MOTOGP: FRANÇA - LE MANS | ARAGÃO - MOTORLAND | MUNDIAL SBK: ESTORIL
#15
O U T U B R O | M E N S A L | T H E G R E AT E S T M OTO R C YC L E S P O R T S M A G A Z I N E
PORTUGAL CONTINENTAL - 4,50€
MOBILIDADE
ANTI VÍRUS ENTREVISTAS EXCLUSIVAS
PECCO BAGNAIA
POL ESPARGARÓ
COMPARATIVO
NEO-CLÁSSICAS D E S P O R T I VA S
- KAWASAKI Z900 RS - SUZUKI KATANA
BMW S100 XR | HARLEY-DAVIDSON STREET GLIDE SPECIAL | KAWASAKI Z H2 | LAMBRETTA 125 | INDIAN FTR 1200 ART ON WHEELS | BMW R18
ÍNDICE 4
Notícias As mais recentes novidades do comércio e indústria
8
Comparativo
20 26 34 42 48 52 58 62 70 74
Trazemos-lhe o frente-a-frente entre as Kawasaki Z900 e Suzuki Katana.
BMW S100 XR Conheça ao detalhe a mais recente BMW S 1000XR, a sports tourer da marca.
Harley-Davidson Street Glide Special A nossa visão sobre a Harley-Davidson Street Glide Special, depois de um ensaio à mota norte-americana.
EDITORIAL
É
com algumas novidades que chega às bancas a segunda edição em formato físico da
revista Motorcycle Sports. Com a chancela de qualidade e atualidade a que já o habituámos, chegamos com uma disposição distinta do habitual. Nesta edição colocamos especial enfoque no comércio e indústria, que abre a edição com al-
Kawasaki Z H2
gumas das mais recentes novidades das motas
Os pormenores da Kawasaki Z H2, a supernaked que chegou este ano a Portugal, depois do nosso ensaio à mota.
que pode adquirir nas estradas – incluindo um
Lambretta 125 O Motorcycle Sports a destacar a mobilidade urbana com a Lambretta 125.
Indian FTR 1200 Art on Wheels O destaque à customização com a Indian FTR 1200 Art on Wheels.
BMW R18 Leia a nossa impressão sobre a BMW R18, outra das motas que ensaiámos para esta edição.
Entrevista a Francesco Bagnaia Um dos exclusivos Motorcycle Sports nesta edição, com uma entrevista a Francesco Bagnaia.
comparativo entre as Kawasaki Z900 e a Suzuki Katana e as notícias do setor. Mas, como o desporto é a génese do Motorcycle Sports desde o seu início, também não faltam as últimas das pistas. Neste caso, concentrámos a edição 15 em torno do motociclismo de velocidade, quando os Mundiais MotoGP e Superbike estiveram numa fase decisiva da época. No WSBK, trazemos-lhe tudo sobre o fim da
Mundiais Superbike no Estoril
época que aconteceu no Estoril em meados
Tudo sobre o final da temporada dos Mundiais Superbike, Supersport e Supersport 300, com as últimas decisões no Circuito do Estoril.
de outubro. Já dos Mundiais MotoGP, poderá
Entrevista a Pol Espargaró Entrevista exclusiva a um dos protagonistas da época do MotoGP, Pol Espargaró.
GPs de França e de Aragão O resumo de todos os acontecimentos nos GP de França e de Aragão de todas as categorias do MotoGP, com destaque também para Miguel Oliveira.
FICHA TÉCNICA Proprietário - Full Fixtures Unipessoal Lda Sede - Rua do Rebolar n3 3dt 2770-148 Paço de Arcos Director - Diogo de Soure Director Adjunto - Rodrigo Fialho Jornalista - Simon Patterson Colaboradores - Bernardo Matias, Gonçalo Viegas, Fábio Fialho, Pedro Rocha dos Santos Fotografia - Pedro Messias (Ensaios) Director de Arte - Rodrigues da Silva Impressão - GRAFISOL - EDIÇÕES E PAPELARIAS, LDA. Distribuição - VASP, DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Tiragem - 10.000 ex. Periodicidade - Mensal Estatuto editorial em MotorcycleSports.net Preço - (IVA inc.): 4,50€ (Portugal Continental) ERC: N.º 127278 Depósito Legal: 455729/19
ler tudo sobre mais duas rondas importantes e emocionantes – os GP de França e de Aragão, que abriram o caminho à fase final da temporada. Também lhe trazemos dois rigorosos exclusivos – entrevistas com Francesco Bagnaia e Pol Espargaró, em que poderá ler as impressões dos dois pilotos sobre uma ampla variedade de assuntos do MotoGP. São 100 páginas para ler e ficar a par de toda a atualidade do mercado das duas rodas e do motociclismo enquanto desporto, agora que os dias são curtos e o tempo começa a apelar a estadias em casa. Bernardo Miguel Matias
| MOTORCYCLE SPORTS | -3-
NOTÍCIAS
Pedro Rocha dos Santgos
Novidades de Mercado – Modelos já revelados para 2021 Com as Feiras internacionais cancelas, Intermot e EICMA em Milão de
de expectativa em torno dos mesmos.
portas fechadas este ano, as marcas preparam-se para anunciar os seus
Alguns inclusivamente já se mostraram e outros colocaram os “pés
novos modelos de 2021 em apresentações digitais via internet. A maioria
de fora” deixam-nos pistas sobre aquilo que aí vem. Damo-vos aqui a
tem vindo a provocar o mercado com pequenos vídeos que revelam
conhecer os modelos que entretanto já se anunciaram e uma antevisão de
pequenos pormenores dos novos modelos na tentativa de criar um clima
outros que quase certo estão para ser revelados pelas diferentes marcas.
APRILIA 2021 A novidade que não é absolutamente nova é a desportiva RS660, apresentada há dois anos no Salão EICMA e que finalmente chega ao mercado integrada na gama 2021. Com um motor bicilíndrico de 659cc, que é praticamente a metade dianteira do motor V4 da sua irmã maior RSV4 , debita 100cv às 10.500 rpm e com 67 Nm de binário às 8.500 rpm. Com um peso de apenas 169 Kg e electrónica de última geração, que inclui 5 modos de condução, onde três são para estrada e dois específicos para pista, a Aprilia RS660 promete um desempenho desportivo que facilmente se tornará a referência da classe, competindo com as actuais
R6 da Yamaha e Ninja 650 da Kawasaki. Inclui ainda vários níveis de controle de tração, controle de cavalinho e Cruise Control. A nova Aprilia RS660 estará disponível nos concessionários próximo do final deste ano em três cores distintas, Lava Red, Apex Black e uma especial apelidada de Acid Gold. Esta será certamente a primeira de outros modelos com esta motorização e já se comenta que certamente a próxima ainda para 2021 poderá ser uma Tuono 660 ou uma Adventure Tuareg 660 e ainda uma versão "Trofeo" da própria RS660 específica para rodar em pista.
BENELLI 2021
BMW 2021 Sem dúvida alguma que a grande novidade para o ano de 2021 é a nova Cruiser bávara com motor Big Boxer, a R18 First Edition, moto que tivemos a oportunidade de testar e cujas impressões vos damos a conhecer nesta edição da Motorcycle Sports. A R18 First Edition é realmente impactante quer pela sua estética vintage inspirada na BMW R5 de 1936 quer pela dimensão do seu motor de 1802 cc, o maior boxer alguma vez produzido, que debita 91 Cv com um binário de 154 Nm. A R18 desafia as tradicionais cruisers norte-americanas com estilo marcadamente retro e clássico que inclui pormenores de enorme exclusividade, reveladores de toda a atenção com que o fabricante bávaro desenvolveu este novo modelo. Conheçam-no mais adinate ao pormenor no ensaio que realizámos. Paralelamente foram também anunciadas algumas renovações dos actuais modelos da gama 2020 , nomeadamente as versões R 1250 GS e R 1250 GS Adventure comemorativas dos 40 anos das GSs, e novas versões melhoradas da gama 301, as pequenas naked e Adventure da BMW. Entretanto aquela que para já sofreu um maior desenvolvimento face ao modelo do ano anterior é a nova BMW R 1250 RT, sobre a qual falaremos com pormenor num ensaio a realizar brevemente
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Não existe anuncio oficial sobre novos modelos para 2021 no entanto desde que a os chineses adquiriram a marca em 2005 que nos chegam sempre imagens de novos modelos que a marca estará a desenvolver para colocar com alguma rapidez no mercado. Para 2021 fala-se em duas novas Adventure a primeira um restyling da actual TRK 500 e a segunda seria uma TRK 800 com o novo motor bicilíndrico da actual versão naked desportiva 750S. Novas versões Naked bicilíndricas foram também identificadas nas instalações do fabricante chinês mas não se sabe ao certo que modelos chegarão ao mercado europeu sob a marca Benelli. O certo é que também se fala de novos motores tetracilíndricos produzidos por uma empresa que pertence ao grupo chinês fruto da aquisição dos direitos de produção dos anteriores motores da MV Agusta Brutale 1000 já que a mesma na linha MV monta agora uma nova versão do motor. Quererá isto dizer que a Benelli se prepara para apresentar novos modelos num segmento superior ao actual ? Talvez uma superdesportiva 1000 e quem sabe a sua versão hypernaked ?
NOTÍCIAS DUCATI 2021 A grande novidade Ducati para 2021 é sem sombra de dúvida a nova Multistrada com motor V4 , moto que segundo a última comunicação da Ducati monta um novo motor designado como “Granturismo”, com mais cilindrada que a versão V4 anterior que montam as versões Panigale e Streetfighter e mais leve que a versão de 2 cilindros. O novo motor V4 de 1158cc abandona a distribuição desmodrómica e adopta uma distribuição por corrente e engrenagens. Com 170 cv às 10.500 rpm e 125 Nm de binário o novo motor V4 Granturismo vem especialmente ajustado segundo a marca para uma moto do tipo Adventure onde se privilegia a tração e a entrega de binário nos baixos e médios regimes. Entretanto correm rumores de que a gama Monster irá também sofrer alterações sobretudo no seu quadro pois comenta-se que o mesmo poderá abandonar a actual estrutura tubular em trelissa sendo substituído por um quadro mais leve em alumínio.
KAWASAKI 2021
HONDA 2021 Para já a grande novidade anunciada da Honda é a nova Maxi Scooter Forza 750. Revelada esta semana após vários vídeos teaser da marca em que anunciava o alargamento da oferta premium da sua gama de scooters desportivas, a nova Forza 750 é mais uma proposta sólida num segmento onde a Honda já se fazia representar por duas versões com a mesma motorização, a Honda X-ADV e a Honda Integra, esta última deixa de ser comercializada e é substituída pela novíssima Forza 750. O motor é já conhecido bicilíndrico com caixa DCT de dupla embraiagem, o mesmo da versão X-ADV. A nova Forza 750 é uma scooter luxuosa GT , que inclui controle de tração e múltiplos modos de condução. Conforto, proteção aerodinâmica, espaço para bagagem, excelentes acabamentos e ajudas electrónicas à condução são argumentos de peso que irão fazer tremer o segmento das maxi scooters de topo e desafiar a liderança. A Forza 750 é a primeira moto do fabricante japonês a incluir um novo sistema de controlo por voz que permite gerir todo tipo de funções, desde telefonemas , mensagens, música e navegação, mediante simples comando de voz. Paralelamente a Honda anunciou uma nova versão Forza 350, que veio substituir a anterior versão 300. A nova Forza 350 vem equipada com um novo motor e SP+ que além do aumento de cilindrada em 50cc garante uma maior potência e um maior binários nos baixos e médios regimes, permitindo acelerações rápidas e baixando o consumo para apenas 3.3 l/100Km. Também a Forza 125 foi agora renovada à imagem e estética da sua irmã 350 e inclui também o mesmo sistema de controle de tração da Honda HSTC. A gama Forza passa a estar agora equipada de série com sistema de ignição do tipo “Keyless”, Honda Smart Key.
-6- | MOTORCYCLE SPORTS |
A Kawasaki anunciou que iria entre outubro e novembro anunciar 6 novos modelos. Os seis novos modelos Kawasaki para 2021 aparecem numa imagem cobertos com capas e apenas revelam partes da sua ciclística na zona abaixo dos poisa-pés o que torna muito difícil identificar de que modelos se tratam . No entanto a Kawasaki adiantou já que para 2021 a Adventure Versys 1000 SE inclui agora suspensão semi-activa da Showa de tecnologia SkyHook e que passa a incluir também uma versão 1000 S, que se situa entre a versão base e a versão de topo SE. Por sua vez a versão S virá em três opções distintas, Standard, Tourer e Grand Tourer, versões que partilham a mesma ciclística, motorização e ajudas electrónicas à condução, com vários modos de motor que alteram parâmetros nomeadamente do controle de tração e entrega de potência, sendo que as diferentes versões apenas variam no equipamento extra que montam. Dos seis modelos que estão prestes a ser apresentados no mês de novembro, é quase certo que teremos uma nova versão da topo de gama desportiva, a ZX10R e mesmo uma versão RR pelo que mantenham-se atentos ao site da Motorcycle Sports para conhecerem todas as novidades em primeira mão.
COMPARATIVO NEO-CLÁSSICAS DESPORTIVAS
KAWASAKI Z900 RS vs SUZUKI KATANA
Duas motos
intemporais com inspiração em ícones do passado Assistimos actualmento a um enorme desenvolvimento na oferta de modelos neo-clássicos, motos que apresentam uma estética inspirada nas linhas do passado mas plenas de modernidade na sua concepção e na sofisticação dos seus componentes, seja na sua motorização seja na sua ciclística.
-8- | MOTORCYCLE SPORTS |
TESTE EFETUADO COM
TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias e Marcas
| MOTORCYCLE SPORTS | -9-
COMPARATIVO NEO-CLÁSSICAS DESPORTIVAS
KAWASAKI Z900 RS vs SUZUKI KATANA
O crescimento neste segmento de
tana de 1982, moto de design fu-
nas antigas Z1. A adopção de um
te o mesmo processo e as suas li-
mercado, de motos clássicas mo-
turista e controverso tendo sido a
farol clássico redondo e de ma-
nhas, sobretudo as da dianteira da
dernas e a competição entre as di-
primeira moto carenada da Suzuki
nómetros analógicos com acaba-
moto, no conjunto assento, depó-
versas marcas fez com que a mes-
a ser comercializada.
mentos cromados revela também
sito e farol rectangular, colam de
ma se segmentasse e as marcas
a mesma inspiração. Também as li-
imediato à irreverência com que a
procurassem dar maior identidade
PRIMEIRO IMPACTO
nhas e desenho do assento e a tra-
Katana dos anos 80 atacou então o
e protagonismo aos seus modelos
Nenhum dos dois modelos nos
seira da moto carregam consigo as
mercado. As suas linhas continuam
indo buscar inspiração a um passa-
deixa indiferente e as suas linhas e
linhas dos anos 70. Embora a base
a manter ainda hoje o sentimento
do histórico onde alguns dos seus
estética remetem-nos de imediato
da sua ciclística e motorização seja
de disrupção e rebeldia que mar-
modelos deixaram um legado de
para um passado glorioso, sobretu-
a popular naked desportiva Z900,
caram o seu passado. Totalmente
reconhecimento e protagonismo
do no meu caso que vivi em direc-
houve todo um trabalho de adap-
revolucionária na altura, a versão
ainda hoje reconhecido.
to o protagonismo que detinham
tação do quadro original para se
actual da Katana carrega, agora
É o caso das duas motos que se-
na altura os dois modelos que
poder montar todos os novos com-
pela mão do designer italiano Ro-
lecionámos para este comparativo,
serviram de inspiração para estas
ponentes de linhas mais vintage.
dolfo Frascoli, toda a acutilância
pois ambas carregam precisamente
novas criações.
Uma transformação brilhante leva-
que o nome transporta consigo,
na sua concepção o ADN de dois
No caso da Kawasaki Z900 RS ve-
da a cabo pela Kawasaki, como se
já que a sua designação que nos
modelos que deixaram marca no
rificamos de imediato a origem da
de uma customização se tratasse,
remete para a própria história do
passado, a Kawasaki Z900 com
sua inspiração, tal é a evidência de
conseguindo um enorme equilíbrio
Japão quando as katanas eram as
inspiração na famosa Z1 de 1972,
alguns dos seus componentes. O
final do conjunto e uma combina-
armas especialmente utilizadas dos
a moto mais potente produzida
depósito em forma de gota e de li-
ção perfeita entre o clássico e o
senhores da guerra, os Samurais. A
nesse ano e a Suzuki Katana de
nhas inferiores rectas é claramente
contemporâneo.
nova Suzuki Katana carrega por
linhas claramente inspiradas na Ka-
uma reprodução daquele utilizado
A Suzuki Katana segue exactamen-
isso todo um protagonismo histó-
-10- | MOTORCYCLE SPORTS |
TESTE EFETUADO COM
rico acrescido, relacionado com a
uma atitude mais agressiva e des-
às 10.000 rpm e um binário de 108
98 Nm aparece logo às 6.500 rpm
marca e o seu país de origem.
portiva e a Kawasaki Z900 RS uma
Nm às 9.500 rpm.
enquanto que na Katana os seus
condução mais descontraída e me-
O motor da Kawasaki Z900 RS de-
108 Nm de binário, uma diferença
nos tensa.
riva directamente do motor da na-
de apenas 10 Nm, atinge esse valor
POSIÇÃO DE CONDUÇÃO A Suzuki Katana tem uma posição
ked Z900, que é como se sabe um
máximo apenas às 9.500, ou seja,
claramente desportiva. Apesar da
MOTOR
motor produzido a partir da Z1000,
mais 3.000 rpm do que na Z900.
posição das mãos no guiador ser
Os motores de ambos modelos se-
onde se trabalhou em termos da
Esta realidade define de facto a
algo elevada e descontraída a co-
guem o mesmo tipo de arquitectu-
sua electrónica de forma a produzir
diferença de regime de entrega de
locação dos poisa-pés está algo
ra, 4 cilindros em linha, 4 tempos,
uma entrega de potência mais evi-
potência das motos e o compor-
mais recuada a obrigar a uma maior
DOHC, 4 válvulas por cilindro,
dente desde os baixos regimes. O
tamento das mesmas, sendo a Ka-
flexão das pernas do que na Kawa-
injecção electrónica, refrigeração
motor da Suzuki Katana é o mesmo
wasaki mais redonda e com melhor
saki Z900 RS. A altura do assento
líquida e caixa de 6 velocidades.
que montava a sua superdesporti-
resposta desde os baixos regimes e
é semelhante sendo o da Kawasa-
Já em matéria de valores variam
va GSX-R1000RR de 2015-2018 ,
a Suzuki mais elástica e a pedir para
ki mais alto 1cm ( 835mm versus
ligeiramente na cilindrada, com a
motor que foi também trabalhado
rodarmos em regimes mais altos,
825mm ) compensando a sua maior
Katana com 999cc e a Z900 RS
no sentido de o converter num
mais semelhante a um comporta-
altura também com maior conforto.
com 948cc. No entanto em termos
motor mais redondo, procurando
mento de uma moto desportiva.
