Emissões CO2 144 g / Km * Informação de consumos de fábrica

CORES 2020 / PVP Cores PVP Base

Cinza Ice e Vermelho Racing 17.995 €

Cor especial Packs Opções

Style Sport ( inc. ponteira ) 1.655 € ( tricolor ) Carbono, Dynamic, Touring. Cruise Control, Pressão pneus, Quichshift, Keyless Ignition

OPÇÕES

| MOTORCYCLE SPORTS | -23-


TESTE EFETUADO COM

GOSTÁMOS Desempenho polifacético Motor nos baixos e médios regimes Sistema de racking para malas laterais

A MELHORAR Suspensão traseira Conforto do assento dianteiro

rior das trajectórias quando rodamos

vocar um ligeiro balançar da traseira

de forma divertida um qualquer per-

igualmente divertida e polifacética,

de noite.

da moto.

curso de montanha deixando muitas

muito fácil de conduzir e igualmente

Resposta sempre pronta do motor so-

Rs para trás.

entusiasmante pela sua versatilidade

A RODAR

bretudo em regimes de circulação en-

Já em viagem mostra-se mais confor-

e por um preço mais em conta.

Rodámos sempre de dia e em condi-

tre as 3.000 e as 9.000 rpm, regime

tável que a sua versão anterior, com

ções de piso seco. A XR 1000 2020

onde o motor mostra que foi espe-

uma boa proteção aerodinâmica e

PREÇO, CORES E OPÇÔES

demonstrou dispôr de um setup ge-

cialmente ajustado para providenciar

vem agora com mais ajudas electróni-

O Preço base da BMW S 1000 XR de

ral que privilegia um maior conforto,

uma maior sensação de controle e

cas e acesso a todo tipo de informa-

2020 é de 18.416 €

uma nota positiva para quem usa a

suavidade na condução da moto.

ção via o novo painel TFT a cores e

Estão disponiveis 3 cores: Cinzento

moto a diário ou pretende viajar com

a possibilidade de conectividade com

Ice sem acréscimo de preço, Vermelho

a mesma, sobretudo a dois pois a sus-

CONCLUSÃO

o nosso smartphone. O facto de ter

Racing + 365€ e BMW Style Sport (

pensão D-ESA Pro é uma mais valia

A nova BMW S 1000 XR continua a

integrado na sua traseira um sistema

tricolor que inclui ponteira Especial ) +

no ajuste de funcionamento das sus-

ser uma moto especialmente desti-

de “Racking”, que permite facilmente

1.655€

pensões em função do peso de carga.

nada para quem tenha alguma expe-

colocar e retirar malas laterais, é tam-

Em termos de Opções temos:

Se por um lado achámos que a sus-

riência pois o seu desempenho des-

bém uma mais valia para quem pre-

Pack Carbono 1785€; Pack Dynamic

pensão estava mais soft do que na

portivo, a potência do seu motor e a

tenda viajar a dois. Para aqueles que

1.295€; Pack Touring

sua versão anterior por outro lado e

sua apetência para rodar rápido assim

possam achar que a 1000XR é “moto

Shift Pro 305€; Keyless System 275€;

em condução mais agressiva notámos

o exigem. É uma moto versátil e mul-

a mais” e se sentem intimidados pe-

Controle de pressão

alguma falta de firmeza no amortece-

tifacetada, que tanto podemos rodar

los seus atributos existe sempre a a

Control 360€; Descanso central 120€;

dor traseiro, chegando mesmo a pro-

em cidade calmamente como “atacar”

opção da nova 900 XR, uma moto

Luzes auxiiliares LED 370€ Etc…

-24- | MOTORCYCLE SPORTS |

470€; Quick 245€; Cruise



HARLEY – DAVIDSON

STREET GLIDE SPECIAL

UMA TOURING DO ESTILO “BAGSTER” MESMO

MUITO ESPECIAL A Harley-Davidson apesar das várias derivas que ultimamente tem realizado em termos de estratégia de mercado, polémicas é um facto e discutíveis também e muito criticadas pelos seus fans mais conservadores, não deixa de se afirmar e reforçar a sua posição no sector tradicional que sempre dominou com novos modelos que são referência.

-26- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias / Duzentos

É o caso da nova Street Glide Special

mas para aqueles que continuam a

tém o impacto da sua imponência e

A versão “Special” destaca-se de

2020, uma touring do estilo “Bagger”

ter uma ligação à tradição Harlista e

dimensão por onde quer que passe. O

imediato pela quase total ausência

muito em voga, que certamente agra-

toda uma relação com o histórico da

receio inicial que sentimos ao montar

de cromados. Tanto o seu grande

dará no segmento de mercado tradi-

marca, a Street Glide Special é garan-

numa moto que pesa em ordem de

motor V-Twin Milwaukee Eight 114

cional da marca mas pela evolução do

tia de que os valores que construíram

marcha 375 Kg de seguida se dissipa

de 1.868 cc e como os escapes, sus-

seu desempenho e da combinação de

o sucesso da marca norte americana

pois ao encaixarmo-nos na envolvên-

pensões e jantes, além de outros ele-

estilo e modernidade irá conquistar

continuam presentes.

cia do seu assento e estendermos os

mentos da moto, têm acabamento

novos admiradores.

braços para o seu guiador de estilo

lacado ou anodizado num negro que

Para aqueles que só olham para o fu-

PRIMEIRO IMPACTO

old-school sentimo-nos como que

combina superfícies mais brilhantes

turo a marca tem a exclusiva LiveWire

A H-D Street Glide Special não passa

parte do todo e que a sensação de

com outras em semi-mate polido, um

de motorização totalmente elétrica

despercebida em lugar algum e man-

“Street Glide” irá ser mesmo real…

efeito que torna a estética da Street

| MOTORCYCLE SPORTS | -27-


KAWASAKI

NINJA 1000SX

Glide mais discreta mas em simultâ-

o enorme painel “touch screen” de

como se fosse quase um "tablier" de

constitui uma imagem de marca. De

neo mais agressiva também.

6,5” que inclui o renovado sistema

um 4 rodas ( perdoem-me a analo-

imediato nos sentimos “embalados”

As malas laterais que definem o es-

de “Infotainment”, Boom Box GTS,

gia).

por aquela combinação de sons e

tilo “Bagster” têm um perfil baixo e

onde podemos obter informação

alongado e reforçam a estética es-

relativa a navegação, condições me-

MOTOR

114 transmite-nos uma enorme sen-

guia e longa da moto. A carenagem

tereológicas e todo o tipo de comu-

Quando arrancamos a Street Special

sação de carácter mas em simultâneo

frontal ao estilo Batwing , que roda

nicações via emparelhamento com o

percebemos de imediato que esta-

de docilidade. Os seus 163 Nm de

com a direção, confere uma enorme

nosso smartphone. O painel mantém

mos numa Harley-Davidson pois o

binário às 3.000 rpm garantem uma

proteção aerodinâmica e permite “al-

o estilo escurecido da versão Special

seu som e a forma como o sentimos

enorme suavidade na condução des-

bergar” os manómetros analógicos e

e tudo se desenvolve à nossa frente

a vibrar é de facto inconfundível e

de os baixos regimes e uma entrega

-28- | MOTORCYCLE SPORTS |

movimentos e o Milwaukee-Eight


TESTE EFETUADO COM

de potência progressiva e doseável.

impelem a rodar sem parar. A Street

-Eight 114 e dá estrutura aos 375

termos de curso, característico nas

Rodar numa Harley-Davidson é sem-

Glide Special tem consumos pouco

Kg em andamento da Street Glide

grandes tourers norte-americanas e

pre uma experiência inesquecível

acima dos 6 litros aos 100 Kms pelo

Special.

apenas tem afinação de compressão

mas a Street Glide Special transforma

que está dentro dos valores das ac-

ção de um misto de flexibilidade e

essa experiência numa verdadeira

tuais Tourers do mercado.

firmeza em curva ajudas pelas sus-

Gostámos da sua sensa-

de mola.

pensões da Showa que apesar de

TRAVÕES E RODAS

ção para outras dimensões paralelas

CICLÍSTICA QUADRO

não serem reguláveis tem um bom

Os contam com sistema de travagem

onde no horizonte apenas vislum-

E SUSPENSÕES

comportamento na dianteira graças à

combinada e discos de 320mm na

bramos estradas intermináveis que

O quadro de aço de duplo berço su-

tecnologia “ Dual Bending Valve” . O

dianteira com pinças de 4 pistons.

rasgam paisagens selvagens que nos

porte o enorme motor Millwalkee-

amortecedor traseiro é algo justo em

A travagem melhorou muito e as

“Trip” fazendo voar a nossa imagina-

| MOTORCYCLE SPORTS | -29-


HARLEY – DAVIDSON

STREET GLIDE SPECIAL

GOSTÁMOS Estética e Estilo Estabilidade em estrada Acabamentos

A MELHORAR Suspensão traseira Secção do banco do pendura

Harleys hoje em dia deixaram de nos

As jantes em alumínio são lindíssimas

agilidade à Special quando rodamos

ABS e ABS em curva o que mantém

provocar “sufoco” em matéria de tra-

num “Gloss Prodigy Black” e tem a

a baixa velocidade e boa aderência

algum controle extra na travagem

vagem. Todo o sistema em conjunto

dimensão de 19” na dianteira e 18”

em curva em regimes mais rápidos.

quando circulamos em estrada a ve-

com o ABS garante uma travagem

na traseira. A Special monta pneus

em segurança e está à altura de pa-

especiais da Dunlop, 130/60-19”

ELECTRÓNICA E AJUDAS

é também um conforto extra em

rar todos o peso que a a Street Glide

na dianteira e 180/55-18” na trasei-

À CONDUÇÃO

viagem. O sistema RDRS – Reflex

Special carrega consigo.

ra dimensões que conferem alguma

A Street Glide Special conta com

Defensive Riding System, garante

Indian Springfield Dark Horse 1.811 cc / n.d. cv / 372 Kg / 27.200 €

Moto Guzzi MGX-21 1.380 cc / 96 cv / 341 Kg / 24.256 €

locidade mais alta. O Cruise Control

AS CONCORRENTES

BMW K 1600 B 1.649 cc / 160 cv / 336 Kg / 26.080 €

-30- | MOTORCYCLE SPORTS |

HondaGL 1800 Goldwing B 1.833 cc / 127 cv / 25.700 €


TESTE EFETUADO COM

H-D STREET GLIDE SPECIAL MOTORIZAÇÃO

Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Injecção

Milwaukee-Eight 114 1802 cc n.d cv @ n.d. rpm 167 Nm @ 3.000 rpm 2 cilindros em V Pushrods / Ajuste hidráulico 4 Válvulas / Cil. ar e óleo 107,1x100 mm Elétrico 9,6 : 1 Electrónica

Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final

6 Velocidades Cruise Drive Sincronizada n.d. Discos em banho de óleo assist. por correia

Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção

Duplo berço em aço tubular em aço tubular 26º

Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira

Forquilha Telescópica 49mm 117 mm Mono-amortecedor regulável 54.6 mm

Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS

Duplo disco 320 mm fixa 4 pistons Disco de 300 mm fixa de 4 pistons ABS e Cornering ABS

Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus

Jante liga 3,5"x 19" 130-60/19 Jante raiada 5.0"x 18" 180-55/18 -

Modos de Motor ABS Controle de Tração

n.d. Sistema RDRS AMS/Control tração sim + desligado

Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco

2425 mm 964 mm 1126 mm 1625 mm 690 mm 125 mm 22,7 Litros 375 Kg 359 Kg

TRANSMISSÃO

QUADRO

SUSPENSÕES

TRAVÕES

JANTES E PNEUS

AJUDAS ELECTRÓNICAS também uma gestão de travagem

da moto em qualquer condição de

defensiva intervindo ao nível do ABS

estrada e apenas o controle de tra-

e do controle de tração . O sistema

ção permite ser desligado ( burnouts

inclui ainda um sistema de travagem

numa moto de 375 ? não me pare-

automática em subidas e actua como

ce… )

embraiagem deslisante nas redução que provocam alta rotação do motor

EQUIPAMENTO

e um “travão” excessivo do mesmo

O painel TFT a cores de tecnologia

garantindo uma maior suavidade e

Touch Screen de 6.5” permite obter

controle. Para além do referido o sis-

todo o tipo de informação e aceder

tema inclui ainda a medição de pres-

de forma intuitiva à mesma. O siste-

são dos pneus.

ma Boom-Box GTS de infotainment

Todas esta funcionalidades são ga-

é bastante sofisticado e permite-nos

rantidas pela gestão electrónica de

acesso a navegação via GPS e rádio.

um novo IMU que transmite em

Emparelhando também via bluetoo-

tempo real uma série de informação

th o nosso smartphone, podemos

sobre a moto quando rodamos au-

atender chamadas, ver mensagens

mentando a segurança e o controle

e ouvir a nossa música preferida. A

DIMENSÕES

CONSUMOS / EMISSÔES

Consumo Médio 6,1 l / 100 Kms * Emissões CO2 142 g / Km * Informação de consumos de fábrica

CORES 2020 / PVP

Cores PVP Base s/ despesas de mat.

5 cores + 2 especiais 29.800 €

Cores especiais Acessórios

250 eur / 1.500 eur várias opções

OPÇÕES

| MOTORCYCLE SPORTS | -31-


TESTE EFETUADO COM

Vivid Black

River Rock Gray Denim

Billiard Burgundy

informação analógica está também

mente circulamos nestas grandes

e novas configurações na tentativa

presente nos manómetros para nos

tourers não sejam demasiado pena-

de explorar novos segmentos de

fornecer dados complementares, ro-

lizadoras nesta matéria.

mercado ( Adventure Harleys ? )

deadas das respectivas luzes avisadoras habituais.

certo ou errado apenas o tempo e o

CONCLUSÃO

mercado o dirão. Para já esperemos

A Harley-Davidson mantém vivo

que a Harley nunca abandone o es-

A RODAR

o espírito das grandes motos de-

tilo que a tornou famosa e continue

A Harley-Davidson Street Glide

voradoras de auto-estradas norte-

a produzir modelos que nos fazem

Special proporciona uma enorme

-americanas. Os mais saudosistas

sonhar.

sensação de “glide” a rodar, uma

e mais conservadores continuam

enorme estabilidade em reta e gran-

a ter modelos que mantêm o espí-

PREÇO, CORES E OPÇÕES

de facilidade para a colocar em cur-

rito e o ADN histórico da marca. A

O preço Base são 29.800€ e está

va, alguma agilidade surpreendente

concorrência continua a desafiar a

disponível nas cores , Vivid Black,

a baixa velocidade permitindo-nos

hegemonia da HD apresentando

River Rock Gray Denim a versão que

manobrar no meio do transito com

propostas alternativas de qualidade

ensaiámos e que aumenta 250€ ao

facilidade embora respeitando os li-

mas que não transmitem o mesmo

preço base, Billiard Burgundy, Stone

mites definidos pela sua dimensão e

espírito. Quem “curte” Harleys ja-

Washed White Pearl e Performance

fazendo atenção que na traseira so-

mais pensará em ter outra moto e a

Orange ( as três são também mais

bressaem ainda as malas que monta

Street Glide Special transporta con-

250€ ). E finalmente duas versões

de origem. A proteção aerodinâmi-

sigo toda a magia que que só quem

especiais, a Scorched Orange / Sil-

ca é boa mas algo limitada em altura

está imbuído do espírito consegue

ver Flux e a versão Blue / Black Sun-

embora as velocidade a que normal-

reconhecer. Vêm aí novos modelos

glo, ambas mais 1.500€ mais caras.

-32- | MOTORCYCLE SPORTS |

Stone Washed White Pearl

Performance Orange

Scorched Orange Silver flux

Blue and Black Sunglo



KAWASAKI

-34- | MOTORCYCLE SPORTS |

Z H2


TESTE EFETUADO COM

TEXTO: Pedro Rocha dos Santos e Margarida Salgad Fotos: Pedro Messias / Duzentos

A HYPERNAKED SOBREALIMENTADA A Kawasaki estabelece novas referências em termos do segmento Naked com a sua Z H2, moto que herda toda a experiência de desenvolvimento que a marca tem levado a cabo com a hyperdesportiva H2R , moto esta lançada em 2015, a primeira moto desportiva que monta motor sobrealimentado com uma potência que supera os 300 cv e atinge os 400 Km/h de velocidade máxima, tendo depois sido apresentada a sua versão de estrada, homologada para circular na via pública, a H2, versão com uns “modestos” 230 cv. Fruto de todo este desenvolvimen-

que nos aventurámos a testar a Z

desportivas H2.

to tecnológico e num segmento

H2, tendo para o efeito conseguido

A sua estética é acutilante e agressiva,

onde começaram a aparecer motos

obter uma unidade disponível junto

de linhas triangulares e que definem

que, pela sua potência e presta-

da Rame Moto, Concessionário Ofi-

perfis afilados em direção à frente da

ções, se consideram já Hypernaked,

cial da marca.

moto. A dianteira é algo confusa e a

a Kawasaki depois de apresentar

concentração dos vários elementos

uma Sport Turismo em 2019, a H2

PRIMEIRO IMPACTO

que a compõem criam uma realidade

SX, veio este ano de 2020 comple-

A primeira reação é de alguma

que difere da fluidez obtida na estéti-

tar a sua linha de motos sobreali-

apreensão perante uma moto que

ca conseguida na desportiva H2.

mentadas com a naked Z H2.

debita 200 cavalos sobrealimenta-

Ansiosos que estávamos de arrancar

A nova Hypernaked Z H2 é a pri-

dos e antes mesmo de acordarmos

com este novo fenómeno tecnoló-

meira sobrealimentada da Kawa-

o motor já nos estamos a interrogar

gico demos por nós surpreendidos

saki a obter homologação Euro 5

de como será a entrega de tanta

com a fluidez com que rodámos nos

graças a uma série alterações reali-

potência e como iremos gerir o seu

primeiros Kms… afinal os cavalos

zadas no setup da sua motorização,

comportamento.

não eram selvagens.

estando a sua potência agora “re-

A moto impressiona pela sua com-

na primeira abertura de punho com

duzida” a 200 cv, o que numa naked

pacidade e pelo contraste do qua-

mais convicção e em 3ª velocidade, a

se torna no mínimo intimidante.

dro tubular de aço, com acabamen-

Z H2 mostrou de imediato o que le-

Foi nesse contexto de algo intimi-

to em verde brilhante, decoração

vava dentro, levantando a roda dian-

dados mas em simultâneo curiosos,

que nos remete para as suas irmãs

teira a um palmo chão e sacudindo a

No entanto

| MOTORCYCLE SPORTS | -35-


KAWASAKI

“ cabeça” para nos lembrar que estávamos a tratar com um verdadeiro puro sangue.

MOTOR Apesar de ser um motor sobrealimentado a Kawasaki soube dotá-lo de suavidade suficiente para tornar a sua gestão perfeitamente linear e controlável, com um acelerador a gerir de forma precisa toda a sua “cavalagem”. Os engenheiros da Kawasaki souberam dotar o tetracilíndrico de 998 cc de um comportamento domável sobretudo graças a um novo IMU que gere muito bem os impulsos e a tentação que a Z H2 tem para levantar a roda dianteira, tornando a sua condução mais segura e previsível.

-36- | MOTORCYCLE SPORTS |

Z H2


TESTE EFETUADO COM

Embora a potência máxima de 200

proporcionar subidas de regime mais

da versão Sport Touring H2 SX mas

a leitura da estrada mesmo em piso

cv seja obtida aos 11.000 rpm e

rápidas.

foram introduzidas algumas altera-

algo degradado. O braço oscilante

a o binário máximo de 137 Nm às

Atenção por isso pois a partir dos

ções no sentido melhorar o com-

traseiro do estilo back-Link conta

8.500 rpm sentimos que grande par-

médios regimes é aconselhável agar-

portamento da Z em termos de es-

com um amortecedor traseiro Showa

te do binário está disponível desde

rarem-se bem ao guiador já que a Z

tabilidade e maneabilidade uma vez

Uni-Trak regulável com um curso de

os baixos e médios regimes e que o

H2 atinge o redline às 12.000 rpm

tratar-se de uma naked.

134mm sendo o curso da suspensão

sistema de sobre alimentação entra

tão rápido como um piscar de olhos.

Sentimos de facto uma sensação de

dianteira de 120mm.

suavemente também a partir de uma

Tudo se aproxima rapidamente quan-

estabilidade de todo o conjunto quer

Bom desempenho geral das suspen-

rotação baixa realidade que permite

do rodamos o punho e em estrada

em linha recta como em curva, sendo

sões não sendo demasiado firmes

que a Z H2 tenha um comportamen-

temos quase a mesma sensação de

no entanto algo exigente em termos

e permitindo uma utilização mais

to progressivo na entrega da sua po-

entrega de binário que sentimos

de a colocar em curva e alguma re-

abrangente da Z H2, realidade que

tência.

numa superbike eléctrica. Mas tal

sistência no encadeamento de cur-

se agradece numa moto Hyperdes-

A suavidade e a progressividade ob-

como as elétricas de alto rendimento

vas apertadas e muito seguidas em

portiva com estas características.

tida na curva de potência é conse-

consomem bateria num ápice tam-

percursos sinuosos de serra.

guida também através de um ajuste

bém a Z H2 mostra a sua sede por

Em termos de suspensões contamos

TRAVÕES, JANTES E PNEUS

preciso das válvulas de admissão e

combustível líquido, a obrigar-nos a

com forquilhas invertidas da Showa

A Kawasaki Z H2 conta com duplo

dos mapas de ignição que beneficiam

encostar mais vezes para abastecer.

SFF-BP, totalmente reguláveis e com

disco dianteiro de 320mm e pinças

de pistons forjados mais resistentes

excelente comportamento, demons-

radias Brembo M4.32 com 4 pistons,

e coletores de escape mais longos,

CICLÍSTICA QUADRO

trando um bom compromisso ten-

ao contrário da versão Sport Touring

sendo que a relação final da trans-

E SUSPENSÕES

do em conta o carácter desportivo

H2 SX que conta com pinças Brem-

missão foi também encurtada para

O quadro em trelissa de aço deriva

da moto mas também gerindo bem

bo Stylema e discos de 330mm. Na


KAWASAKI

Z H2

traseira encontramos um disco úni-

17” e monta pneus Pirelli nas dimen-

to de ajudas electrónicas completo

ainda controle de arranque, controle

co de 250mm em forma de pétala e

sões de 120/70-17 na dianteira e de

que inclui modos dois modos de po-

de cavalinho, cruise control, sistema

com pinça fixa de apenas 1 piston,

190/55-17 na traseira.

tência, full power e Low que reduz a

QuickShift bi-direcional com função

realidade que se mostrou algo justa

potência em 25% o que combinado

auto-blip, Cornering ABS da Kawa-

para quem está habituado a usar o

ELECTRÓNICA E AJUDAS

com os 3+1 off níveis possíveis de

saki que permite melhorar o contro-

pedal do travão traseiro.

À CONDUÇÃO

controle de tração permite diferen-

le da moto em curva, embraiagem

As jantes de liga são de 6 raios e de

A Kawasaki Z H2 inclui um conjun-

tes combinações. As ajudas incluem

assistida e deslizante, Sistema KIBS-

KTM 1290 Super Duke R 1.301 cc / 177 cv / 189 Kg / 19.943 €

MV Agusta 1000 Brutale RR 998 cc / 210 cv / 186 Kg / 29.990 €

AS CONCORRENTES

Aprilia Tuono V4 Factory 1.077 cc / 175 cv / 185 Kg / 19.500 €

-38- | MOTORCYCLE SPORTS |

Ducati Streetfighter V4 S 1.103 cc / 208 cv / 199 kg / 23.745€


TESTE EFETUADO COM

KAWASAKI Z H2 MOTORIZAÇÃO

Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Injecção

4 cilindros Sobrealimentado 998 cc 200 cv @ 11.000 rpm 137 Nm @ 8.500 rpm 4 cilindros paralelos DOHC 4 Válvulas / Cil. líquida 76 x 55 mm Elétrico 11.2:1 Electrónica

Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final

6 Velocidades Sincronizada Quickshift bi-direcional e Blipper Banho de óleo assistida e deslizante por corrente

Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção

Trelissa tubular em aço em aço tubular nd

Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira

Invertida Showa 41mm SFF-BP ajust 120 mm Amortecedor Showa regulável 134 mm

Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS

Duplo disco 320 mm Brembo :4.32 flutuante 4 pistons Disco de 250 mm fixa de 1 piston ABS e Cornering ABS

Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus

Jante liga 17" 120-70/17 Jante liga 17" 190-55/17 Pirelli

Modos de Motor Outros Controle de Tração

3 modos Sistema KIBS / Cruise Control 3 níveis + desligado

Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco

nd mm nd mm nd mm 1455 mm 830 mm nd mm 19 Litros 239 Kg nd Kg

TRANSMISSÃO

QUADRO

SUSPENSÕES

TRAVÕES

JANTES E PNEUS

AJUDAS ELECTRÓNICAS kawasaki Intelligent Anti-block Brake

de conectividade com smartphone

System de gestão e otimização de

através de bluetooth, utilizando a

travagem e indicador de de modo de

App Rideology e permitindo consul-

condução económica.

tar informação e pré-definir parâmetros que serão aplicados automatica-

EQUIPAMENTO

mente na moto.