Se considerarmos que as posições
de potência e binário as diferenças
maior entrega de potência nos bai-
Os dois modelos optaram por
de condução estão directamente
são mais expressivas, com a Kawa-
xos e médios regimes.
adoptar um escape do tipo 4 em 1,
relacionadas com o tipo de utiliza-
saki a debitar uma potência máxima
Ora, apesar de nos valores de po-
realidade que não reflete a realida-
ção e posicionamento dos modelos
de 111 cv às 8.500 rpm e um bi-
tência existir uma diferença mais
de das motos nas quais se inspira-
pelas próprias marcas poderíamos
nário de 98 Nm às 6.500 rpm e a
significativa de quase 40 cv, na
ram mas que de alguma forma, já
concluir que a Suzuki Katana induz
Suzuki com praticamente 150 cv
Z900 o valor do binário máximo de
naquela época, era hábito fazer-se
| MOTORCYCLE SPORTS | -11-
TESTE EFETUADO COM
GOSTÁMOS Estética, motor nos baixos e médios regimes, conforto e agilidade A MELHORAR Resposta brusca do acelerador ride-by-wire e preço algo desajustado
o upgrade dos sistemas de escape
deriva directamente da sua irmã
ajustáveis, e que demonstraram
amortecedor é também totalmen-
originais por soluções mais “racing”
GSX-S1000.
um comportamento irrepreensível
te ajustável, com um curso maior
e de sonoridade mais evidente
Em termos de braço oscilante a
na leitura da estrada, privilegiando
de 140mm, o que confere um
proporcionadas pelos 4 em 1. As-
Katana, tal como o quadro e prati-
uma condução desportiva pela sua
conforto acrescido e uma enorme
sim temos certamente uma redu-
camente restante ciclística herda-
firmeza e desempenho. O amorte-
eficiência e versatibilidade ao con-
ção de peso, pela adopção de uma
da a solução adoptada pela GSX-
cedor traseiro é também regulável
junto.
única ponteira e que vem compen-
-S1000, neste caso foi buscar o
em pré-carga de mola e em ajuste
sar o aumento cada vez mais evi-
seu elemento traseiro à versão R
de hidráulico, algo firme e duro em
TRAVÕES E RODAS
dente da dimensão dos elementos
de 2016, um braço oscilante em
piso degradado. A Z900 RS opta
A Kawasaki Z900 RS conta com
catalizadores devido ás exigências
alumínio, de desenho desportivo
também
invertidas
dois discos dianteiros de 267mm
de redução de emissões.
e que garante uma enorme solidez
desta feita de 41mm, com um cur-
e pinças radiais monobloco de 4
Ciclística Quadro e Suspensões
no comportamento do trem tra-
so idêntico de 120mm e com um
pistons, proporcionando um bom
Em termos de ciclística os dois
seiro. A Kawasaki é mais simples
setup mais confortável quer rela-
tacto e uma travagem progressiva
modelos optam por configurações
nesta matéria, com uma solução
tivamente à sua irmã naked Z900
e bastante controlável com apenas
distintas. O quadro da Z900 RS é o
também em alumínio mas de sec-
quer à Suzuki Katana. Totalmente
dois dedos. Na traseira monta um
mesmo da sua irmã naked despor-
ção quadrada, montando ambas
ajustáveis as suspensões da Z900
disco único de 216 mm com pinça
tiva Z900, embora adaptado para
mono-amortecedor central.
RS demonstraram um desempe-
de apenas um piston, ambos ajuda-
receber um Set de novos compo-
Em matéria de suspensões dian-
nho de excelência proporcionando
dos por sistema ABS. A Z900 monta
nentes, produzido trelissa de aço
teiras a Katana monta forquilhas
um conforto acima da média, mes-
jantes de liga de 17” com pneus de
tubular. A Katana monta quadro
invertidas da KYB, de 43mm, com
mo em mau piso, e garantindo uma
dimensão 120/70-17 e 180/55-17
de dupla trave em alumínio que
um curso de 120mm, totalmente
maior abrangência de utilização. O
respectivamente à frente atrás. Em
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suspensões
COMPARATIVO NEO-CLÁSSICAS DESPORTIVAS
KAWASAKI Z900 RS vs SUZUKI KATANA
opção a Kawasaki oferece jantes
Kawasaki na dianteira , um 120-70-
te nas suas ciclísticas, na diferente
regulável em três posições distin-
raiadas que fazem com que o mo-
17 e na traseira um pneu com algo
distribuição de massas, pelo peso
tas; Low para condução desporti-
delo cole ainda mais à imagem da
mais de dimensão, um 190/50-17.
de mais quase 20 Kg da Katana ou
va, Medium, para condução normal
Z1 dos anos 70.
A travagem é também bastante efi-
simplesmente pela maior dimensão
em estrada e High para condução
Já a Suzuki Katana como referimos
ciente e segura com uma mordida
do pneu traseiro.
à chuva.
antes herda muito das suas irmãs
forte de início bastante controlável.
GSX S e R 1000, e conta com discos
Nunca rodámos ao limite pelo que
ELECTRÓNICA E AJUDAS À
de arranque Easy Star que permite
de maior dimensão que a Z, na dian-
o comportamento sempre foi previ-
CONDUÇÃO
arrancar a moto com apenas um
teira dois discos de 310mm com
sível embora relativamente à Z900
A Suzuki Katana conta com uma
toque no botão do motor de arran-
pinças Brembo de 4 pistons com
RS sentimos algo menos em termos
electrónica simples mas bastante
que.
travagem assistida por ABS da Bos-
de agilidade e maior dificuldade por
eficaz em termos da sua interven-
Relativamente à Z900 RS esta é
ch. Monta jantes de liga também de
parte da Suzuki de ser colocada em
ção. Conta com sistema de Con-
também parca em ajudas electróni-
17” com dimensões idênticas ao da
curva, talvez pela diferença existen-
trole de Tração que é desligável e
cas e para além de incluir ABS da
Honda CB 1100 RS 1140 cc / 99 CV / 252 Kg / 13.900 €
Triumph Thruxton Dual 1200 cc / 97 CV / 206 Kg / 16.400 €
Conta ainda com ABS
Bosch não desligável e com sistema
AS CONCORRENTES
BMW R Nine T Pure 1.170 cc / 110 CV / 219 Kg / 14.580 €
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Ducati Scrambler 1100 1.079 cc / 86 CV / 211 Kg / 13.245 €
TESTE EFETUADO COM
MOTORIZAÇÃO Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Injecção
TRANSMISSÃO
Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final
QUADRO
Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção
SUSPENSÕES
Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira
TRAVÕES
Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS
Nissin apenas tem disponíveis dois níveis de Controle de Tração, por sua vez também desligável. O modo 1 é aquele que se recomenda para uma utilização normal e o modo dois para dias de chuva ou piso escorregadio. EQUIPAMENTO No caso da Z900 RS a informação é disponibilizada em dois manómetros analógicos com acabamento cromado ligados por um pequeno
JANTES E PNEUS
Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus
SUZUKI KATANA
4 Cilindros em linha 948 cc 111 cv @ 8.500 rpm 98 Nm @ 6.500 rpm 4 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida 73.4 x 56 Elétrico 10.8 : 1 Electrónica
4 cilindros em linha 999 cc 150 cv @ 10.000 rpm 108 Nm @ 9.500 rpm 4 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida 73.4 x 59 Eléctrico 12.2 : 1 Electrónica
6 Velocidades Sincronizada
6 Velocidades Sincronizada
Húmida,mlt disco, deslisante Corrente
Húmida, mlt.disco, assistida Corrente
-
Trelissa de aço
-
-
Duplo berço/ Alumínio
-
25º
Invertida de 41 mm regulável 120 mm Afin. Pré-carga e hidráulico 140 mm
Invertida KYB 43 mm regulável 120 mm Afin. Pré-carga e hidráulico 129 mm
Duplo disco 300 mm radial 4 pistons Disco de 250 mm fixa de 1 piston sim
duplo disco 310 mm Brembo 4 pistons disco de n.d. mm 1 piston sim
Liga leve 17" 120/70-17 Liga leve 17" 180/55-17
17" 120/70-17" 17" 180/55-17"
sim 2 níveis
ABS 3 níveis + desligado
2100 mm 865 mm 1150 mm 1470 mm 835 mm 130 mm 17 Litros 215 Kg 198 Kg
2125 mm 830 mm 1110 mm 1460 mm 825 mm 140 mm 12 Litros 215 Kg 207 Kg
5.3 l / 100 Kms * 136 g / Km
5.5 l / 100 kms* 27 g / Km
Vermelho, Branco e Dourado 11.898 eur
Tech Black, Icon Black, Pht Blue 12.750 euros
210 eur ( cor Red e cor Gold ) Active, Confort, Dynamic, Tour
n.c. Catálogo de Opções
AJUDAS ELECTRÓNICAS Modos de Motor ABS Controle de Tração
DIMENSÕES
Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco
CONSUMOS / EMISSÔES Consumo Médio Emissões CO2 * Informação de fábrica
CORES 2020 / PVP
Cores PVP Base s/ despesas de mat. Yamaha XSR 900 847 cc / 115 CV / 195 Kg / 9.995 €
KAWASAKI Z 900 RS
OPÇÕES
Cor especial Packs
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TESTE EFETUADO COM
GOSTÁMOS Elasticidade do Motor, Travões, Estética.
A MELHORAR Suspensão traseira dura, apenas 12 litros combustível, preço alto
painel digital que pela sua pequena
sobre a frente da moto embora o
que se manteve actual ao longo de
capa “vintage “ o temperamento e o
dimensão e pouco contraste dificul-
guiador alto de início nos induza a
quase quatro décadas.
carácter de uma Z.
tam a leitura da informação. O farol
uma posição direita. O seu motor
A Kawasaki Z900 RS é uma jus-
redondo dianteiro é de tecnologia
de 150 cv derivado da superdes-
ta homenagem ao modelo Z1 dos
TARGET DE MERCADO
LED assim como o traseiro que se
portiva R de 2015 convida-nos a
anos 70. Partindo de uma base de
O target de mercado de ambos
encontra coberto por uma caracte-
explorar todo o seu potencial e a
enorme sucesso comercial como
modelos será um público que gosta
rística “pala” em tudo semelhante à
sua elasticidade é impressionante
se tem vindo a afirmar a Z900 no
de andar de moto e que não está
que utilizava a Z1 dos anos 70.
mostrando querer subir rapidamen-
mercado global a Kawasaki soube
demasiado preocupado em con-
A Katana monta um painel de in-
te de rotações a partir das 4.000
transformar a sua naked desporti-
duzir ao limite e que prefere rodar
formação digital LCD personalizado
rpm. A Katana carrega consigo
va numa reencarnação de um dos
em estilo, celebrando a tradição
com o símbolo da Katana quando li-
todo o espírito rebelde do modelo
seus icons do passado. É impossível
das motos mais clássicas e de es-
gamos a moto, concentrando toda a
original dos anos 80 e é a expres-
não reconhecer na Z900 RS a tra-
tética intemporal, sabendo porém
informação no mesmo. Conta tam-
são contemporânea daquela que
dição e DNA desportivo da marca
que carrega consigo todos os argu-
bém com iluminação de tecnologia
marcou para sempre a evolução da
japonesa, uma combinação perfei-
mentos para, a qualquer momento
LED nos dois faróis, dianteiro e tra-
marca e do próprio segmento de
ta de tecnologia contemporânea
deixar envergonhadas muitas das
seiro e também nos intermitentes.
desportivas tendo sido a primeira
com linhas clássicas. Uma das mais
desportivas actuais.
moto carenada a ser comercializa-
bem conseguidas invocações do
CONDUÇÃO
da. Com um motor cheio e a pedir
passado, a Z900 RS apesar do seu
CONCLUSÃO
A Suzuki Katana tem uma condução
rotação a nova Katana não deixa
aspecto neo-clássico e sensação
O estilo clássico e revivalista está
alo mais parecida ao de uma naked
ninguém indiferente pela irreverên-
de enorme agilidade e facilidade
cada vez mais na moda e vai an-
desportiva, com o nosso peso mais
cia das suas linhas e uma estética
de condução tem por baixo da sua
gariando mais fãs todos os dias. O
-16- | MOTORCYCLE SPORTS |
TESTE EFETUADO COM
investimento em algo que se reveste de um carácter intemporal e que invoca modelos icónicos do passado terá sobretudo para uma determinada geração um sentido ainda mais evidente. Os dois modelos são isso mesmo, uma homenagem a dois modelos que fizeram história e que apesar da inspiração clássica das suas linhas estão repletos de tecnologia actual. Uma decisão entre ambas terá a ver com a ligação de cada um à marca ou ao modelo em si ou ainda por razões exclusivamente de estética. A Katana talvez mais controversa pela sua estética ainda disruptiva, mas com um motor cheio e a pedir para explorarmos todo o seu potencial desportivo e a Z900 RS uma neo-clássica de estética talvez mais consensual, uma homenagem às clássicas desportivas dos anos 70, também repleta de argumentos tecnológicos e de um desempenho irrepreensível da sua ciclística e de uma excelente motorização. Neste ensaio quisemos também inspirar-nos num icon do passado e homenagear aquele que foi um dos maiores pilotos de sempre e que marcou pelo seu carisma as provas de Campeonato do Mundo de 500, tendo sido Campeão do Mundo com a Suzuki nos anos de 1976 e 1977, o inesquecível Barry Sheene. Para lhe prestarmos homenagem a nossa colega Margarida Salgado, com a responsabilidade de pilotar a Suzuki Katana, envergou um fato Dainese de época, réplica daquele que Sheene utilizava em pista, fato que foi precisamente por mim adquirido em Londres nos anos 70, na altura que Barry Sheene se sagrou Campeão do Mundo.
-18- | MOTORCYCLE SPORTS |
BMW
S 1000XR
A EXCELÊNCIA NA
COMBINAÇÃO DE CONCEITOS SPORT/ ADVENTURE/ TOURER A versão 2020 da BMW S 1000 XR é uma evolução cirúrgica da sua antecessora. A BMW 1000 XR, desde o seu lançamento no ano de 2015 que definiu um conceito próprio que combina de forma prática e inteligente o melhor de 3 mundos, criando uma moto veloz, polivalente e confortável para viajar.
Com um motor que provém da sua
a BMW garante que pouco ou nada
decidir por ter uma única moto para
xa algumas dúvidas se em trajectos
desportiva de topo, a S 1000 RR , a
herdou do modelo anterior.
tudo, viajar, dia a dia entre casa e es-
longos e em viagem não irá penalizar
versão XR de 2021 evoluiu no sentido
critório, e fins de semana em saídas
a moto. No entanto o lugar do pas-
de se converter numa moto mais fácil
PRIMEIRA IMPRESSÃO
mais agressivas com os amigos, pode
sageiro veio mais tarde a confirmar o
de pilotar, com uma entrega de po-
A BMW S 1000 R de 2020 mantém
perfeitamente encaixar nesse critério
contrário, ou seja, bem mais confortá-
tência mais suave e uma nova ciclís-
a sua imagem agressiva e desportiva,
e não nos deixar mal em nenhuma das
vel do que aquele do condutor.
tica mais apurada que conta com sus-
numa configuração que deixa per-
situações.
De resto a posição é bastante natural
pensões semi-activas e electrónica de
ceber de imediato a versatibilidade
Ao subirmos na moto notamos de
com os braços erguidos e a posição
ajuda à condução de última geração.
e abrangência do seu conceito e tal
imediato a altura do seu assento que
dos pés não é demasiado desporti-
Apesar de esteticamente a nova S
como referimos no título deste en-
embora deixando colocar a mbos os
va embora alta o suficiente para só
1000 XR ser semelhante à versão an-
saio que realizámos com a mesma, a
pés no chão não deixa de nos fazer
roçarmos com os poisa-pés no alca-
terior, a verdade é que se trata de uma
S 1000 XR é daquelas motos que se
sentir algum desconforto pois o mes-
trão em situações de condução muito
moto inteiramente nova sobre a qual
tivermos que pensar que temos que
mo do ponto de vista ergonómico dei-
agressiva.
-20- | MOTORCYCLE SPORTS |
TESTE EFETUADO COM
TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias / Duzentos
Os acabamentos são excelentes e os
1000 XR e embora derive directa-
logia ShiftCam de abertura variável
puramente desportiva mas sim uma
materiais de qualidade acima da mé-
mente da sua desportiva RR vem
de válvulas, no entanto achámos que
Sport Adventure a BMW preferiu
dia e dentro dos parâmetros que a
obviamente “tratado” para propor-
a curva de binário está mais flat que
dotar a sua XR de mais entrega de
BMW nos tem habituado em todos
cionar uma condução mais suave.
anteriormente e a sua entrega pare-
potência onde ela é realmente ne-
os seus modelos ( a maioria ). Em ter-
A agressividade e o nervosismo que
ce ser a partir de regimes mais bai-
cessária. Assim nota-se uma entrega
mos de comandos tudo está no sítio
era conhecido no seu anterior mo-
xos tornando o motor mais redondo,
mais generosa desde baixas rotações
onde normalmente encontramos nas
delo parece estar agora algo “ama-
razão pela qual não achámos que a
tornando a condução mais divertida
BMWs topo de gama e a sua utiliza-
ciado” pois a entrega de potência
inclusão de abertura variável de vál-
e com resposta sempre disponível ao
ção é fácil e intuitiva.
faz-se de forma mais suave e con-
vulas pudesse alterar o seu compor-
rodar do punho sem termos que pas-
trolável.
tamento de forma perceptível.
sar demasiado a caixa.
MOTOR _ CAIXA,
O seu tetracilíndrico paralelo de 999
A BMW S 1000 XR graças a diferen-
O motor da S 1000 XR já está de
EMBRAIAGEM E ESCAPE
cc e 165 cv às 11.000 rpm não inclui,
te curva de binário está mais fácil
acordo com a norma Euro 5 mas
O motor é a maior referência na S
ao contrário da versão RR, a tecno-
de conduzir e ao não ser uma moto
mesmo assim mantém os seus
| MOTORCYCLE SPORTS | -21-
BMW
S 1000XR
valores de potência e binário sem ser necessário aumentar a sua cilindrada. O aumento da taxa de compressão beneficiou o rendimento do motor permitindo menores consumos e valores mais baixos de emissões de acordo com a informação da marca. O escape emite um som contido a baixa rotação mas mostra toda a sua raça a partir do médios e altos regimes não parecendo ter sido afectado por elementos catalíticos mais “sufocantes” devido ao Euro 5. A caixa é bastante precisa e o “Quickshift” funciona na perfeição embora seja um extra opcional. Notámos a necessidade de algum esforço no acionamento da embraiagem que continua a ser por cabo. Não circulámos demasiado tempo no trânsito mas em situações intensas de pára arranca pode-se tornar cansativa a utilização da embraiagem.