A Z H2 conta com um painel TFT a cores inclui informação completa

A RODAR

e detalhada que inclui velocímetro

Com os 200 cv sobrealimentados

digital, indicador de mudança en-

de potência do motor da Z H2 as

grenada, conta quilómetros, Kms

sensações de condução podem ser

intermédios nível de combustível ,

levadas ao extremo. A falta de pro-

consumo instantâneo e acumulado,

teção aerodinâmica funciona como

temperatura exterior, relógio, indica-

limitador do nosso entusiasmo no

dor do IMU , indicador KIBS e indi-

entanto somos sempre desafiados a

cador de temperatura e pressão dos

explorar todo potencial que os téc-

pneus.

nicos da Kawasaki colocaram na sua

A Z H2 inclui ainda a possibilidade

hypernaked.

DIMENSÕES

CONSUMOS / EMISSÔES

Consumo Médio nd l / 100 Kms * Emissões CO2 148 g / Km * Informação de consumos de fábrica

CORES 2020 / PVP

Cores PVP Base s/ despesas de mat.

3 cores 18.390 €

Cores especiais Acessórios

18.790 € / 18.990 € várias opções

OPÇÕES

| MOTORCYCLE SPORTS | -39-


TESTE EFETUADO COM

punho com maior convicção para os despertar.

GOSTÁMOS

Em motos deste nível de desempe-

Suavidade na entrega de potência Subidas de regime Suspensões

nho e potência as ajudas electrónicas são fundamentais e absolutamente necessárias. No caso da Z H2 não existem modos personalizáveis pois a Kawasaki preferiu enquadrar o nível

A MELHORAR

das diferentes intervenções electróni-

Ergonomia ao nível dos joelhos Estética dianteira

cas directamente dentro dos vários modos de condução selecionáveis, limitando assim as combinações a aquelas

pré-definidas,

certamente

numa perspectiva de aumentar a segurança do condutor. Temos assistido a um crescimento da oferta neste segmento específico de mercado das Hypernaked, com a KTM, a Ducati, a MV Agusta, a Aprilia e também algumas japonesas a apostarem forte no segmento. A Kawasaki destaca-se obviamente pela sua motorização ser a única sobrealimentada e a contínua aposta em motores com esta tecnologia poderá vir a ser abraçada em breve por outras marcas. Os limites estabelecidos nas normas que definem valores de emissão máximos irão certamente condicionar a continuidade de alguns modelos e favorecer outros, obrigando as marcas a um constante investimento na maior eficiência dos seus motores. Vivemos tempos difíceis de adaptação que obrigam a indústria a reinventar-se constantemente e a proAs ajudas electrónicas e a suavida-

téticos que dificultam o abraçar da

das de mau piso, realidade que não

curar novas soluções, aumentando o

de com a potência é entregue na Z

moto com as pernas.

é muito normal em motos de cariz

ritmo de produção de novos mode-

H2 transmitem-nos uma sensação

Sentimos enorme estabilidade em

marcadamente desportivo e que op-

los, são por isso também tempos de

de controle constante mas as ace-

curva e uma recuperação à saída das

tam por uma maior rigidez das suas

expectativa e de grande renovação.

lerações e as rápidas subidas de

mesmas digna de uma qualquer Su-

suspensões.

regime são inebriantes. Por isso o

perbike, graças a uma maior entrega

estarmos bem encaixados na moto

de binário desde os baixos regimes e

CONCLUSÃO

PVP Edição standard 18.390€.

é fundamental, realidade para a qual

a uma transmissão final propositada-

Esta é uma moto para “profissio-

PVP Edição Especial 18.790.€

contribui o bom apoio que oferece o

mente mais curta.

nais” e para condutores experiente e

PVP Edição Premium 18.990€

assento na sua zona posterior. Senti-

O comportamento das suspensões,

não deve ser levada de ânimo leve.

Versão Z H2 Performance 2020 :

mos porém alguma falta de “encaixe

totalmente ajustáveis à frente e

Os 200 cv que debita o seu tetra-

Escape Akrapovic / écran racing /

“ ao nível dos joelhos realidade pro-

atrás, é digno de reparo sobretudo

cilíndrico sobrealimentado, apesar

tampa assento Standard 19.690€ /

vocada por algum excesso de largura

tendo em conta a boa capacidade de

de bem distribuídos e controláveis,

Edição Especial 20.090€ / Edição

do conjunto quadro/elementos es-

absorção de imperfeições em estra-

estão todos lá e basta um rodar de

Premium 20.220€

-40- | MOTORCYCLE SPORTS |

PREÇOS, CORES E OPÇÕES



MOBILIDADE

LAMBRETTA V125 SPECIAL

MOBILIDADE ANTI-VIRUS

A SCOOTER COMO ALTERNATIVA SAUDÁVEL DE TRANSPORTE

As scooters já eram antes um meio de excelência em termos de mobilidade urbana. Práticas, fáceis de conduzir, fáceis de estacionar, ágeis no meio do trânsito, rápidas a chegar a qualquer lugar na cidade e de consumos moderados. Eis que o contexto da pandemia que todos estamos a viver veio reforçar ainda mais a sua utilização.

-42- | MOTORCYCLE SPORTS |


TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias / Duzentos Participação de Margarida Salgado

E porquê ? porque os transportes

ção, a moto e em particular a scoo-

visões para o corrente ano podendo

nuir a densidade de tráfico urbano,

públicos são um dos meios de maior

ter surgem como meio alternativo,

superar aos resultados obtidos em

como contribuir para a diminuição

aglomeração de pessoas, que to-

acessível e seguro, para nos deslo-

2019, sobretudo no segmento das

de consumos e, consequentemente,

dos os dias se deslocam para o seu

carmos no dia a dia.

scooters 125.

também a diminuição de emissão de

trabalho e/ou afazeres e onde difi-

E se nos primeiros meses do ano

A ACAP tem levado a cabo precisa-

gases poluentes afirmando-se no

cilmente se consegue manter um

verificámos no sector das motos

mente uma campanha no sentido

contexto de pandemia que enfren-

distanciamento de segurança acon-

um

abrandamento

de promover a utilização da Moto

tamos, ser a tal alternativa segura

selhado e a higiene necessária nos

das suas vendas, pois os meses de

como forma alternativa e segura

aos transportes públicos.

meios de transporte utilizados.

confinamento fizeram abrandar o

de mobilidade. A Campanha “Vai

Num estudo recente realizado pelo

Se antes as duas rodas já eram uma

consumo e inevitavelmente a eco-

de Moto” reúne praticamente to-

RAC- Real Automovil Club de Es-

alternativa para quem se desloca

nomia, já no segundo semestre de

dos os fabricantes e representantes

paña, mais de 20% das pessoas que

nas grandes cidades, então nesta

2020, apesar de estarmos a viver

nacionais das marcas distribuídas

anteriormente utilizavam transpor-

nova realidade em que todos procu-

presentemente uma segunda vaga

no nosso mercado no sentido de

tes públicos estão a ponderar pas-

ramos alterar comportamentos para

pandémica, constatamos que os va-

impulsionar a venda de veículos de

sar a utilizar veículo próprio. Ora a

diminuirmos o risco de contamina-

lores globais se aproximam das pre-

duas rodas, de forma não só a dimi-

Scooter representa de facto essa

considerável

| MOTORCYCLE SPORTS | -43-


MOBILIDADE

-44- | MOTORCYCLE SPORTS |

LAMBRETTA V125 SPECIAL

alternativa já que por um investimen-

práticas, tem normalmente bastante

to moderado podemos encontrar a

espaço de arrumação, realidade que

solução ideal de mobilidade para os

nos permite transportar o que neces-

dias que correm.

sitamos para o nosso dia a dia e equi-

E de facto a legislação até favorece

pamento extra para o frio ou chuva,

essa realidade, já que com carta de

permite-nos também ao fim do dia

carro nos é permitido conduzir veí-

e antes de regressarmos a casa,

culos de duas rodas até 125cc. Face

passarmos a fazer algumas compras

a esta realidade as scooters têm uma

para o jantar, e talvez o mais impor-

vantagem real em termos de mobili-

tante em todo este contexto possa

dade urbana, pois são confortáveis e

ser de facto a sensação de liberdade


que nos transmite o andar de moto,

feminino, uma realidade que tem a

E se nós homens gostamos de mo-

durante alguns dias, vivermos essa

sobretudo reforçada pelo confina-

ver com uma nova forma de viver

tos, que para além do factor utilidade

experiência em directo, fazendo o

mento a que temos sido a obrigados,

as cidades e com um maior sentido

são também um dos nossos “passa-

nosso dia a dia em scooter.

quer por lei quer por imposição pró-

de liberdade e independência, pois a

tempos” preferidos, porque não en-

Rápidas a sair nos semáforos e ágeis

pria no sentido de nos protegermos

facilidade que as scooters oferecem

tão partilhá-lo a dois ? Ela na sua e

a manobrar no meio do trânsito cita-

a nós e aos nossos.

na sua condução, têm atraído ulti-

nós na nossa...

dino, a experiência com as Lambre-

Outro fenómeno que temos assis-

mamente muitos condutores femini-

Foi nesse contexto que desafiámos

ttas, nome que me recordo a minha

tido no nosso país e à imagem do

nos. Em termos estatísticos e a nível

dois concessionários da marca Lam-

avó dava a tudo o que tinha duas

que vemos nas outras capitais euro-

europeu as decisões de compra de

bretta, a Rame Moto e a U.dare, a

rodas e aventais desde os anos 40

peias, sobretudo as mediterrânicas,

motos por um público consumidor

cederem-nos duas unidades idên-

( eram todas “Lambrettas” ) tal foi o

é o aumento de condutores do sexo

feminino representam cerca de 15% .

ticas da Lambretta V125 Special e,

impacto que a marca teve quando

| MOTORCYCLE SPORTS | -45-


MOBILIDADE

LAMBRETTA V125 SPECIAL

surgiu no mercado no período pós II

norte-americanos, encomendou no

alternativo, com o motor da moto co-

Lambrettisti da altura.

Guerra Mundial.

pós-guerra ao engenheiro aeronáuti-

locado directamente na roda traseira

A primeira Lambretta foi lançada

A Itália durante a Guerra estava

co General Corradino d’Ascanio, um

e uma estrutura aberta na frente que

para o mercado no ano de 1947 e

inundada por umas scooters de cor

projecto de um veiculo simples que

permitia às senhoras passar a perna

contava com a opção de uma ssen-

verde fabricadas no Nebrasca, USA,

pudesse transportar duas pessoas e

para montar na moto de forma prá-

to traseiro para o passageiro ou um

e aerotransportadas para o cenário

que fosse fácil de conduzir, tanto por

tica. A roda dianteira provinha direc-

compartimento para carga. As Lam-

de guerra para servirem de trans-

homens como por mulheres, e que

tamente de um desenho semelhante

bretta mantiveram até hoje inspira-

porte às tropas norte-americanas.

tivesse proteção da sujidade e lamas

ao de um trem de aterragem de avião

ção nas suas linhas originais. A marca

Ferdinando Innocenti, industrial ita-

para os condutores.

permitindo mudar a roda com enor-

fechou as suas fábricas no final dos

liano, depois de ver a sua metalúr-

O General d’Ascanio, que odiava mo-

me facilidade. E o famoso “avental”

anos 60 e Innocenti, o seu mentor

gica destruída pelos bombardeiros

tos, concebeu um design totalmente

mantinha limpas as saias e calças dos

passou a construir pequenos carros

-46- | MOTORCYCLE SPORTS |


num contrato que celebrou com a

cial. As suas linhas são inspiradas nas

com a direção. O motor tem uma po-

) A altura do assento é de 800mm. O

British Leyland Motor Corporation,

originais mas na concepção do seu

tência máxima de 10.1 hp às 8.500

depósito de combustível tem a ca-

os famosos mini Innocenti.

chassi e construção foram necessá-

rpm e atinge uma velocidade máxima

pacidade de 6.2 Litros e tem um con-

As Lambretta actuais são produzidas

rios assumir alguns compromissos

de 95 Km/h ( comprovada ). A sus-

sumo de 2.8 l/100 Km. O seu PVP é

pela empresa austríaca KISKA, des-

relacionados com a configuração dos

pensão dianteira telescópica tem um

de 3.499 euros e existe uma Edição

de 2017, empresa responsável pelo

motores e do fornecedor do chassi (

comportamento aceitável mas em

Especial Pirelli. As cores disponíveis

design da KTM e da Husqvarna. Es-

a SYM ).

piso irregular demonstra alguma limi-

na V125 Special são Cinza Mate e

tão disponíveis 3 modelos, a versão

A Lambretta V125 Special está dis-

tação. As rodas são ambas de 12” de

laranja na versão de guarda-lamas

utilizada no teste que realizámos, a

ponível em duas versões, com guar-

110 na dianteira e de 120 na traseira

fixo e Vermelho, Branco, Azul Preto

V125 Special, e também outras duas

da-lamas dianteiro fixo e na versão

e os travões são de disco na dianteira

e castanho na versão de guarda-la-

versões, a V50 Special e a V200 Spe-

Flex, em que o guarda lamas roda

e tambor na traseira ( tal como a PCX

mas Flex.

| MOTORCYCLE SPORTS | -47-


PREPARAÇÃO

INDIAN FTR 1200 by ART ON WHEELS

A Art On Wheels é um conhecido preparador português com o seu Atelier na Beloura/ Sintra, liderado por Claudio Sousa . Após uma fase inicial da sua carreira profissional, em que transformava carros na sua empresa de então, a Modificar e tendo tido sempre vontade de desenvolver um projecto exclusivamente dedicado à transformação de motos, decidiu levar avante esse seu sonho tendo alguns anos depois associado-se a Luis Gomes, para então poder dar uma maior dimensão ao seu negócio.

TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias / Duzentos

-48- | MOTORCYCLE SPORTS |


As preparações são realizadas con-

tão, uma Indian FTR 1200, o mes-

siderando duas realidades, primeiro

mo foi solicitado por um cliente

aquelas que por iniciativa própria a

que anteriormente já tinha realiza-

Art on Wheels decide executar e

do um outro projecto com a AOW,

que são um exercício da sua exclu-

uma BMW R 80, e decidiu desta

siva criatividade, e as segundas que

vez propor a transformação da sua

são a projectos dos seus clientes,

Indian FTR, moto recentemente

quer partindo de uma ideia inicial

adquirida. Este novo projecto ini-

dos próprios, quer partindo de uma

ciou-se de uma forma muito sim-

folha totalmente em branco onde é

ples, referiu Claudio Sousa, o clien-

a própria Art on Wheels que apre-

te não gostava dos piscas originais

senta ao seu cliente uma proposta

e pediu para trocar por uns de me-

inicial. Normalmente essa proposta

nor dimensão. Depois, em conver-

inicial representa um ponto de par-

sa foram surgindo mais ideias e de

tida que vai evoluindo, fruto de um

repente já se estava a falar de um

processo criativo alinhado com o

projecto de maior dimensão que

cliente e em função de um budget

iria obrigar a uma intervenção mais

previamente acordado.

significativa.

Ao longo do desenvolvimento de

Não se pretendia alterar a ciclís-

qualquer projecto existe uma ideia

tica original e apenas melhorá-la,

inicial que pode quase sempre so-

razão pela qual cortes e alterações

frer alterações, algumas propostas

de chassi foram de imediato colo-

pelo cliente e outras sugeridas pela

cados de lado sendo que assim a

própria Art on Wheels, sendo que

possibilidade de regressar ao mo-

muitas vezes a própria AOW chega

delo original com todas as suas

a assumir o custo dessas mesmas

peças originais ficou desde logo

alterações de forma a que o seu

salvaguardada.

cunho esteja bem expresso no re-

No processo de transformação foi

sultado final.

considerada a inclusão de peças

Em relação ao projecto em ques-

homologadas a nível europeu para | MOTORCYCLE SPORTS | -49-


que numa possível futura inspeção

lidade, poder voltar ao seu formato

belíssima. Foram montadas jantes

a arte do conhecido soldador Bruno

não se venha a penalizar a mesma.

original representa à partida uma

raiadas da Kineo, um escape pro-

Lima, colaborador da Art on Wheels,

No entanto as eventuais regras re-

salvaguarda face a uma eventual le-

duzido artesanalmente pela Art on

revela um trabalho inigualável de

lativamente a uma nova legislação

gislação mais rígida que venha a ser

Wheels, em que todas as soldaduras

uma precisão cirúrgica em que o re-

em matéria de inspeção de motos é

implementada em Portugal.

são realizadas manualmente, com

sultado final contribui de forma defi-

desconhecida e não se sabe até que

A preparação teve como objectivo

um desenho previamente realizado

nitiva para a exclusividade de que se

ponto irão chegar as exigências. O

principal melhorar ainda mais a es-

a partir da sua forma original e in-

reveste esta preparação.

facto de a moto, com alguma faci-

tética original da FTR 1200 já de si

troduzindo alguma criatividade. Aqui

Outros elementos fizeram par-

-50- | MOTORCYCLE SPORTS |


te também desta personalização, como sejam os espelhos e os intermitentes de menor dimensão, a posição da matrícula, algumas peças decoradas com imitação de carbono, os poisa-pés são também maquinados, o assento alterado no seu desenho a partir do original e forrado com um material distinto e foi colocado um écran frontal para lhe dar alguma proteção aerodinâmica . A pintura e decoração da FTR 1200 foi também realizada pela Art On Wheels introduzindo elementos decorativos que tem a ver com o histórico pessoal do cliente. O processo criativo normalmente faz com que se desenvolva uma relação de amizade e confiança com cada cliente e o resultado final de cada preparação expressa quase sempre a intensidade com que ambos se entregaram em cada projecto. Na Art on Wheels cada cliente é sempre um amigo. Na cobertura desta preparação pela Motorcycle Sports convidámos a modelo Marina Oliveira, enorme entusiasta das motos Custom, actualmente colaboradora da Art On Wheels, a participar na sessão fotográfica, fotográfica sendo o resultado final aquele que podem Cilindrada: 1203cc Potência: 120 cv Binário: 115 Nm 2 cilindros V 4 válvulas DOHC Caixa de 6 velocidades Jante dianteira 19” Jante traseira 18” Inclui: ABS, Cruise Control, Luzes LED Altura assento: 805mm Depósito Combustivel: 13 litros Peso: 221 Kg

apreciar nas imagens que aqui publicamos, razão pela qual deixamos aqui também expresso o nosso agradecimento. A Indian FTR 1200 by Art On Wheels, de acordo com o comentado por Claudio Sousa, irá estar presente em várias exposições e iniciativas do preparador no sentido de mostrar o trabalho realizado e ilustrar a visão que a AOW tem nas preparações que executa. Mais trabalhos e preparações da Art on Wheels e de outros atelier nacionais irão passar a ter a nossa atenção e cobertura, pois é um universo paralelo nas duas rodas que desperta um enorme fascínio no sector e nos nossos leitores. | MOTORCYCLE SPORTS | -51-


BMW

R18

“NÃO É APENAS A MOTO, É TUDO O QUE A RODEIA”. Esta foi uma das frases usadas no lançamento desta magnífica BMW R18 para a descrever e de facto, não pode fazer mais sentido. Não existem cruisers perfeitas e neste segmento é o que se procura, muita alma e a moto é só o caminho para lá chegar. Daí surge de facto a divisão entre os “amantes” e aos mais tecnicistas sobre esta criação.

A moto esteticamente é lindíssima, com pormenores

filetes a branco que contornam o mesmo fazendo jus à

que se inspiram na R5 de 1936, com linhas contemporâ-

sua antecessora original dos 30.

neas e intemporais. É de destacar o depósito em forma

Nesta versão de lançamento do modelo, a First Edition,

de gota, as imponentes cabeças do motor “big boxer”, o

encontramos alguns elementos opcionais que vêm mon-

veio de transmissão à vista, como também o quadro a

tados de origem; a cobertura da forquilha, a sigla croma-

simular o ser uma Hardtail. Não posso também deixar de

da embutida no assento, os poisa-pés em plataforma, a

realçar a pintura do depósito, com o pormenor de dois

chave de ignição Keyless, o farol LED com Luz diurna,

-52- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

TEXTO: Margarida Salgado FOTOS: Pedro Messias / Duzentos

| MOTORCYCLE SPORTS | -53-


BMW

-54- | MOTORCYCLE SPORTS |

R18


TESTE EFETUADO COM

a fechadura no tampão do depósito, os punhos aquecidos, o Cruise Control, o alarme anti-roubo e a marcha-atrás eléctrica. De facto é digno de se perderem alguns minutos a contemplá-la e a namorá-la. Com os seus 345 Kg, e apesar do centro de gravidade baixo, sentimos nitidamente o seu peso quando a queremos manobrar parados. No entanto, à medida que a vamos conhecendo melhor vamo-nos apercebendo do seu ponto de equilíbrio e a ganhar confiança, pois a partir de aí é só uma questão de entendimento. O opcional da marcha atrás, no meu caso, tornou-se fundamental, mas tudo vai depender do hábito e da condição física de cada um. Vamos falar sobre ergonomia ergonomia da R18. Na minha opinião, toda a moto foi construída à volta do seu motor Big Boxer (o maior motor boxer construído até hoje). Sendo este o ponto de partida, podem surgir tecnicamente algumas limitações ou mesmo conflitos na construção desta moto. Ao sentar-me, apercebi-me de imediato do posicionamento dos joelhos a 90º, realidade que para muitos poderá tornar-se pouco confortável ao fim de alguns kms. A posição de ângulo recto das pernas é a posição de máximo alongamento/estiramento das estruturas do joelho, daí ser uma posição em esforço e não relaxada. Na frente dos nossos pés encontram-se as duas cabeças de motor e atrás o escape. A montagem de GOSTÁMOS • Estilo e estética • Acabamentos • Motor

plataformas para apoiar os pés tem como consequência a necessidade de passar as mudanças para cima com o calcanhar. Confesso que de início estranha-se, mas acredito que

A MELHORAR • Suspensão traseira • Preço versão base

tudo seja uma questão de hábito. Passando ao desempenho em movimento. No motor com os seus 1802 cc e 91cv, que inclui 3 modos de condução: Rain, Roll e Rock, e

BMW R18 MOTORIZAÇÃO

Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Injecção

2 Cilindros em linha 1802 cc 91 cv @ 4.750 rpm 158 Nm @ 3.000 rpm 2 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. ar e óleo 107,1x100 mm Elétrico 9,6 : 1 Electrónica

Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final

6 Velocidades Sincronizada monodisco a seco por Veio

Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção

Duplo berço em aço -

Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira

Forquilha Telescópica 120 mm Mono-amortecedor 90 mm

Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS

Duplo disco 300 mm fixa 4 pistons Disco de 300 mm fixa de 4 pistons ABS BMW

Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus

Jante raiada 3,5"x 19" 120-70/19 Jante raiada 5.0"x 16" 180-65/16 -

Modos de Motor ABS Controle de Tração

3 Modos Rain / Roll / Rock sim 2 níveis + desligado

Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco

2440 mm 964 mm 1126 mm 1630 mm 690 mm mm 16 Litros 345 Kg 330 Kg

TRANSMISSÃO

QUADRO

SUSPENSÕES

TRAVÕES

JANTES E PNEUS

AJUDAS ELECTRÓNICAS

DIMENSÕES

CONSUMOS / EMISSÔES

Consumo Médio 5.6 l / 100 Kms * * Informação de consumos de fábrica

CORES 2020 / PVP Cores PVP Base

Preto / Versão First Edition 23.626 €

Packs

várias opções

OPÇÕES

| MOTORCYCLE SPORTS | -55-


TESTE EFETUADO COM

controle de tração desligável (?) no-

A moto permite uma condução mui-

Tail” mais em sintonia com o carác-

da travagem, aqui a exuberante R18

támos alguma falta de resposta nos

to fluida, com transições de caixa

ter e dimensão do motor Big Boxer.

passa com distinção, permitindo in-

baixos regimes a rolar no modo Roll,

precisas e silenciosas. Uma realida-

Em estrada, nada a dizer relativa-

cutir um ritmo alto e a dosear a tra-

realidade que em modo Rock se

de que nos chamou especialmente

mente ao comportamento em cur-

vagem de forma a permitir uma boa

altera por completo e permite que

a atenção foi o facto de não sentir-

va, no entanto exige algum cuidado

gestão das entradas em curva.

o Big Boxer mostre a sua verdadei-

mos qualquer calor vindo do “motor

para não nos excedermos na inclina-

As suspensões têm um comporta-

ra“alma”. É um motor pouco “aper-

rei” mesmo em circulação urbana.

ção pois com alguma facilidade co-

mento excelente em bom piso no

tado”, isto para lhe tentar explicar o

Sentimos porém falta de maior ex-

meça cedo a mostrar os seus limites

entanto em estradas degradadas

porquê da suavidade que sentimos.

pressão sonora dos escapes “Fish

com o roçar das plataformas. A nível

o amortecimento traseiro é algo limitado ao que se acrescentarmos

AS CONCORRENTES

a pouca altura do assento faz com que sintamos na nossa coluna todas as imperfeições da estrada Vamos acabar a falar sobre a sua estética….e voltamos ao início da nossa conversa. Pensemos que a BMW R18 não é apenas uma moto mas sim o“veículo”que nos leva a

Harley Davidson Fat Boy 114 1868 cc / n.d. cv / 304 Kg / 24.500 €

-56- | MOTORCYCLE SPORTS |

Indian Vintage Dark Horse 1890 cc / n.d. cv / 339 Kg / 27.490 €

Triumph Rocket3 GT 2457 cc / 167 cv / 294 Kg / 22.800 €

experienciar mil e uma sensações…e a vivê-las com toda a tranquilidade.



ENTREVISTA

FRANCESCO BAGNAIA

O objetivo de vencer pela Pramac

antes da Ducati

Francesco Bagnaia cumpre a sua segunda temporada no Mundial de MotoGP. Como para muitos outros tem sido um ano de altos e baixos para o italiano, que já esteve no pódio, mas também já se lesionou e teve de falhar corridas. Tudo isto com a confirmação, pelo meio, da subida à equipa oficial da Ducati em 2021. Antes dos Grandes Prémios em Aragão, o Motorcycle Sports teve a oportunidade de entrevistar em exclusivo Francesco Bagnaia. Uma conversa em que foram

O primeiro pódio de Bagnaia, no GP de San Marino de 2020.

abordados os mais diversos aspetos sobre a presente época de MotoGP, as pretensões que o #63 tem até ao fim da temporada em que se despede da Pramac e também tocando um pouco no futuro. Motorcycle Sports (MS): Esta foi uma temporada de altos e baixos praticamente para todos. A ausência do Marc Márquez melhorou a competitividade geral do campeonato? Francesco Bagnaia (FB): ‘Acho que o campeonato deste ano é muito competitivo. O nível do campeonato é muito alto, muitos pilotos rápidos. Muitas pessoas dizem que este ano não é um verdadeiro campeonato sem o Márquez. Eu não acho, porque isto é MotoGP e estamos

bem com os pneus. Conseguia pilo-

Portimão. O que pensas da pista e

MS: Achas que a temporada está

aqui porque somos os pilotos mais

tar como queria e era muito rápido,

achas que pode ser uma boa pista

a definir uma nova era na classe,

rápidos do mundo, por isso com

como em Jerez, Misano e Barcelona.

para a Desmosedici?

com tantos jovens talentos como

ou sem Márquez este campeonato

Depois, nas últimas três corridas foi

FB: ‘Sim, estive em Portimão, uma

o Joan Mir, Fabio Quartararo ou

é muito interessante e penso que

muito difícil para nós gerir os pneus

pista de que gosto. Acho que a nos-

tu próprio a serem mais fortes e

é também muito divertido para os

devido à aderência traseira. Esta-

sa moto pode ser competitiva, mas

outros mais experientes como o

adeptos’.

mos com dificuldades por causa

neste momento não sei porque a

Cal Crutchlow ou o Andrea Dovi-

das condições de pista, porque por

situação pode mudar em pouco

zioso a não terem ainda lugar para

MS: Temos visto muitas críticas

exemplo em Jerez estava calor e

tempo. Nunca pilotei uma Desmo-

2021?

ao longo da época, de muitos pi-

agora está frio, e este é o problema

sedici em Portimão porque estive lá

FB: ‘Alguém chama a esta época

lotos, sobre os pneus. O que pen-

para mim. Todos os pilotos estão

com a Ducati Panigale V4S, mas de

do MotoGP de Moto 2.1 porque

sas deles?

agora muito próximos e todos os

certeza que faremos o nosso melhor

somos muitos pilotos jovens muito

FB: ‘No início da temporada eu fui

detalhes podem fazer a diferença’.

para sermos competitivos na última

rápidos e fizemos pódios. Acho que

o único piloto Ducati que se sentia

MS: Estiveste no teste da pista de

corrida do ano’.

isso é normal, mas também bonito.

-58- | MOTORCYCLE SPORTS |


ENTREVISTA: Simon Patterson

Este é o resultado do alto nível da categoria antes do MotoGP. Piloto com o Fabio, Joan, [Brad] Binder, Álex Rins e [Álex] Márquez desde que éramos crianças. Com o [Miguel] Oliveira lutei pelo Mundial [de Moto2] em 2018 e ganhei. Mas também gosto de poder estar no MotoGP com o Vale [Rossi], que é o meu ídolo desde que eu era criança. Lamento pelo Dovizioso e pelo Cal porque eles são muito rápidos e sei que eles podem dar muitos momentos maravilhosos ao nosso desporto. Desejo-lhes o melhor’. MS: O Toní Elias, Danilo Petrucci, Jack Miller e tu obtiveram segundos lugares com a Pramac no MotoGP. Acreditas que podes ser o primeiro a ganhar para esta equipa? FB: ‘Gostaria e estamos a trabalhar no duro para o fazer, este é o meu último ano com a equipa e gostaria de acabar a temporada com uma vitória para agradecer a esta equipa maravilhosa. Mas neste momento estamos focados em fazer o nosso melhor e veremos o que acontece’. MS: No ano passado falhaste os pontos em Aragão, mas ganhaste aqui em 2018. Sentes-te confiante de que podes lutar pelo topo nesta pista? FB: ‘Em Aragão a minha


ENTREVISTA

FRANCESCO BAGNAIA

sensação não é como em 2018

FB: ‘O meu estilo de pilotagem é fluí-

cial. Tenho a mesma moto do Dovi e

quando caí nas últimas seis voltas, por

quando fui segundo, nesse ano ga-

do. Trabalhei muito para adaptar o

do [Danilo] Petrucci, não há diferen-

isso provavelmente teria vencido. Em

nhei o Mundial e tudo era mais fácil

meu estilo à Desmosedici e penso que

ças entre nós. Só que estou na Pra-

Barcelona parti do 14.º lugar e acabei

para mim. Agora é um pouco diferen-

podemos estar felizes pelo trabalho

mac e eles estão na Ducati, mas o

em sexto. Agora temos alguns proble-

te, os mesmos pilotos, mas diferentes

feito num ano. O passo em frente é

resto é o mesmo’.

mas, mas seguramente também hou-

problemas, isto é o MotoGP e tudo é

muito grande e continuaremos neste

mais difícil, num segundo há 20 pilo-

caminho para sermos competitivos

MS: O teu problema este ano pa-

tos e todos eles podem ganhar a cor-

em todas as pistas e em todas as con-

rece ser a consistência. Quando

MS: Sobre os novos pilotos da Du-

rida. Mas neste momento não temos

dições’.

acabaste o teu pior resultado foi

cati, Jorge Martín e Enea Bastiani-

ve azar este ano’.

um sétimo lugar. O que te está a

ni?

grupo da frente, mas veremos. Se-

MS: No próximo ano estarás numa

faltar para teres mais pontos no

Achas que eles têm o que é preciso

guramente faremos o nosso melhor

moto de fábrica, semelhante à que

campeonato?

para pilotar a Desmosedici? E que

para estarmos na frente e resolve-

tens agora. Quais são as diferenças

FB: ‘Em Jerez era segundo quando

conselho gostarias de lhes dar?

remos os problemas que temos tido’.

entre a tua moto e as motos dos

o meu motor partiu, por isso não foi

FB: ‘Penso que o Enea e o Martín

pilotos oficiais? Tens novos com-

culpa minha. Falhei Brno e Áustria 1

são muito rápidos e merecem uma

MS: Como descreverias o teu es-

ponentes ao mesmo tempo, por

e 2 por causa da queda em Brno e fui

Ducati para 2021. Um conselho

tilo de pilotagem e como é que o

exemplo?

operado. Em Misano 1 fui segundo

para eles: sejam pacientes, traba-

mudaste para adaptá-lo à Ducati?

FB: ‘A minha moto é uma Ducati ofi-

e em Misano 2 estava em primeiro

lhem no duro e travem muito forte’.

o ritmo de corrida para estarmos no

-60- | MOTORCYCLE SPORTS |



WSBK

ESTORIL

Jonathan Rea

numa ronda de muitas despedidas

De 16 a 18 de outubro, os Mundiais Superbike regressaram a Portugal, desta feita no Autódromo Fernanda Pires da Silva (Estoril). Foi a ronda final da temporada, em que se iriam decidir os títulos do WSBK e do WSSP300, havendo apenas contas fechadas no WSSP. na época de estreia. Um pouco

ganho qualquer das corridas de

trangimentos ao calendário dos

mais animada estava a luta pelo

França na jornada anterior. Lucas

Mundiais Superbike. Sete das ron-

terceiro lugar: o britânico seguia

Mahias (Kawasaki Puccetti Racing)

das inicialmente programadas não

apenas com mais 19 pontos do

também já estava garantido na se-

puderam ser disputadas, mas Por-

que Michael van der Mark (Pata

gunda posição. O seu colega Phi-

tugal não só manteve o seu lugar,

Yamaha).

lipp Öttl ainda visava ultrapassar

como teve direito a dupla visita: a

Este era um traçado novo para a

o terceiro classificado Jules Cluzel

segunda no Estoril, assistindo ao

grande maioria dos pilotos, pelo

(GMT94 Yamaha).

término de uma época muito atí-

que tinham a tarefa adicional de

No WSSP300, a luta pelo título

pica.

adaptação e estudo. No WSBK,

estava em aberto. Jeffrey Buis li-

No WSBK, a questão era essen-

destaque para Sheridan Morais,

derava, mas com apenas mais 28

cialmente matemática: Jonathan

com o luso-sul-africano a ser a

pontos do que Scott Deroue. Os

Rea (Kawasaki) liderava com mais

aposta da Orelac VerdNatura para

homens da MTM Kawasaki Moto-

59 pontos do que Scott Redding

o lugar do lesionado Maximilian

port eram os únicos com hipóteses

(Aruba.it Ducati), vantagem que o

Scheib.

matemáticas de chegarem ao títu-

deixava muito tranquilo e sem pre-

Quanto ao WSSP, Andrea Locatel-

lo. A colorir o pelotão com a ban-

cisar de arriscar. Já Redding estava

li (BARDAHL Evan Bros./Yamaha)

deira portuguesa estavam Pedro

com uma vantagem semelhante

selara já o título, procurando ape-

Fragoso (Machado Came SBK), To-

sobre o colega Chaz Davies e esta-

nas aumentar o seu registo vito-

más Alonso (Kawasaki Rame Moto

va a caminho de ser vice-campeão

rioso no Estoril depois de não ter

Racing Team) e o estreante abso-

www.photoPSP.com

A pandemia criou diversos cons-

-62- | MOTORCYCLE SPORTS |

Graeme Brown/GeeBee Images

campeão

Jonathan Rea campeão na penúltima corrida principal do ano.

Os campeões de 2020: Locatelli/WSSP (esq.), Rea/WSBK (centro) e Buis/WSSP300 (dir.).


TEXTO: Bernardo Matias

luto Miguel Santiago (Yamaha MS

saki) assinou o melhor tempo em

rar) e Santiago 23.º. Os FP3 foram

WSSP300, SUPERPOLE E LAST

Racing).

1m52,146s para bater Bruno Ieraci

os mais rápidos de ambos os gru-

CHANCE RACE: KALININ

(Kawasaki GP Project) por 0,084s.

pos. Ieraci assinou o melhor tempo

RUBRICOU POLE POSITION;

WSSP300, TREINOS LIVRES:

Alonso assinou o 17.º tempo mes-

de todos, ficando 0,366s na frente

LUSOS FORA DAS CORRIDAS

IERACI MAIS FORTE

mo na frente de Santiago depois

de Pérez no grupo A. No somatório

No início da tarde de sábado (17

O Mundial de Supersport 300 mar-

de ter chegado a comandar, en-

de ambos os grupos, Kevin Saba-

de outubro) disputou-se a última

cou o começo da ação em pista no

quanto Fragoso foi 21.º.

tucci (Kawasaki GP Project), mais

sessão de superpole da época do

Estoril, com a primeira sessão de

Ieraci liderou o FP2 do grupo A e

rápido do grupo B, foi segundo a

WSSP300, no Estoril. Foram vários

treinos livres dividida nos habituais

no combinado, 0,092s na frente

0,211s de Ieraci. Alonso acabou os

os homens a passar pela liderança,

grupos A e B. Os mais rápidos es-

de Mika Pérez (Prodina Ircos Team/

treinos em 39.º, Fragoso em 42.º e

com trocas constantes durante os

tiveram no grupo A, onde perto do

Kawasaki). Dos lusos, o melhor do

Santiago em 44.º depois de ser o

primeiros 13 minutos. Kalinin aca-

fim da sessão Nick Kalinin (Battley-

FP2 foi Alonso em 18.º, sendo Fra-

único luso a não progredir sábado

bou por ser mais rápido do que

-RT Motorsports by SKM-Kawa-

goso 21.º (único dos três a melho-

de manhã.

todos rubricando a pole position | MOTORCYCLE SPORTS | -63-


WSBK

ESTORIL

0,054s na frente de Pérez. Ieraci

Já com campeão conhecido, a épo-

foi terceiro após ser mais veloz nos

ca do WSSP300 chegou ao fim com

treinos. Dos protagonistas da luta

a segunda corrida do Estoril. Depois

pelo título, Deroue foi o melhor

de uma interrupção com bandeira

em 18.º logo na frente do líder do

vermelha, a prova teria Meuffels e

campeonato, Buis.

Samuel di Sora (Leader Team Flem-

Seguiu-se a corrida Last Chance,

bo/Kawasaki) em destaque. Os dois

em que os pilotos não apurados

distanciaram-se do restante pelotão

para a qualificação perseguiam

para batalharem entre ambos pelo

as seis últimas vagas nas corridas

triunfo. Meuffels levou a melhor no

principais: entre eles os três portu-

encerramento de uma temporada

gueses. Porém, a sorte não esteve

favorável para as cores holandesas,

do lado de nenhum deles. A vitó-

batendo di Sora por 0,219s. Pérez

ria na prova foi de Thomas Brian-

teve de suar para conservar o ter-

ti (Prodina Ircos Team/Kawasaki),

ceiro posto à frente de Bahattin

que liderou boa parte da corrida

Sofuoglu (Biblion Motoxracing Ya-

e no fim impôs-se perante Blin

maha), com Kawakami a levar as co-

(Biblion Motoxracing Yamaha) por

res do Brasil ao quinto posto. Buis,

0,162s. Marco Gaggi (Machado

já consagrado campeão, foi 18.º.

Came SBK/Yamaha), Oscar Núñez

O campeonato terminou com Buis

Roldán (Scuderia Maranga Racing/

como campeão com mais 34 pon-

Kawasaki), Alessandro Zanca (GP

tos do que Deroue, sendo Sofuoglu

Project/Kawasaki) e Sylvain Mar-

terceiro a 78 pontos.

karian (Yamaha MS Racing) também consumaram o apuramento.

WSSP, TREINOS LIVRES: ÖTTL

Santiago foi sétimo e falhou o

CHEGOU À FRENTE NO FP3

objetivo por apenas 2,832s, com

Com as contas da frente já decidi-

Fragoso em oitavo. Alonso não

das, o WSSP teve um FP1 no Esto-

evitou o abandono na terceira das

ril muito útil para os pilotos conhe-

dez voltas.

cerem uma pista nova para muitos. O melhor tempo foi da autoria

WSSP300, CORRIDAS:

de Lucas Mahias, com o francês

JEFFREY BUIS CONSAGRADO

da Kawasaki Puccetti a rodar em

COMO CAMPEÃO

1m41,193s antes de sofrer uma

Ainda no sábado, 17 de outubro,

pequena queda. Isaac Viñales (Kal-

houve a primeira corrida. Foi uma

lio Racing/Yamaha), que também

prova que consagraria o campeão

liderara, ficou a 0,054s, com Raf-

antecipadamente e foi intensa. Um

faele de Rosa em terceiro a bordo

quarteto escapou na frente, com-

da MV Agusta. A segunda sessão

posto por Pérez, Koen Meuffels

acabou por ser mais rápida no dia

(MTM Kawasaki Motoport), Boo-

inaugural. Impôs-se de Rosa, que

th-Amos e Ieraci. Destes, os três

com as cores da MV Agusta não

primeiros destacaram-se de Ieraci

mais cedeu. Hannes Soomer (Kal-

na reta final, com uma luta ao pho-

lio Racing/Yamaha) ficou a 0,052s,

to-finish: Pérez triunfou 0,013s na

sendo Mahias terceiro a 0,118s.

frente de Meuffels, com Booth-A-

No sábado de manhã, os pilotos

mos logo a seguir a 0,055s. Buis

ultimaram as suas preparações no

recuperou até sexto, suficiente para

FP3. Foi uma sessão com muitos

celebrar desde logo o título já que o

homens a passarem pela lideran-

rival Deroue quedou-se em oitavo.

ça ao longo dos seus 20 minutos,

-64- | MOTORCYCLE SPORTS |

Locatelli e Mahias acabaram trajetória no WSSP com triunfos.


@photopsp_lukasz_swiderek

| MOTORCYCLE SPORTS | -65-


ESTORIL Graeme Brown/GeeBee Images

WSBK

Jeffrey Buis sagrouse campeão do WSSP300 no Estoril.

mas quem imperou foi Philipp Öttl

position, Locatelli reagiu e alcan-

em segundo a 1,591s, batendo

Odendaal acabou em quarto na

(Kawasaki Puccetti), com a melhor

çou o objetivo deixando Mahias a

Soomer na animada disputa pelo

frente de Öttl, que à entrada da

volta do fim de semana até então:

0,146s. Öttl obteve o terceiro pos-

terceiro posto. Viñales e Steven

última volta era o líder.

1m40,230s. Superou Soomer por

to à partida, com de Rosa em quar-

Odendaal (EAB Ten Kate/Yamaha)

Nas contas finais do campeonato,

0,311s. Estes foram também os

to e o surpreendente Danny Webb

completaram o top cinco.

Locatelli ficou em primeiro com

melhores registos dos treinos li-

(WRP Wepol Racing/Yamaha) a fe-

No dia 18 de outubro, deu-se por

mais 104 pontos do que Mahias.

vres, com de Rosa em quarto do

char o top cinco.

encerrado o WSSP, edição 2020.

Öttl conseguiu acabar em terceiro,

combinado graças à sua marca no FP2.

Foram 18 últimas voltas intensas

superando Cluzel por dois pontos.

WSSP, CORRIDAS:

e dramáticas, apesar de as contas

Odendaal segurou o quinto posto um ponto à frente de De Rosa.

LOCATELLI E MAHIAS

já estarem encerradas de ante-

WSSP, SUPERPOLE: LOCATELLI

DESPEDIRAM-SE COM

mão. Mahias assumiu a liderança

ARREBATOU A POLE POSITION

TRIUNFOS

na primeira volta e aparentou ter

WSBK, TREINOS LIVRES:

O início da Superpole do WSSP no

A corrida começou com de Rosa

argumentos para se escapar, mas

DOMÍNIO ABSOLUTO DE

Estoril ficou marcado pela queda

a assumir o comando na primeira

os rivais conseguiram-no apanhar

REDDING

de Soomer, que teve a sua ses-

volta, relegando Locatelli a segun-

e perdeu mesmo a liderança para

A primeira sessão do Mundial de

são comprometida. Nos primeiros

do. O italiano recuperou logo na

Öttl na quinta volta. Reagiu e recu-

Superbike no Estoril teve um só

minutos, passaram pela dianteira

segunda volta e na terceira um in-

perou logo na volta seguinte, antes

sentido: o de Scott Redding. Sylvain

pilotos como Jules Cluzel (GMT94

cidente de Peter Sebestyen (OXXO

de De Rosa passar para o topo na

Barrier (Brixx Performance/Ducati)

Yamaha), Mahias e Öttl, antes de

Yamaha Team Toth) obrigou a inter-

volta sete. A prova estava frené-

ainda foi o primeiro a completar

Andreea Locatelli (BARDAHL Evan

romper a prova para limpar a gravi-

tica, com constantes mudanças

uma volta lançada, mas daí em

Bros./Yamaha) assumir o contro-

lha da pista. No reatar, de Rosa e

de líder e Locatelli a aproximar-se

diante só o homem da Aruba.it Du-

lo. Posteriormente foi superado

Mahias colidiram um com o outro

do trio da frente. Tudo se decidiu

cati liderou. Garantiu em definitivo

por de Rosa, que ao fim de cerca

na curva dois do Estoril e aban-

na última volta, quando Mahias

o primeiro lugar nos derradeiros

de cinco minutos não foi capaz

donaram. Daí em diante, Locatelli

passou em definitivo para o topo.

minutos rodando em 1m37,181s.

de suster a melhoria de Mahias.

não teve mais rivais à altura e ven-

Locatelli acabou em segundo a

Quem ficou mais próximo foi Gar-

Determinado em ficar com a pole

ceu tranquilamente. Öttl concluiu

0,886s, sendo de Rosa terceiro.

ret Gerloff (GRT Yamaha) a 0,438s,

-66- | MOTORCYCLE SPORTS |


ao passo que Loris Baz (Ten Kate

Diversos pilotos haviam de melho-

bandeira vermelha. Vários pilotos

tarde teve a primeira corrida do

Yamaha) e o duo da Pata Yamaha

rar no sábado de manhã no FP3,

caíram, entre eles Redding, Rea e

WSBK. Arrancando da pole posi-

Toprak Razgatlioglu e Michael van

que mais uma vez foi liderado por

Barrier que foi até encaminhado ao

tion, Razgatlioglu não desperdiçou

der Mark fecharam o top cinco. Em

Redding. O #45 assumiu a dian-

centro médico do circuito. Na luta

a chance de ficar na frente. Mais

21.º colocou-se o luso-sul-africa-

teira ainda nos primeiros cinco

pela pole poisition, Razgatlioglu

atrás, Redding conseguiu ganhar

no Sheridan Morais (Orelac Racing

minutos para nunca mais a largar,

acabou por superar Leon Haslam

seis lugares e Rea oito, com ambos

VerdNatura/Kawasaki).

acabando 0,102s na frente de Raz-

(Team HRC) nos instantes finais, ao

a terem alinhado de uma zona re-

O segundo treino livre voltou a ser

gatlioglu. Rea foi terceiro a 0,216s,

ser 0,702s mais rápido. Gerloff foi

cuada na grelha de partida. Gerloff

liderado por Redding, mas não com

com van der Mark e Gerloff nas

quarto, com Chaz Davies (Aruba.it

rodou inicialmente em segundo,

a supremacia demonstrada na pri-

posições subsequentes a quatro

Ducati) em quarto e Michael Ru-

mas com duas voltas cumpridas foi

meira sessão. Baz foi líder duran-

décimas. No top cinco combinado,

ben Rinaldi (Team GoEleven/Du-

ultrapassado por Rea, que assim

te grande parte do FP2 depois de

apenas Baz, em quarto, não fez a

cati) em quinto. Rea não foi além

chegava ao top três.

uma entrada forte, estando vários

sua melhor marca no FP3. Apesar

de 15.º e Redding nem chegou a

Na frente, Razgatlioglu não deu

minutos no topo antes de ser ba-

de melhorar, Morais quedou-se em

fazer um tempo depois da queda

quaisquer chances aos rivais, esca-

tido por Razgatlioglu. Este não se

21.º dos treinos livres.

ficando relegado ao fundo da gre-

pando-se do restante pelotão. En-

lha de partida. Envergando a ban-

tretanto, Redding abandonou com

aguentou muito tempo na dianteira, com Redding a ser 0,089s mais

WSBK, SUPERPOLE:

deira portuguesa, Morais assinou o

problemas na sua Ducati, o que

veloz. Até ao fim, o britânico não

RAZGATLIOGLU NA POLE

18.º tempo.

entregou desde logo o título a Rea.

viria a ser ultrapassado, para lide-

POSITION APÓS SESSÃO

rar o treino. Baz foi terceiro, Jona-

ATÍPICA

WSBK, CORRIDAS 1:

para Gerloff, quando, entretanto,

than Rea (Kawasaki) quarto e Alex

A Superpole do WSBK no Estoril

JONATHAN REA

já fora superado por Chaz Davies

Lowes (Kawasaki) quinto. Morais

teve contornos pouco habituais,

CONSAGROU-SE CAMPEÃO

(Aruba.it Ducati). Nas últimas cin-

concluiu em 21.º.

sendo até interrompida por uma

Como habitualmente, o sábado à

co voltas, nada mais se alterou

Matteo Cavadini/Alex Photo

Este viria a perder de novo o lugar

Despedida vitoriosa de Davies da Aruba.it Ducati.

| MOTORCYCLE SPORTS | -67-


ESTORIL

www.photoPSP.com

WSBK

Kawasaki e Rea comemoraram títulos no Estoril.

nas posições cimeiras. Razgatlio-

2,940s. Assim, estava definida a

tou a ultrapassagem na curva três.