CICLÍSTICA - QUADRO E SUSPENSÕES
imagem. A colocação das mesmas é
na suspensão traseira
TRAVÕES
A BMW S 1000 XR de 2020 passou
super simples graças ao sistema de
Sobretudo em condução mais agres-
Os travões têm um desempenho à
por uma enorme curva de emagreci-
“rack” incluído na traseira da moto
siva, realidade que nos fez tentar um
altura das prestações da S 1000XR,
mento a vários níveis . O novo quadro
que é quase imperceptível.
melhor ajuste da mesma sem o ter-
suficientemente potentes para ge-
e braço oscilante são agora no total 2
O comportamento da suspensão
mos realmente conseguido, certa-
rirem com eficácia o temperamento
Kg mais leves e ao nível do seu motor
dianteira é excelente e garante uma
mente por falta de mais informação
rebelde dos seus 165 cv. Mordida
houve todo um trabalho de o tornar
leitura sempre correcta da estrada.
técnica.
forte e uma gestão de bastante sensi-
mais compacto e reduzir oo peso de
A gestão “Dinâmica” proporcionada
De todas as formas pareceu-nos que
bilidade com maior ou menor pressão
uma série dos seus elementos conse-
pelo sistema D-ESA Pro que signifi-
a nova S 1000 XR vem especialmente
na manete do travão sem ser nunca
guindo reduzir uns impressionantes 5
ca “Dynamic Electronic Suspension
preparada, face ao seu modelo ante-
necessário “ pendurar-nos” na mes-
Kg. No final permitiu à BMW anexar
Adjustment “
permite realizar um
rior, para proporcionar uma experiên-
ma. As novas pinças são Hayes de 4
uma série de novos componentes no
ajuste automático em tempo real em
cia de condução mais confortável,
pistons e actuam na dianteira em dois
sentido de aumentar o seu conforto
função da carga que carregamos na
quer pela diferente entrega do seu
discos de 320mm coma intervenção
e funcionalidades e ficar ainda assim
moto num momento determinado.
motor quer pelo comportamento ge-
muito pouco intrusiva do ABS BMW
2Kg mais leve do que a sua versão
Notámos no entanto algum “baloiçar”
ral da sua ciclística.
Motorrad.
anterior. As suspensões dianteiras com o sistema electrónico D-ESA Pro, incluído
AS CONCORRENTES
no Pack Dynamic, permitem realizar o nivelamento constante da moto compensando por exemplo se rodamos com passageiro ou com carga nas malas laterais incluídas neste caso na versão que nos foi disponibilizada para testes, tendo no entanto sido retiradas por questões estéticas e de
-22- | MOTORCYCLE SPORTS |
Ducati Multistrada 1260 S 1262 cc / 158 cv / 235 Kg / 21.295 €
Kawasaky Versys 1000 1043 cc / 120 cv / 250 Kg / 14.295 €
KTM 1290 Super Duke GT 1301 cc / 173 cv / 209 Kg / 20.977 €
TESTE EFETUADO COM BMW S 1000 XR MOTORIZAÇÃO
Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Ignição/ injecção/ acelerador
Tetracilíndrico em linha 999 cc 165 cv @ 11.000 rpm 114 Nm @ 9.250 rpm 4 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida/óleo 80 x 49,7 Elétrico 12,5 : 1 Electrónico
Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final
6 Velocidades Sincronizada Opcional Mult. disco, banho óleo deslizante Corrente 525
Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção
Dupla trave alum Motor portante -
Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira
Invertida 45 m/ Dynamic ESA 150 mm Dynamic ESA electrónica 150 mm
Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS
Duplo disco 320 mm fixas 4 pistons Disco de 265 mm flutuante de 2 piston sim ABS BMW Motorrad
Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus
Liga 3.50" x 17" 120/70-17" Liga 6.00" x 17" 190/55-17" -
Modos de Motor ABS Controle de Tração
4 Modos + HSC Pro, MSR e DTC ABS Pro-BMW Motorrad DTC
Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco
2333 mm 850 mm 1411 mm 1522 mm 840 mm n.d.mm 20 Litros 226 Kg 205 Kg
TRANSMISSÃO
QUADRO
SUSPENSÕES
TRAVÕES
ELECTRÓNICA E AJUDAS
multifuncional situado no punho es-
À CONDUÇÃO
querdo e que permite ir navegando
A nova 1000 XR conta com quatro
nas várias funcionalidades e alteran-
modos de condução : Rain, Road, Dy-
do os vários parâmetros em função
namic e Dynamic Pro e cada modo
da nossa vontade ou necessidade.
inclui a sua especificação própria em
O nosso smartphone pode ser fa-
termos de entrega de potência, so-
cilmente emparelhado com o painel
bretudo nos baixos regimes. Conta
TFT através da App gratuita BMW
ainda com DTC – Dynamic Traction
Motorrad Connect, que através da
Control e Cornering ABS. O Pack
qual nos permite aceder a inúmeras
Dynamic instalado na unidade testa-
funcionalidades como ver percursos
da inclui QuickShift, Keyless Ingni-
realizados, informação e dados sobre
tion, Cruise Control e Intermitentes
velocidade, aceleração e intervenção
LED. Para além dos referidos modos
das ajudas electrónicas e também
de condução a XR inclui ainda siste-
navegação por setas e informação
ma de travão automático em subidas
geral sobre a moto como o nível de
e controle de cavalinhos
combustível, a carga da bateria e até o tempo de intervalo para a próxima
EQUIPAMENTO
revisão.
A nova 1000XR conta com um painel
As iluminação instalada na 1000 XR
de informação TFT a cores em linha
é full LED e inclui sistema de Luz
com o que temos visto em outros
Diurna que aumenta a nossa visibili-
modelos da BMW nomeadamente
dade durante o dia. Existe ainda uma
na gama 1250 GS. De leitura clara e
opção chamada “Headlight Pro” que
nítida e de fácil navegação após al-
inclui iluminação dirigida em curva
guma habituação ao habitual “rotor”
para aumentar a visibilidade no inte-
JANTES E PNEUS
AJUDAS ELECTRÓNICAS
DIMENSÕES
CONSUMOS / EMISSÔES
Consumo Médio 6.2 l / 100 Kms * Emissões CO2 144 g / Km * Informação de consumos de fábrica
CORES 2020 / PVP Cores PVP Base
Cinza Ice e Vermelho Racing 17.995 €
Cor especial Packs Opções
Style Sport ( inc. ponteira ) 1.655 € ( tricolor ) Carbono, Dynamic, Touring. Cruise Control, Pressão pneus, Quichshift, Keyless Ignition
OPÇÕES
| MOTORCYCLE SPORTS | -23-
TESTE EFETUADO COM
GOSTÁMOS Desempenho polifacético Motor nos baixos e médios regimes Sistema de racking para malas laterais
A MELHORAR Suspensão traseira Conforto do assento dianteiro
rior das trajectórias quando rodamos
vocar um ligeiro balançar da traseira
de forma divertida um qualquer per-
igualmente divertida e polifacética,
de noite.
da moto.
curso de montanha deixando muitas
muito fácil de conduzir e igualmente
Resposta sempre pronta do motor so-
Rs para trás.
entusiasmante pela sua versatilidade
A RODAR
bretudo em regimes de circulação en-
Já em viagem mostra-se mais confor-
e por um preço mais em conta.
Rodámos sempre de dia e em condi-
tre as 3.000 e as 9.000 rpm, regime
tável que a sua versão anterior, com
ções de piso seco. A XR 1000 2020
onde o motor mostra que foi espe-
uma boa proteção aerodinâmica e
PREÇO, CORES E OPÇÔES
demonstrou dispôr de um setup ge-
cialmente ajustado para providenciar
vem agora com mais ajudas electróni-
O Preço base da BMW S 1000 XR de
ral que privilegia um maior conforto,
uma maior sensação de controle e
cas e acesso a todo tipo de informa-
2020 é de 18.416 €
uma nota positiva para quem usa a
suavidade na condução da moto.
ção via o novo painel TFT a cores e
Estão disponiveis 3 cores: Cinzento
moto a diário ou pretende viajar com
a possibilidade de conectividade com
Ice sem acréscimo de preço, Vermelho
a mesma, sobretudo a dois pois a sus-
CONCLUSÃO
o nosso smartphone. O facto de ter
Racing + 365€ e BMW Style Sport (
pensão D-ESA Pro é uma mais valia
A nova BMW S 1000 XR continua a
integrado na sua traseira um sistema
tricolor que inclui ponteira Especial ) +
no ajuste de funcionamento das sus-
ser uma moto especialmente desti-
de “Racking”, que permite facilmente
1.655€
pensões em função do peso de carga.
nada para quem tenha alguma expe-
colocar e retirar malas laterais, é tam-
Em termos de Opções temos:
Se por um lado achámos que a sus-
riência pois o seu desempenho des-
bém uma mais valia para quem pre-
Pack Carbono 1785€; Pack Dynamic
pensão estava mais soft do que na
portivo, a potência do seu motor e a
tenda viajar a dois. Para aqueles que
1.295€; Pack Touring
sua versão anterior por outro lado e
sua apetência para rodar rápido assim
possam achar que a 1000XR é “moto
Shift Pro 305€; Keyless System 275€;
em condução mais agressiva notámos
o exigem. É uma moto versátil e mul-
a mais” e se sentem intimidados pe-
Controle de pressão
alguma falta de firmeza no amortece-
tifacetada, que tanto podemos rodar
los seus atributos existe sempre a a
Control 360€; Descanso central 120€;
dor traseiro, chegando mesmo a pro-
em cidade calmamente como “atacar”
opção da nova 900 XR, uma moto
Luzes auxiiliares LED 370€ Etc…
-24- | MOTORCYCLE SPORTS |
470€; Quick 245€; Cruise
HARLEY – DAVIDSON
STREET GLIDE SPECIAL
UMA TOURING DO ESTILO “BAGSTER” MESMO
MUITO ESPECIAL A Harley-Davidson apesar das várias derivas que ultimamente tem realizado em termos de estratégia de mercado, polémicas é um facto e discutíveis também e muito criticadas pelos seus fans mais conservadores, não deixa de se afirmar e reforçar a sua posição no sector tradicional que sempre dominou com novos modelos que são referência.
-26- | MOTORCYCLE SPORTS |
TESTE EFETUADO COM
TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias / Duzentos
É o caso da nova Street Glide Special
mas para aqueles que continuam a
tém o impacto da sua imponência e
A versão “Special” destaca-se de
2020, uma touring do estilo “Bagger”
ter uma ligação à tradição Harlista e
dimensão por onde quer que passe. O
imediato pela quase total ausência
muito em voga, que certamente agra-
toda uma relação com o histórico da
receio inicial que sentimos ao montar
de cromados. Tanto o seu grande
dará no segmento de mercado tradi-
marca, a Street Glide Special é garan-
numa moto que pesa em ordem de
motor V-Twin Milwaukee Eight 114
cional da marca mas pela evolução do
tia de que os valores que construíram
marcha 375 Kg de seguida se dissipa
de 1.868 cc e como os escapes, sus-
seu desempenho e da combinação de
o sucesso da marca norte americana
pois ao encaixarmo-nos na envolvên-
pensões e jantes, além de outros ele-
estilo e modernidade irá conquistar
continuam presentes.
cia do seu assento e estendermos os
mentos da moto, têm acabamento
novos admiradores.
braços para o seu guiador de estilo
lacado ou anodizado num negro que
Para aqueles que só olham para o fu-
PRIMEIRO IMPACTO
old-school sentimo-nos como que
combina superfícies mais brilhantes
turo a marca tem a exclusiva LiveWire
A H-D Street Glide Special não passa
parte do todo e que a sensação de
com outras em semi-mate polido, um
de motorização totalmente elétrica
despercebida em lugar algum e man-
“Street Glide” irá ser mesmo real…
efeito que torna a estética da Street
| MOTORCYCLE SPORTS | -27-
KAWASAKI
NINJA 1000SX
Glide mais discreta mas em simultâ-
o enorme painel “touch screen” de
como se fosse quase um "tablier" de
constitui uma imagem de marca. De
neo mais agressiva também.
6,5” que inclui o renovado sistema
um 4 rodas ( perdoem-me a analo-
imediato nos sentimos “embalados”
As malas laterais que definem o es-
de “Infotainment”, Boom Box GTS,
gia).
por aquela combinação de sons e
tilo “Bagster” têm um perfil baixo e
onde podemos obter informação
alongado e reforçam a estética es-
relativa a navegação, condições me-
MOTOR
114 transmite-nos uma enorme sen-
guia e longa da moto. A carenagem
tereológicas e todo o tipo de comu-
Quando arrancamos a Street Special
sação de carácter mas em simultâneo
frontal ao estilo Batwing , que roda
nicações via emparelhamento com o
percebemos de imediato que esta-
de docilidade. Os seus 163 Nm de
com a direção, confere uma enorme
nosso smartphone. O painel mantém
mos numa Harley-Davidson pois o
binário às 3.000 rpm garantem uma
proteção aerodinâmica e permite “al-
o estilo escurecido da versão Special
seu som e a forma como o sentimos
enorme suavidade na condução des-
bergar” os manómetros analógicos e
e tudo se desenvolve à nossa frente
a vibrar é de facto inconfundível e
de os baixos regimes e uma entrega
-28- | MOTORCYCLE SPORTS |
movimentos e o Milwaukee-Eight
TESTE EFETUADO COM
de potência progressiva e doseável.
impelem a rodar sem parar. A Street
-Eight 114 e dá estrutura aos 375
termos de curso, característico nas
Rodar numa Harley-Davidson é sem-
Glide Special tem consumos pouco
Kg em andamento da Street Glide
grandes tourers norte-americanas e
pre uma experiência inesquecível
acima dos 6 litros aos 100 Kms pelo
Special.
apenas tem afinação de compressão
mas a Street Glide Special transforma
que está dentro dos valores das ac-
ção de um misto de flexibilidade e
essa experiência numa verdadeira
tuais Tourers do mercado.
firmeza em curva ajudas pelas sus-
Gostámos da sua sensa-
de mola.
pensões da Showa que apesar de
TRAVÕES E RODAS
ção para outras dimensões paralelas
CICLÍSTICA QUADRO
não serem reguláveis tem um bom
Os contam com sistema de travagem
onde no horizonte apenas vislum-
E SUSPENSÕES
comportamento na dianteira graças à
combinada e discos de 320mm na
bramos estradas intermináveis que
O quadro de aço de duplo berço su-
tecnologia “ Dual Bending Valve” . O
dianteira com pinças de 4 pistons.
rasgam paisagens selvagens que nos
porte o enorme motor Millwalkee-
amortecedor traseiro é algo justo em
A travagem melhorou muito e as
“Trip” fazendo voar a nossa imagina-
| MOTORCYCLE SPORTS | -29-
HARLEY – DAVIDSON
STREET GLIDE SPECIAL
GOSTÁMOS Estética e Estilo Estabilidade em estrada Acabamentos
A MELHORAR Suspensão traseira Secção do banco do pendura
Harleys hoje em dia deixaram de nos
As jantes em alumínio são lindíssimas
agilidade à Special quando rodamos
ABS e ABS em curva o que mantém
provocar “sufoco” em matéria de tra-
num “Gloss Prodigy Black” e tem a
a baixa velocidade e boa aderência
algum controle extra na travagem
vagem. Todo o sistema em conjunto
dimensão de 19” na dianteira e 18”
em curva em regimes mais rápidos.
quando circulamos em estrada a ve-
com o ABS garante uma travagem
na traseira. A Special monta pneus
em segurança e está à altura de pa-
especiais da Dunlop, 130/60-19”
ELECTRÓNICA E AJUDAS
é também um conforto extra em
rar todos o peso que a a Street Glide
na dianteira e 180/55-18” na trasei-
À CONDUÇÃO
viagem. O sistema RDRS – Reflex
Special carrega consigo.
ra dimensões que conferem alguma
A Street Glide Special conta com
Defensive Riding System, garante
Indian Springfield Dark Horse 1.811 cc / n.d. cv / 372 Kg / 27.200 €
Moto Guzzi MGX-21 1.380 cc / 96 cv / 341 Kg / 24.256 €
locidade mais alta. O Cruise Control
AS CONCORRENTES
BMW K 1600 B 1.649 cc / 160 cv / 336 Kg / 26.080 €
-30- | MOTORCYCLE SPORTS |
HondaGL 1800 Goldwing B 1.833 cc / 127 cv / 25.700 €
TESTE EFETUADO COM
H-D STREET GLIDE SPECIAL MOTORIZAÇÃO
Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Injecção
Milwaukee-Eight 114 1802 cc n.d cv @ n.d. rpm 167 Nm @ 3.000 rpm 2 cilindros em V Pushrods / Ajuste hidráulico 4 Válvulas / Cil. ar e óleo 107,1x100 mm Elétrico 9,6 : 1 Electrónica
Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final
6 Velocidades Cruise Drive Sincronizada n.d. Discos em banho de óleo assist. por correia
Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção
Duplo berço em aço tubular em aço tubular 26º
Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira
Forquilha Telescópica 49mm 117 mm Mono-amortecedor regulável 54.6 mm
Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS
Duplo disco 320 mm fixa 4 pistons Disco de 300 mm fixa de 4 pistons ABS e Cornering ABS
Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus
Jante liga 3,5"x 19" 130-60/19 Jante raiada 5.0"x 18" 180-55/18 -
Modos de Motor ABS Controle de Tração
n.d. Sistema RDRS AMS/Control tração sim + desligado
Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco
2425 mm 964 mm 1126 mm 1625 mm 690 mm 125 mm 22,7 Litros 375 Kg 359 Kg
TRANSMISSÃO
QUADRO
SUSPENSÕES
TRAVÕES
JANTES E PNEUS
AJUDAS ELECTRÓNICAS também uma gestão de travagem
da moto em qualquer condição de
defensiva intervindo ao nível do ABS
estrada e apenas o controle de tra-
e do controle de tração . O sistema
ção permite ser desligado ( burnouts
inclui ainda um sistema de travagem
numa moto de 375 ? não me pare-
automática em subidas e actua como
ce… )
embraiagem deslisante nas redução que provocam alta rotação do motor
EQUIPAMENTO
e um “travão” excessivo do mesmo
O painel TFT a cores de tecnologia
garantindo uma maior suavidade e
Touch Screen de 6.5” permite obter
controle. Para além do referido o sis-
todo o tipo de informação e aceder
tema inclui ainda a medição de pres-
de forma intuitiva à mesma. O siste-
são dos pneus.
ma Boom-Box GTS de infotainment
Todas esta funcionalidades são ga-
é bastante sofisticado e permite-nos
rantidas pela gestão electrónica de
acesso a navegação via GPS e rádio.
um novo IMU que transmite em
Emparelhando também via bluetoo-
tempo real uma série de informação
th o nosso smartphone, podemos
sobre a moto quando rodamos au-
atender chamadas, ver mensagens
mentando a segurança e o controle
e ouvir a nossa música preferida. A
DIMENSÕES
CONSUMOS / EMISSÔES
Consumo Médio 6,1 l / 100 Kms * Emissões CO2 142 g / Km * Informação de consumos de fábrica
CORES 2020 / PVP
Cores PVP Base s/ despesas de mat.