Uma vez conquistado o título, Rea

glu venceu com 3,039s de avan-

primeira linha da grelha da segun-

O britânico conseguiu seguir em

assumiu ao site oficial do WSBK

ço sobre Davies, com Gerloff em

da corrida principal. Seguiram-se

frente, mas longe da frente.

que em 2020 tudo foi mais com-

terceiro a estrear-se no pódio. Rea

Davies, Rea e Redding. Ao cair

Quem aproveitou foi Redding, que

plicado, com a competitividade a

foi quarto e Haslam quinto. Mais

ainda na primeira volta, Lowes

passou para a frente de Razgatlio-

crescer no pelotão: ‘A Ducati é mais

abaixo, Morais concluiu em 16.º,

acabou por se ver relegado ao

glu. O #45 foi o principal perse-

forte este ano, a Yamaha é mais for-

ficando a 8,169s do último ponto.

fundo da grelha. Morais concluiu

guidor de Davies ao longo de boa

te, a Honda saiu-se bem e agora há

em 19.º.

parte da corrida, mas não chegou

vários pilotos bons. […]. Este ano as

a estar em posição de atacar o

outras equipas e pilotos estão ago-

WSBK, CORRIDA SUPERPOLE: YAMAHA SUPERIORES COM

WSBK, CORRIDA 2:

colega de equipa. Davies venceu

ra a perceber como fazer isso e são

RAZGATLIOGLU NO TOPO

DAVIES DISSE 'ADEUS' À

com 1,951s de Redding para se

mais consistentes. O WSBK é agora

O derradeiro dia da temporada

DUCATI A TRIUNFAR

despedir da Aruba.it Ducati lide-

muito competitivo e todos os outros

do WSBK colocou os pilotos pela

Na tarde de domingo, dia 18 de

rando uma dobradinha da equipa.

são agora mais consistentes ao lon-

frente pela segunda vez no fim de

outubro, aconteceu a segunda

Razgatlioglu concluiu em terceiro

go de uma temporada’.

semana com a corrida Superpole.

corrida do Estoril, última da tem-

a 2,556s. Van der Mark não foi

O WSBK terminou com Rea como

Razgatlioglu partiu da pole posi-

porada do WBSBK. A pole posi-

além de quarto na última corrida

campeão. Ficou 55 pontos à frente

tion e destacou-se rapidamente

tion era de Razgatlioglu, que só se

com a Pata Yamaha. Álvaro Bautis-

do rookie Redding, sendo Davies

na frente. Gerloff foi o seu prin-

manteve na frente até ser ultra-

ta encerrou a sua primeira época

terceiro na sua derradeira época

cipal perseguidor e cortou a meta

passado por Davies na volta dois.

ao lado da Team HRC em quin-

com as cores da Aruba.it Ducati.

em segundo a 1,928s. Numa cor-

O turco passou então a disputar

to lugar da prova lusa. Quanto a

Razgatlioglu foi quarto e van der

rida dominada pelas Yamaha, van

o segundo posto com Rea e os

Morais, fechou a participação em

Mark terminou a sua aventura na

der Mark completou o top três a

dois tocaram-se quando Rea ten-

18.º.

Pata Yamaha com o quinto lugar.

-68- | MOTORCYCLE SPORTS |



ENTREVISTA

POL ESPARGARÓ

‘Pensávamos que isto

era impossível’ O Motorcycle Sports entrevistou em exclusivo Pol Espargaró antes do GP de Aragão de MotoGP. O piloto da

Polarity Photo

Um dos homens em destaque nesta temporada de MotoGP é Pol Espargaró. Aproveitando os progressos da KTM, para os quais contribuiu significativamente, o piloto tem estado mais regularmente na luta pelos lugares cimeiros, estando ainda a falhar-lhe a primeira vitória pelo construtor de Mattighoffen.

Red Bull KTM cumpre a sua última época ao serviço da equipa, num ano em que já passou por bons e maus momentos e no qual não tem sido fácil para ninguém ser constante. A trajetória da KTM, a presente temporada e também o futuro foram temas abordados nesta entrevista que fizemos a Pol Espargaró e que pode ler nas próximas páginas. Motorcycle Sports (MS): Esta tem sido uma época de altos e baixos praticamente para todos. O Marc Márquez não está presente. Achas que a ausência dele melhorou a competição deste campeonato? Pol Espargaró (PE): ‘Bem, não sabemos o que o Marc estaria a fazer esta temporada. Decerto que estaria a lutar pelo título, mas é difícil saber onde ele poderia estar com estas mudanças

MS: Muitos pilotos, ou quase todos

frio. Em Valência vai ser muito seme-

loto a experimentar a RC16. Se al-

de pneus, este campeonato de altos e

os pilotos, se queixaram sobre os

lhante, em Misano também enfrentá-

guém te dissesse no pódio em 2018

baixos. Mas seguramente o Marc seria

pneus. O que pensas das escolhas

mos condições semelhantes, em Bar-

e a lutar por vitórias este ano, o que

forte como sempre. Mas decerto que

da Michelin?

celona esteve muito frio. É sempre um

lhe dirias?

com o Marc fora das corridas sinto que

PE: ‘É muito difícil, porque a Michelin

compromisso entre pneus e condições

PE: ‘Que seriam loucos, que seriam

vários pilotos sentiram que sem o Marc

está a tentar, mas as condições deste

de pistas. E as condições de pista este

mesmo loucos. A sede na Áustria sem-

talvez fosse possível ganhar o título. E

ano são muito diferentes. Especial-

ano foram bastante diferentes de ou-

pre pensou que seríamos capazes de

isto também faz muitos pilotos come-

mente porque o momento em que

tros anos. Por vezes colocamos a culpa

fazer o que estamos a fazer depois de

terem erros e cair nas corridas. Acho

vamos às corridas é muito diferente;

nos pneus porque são difíceis de en-

três anos e meio, mas dentro da fábri-

que o Marc, ao estar de fora, traz al-

é difícil saber que tempo vai haver nos

tender, mas as condições também não

ca pensávamos que isso era impossí-

guma confiança a muitos pilotos, mas

sítios a que vamos porque é a primeira

os estão a ajudar a trabalhar e a esco-

vel. Mas quando começas a lutar por

estes pilotos também cometem muitos

vez que estamos a competir lá - por

lherem o pneu correto a cada fim de

algumas vitórias e por pódios vês que

erros e caem muito com o excesso de

exemplo, aqui em Aragão normalmen-

semana porque este ano as condições

os outros não são extraterrestres e vês

confiança. No fim, seguramente tudo

te não é tão ventoso, mas é bastante

são bastante diferentes’.

que não há heróis aqui no campeona-

está mais competitivo sem o Marc e

quente. Mas agora está muito frio e

tudo está mais renhido’.

ventoso, e o vento também é muito

-70- | MOTORCYCLE SPORTS |

to. Todos os que trabalham no duro MS: Em 2016 foste o primeiro pi-

e com a moto adequada faz o que o


ENTREVISTA: Simon Patterson

piloto ou o construtor quiser. Acho que

a lutar até ao fim com o Jack [Miller]

Mas seguramente que para o quarto,

fazer lá? Não tenho ideia... Seguramen-

a maior mudança depois das primeiras

não foi possível outra vez. Acho que es-

quinto, sexto lugares, todos estamos

te temos o Miguel [Oliveira], que vai lá

corridas foi o acreditar. Começámos a

tivemos muito perto várias vezes, mas

muito semelhantes. Em resultados há

ter uma prestação muito boa porque

acreditar que estávamos no mesmo

nunca alcançando essa vitória. Uma

muitos altos e baixos, mas em rendi-

tem pilotado muito em Portimão e co-

nível dos outros construtores e isso

vitória é seguramente importante, mas

mento em corrida não estamos muito

nhece a pista melhor do que ninguém.

traz-nos muitos bons resultados. Ain-

também é importante aquela pole po-

longe desses pilotos. Vai ser questão de

Felizmente temo-lo na equipa, por isso

da temos esta sensação de podermos

sition e os três pódios deste ano. Não

não cometer erros e fazer o máximo

para nós será muito importante seguir

alcançar resultados muito bons no fim

havia forma de conseguirmos estar

aos domingos, mas creio mesmo que

as trajetórias dele no início e os dados

do ano se não existirem mais erros. É

no pódio e depois desses três pódios

temos chances de terminar no top cin-

dele. Além disso, tudo começamos do

uma sensação incrível lutar pelo que

estamos muito felizes. Mas claro que

co. Mas quem está do quinto até ao

zero, todos os construtores. Testámos

estamos a lutar agora’.

gostaria de ganhar antes do fim da

11.º no campeonato neste momento

lá com o Dani [Pedrosa], como outras

temporada, embora pense que vá ser

pode acabar nessa posição, pelo que

equipas com o [Michele] Pirro, [Sylvain]

muito difícil’.

vamos ter de lutar por isso’.

Guintoli e a Aprilia com o meu irmão

MS: Quais pensas serem as melhores características da moto da

[Aleix Espargaró]. Todos começamos

KTM?

MS: A última vez que tiveste três

MS: Estiveste em Portimão a expe-

do zero, não sabemos ao certo, mas

PE: ‘Penso que desde a primeira vez

pódios foi em 2013 e ganhaste o

rimentar a pista. O que pensas da

felizmente temos o Miguel que tem in-

que experimentei a KTM os arranques

campeonato no Moto2. Onde pen-

pista e o que pensas que a KTM

formação muito clara, conhece muito

eram bastante bons, não precisámos

sas que podes acabar neste cam-

pode fazer especificamente nessa

bem a pista e vai ter uma boa presta-

de tocar em nada, não sei porquê -

peonato, na tua última época com

pista?

ção desde o primeiro treino livre, segu-

bem, sei, porque quem está a fazer a

a KTM?

PE: ‘Gosto mesmo da pista, é um local

ramente’.

embraiagem é japonês e é bastante

PE: ‘Matematicamente ainda pode-

diferente de outros locais e isto é algo

bom a fazer isso e os nossos arranques

mos ganhar o título [risos]. Mas é só

importante quando enfrentas uma

MS: Vai ser o Miguel e 20 pilotos...

sempre foram incríveis. Depois, seja por

uma brincadeira, isso é praticamente

nova pista. Decerto que precisamos

(risos)

que motivo for, a nossa moto tem um

impossível porque os pilotos que estão

de ser rápidos, precisamos de dar um

PE: ‘(Risos) Se fosse assim seria bom,

rendimento muito bom em travagem -

na frente são bastante competitivos,

espetáculo, mas divertir-nos também é

porque temos os dados dele para veri-

travando a direito, mas especialmente

com motos muito competitivas, e en-

importante. E tenho a certeza que nos

ficar e melhorar’.

ao entrar na curva com algum ângulo.

frentaremos algumas corridas em que

vamos divertir muito porque é ao sobe

A nossa moto enfrenta esta parte com

eles são mesmo fortes. Aquele top três

e desce, muito complicada, muito exi-

MS: Achas que esta temporada

um rendimento forte, boa estabilidade,

é quase impossível, embora o possa-

gente para o piloto que é muito bom.

está a definir uma nova era para

a moto consegue aguentar uma trava-

mos matematicamente conquistar.

O que é que a KTM vai ser capaz de

esta classe? Porque temos jovens

na curva. Normalmente gosto de pilotar assim e esta moto adequa-se muito bem a mim nessa área’.

Polarity Photo

gem muito tardia entrando muito tarde

MS: Foste o primeiro a dar um pódio à KTM e o primeiro a obter uma pole position para a KTM. O que te está a faltar para conseguir aquela vitória? PE: ‘Bem, penso que tivemos a hipótese este ano. Na República Checa, mas infelizmente não consegui acabar a corrida e as hipóteses de lutar pela vitória com o meu colega de equipa, Brad [Binder] eram grandes. Na primeira corrida da Áustria também, mas depois houve a bandeira vermelha. E depois na segunda corrida da Áustria

Miguel Oliveira chegará a Portimão bem treinado, considera Espargaró.


ENTREVISTA

POL ESPARGARÓ

talentos como o Joan Mir, o Fabio

que chegam como o Miguel ou o Brad

molhado em Le Mans - apenas o FP1.

melhorar a moto; mesmo se não foi útil

Quartararo, até o Brad Binder. Pen-

e o quão difícil é batê-los. Seguramente

Mas ele fê-lo, a moto rendeu bem, mas

para ele, ele disse-nos os pontos fracos

sas que esta é uma nova era desta

no próximo ano chegarão mais deles.

o piloto também fez um trabalho mui-

da moto e isto também nos ajudou.

classe?

Veremos’.

to bem. Tenho a certeza que o nível da

Este é um trabalho de equipa e penso

moto não é mau, mas tens de juntar

que a KTM esteve muito bem ao criar

PE: ‘Todos os anos entram jovens pilotos na categoria e elevam o nível da

MS: Falaste do Marini. Pareces sa-

tudo para fazer os resultados. Neste

esta construção de equipa desde a fá-

categoria. Aconteceu no passado com

ber alguma coisa...

momento parece que o Marc é o único

brica, com a equipa satélite e também

o Fabio. Seguramente na minha era

PE: ‘(Risos) Estou a falar do que a im-

capaz de o fazer. É por isso que estou

com a equipa de testes. Juntos cons-

com o [Marc] Márquez, comigo, pilotos

prensa diz neste momento. Acho que

interessado em experimentar a moto

truímos uma boa moto. Seguramente

como o [Andrea] Iannone, o Johann

ele está muito bem na equipa, mas

para ver o que ele está a fazer diferen-

o Dani, mas também o Miguel e agora

[Zarco], estes pilotos que chegaram na

ainda não é nada oficial. E tenho um

te dos outros e o que eu sou capaz de

o Iker [Lecuona], ou o Brad, eu. Todos

mesma altura do que eu. Agora o Brad

bom relacionamento com o Tito Rabat,

fazer’.

fazem parte deste projeto e é o que é

está a chegar muito forte, com o Fabio

por isso quero que ele esteja na Avin-

e o Joan Mir. No próximo ano também

tia. Mas parece que vai ser um pouco

MS: Sei que fizeste a maior parte

por isso que a moto é pilotável, porque

vão chegar novos pilotos como o Jor-

complicado’.

do desenvolvimento da moto. Mas

todos estão a tentar melhorá-la’.

bonito: todos estão a dar opiniões e é

pensas que o Dani Pedrosa deu um

ge Martín, o [Enea] Bastianini, o [Luca] Marini... . Esta classe está sempre em

MS: O primeiro pódio do Álex Már-

pequeno extra para colocar a moto

MS: Muitos pilotos questionaram a

evolução e o nível é sempre cada vez

quez fez-te sorrir, sabendo que se

onde está agora?

relação entre a Michelin e a KTM.

maior. E para os pilotos como eu que

um rookie consegue obter um pó-

PE: ‘Todos, não apenas o Dani. Quan-

Foi o Fabio, o teu irmão, o Álex Már-

estiveram maior parte do tempo no

dio, estarás mais perto de lutar pelo

do falamos sobre isto, há muitas pes-

quez... há alguma coisa na relação

MotoGP é todos os anos um pouco

topo em 2021?

soas envolvidas no projeto. O Dani

entre a Michelin e a KTM este ano

mais difícil e complicado. Os jovens pi-

PE: ‘Não sei... não sei. Oxalá signifi-

seguramente tem sido uma parte

que esteja longe das outras equi-

lotos chegam e arriscam mais. É duro,

que que a moto é boa e goste dela. O

importante do desenvolvimento, mas

pas?

não é fácil, mas acaba por ser bom

Álex fez uma corrida fantástica em Le

também o Mika [Kallio] pilotou muito

PE: ‘Não, não. Quando começas a fa-

porque isto é o MotoGP e é onde os

Mans, a par do Johann e do [Álex] Rins

tempo esta moto com muito esforço,

zer bons resultados e a moto começa a

melhores pilotos precisam de estar. E

foi um dos únicos o pneu médio na

também com a WP que está a usar

render bem e uma nova marca como

se não és suficientemente bom preci-

frente, foi muito inteligente. Ninguém

uma moto para desenvolver a moto.

a KTM começa a ganhar corridas ou

sas de sair. Decerto que o próximo ano

teve coragem antes da corrida para

Em conjunto com o Miguel, o Johann

a fazer pódios, as pessoas começam

será ainda mais duro do que este. Sinto

os usar porque não tivemos muitas

no passado - ele não foi bem-sucedido

a falar. E quando as pessoas estão a

na pele o quão rápidos são estes jovens

oportunidades para experimentar piso

na equipa, mas deu ferramentas para

falar sobre estas coisas sabes que estás a fazer bem o teu trabalho e tens de estar muito orgulhoso. Porque significa que não entendem por que somos tão rápidos e estão a tentar encontrar explicações com coisas ilegais. Quando isto acontece mostra-te que estás num bom nível. Mas é só conversa, é

O mais recente pódio de Pol Espargaró foi no GP de França, à chuva.

simplesmente divertido ouvir depois do enorme e duro trabalho que esta fábrica tem feito. De certa forma é um grande desrespeito porque diz que estamos a fazer o que estamos a fazer porque alguém nos deu isto, não porque trabalhámos muito para isto. Esforçámo-nos muito para isto e toda a

Polarity Photo

fábrica trabalhou bastante este inverno para obter estes resultados. É por isso que estamos a obter estes resultados, não por mais nada. Todos estamos a usar os mesmos pneus e graças a isso a categoria é tão nivelada neste momento’. -72- | MOTORCYCLE SPORTS |



MOTOGP

GP DE LE MANS

Petrucci

foi o ‘ÁS’

de Le Mans

Com o GP da Catalunha, as contas no Mundial de MotoGP ficaram um pouco mais desniveladas, assim como no Moto2, mas todos os campeonatos chegaram a Le Mans totalmente em aberto. Sobretudo a MotoE World Cup, em que se assistiria ao desfecho da temporada com as duas últimas corridas.

No segundo fim de semana de ou-

rubro. Ai Ogura (Honda Team

No que concerne ao MotoGP, a

tubro, começou mais uma jornada

Asia) levava meros três pontos de

temporada mantinha-se ao rubro,

tripla dos Mundiais MotoGP. Vá-

avanço sobre Albert Arenas (Aspar

mas com distâncias um pouco mais

rios meses depois do originalmen-

Team/KTM), com John McPhee

pronunciadas: enquanto depois do

te planeado, Le Mans pôde acolher

(Petronas Sprinta Racing/Honda)

GP da Emília Romana o top nove

o GP de França, numa altura em

em terceiro a 24 pontos. Com legí-

cabia em 27 pontos, após Barce-

que as condições meteorológicas

timas ambições de permanecerem

lona e antes de Le Mans os cinco

prometiam ser um elemento pre-

na luta estavam ainda Tony Arboli-

primeiros já estavam separados

ponderante a ter em conta devido

no (Rivacold Snipers Team/Honda)

por 31 pontos. Fabio Quartara-

ao clima mais frio e húmido do que

e Celestino Vietti (Sky Racing Team

ro (Petronas Yamaha SRT) de-

o habitual.

VR46/KTM), respetivamente em

fendia a liderança em casa, com

Em Le Mans cairia o pano sobre a

quarto e quinto a 27 e 28 pontos

mais oito pontos do que Joan Mir

temporada da MotoE World Cup.

do topo.

(Team Suzuki), 18 do que Maverick

Com 50 pontos em disputa, mate-

Quanto ao Moto2, Luca Marini

Viñales (Monster Energy Yamaha)

maticamente existiam sete pilotos

tinha todas as condições para co-

e 24 do que Andrea Dovizioso

com chances de serem campeões.

meçar a pensar em gerir. A bordo

(Ducati). Depois de novo abando-

Porém, tudo indicava uma luta a

da sua Kalex, o homem da Sky Ra-

no, Miguel Oliveira (Red Bull KTM

quatro entre o líder Matteo Ferrari

cing Team VR46 vinha a fazer uma

Tech3) seguia em nono a 49 pon-

(Trentino Gresini), Dominique Ae-

época consistente que lhe valia um

tos do topo.

gerter (Dynavolt Intact GP), Jordi

avanço de 20 pontos para Enea

Torres (Pons Racing 40) e Mattia

Bastianini (Italtrans Racing Team/

MOTOE, TREINOS LIVRES:

Casadei (Ongetta SIC58 Squadra

Kalex). Estes eram os dois únicos

DE ANGELIS LIDERA À CHUVA,

Corse). O quarteto cabia em ape-

homens com chances de terminar

DI MEGLIO COM PISTA SECA

nas 15 pontos, com Eric Granado

a ronda gaulesa no topo, uma vez

A primeira sessão da derradeira

(Avintia) em quinto já a 43 pontos

que Marco Bezzecchi (Sky Racing

ronda da época da MotoE World

da liderança.

Team VR46/Kalex) era terceiro já a

Cup teve uma equipa em desta-

O Mundial de Moto3 estava ao

36 pontos de Marini.

que: a Octo Pramac. O seu piloto

-74- | MOTORCYCLE SPORTS |


Simon Patterson

Petrucci quebrou longo jejum de vitórias.

| MOTORCYCLE SPORTS | -75-


PSP/Lukasz Swiderek

MOTOGP

GP DE LE MANS

Jordi Torres foi o segundo campeão da história da MotoE World Cup.

CAMPEONATO MOTOE - GP LE MANS

Josh Hook. O australiano foi o único

melhor marca e não mais foi ultra-

Equipa

Moto

Pontos

líder durante mais de 25 minutos,

passado até ao término. Na altura

Pons Racing 40

Energica

114

altura em que foi ultrapassado por

estava de Angelis na frente, que foi

Trentino Gresini MotoE

Energica

97

Xavier Siméon (LCR E-Team). Mas

superado por 41 milésimas. O ter-

Dynavolt Intact GP

Energica

97

logo a seguir, de Angelis assinou o

ceiro foiu Mattia Casadei (Ongetta

Mike di Meglio

EG 0,0 Marc VDS

Energica

75

único tempo em 1m54s e superou

SIC58 Squadra Corse).

5.º

Mattia Casadei

Ongetta SIC58 Squadra Corse

Energica

74

o belga por 0,451s. Em terceiro

6.º

Niki Tuuli

Avant Ajo MotoE

Energica

53

terminou o líder do campeonato,

MOTOE, E-POLE:

7.º

Eric Granado

Avintia Esponsorama Racing

Energica

53

Matteo Ferrari (Trentino Gresini) a

ÚLTIMA POLE POSITION DO

8.º

Josh Hook

Octo Pramac MotoE

Energica

52

0,548s.

9.º

Niccolò Canepa

Energica

51

ANO PARA JORDI TORRES

LCR E-Team

10.º

Xavier Siméon

45

Na E-Pole de MotoE, os três pri-

LCR E-Team

Energica

Devido ao programa de duas corri-

11.º

Lukas Tulovic

Energica

39

das, o segundo treino livre foi tam-

meiros a entrarem em pista ficaram

Tech3 E-Racing

12.º

Alessandro Zaccone

37

no topo com as suas voltas, esta-

Trentino Gresini MotoE

Energica

bém o último da época da MotoE,

13.º

Alejandro Medina

Openbank Aspar Team

Energica

36

na sexta-feira do GP de França. Já

belecendo-se na frente Alejandro

14.º

Alex de Angelis

Octo Pramac MotoE

Energica

35

contou com pista seca, havendo

Medina (Openbank Aspar) até ser

15.º

Xavi Cardelús

Avintia Esponsorama Racing

Energica

34

descidas constantes dos tempos

superado por Dominique Aegerter.

16.º

Tommaso Marcon

Tech3 E-Racing

Energica

33

por volta nos primeiros dois terços

O helvético da Dynavolt Intact GP

17.º

María Herrera

Openbank Aspar Team

Energica

33

da sessão. Com pouco mais de 21

foi 0,153s mais rápido e conservou

18.º

Jakub Kornfeil

WithU Motorsport

Energica

15

minutos decorridos, Mike di Me-

o comando por pouco tempo.

glio (EG 0,0 Marc VDS) assinou a

Isto porque, não muito depois, foi a

Pos.