5 cores + 2 especiais 29.800 €
Cores especiais Acessórios
250 eur / 1.500 eur várias opções
OPÇÕES
| MOTORCYCLE SPORTS | -31-
TESTE EFETUADO COM
Vivid Black
River Rock Gray Denim
Billiard Burgundy
informação analógica está também
mente circulamos nestas grandes
e novas configurações na tentativa
presente nos manómetros para nos
tourers não sejam demasiado pena-
de explorar novos segmentos de
fornecer dados complementares, ro-
lizadoras nesta matéria.
mercado ( Adventure Harleys ? )
deadas das respectivas luzes avisadoras habituais.
certo ou errado apenas o tempo e o
CONCLUSÃO
mercado o dirão. Para já esperemos
A Harley-Davidson mantém vivo
que a Harley nunca abandone o es-
A RODAR
o espírito das grandes motos de-
tilo que a tornou famosa e continue
A Harley-Davidson Street Glide
voradoras de auto-estradas norte-
a produzir modelos que nos fazem
Special proporciona uma enorme
-americanas. Os mais saudosistas
sonhar.
sensação de “glide” a rodar, uma
e mais conservadores continuam
enorme estabilidade em reta e gran-
a ter modelos que mantêm o espí-
PREÇO, CORES E OPÇÕES
de facilidade para a colocar em cur-
rito e o ADN histórico da marca. A
O preço Base são 29.800€ e está
va, alguma agilidade surpreendente
concorrência continua a desafiar a
disponível nas cores , Vivid Black,
a baixa velocidade permitindo-nos
hegemonia da HD apresentando
River Rock Gray Denim a versão que
manobrar no meio do transito com
propostas alternativas de qualidade
ensaiámos e que aumenta 250€ ao
facilidade embora respeitando os li-
mas que não transmitem o mesmo
preço base, Billiard Burgundy, Stone
mites definidos pela sua dimensão e
espírito. Quem “curte” Harleys ja-
Washed White Pearl e Performance
fazendo atenção que na traseira so-
mais pensará em ter outra moto e a
Orange ( as três são também mais
bressaem ainda as malas que monta
Street Glide Special transporta con-
250€ ). E finalmente duas versões
de origem. A proteção aerodinâmi-
sigo toda a magia que que só quem
especiais, a Scorched Orange / Sil-
ca é boa mas algo limitada em altura
está imbuído do espírito consegue
ver Flux e a versão Blue / Black Sun-
embora as velocidade a que normal-
reconhecer. Vêm aí novos modelos
glo, ambas mais 1.500€ mais caras.
-32- | MOTORCYCLE SPORTS |
Stone Washed White Pearl
Performance Orange
Scorched Orange Silver flux
Blue and Black Sunglo
KAWASAKI
-34- | MOTORCYCLE SPORTS |
Z H2
TESTE EFETUADO COM
TEXTO: Pedro Rocha dos Santos e Margarida Salgad Fotos: Pedro Messias / Duzentos
A HYPERNAKED SOBREALIMENTADA A Kawasaki estabelece novas referências em termos do segmento Naked com a sua Z H2, moto que herda toda a experiência de desenvolvimento que a marca tem levado a cabo com a hyperdesportiva H2R , moto esta lançada em 2015, a primeira moto desportiva que monta motor sobrealimentado com uma potência que supera os 300 cv e atinge os 400 Km/h de velocidade máxima, tendo depois sido apresentada a sua versão de estrada, homologada para circular na via pública, a H2, versão com uns “modestos” 230 cv. Fruto de todo este desenvolvimen-
que nos aventurámos a testar a Z
desportivas H2.
to tecnológico e num segmento
H2, tendo para o efeito conseguido
A sua estética é acutilante e agressiva,
onde começaram a aparecer motos
obter uma unidade disponível junto
de linhas triangulares e que definem
que, pela sua potência e presta-
da Rame Moto, Concessionário Ofi-
perfis afilados em direção à frente da
ções, se consideram já Hypernaked,
cial da marca.
moto. A dianteira é algo confusa e a
a Kawasaki depois de apresentar
concentração dos vários elementos
uma Sport Turismo em 2019, a H2
PRIMEIRO IMPACTO
que a compõem criam uma realidade
SX, veio este ano de 2020 comple-
A primeira reação é de alguma
que difere da fluidez obtida na estéti-
tar a sua linha de motos sobreali-
apreensão perante uma moto que
ca conseguida na desportiva H2.
mentadas com a naked Z H2.
debita 200 cavalos sobrealimenta-
Ansiosos que estávamos de arrancar
A nova Hypernaked Z H2 é a pri-
dos e antes mesmo de acordarmos
com este novo fenómeno tecnoló-
meira sobrealimentada da Kawa-
o motor já nos estamos a interrogar
gico demos por nós surpreendidos
saki a obter homologação Euro 5
de como será a entrega de tanta
com a fluidez com que rodámos nos
graças a uma série alterações reali-
potência e como iremos gerir o seu
primeiros Kms… afinal os cavalos
zadas no setup da sua motorização,
comportamento.
não eram selvagens.
estando a sua potência agora “re-
A moto impressiona pela sua com-
na primeira abertura de punho com
duzida” a 200 cv, o que numa naked
pacidade e pelo contraste do qua-
mais convicção e em 3ª velocidade, a
se torna no mínimo intimidante.
dro tubular de aço, com acabamen-
Z H2 mostrou de imediato o que le-
Foi nesse contexto de algo intimi-
to em verde brilhante, decoração
vava dentro, levantando a roda dian-
dados mas em simultâneo curiosos,
que nos remete para as suas irmãs
teira a um palmo chão e sacudindo a
No entanto
| MOTORCYCLE SPORTS | -35-
KAWASAKI
“ cabeça” para nos lembrar que estávamos a tratar com um verdadeiro puro sangue.
MOTOR Apesar de ser um motor sobrealimentado a Kawasaki soube dotá-lo de suavidade suficiente para tornar a sua gestão perfeitamente linear e controlável, com um acelerador a gerir de forma precisa toda a sua “cavalagem”. Os engenheiros da Kawasaki souberam dotar o tetracilíndrico de 998 cc de um comportamento domável sobretudo graças a um novo IMU que gere muito bem os impulsos e a tentação que a Z H2 tem para levantar a roda dianteira, tornando a sua condução mais segura e previsível.
-36- | MOTORCYCLE SPORTS |
Z H2
TESTE EFETUADO COM
Embora a potência máxima de 200
proporcionar subidas de regime mais
da versão Sport Touring H2 SX mas
a leitura da estrada mesmo em piso
cv seja obtida aos 11.000 rpm e
rápidas.
foram introduzidas algumas altera-
algo degradado. O braço oscilante
a o binário máximo de 137 Nm às
Atenção por isso pois a partir dos
ções no sentido melhorar o com-
traseiro do estilo back-Link conta
8.500 rpm sentimos que grande par-
médios regimes é aconselhável agar-
portamento da Z em termos de es-
com um amortecedor traseiro Showa
te do binário está disponível desde
rarem-se bem ao guiador já que a Z
tabilidade e maneabilidade uma vez
Uni-Trak regulável com um curso de
os baixos e médios regimes e que o
H2 atinge o redline às 12.000 rpm
tratar-se de uma naked.
134mm sendo o curso da suspensão
sistema de sobre alimentação entra
tão rápido como um piscar de olhos.
Sentimos de facto uma sensação de
dianteira de 120mm.
suavemente também a partir de uma
Tudo se aproxima rapidamente quan-
estabilidade de todo o conjunto quer
Bom desempenho geral das suspen-
rotação baixa realidade que permite
do rodamos o punho e em estrada
em linha recta como em curva, sendo
sões não sendo demasiado firmes
que a Z H2 tenha um comportamen-
temos quase a mesma sensação de
no entanto algo exigente em termos
e permitindo uma utilização mais
to progressivo na entrega da sua po-
entrega de binário que sentimos
de a colocar em curva e alguma re-
abrangente da Z H2, realidade que
tência.
numa superbike eléctrica. Mas tal
sistência no encadeamento de cur-
se agradece numa moto Hyperdes-
A suavidade e a progressividade ob-
como as elétricas de alto rendimento
vas apertadas e muito seguidas em
portiva com estas características.
tida na curva de potência é conse-
consomem bateria num ápice tam-
percursos sinuosos de serra.
guida também através de um ajuste
bém a Z H2 mostra a sua sede por
Em termos de suspensões contamos
TRAVÕES, JANTES E PNEUS
preciso das válvulas de admissão e
combustível líquido, a obrigar-nos a
com forquilhas invertidas da Showa
A Kawasaki Z H2 conta com duplo
dos mapas de ignição que beneficiam
encostar mais vezes para abastecer.
SFF-BP, totalmente reguláveis e com
disco dianteiro de 320mm e pinças
de pistons forjados mais resistentes
excelente comportamento, demons-
radias Brembo M4.32 com 4 pistons,
e coletores de escape mais longos,
CICLÍSTICA QUADRO
trando um bom compromisso ten-
ao contrário da versão Sport Touring
sendo que a relação final da trans-
E SUSPENSÕES
do em conta o carácter desportivo
H2 SX que conta com pinças Brem-
missão foi também encurtada para
O quadro em trelissa de aço deriva
da moto mas também gerindo bem
bo Stylema e discos de 330mm. Na
KAWASAKI
Z H2
traseira encontramos um disco úni-
17” e monta pneus Pirelli nas dimen-
to de ajudas electrónicas completo
ainda controle de arranque, controle
co de 250mm em forma de pétala e
sões de 120/70-17 na dianteira e de
que inclui modos dois modos de po-
de cavalinho, cruise control, sistema
com pinça fixa de apenas 1 piston,
190/55-17 na traseira.
tência, full power e Low que reduz a
QuickShift bi-direcional com função
realidade que se mostrou algo justa
potência em 25% o que combinado
auto-blip, Cornering ABS da Kawa-
para quem está habituado a usar o
ELECTRÓNICA E AJUDAS
com os 3+1 off níveis possíveis de
saki que permite melhorar o contro-
pedal do travão traseiro.
À CONDUÇÃO
controle de tração permite diferen-
le da moto em curva, embraiagem
As jantes de liga são de 6 raios e de
A Kawasaki Z H2 inclui um conjun-
tes combinações. As ajudas incluem
assistida e deslizante, Sistema KIBS-
KTM 1290 Super Duke R 1.301 cc / 177 cv / 189 Kg / 19.943 €
MV Agusta 1000 Brutale RR 998 cc / 210 cv / 186 Kg / 29.990 €
AS CONCORRENTES
Aprilia Tuono V4 Factory 1.077 cc / 175 cv / 185 Kg / 19.500 €
-38- | MOTORCYCLE SPORTS |
Ducati Streetfighter V4 S 1.103 cc / 208 cv / 199 kg / 23.745€
TESTE EFETUADO COM
KAWASAKI Z H2 MOTORIZAÇÃO
Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Injecção
4 cilindros Sobrealimentado 998 cc 200 cv @ 11.000 rpm 137 Nm @ 8.500 rpm 4 cilindros paralelos DOHC 4 Válvulas / Cil. líquida 76 x 55 mm Elétrico 11.2:1 Electrónica
Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final
6 Velocidades Sincronizada Quickshift bi-direcional e Blipper Banho de óleo assistida e deslizante por corrente
Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção
Trelissa tubular em aço em aço tubular nd
Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira
Invertida Showa 41mm SFF-BP ajust 120 mm Amortecedor Showa regulável 134 mm
Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS
Duplo disco 320 mm Brembo :4.32 flutuante 4 pistons Disco de 250 mm fixa de 1 piston ABS e Cornering ABS
Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus
Jante liga 17" 120-70/17 Jante liga 17" 190-55/17 Pirelli
Modos de Motor Outros Controle de Tração
3 modos Sistema KIBS / Cruise Control 3 níveis + desligado
Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco
nd mm nd mm nd mm 1455 mm 830 mm nd mm 19 Litros 239 Kg nd Kg
TRANSMISSÃO
QUADRO
SUSPENSÕES
TRAVÕES
JANTES E PNEUS
AJUDAS ELECTRÓNICAS kawasaki Intelligent Anti-block Brake
de conectividade com smartphone
System de gestão e otimização de
através de bluetooth, utilizando a
travagem e indicador de de modo de
App Rideology e permitindo consul-
condução económica.
tar informação e pré-definir parâmetros que serão aplicados automatica-
EQUIPAMENTO
mente na moto.
A Z H2 conta com um painel TFT a cores inclui informação completa
A RODAR
e detalhada que inclui velocímetro
Com os 200 cv sobrealimentados
digital, indicador de mudança en-
de potência do motor da Z H2 as
grenada, conta quilómetros, Kms
sensações de condução podem ser
intermédios nível de combustível ,
levadas ao extremo. A falta de pro-
consumo instantâneo e acumulado,
teção aerodinâmica funciona como
temperatura exterior, relógio, indica-
limitador do nosso entusiasmo no
dor do IMU , indicador KIBS e indi-
entanto somos sempre desafiados a
cador de temperatura e pressão dos
explorar todo potencial que os téc-
pneus.
nicos da Kawasaki colocaram na sua
A Z H2 inclui ainda a possibilidade
hypernaked.
DIMENSÕES
CONSUMOS / EMISSÔES
Consumo Médio nd l / 100 Kms * Emissões CO2 148 g / Km * Informação de consumos de fábrica
CORES 2020 / PVP
Cores PVP Base s/ despesas de mat.
3 cores 18.390 €
Cores especiais Acessórios
18.790 € / 18.990 € várias opções
OPÇÕES
| MOTORCYCLE SPORTS | -39-
TESTE EFETUADO COM
punho com maior convicção para os despertar.
GOSTÁMOS
Em motos deste nível de desempe-
Suavidade na entrega de potência Subidas de regime Suspensões
nho e potência as ajudas electrónicas são fundamentais e absolutamente necessárias. No caso da Z H2 não existem modos personalizáveis pois a Kawasaki preferiu enquadrar o nível
A MELHORAR
das diferentes intervenções electróni-
Ergonomia ao nível dos joelhos Estética dianteira
cas directamente dentro dos vários modos de condução selecionáveis, limitando assim as combinações a aquelas
pré-definidas,
certamente
numa perspectiva de aumentar a segurança do condutor. Temos assistido a um crescimento da oferta neste segmento específico de mercado das Hypernaked, com a KTM, a Ducati, a MV Agusta, a Aprilia e também algumas japonesas a apostarem forte no segmento. A Kawasaki destaca-se obviamente pela sua motorização ser a única sobrealimentada e a contínua aposta em motores com esta tecnologia poderá vir a ser abraçada em breve por outras marcas. Os limites estabelecidos nas normas que definem valores de emissão máximos irão certamente condicionar a continuidade de alguns modelos e favorecer outros, obrigando as marcas a um constante investimento na maior eficiência dos seus motores. Vivemos tempos difíceis de adaptação que obrigam a indústria a reinventar-se constantemente e a proAs ajudas electrónicas e a suavida-
téticos que dificultam o abraçar da
das de mau piso, realidade que não
curar novas soluções, aumentando o
de com a potência é entregue na Z
moto com as pernas.
é muito normal em motos de cariz
ritmo de produção de novos mode-
H2 transmitem-nos uma sensação
Sentimos enorme estabilidade em
marcadamente desportivo e que op-
los, são por isso também tempos de
de controle constante mas as ace-
curva e uma recuperação à saída das
tam por uma maior rigidez das suas
expectativa e de grande renovação.
lerações e as rápidas subidas de
mesmas digna de uma qualquer Su-
suspensões.
regime são inebriantes. Por isso o
perbike, graças a uma maior entrega
estarmos bem encaixados na moto
de binário desde os baixos regimes e
CONCLUSÃO
PVP Edição standard 18.390€.
é fundamental, realidade para a qual
a uma transmissão final propositada-
Esta é uma moto para “profissio-
PVP Edição Especial 18.790.€
contribui o bom apoio que oferece o
mente mais curta.
nais” e para condutores experiente e
PVP Edição Premium 18.990€
assento na sua zona posterior. Senti-
O comportamento das suspensões,
não deve ser levada de ânimo leve.
Versão Z H2 Performance 2020 :
mos porém alguma falta de “encaixe
totalmente ajustáveis à frente e
Os 200 cv que debita o seu tetra-
Escape Akrapovic / écran racing /
“ ao nível dos joelhos realidade pro-
atrás, é digno de reparo sobretudo
cilíndrico sobrealimentado, apesar
tampa assento Standard 19.690€ /
vocada por algum excesso de largura
tendo em conta a boa capacidade de
de bem distribuídos e controláveis,
Edição Especial 20.090€ / Edição
do conjunto quadro/elementos es-
absorção de imperfeições em estra-
estão todos lá e basta um rodar de
Premium 20.220€
-40- | MOTORCYCLE SPORTS |
PREÇOS, CORES E OPÇÕES
MOBILIDADE
LAMBRETTA V125 SPECIAL
MOBILIDADE ANTI-VIRUS
A SCOOTER COMO ALTERNATIVA SAUDÁVEL DE TRANSPORTE
As scooters já eram antes um meio de excelência em termos de mobilidade urbana. Práticas, fáceis de conduzir, fáceis de estacionar, ágeis no meio do trânsito, rápidas a chegar a qualquer lugar na cidade e de consumos moderados. Eis que o contexto da pandemia que todos estamos a viver veio reforçar ainda mais a sua utilização.
-42- | MOTORCYCLE SPORTS |
TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias / Duzentos Participação de Margarida Salgado
E porquê ? porque os transportes
ção, a moto e em particular a scoo-
visões para o corrente ano podendo
nuir a densidade de tráfico urbano,
públicos são um dos meios de maior
ter surgem como meio alternativo,
superar aos resultados obtidos em
como contribuir para a diminuição
aglomeração de pessoas, que to-
acessível e seguro, para nos deslo-
2019, sobretudo no segmento das
de consumos e, consequentemente,
dos os dias se deslocam para o seu
carmos no dia a dia.
scooters 125.
também a diminuição de emissão de
trabalho e/ou afazeres e onde difi-
E se nos primeiros meses do ano
A ACAP tem levado a cabo precisa-
gases poluentes afirmando-se no
cilmente se consegue manter um
verificámos no sector das motos
mente uma campanha no sentido
contexto de pandemia que enfren-
distanciamento de segurança acon-
um
abrandamento
de promover a utilização da Moto
tamos, ser a tal alternativa segura
selhado e a higiene necessária nos
das suas vendas, pois os meses de
como forma alternativa e segura
aos transportes públicos.
meios de transporte utilizados.
confinamento fizeram abrandar o
de mobilidade. A Campanha “Vai
Num estudo recente realizado pelo
Se antes as duas rodas já eram uma
consumo e inevitavelmente a eco-
de Moto” reúne praticamente to-
RAC- Real Automovil Club de Es-
alternativa para quem se desloca
nomia, já no segundo semestre de
dos os fabricantes e representantes
paña, mais de 20% das pessoas que
nas grandes cidades, então nesta
2020, apesar de estarmos a viver
nacionais das marcas distribuídas
anteriormente utilizavam transpor-
nova realidade em que todos procu-
presentemente uma segunda vaga
no nosso mercado no sentido de
tes públicos estão a ponderar pas-
ramos alterar comportamentos para
pandémica, constatamos que os va-
impulsionar a venda de veículos de
sar a utilizar veículo próprio. Ora a
diminuirmos o risco de contamina-
lores globais se aproximam das pre-
duas rodas, de forma não só a dimi-
Scooter representa de facto essa
considerável
| MOTORCYCLE SPORTS | -43-
MOBILIDADE
-44- | MOTORCYCLE SPORTS |
LAMBRETTA V125 SPECIAL
alternativa já que por um investimen-
práticas, tem normalmente bastante
to moderado podemos encontrar a
espaço de arrumação, realidade que
solução ideal de mobilidade para os
nos permite transportar o que neces-
dias que correm.
sitamos para o nosso dia a dia e equi-
E de facto a legislação até favorece
pamento extra para o frio ou chuva,
essa realidade, já que com carta de
permite-nos também ao fim do dia
carro nos é permitido conduzir veí-
e antes de regressarmos a casa,
culos de duas rodas até 125cc. Face
passarmos a fazer algumas compras
a esta realidade as scooters têm uma
para o jantar, e talvez o mais impor-
vantagem real em termos de mobili-
tante em todo este contexto possa
dade urbana, pois são confortáveis e
ser de facto a sensação de liberdade
que nos transmite o andar de moto,
feminino, uma realidade que tem a
E se nós homens gostamos de mo-
durante alguns dias, vivermos essa
sobretudo reforçada pelo confina-
ver com uma nova forma de viver
tos, que para além do factor utilidade
experiência em directo, fazendo o
mento a que temos sido a obrigados,
as cidades e com um maior sentido
são também um dos nossos “passa-
nosso dia a dia em scooter.
quer por lei quer por imposição pró-
de liberdade e independência, pois a
tempos” preferidos, porque não en-
Rápidas a sair nos semáforos e ágeis
pria no sentido de nos protegermos
facilidade que as scooters oferecem
tão partilhá-lo a dois ? Ela na sua e
a manobrar no meio do trânsito cita-
a nós e aos nossos.
na sua condução, têm atraído ulti-
nós na nossa...
dino, a experiência com as Lambre-
Outro fenómeno que temos assis-
mamente muitos condutores femini-
Foi nesse contexto que desafiámos
ttas, nome que me recordo a minha
tido no nosso país e à imagem do
nos. Em termos estatísticos e a nível
dois concessionários da marca Lam-
avó dava a tudo o que tinha duas
que vemos nas outras capitais euro-
europeu as decisões de compra de
bretta, a Rame Moto e a U.dare, a
rodas e aventais desde os anos 40
peias, sobretudo as mediterrânicas,
motos por um público consumidor
cederem-nos duas unidades idên-
( eram todas “Lambrettas” ) tal foi o
é o aumento de condutores do sexo
feminino representam cerca de 15% .
ticas da Lambretta V125 Special e,
impacto que a marca teve quando
| MOTORCYCLE SPORTS | -45-
MOBILIDADE
LAMBRETTA V125 SPECIAL
surgiu no mercado no período pós II
norte-americanos, encomendou no
alternativo, com o motor da moto co-
Lambrettisti da altura.