Piloto

1.º

Jordi Torres

2.º

Matteo Ferrari

3.º

Dominique Aegerter

4.º

-76- | MOTORCYCLE SPORTS |


vez de Jordi Torres fazer a sua volta

Ficava assim com a sua liderança

sumiu a liderança à frente de Tuuli,

gimos pontos suficientes para sermos

de qualificação. O homem da Pons

do campeonato vulnerável. Torres

entretanto ultrapassado por Hook.

campeões. É um trabalho da minha

Racing 40 não viria a ser batido, vis-

ficou então no comando com uma

Mais atrás seguia Torres. Na quarta

equipa, do meu grupo’.

to que foi o único capaz de entrar

boa vantagem, enquanto Aegerter

volta, mudança de segundo classi-

no 1m43s. Perto do fim, Ferrari ain-

estava no fundo do pelotão. Inicial-

ficado, com Tuuli a devolver a ul-

MOTO3, TREINOS LIVRES: RAÚL

da ameaçou superar o rival, mas fi-

mente, Torres foi perseguido por

trapassagem a Hook. O finlandês

FERNÁNDEZ NO TOPO DA

cou a 0,329s. Dois dos candidatos à

Niki Tuuli (Avant Ajo), que rapida-

foi depois em busca de di Meglio,

ÚNICA SESSÃO COM PISO SECO

pole position, de Angelis e Casadei,

mente foi superado por di Meglio.

ultrapassando-o mesmo. Tuuli não

A primeira sessão do programa do

caíram e não conseguiram comple-

O gaulês não teve argumentos para

mais cedeu até ao fim e ganhou a

GP de França foi o FP1 de Moto3,

tar as suas voltas.

rivalizar com Torres, que venceu

corrida estreando-se nas vitórias.

na manhã de 9 de outubro. Foi um

com 0,116s de avanço assumindo

Di Meglio, por seu turno, teve de

dia que começou frio e molhado.

MOTOE, CORRIDA 1: DRAMA

a liderança do campeonato. Em ter-

se contentar com o segundo posto,

Nessas condições, e numa pista

NA VITÓRIA DE TORRES, QUE

ceiro terminou Tuuli, com Hook em

falhando a vitória caseira.

ainda sem borracha, os pilotos de

FICOU A UM PASSO DO TÍTULO

quarto. Com este resultado, Torres

Em terceiro ficou Hook, com Aeger-

Moto3 tiveram dificuldades acres-

A penúltima corirda da época da

deu um grande passo rumo ao tí-

ter em quarto. Torres ainda cedeu o

cidas. Apesar de Andrea Migno

MotoE aconteceu a 10 de outubro,

tulo, entrando na derradeira corrida

quinto lugar a Ferrari, mas de qual-

(Sky Racing Team VR46/KTM) ser

no sábado do GP de França. A tem-

do ano com 18 pontos de avanço

quer modo não era suficiente para

o líder durante mais tempo, quem

porada ia decidir-se em Le Mans

sobre Ferrari.

o italiano: Torres foi campeão com

acabou no topo foi John McPhee

e a ronda dificilmente poderia ter

114 pontos, mais 17 do que Ferrari

(Petronas Sprinta Racing/Honda)

um começo mais dramático. Uma

MOTOE, CORRIDA 2: TORRES

que ficou igualado com Aegerter.

– rodou em 1m55,217s a menos

queda de Casadei no início motivou

SAGRADO CAMPEÃO NO

Em declarações ao site oficial do

de dez minutos do fim e superou

uma bandeira vermelha por moti-

TRIUNFO DE TUULI

MotoGP depois da corrida, Torres

Migno por 0,215s. Este ainda ro-

vos de segurança, embora o piloto

Tudo estava em aberto antes da

falou de um sonho cumprido: ‘Estou

dou em 1m54s, mas a sua volta foi

tenha ficado totalmente ileso. No

última corrida da época de MotoE,

a sentir-me muito bem, feliz. É um so-

cancelada. Seguiram-se Albert Are-

reatar, a prova foi encurtada a cin-

mas Torres estava em posição pri-

nho tornado realidade porque traba-

nas (Aspar Team/KTM) e Filip Salac

co voltas. Ferrari partiu melhor, mas

vilegiada: precisava apenas de fazer

lhámos muito este ano para entender

(Rivacold Snipers Team/Honda).

acabaria por ter problemas na sua

mais 8 pontos do que Ferrari para

bem a categoria, os pneus, como é

Apesar de a pista ainda estar mo-

Energica sendo forçado a abando-

selar o título. Di Meglio arrancou

pilotar esta MotoE. Aprendemos mui-

lhada no começo do FP2, esta-

nar.

bem na última prova do ano e as-

to, gerimos todas as situações e atin-

vam condições bem melhores do que de manhã. Por isso, acabou

Masiá fez nova volta recorde para obter a pole position.

por não ser surpreendente o facto de a tabela de tempos estar em constante mudança, com múltiplas trocas de líder. Mas no fim, quem imperou foi mesmo Salac, ao rodar em 1m44,820s já nos derradeiros segundos. O checo superou Romano Fenati (Sterilgarda Max Racing Team/Husqvarna) por apenas 39 milésimas, sendo McPhee terceiro. Arenas acabou em 13.º. A tabela do FP2 correspondeu à combinada do primeiro dia em Le Mans. O sol chegou no sábado de manhã, apesar de persistir o frio. Assim, como única sessão de treinos com

PSP/Lukasz Swiderek

piso seco, os pilotos conseguiram todos melhorar face ao dia anterior. Não houve quem conseguisse dominar de forma clara num contexto em que os tempos estiveram | MOTORCYCLE SPORTS | -77-


MOTOGP

GP DE LE MANS

constantemente a baixar, sendo Gabriel Rodrigo (Kömmerling Gresini/ Honda) o que mais esteve na liderança de forma consecutiva, cerca de 12 minutos. Nos últimos seis minutos, foi Raúl Fernández a impor-se para terminar mesmo no comando do FP3 e dos treinos. Para tal, rodou em 1m42,153s superando Vietti por 0,045s. Fenati foi terceiro, Migno quarto e Arbolino quinto. Ogura assinou a 14.ª marca e foi o último apurado diretamente para a Q2, deixando Ryusei Yamanaka (Estrella Ga-

MOTO3, QUALIFICAÇÃO: JAUME MASIÁ NA POLE POSITION COM NOVO RECORDE

PSP/Lukasz Swiderek

licia 0,0/Honda) de fora por 0,020s.

A Q1 de Moto3 em Le Mans teve incerteza até ao fim na disputa do

CLASSIFICAÇÃO GP DE LE MANS - MOTO3 Pos.

Piloto

Equipa

apuramento. Os primeiros no top

McPhee foi terceiro a 0,447s. Com a sua última volta cancelada, Raúl

Moto

Temp./Difer.

quatro foram Niccolò Antonelli

1.º

Celestino Vietti

Sky Racing Team VR46

KTM

37m37,384s

(SIC58 Squadra Corse/Honda), Ro-

Fernández quedou-se em quar-

2.º

Tony Arbolino

Rivacold Snipers Team

Honda

+ 0,142s

3.º

Albert Arenas

Gaviota Aspar Team Moto3

KTM

+ 0,198s

drigo, Foggia e Davide Pizzoli (BOE

to, sendo acompanhado de Sergio

4.º

Jaume Masiá

Leopard Racing

Honda

+ 0,336s

Skull Rider Facile Energy/KTM). A

García (Estrella Galicia 0,0/Honda)

5.º

Andrea Migno

Sky Racing Team VR46

KTM

+ 0,569s

tabela não se manteve assim duran-

e Rodrigo na segunda fila da gre-

6.º

Ayumu Sasaki

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 0,834s

te muito tempo, com diversas mu-

lha. Ogura sofreu uma queda e não

7.º

Raúl Fernández

Red Bull KTM Ajo

KTM

+ 1,361s

danças. Quando parecia que Foggia

conseguiu completar qualquer vol-

8.º

Gabriel Rodrigo

Kömmerling Gresini Moto3

Honda

+ 1,625s

ia ser o líder, Kaito Toba (Red Bull

ta sendo relegado ao 18.º posto à

9.º

Ai Ogura

Honda Team Asia

Honda

+ 15,003s

KTM Ajo) assinou o melhor tempo

partida.

10.º

Carlos Tatay

Reale Avintia Moto3

KTM

+ 15,139s

11.º

Sergio García

Estrella Galicia 0,0

Honda

+ 15,269s

por 0,036s. Ryusei Yamanaka (Es-

12.º

Filip Salac

Rivacold Snipers Team

Honda

+ 15,381s

13.º

Dennis Foggia

Leopard Racing

Honda

+ 15,574s

14.º

Riccardo Rossi

BOE Skull Rider Facile Energy

KTM

+ 15,729s

15.º

Stefano Nepa

Gaviota Aspar Team Moto3

KTM

16.º

Barry Baltus

CarXpert PruestelGP

KTM

17.º

Jason Dupasquier

CarXpert PruestelGP

18.º

Ryusei Yamanaka

19.º

Khairul Idham Pawi

20.º

trella Galicia 0,0/Honda) acabou

MOTO3, CORRIDA: VIETTI

em terceiro e Rodrigo em quarto,

DE VOLTA AOS TRIUNFOS

garantindo o apuramento apesar de

E À LUTA PELO TÍTULO

+ 17,743s

uma queda no fim. Também Anto-

Na manhã de domingo, Migno li-

+ 18,991s

nelli caiu, mas foi relegado a quinto

derou o warm-up de Moto3 com

KTM

+ 19,173s

Estrella Galicia 0,0

Honda

+ 25,148s

por 0,157s.

0,121s de avanço sobre Arbolino,

Petronas Sprinta Racing

Honda

+ 26,189s

Depois de uma curta pausa, come-

naquela sessão que dá a chance

Yuki Kunii

Honda Team Asia

Honda

+ 26,360s

çou o ataque à pole position com a

de afinar os últimos detalhes. Na

21.º

Maximilian Kofler

CIP Green Power

KTM

+ 26,959s

Q2. O mais rápido dos treinos, Raúl

corrida, o holeshot foi de Arenas,

22.º

Deniz Öncü

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 30,306s

Fernández, abriu na liderança, que

com Masiá e Arbolino no seu en-

NC

Niccolò Antonelli

SIC58 Squadra Corse

Honda

18 voltas

manteria até aos cinco minutos fi-

calço. Quanto a Ogura, afundou-se

NC

John McPhee

Petronas Sprinta Racing

Honda

17 voltas

nais, apesar de alguns adversários

saindo do top 20. Mudança de líder

NC

Jeremy Alcoba

Kömmerling Gresini Moto3

Honda

17 voltas

NC

Kaito Toba

Red Bull KTM Ajo

KTM

17 voltas

se aproximarem. O primeiro a ba-

na volta três, com Masiá no topo.

NC

Darryn Binder

CIP Green Power

KTM

15 voltas

tê-lo foi Fenati. Mas, daí em dian-

Entretanto, Vietti também chegava

NC

Davide Pizzoli

BOE Skull Rider Facile Energy

KTM

12 voltas

te, quem se impôs foi Masiá. Ainda

à luta pelo top três, assim como Ro-

NC

Tatsuki Suzuki

SIC58 Squadra Corse

Honda

7 voltas

cedeu a liderança a Arenas por al-

drigo, Arbolino e Arenas. Numa fase

NC

Romano Fenati

Sterilgarda Max Racing Team

Husqvarna

6 voltas

guns instantes, mas na última volta

inicial, 16 pilotos compunham o

NC

Alonso López

Sterilgarda Max Racing Team

Husqvarna

6 voltas

superou o rival por 20 milésimas.

grupo da frente. Os dois únicos ho-

-78- | MOTORCYCLE SPORTS |


Segundo triunfo do ano de Vietti. ma inesperada: ‘Foi uma corrida

que originaram diversas quedas,

ves. Os outros pilotos regressaram

estranha pois certamente eu não

num total de 12, incluindo do líder

à pista para o restante da sessão

esperava este resultado. Fomos ve-

do campeonato Luca Marini (Sky

em que existiam diversas trocas de

lozes, mas não esperava isto, creio

Racing Team VR46/KTM) logo de-

líder. No fim, impôs-se Dixon com

que escolhemos os pneus certos e

pois de uma saída da via das boxes.

um tempo de 1m37,713s superan-

na última parte da corrida creio que

Nos primeiros dez minutos, Hafizh

do Jorge Martín (Red Bull KTM Ajo/

tínhamos um pouco mais de velo-

Syahrin (Aspar Team/Speed Up) es-

Kalex) por 0,049s. Em terceiro ficou

cidade que os outros pilotos. Nas

tabeleceu-se na liderança, mas ainda

Marco Bezzecchi (Sky Racing Team

últimas três voltas tentei chegar-me

no quarto de hora inicial lá chegou

VR46/Kalex) já a 0,304s, sendo que

à frente, mas todos os outros tra-

Nicolò Bulega (Federal Oil Gresini/

apenas os dois primeiros rodaram

varam muito tarde e para mim foi

Kalex) que passou durante boa par-

no 1m37s.

muito complicado conseguir ultra-

te do treino como líder. Já nos últi-

A sessão mais rápida de todas foi

passá-los. Estou muito feliz, creio

mos dez minutos, o comando cai nas

mesmo o FP3 no sábado de ma-

que gerimos muito bem a corrida’.

mãos de Héctor Garzó (Flexbox HP

nhã, com a pista seca e com bor-

Terminada a ronda de Le Mans, Are-

40/Kalex) e depois Kasma Daniel

racha acumulada das sessões an-

nas retomou a liderança do Mundial

(Onexox TKKR SAG Team/Kalex) já

teriores de Moto3 e de MotoGP.

de Moto3, seguindo com seis pon-

nos segundos finais. O malaio não é

Dixon abriu na frente, antes de ser

tos de avanço sobre Ogura. Vietti

presença habitual nesta zona da ta-

superado por Joe Roberts (Tennor

ascendeu a terceiro colocando-se

bela, mas acabou mesmo como líder

American Racing/Kalex). Existiram

a apenas 16 pontos, sendo Arboli-

batendo Garzó por 0,253s. Lorenzo

vários líderes, mas Roberts ia-se

no terceiro a 20 pontos. O segun-

Baldassarri (Flexbox HP 40/Kalex)

conseguindo destacar. Acabou por

do abandono consecutivo custou a

foi terceiro a 0,256s.

ser ultrapassado por Jorge Navarro

McPhee a descida ao quinto posto,

Apesar de ter a pista seca, o FP2

(Speed Up) a cerca de 23 minutos

mens em Husqvarna, Fenati e Alon-

ficando a distantes 37 pontos do

do GP de França de Moto2 ficou

do fim. Porém, menos de dez mi-

so López (Sterligarda Max Racing

topo.

marcado por uma aparatosa queda

nutos depois, Roberts reassumiu o

Team) tiveram um incidente que

de Marini, que obrigou mesmo a in-

comando, antes de ser ultrapassa-

motivou o abandono de ambos.

MOTO2, TREINOS LIVRES:

terromper com bandeira vermelha.

do por Bezzecchi. Mesmo no fim,

Alheios a isso, os pilotos do topo

ROBERTS NA LIDERANÇA

Apesar de sair do local pelo pró-

Roberts colocou-se em definitivo

continuaram na sua disputa intensa,

Início com pista molhada e escor-

prio pé, o italiano foi encaminhado

do comando com uma volta em

com trocas de líder e de posições.

regadia em Le Mans para o Mun-

ao centro médico do circuito e ao

1m36,490s. Bezzecchi foi relega-

Darryn Binder (CIP Green Power)

dial de Moto2. Condições de pista

hospital, mas não sofreu lesões gra-

do a segundo por 0,110s, sendo

também seguia no grupo, mas ficou de fora com problemas na sua

Roberts impôs-se nos treinos e qualificação de Moto2.

KTM. Um dos protagonistas da luta pelo título, McPhee, envolveu-se num incidente com Jeremy Alcobá (Kömmerling Gresini/Honda) sendo forçado a abandonar. A três voltas do fim, sete pilotos tinham chances de vencer. A última volta começou com Vietti no comando, que conservou até ao fim. Arbolino bem tentou superar o compatriota, mas teve de se contentar com o segunMasiá na disputa do lugar mais baixo do pódio. Mais atrás, Ogura recuperou até nono, minimizando os danos na disputa do título.

SP/Lukasz Swiderek

do lugar a 0,142s. Arenas superou

Na entrevista em parque fechado, assim reagiu Vietti ao segundo triunfo do ano, que surgiu de for| MOTORCYCLE SPORTS | -79-


MOTOGP

GP DE LE MANS

Augusto Fernández (EG 0,0 Marc

tos decorridos Bastianini rubricou a

VDS/Kalex) terceiro, Lowes quar-

melhor marca da subsessão. Até ao

to e Remy Gardner (Onexox TKKR

fim, Lüthi nunca mais foi além de se-

SAG Team/Kalex) quinto. Marini,

gundo, mas mesmo assim consumou

combalido da queda do dia anterior,

o apuramento tal como Canet, que

foi nono e seguiu para a Q2 dire-

foi quarto. Fabio Di Giannantonio

tamente. O último apurado foi Xavi

(Speed Up) rubricou o quarto registo

Vierge (Petronas Sprinta Racing/

e garantiu presença na Q2 deixando

Kalex).

Marcel Schrötter (Liqui Moly Intact/ Kalex) de fora por 0,086s.

MOTO2, QUALIFICAÇÃO:

A luta pela pole position na Q2 foi

TERCEIRA POLE POSITION

empolgante, com constantes trocas

DO ANO PARA ROBERTS

de líder nos primeiros cinco minu-

Como habitualmente, a Q1 deu iní-

tos antes de Martín se estabelecer

cio à qualificação de Moto2. O líder

na frente. Porém, ainda faltavam

depois das primeiras voltas lançadas

praticamente dez minutos e nada

era Arón Canet (Aspar/Speed Up),

estava decidido. Com 12 minutos

que foi logo batido por Tom Lüthi. O

cumpridos, Lowes tornou-se no

helvético da Liqui Moly Intact GP, a

novo líder. O britânico não resistiu a

bordo de uma Kalex, ainda reforçou

um ‘forcing’ final de Roberts, que o

a liderança na volta subsequente,

superou por 87 milésimas em cima

mas com pouco mais de oito minu-

do fim para obter a sua terceira pole

CLASSIFICAÇÃO GP DE LE MANS - MOTO2 Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

EG 0,0 Marc VDS

Kalex

41m27,648s

Remy Gardner

Onexox TKKR SAG Team

Kalex

+ 3,822s

3.º

Marco Bezecchi

Sky Racing Team VR46

Kalex

+ 4,184s

4.º

Augusto Fernández

EG 0,0 Marc VDS

Kalex

+ 5,884s

5.º

Tom Lüthi

Liqui Moly Intact GP

Kalex

+ 21,668s

6.º

Joe Roberts

Tennor American Racing

Kalex

+ 29,197s

7.º

Fabio Di Giannantonio

Termozeta Speed Up

Speed Up

+ 32,249s

8.º

Lorenzo Baldassarri

Flexbox HP 40

Kalex

+ 34,376s

9.º

Somkiat Chantra

Idemitsu Honda Team Asia

Kalex

+ 35,392s

10.º

Marcel Schrötter

Liqui Moly Intact GP

Kalex

+ 35,521s

11.º

Enea Bastianini

Italtrans Racing Team

Kalex

+ 37,720s

12.º

Héctor Garzó

Flexbox HP 40

Kalex

+ 37,910s

13.º

Marcos Ramírez

Tennor American Racing

Kalex

+ 38,423s

14.º

Stefano Manzi

MV Agusta Forward Racing

MV Agusta

+ 43,464s

15.º

Hafizh Syahrin

Inde Aspar Team Moto2

Speed Up

+ 44,036s

16.º

Simone Corsi

MV Agusta Forward Racing

MV Agusta

+ 44,217s

17.º

Luca Marini

Sky Racing Team VR46

Kalex

+ 59,550s

18.º

Lorenzo Dalla Porta

Italtrans Racing Team

Kalex

+ 1m09,735s

19.º

Edgar Pons

Federal Oil Gresini Moto2

Kalex

+ 1m09,751s

20.º

Bo Bendsneyder

NTS RW Racing GP

NTS

+ 1m12,930s

21.º

Tetsuta Nagashima

Red Bull KTM Ajo

Kalex

+ 1m14,158s

22.º

Piotr Biesiekirski

NTS RW Racing GP

NTS

24 voltas

NC

Jake Dixon

Petronas Sprinta Racing

Kalex

20 voltas

NC

Jorge Navarri

Termozeta Speed Up

Speed Up

18 voltas

NC

Nicolò Bulega

Federal Oil Gresini Moto2

Kalex

15 voltas

NC

Andi Farid Izdihar

Idemitsu Honda Team Asia

Kalex

5 volta

NC

Xavi Vierge

Petronas Sprinta Racing

Kalex

4 voltas

NC

Jorge Martín

Red Bull KTM Ajo

Kalex

DC

Kasma Daniel

Onexox TKKR SAG Team

Kalex

1.º

Sam Lowes

2.º

-80- | MOTORCYCLE SPORTS |

Desclassificado


SP/Lukasz Swiderek

position do ano. Gardner acabou em

frente de Roberts, autor de uma re-

quarto a 24 pontos. Qualquer um

terceiro à frente de Martín. Quanto

cuperação notável. Marini, líder do

dos quatro primeiros tinha ambições

a Marini, o líder do campeonato con-

campeonato, não pontuou ao ser

legítimas de sair de França como

seguiu a sexta posição logo atrás do

17.º.

líder antes da dupla passagem por

colega de equipa Bezzecchi.

No rescaldo, Lowes destacou agra-

Aragão. Um pouco mais distante

decimentos a quem o ajudou para

estava Franco Morbidelli (Petronas

MOTO2, CORRIDA: FIM DE

que fosse possível terminar o jejum

Yamaha SRT), em quinto a 31 pon-

‘JEJUM’ DE SAM LOWES DEPOIS

de triunfos: ‘Quero dizer muito obri-

tos. O ítalo-brasileiro abria um gru-

DE MAIS DE QUATRO ANOS

gado a todas as pessoas envolvidas na

po de oito pilotos que cabiam em

O warm-up de Moto2 em Le Mans

equipa por me colocarem de volta a

apenas 20 pontos, entre os quais se

seria uma espécie de previsão da

este bom caminho, a lutar para ganhar

encontrava Miguel Oliveira (Red Bull

corrida, uma vez que Lowes esta-

corridas. Estou mesmo grato por isso.

KTM Tech3) em nono a 49 pontos

beleceu a melhor marca 0,669s na

Foi um ótimo dia e um ótimo fim de

do topo e a 18 do top cinco.

frente do colega Augusto Fernán-

semana. Sabíamos que se conseguís-

Ao antecipar o GP de França, Quar-

dez. Na mesma sessão, Arón Canet

semos continuar a fazer boas corridas

tararo sublinhou que se trata de uma

(Aspar Team/Speed Up) caiu e le-

e a colocar-nos em boas posições po-

pista do seu agrado, em que seria

sionou-se na mão esquerda, sendo

díamos ganhar. [...]. É verdadeiramente

essencial disputar o triunfo: ‘Estou

declarado inapto para a corrida. A

agradável para mim depois de alguns

mesmo feliz por ter um GP de casa

prova começou com a pista molhada

anos fora do lugar mais alto’.

este ano e é uma sensação especial

e com Gardner forte para assumir a

Embora não tenha pontuado, Marini

ir para lá como líder do campeonato.

dianteira na frente de Lowes. Entre-

perdeu apenas cinco pontos para o

Le Mans é uma pista de que gosto

tanto, Martín sofreu uma queda na

seu principal rival na luta pelo título,

mesmo. Vai ser importante para nós

curva dez, tal como Vierge.

Bastianini, pelo que ficou 15 pontos

lutarmos pela vitória e somar tantos

A pole position era de Roberts, que

à frente do compatriota. Bezzecchi

pontos quanto possível. Normal-

teve um problema na moto e foi

colocou-se a 20 pontos e Lowes a

mente é uma pista em que me saio

forçado a partir atrás do safety car

apenas 22 pontos, pelo que estava

bem, acabei em oitavo no ano pas-

vendo-lhe escapar a possibilidade

relançado na disputa do campeona-

sado, mas foi uma corrida com um

de um bom resultado. Na frente,

to. Pelo contrário, Martín ficou em

ritmo mesmo rápido e espero conti-

formou-se uma luta britânica entre

branco e manteve-se em quinto no

nuar a boa forma do fim de semana

Lowes e Dixon, em que o #22 exa-

campeonato, a 71 pontos da frente.

de Barcelona’.

Dixon.