Guerra Mundial.
pós-guerra ao engenheiro aeronáuti-
locado directamente na roda traseira
A primeira Lambretta foi lançada
A Itália durante a Guerra estava
co General Corradino d’Ascanio, um
e uma estrutura aberta na frente que
para o mercado no ano de 1947 e
inundada por umas scooters de cor
projecto de um veiculo simples que
permitia às senhoras passar a perna
contava com a opção de uma ssen-
verde fabricadas no Nebrasca, USA,
pudesse transportar duas pessoas e
para montar na moto de forma prá-
to traseiro para o passageiro ou um
e aerotransportadas para o cenário
que fosse fácil de conduzir, tanto por
tica. A roda dianteira provinha direc-
compartimento para carga. As Lam-
de guerra para servirem de trans-
homens como por mulheres, e que
tamente de um desenho semelhante
bretta mantiveram até hoje inspira-
porte às tropas norte-americanas.
tivesse proteção da sujidade e lamas
ao de um trem de aterragem de avião
ção nas suas linhas originais. A marca
Ferdinando Innocenti, industrial ita-
para os condutores.
permitindo mudar a roda com enor-
fechou as suas fábricas no final dos
liano, depois de ver a sua metalúr-
O General d’Ascanio, que odiava mo-
me facilidade. E o famoso “avental”
anos 60 e Innocenti, o seu mentor
gica destruída pelos bombardeiros
tos, concebeu um design totalmente
mantinha limpas as saias e calças dos
passou a construir pequenos carros
-46- | MOTORCYCLE SPORTS |
num contrato que celebrou com a
cial. As suas linhas são inspiradas nas
com a direção. O motor tem uma po-
) A altura do assento é de 800mm. O
British Leyland Motor Corporation,
originais mas na concepção do seu
tência máxima de 10.1 hp às 8.500
depósito de combustível tem a ca-
os famosos mini Innocenti.
chassi e construção foram necessá-
rpm e atinge uma velocidade máxima
pacidade de 6.2 Litros e tem um con-
As Lambretta actuais são produzidas
rios assumir alguns compromissos
de 95 Km/h ( comprovada ). A sus-
sumo de 2.8 l/100 Km. O seu PVP é
pela empresa austríaca KISKA, des-
relacionados com a configuração dos
pensão dianteira telescópica tem um
de 3.499 euros e existe uma Edição
de 2017, empresa responsável pelo
motores e do fornecedor do chassi (
comportamento aceitável mas em
Especial Pirelli. As cores disponíveis
design da KTM e da Husqvarna. Es-
a SYM ).
piso irregular demonstra alguma limi-
na V125 Special são Cinza Mate e
tão disponíveis 3 modelos, a versão
A Lambretta V125 Special está dis-
tação. As rodas são ambas de 12” de
laranja na versão de guarda-lamas
utilizada no teste que realizámos, a
ponível em duas versões, com guar-
110 na dianteira e de 120 na traseira
fixo e Vermelho, Branco, Azul Preto
V125 Special, e também outras duas
da-lamas dianteiro fixo e na versão
e os travões são de disco na dianteira
e castanho na versão de guarda-la-
versões, a V50 Special e a V200 Spe-
Flex, em que o guarda lamas roda
e tambor na traseira ( tal como a PCX
mas Flex.
| MOTORCYCLE SPORTS | -47-
PREPARAÇÃO
INDIAN FTR 1200 by ART ON WHEELS
A Art On Wheels é um conhecido preparador português com o seu Atelier na Beloura/ Sintra, liderado por Claudio Sousa . Após uma fase inicial da sua carreira profissional, em que transformava carros na sua empresa de então, a Modificar e tendo tido sempre vontade de desenvolver um projecto exclusivamente dedicado à transformação de motos, decidiu levar avante esse seu sonho tendo alguns anos depois associado-se a Luis Gomes, para então poder dar uma maior dimensão ao seu negócio.
TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias / Duzentos
-48- | MOTORCYCLE SPORTS |
As preparações são realizadas con-
tão, uma Indian FTR 1200, o mes-
siderando duas realidades, primeiro
mo foi solicitado por um cliente
aquelas que por iniciativa própria a
que anteriormente já tinha realiza-
Art on Wheels decide executar e
do um outro projecto com a AOW,
que são um exercício da sua exclu-
uma BMW R 80, e decidiu desta
siva criatividade, e as segundas que
vez propor a transformação da sua
são a projectos dos seus clientes,
Indian FTR, moto recentemente
quer partindo de uma ideia inicial
adquirida. Este novo projecto ini-
dos próprios, quer partindo de uma
ciou-se de uma forma muito sim-
folha totalmente em branco onde é
ples, referiu Claudio Sousa, o clien-
a própria Art on Wheels que apre-
te não gostava dos piscas originais
senta ao seu cliente uma proposta
e pediu para trocar por uns de me-
inicial. Normalmente essa proposta
nor dimensão. Depois, em conver-
inicial representa um ponto de par-
sa foram surgindo mais ideias e de
tida que vai evoluindo, fruto de um
repente já se estava a falar de um
processo criativo alinhado com o
projecto de maior dimensão que
cliente e em função de um budget
iria obrigar a uma intervenção mais
previamente acordado.
significativa.
Ao longo do desenvolvimento de
Não se pretendia alterar a ciclís-
qualquer projecto existe uma ideia
tica original e apenas melhorá-la,
inicial que pode quase sempre so-
razão pela qual cortes e alterações
frer alterações, algumas propostas
de chassi foram de imediato colo-
pelo cliente e outras sugeridas pela
cados de lado sendo que assim a
própria Art on Wheels, sendo que
possibilidade de regressar ao mo-
muitas vezes a própria AOW chega
delo original com todas as suas
a assumir o custo dessas mesmas
peças originais ficou desde logo
alterações de forma a que o seu
salvaguardada.
cunho esteja bem expresso no re-
No processo de transformação foi
sultado final.
considerada a inclusão de peças
Em relação ao projecto em ques-
homologadas a nível europeu para | MOTORCYCLE SPORTS | -49-
que numa possível futura inspeção
lidade, poder voltar ao seu formato
belíssima. Foram montadas jantes
a arte do conhecido soldador Bruno
não se venha a penalizar a mesma.
original representa à partida uma
raiadas da Kineo, um escape pro-
Lima, colaborador da Art on Wheels,
No entanto as eventuais regras re-
salvaguarda face a uma eventual le-
duzido artesanalmente pela Art on
revela um trabalho inigualável de
lativamente a uma nova legislação
gislação mais rígida que venha a ser
Wheels, em que todas as soldaduras
uma precisão cirúrgica em que o re-
em matéria de inspeção de motos é
implementada em Portugal.
são realizadas manualmente, com
sultado final contribui de forma defi-
desconhecida e não se sabe até que
A preparação teve como objectivo
um desenho previamente realizado
nitiva para a exclusividade de que se
ponto irão chegar as exigências. O
principal melhorar ainda mais a es-
a partir da sua forma original e in-
reveste esta preparação.
facto de a moto, com alguma faci-
tética original da FTR 1200 já de si
troduzindo alguma criatividade. Aqui
Outros elementos fizeram par-
-50- | MOTORCYCLE SPORTS |
te também desta personalização, como sejam os espelhos e os intermitentes de menor dimensão, a posição da matrícula, algumas peças decoradas com imitação de carbono, os poisa-pés são também maquinados, o assento alterado no seu desenho a partir do original e forrado com um material distinto e foi colocado um écran frontal para lhe dar alguma proteção aerodinâmica . A pintura e decoração da FTR 1200 foi também realizada pela Art On Wheels introduzindo elementos decorativos que tem a ver com o histórico pessoal do cliente. O processo criativo normalmente faz com que se desenvolva uma relação de amizade e confiança com cada cliente e o resultado final de cada preparação expressa quase sempre a intensidade com que ambos se entregaram em cada projecto. Na Art on Wheels cada cliente é sempre um amigo. Na cobertura desta preparação pela Motorcycle Sports convidámos a modelo Marina Oliveira, enorme entusiasta das motos Custom, actualmente colaboradora da Art On Wheels, a participar na sessão fotográfica, fotográfica sendo o resultado final aquele que podem Cilindrada: 1203cc Potência: 120 cv Binário: 115 Nm 2 cilindros V 4 válvulas DOHC Caixa de 6 velocidades Jante dianteira 19” Jante traseira 18” Inclui: ABS, Cruise Control, Luzes LED Altura assento: 805mm Depósito Combustivel: 13 litros Peso: 221 Kg
apreciar nas imagens que aqui publicamos, razão pela qual deixamos aqui também expresso o nosso agradecimento. A Indian FTR 1200 by Art On Wheels, de acordo com o comentado por Claudio Sousa, irá estar presente em várias exposições e iniciativas do preparador no sentido de mostrar o trabalho realizado e ilustrar a visão que a AOW tem nas preparações que executa. Mais trabalhos e preparações da Art on Wheels e de outros atelier nacionais irão passar a ter a nossa atenção e cobertura, pois é um universo paralelo nas duas rodas que desperta um enorme fascínio no sector e nos nossos leitores. | MOTORCYCLE SPORTS | -51-
BMW
R18
“NÃO É APENAS A MOTO, É TUDO O QUE A RODEIA”. Esta foi uma das frases usadas no lançamento desta magnífica BMW R18 para a descrever e de facto, não pode fazer mais sentido. Não existem cruisers perfeitas e neste segmento é o que se procura, muita alma e a moto é só o caminho para lá chegar. Daí surge de facto a divisão entre os “amantes” e aos mais tecnicistas sobre esta criação.
A moto esteticamente é lindíssima, com pormenores
filetes a branco que contornam o mesmo fazendo jus à
que se inspiram na R5 de 1936, com linhas contemporâ-
sua antecessora original dos 30.
neas e intemporais. É de destacar o depósito em forma
Nesta versão de lançamento do modelo, a First Edition,
de gota, as imponentes cabeças do motor “big boxer”, o
encontramos alguns elementos opcionais que vêm mon-
veio de transmissão à vista, como também o quadro a
tados de origem; a cobertura da forquilha, a sigla croma-
simular o ser uma Hardtail. Não posso também deixar de
da embutida no assento, os poisa-pés em plataforma, a
realçar a pintura do depósito, com o pormenor de dois
chave de ignição Keyless, o farol LED com Luz diurna,
-52- | MOTORCYCLE SPORTS |
TESTE EFETUADO COM
TEXTO: Margarida Salgado FOTOS: Pedro Messias / Duzentos
| MOTORCYCLE SPORTS | -53-
BMW
-54- | MOTORCYCLE SPORTS |
R18
TESTE EFETUADO COM
a fechadura no tampão do depósito, os punhos aquecidos, o Cruise Control, o alarme anti-roubo e a marcha-atrás eléctrica. De facto é digno de se perderem alguns minutos a contemplá-la e a namorá-la. Com os seus 345 Kg, e apesar do centro de gravidade baixo, sentimos nitidamente o seu peso quando a queremos manobrar parados. No entanto, à medida que a vamos conhecendo melhor vamo-nos apercebendo do seu ponto de equilíbrio e a ganhar confiança, pois a partir de aí é só uma questão de entendimento. O opcional da marcha atrás, no meu caso, tornou-se fundamental, mas tudo vai depender do hábito e da condição física de cada um. Vamos falar sobre ergonomia ergonomia da R18. Na minha opinião, toda a moto foi construída à volta do seu motor Big Boxer (o maior motor boxer construído até hoje). Sendo este o ponto de partida, podem surgir tecnicamente algumas limitações ou mesmo conflitos na construção desta moto. Ao sentar-me, apercebi-me de imediato do posicionamento dos joelhos a 90º, realidade que para muitos poderá tornar-se pouco confortável ao fim de alguns kms. A posição de ângulo recto das pernas é a posição de máximo alongamento/estiramento das estruturas do joelho, daí ser uma posição em esforço e não relaxada. Na frente dos nossos pés encontram-se as duas cabeças de motor e atrás o escape. A montagem de GOSTÁMOS • Estilo e estética • Acabamentos • Motor
plataformas para apoiar os pés tem como consequência a necessidade de passar as mudanças para cima com o calcanhar. Confesso que de início estranha-se, mas acredito que
A MELHORAR • Suspensão traseira • Preço versão base
tudo seja uma questão de hábito. Passando ao desempenho em movimento. No motor com os seus 1802 cc e 91cv, que inclui 3 modos de condução: Rain, Roll e Rock, e
BMW R18 MOTORIZAÇÃO
Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Injecção
2 Cilindros em linha 1802 cc 91 cv @ 4.750 rpm 158 Nm @ 3.000 rpm 2 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. ar e óleo 107,1x100 mm Elétrico 9,6 : 1 Electrónica
Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final
6 Velocidades Sincronizada monodisco a seco por Veio
Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção
Duplo berço em aço -
Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira
Forquilha Telescópica 120 mm Mono-amortecedor 90 mm
Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS
Duplo disco 300 mm fixa 4 pistons Disco de 300 mm fixa de 4 pistons ABS BMW
Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras. Tipo/Marca de Pneus
Jante raiada 3,5"x 19" 120-70/19 Jante raiada 5.0"x 16" 180-65/16 -
Modos de Motor ABS Controle de Tração
3 Modos Rain / Roll / Rock sim 2 níveis + desligado
Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco
2440 mm 964 mm 1126 mm 1630 mm 690 mm mm 16 Litros 345 Kg 330 Kg
TRANSMISSÃO
QUADRO
SUSPENSÕES
TRAVÕES
JANTES E PNEUS
AJUDAS ELECTRÓNICAS
DIMENSÕES
CONSUMOS / EMISSÔES
Consumo Médio 5.6 l / 100 Kms * * Informação de consumos de fábrica
CORES 2020 / PVP Cores PVP Base
Preto / Versão First Edition 23.626 €
Packs
várias opções
OPÇÕES
| MOTORCYCLE SPORTS | -55-
TESTE EFETUADO COM
controle de tração desligável (?) no-
A moto permite uma condução mui-
Tail” mais em sintonia com o carác-
da travagem, aqui a exuberante R18
támos alguma falta de resposta nos
to fluida, com transições de caixa
ter e dimensão do motor Big Boxer.
passa com distinção, permitindo in-
baixos regimes a rolar no modo Roll,
precisas e silenciosas. Uma realida-
Em estrada, nada a dizer relativa-
cutir um ritmo alto e a dosear a tra-
realidade que em modo Rock se
de que nos chamou especialmente
mente ao comportamento em cur-
vagem de forma a permitir uma boa
altera por completo e permite que
a atenção foi o facto de não sentir-
va, no entanto exige algum cuidado
gestão das entradas em curva.
o Big Boxer mostre a sua verdadei-
mos qualquer calor vindo do “motor
para não nos excedermos na inclina-
As suspensões têm um comporta-
ra“alma”. É um motor pouco “aper-
rei” mesmo em circulação urbana.
ção pois com alguma facilidade co-
mento excelente em bom piso no
tado”, isto para lhe tentar explicar o
Sentimos porém falta de maior ex-
meça cedo a mostrar os seus limites
entanto em estradas degradadas
porquê da suavidade que sentimos.
pressão sonora dos escapes “Fish
com o roçar das plataformas. A nível
o amortecimento traseiro é algo limitado ao que se acrescentarmos
AS CONCORRENTES
a pouca altura do assento faz com que sintamos na nossa coluna todas as imperfeições da estrada Vamos acabar a falar sobre a sua estética….e voltamos ao início da nossa conversa. Pensemos que a BMW R18 não é apenas uma moto mas sim o“veículo”que nos leva a
Harley Davidson Fat Boy 114 1868 cc / n.d. cv / 304 Kg / 24.500 €
-56- | MOTORCYCLE SPORTS |
Indian Vintage Dark Horse 1890 cc / n.d. cv / 339 Kg / 27.490 €
Triumph Rocket3 GT 2457 cc / 167 cv / 294 Kg / 22.800 €
experienciar mil e uma sensações…e a vivê-las com toda a tranquilidade.
ENTREVISTA
FRANCESCO BAGNAIA
O objetivo de vencer pela Pramac
antes da Ducati
Francesco Bagnaia cumpre a sua segunda temporada no Mundial de MotoGP. Como para muitos outros tem sido um ano de altos e baixos para o italiano, que já esteve no pódio, mas também já se lesionou e teve de falhar corridas. Tudo isto com a confirmação, pelo meio, da subida à equipa oficial da Ducati em 2021. Antes dos Grandes Prémios em Aragão, o Motorcycle Sports teve a oportunidade de entrevistar em exclusivo Francesco Bagnaia. Uma conversa em que foram
O primeiro pódio de Bagnaia, no GP de San Marino de 2020.
abordados os mais diversos aspetos sobre a presente época de MotoGP, as pretensões que o #63 tem até ao fim da temporada em que se despede da Pramac e também tocando um pouco no futuro. Motorcycle Sports (MS): Esta foi uma temporada de altos e baixos praticamente para todos. A ausência do Marc Márquez melhorou a competitividade geral do campeonato? Francesco Bagnaia (FB): ‘Acho que o campeonato deste ano é muito competitivo. O nível do campeonato é muito alto, muitos pilotos rápidos. Muitas pessoas dizem que este ano não é um verdadeiro campeonato sem o Márquez. Eu não acho, porque isto é MotoGP e estamos
bem com os pneus. Conseguia pilo-
Portimão. O que pensas da pista e
MS: Achas que a temporada está
aqui porque somos os pilotos mais
tar como queria e era muito rápido,
achas que pode ser uma boa pista
a definir uma nova era na classe,
rápidos do mundo, por isso com
como em Jerez, Misano e Barcelona.
para a Desmosedici?
com tantos jovens talentos como
ou sem Márquez este campeonato
Depois, nas últimas três corridas foi
FB: ‘Sim, estive em Portimão, uma
o Joan Mir, Fabio Quartararo ou
é muito interessante e penso que
muito difícil para nós gerir os pneus
pista de que gosto. Acho que a nos-
tu próprio a serem mais fortes e
é também muito divertido para os
devido à aderência traseira. Esta-
sa moto pode ser competitiva, mas
outros mais experientes como o
adeptos’.
mos com dificuldades por causa
neste momento não sei porque a
Cal Crutchlow ou o Andrea Dovi-
das condições de pista, porque por
situação pode mudar em pouco
zioso a não terem ainda lugar para
MS: Temos visto muitas críticas
exemplo em Jerez estava calor e
tempo. Nunca pilotei uma Desmo-
2021?
ao longo da época, de muitos pi-
agora está frio, e este é o problema
sedici em Portimão porque estive lá
FB: ‘Alguém chama a esta época
lotos, sobre os pneus. O que pen-
para mim. Todos os pilotos estão
com a Ducati Panigale V4S, mas de
do MotoGP de Moto 2.1 porque
sas deles?
agora muito próximos e todos os
certeza que faremos o nosso melhor
somos muitos pilotos jovens muito
FB: ‘No início da temporada eu fui
detalhes podem fazer a diferença’.
para sermos competitivos na última
rápidos e fizemos pódios. Acho que
o único piloto Ducati que se sentia
MS: Estiveste no teste da pista de
corrida do ano’.
isso é normal, mas também bonito.
-58- | MOTORCYCLE SPORTS |
ENTREVISTA: Simon Patterson
Este é o resultado do alto nível da categoria antes do MotoGP. Piloto com o Fabio, Joan, [Brad] Binder, Álex Rins e [Álex] Márquez desde que éramos crianças. Com o [Miguel] Oliveira lutei pelo Mundial [de Moto2] em 2018 e ganhei. Mas também gosto de poder estar no MotoGP com o Vale [Rossi], que é o meu ídolo desde que eu era criança. Lamento pelo Dovizioso e pelo Cal porque eles são muito rápidos e sei que eles podem dar muitos momentos maravilhosos ao nosso desporto. Desejo-lhes o melhor’. MS: O Toní Elias, Danilo Petrucci, Jack Miller e tu obtiveram segundos lugares com a Pramac no MotoGP. Acreditas que podes ser o primeiro a ganhar para esta equipa? FB: ‘Gostaria e estamos a trabalhar no duro para o fazer, este é o meu último ano com a equipa e gostaria de acabar a temporada com uma vitória para agradecer a esta equipa maravilhosa. Mas neste momento estamos focados em fazer o nosso melhor e veremos o que acontece’. MS: No ano passado falhaste os pontos em Aragão, mas ganhaste aqui em 2018. Sentes-te confiante de que podes lutar pelo topo nesta pista? FB: ‘Em Aragão a minha
ENTREVISTA
FRANCESCO BAGNAIA
sensação não é como em 2018
FB: ‘O meu estilo de pilotagem é fluí-
cial. Tenho a mesma moto do Dovi e
quando caí nas últimas seis voltas, por
quando fui segundo, nesse ano ga-
do. Trabalhei muito para adaptar o
do [Danilo] Petrucci, não há diferen-
isso provavelmente teria vencido. Em
nhei o Mundial e tudo era mais fácil
meu estilo à Desmosedici e penso que
ças entre nós. Só que estou na Pra-
Barcelona parti do 14.º lugar e acabei
para mim. Agora é um pouco diferen-
podemos estar felizes pelo trabalho
mac e eles estão na Ducati, mas o
em sexto. Agora temos alguns proble-
te, os mesmos pilotos, mas diferentes
feito num ano. O passo em frente é
resto é o mesmo’.
mas, mas seguramente também hou-
problemas, isto é o MotoGP e tudo é
muito grande e continuaremos neste
mais difícil, num segundo há 20 pilo-
caminho para sermos competitivos
MS: O teu problema este ano pa-
tos e todos eles podem ganhar a cor-
em todas as pistas e em todas as con-
rece ser a consistência. Quando
MS: Sobre os novos pilotos da Du-
rida. Mas neste momento não temos
dições’.
acabaste o teu pior resultado foi
cati, Jorge Martín e Enea Bastiani-
ve azar este ano’.
um sétimo lugar. O que te está a
ni?
grupo da frente, mas veremos. Se-
MS: No próximo ano estarás numa
faltar para teres mais pontos no
Achas que eles têm o que é preciso
guramente faremos o nosso melhor
moto de fábrica, semelhante à que
campeonato?
para pilotar a Desmosedici? E que
para estarmos na frente e resolve-
tens agora. Quais são as diferenças
FB: ‘Em Jerez era segundo quando
conselho gostarias de lhes dar?
remos os problemas que temos tido’.
entre a tua moto e as motos dos
o meu motor partiu, por isso não foi
FB: ‘Penso que o Enea e o Martín
pilotos oficiais? Tens novos com-
culpa minha. Falhei Brno e Áustria 1
são muito rápidos e merecem uma
MS: Como descreverias o teu es-
ponentes ao mesmo tempo, por
e 2 por causa da queda em Brno e fui
Ducati para 2021. Um conselho
tilo de pilotagem e como é que o
exemplo?
operado. Em Misano 1 fui segundo
para eles: sejam pacientes, traba-
mudaste para adaptá-lo à Ducati?
FB: ‘A minha moto é uma Ducati ofi-
e em Misano 2 estava em primeiro
lhem no duro e travem muito forte’.
o ritmo de corrida para estarmos no
-60- | MOTORCYCLE SPORTS |
WSBK
ESTORIL
Jonathan Rea
numa ronda de muitas despedidas
De 16 a 18 de outubro, os Mundiais Superbike regressaram a Portugal, desta feita no Autódromo Fernanda Pires da Silva (Estoril). Foi a ronda final da temporada, em que se iriam decidir os títulos do WSBK e do WSSP300, havendo apenas contas fechadas no WSSP. na época de estreia. Um pouco
ganho qualquer das corridas de
trangimentos ao calendário dos
mais animada estava a luta pelo
França na jornada anterior. Lucas
Mundiais Superbike. Sete das ron-
terceiro lugar: o britânico seguia
Mahias (Kawasaki Puccetti Racing)
das inicialmente programadas não
apenas com mais 19 pontos do
também já estava garantido na se-
puderam ser disputadas, mas Por-
que Michael van der Mark (Pata
gunda posição. O seu colega Phi-
tugal não só manteve o seu lugar,
Yamaha).
lipp Öttl ainda visava ultrapassar
como teve direito a dupla visita: a
Este era um traçado novo para a
o terceiro classificado Jules Cluzel
segunda no Estoril, assistindo ao
grande maioria dos pilotos, pelo
(GMT94 Yamaha).
término de uma época muito atí-
que tinham a tarefa adicional de
No WSSP300, a luta pelo título
pica.
adaptação e estudo. No WSBK,
estava em aberto. Jeffrey Buis li-
No WSBK, a questão era essen-
destaque para Sheridan Morais,
derava, mas com apenas mais 28
cialmente matemática: Jonathan
com o luso-sul-africano a ser a
pontos do que Scott Deroue. Os
Rea (Kawasaki) liderava com mais
aposta da Orelac VerdNatura para
homens da MTM Kawasaki Moto-
59 pontos do que Scott Redding
o lugar do lesionado Maximilian
port eram os únicos com hipóteses
(Aruba.it Ducati), vantagem que o
Scheib.
matemáticas de chegarem ao títu-
deixava muito tranquilo e sem pre-
Quanto ao WSSP, Andrea Locatel-
lo. A colorir o pelotão com a ban-
cisar de arriscar. Já Redding estava
li (BARDAHL Evan Bros./Yamaha)
deira portuguesa estavam Pedro
com uma vantagem semelhante
selara já o título, procurando ape-
Fragoso (Machado Came SBK), To-
sobre o colega Chaz Davies e esta-
nas aumentar o seu registo vito-
más Alonso (Kawasaki Rame Moto
va a caminho de ser vice-campeão
rioso no Estoril depois de não ter
Racing Team) e o estreante abso-
www.photoPSP.com
A pandemia criou diversos cons-
-62- | MOTORCYCLE SPORTS |
Graeme Brown/GeeBee Images
campeão
Jonathan Rea campeão na penúltima corrida principal do ano.
Os campeões de 2020: Locatelli/WSSP (esq.), Rea/WSBK (centro) e Buis/WSSP300 (dir.).
TEXTO: Bernardo Matias
luto Miguel Santiago (Yamaha MS
saki) assinou o melhor tempo em
rar) e Santiago 23.º. Os FP3 foram
WSSP300, SUPERPOLE E LAST
Racing).
1m52,146s para bater Bruno Ieraci
os mais rápidos de ambos os gru-
CHANCE RACE: KALININ
(Kawasaki GP Project) por 0,084s.
pos. Ieraci assinou o melhor tempo
RUBRICOU POLE POSITION;
WSSP300, TREINOS LIVRES:
Alonso assinou o 17.º tempo mes-
de todos, ficando 0,366s na frente
LUSOS FORA DAS CORRIDAS
IERACI MAIS FORTE
mo na frente de Santiago depois
de Pérez no grupo A. No somatório
No início da tarde de sábado (17
O Mundial de Supersport 300 mar-
de ter chegado a comandar, en-
de ambos os grupos, Kevin Saba-
de outubro) disputou-se a última
cou o começo da ação em pista no
quanto Fragoso foi 21.º.
tucci (Kawasaki GP Project), mais
sessão de superpole da época do
Estoril, com a primeira sessão de
Ieraci liderou o FP2 do grupo A e
rápido do grupo B, foi segundo a
WSSP300, no Estoril. Foram vários
treinos livres dividida nos habituais
no combinado, 0,092s na frente
0,211s de Ieraci. Alonso acabou os
os homens a passar pela liderança,
grupos A e B. Os mais rápidos es-
de Mika Pérez (Prodina Ircos Team/
treinos em 39.º, Fragoso em 42.º e
com trocas constantes durante os
tiveram no grupo A, onde perto do
Kawasaki). Dos lusos, o melhor do
Santiago em 44.º depois de ser o
primeiros 13 minutos. Kalinin aca-
fim da sessão Nick Kalinin (Battley-
FP2 foi Alonso em 18.º, sendo Fra-
único luso a não progredir sábado
bou por ser mais rápido do que
-RT Motorsports by SKM-Kawa-
goso 21.º (único dos três a melho-
de manhã.
todos rubricando a pole position | MOTORCYCLE SPORTS | -63-
WSBK
ESTORIL
0,054s na frente de Pérez. Ieraci
Já com campeão conhecido, a épo-
foi terceiro após ser mais veloz nos
ca do WSSP300 chegou ao fim com
treinos. Dos protagonistas da luta
a segunda corrida do Estoril. Depois
pelo título, Deroue foi o melhor
de uma interrupção com bandeira
em 18.º logo na frente do líder do
vermelha, a prova teria Meuffels e
campeonato, Buis.
Samuel di Sora (Leader Team Flem-
Seguiu-se a corrida Last Chance,
bo/Kawasaki) em destaque. Os dois
em que os pilotos não apurados
distanciaram-se do restante pelotão
para a qualificação perseguiam
para batalharem entre ambos pelo
as seis últimas vagas nas corridas
triunfo. Meuffels levou a melhor no
principais: entre eles os três portu-
encerramento de uma temporada
gueses. Porém, a sorte não esteve
favorável para as cores holandesas,
do lado de nenhum deles. A vitó-
batendo di Sora por 0,219s. Pérez
ria na prova foi de Thomas Brian-
teve de suar para conservar o ter-
ti (Prodina Ircos Team/Kawasaki),
ceiro posto à frente de Bahattin
que liderou boa parte da corrida
Sofuoglu (Biblion Motoxracing Ya-
e no fim impôs-se perante Blin
maha), com Kawakami a levar as co-
(Biblion Motoxracing Yamaha) por
res do Brasil ao quinto posto. Buis,
0,162s. Marco Gaggi (Machado
já consagrado campeão, foi 18.º.
Came SBK/Yamaha), Oscar Núñez
O campeonato terminou com Buis
Roldán (Scuderia Maranga Racing/
como campeão com mais 34 pon-
Kawasaki), Alessandro Zanca (GP
tos do que Deroue, sendo Sofuoglu
Project/Kawasaki) e Sylvain Mar-
terceiro a 78 pontos.
karian (Yamaha MS Racing) também consumaram o apuramento.
WSSP, TREINOS LIVRES: ÖTTL
Santiago foi sétimo e falhou o
CHEGOU À FRENTE NO FP3
objetivo por apenas 2,832s, com
Com as contas da frente já decidi-
Fragoso em oitavo. Alonso não
das, o WSSP teve um FP1 no Esto-
evitou o abandono na terceira das
ril muito útil para os pilotos conhe-
dez voltas.
cerem uma pista nova para muitos. O melhor tempo foi da autoria
WSSP300, CORRIDAS:
de Lucas Mahias, com o francês
JEFFREY BUIS CONSAGRADO
da Kawasaki Puccetti a rodar em
COMO CAMPEÃO
1m41,193s antes de sofrer uma
Ainda no sábado, 17 de outubro,
pequena queda. Isaac Viñales (Kal-
houve a primeira corrida. Foi uma
lio Racing/Yamaha), que também
prova que consagraria o campeão
liderara, ficou a 0,054s, com Raf-
antecipadamente e foi intensa. Um
faele de Rosa em terceiro a bordo
quarteto escapou na frente, com-
da MV Agusta. A segunda sessão
posto por Pérez, Koen Meuffels
acabou por ser mais rápida no dia
(MTM Kawasaki Motoport), Boo-
inaugural. Impôs-se de Rosa, que
th-Amos e Ieraci. Destes, os três
com as cores da MV Agusta não
primeiros destacaram-se de Ieraci
mais cedeu. Hannes Soomer (Kal-
na reta final, com uma luta ao pho-
lio Racing/Yamaha) ficou a 0,052s,
to-finish: Pérez triunfou 0,013s na
sendo Mahias terceiro a 0,118s.
frente de Meuffels, com Booth-A-
No sábado de manhã, os pilotos
mos logo a seguir a 0,055s. Buis
ultimaram as suas preparações no
recuperou até sexto, suficiente para
FP3. Foi uma sessão com muitos
celebrar desde logo o título já que o
homens a passarem pela lideran-
rival Deroue quedou-se em oitavo.
ça ao longo dos seus 20 minutos,
-64- | MOTORCYCLE SPORTS |
Locatelli e Mahias acabaram trajetória no WSSP com triunfos.
@photopsp_lukasz_swiderek
| MOTORCYCLE SPORTS | -65-
ESTORIL Graeme Brown/GeeBee Images
WSBK
Jeffrey Buis sagrouse campeão do WSSP300 no Estoril.
mas quem imperou foi Philipp Öttl
position, Locatelli reagiu e alcan-
em segundo a 1,591s, batendo
Odendaal acabou em quarto na
(Kawasaki Puccetti), com a melhor
çou o objetivo deixando Mahias a
Soomer na animada disputa pelo
frente de Öttl, que à entrada da
volta do fim de semana até então:
0,146s. Öttl obteve o terceiro pos-
terceiro posto. Viñales e Steven
última volta era o líder.
1m40,230s. Superou Soomer por
to à partida, com de Rosa em quar-
Odendaal (EAB Ten Kate/Yamaha)
Nas contas finais do campeonato,
0,311s. Estes foram também os
to e o surpreendente Danny Webb
completaram o top cinco.
Locatelli ficou em primeiro com
melhores registos dos treinos li-
(WRP Wepol Racing/Yamaha) a fe-
No dia 18 de outubro, deu-se por
mais 104 pontos do que Mahias.
vres, com de Rosa em quarto do
char o top cinco.
encerrado o WSSP, edição 2020.
Öttl conseguiu acabar em terceiro,
combinado graças à sua marca no FP2.
Foram 18 últimas voltas intensas
superando Cluzel por dois pontos.
WSSP, CORRIDAS:
e dramáticas, apesar de as contas
Odendaal segurou o quinto posto um ponto à frente de De Rosa.