MOTOGP, QUARTARARO

MOTOGP, TREINOS LIVRES

Este mantinha-se no comando com

À DEFESA DA LIDERANÇA

DE SEXTA-FEIRA: MILLER

mais de um segundo de margem a

EM CASA

NO TOPO EM DIA CHUVOSO;

nove voltas do fim, sendo Bezzecchi

O GP de França de MotoGP surgiu

OLIVEIRA 14.º

terceiro. Tudo parecia bem enca-

numa altura particularmente feliz

A primeira sessão de treinos livres

minhado para Dixon se estrear nas

para um dos homens da casa. Fabio

do GP de França de MotoGP foi

vitórias no Moto2. Porém, a quatro

Quartararo (Petronas Yamaha SRT)

afetada pela chuva e pelo frio que

voltas do fim, desastre para o britâ-

acabara de assumir o comando do

assolaram Le Mans. Apesar disso,

nico, que sofreu uma queda ao per-

campeonato na ronda anterior, o GP

os pilotos não hesitaram em sair ra-

der a frente da Kalex na curva 14.

da Catalunha. Com o regresso às vi-

pidamente para a pista atacando o

Na chegada à garagem, Dixon esta-

tórias de forma clara, o piloto dispu-

cronómetro. Ao longo do FP1 foram

va visivelmente desolado.

nha de uma margem de oito pontos

diversas as trocas de líder: o que

Daí em diante, Lowes ficou com a

face a Joan Mir (Team Suzuki Ecstar)

mais tempo esteve no comando de

via aberta para vencer e não des-

na chegada a Le Mans. Uma distân-

forma consecutiva foi Franco Morbi-

perdiçou: cortou a meta 3,822s na

cia curta, sobretudo num campeo-

delli (Petronas Yamaha SRT), duran-

frente de Gardner para ganhar pela

nato tão incerto como o de 2020.

te menos de seis minutos. No fim,

primeira vez desde 2016. Bezzec-

Tudo continuava em aberto: Maveri-

Bradley Smith (Aprilia Racing Team)

chi completou o pódio a 0,362s de

ck Viñales (Monster Energy Yamaha)

surpreendeu: foi o mais veloz e um

Gardner, sendo Augusto Fernández

estava em terceiro a 18 pontos,

dos dois a entrar no 1m43s para

quarto. Lüthi acabou em quinto na

sendo Andrea Dovizioso (Ducati)

bater Johann Zarco (Esponsorama

gerou numa travagem e perdeu para

Primeiro triunfo para Lowes desde 2016.

| MOTORCYCLE SPORTS | -81-


MOTOGP

GP DE LE MANS

Racing/Ducati) por 0,154s. Seguiu-se Danilo Petrucci (Ducati). Fabio Quartararo (Petronas Yamaha SRT), líder do campeonato, começou discreto em 18.º a 2,690s. Ficou logo na frente do português Miguel Oliveira, ele que com as cores da Red Bull KTM Tech3 também teve uma sessão árdua terminando em 19.º depois de ainda ter chegado a estar entre o top dez. O começo da sessão teve poucos pilotos em ação, quando a pista não estava ‘full wet’, mas também não completamente seca. Zarco ditou o ritmo inicialmente, na frente das Suzuki de Joan Mir e de Álex Rins. foi o homem que se seguiu no topo. A menos de um quarto de hora do fim, Oliveira melhorou consideravelmente depois de um início len-

SP/Lukasz Swiderek

Jack Miller (Pramac Racing/Ducati)

to para chegar a segundo ficando a 0,224s do australiano, antes de

bou por ficar no topo, superando

1,356s do topo. Quanto a Oliveira,

(Red Bull KTM) e Andrea Dovizioso

ambos serem superados por Takaaki

Maverick Viñales (Monster Energy

conseguiu progredir na sua última

(Ducati). De fora em 11.º ficou Brad

Nakagami (LCR Honda). Nessa fase,

Yamaha) por 0,367s. Apenas o top

volta e terminou em 14.º.

Binder (Red Bull KTM) por 0,053s.

a pista estava rápida e existiram

seis ficou no mesmo segundo, lote

várias mudanças de líder, mas com

no qual não se incluiu o líder do

MOTOGP, TREINOS LIVRES DE

sim como as Suzuki de Mir e de

Nakagami em destaque. Miller aca-

campeonato: Quartararo foi 13.º a

SÁBADO: QUARTARARO LÍDER

Rins, entre outros.

NA FRENTE DE OLIVEIRA

Desde cedo que no FP4 Quartararo

Com o sol a brilhar, o terceiro treino

esteve entre os protagonistas, mas

livre foi, sem surpresa, o mais rápi-

com os tempos em constante des-

do dos três que definem o apura-

cida as trocas de líder foram diver-

mento direto para a Q2. A sessão

sas ao longo da primeira metade da

CLASSIFICAÇÃO GP DE LE MANS - MOTOGP Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

O sul-africano teria de ir à Q1, as-

1.º

Danilo Petrucci

Ducati Team

Ducati

45m54,736s

2.º

Álex Márquez

Repsol Honda Team

Honda

+ 1,273s

3.º

Pol Espargaró

Red Bull KTM Factory Racing

KTM

+ 1,711s

4.º

Andrea Dovizioso

Ducati Team

Ducati

+ 3,911s

matinal de sábado teve um homem

sessão. Pelo topo chegou a passar

5.º

Johann Zarco

Esponsorama Racing

Ducati

+ 4,310s

em destaque: Quartararo esteve

também Oliveira, antes de sofrer

6.º

Miguel Oliveira

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 4,466s

praticamente sempre no topo, ten-

problemas na sua KTM RC16 que

7.º

Takaaki Nakagami

LCR Honda Idemitsu

Honda

+ 5,921s

8.º

Stefan Bradl

Repsol Honda Team

Honda

+ 15,597s

do Miller e Morbidelli como dois

provocaram uma interrupção da

9.º

Fabio Quartararo

Petronas Yamaha SRT

Yamaha

+ 16,687s

dos principais adversários ao longo

sessão devido ao óleo derramado.

10.º

Maverick Viñales

Monster Energy Yamaha MotoGP

Yamaha

+ 16,895s

da sessão. O francês viria mesmo a

No reatar, Petrucci e Viñales chega-

11.º

Joan Mir

Team Suzuki Ecstar

Suzuki

+ 16,980s

impor-se no fim, graças a um regis-

ram a segundo e terceiro, respeti-

12.º

Brad Binder

Red Bull KTM Factory Racing

KTM

+ 27,321s

to de 1m32,319s. Nos derradeiros

vamente, enquanto Oliveira sofreu

13.º

Francesco Bagnaia

14.º

Aleix Espargaró

15.º

Iker Lecuona

16.º

Pramac Racing

Ducati

+ 33,351s

instantes ainda foi ameaçado: Oli-

uma queda e Quartararo reforçou

Aprilia Racing Team Gresini

Aprilia

+ 39,176s

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 51,087s

veira, que até então tinha estado

o comando antes de o perder para

Álex Rins

Team Suzuki Ecstar

Suzuki

+ 1m14,190s

relativamente discreto, assumiu o

o colega Morbidelli. Já nos últimos

NC

Jack Miller

Pramac Racing

Ducati

17 voltas

segundo lugar a 0,130s. Morbidelli,

instantes, Quartararo voltou ao

NC

Franco Morbidelli

Petronas Yamaha SRT

Yamaha

16 voltas

Miller e Cal Crutchlow (LCR Honda)

topo em definitivo batendo o italia-

NC

Cal Crutchlow

LCR Honda Castrol

Honda

15 voltas

fecharam o top cinco. Ainda segui-

no por 0,005s. Viñales foi terceiro,

NC

Tito Rabat

Esponsorama Racing

Ducati

14 voltas

ram diretamente para a Q2 Zarco,

Rossi quarto e Pol Espargaró quinto.

NC

Bradley Smith

Aprilia Racing Team Gresini

Aprilia

8 voltas

NC

Valentino Rossi

Monster Energy Yamaha MotoGP

Yamaha

0 voltas

Valentino Rossi (Monster Energy

Oliveira não voltou mais à pista e foi

Yamaha), Viñales, Pol Espargaró

nono a 0,504s da frente.

-82- | MOTORCYCLE SPORTS |


Pole position caseira de Quartararo. MOTOGP, QUALIFICAÇÃO:

desde 14.º na grelha.

ficientemente rápido para ir além

QUARTARARO NA POLE

Na Q2, Morbidelli abriu na lideran-

de 12.º.

POSITION EM CASA ‘EM CIMA

ça à frente de Bagnaia, mas logo

Apesar da postura de baixo risco

DA HORA’; OLIVEIRA EM 12.º

Quartararo bateu os italianos para

de até então, Quartararo confes-

A Q1 começou com Mir na fren-

chegar ao topo. A tabela manteve-

sou que esteve no limite na sua

te de Álex Márquez (Repsol Hon-

-se assim durante alguns minutos,

derradeira volta de qualificação: ‘Foi

da), antes de Nakagami assumir

enquanto mais atrás Oliveira não

muito complicado, porque aquecer o

a liderança. Então, começaram a

saía das últimas posições. A cerca

pneu no FP3, no FP4 e até na qua-

destacar-se

Bagnaia

de dois minutos do fim, Dovizioso

lificação foi muito difícil. Fiquei feliz,

(Pramac Racing/Ducati) e Petruc-

assumiu a segunda posição atrás

porque sexta-feira sabíamos por que

ci, com este último a passar para a

de Quartararo, que acabaria mes-

estávamos tão longe e esta manhã

frente. Mir ainda superou Bagnaia

mo batido por Miller. Quando tudo

estivemos muito bem. Quando esta-

para se colocar numa posição de

já fazia prever uma pole position

va a ver a Q1, o Danilo fez uma volta

apuramento, mas o #63 reagiu e

do australiano, Quartararo reagiu

impressionante e disse que precisa-

recuperou o segundo lugar, atrás

na derradeira volta e passou para

va de ser muito rápido para estar na

de um superior Petrucci. Assim, o

o topo por 0,222s garantindo a

frente. Melhorámos muito, por isso

duo italiano seguiu para a Q2, que

pole position em casa. Petrucci

estou feliz. Mesmo a minha primeira

Nakagami falhou por 0,125s ao ser

chegou a terceiro. Cal Crutchlow

volta foi boa e simplesmente estive no

terceiro. Mir foi quarto, pelo que

(LCR Honda), Viñales e Dovizioso

limite na segunda, queria mesmo fazer

o vice-líder do campeonato tinha

dividiriam a segunda fila da grelha,

melhor e acabámos por obter a pole

a complicada tarefa de recuperar

ao passo que Oliveira não foi su-

position. Estou muito feliz’.

Francesco

Petrucci vitorioso e dominador à chuva.

| MOTORCYCLE SPORTS | -83-


GP DE LE MANS SP/Lukasz Swiderek

MOTOGP

molhadas e usei isso a meu favor’. Até agora, Álex Márquez tinha estado discreto nesta sua temporada de estreia, mas na sua primeira corrida à chuva não se deixou intimidar e subiu ao pódio em segundo lugar. O #73 disse em conferência de imprensa que houve um momento em que acreditou no resultado e foi à luta: ‘Vi que as Ducati estavam com alguns problemas e a diferença era volta a volta cada vez menor e pensei para mim mesmo: ‘Porque não? Vou tentar o meu melhor’. Ultrapassei o Pol e depois perdi algum tempo a tentar ultrapassar o Dovi e isso foi chave. Ele era muito rápido nas retas e a travar e tentei ultrapassá-lo noutro lugar, na curva cinco para a seis e era aí o único ponto onde o podia ultrapassar, depois vi que o Petrux estava muito longe e pensei que faltavam dez voltas para o final, não valia pena cair agora porque

MOTOGP, CORRIDA: PETRUCCI

perdendo gradualmente posições.

e assim teve de se contentar com

caso contrário tudo iria desaparecer’.

DE VOLTA AO TOPO, OLIVEIRA

A 20 voltas do fim, permanecia um

o sexto lugar. Quartararo foi nono,

Já Pol Espargaró, que voltou aos

CAIU PARA SEXTO PERTO DO FIM

trio de Ducati na frente, com Petruc-

levando a melhor numa luta intensa

top três, confessou à emissão oficial

Na manhã de domingo, Morbidelli

ci a liderar, Dovizioso em segundo e

com Viñales e Mir que foram respe-

do MotoGP que passou por muitas

liderou o warm-up batendo Viñales

Miller em terceiro. Rins seguia na

tivamente décimo e 11.º.

adversidades na parte final: ‘Estou

por 0,260s. Foi uma sessão com piso

perseguição. O espanhol chegou

Depois desta vitória, Petrucci disse

muito contente. Foi uma corrida muito

seco, mas na corrida a chuva regres-

mesmo a passar para terceiro por

em conferência de imprensa que

dura e sabia desde o início, depois da

saria. De facto, obrigou mesmo a um

breves instantes, mas acabaria por

procurou usar as condições a seu

queda em Barcelona que o campeo-

ligeiro atraso no tiro de partida e a

cair abandonando.

favor: ‘Em condições molhadas nunca

nato estava perdido. Antes da corri-

declará-la flag-to-flag, o que signifi-

Quem também teve de abandonar,

sabes como é a tração em pista e per-

da estava a pensar para mim mesmo

caria que os pilotos poderiam trocar

mas com problemas na moto, foi

cebi isso desde logo. […]. Tive mais cui-

quando vi a chuva a cair: ‘Não há nada

de moto durante a prova por ques-

Miller, a oito voltas do fim. Na parte

dado no início mas assim o problema é

a perder, vamos lá, vamos tentar’. As

tão de pneus.

final, Petrucci dominou de forma evi-

que em curva estava a ser mais lento

últimas voltas foram de loucos, a moto

Todos partiram com pneus para chu-

dente. Atrás de si, um grupo extenso

e perdia algumas décimas e por isso

estava a mexer-se, estava a derrapar,

va, enfrentando um asfalto molhado.

lutou pelo segundo lugar: Dovizioso,

tentei ser mais fluído. Depois ganhei

comecei a ver luzes verdes, da volta

Miller fez o melhor arranque para se

Álex Márquez (Repsol Honda), Pol

maior confiança na frente, e tive um

mais rápida da corrida... Fiquei super

tornar no líder, enquanto Rossi caiu

Espargaró e Oliveira, que estava que

grande momento quando fiz a minha

entusiasmado, a poder estar no pódio.

na curva três e abandonou. Com

nem peixe na água à chuva.

volta mais rápida porque vi que ganhei

Foi um grande final’.

Miller na frente, a Ducati tinha moti-

A três voltas do fim, Márquez as-

alguma vantagem para o Dovi e pensei

O campeonato permanecia total-

vos acrescidos para sorrir ao ver Do-

sumiu a segunda posição deixando

que esse era o momento de puxar e

mente em aberto depois do GP de

vizioso em segundo e Petrucci em

Dovizioso para trás. O espanhol não

depois perdi a frente da moto na curva

França. Quartararo dilatou a sua

terceiro. Mais atrás, Oliveira perdeu

teve tempo para ir em busca de Pe-

quatro, mas consegui manter-me na

vantagem face a Mir para dez pon-

no início, mas recuperou rapidamen-

trucci, que acabou por vencer com

moto. Nas últimas cinco ou seis voltas

tos, mas Dovizioso colocou-se em

te de 17.º para 11.º.

1,273s de margem. Pol Espargaró

não tinha mais tração e tentei manter-

terceiro a 18 pontos e Viñales era

Entretanto, Petrucci instalou-se na

ainda ultrapassou Dovizioso para

-me mais por dentro, onde havia mais

terceiro a 19. Nakagami, sétimo clas-

liderança que nunca mais largaria.

somar novo pódio. Oliveira cedeu

água, para arrefecer um pouco o pneu

sificado, ascendeu a quinto ficando a

Se Pol Espargaró e Bradley Smith

na parte final e mesmo na última

de trás. A minha moto esteve muito

34 pontos do topo. Quanto a Olivei-

estavam com um bom ritmo à chu-

curva foi ultrapassado por Johann

bem em travagem e aceleração em

ra, era agora nono a 46 pontos do

va, a Quartararo acontecia o inverso,

Zarco (Esponsorama Racing/Ducati),

algumas partes sobretudo em partes

líder.

-84- | MOTORCYCLE SPORTS |



MOTOGP

GP DE LE MANS

Oliveira viu top cinco fugir

na última curva

O ímpeto de Miguel Oliveira foi travado por nova queda no GP da Catalunha. Mais longe das posições cimeiras do campeonato, o piloto luso enfrentou o GP de França de MotoGP em busca do regresso aos bons resultados, num traçado historicamente difícil em que nunca tinha ido além do sexto posto entre MotoGP, Moto2 e Moto3/125cc.

Miguel Oliveira tinha regressado

tes, Fabio Quartararo (Petronas

ção muito depressa para estarmos

todos com pneus macios de chuva

aos bons resultados no GP da Emí-

Yamaha SRT). Ao mesmo tempo,

preparados a todo o momento. Te-

atrás e à frente. De início ainda ro-

lia Romana, renovando as esperan-

estava numa animada luta pelas úl-

mos de fazer com que tudo funcione

dou entre os dez mais rápidos, mas

ças de uma boa segunda metade

timas posições do top dez em que

à temperatura na qual sabemos que

não conseguiu acompanhar a ten-

da temporada. Porém, esta come-

cinco pilotos cabiam em três pon-

a moto funciona melhor e se conse-

dência de melhorias dos adversá-

çou com um abandono no GP da

tos e era o melhor das KTM.

guirmos fazer isso seremos competi-

rios. No fim, ainda tentou melhorar

Catalunha, que o #88 estava ávido

Em conferência de imprensa antes

tivos’.

numa saída com apenas uma volta

de enterrar no passado ao chegar

do arranque do programa da ronda

ao GP de França no início de ou-

gaulesa, Oliveira sustentou que se-

TREINOS LIVRES: FP3 DE

zer. Terminou no 19.º lugar com

tubro.

ria necessária adaptabilidade: ‘Es-

GRANDE NÍVEL LEVOU

um registo de 1m46,518s.

Por esta altura, o piloto natural do

pero dar-me bem, é o Grande Prémio

OLIVEIRA À Q2

A segunda sessão de treinos con-

Pragal seguia em nono lugar do

caseiro da minha equipa e quando

Tal como antecipavam as previ-

tou com a pista a secar gradual-

campeonato com 59 pontos amea-

as condições meteorológicas forem

sões, foi um início molhado e frio

mente. Porém, como numa fase

lhados – menos 49 do que o líder

mais instáveis, especialmente com o

em Le Mans. No primeiro treino li-

inicial o asfalto esteve em condi-

do campeonato e dos independen-

frio, teremos de nos adaptar à situa-

vre, Oliveira apostou em três stints,

ções mistas, Oliveira adiou a sua

-86- | MOTORCYCLE SPORTS |

lançada, mas não o conseguiu fa-


PATROCINADO POR:

TEXTO: Simon Patterson

adaptação: ‘Quando as condições

QUALIFICAÇÃO: SESSÃO

Não levou muitas voltas a chegar

são mistas temos de nos adaptar

DIFÍCIL VALE O 12.º LUGAR

ao top dez, instalando-se atrás de

muito depressa e fazer uma leitura

Depois de tudo o que aconteceu

Álex Márquez (Repsol Honda).

rápida das condições da pista. O que

no quarto treino livre, Oliveira teve

Entre quedas e ultrapassagens, Oli-

mais aprendemos em termos de afi-

mais tempo para fazer 'reset' e re-

veira continuou a galgar posições,

nações de uma sessão molhada para

compor-se antes da qualificação: o

integrando-se num grupo alargado

outra também molhada não é muito

português não teve de passar pela

que viria a discutir as posições de

porque a quantidade de água pode

Q1 graças ao segundo tempo es-

pódio ao longo de parte da prova.

mudar, o vento e a temperatura tam-

tabelecido no FP3 matinal. Porém,

O top três chegou a parecer es-

bém por isso diria que cada sessão à

não foi uma sessão fácil para o #88.

tar ao alcance do português, que

chuva tem a sua particularidade’.

Oliveira nunca saiu da cauda da ta-

se consolidou na quinta posição.

No sábado de manhã, já em con-

bela. Na sua penúltima volta ainda

Sem embargo, não mostrava argu-

dições de sol, Oliveira esteve dis-

ascendeu a 11.º, mas com a melho-

mentos para superar Pol Esparga-

creto e longe mesmo do top dez

ria considerável de Danilo Petrucci

ró e Andrea Dovizioso (Ducati) à

durante grande parte do FP3. Adi-

(Ducati), o único que estava atrás

sua frente, ao ter uma velocidade

vinhavam-se dificuldades para ga-

de si, ficou relegado ao 12.º lugar à

de ponta inferior. No fim, Oliveira

rantir a presença na segunda fase

partida em Le Mans. O seu tempo

evidenciou algumas dificuldades

da qualificação, pelo menos de for-

de 1m32,009s deixou-o a 0,694s

e perdeu mesmo o quinto posto

ma direta através dos três primei-

de Quartararo, autor da pole posi-

para Johann Zarco (Esponsorama

ros treinos livres. Mas, na sua quar-

tion.

Racing/Ducati) na derradeira volta.

ta e última saída à pista – sempre

No comunicado de rescaldo, Oli-

Depois da corrida, em conferência

com dois pneus macios – o piloto

veira assumiu que não teve as me-

de imprensa, Oliveira assumiu que

do Pragal conseguiu as suas duas

lhores sensações depois da queda

ficou desapontado por não ter al-

voltas mais rápidas do fim de se-

no FP4: ‘Tive de recuperar as sensa-

cançado o pódio: ‘Claro que estou

mana até então para terminar em

ções, não eram perfeitas na moto e

desapontado por não ter feito o pó-

segundo a apenas 0,130s do líder

não foi a pilotagem mais limpa. Ainda

dio porque senti que era o meu lugar

Fabio Quartararo (Petronas Yamaha

assim melhorei o meu tempo de volta

hoje, mas fomos competitivos e não

SRT).

em comparação com as da manhã, o

corremos sozinhos’.

O começo do FP4 foi discreto, mas

que é um ponto positivo. […]. Penso

Quanto à perda do quinto posto, o

primeira saída à pista para os últi-

ainda na primeira metade da ses-

que a minha velocidade é muito boa,

#88 explicou o que aconteceu: ‘Es-

mos 25 minutos. Uma vez em ação,

são Oliveira começou a melhorar

preciso de ter uma atitude forte e es-

tava a tentar ultrapassar o Dovi na

Oliveira ainda demorou a entrar no

a olhos vistos chegando mesmo a

tar otimista’.

última volta e abri a linha para entrar

ritmo, chegando mesmo a rodar

liderar antes de ser superado por

fora dos 107 por cento do tempo

Jack Miller (Pramac Racing/Ducati)

CORRIDA: TOP CINCO FUGIU

Zarco estava a chegar e não pude

mais rápido da altura. Sem embar-

e Quartararo. A 17 minutos do fim

MESMO NO FIM

evitar a perda do quinto lugar’.

go, conseguiu progredir lentamen-

sofreu uma avaria na sua moto que

O warm-up viu Oliveira a rubricar

Terminado o GP de França, Oliveira

te e chegou mesmo a ser segundo.

provocou uma bandeira vermelha

a 13.ª marca. Horas depois, na cor-

estava na nona posição do Mundial

Até ao fim, não melhorou de for-

devido ao óleo derramado. No rea-

rida, o começo não foi fácil. O luso

de MotoGP com 69 pontos so-

ma significativa e foi-se afundando

tar, o luso sofreu uma queda logo

enfrentou pela primeira vez uma

mados. Era também o quinto das

gradualmente. Melhorou na última

nas primeiras curvas, ficando sem

corrida flag-to-flag e com chuva.

equipas independentes, a 46 pon-

volta e subiu de 17.º a 14.º.

moto para o restante da sessão

No arranque, perdeu mesmo várias

tos do líder do campeonato (e dos

No fim deste dia inaugural, Oliveira

Ainda assim, acabou em nono lugar

posições e chegou a ser 17.º. Mas,

independentes), Fabio Quartararo.

destacou o facto de ser um dia com

a 0,504s do líder, que acabou por

daí em diante, a trajetória foi quase

Já o top cinco absoluto estava a 12

condições complicadas que exigem

ser Quartararo.

sempre ascendente para o Falcão.

pontos de distância.

por dentro a seguir e basicamente o


MOTOGP

GP DE ARAGÃO

ronda quase perfeita para a Suzuki

Apenas uma semana depois do GP de França, os Mundiais MotoGP tiveram continuidade com a segunda de três jornadas consecutivas: o GP de Aragão, primeira prova na MotorLand Aragão. A luta pelos títulos de todas as categorias continuava totalmente em aberto a cinco jornadas do término da temporada. Espanha voltou a receber os Mun-

Kalex) reduzir para apenas 15 pon-

Também a categoria rainha seguia

diais MotoGP de 16 a 18 de ou-

tos. Também na luta estavam o co-

totalmente em aberto antes de

tubro, desta feita na MotorLand

lega de Marini, Marco Bezzecchi,

Aragão. Fabio Quartararo (Petronas

Aragão. O já tradicional circuito ara-

e Sam Lowes (EG 0,0 Marc VDS/

Yamaha SRT) estava apenas com

gonês marcava um novo capítulo na

Kalex), respetivamente a 20 e 22

mais dez pontos do que Joan Mir

luta renhida pelos títulos quer em

pontos do topo. Arón Canet (Aspar

(Team Suzuki Ecstar), que só perdeu

MotoGP, Moto2 e Moto3, com os

Team/Speed Up) teve de falhar a

dois pontos na jornada anterior ape-

primeiros classificados muito juntos

prova por lesão, sendo substituído

sar de ter sido uma das suas menos

em todas as categorias e a época a

por Xavi Cardelús que assim voltava

positivas da temporada. Andrea Do-

aproximar-se do fim.

ao pelotão.

vizioso (Ducati) e Maverick Viñales

www.suzuki-racing.com

Álex Rins impõe-se em

Team/KTM) vinha de França com a liderança do campeonato recuperada, mas longe de ter qualquer conquista garantida. Ai Ogura (Honda Team Asia) seguia a apenas seis pontos de distância, com Celestino Vietti (Sky Racing Team VR46/KTM) em terceiro a 16 pontos depois do regresso às vitórias. Já Tony Arbolino (Rivacold Snipers Team/Honda) estava em quarto a apenas 20 pontos. Quanto ao Moto2, chegava com o mesmo líder das rondas anteriores. Luca Marini (Sky Racing Team VR46/ Kalex) não desarmava, mas depois da segunda prova sem pontuar em 2020 via a sua margem face a Enea Bastianini (Italtrans Racing Team/

-88- | MOTORCYCLE SPORTS |

Polarity Photo

No Moto3, Albert Arenas (Aspar

Raúl Fernández começou a ditar o ritmo do Moto3 em Aragão.


Rins ganhou pela primeira vez em 2020

Simon Patterson

(Monster Energy Yamaha) eram quarto e quinto a 18 e 19 pontos, respetivamente. Mais atrás, Miguel Oliveira estava em nono, com o luso da Red Bull KTM Tech3 a ter o top cinco em vista: o quinto classificado Takaaki Nakagami (LCR Honda) tinha apenas mais 12 pontos. MOTO3, TREINOS LIVRES: RAÚL FERNÁNDEZ NO TOPO O Mundial de Moto3 deu início à ação em pista do GP de Aragão. O primeiro treino livre ficou marcado pelas baixas temperaturas, que não foram além dos 8ºC no solo. Ao longo da sessão, muitos pilotos passaram pela liderança, com os tempos a caírem constantemente: ninguém liderou durante mais de cerca de seis minutos seguidos. Já em cima do fim, Darryn Binder (CIP Green Power/KTM) assinou a única marca abaixo dos dois minutos ao rodar em 1m59,813s. Superou Vietti por 0,331s, seguindo-se John McPhee (Petronas Sprinta Racing/Honda). Mais atrás, o líder do campeonato, Albert Arenas (Aspar Team/KTM) não foi além de 13.º. Já de tarde e com temperaturas mais elevadas realizou-se o segundo treino livre. Ainda na primeira metade da sessão foi batido o melhor registo matinal, numa FP2 em que Raúl Fernández foi o grande protagonista. O espanhol da Red Bull KTM Ajo assumiu a liderança com 17 minutos volvidos e nunca mais a largou, melhorando progressivamente até à marca de 1m58,144s. Fenati conseguiu aproximar-se perto do fim, mas ficou a distantes 0,438s, com Arenas a assinar a terceira marca gastando mais 0,532s do que Arenas. Darryn Binder, líder do FP1, melhorou o seu tempo, mas acabou em quarto a 0,545s. O FP2 foi a sessão mais rápida deste dia inaugural. Como já era expectável, no sábado | MOTORCYCLE SPORTS | -89-


MOTOGP

Masiá foi o sétimo vencedor da época de Moto3. mais tarde realizou-se a corrida. Raúl

significativas na tabela combinada.

Fernández abriu na liderança, mas

O FP3, mesmo sendo mais tarde,

com os perseguidores por perto, no-

teve baixas temperaturas que im-

meadamente Tatsuki Suzuki (SIC58

pediram melhorias, mas os pilotos

Squadra Corse/Honda) e Arenas.

atacaram o cronómetro. Carlos Tatay

Também Darryn Binder e Fenati es-

(Reale Avintia/KTM) foi quem mais

tavam no grupo da frente, enquan-

tempo consecutivo liderou, duran-

to Jaume Masiá (Leopard Racing/

te cerca de 16 minutos, mas Migno

Honda) seguia na cabeça do grupo

PSP/Lukasz Swiderek

de manhã não existiram alterações

fechou na frente. Bateu Jeremy Alcoba (Kömmerling Gresini/Honda) por 0,177s, sendo Niccolò Antonelli (SIC58 Squadra Corse/Honda) o ter-

de perseguidores depois de partir de 17.º. A 13 voltas do fim, Darryn Binder tornou-se líder, mas Raúl Fernández

ceiro a 0,194s. No combinado, Raúl

tay falhou esse objetivo por escassas

Moto3. Tatay entrou forte e liderou,

ripostou rapidamente para recuperar

Fernández foi o mais rápido dos

sete milésimas.

antes de se ver batido por Ayumu

posição. Masiá tirava partido destas

Sasaki (Red Bull KTM Tech3). Os

lutas para se ir aproximando. A nove

treinos, batendo Fenati por 0,438s. Arenas foi terceiro. Deniz Öncü (Red

MOTO3, QUALIFICAÇÃO: POLE

dois foram presença constante na

voltas do fim, Fernández comanda-

Bull KTM Tech3) foi dos poucos a

POSITION CASEIRA DE RAÚL

zona de apuramento para a Q2, que

va na frente de Arenas e McPhee

melhorar no FP3 para acabar em

FERNÁNDEZ

mantiveram até ao fim. Tatay ainda

recuperava de uma long lap penalty

14.º na tabela combinada seguindo

As hostilidades das qualificações em

viria a regressar ao comando. No fim,

para voltar ao grupo da frente. Este

diretamente para a Q2. Em 15.º, Ta-

Aragão começaram com a Q1 de

Rodrigo passou para a terceira posi-

já tinha oito unidades nas últimas

ção e selou a presença na Q2, algo

voltas, e quando faltavam cinco Dar-

que também conseguiu McPhee em

ryn Binder voltou ao comando. Raúl

quarto. Kaito Toba (Red Bull KTM

Fernández, por seu turno, caiu para

Ajo) chegou a ser candidato ao apu-

quinto em quatro curvas.

ramento, mas acabou em quinto a

As lutas eram intensas e o desfecho

apenas 0,046s do objetivo.

era certo, com trocas de líder. No final, impôs-se Masiá. O espanhol

CLASSIFICAÇÃO GP DE ARAGÃO - MOTO3 Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

1.º

Jaume Masiá

Leopard Racing

Honda

37'45.009s

2.º

Darryn Binder

CIP Green Power

KTM

+0.091s

3.º

Raúl Fernández

Red Bull KTM Ajo

KTM

+0.196s

4.º

Romano Fenati

Sterilgarda Max Racing Team

Husqvarna

+0.327s

5.º

John McPhee

Petronas Sprinta Racing

Honda

+0.368s

A Q2 abriu com Raúl Fernández a

6.º

Jeremy Alcoba

Kömmerling Gresini Moto3

Honda

+0.385s

liderar, reforçando a posição de se-

cortou a meta 91 milésimas antes de

7.º

Albert Arenas

Solunion Aspar Team Moto3

KTM

+0.396s

guida com uma volta em 1m57,681s

Darryn Binder, com Raúl Fernández

8.º

Tatsuki Suzuki

SIC58 Squadra Corse

Honda

+1.933s

9.º

Celestino Vietti

Sky Racing Team VR46

KTM

+2.389s

que viria a não ser batida. Atrás do

a ter de se contentar com a terceira

10.º

Dennis Foggia

Leopard Racing

Honda

+2.461s

espanhol, as mexidas na tabela de

posição. Fenati foi quarto e McPhee

11.º

Kaito Toba

Red Bull KTM Ajo

KTM

+2.966s

tempos foram abundantes, com vá-

quinto. Arenas, líder do campeona-

12.º

Carlos Tatay

Reale Avintia Moto3

KTM

+3.020s

rios homens a colocarem-se na per-

to, concluiu em sétimo, sendo o seu

13.º

Ayumu Sasaki

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+4.872s

seguição. No fim, quem acabou em

principal perseguidor Ogura o 14.º.

14.º

Ai Ogura

Honda Team Asia

Honda

+10.949s

15.º

Deniz Öncü

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+10.979s

radeira tentativa esteve muito perto

16.º

Filip Salac

Rivacold Snipers Team

Honda

+11.172s

de bater Fernández: ficou a 0,059s.

17.º

Alonso López

Sterilgarda Max Racing Team

Husqvarna

+13.861s

Em terceiro qualificou-se Arenas, ao

18.º

Niccolò Antonelli

SIC58 Squadra Corse

Honda

+19.761s

passo que o vice-líder do Mundial, Ai

19.º

Sergio García

Estrella Galicia 0,0

Honda

+21.284s

20.º

Yuki Kunii

Honda Team Asia

Honda

+21.339s

Ogura (Honda Team Asia) quedou-

21.º

Riccardo Rossi

BOE Skull Rider Facile Energy

KTM

+21.379s

22.º

Jason Dupasquier

23.º

Stefano Nepa

24.º

Ryusei Yamanaka

25.º

Barry Baltus

26.º

Davide Pizzoli

27.º

Khairul Idham Pawi

NC

Maximilian Kofler

NC

Andrea Migno

NC

Gabriel Rodrigo

Kömmerling Gresini Moto3

segundo foi Vietti, que na sua der-

-se em nono.

CarXpert PruestelGP

KTM

+21.440s

Solunion Aspar Team Moto3

KTM

+21.520s

Estrella Galicia 0,0

Honda

+36.570s

CarXpert PruestelGP

KTM

+36.628s

BOE Skull Rider Facile Energy

KTM

+36.676s

A manhã de domingo começou

Petronas Sprinta Racing

Honda

+36.739s

com o warm-up de Moto3, em que

CIP Green Power

KTM

17 voltas

Raúl Fernández terminou no topo

Sky Racing Team VR46

KTM

8 voltas

Honda

0 voltas

apenas 0,007s na frente de Deniz

-90- | MOTORCYCLE SPORTS |

MOTO3, CORRIDA: RECUPERAÇÃO INCRÍVEL DE MASIÁ, DE 17.º ATÉ AO TRIUNFO

Öncü (Red Bull KTM Tech3). Horas

Momento de forma sólido de Lowes com pole position e vitória.


Após a prova aragonesa, Masiá sa-

com a motivação em alta e foi dos

quarto a 0,269s. Marini fechou o

rápido já nos treinos. Depois de ter

lientou que o triunfo servia de mo-

primeiros a passar pelo comando

top cinco. Apenas três pilotos não

reforçado a liderança, foi superado

tivação extra: ‘Estou feliz, uma vitó-

da tabela de tempos, melhorando

progrediram do FP1 para o FP2,

pelo compatriota Bezzecchi, que li-

ria é sempre uma vitória. Este fim de

consecutivamente nas suas primei-

sendo o melhor Schrötter em 12.º.

derou cerca de metade da Q2. Nos

semana foi difícil, mas a equipa não

ras três voltas lançadas. Com pou-

Numa entrada forte no FP3, Lowes

minutos finais, Lowes dizimou o re-

desistiu e demonstrámo-lo. Este resul-

co mais de 12 minutos decorridos,

fez uma primeira série de voltas

corde de pista com uma volta em

tado torna-se numa motivação para

Lowes iniciou nova sequência de

avassaladora,

durante

1m51,651s que lhe garantiu a pole

as próximas corridas. Vamos trabalhar

voltas rápidas que o levou ao melhor

grande parte da sessão. Um dos ho-

position por 0,148s. Di Giannanto-

mais arduamente do que nunca e va-

registo da sessão: 1m53,391s ainda

mens que também desde cedo este-

nio seria terceiro na grelha, com Jake

mos à luta!’.

com praticamente meia hora para o

ve a rondar as primeiras posições foi

Dixon (Petronas Sprinta Racing/

Terminada a primeira ronda de Ara-

fim. Marcel Schrötter (Liqui Moly In-

Di Giannantonio. Já nos últimos dez

Kalex) em quarto e Marcos Ramírez

gão, Arenas tinha uma vantagem

tact GP/Kalex) foi o que ficou mais

minutos, o italiano chegou mesmo

(Tennor American Racing/Kalex) em

dilatada no comando, passando a

perto, a 52 milésimas, enquanto Fa-

ao topo da sessão com um tempo

quinto. Marini acabou em sétimo.

seguir 13 pontos à frente de Ogu-

bio Di Giannantonio (Speed Up) se

de 1m52,171s que era um recor-

ra. Vietti foi nono na corrida, mas

quedou a 0,058s. Luca Marini (Sky

de da MotorLand Aragón para o

MOTO2, CORRIDA: SEGUNDO

conservou a terceira posição fican-

Racing Team VR46/Kalex) assinou o

Moto2. Superou Lowes por 0,072s,

TRIUNFO SEGUIDO DE LOWES

do a 18 pontos do topo. Apesar de

quarto registo a 0,189s, com Jorge

sendo Remy Gardner (Onexox TKKR

E MUDANÇA DE LÍDER DO

ausente, Tony Arbolino (Rivacold

Navarro a fechar o top cinco na se-

SAG Team/Kalex) terceiro. No geral,

MUNDIAL

Snipers) conservou o quarto lugar.

gunda Speed Up oficial.

os pilotos melhoraram no FP3 face

O warm-up na manhã de domingo

Porém, já 39 pontos o separavam

O dia de sexta-feira ficou concluído

ao dia anterior. Apesar de Pons não

teve Lowes no topo com 0,047s de

de Arenas.

com o FP2 de Moto2. Tal como na

o fazer, segurou o 14.º lugar e a últi-

avanço sobre Navarro. Horas mais

sessão matinal, Lowes esteve em

ma vaga direta na Q2 ao bater Mar-

tarde, o britânico daria continuidade

MOTO2, TREINOS LIVRES:

plano de destaque desde cedo. O

cel Schrötter (Liqui Moly Intact GP/

à boa forma na corrida, que, no en-

VOLTA RECORDE DEIXOU

#22 foi bastante rápido e liderou

Kalex) por apenas 0,061s.

tanto, teve Bezzecchi a fazer o ho-

DI GIANNANTONIO NA

desde os oito minutos até ao der-

LIDERANÇA

radeiro quarto de hora, quando foi

MOTO2, QUALIFICAÇÃO: SAM

o segundo lugar a Di Giannantonio,

Um pouco mais tarde do que o

batido por Marco Bezzecchi (Sky Ra-

LOWES DITOU A LEI COM NOVO

mas rapidamente o recuperou. Mais

habitual devido ao atraso anterior

cing Team VR46/Kalex). Menos de

RECORDE EM ARAGÃO

atrás, Martín superou Dixon na dis-

do FP1 de MotoGP, o Mundial de

um minuto depois, o italiano viu-se

A quatro últimas vagas na Q2 fica-

puta da quarta posição, ao passo

Moto2 saiu à pista em Aragão já no

ultrapassado por Di Giannantonio,

ram decididas relativamente cedo

que Bezzecchi se ia distanciando no

fim da manhã de sexta-feira, 16 de

que assim liderou a sessão com um

na Q1: três dos 16 pilotos fizeram

comando. O seu colega Marini caiu

outubro. E desde cedo que um ho-

tempo de 1m52,748s. Ficou 0,045s

as marcas que lhes valeram o apu-

na curva 14 e abandonou.

mem esteve em destaque. Depois

na frente de Bezzecchi. Lowes foi

ramento nas suas segundas voltas

Lowes começou a colocar pressão

do triunfo em Le Mans, Sam Lowes

terceiro, com Edgar Pons (Federal

lançadas. Jorge Martín liderou a ta-

a Bezzecchi, que não era capaz de

(EG 0,0 Marc VDS/Kalex) estava

Oil Gresini/Kalex) a surpreender em

bela durante grande parte da sessão,

se destacar. Di Giannantonio era

batendo o colega da Red Bull KTM

terceiro e na nona volta consumou

Ajo/Kalex, Tetsuta Nagashima, por

a ultrapassagem a Lowes para as-

94 milésimas. Em terceiro ficou Si-

sumir a perseguição a Bezzecchi.

mone Corsi (MV Agusta Forward),

Acabou por ascender ao comando,

que também logo à segunda tenta-

mas perdeu a frente da Speed Up na

tiva fez a volta que lhe garantiu o

curva dois e abandonou. Bezzecchi

apuramento. Tom Lüthi (Liqui Moly

voltou, assim, ao topo, com a luta a

Intact GP/Kalex) já consumou a pre-

desenrolar-se entre o #72 e Lowes.

sença na Q2 mais tarde, deixando

Martín passou a rodar em terceiro,

Hafizh Syahrin (Aspar Team/Speed

com Enea Bastianini (Italtrans Racing

Up) de fora por 0,038s.

Team/Kalex) no seu encalço.

O dia de qualificações do GP de

A duas voltas do fim, Bezzecchi per-

Aragão ficou completo com a Q2 de

deu o controlo da sua Kalex e aban-

Moto2. Ao cabo das primeiras vol-

donou depois de ter sido quase sem-

tas lançadas, o comando pertencia

pre líder. Lowes herdou o comando

a Di Giannantonio, que se mostrara

e cruzou rumo ao triunfo. Bastianini

liderando

leshot. Enquanto isso, Lowes cedeu

| MOTORCYCLE SPORTS | -91-


MOTOGP levou a melhor na luta contra Martín e terminou em segundo a distantes 4,195s de Lowes, passando para a dianteira do campeonato. Dixon e Remy Gardner (Onexox TKKR SAG PSP/Lukasz Swiderek

Team/Kalex) completaram o top cinco. No comunicado da EG 0,0 Marc

Quartararo entrou na defesa do comando do Mundial.

VDS, Lowes comentou assim este segundo triunfo consecutivo: ‘Estou feliz. Não me senti tão bem como no resto do fim de semana, mas estou feliz com o ritmo, fui constante e talvez um

Terminado o GP de Aragão, a luta

MOTOGP: QUARTARARO

não precisamos mesmo de mudar

pouco mais rápido do que o esperado.

pelo título de Moto2 estava ao ru-

DE NOVO NA DEFESA

nada na moto. É uma pista que pode

[...]. É bom estar na luta pelo título.

bro. Bastianini assumiu o comando,

DA LIDERANÇA COM

ser um pouco difícil para nós, mas te-

Depois de falhar a primeira corrida no

com Lowes a ascender a segundo fi-

PERSEGUIDORES PRÓXIMOS

mos a motivação extra de estarmos

Qatar, voltei forte e estou na luta. É a

cando a dois pontos do topo. Com a

O Mundial de MotoGP chegou a

lá para lutar por um resultado verda-

primeira vez na minha carreira que te-

segunda prova consecutiva a zeros,

Aragão numa altura em que tudo

deiramente bom. Estamos a lutar pelo

nho quatro pódios consecutivos e vitó-

Marini baixou a terceiro ficando a

continuava em aberto. Fabio Quar-

campeonato, no fim de semana pas-

rias seguidas. É um momento mesmo

cinco pontos de Bastianini, enquan-

tararo (Petronas Yamaha SRT) até

sado conseguimos aumentar a nossa

bom para mim. Só preciso de manter

to Bezzecchi era quarto a 25 pontos

tinha dilatado a sua margem pontual

vantagem em condições complicadas

este ímpeto’

da dianteira.

no GP de França para dez pontos

e por isso acho que nos podemos sair

face a Joan Mir (Team Suzuki Ecstar),

mesmo bem outra vez este fim de se-

mas outro colocou-se mais próximo

mana. Primeiro que tudo iremos pro-

do que estava: Andrea Dovizioso

curar desfrutar estar de volta à moto,

(Ducati Team) a 18 pontos. Com

e depois veremos como podemos tor-

CLASSIFICAÇÃO GP DE ARAGÃO - MOTO2 Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

EG 0,0 Marc VDS

Kalex

39m33,202s

Italtrans Racing Team

Kalex

+ 4,195s

1.º

Sam Lowes

2.º

Enea Bastianini

3.º

Jorge Martín

Red Bull KTM Ajo

Kalex

+ 4,340s

Maverick Viñales (Monster Energy

ná-lo num GP ótimo para nós e, claro,

4.º

Jake Dixon

Petronas Sprinta Racing

Kalex

+ 9,298s

Yamaha) em quarto a 19 pontos e

ver como estão as condições quando

5.º

Remy Gardner

Onexox TKKR SAG Team

Kalex

+ 14,765s

6.º

Marcos Ramírez

Tennor American Racing

Kalex

+ 15,130s

Takaaki Nakagami (LCR Honda) em

chegarmos’.

7.º

Héctor Garzó

Flexbox HP 40

Kalex

+ 15,192s

8.º

Joe Roberts

Tennor American Racing

Kalex

+ 17,024s

9.º

Tetsuta Nagashima

Red Bull KTM Ajo

Kalex

+ 19,000s

MV Agusta Forward Racing

MV Agusta

10.º Simone Corsi

quinto a 34 pontos, tudo permanecia incerto.

MOTOGP, TREINOS LIVRES

Um pouco mais distantes da luta

DE SEXTA-FEIRA: VIÑALES

+ 20,206s

estavam homens como Franco Mor-

SUPERIOR COM FRIO E COM TEMPO AMENO; OLIVEIRA

EG 0,0 Marc VDS

Kalex

+ 22,661s

bidelli (Petronas Yamaha SRT), Jack

12.º Tom Lüthi

Liqui Moly Intact GP

Kalex

+ 22,692s

Miller (Pramac Racing/Ducati) e

MODESTO

13.º Edgar Pons

Federal Oil Gresini Moto2

Kalex

+ 22,995s

MV Agusta Forward Racing

MV Agusta

+ 23,301s

Danilo Petrucci (Ducati Team), que

Com as temperaturas baixas a afe-

15.º Marcel Schrötter

Liqui Moly Intact GP

Kalex

+ 23,989s

chegaram a Aragão com motivações

tarem a zona da MotorLand Aragão,

16.º Xavi Vierge

Petronas Sprinta Racing

Kalex

+ 26,747s

diferentes para se saírem bem: os

o primeiro treino livre foi adiado em

Italtrans Racing Team

Kalex

+ 26,862s

dois primeiros vinham de abando-

meia hora. E, mesmo quando a ação

18.º Nicolò Bulega

Federal Oil Gresini Moto2

Kalex

+ 27,686s

nos, enquanto Petrux chegava da

reatou, o asfalto ainda estava frio,

19.º Hafizh Syahrin

Kipin Energy Aspar Team Moto2

Speed Up

+ 27,761s

sua primeira vitória do ano apesar de

o que acabou por originar diversas

Flexbox HP 40

Kalex

+ 27,892s

estar no décimo lugar. Miguel Olivei-

quedas. Alguns dos principais pilotos

11.º Augusto Fernández

14.º Stefano Manzi

17.º Lorenzo Dalla Porta

20.º Lorenzo Baldassarri 21.º Bo Bendsneyder

NTS RW Racing GP

NTS

+ 36,250s

ra (Red Bull KTM Tech3) era nono já

não evitaram ir ao chão, incluindo o

22.º Andi Farid Izdihar

Idemitsu Honda Team Asia

Kalex

+ 44,779s

23.º Somkiat Chantra

Idemitsu Honda Team Asia

Kalex

+ 45,687s

a 46 pontos do topo, mas a apenas

líder do campeonato Quartararo,

24.º Xavi Cardelús

Kipin Energy Aspar Team Moto2

Speed Up

+ 47,231s

12 pontos do top cinco.

mas felizmente ninguém se magoou.

25.º Kasma Daniel

Onexox TKKR SAG Team

Kalex

+ 58,178s

NTS RW Racing GP

NTS

+ 1m05,154s

MB Conveyors Speed Up

Speed Up

26.º Piotr Biesiekirski 27.º Jorge Navarro

No

comunicado

de

antevisão,

Na tabela de tempos, a liderança

Quartararo confessou que espera-

mudou constantemente de mãos no

19 voltas

va dificuldades da MotorLand de

primeiro quarto de hora, antes de as

NC

Marco Bezzecchi

Sky Racing Team VR46

Kalex

18 voltas

Aragão, mas também se mostrou

Yamaha assumirem o controlo.

NC

Fabio Di Giannantonio

MB Conveyors Speed Up

Speed Up

10 voltas

NC

Luca Marini

Sky Racing Team VR46

Kalex

2 voltas

entusiasmado e motivado: ‘Estamos

Primeiro foi Quartararo na fren-

numa boa posição a ir para Aragão,

te, sendo depois batido pelo co-

-92- | MOTORCYCLE SPORTS |


lega Franco Morbidelli. Com cer-

No fim, Viñales assinou a melhor

ca de 29 minutos decorridos,

marca do dia em 1m47,771s (única

Maverick Viñales (Monster Energy

no 1m47s) para superar Quartararo

Yamaha) completou uma volta em

por 0,249s. Morbidelli foi terceiro a

1m49,866s. Foi um tempo que mais

0,447s, seguindo-se Mir a 0,730s.

ninguém conseguiu igualar até ao

Cal Crutchlow (LCR Honda) con-

fim, com Morbidelli a ficar a 0,085s.

cluiu em quinto. Pol Espargaró foi

Estes foram os únicos a baixar ao

o melhor KTM em sétimo a 0,975s

1m49s, sendo Quartararo terceiro a

da dianteira. Oliveira ainda chegou

0,276s. Álex Márquez (Repsol Hon-

a estar em posições adiantadas, mas

da) e Takaaki Nakagami (LCR Hon-

acabou em 16.º a 1,437s e arriscava

da) fecharam o top cinco. Quanto a

falhar o apuramento direto para a

Miguel Oliveira, o luso da Red Bull

Q2. O mesmo se passava com pilo-

KTM Tech3 teve uma sessão discre-

tos como Andrea Dovizioso (Ducati),

ta e acabou em 16.º a praticamente

Jack Miller (Pramac Racing/Ducati)

segundo e meio do topo.

ou Danilo Petrucci (Ducati), todos

Sexta-feira à tarde, e com o sol a

fora do top dez combinado de sex-

brilhar, as temperaturas foram bem

ta-feira. E, no sábado de manhã, o

mais amenas em Aragão. Por isso

frio não iria facilitar melhorias.