LOCATELLI E MAHIAS
já estarem encerradas de ante-
WSSP, SUPERPOLE: LOCATELLI
DESPEDIRAM-SE COM
mão. Mahias assumiu a liderança
ARREBATOU A POLE POSITION
TRIUNFOS
na primeira volta e aparentou ter
WSBK, TREINOS LIVRES:
O início da Superpole do WSSP no
A corrida começou com de Rosa
argumentos para se escapar, mas
DOMÍNIO ABSOLUTO DE
Estoril ficou marcado pela queda
a assumir o comando na primeira
os rivais conseguiram-no apanhar
REDDING
de Soomer, que teve a sua ses-
volta, relegando Locatelli a segun-
e perdeu mesmo a liderança para
A primeira sessão do Mundial de
são comprometida. Nos primeiros
do. O italiano recuperou logo na
Öttl na quinta volta. Reagiu e recu-
Superbike no Estoril teve um só
minutos, passaram pela dianteira
segunda volta e na terceira um in-
perou logo na volta seguinte, antes
sentido: o de Scott Redding. Sylvain
pilotos como Jules Cluzel (GMT94
cidente de Peter Sebestyen (OXXO
de De Rosa passar para o topo na
Barrier (Brixx Performance/Ducati)
Yamaha), Mahias e Öttl, antes de
Yamaha Team Toth) obrigou a inter-
volta sete. A prova estava frené-
ainda foi o primeiro a completar
Andreea Locatelli (BARDAHL Evan
romper a prova para limpar a gravi-
tica, com constantes mudanças
uma volta lançada, mas daí em
Bros./Yamaha) assumir o contro-
lha da pista. No reatar, de Rosa e
de líder e Locatelli a aproximar-se
diante só o homem da Aruba.it Du-
lo. Posteriormente foi superado
Mahias colidiram um com o outro
do trio da frente. Tudo se decidiu
cati liderou. Garantiu em definitivo
por de Rosa, que ao fim de cerca
na curva dois do Estoril e aban-
na última volta, quando Mahias
o primeiro lugar nos derradeiros
de cinco minutos não foi capaz
donaram. Daí em diante, Locatelli
passou em definitivo para o topo.
minutos rodando em 1m37,181s.
de suster a melhoria de Mahias.
não teve mais rivais à altura e ven-
Locatelli acabou em segundo a
Quem ficou mais próximo foi Gar-
Determinado em ficar com a pole
ceu tranquilamente. Öttl concluiu
0,886s, sendo de Rosa terceiro.
ret Gerloff (GRT Yamaha) a 0,438s,
-66- | MOTORCYCLE SPORTS |
ao passo que Loris Baz (Ten Kate
Diversos pilotos haviam de melho-
bandeira vermelha. Vários pilotos
tarde teve a primeira corrida do
Yamaha) e o duo da Pata Yamaha
rar no sábado de manhã no FP3,
caíram, entre eles Redding, Rea e
WSBK. Arrancando da pole posi-
Toprak Razgatlioglu e Michael van
que mais uma vez foi liderado por
Barrier que foi até encaminhado ao
tion, Razgatlioglu não desperdiçou
der Mark fecharam o top cinco. Em
Redding. O #45 assumiu a dian-
centro médico do circuito. Na luta
a chance de ficar na frente. Mais
21.º colocou-se o luso-sul-africa-
teira ainda nos primeiros cinco
pela pole poisition, Razgatlioglu
atrás, Redding conseguiu ganhar
no Sheridan Morais (Orelac Racing
minutos para nunca mais a largar,
acabou por superar Leon Haslam
seis lugares e Rea oito, com ambos
VerdNatura/Kawasaki).
acabando 0,102s na frente de Raz-
(Team HRC) nos instantes finais, ao
a terem alinhado de uma zona re-
O segundo treino livre voltou a ser
gatlioglu. Rea foi terceiro a 0,216s,
ser 0,702s mais rápido. Gerloff foi
cuada na grelha de partida. Gerloff
liderado por Redding, mas não com
com van der Mark e Gerloff nas
quarto, com Chaz Davies (Aruba.it
rodou inicialmente em segundo,
a supremacia demonstrada na pri-
posições subsequentes a quatro
Ducati) em quarto e Michael Ru-
mas com duas voltas cumpridas foi
meira sessão. Baz foi líder duran-
décimas. No top cinco combinado,
ben Rinaldi (Team GoEleven/Du-
ultrapassado por Rea, que assim
te grande parte do FP2 depois de
apenas Baz, em quarto, não fez a
cati) em quinto. Rea não foi além
chegava ao top três.
uma entrada forte, estando vários
sua melhor marca no FP3. Apesar
de 15.º e Redding nem chegou a
Na frente, Razgatlioglu não deu
minutos no topo antes de ser ba-
de melhorar, Morais quedou-se em
fazer um tempo depois da queda
quaisquer chances aos rivais, esca-
tido por Razgatlioglu. Este não se
21.º dos treinos livres.
ficando relegado ao fundo da gre-
pando-se do restante pelotão. En-
lha de partida. Envergando a ban-
tretanto, Redding abandonou com
aguentou muito tempo na dianteira, com Redding a ser 0,089s mais
WSBK, SUPERPOLE:
deira portuguesa, Morais assinou o
problemas na sua Ducati, o que
veloz. Até ao fim, o britânico não
RAZGATLIOGLU NA POLE
18.º tempo.
entregou desde logo o título a Rea.
viria a ser ultrapassado, para lide-
POSITION APÓS SESSÃO
rar o treino. Baz foi terceiro, Jona-
ATÍPICA
WSBK, CORRIDAS 1:
para Gerloff, quando, entretanto,
than Rea (Kawasaki) quarto e Alex
A Superpole do WSBK no Estoril
JONATHAN REA
já fora superado por Chaz Davies
Lowes (Kawasaki) quinto. Morais
teve contornos pouco habituais,
CONSAGROU-SE CAMPEÃO
(Aruba.it Ducati). Nas últimas cin-
concluiu em 21.º.
sendo até interrompida por uma
Como habitualmente, o sábado à
co voltas, nada mais se alterou
Matteo Cavadini/Alex Photo
Este viria a perder de novo o lugar
Despedida vitoriosa de Davies da Aruba.it Ducati.
| MOTORCYCLE SPORTS | -67-
ESTORIL
www.photoPSP.com
WSBK
Kawasaki e Rea comemoraram títulos no Estoril.
nas posições cimeiras. Razgatlio-
2,940s. Assim, estava definida a
tou a ultrapassagem na curva três.
Uma vez conquistado o título, Rea
glu venceu com 3,039s de avan-
primeira linha da grelha da segun-
O britânico conseguiu seguir em
assumiu ao site oficial do WSBK
ço sobre Davies, com Gerloff em
da corrida principal. Seguiram-se
frente, mas longe da frente.
que em 2020 tudo foi mais com-
terceiro a estrear-se no pódio. Rea
Davies, Rea e Redding. Ao cair
Quem aproveitou foi Redding, que
plicado, com a competitividade a
foi quarto e Haslam quinto. Mais
ainda na primeira volta, Lowes
passou para a frente de Razgatlio-
crescer no pelotão: ‘A Ducati é mais
abaixo, Morais concluiu em 16.º,
acabou por se ver relegado ao
glu. O #45 foi o principal perse-
forte este ano, a Yamaha é mais for-
ficando a 8,169s do último ponto.
fundo da grelha. Morais concluiu
guidor de Davies ao longo de boa
te, a Honda saiu-se bem e agora há
em 19.º.
parte da corrida, mas não chegou
vários pilotos bons. […]. Este ano as
a estar em posição de atacar o
outras equipas e pilotos estão ago-
WSBK, CORRIDA SUPERPOLE: YAMAHA SUPERIORES COM
WSBK, CORRIDA 2:
colega de equipa. Davies venceu
ra a perceber como fazer isso e são
RAZGATLIOGLU NO TOPO
DAVIES DISSE 'ADEUS' À
com 1,951s de Redding para se
mais consistentes. O WSBK é agora
O derradeiro dia da temporada
DUCATI A TRIUNFAR
despedir da Aruba.it Ducati lide-
muito competitivo e todos os outros
do WSBK colocou os pilotos pela
Na tarde de domingo, dia 18 de
rando uma dobradinha da equipa.
são agora mais consistentes ao lon-
frente pela segunda vez no fim de
outubro, aconteceu a segunda
Razgatlioglu concluiu em terceiro
go de uma temporada’.
semana com a corrida Superpole.
corrida do Estoril, última da tem-
a 2,556s. Van der Mark não foi
O WSBK terminou com Rea como
Razgatlioglu partiu da pole posi-
porada do WBSBK. A pole posi-
além de quarto na última corrida
campeão. Ficou 55 pontos à frente
tion e destacou-se rapidamente
tion era de Razgatlioglu, que só se
com a Pata Yamaha. Álvaro Bautis-
do rookie Redding, sendo Davies
na frente. Gerloff foi o seu prin-
manteve na frente até ser ultra-
ta encerrou a sua primeira época
terceiro na sua derradeira época
cipal perseguidor e cortou a meta
passado por Davies na volta dois.
ao lado da Team HRC em quin-
com as cores da Aruba.it Ducati.
em segundo a 1,928s. Numa cor-
O turco passou então a disputar
to lugar da prova lusa. Quanto a
Razgatlioglu foi quarto e van der
rida dominada pelas Yamaha, van
o segundo posto com Rea e os
Morais, fechou a participação em
Mark terminou a sua aventura na
der Mark completou o top três a
dois tocaram-se quando Rea ten-
18.º.
Pata Yamaha com o quinto lugar.
-68- | MOTORCYCLE SPORTS |
ENTREVISTA
POL ESPARGARÓ
‘Pensávamos que isto
era impossível’ O Motorcycle Sports entrevistou em exclusivo Pol Espargaró antes do GP de Aragão de MotoGP. O piloto da
Polarity Photo
Um dos homens em destaque nesta temporada de MotoGP é Pol Espargaró. Aproveitando os progressos da KTM, para os quais contribuiu significativamente, o piloto tem estado mais regularmente na luta pelos lugares cimeiros, estando ainda a falhar-lhe a primeira vitória pelo construtor de Mattighoffen.
Red Bull KTM cumpre a sua última época ao serviço da equipa, num ano em que já passou por bons e maus momentos e no qual não tem sido fácil para ninguém ser constante. A trajetória da KTM, a presente temporada e também o futuro foram temas abordados nesta entrevista que fizemos a Pol Espargaró e que pode ler nas próximas páginas. Motorcycle Sports (MS): Esta tem sido uma época de altos e baixos praticamente para todos. O Marc Márquez não está presente. Achas que a ausência dele melhorou a competição deste campeonato? Pol Espargaró (PE): ‘Bem, não sabemos o que o Marc estaria a fazer esta temporada. Decerto que estaria a lutar pelo título, mas é difícil saber onde ele poderia estar com estas mudanças
MS: Muitos pilotos, ou quase todos
frio. Em Valência vai ser muito seme-
loto a experimentar a RC16. Se al-
de pneus, este campeonato de altos e
os pilotos, se queixaram sobre os
lhante, em Misano também enfrentá-
guém te dissesse no pódio em 2018
baixos. Mas seguramente o Marc seria
pneus. O que pensas das escolhas
mos condições semelhantes, em Bar-
e a lutar por vitórias este ano, o que
forte como sempre. Mas decerto que
da Michelin?
celona esteve muito frio. É sempre um
lhe dirias?
com o Marc fora das corridas sinto que
PE: ‘É muito difícil, porque a Michelin
compromisso entre pneus e condições
PE: ‘Que seriam loucos, que seriam
vários pilotos sentiram que sem o Marc
está a tentar, mas as condições deste
de pistas. E as condições de pista este
mesmo loucos. A sede na Áustria sem-
talvez fosse possível ganhar o título. E
ano são muito diferentes. Especial-
ano foram bastante diferentes de ou-
pre pensou que seríamos capazes de
isto também faz muitos pilotos come-
mente porque o momento em que
tros anos. Por vezes colocamos a culpa
fazer o que estamos a fazer depois de
terem erros e cair nas corridas. Acho
vamos às corridas é muito diferente;
nos pneus porque são difíceis de en-
três anos e meio, mas dentro da fábri-
que o Marc, ao estar de fora, traz al-
é difícil saber que tempo vai haver nos
tender, mas as condições também não
ca pensávamos que isso era impossí-
guma confiança a muitos pilotos, mas
sítios a que vamos porque é a primeira
os estão a ajudar a trabalhar e a esco-
vel. Mas quando começas a lutar por
estes pilotos também cometem muitos
vez que estamos a competir lá - por
lherem o pneu correto a cada fim de
algumas vitórias e por pódios vês que
erros e caem muito com o excesso de
exemplo, aqui em Aragão normalmen-
semana porque este ano as condições
os outros não são extraterrestres e vês
confiança. No fim, seguramente tudo
te não é tão ventoso, mas é bastante
são bastante diferentes’.
que não há heróis aqui no campeona-
está mais competitivo sem o Marc e
quente. Mas agora está muito frio e
tudo está mais renhido’.
ventoso, e o vento também é muito
-70- | MOTORCYCLE SPORTS |
to. Todos os que trabalham no duro MS: Em 2016 foste o primeiro pi-
e com a moto adequada faz o que o
ENTREVISTA: Simon Patterson
piloto ou o construtor quiser. Acho que
a lutar até ao fim com o Jack [Miller]
Mas seguramente que para o quarto,
fazer lá? Não tenho ideia... Seguramen-
a maior mudança depois das primeiras
não foi possível outra vez. Acho que es-
quinto, sexto lugares, todos estamos
te temos o Miguel [Oliveira], que vai lá
corridas foi o acreditar. Começámos a
tivemos muito perto várias vezes, mas
muito semelhantes. Em resultados há
ter uma prestação muito boa porque
acreditar que estávamos no mesmo
nunca alcançando essa vitória. Uma
muitos altos e baixos, mas em rendi-
tem pilotado muito em Portimão e co-
nível dos outros construtores e isso
vitória é seguramente importante, mas
mento em corrida não estamos muito
nhece a pista melhor do que ninguém.
traz-nos muitos bons resultados. Ain-
também é importante aquela pole po-
longe desses pilotos. Vai ser questão de
Felizmente temo-lo na equipa, por isso
da temos esta sensação de podermos
sition e os três pódios deste ano. Não
não cometer erros e fazer o máximo
para nós será muito importante seguir
alcançar resultados muito bons no fim
havia forma de conseguirmos estar
aos domingos, mas creio mesmo que
as trajetórias dele no início e os dados
do ano se não existirem mais erros. É
no pódio e depois desses três pódios
temos chances de terminar no top cin-
dele. Além disso, tudo começamos do
uma sensação incrível lutar pelo que
estamos muito felizes. Mas claro que
co. Mas quem está do quinto até ao
zero, todos os construtores. Testámos
estamos a lutar agora’.
gostaria de ganhar antes do fim da
11.º no campeonato neste momento
lá com o Dani [Pedrosa], como outras
temporada, embora pense que vá ser
pode acabar nessa posição, pelo que
equipas com o [Michele] Pirro, [Sylvain]
muito difícil’.
vamos ter de lutar por isso’.
Guintoli e a Aprilia com o meu irmão
MS: Quais pensas serem as melhores características da moto da
[Aleix Espargaró]. Todos começamos
KTM?
MS: A última vez que tiveste três
MS: Estiveste em Portimão a expe-
do zero, não sabemos ao certo, mas
PE: ‘Penso que desde a primeira vez
pódios foi em 2013 e ganhaste o
rimentar a pista. O que pensas da
felizmente temos o Miguel que tem in-
que experimentei a KTM os arranques
campeonato no Moto2. Onde pen-
pista e o que pensas que a KTM
formação muito clara, conhece muito
eram bastante bons, não precisámos
sas que podes acabar neste cam-
pode fazer especificamente nessa
bem a pista e vai ter uma boa presta-
de tocar em nada, não sei porquê -
peonato, na tua última época com
pista?
ção desde o primeiro treino livre, segu-
bem, sei, porque quem está a fazer a
a KTM?
PE: ‘Gosto mesmo da pista, é um local
ramente’.
embraiagem é japonês e é bastante
PE: ‘Matematicamente ainda pode-
diferente de outros locais e isto é algo
bom a fazer isso e os nossos arranques
mos ganhar o título [risos]. Mas é só
importante quando enfrentas uma
MS: Vai ser o Miguel e 20 pilotos...
sempre foram incríveis. Depois, seja por
uma brincadeira, isso é praticamente
nova pista. Decerto que precisamos
(risos)
que motivo for, a nossa moto tem um
impossível porque os pilotos que estão
de ser rápidos, precisamos de dar um
PE: ‘(Risos) Se fosse assim seria bom,
rendimento muito bom em travagem -
na frente são bastante competitivos,
espetáculo, mas divertir-nos também é
porque temos os dados dele para veri-
travando a direito, mas especialmente
com motos muito competitivas, e en-
importante. E tenho a certeza que nos
ficar e melhorar’.
ao entrar na curva com algum ângulo.
frentaremos algumas corridas em que
vamos divertir muito porque é ao sobe
A nossa moto enfrenta esta parte com
eles são mesmo fortes. Aquele top três
e desce, muito complicada, muito exi-
MS: Achas que esta temporada
um rendimento forte, boa estabilidade,
é quase impossível, embora o possa-
gente para o piloto que é muito bom.
está a definir uma nova era para
a moto consegue aguentar uma trava-
mos matematicamente conquistar.
O que é que a KTM vai ser capaz de
esta classe? Porque temos jovens
na curva. Normalmente gosto de pilotar assim e esta moto adequa-se muito bem a mim nessa área’.
Polarity Photo
gem muito tardia entrando muito tarde
MS: Foste o primeiro a dar um pódio à KTM e o primeiro a obter uma pole position para a KTM. O que te está a faltar para conseguir aquela vitória? PE: ‘Bem, penso que tivemos a hipótese este ano. Na República Checa, mas infelizmente não consegui acabar a corrida e as hipóteses de lutar pela vitória com o meu colega de equipa, Brad [Binder] eram grandes. Na primeira corrida da Áustria também, mas depois houve a bandeira vermelha. E depois na segunda corrida da Áustria
Miguel Oliveira chegará a Portimão bem treinado, considera Espargaró.
ENTREVISTA
POL ESPARGARÓ
talentos como o Joan Mir, o Fabio
que chegam como o Miguel ou o Brad
molhado em Le Mans - apenas o FP1.
melhorar a moto; mesmo se não foi útil
Quartararo, até o Brad Binder. Pen-
e o quão difícil é batê-los. Seguramente
Mas ele fê-lo, a moto rendeu bem, mas
para ele, ele disse-nos os pontos fracos
sas que esta é uma nova era desta
no próximo ano chegarão mais deles.
o piloto também fez um trabalho mui-
da moto e isto também nos ajudou.
classe?
Veremos’.
to bem. Tenho a certeza que o nível da
Este é um trabalho de equipa e penso
moto não é mau, mas tens de juntar
que a KTM esteve muito bem ao criar
PE: ‘Todos os anos entram jovens pilotos na categoria e elevam o nível da
MS: Falaste do Marini. Pareces sa-
tudo para fazer os resultados. Neste
esta construção de equipa desde a fá-
categoria. Aconteceu no passado com
ber alguma coisa...
momento parece que o Marc é o único
brica, com a equipa satélite e também
o Fabio. Seguramente na minha era
PE: ‘(Risos) Estou a falar do que a im-
capaz de o fazer. É por isso que estou
com a equipa de testes. Juntos cons-
com o [Marc] Márquez, comigo, pilotos
prensa diz neste momento. Acho que
interessado em experimentar a moto
truímos uma boa moto. Seguramente
como o [Andrea] Iannone, o Johann
ele está muito bem na equipa, mas
para ver o que ele está a fazer diferen-
o Dani, mas também o Miguel e agora
[Zarco], estes pilotos que chegaram na
ainda não é nada oficial. E tenho um
te dos outros e o que eu sou capaz de
o Iker [Lecuona], ou o Brad, eu. Todos
mesma altura do que eu. Agora o Brad
bom relacionamento com o Tito Rabat,
fazer’.
fazem parte deste projeto e é o que é
está a chegar muito forte, com o Fabio
por isso quero que ele esteja na Avin-
e o Joan Mir. No próximo ano também
tia. Mas parece que vai ser um pouco
MS: Sei que fizeste a maior parte
por isso que a moto é pilotável, porque
vão chegar novos pilotos como o Jor-
complicado’.
do desenvolvimento da moto. Mas
todos estão a tentar melhorá-la’.
bonito: todos estão a dar opiniões e é
pensas que o Dani Pedrosa deu um
ge Martín, o [Enea] Bastianini, o [Luca] Marini... . Esta classe está sempre em
MS: O primeiro pódio do Álex Már-
pequeno extra para colocar a moto
MS: Muitos pilotos questionaram a
evolução e o nível é sempre cada vez
quez fez-te sorrir, sabendo que se
onde está agora?
relação entre a Michelin e a KTM.
maior. E para os pilotos como eu que
um rookie consegue obter um pó-
PE: ‘Todos, não apenas o Dani. Quan-
Foi o Fabio, o teu irmão, o Álex Már-
estiveram maior parte do tempo no
dio, estarás mais perto de lutar pelo
do falamos sobre isto, há muitas pes-
quez... há alguma coisa na relação
MotoGP é todos os anos um pouco
topo em 2021?
soas envolvidas no projeto. O Dani
entre a Michelin e a KTM este ano
mais difícil e complicado. Os jovens pi-
PE: ‘Não sei... não sei. Oxalá signifi-
seguramente tem sido uma parte
que esteja longe das outras equi-
lotos chegam e arriscam mais. É duro,
que que a moto é boa e goste dela. O
importante do desenvolvimento, mas
pas?
não é fácil, mas acaba por ser bom
Álex fez uma corrida fantástica em Le
também o Mika [Kallio] pilotou muito
PE: ‘Não, não. Quando começas a fa-
porque isto é o MotoGP e é onde os
Mans, a par do Johann e do [Álex] Rins
tempo esta moto com muito esforço,
zer bons resultados e a moto começa a
melhores pilotos precisam de estar. E
foi um dos únicos o pneu médio na
também com a WP que está a usar
render bem e uma nova marca como
se não és suficientemente bom preci-
frente, foi muito inteligente. Ninguém
uma moto para desenvolver a moto.
a KTM começa a ganhar corridas ou
sas de sair. Decerto que o próximo ano
teve coragem antes da corrida para
Em conjunto com o Miguel, o Johann
a fazer pódios, as pessoas começam
será ainda mais duro do que este. Sinto
os usar porque não tivemos muitas
no passado - ele não foi bem-sucedido
a falar. E quando as pessoas estão a
na pele o quão rápidos são estes jovens
oportunidades para experimentar piso
na equipa, mas deu ferramentas para
falar sobre estas coisas sabes que estás a fazer bem o teu trabalho e tens de estar muito orgulhoso. Porque significa que não entendem por que somos tão rápidos e estão a tentar encontrar explicações com coisas ilegais. Quando isto acontece mostra-te que estás num bom nível. Mas é só conversa, é
O mais recente pódio de Pol Espargaró foi no GP de França, à chuva.
simplesmente divertido ouvir depois do enorme e duro trabalho que esta fábrica tem feito. De certa forma é um grande desrespeito porque diz que estamos a fazer o que estamos a fazer porque alguém nos deu isto, não porque trabalhámos muito para isto. Esforçámo-nos muito para isto e toda a
Polarity Photo
fábrica trabalhou bastante este inverno para obter estes resultados. É por isso que estamos a obter estes resultados, não por mais nada. Todos estamos a usar os mesmos pneus e graças a isso a categoria é tão nivelada neste momento’. -72- | MOTORCYCLE SPORTS |
MOTOGP
GP DE LE MANS
Petrucci
foi o ‘ÁS’
de Le Mans
Com o GP da Catalunha, as contas no Mundial de MotoGP ficaram um pouco mais desniveladas, assim como no Moto2, mas todos os campeonatos chegaram a Le Mans totalmente em aberto. Sobretudo a MotoE World Cup, em que se assistiria ao desfecho da temporada com as duas últimas corridas.