COVID-19 AFASTA VALENTINO ROSSI Na quinta-feira, 15 de outubro, surgiu a notícia em comunicado oficial da Monster Energy Yamaha: Valentino Rossi testou positivo à Covid-19 e teria de falhar o GP de Aragão... pelo menos. Depois de acordar naquele dia com dores no corpo e febre ligeira, Rossi submeteu-se a dois testes: um PCR rápido que deu negativo e um PCR convencional que confirmou a infeção pelo novo coronavírus.

mesmo, foi com naturalidade que MOTOGP, TREINOS LIVRES

cas do FP1 fossem batidas. Ainda

DE SÁBADO: MORBIDELLI

com menos de sete minutos conta-

NA FRENTE DE UM FP3

dos, Quartararo foi mais rápido do

DETERMINANTE

que o registo de referência matinal.

O terceiro treino livre foi a derra-

Esta sessão vespertina teve pratica-

deira hipótese de os pilotos lutarem

mente sempre uma Yamaha no topo.

por uma vaga direta na Q2. Apesar

A exceção foi Joan Mir (Team Suzuki

de estar mais frio do que no FP2 do

Ecstar), que liderou durante cer-

dia anterior, diversos pilotos apro-

ca de um quarto de hora. Mas nos

veitaram, rubricando as suas me-

últimos 15 minutos as YZR-M1

lhores marcas. O primeiro a fazê-lo

voltaram a mostrar-se superiores.

foi Nakagami, que liderou durante

Sexta-feira atípica com Viñales no topo.

PSP/Lukasz Swiderek

logo nos primeiros minutos as mar-

Il Dottore não escondeu a sua frustração por ter de falhar a prova e por ter ficado infetado apesar de cumprir as medidas: ‘Estou desapontado por falhar a corrida em Aragão. [...]. Estou triste e irritado, porque fiz o meu melhor para respeitar o protocolo e embora o teste que tive na terça-feira fosse negativo, autoisolei-me desde a minha chegada de Le Mans. De qualquer maneira, é assim que é e não há nada que possa fazer para mudar a situação. Agora seguirei os conselhos médicos e só espero sentir-me melhor em breve’.

uma parte considerável da sessão.

ra, que falhou o objetivo por 0,101s.

O japonês foi rápido desde os pri-

Quartararo sofreu uma aparatosa

meiros instantes, começando a dis-

queda que o levou ao centro médico

putar o comando com os pilotos da

do circuito, mas apesar do 15.º tem-

Petronas Yamaha SRT, Quartararo e

po da sessão já estava na Q2. A par

Morbidelli.

de Viñales, foi um dos que acedeu

No final, haveria de ser Morbidelli a

desde logo a essa fase da qualifica-

imperar. O italiano bateu Crutchlow

ção sem melhorar no FP3.

por 0,455s, sendo Pol Espargaró

A quarta sessão de MotoGP marcou

(Red Bull KTM) terceiro a 0,460s.

o fim dos treinos livres no GP de

Mir acabou em quarto apesar de

Aragão. Crutchlow liderou na fase

ter completado apenas nove voltas,

inicial, revezando-se com Morbidel-

sendo Márquez quinto. Nakagami

li. O italiano haveria mesmo de se

acabou por se quedar em sexto.

impor no fim, repetindo o que havia

Mais atrás, o nono registo do FP3

feito no FP3. Nesta sessão habitual-

esteve perto de valer a Q2 a Olivei-

mente usada para preparar os últi| MOTORCYCLE SPORTS | -93-


MOTOGP

GP DE ARAGÃO rápido. [...]. Sinto-me ótimo na moto,

Suzuki com duplo pódio e liderança do campeonato.

mas não tão bem como quero’. MOTOGP, CORRIDA: ÁLEX RINS MAIS FORTE EM DUELO ESPANHOL No MotoGP, o último dia do GP de Aragão começou com Nakagami a bater Viñales por 0,219s no warm-up, sessão em que Oliveira foi 11.º. Horas mais tarde, na corrida, Morbidelli foi o mais eficaz na partida, mas ainda nos primeiros metros foi ultrapassado por Viñales. Rins subiu www.suzuki-racing.com

a quarto. Oliveira, por seu turno, subiu a 17.º. Quartararo também conseguiu ultrapassar Morbidelli, que assim se posicionava em quarto. Ainda na primeira metade da prova, Rins ultrapassou Quartararo aproveitando um erro do francês. mos detalhes com vista à corrida.

marca da sessão. Em cima do fim,

e antecipou muito trabalho a fazer

Viñales estava instalado na lide-

Morbidelli rubricou a sua melhor

Jack Miller (Pramac Racing/Ducati)

para a corrida: ‘Não esperava estar

rança e, mais atrás, Márquez vinha

marca já nos últimos dez minutos,

chegou a segundo, deixando Dovi-

tão bem em qualificação porque não

galgando posições gradualmente.

reagindo quando foi superado por

zioso de fora e em 13.º da grelha

me senti muito bem toda a semana.

Entretanto, Quartararo começou a

Márquez.

por 0,015s. Oliveira teve uma ses-

Estou feliz por ter feito uma boa volta

andar para trás, evidenciando difi-

O espanhol foi a grande surpresa

são árdua e não foi além de oitavo,

na qualificação. Temos muitas coisas

culdades para acompanhar o ritmo

do FP4, terminando em segundo a

correspondente a 18.º na grelha.

para fazer na moto e no estilo de pilo-

da frente. Mir, que também estava

0,105s do topo. O terceiro foi Mir,

Na Q2, Morbidelli foi o primeiro

tagem, porque somos rápidos nas pri-

em recuperação, superou Morbi-

com Pol Espargaró em quarto, sen-

líder, mas com os tempos altos na

meiras dez voltas, mas depois temos

delli e mais tarde o francês para

do Viñales quinto. Depois da que-

fase inicial foi rapidamente supe-

mais dificuldades comparando com o

chegar às posições de pódio.

da aparatosa do FP3, Quartararo

rado por Miller, que vinha da Q1

Maverick que foi muito mais consis-

A recuperação do maiorquino não

regressou à pista e assinou a sexta

determinado em lutar pelas linhas

tente do que nós à tarde, foi muito

iria parar aí. Rins chegou ao coman-

marca do FP4. Mais atrás, Oliveira

da frente. O australiano foi depois

melhorou na sua última série de

batido por Quartararo, enquanto

voltas para ser 12.º.

Viñales chegava a terceiro, antes de ser batido por Morbidelli com o

MOTOGP, QUALIFICAÇÃO:

segundo tempo. Viñales chegou à

POLE POSITION DE

liderança na segunda tentativa, mas

QUARTARARO POR 0,046S

quem se impôs foi mesmo Quarta-

Depois de Aleix Espargaró (Aprilia

raro, que bateu o compatriota por

Racing Team Gresini) e Oliveira es-

apenas 46 milésimas. Crutchlow,

tarem nas primeiras posições numa

ainda em baixo de forma, deu boa

fase inicial, foram praticamente

conta de si com o terceiro tempo,

sempre as Ducati no topo da Q1.

regressando às primeiras posições

Brad Binder (Red Bull KTM) ainda

em qualificação. Morbidelli e Miller

se intrometeu nestas contas, mas

completaram o top cinco na frente

não teve argumentos para fazer

de Mir.

face às Desmosedici GP20. Com

Em conferência de imprensa, Quar-

a sua penúltima tentativa, Danilo

tararo assumiu que foi uma quali-

Petrucci (Ducati) assinou a melhor

ficação melhor do que o esperado

-94- | MOTORCYCLE SPORTS |

Quartararo na pole position mesmo com mazelas físicas.


do na oitava volta para nunca mais o largar. Viñales desceu, assim, a segundo. Não muito depois, Viñales viria a ser ultrapassado por Mir e, a 13 voltas do fim, também já tinha caído para trás de Márquez. O #73 estava em grande plano, lutando pela primeira vez pelo pódio com piso seco. Levou mesmo a melhor sobre Mir para assumir o segundo posto. As voltas finais ficaram marcadas por um duelo entre Rins e Márquez. Com um pneu médio à frente e um macio atrás, o rookie poderia ter vantagem sobre o rival da Suzuki, que tinha dois pneus macios. Márquez bem tentou pressionar Rins para ir em busca da vitória, mas não teve argumentos para o fazer. Assim, Rins levou de vencida cortando a meta com 0,263s de avanço.

cutivo, Álex Márquez assumiu que

tamente a parte mais complicada no

Viñales em terceiro a 12 pontos.

Mir fechou o pódio, com Viñales

existiram alguns momentos fulcrais

campeonato, estar sempre no pódio,

Dovizioso era o quarto a 15 pon-

em quarto e Nakagami em quinto.

para o desfecho: ‘Estou muito feliz

mesmo com alguns problemas’.

tos, com Nakagami a estar em

Quartararo teve uma prova para es-

e muito orgulhoso com esta corrida

O campeonato estava ao rubro

quinto a 29 pontos apesar de ter-

quecer terminando apenas em 18.º.

porque mostrámos todo o fim de se-

depois do GP de Aragão. Mir era

minar pela primeira vez fora do

Assim, com o terceiro lugar, Mir

mana um grande potencial em todos

o novo líder, mas apenas seis pon-

top dez este ano. Oliveira desceu

tornou-se no novo líder do cam-

os treinos livres. Estive a desfrutar

tos à frente de Quartararo, com

a décimo.

peonato. Mais acima, em 16.º, ficou

muito, estava livre na moto, esqueci-

Oliveira, que ocupou essa posição

-me de tudo e disse que ia ser um bom

CLASSIFICAÇÃO GP DE ARAGÃO - MOTOGP

durante praticamente toda a prova.

dia. Tentei atacar desde início. É ver-

Pos.

No comentário à sua primeira vitó-

dade que o Rins foi mais inteligente

1.º

Álex Rins

ria do ano, Rins confessou em con-

na primeira volta e foi capaz de recu-

2.º

Álex Márquez

ferência de imprensa que o facto de

perar mais posições do que eu, e acho

3.º

Joan Mir

estar no comando dificultou mais a

que esta foi a chave da corrida. Mas

4.º

tarefa: ‘Fizemos mesmo uma boa cor-

depois comecei a sentir-me muito

5.º

rida. Foi a primeira corrida que ganhei

bem, estava a surpreender-me tam-

liderando – nas últimas duas vitórias

bém a mim. [...]. Sabia que era um dos

estive a lutar com o Valentino [Rossi]

melhores pilotos a gerir os pneus no

e noutra com o Marc [Márquez] – mas

final. [...]. Esperei até ao fim, tentando

acho que esta foi um pouco mais di-

ser inteligente e suave, e a duas voltas

fícil porque é mais fácil cometer um

do fim cometi dois erros que me cus-

erro quando estás a liderar a corrida.

taram a hipótese de lutar pela vitória’.

Mas tentei manter a calma e estive a

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

Team Suzuki Ecstar

Suzuki

41m54,391s

Repsol Honda Team

Honda

+ 0,263s

Team Suzuki Ecstar

Suzuki

+ 2,644s

Maverick Viñales

Monster Energy Yamaha MotoGP

Yamaha

+ 2,880s

Takaaki Nakagami

LCR Honda Idemitsu

Honda

+ 4,570s

6.º

Franco Morbidelli

Petronas Yamaha SRT

Yamaha

+ 4,756s

7.º

Andrea Dovizioso

Ducati Team

Ducati

+ 8,639s

8.º

Cal Crutchlow

LCR Honda Castrol

Honda

+ 8,913s

9.º

Jack Miller

Pramac Racing

Ducati

+ 9,390s

10.º

Johann Zarco

Esponsorama Racing

Ducati

+ 9,617s

11.º

Brad Binder

Red Bull KTM Factory Racing

KTM

+ 13,200s

12.º

Pol Espargaró

Red Bull KTM Factory Racing

KTM

+ 13,689s

13.º

Aleix Espargaró

Aprilia Racing Team Gresini

Aprilia

+ 14,598s

Depois deste pódio com o tercei-

14.º

Iker Lecuona

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 15,291s

pilotar bem. Foi difícil, porque estava

ro lugar que lhe valeu o comando

15.º

Danilo Petrucci

Ducati Team

Ducati

+ 15,941s

a ver que o Joan e o Álex estavam a

do campeonato, Mir comentou em

16.º

Miguel Oliveira

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 18,284s

aproximar-se muito rapidamente. Ten-

conferência de imprensa o resulta-

17.º

Stefan Bradl

Repsol Honda Team

Honda

+ 20,136s

tei manter a calma, manter os pneus

do, assumindo que a regularidade é

18.º

Fabio Quartararo

Petronas Yamaha SRT

Yamaha

+ 21,498s

para o fim da corrida porque não é

o mais difícil de conseguir: ‘É verda-

19.º

Bradley Smith

Aprilia Racing Team Gresini

Aprilia

+ 25,300s

fácil correr com o pneu macio traseiro’.

de que estamos a mostrar uma re-

20.º

Tito Rabat

Esponsorama Racing

Ducati

+ 25,558s

Depois do segundo pódio conse-

gularidade muito séria e essa é cer-

NC

Francesco Bagnaia

Pramac Racing

Ducati

2 voltas

| MOTORCYCLE SPORTS | -95-


MOTOGP

GP DE ARAGÃO

Oliveira e KTM

em dificuldades na MotorLand

Dias depois de voltar às boas prestações em Le Mans, Miguel Oliveira teve o regresso à Península Ibérica, que iria acolher todas as cinco jornadas que levariam ao fim da época. Na MotorLand Aragão teve lugar a segunda de três rondas consecutivas, o GP de Aragão. quência com algumas oscilações de

mais tarde do que o habitual, numa

lona, Oliveira reagiu da melhor forma

ritmo, na segunda saída o #88 esta-

mudança de horário forçada pelas

na sua primeira corrida com chuva

beleceu-se na casa do 1m52s antes

temperaturas baixas ditada mesmo

no MotoGP: em Le Mans esteve

de chegar ao 1m51s. O seu melhor

na véspera. Oliveira tinha assim mais

quase sempre entre os mais rápidos

registo deixou-o em 16.º a 1,491s

algumas chances de melhorar o seu

e chegou a ter o pódio em linha de

do líder, que foi Maverick Viñales

registo. Porém, ao longo do treino

vista, vindo a acabar em sexto. Em

(Monster Energy Yamaha).

nas suas duas primeiras saídas à pista

Aragão, o objetivo era conseguir dar

O FP2 teve temperaturas mais ame-

esteve muito longe do top dez. Nos

sequência ao bom momento, dis-

nas e, tal como praticamente todos

últimos dez minutos chegou mesmo

pondo de alguma regularidade que

os adversários, Oliveira melhorou

a estar em 21.º e último lugar, antes

lhe tem faltado em 2020.

nos minutos iniciais face ao FP1.

de reagir ocupando por momentos o

Ambicioso a entrar nas derradeiras

Chegou mesmo a ocupar o segundo

quarto lugar. Foi por 0,101s que fa-

cinco jornadas de 2020, que mar-

lugar por breves instantes e ao longo

lhou o apuramento direto para a Q2,

cariam a sua despedida da Tech3,

da primeira metade da sessão este-

ficando na nona posição do FP3 e a

Oliveira sublinhou que nesta jornada

ve no top dez. Assentou um ritmo

11.ª na tabela combinada.

seria necessária uma boa adaptação

no 1m50s na sua segunda série de

No FP4, Oliveira preparou-se para

às condições e contou que metas ti-

voltas, com dois pneus macios, an-

a corrida. Numa fase inicial esteve

nha traçadas: ‘Sabemos que vai estar

tes de dois stints curtos com voltas

no top dez, mas ao não melhorar

frio. Precisamos de nos adaptar rapida-

no 1m49s. O seu melhor tempo foi

no stint inaugural depois da segun-

mente às situações e fazer a moto tra-

1m49,208s, que o deixou em 16.º a

da volta rápida, foi-se afundando na

as primeiras voltas cronometradas.

balhar lá. Quero continuar nesta linha,

1,437s de Viñales que voltou a lide-

classificação até chegar a 18.º. Já

Porém, era evidente que os regis-

terminar dentro dos pontos e tentar

rar.

na segunda saída desceu ao 1m48s

tos ainda estavam muito altos. A

conquistar o máximo’.

Terminado o dia inaugural, Oliveira

para voltar por breves instantes ao

passar logo pelas boxes, o piloto de

Polarity Photo

Após o inglório abandono em Barce-

assumiu que precisaria de fazer me-

top dez, de onde saiu em definiti-

Almada foi perdendo posições. Es-

TREINOS LIVRES:

lhorias na sua RC16, afirmando no

vo: perdeu duas posições até ao fim

tava na zona mais baixa da classifi-

APURAMENTO DIRETO PARA

resumo das sessões: ‘As condições

para acabar em 12.º a 0,346s do lí-

cação quando voltou para um stint

A Q2 FORA DE ALCANCE

foram muito duras. Durante a manhã

der Franco Morbidelli (Petronas Ya-

de duas voltas. Ainda melhorou,

Foi um começo discreto para Oli-

estivemos em pista, mas com dificul-

maha SRT).

mas não foi além de oitavo, ficando

veira em Aragão. No primeiro trei-

dades para aquecer o pneu da frente,

no livre, com temperaturas frias na

um pouco como creio que toda a gen-

QUALIFICAÇÃO PARA

Depois da qualificação, Oliveira

MotorLand Aragón, nunca esteve

te. À tarde sabíamos que seria quase

ESQUECER VALEU O 18.º

explicou as suas dificuldades numa

sequer perto das primeiras posições

como que uma qualificação [...]. No

LUGAR NA GRELHA

resposta ao Motorcycle Sports: ‘O

da tabela de tempos. Apostou em

final fizemos duas voltas lançadas e

A qualificação foi curta para Oli-

problema é a tração e não é nada

duas séries de voltas, ambas com

creio que ainda temos muito a melho-

veira, resumindo-se a três voltas

relacionado com os pneus, apenas

um pneu macio à frente e um médio

rar na moto’.

lançadas. O começo até foi anima-

tração. É verdade que entre todas

atrás. Depois de uma primeira se-

No sábado de manhã, o FP3 foi

dor, com o luso em segundo após

as KTM somos nós a destruir o pneu

-96- | MOTORCYCLE SPORTS |

relegado ao 18.º lugar da grelha.


PATROCINADO POR:

TEXTO: Bernardo Matias

mais rapidamente e até para a veloci-

ca. Porém, a corrida seria bastante

fase em que esteve em 15.º teve as

nho este ano. Por norma mesmo que

dade de corrida é complicado enten-

complicada. O piloto nascido no

KTM oficiais de Brad Binder e Pol

não nos qualifiquemos muito bem

der de momento qual é o nosso real

Pragal nunca teve ritmo para ir além

Espargaró em linha de vista, mas foi

conseguimos ter um bom ritmo e

potencial’.

das últimas posições e nem mesmo

incapaz de ter argumentos para as

gerir bem os pneus, mas parece que

O #88 reconheceu igualmente que

os pontos estiveram ao alcance. A

ameaçar. Oliveira acabou por cor-

aqui foi muito complicado fazer isso

ficou desapontado com o resultado

MotorLand Aragón castigou todas

tar a meta em 16.º a mais de dois

este domingo. Não sei se é por causa

e não esperava facilidades para a

as RC16, que evidenciaram dificul-

segundos de Danilo Petrucci (Du-

da temperatura porque nos faltaram

corrida: ‘Estou muito desapontado

dades para ser competitivas no tra-

cati), que foi 15.º classificado.

cerca de 15/20 graus no asfalto para

porque isto está muito longe do

çado dos arredores de Alcañiz.

Perante a imprensa, Oliveira assu-

termos o pneu de trás capaz de ter o

que somos capazes e do nosso ob-

Quanto a Oliveira, partiu de 18.º e

miu depois da corrida que se tra-

desempenho que pode ter, por isso...

jetivo’.

subiu a 17.º logo na fase inicial, mas

tou do pior rendimento da época,

neste momento é muito complicado

estabeleceu-se em 16.º durante

algo para que tinha poucas expli-

de explicar o sucedido’.

CORRIDA: KTM SEM

grande parte da corrida. Ainda che-

cações: ‘Este foi sem dúvida o pior

O resultado em Aragão fez Oliveira

ANDAMENTO E OLIVEIRA

gou a estar no último lugar pontuá-

fim de semana da temporada, aca-

descer ao décimo lugar do cam-

EM 16.º

vel em 15.º, mas rapidamente foi

bámos a corrida, mas simplesmente

peonato, ficando a 23 pontos do

O warm-up deu algum alento a

ultrapassado pelo colega da Red

não conseguimos ser competitivos.

top cinco, encerrado por Nakaga-

Oliveira, que rubricou a 11.ª mar-

Bull KTM Tech3, Iker Lecuona. Na

Diria que foi o nosso pior desempe-

mi. | MOTORCYCLE SPORTS | -97-


NOTÍCIAS

Pedro Rocha dos Santos

BMW apresentou uma nova R18 Classic, uma nova versão depois da "First Edition" inicialmente apresentada. A nova versão da BMW R18 apelidada de

Mustang Seats e, a Vance & Hynes e a Roland

"Classic" inclui um pára-brisas alto, do tipo

Sands que aportam uma possibilidade quase

clássico que montam muitas das cruisers norte-

infindável de personalizações.

Cinco novas Ducati 2021 serão sucessivamente apresentadas durante o mês de Novembro

americanas, dois faróis adicionais LED na frente, poisa-pés do tipo plataforma, guiador mais alto, sacos laterais em material flexível, roda de 16" na dianteira do tipo "Fat" e assento de pendura removível. Em opção inclui uma série de acessórios de marcas conceituadas como a

A BMW apresentou também uma nova geração da sua R Nine T para 2021 São quatro R Nine T's renovadas para 2021, a

110 hp. Em termos de ajudas electrónicas inclui

R Nine T Standard, a R Nine T Pure, a R Nine

ABS Pro com Control Dinâmico de Travagem e

T Scrambler e finalmente uma versão 40 Th

modos de condução standard Rain e Road. A

Anniversary da R Nine T Urban GS nas cores

suspensão traseira foi melhorada e a iluminação e

da BMW GS de Enduro que competia nos

intermitentes são agora totalmente LED. A BMW

anos 80. A nova geração de BMW's R Nine T

reforçou também o seu catálogo de opções "

apresenta novas cores para 2021 e passaram

719 " de forma a aumentar o potencial da sua

por um processo de transformação para

personalização.

poderem obter homologação Euro 5. O seu motor foi recondicionado técnica e estéticamente e tem agora 109 hp em vez dos anteriores

-98- | MOTORCYCLE SPORTS |

De acordo com um vídeo publicado pela Ducati ficámos a saber que durante o mês de Novembro e em sucessivas episódios serão revelados os cinco novos modelos para o ano de 2021. Pelas imagens podemos perceber o segmento em que se enquadram. A única certeza será a da muito falada Multistrada V4, a outra poderá vir a ser uma Adventure de média cilindrada apresentada o ano passado em Milão e apelidada de Desert X. Poderemos ver também o aparecimento de uma Streetfighter V2 com base na Panigale V2 e também as novas Ducati Monster com novo chassi em em liga, abandonando o tradicional quadro em estrutura de trelissa de aço. As apresentações decorrem nos dias 4, 11, 18 e 25 de Novembro e a última a 2 de Dezembro

Novas KTM 890 Adventure de 2021 versão Standard reveladas Depois das versões R e Rally da nova KTM 890 Adventure 2021 e termos questionado se iriam manter a versão 790 standard como modelo mais acessível, eis que nos chega a resposta da KTM, confirmando que a versão standard de cilindrada média da Adventure austríaca é mesmo uma 890. A nova 890 vem com melhoramentos a vários níveis e aquele que é mais evidente é o aumento de cilindrada em mais 90 cc, mas também inclui agora suspensões ajustáveis e mais ajudas electrónicas à condução. A KTM 890 Adventure 2021 vais estar disponível em duas cores e não temos para já confirmação de preços mas contamos dar mais informação em breve.




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