No segundo fim de semana de ou-
rubro. Ai Ogura (Honda Team
No que concerne ao MotoGP, a
tubro, começou mais uma jornada
Asia) levava meros três pontos de
temporada mantinha-se ao rubro,
tripla dos Mundiais MotoGP. Vá-
avanço sobre Albert Arenas (Aspar
mas com distâncias um pouco mais
rios meses depois do originalmen-
Team/KTM), com John McPhee
pronunciadas: enquanto depois do
te planeado, Le Mans pôde acolher
(Petronas Sprinta Racing/Honda)
GP da Emília Romana o top nove
o GP de França, numa altura em
em terceiro a 24 pontos. Com legí-
cabia em 27 pontos, após Barce-
que as condições meteorológicas
timas ambições de permanecerem
lona e antes de Le Mans os cinco
prometiam ser um elemento pre-
na luta estavam ainda Tony Arboli-
primeiros já estavam separados
ponderante a ter em conta devido
no (Rivacold Snipers Team/Honda)
por 31 pontos. Fabio Quartara-
ao clima mais frio e húmido do que
e Celestino Vietti (Sky Racing Team
ro (Petronas Yamaha SRT) de-
o habitual.
VR46/KTM), respetivamente em
fendia a liderança em casa, com
Em Le Mans cairia o pano sobre a
quarto e quinto a 27 e 28 pontos
mais oito pontos do que Joan Mir
temporada da MotoE World Cup.
do topo.
(Team Suzuki), 18 do que Maverick
Com 50 pontos em disputa, mate-
Quanto ao Moto2, Luca Marini
Viñales (Monster Energy Yamaha)
maticamente existiam sete pilotos
tinha todas as condições para co-
e 24 do que Andrea Dovizioso
com chances de serem campeões.
meçar a pensar em gerir. A bordo
(Ducati). Depois de novo abando-
Porém, tudo indicava uma luta a
da sua Kalex, o homem da Sky Ra-
no, Miguel Oliveira (Red Bull KTM
quatro entre o líder Matteo Ferrari
cing Team VR46 vinha a fazer uma
Tech3) seguia em nono a 49 pon-
(Trentino Gresini), Dominique Ae-
época consistente que lhe valia um
tos do topo.
gerter (Dynavolt Intact GP), Jordi
avanço de 20 pontos para Enea
Torres (Pons Racing 40) e Mattia
Bastianini (Italtrans Racing Team/
MOTOE, TREINOS LIVRES:
Casadei (Ongetta SIC58 Squadra
Kalex). Estes eram os dois únicos
DE ANGELIS LIDERA À CHUVA,
Corse). O quarteto cabia em ape-
homens com chances de terminar
DI MEGLIO COM PISTA SECA
nas 15 pontos, com Eric Granado
a ronda gaulesa no topo, uma vez
A primeira sessão da derradeira
(Avintia) em quinto já a 43 pontos
que Marco Bezzecchi (Sky Racing
ronda da época da MotoE World
da liderança.
Team VR46/Kalex) era terceiro já a
Cup teve uma equipa em desta-
O Mundial de Moto3 estava ao
36 pontos de Marini.
que: a Octo Pramac. O seu piloto
-74- | MOTORCYCLE SPORTS |
Simon Patterson
Petrucci quebrou longo jejum de vitórias.
| MOTORCYCLE SPORTS | -75-
PSP/Lukasz Swiderek
MOTOGP
GP DE LE MANS
Jordi Torres foi o segundo campeão da história da MotoE World Cup.
CAMPEONATO MOTOE - GP LE MANS
Josh Hook. O australiano foi o único
melhor marca e não mais foi ultra-
Equipa
Moto
Pontos
líder durante mais de 25 minutos,
passado até ao término. Na altura
Pons Racing 40
Energica
114
altura em que foi ultrapassado por
estava de Angelis na frente, que foi
Trentino Gresini MotoE
Energica
97
Xavier Siméon (LCR E-Team). Mas
superado por 41 milésimas. O ter-
Dynavolt Intact GP
Energica
97
logo a seguir, de Angelis assinou o
ceiro foiu Mattia Casadei (Ongetta
Mike di Meglio
EG 0,0 Marc VDS
Energica
75
único tempo em 1m54s e superou
SIC58 Squadra Corse).
5.º
Mattia Casadei
Ongetta SIC58 Squadra Corse
Energica
74
o belga por 0,451s. Em terceiro
6.º
Niki Tuuli
Avant Ajo MotoE
Energica
53
terminou o líder do campeonato,
MOTOE, E-POLE:
7.º
Eric Granado
Avintia Esponsorama Racing
Energica
53
Matteo Ferrari (Trentino Gresini) a
ÚLTIMA POLE POSITION DO
8.º
Josh Hook
Octo Pramac MotoE
Energica
52
0,548s.
9.º
Niccolò Canepa
Energica
51
ANO PARA JORDI TORRES
LCR E-Team
10.º
Xavier Siméon
45
Na E-Pole de MotoE, os três pri-
LCR E-Team
Energica
Devido ao programa de duas corri-
11.º
Lukas Tulovic
Energica
39
das, o segundo treino livre foi tam-
meiros a entrarem em pista ficaram
Tech3 E-Racing
12.º
Alessandro Zaccone
37
no topo com as suas voltas, esta-
Trentino Gresini MotoE
Energica
bém o último da época da MotoE,
13.º
Alejandro Medina
Openbank Aspar Team
Energica
36
na sexta-feira do GP de França. Já
belecendo-se na frente Alejandro
14.º
Alex de Angelis
Octo Pramac MotoE
Energica
35
contou com pista seca, havendo
Medina (Openbank Aspar) até ser
15.º
Xavi Cardelús
Avintia Esponsorama Racing
Energica
34
descidas constantes dos tempos
superado por Dominique Aegerter.
16.º
Tommaso Marcon
Tech3 E-Racing
Energica
33
por volta nos primeiros dois terços
O helvético da Dynavolt Intact GP
17.º
María Herrera
Openbank Aspar Team
Energica
33
da sessão. Com pouco mais de 21
foi 0,153s mais rápido e conservou
18.º
Jakub Kornfeil
WithU Motorsport
Energica
15
minutos decorridos, Mike di Me-
o comando por pouco tempo.
glio (EG 0,0 Marc VDS) assinou a
Isto porque, não muito depois, foi a
Pos.
Piloto
1.º
Jordi Torres
2.º
Matteo Ferrari
3.º
Dominique Aegerter
4.º
-76- | MOTORCYCLE SPORTS |
vez de Jordi Torres fazer a sua volta
Ficava assim com a sua liderança
sumiu a liderança à frente de Tuuli,
gimos pontos suficientes para sermos
de qualificação. O homem da Pons
do campeonato vulnerável. Torres
entretanto ultrapassado por Hook.
campeões. É um trabalho da minha
Racing 40 não viria a ser batido, vis-
ficou então no comando com uma
Mais atrás seguia Torres. Na quarta
equipa, do meu grupo’.
to que foi o único capaz de entrar
boa vantagem, enquanto Aegerter
volta, mudança de segundo classi-
no 1m43s. Perto do fim, Ferrari ain-
estava no fundo do pelotão. Inicial-
ficado, com Tuuli a devolver a ul-
MOTO3, TREINOS LIVRES: RAÚL
da ameaçou superar o rival, mas fi-
mente, Torres foi perseguido por
trapassagem a Hook. O finlandês
FERNÁNDEZ NO TOPO DA
cou a 0,329s. Dois dos candidatos à
Niki Tuuli (Avant Ajo), que rapida-
foi depois em busca de di Meglio,
ÚNICA SESSÃO COM PISO SECO
pole position, de Angelis e Casadei,
mente foi superado por di Meglio.
ultrapassando-o mesmo. Tuuli não
A primeira sessão do programa do
caíram e não conseguiram comple-
O gaulês não teve argumentos para
mais cedeu até ao fim e ganhou a
GP de França foi o FP1 de Moto3,
tar as suas voltas.
rivalizar com Torres, que venceu
corrida estreando-se nas vitórias.
na manhã de 9 de outubro. Foi um
com 0,116s de avanço assumindo
Di Meglio, por seu turno, teve de
dia que começou frio e molhado.
MOTOE, CORRIDA 1: DRAMA
a liderança do campeonato. Em ter-
se contentar com o segundo posto,
Nessas condições, e numa pista
NA VITÓRIA DE TORRES, QUE
ceiro terminou Tuuli, com Hook em
falhando a vitória caseira.
ainda sem borracha, os pilotos de
FICOU A UM PASSO DO TÍTULO
quarto. Com este resultado, Torres
Em terceiro ficou Hook, com Aeger-
Moto3 tiveram dificuldades acres-
A penúltima corirda da época da
deu um grande passo rumo ao tí-
ter em quarto. Torres ainda cedeu o
cidas. Apesar de Andrea Migno
MotoE aconteceu a 10 de outubro,
tulo, entrando na derradeira corrida
quinto lugar a Ferrari, mas de qual-
(Sky Racing Team VR46/KTM) ser
no sábado do GP de França. A tem-
do ano com 18 pontos de avanço
quer modo não era suficiente para
o líder durante mais tempo, quem
porada ia decidir-se em Le Mans
sobre Ferrari.
o italiano: Torres foi campeão com
acabou no topo foi John McPhee
e a ronda dificilmente poderia ter
114 pontos, mais 17 do que Ferrari
(Petronas Sprinta Racing/Honda)
um começo mais dramático. Uma
MOTOE, CORRIDA 2: TORRES
que ficou igualado com Aegerter.
– rodou em 1m55,217s a menos
queda de Casadei no início motivou
SAGRADO CAMPEÃO NO
Em declarações ao site oficial do
de dez minutos do fim e superou
uma bandeira vermelha por moti-
TRIUNFO DE TUULI
MotoGP depois da corrida, Torres
Migno por 0,215s. Este ainda ro-
vos de segurança, embora o piloto
Tudo estava em aberto antes da
falou de um sonho cumprido: ‘Estou
dou em 1m54s, mas a sua volta foi
tenha ficado totalmente ileso. No
última corrida da época de MotoE,
a sentir-me muito bem, feliz. É um so-
cancelada. Seguiram-se Albert Are-
reatar, a prova foi encurtada a cin-
mas Torres estava em posição pri-
nho tornado realidade porque traba-
nas (Aspar Team/KTM) e Filip Salac
co voltas. Ferrari partiu melhor, mas
vilegiada: precisava apenas de fazer
lhámos muito este ano para entender
(Rivacold Snipers Team/Honda).
acabaria por ter problemas na sua
mais 8 pontos do que Ferrari para
bem a categoria, os pneus, como é
Apesar de a pista ainda estar mo-
Energica sendo forçado a abando-
selar o título. Di Meglio arrancou
pilotar esta MotoE. Aprendemos mui-
lhada no começo do FP2, esta-
nar.
bem na última prova do ano e as-
to, gerimos todas as situações e atin-
vam condições bem melhores do que de manhã. Por isso, acabou
Masiá fez nova volta recorde para obter a pole position.
por não ser surpreendente o facto de a tabela de tempos estar em constante mudança, com múltiplas trocas de líder. Mas no fim, quem imperou foi mesmo Salac, ao rodar em 1m44,820s já nos derradeiros segundos. O checo superou Romano Fenati (Sterilgarda Max Racing Team/Husqvarna) por apenas 39 milésimas, sendo McPhee terceiro. Arenas acabou em 13.º. A tabela do FP2 correspondeu à combinada do primeiro dia em Le Mans. O sol chegou no sábado de manhã, apesar de persistir o frio. Assim, como única sessão de treinos com
PSP/Lukasz Swiderek
piso seco, os pilotos conseguiram todos melhorar face ao dia anterior. Não houve quem conseguisse dominar de forma clara num contexto em que os tempos estiveram | MOTORCYCLE SPORTS | -77-
MOTOGP
GP DE LE MANS
constantemente a baixar, sendo Gabriel Rodrigo (Kömmerling Gresini/ Honda) o que mais esteve na liderança de forma consecutiva, cerca de 12 minutos. Nos últimos seis minutos, foi Raúl Fernández a impor-se para terminar mesmo no comando do FP3 e dos treinos. Para tal, rodou em 1m42,153s superando Vietti por 0,045s. Fenati foi terceiro, Migno quarto e Arbolino quinto. Ogura assinou a 14.ª marca e foi o último apurado diretamente para a Q2, deixando Ryusei Yamanaka (Estrella Ga-
MOTO3, QUALIFICAÇÃO: JAUME MASIÁ NA POLE POSITION COM NOVO RECORDE
PSP/Lukasz Swiderek
licia 0,0/Honda) de fora por 0,020s.
A Q1 de Moto3 em Le Mans teve incerteza até ao fim na disputa do
CLASSIFICAÇÃO GP DE LE MANS - MOTO3 Pos.
Piloto
Equipa
apuramento. Os primeiros no top
McPhee foi terceiro a 0,447s. Com a sua última volta cancelada, Raúl
Moto
Temp./Difer.
quatro foram Niccolò Antonelli
1.º
Celestino Vietti
Sky Racing Team VR46
KTM
37m37,384s
(SIC58 Squadra Corse/Honda), Ro-
Fernández quedou-se em quar-
2.º
Tony Arbolino
Rivacold Snipers Team
Honda
+ 0,142s
3.º
Albert Arenas
Gaviota Aspar Team Moto3
KTM
+ 0,198s
drigo, Foggia e Davide Pizzoli (BOE
to, sendo acompanhado de Sergio
4.º
Jaume Masiá
Leopard Racing
Honda
+ 0,336s
Skull Rider Facile Energy/KTM). A
García (Estrella Galicia 0,0/Honda)
5.º
Andrea Migno
Sky Racing Team VR46
KTM
+ 0,569s
tabela não se manteve assim duran-
e Rodrigo na segunda fila da gre-
6.º
Ayumu Sasaki
Red Bull KTM Tech 3
KTM
+ 0,834s
te muito tempo, com diversas mu-
lha. Ogura sofreu uma queda e não
7.º
Raúl Fernández
Red Bull KTM Ajo
KTM
+ 1,361s
danças. Quando parecia que Foggia
conseguiu completar qualquer vol-
8.º
Gabriel Rodrigo
Kömmerling Gresini Moto3
Honda
+ 1,625s
ia ser o líder, Kaito Toba (Red Bull
ta sendo relegado ao 18.º posto à
9.º
Ai Ogura
Honda Team Asia
Honda
+ 15,003s
KTM Ajo) assinou o melhor tempo
partida.
10.º
Carlos Tatay
Reale Avintia Moto3
KTM
+ 15,139s
11.º
Sergio García
Estrella Galicia 0,0
Honda
+ 15,269s
por 0,036s. Ryusei Yamanaka (Es-
12.º
Filip Salac
Rivacold Snipers Team
Honda
+ 15,381s
13.º
Dennis Foggia
Leopard Racing
Honda
+ 15,574s
14.º
Riccardo Rossi
BOE Skull Rider Facile Energy
KTM
+ 15,729s
15.º
Stefano Nepa
Gaviota Aspar Team Moto3
KTM
16.º
Barry Baltus
CarXpert PruestelGP
KTM
17.º
Jason Dupasquier
CarXpert PruestelGP
18.º
Ryusei Yamanaka
19.º
Khairul Idham Pawi
20.º
trella Galicia 0,0/Honda) acabou
MOTO3, CORRIDA: VIETTI
em terceiro e Rodrigo em quarto,
DE VOLTA AOS TRIUNFOS
garantindo o apuramento apesar de
E À LUTA PELO TÍTULO
+ 17,743s
uma queda no fim. Também Anto-
Na manhã de domingo, Migno li-
+ 18,991s
nelli caiu, mas foi relegado a quinto
derou o warm-up de Moto3 com
KTM
+ 19,173s
Estrella Galicia 0,0
Honda
+ 25,148s
por 0,157s.
0,121s de avanço sobre Arbolino,
Petronas Sprinta Racing
Honda
+ 26,189s
Depois de uma curta pausa, come-
naquela sessão que dá a chance
Yuki Kunii
Honda Team Asia
Honda
+ 26,360s
çou o ataque à pole position com a
de afinar os últimos detalhes. Na
21.º
Maximilian Kofler
CIP Green Power
KTM
+ 26,959s
Q2. O mais rápido dos treinos, Raúl
corrida, o holeshot foi de Arenas,
22.º
Deniz Öncü
Red Bull KTM Tech 3
KTM
+ 30,306s
Fernández, abriu na liderança, que
com Masiá e Arbolino no seu en-
NC
Niccolò Antonelli
SIC58 Squadra Corse
Honda
18 voltas
manteria até aos cinco minutos fi-
calço. Quanto a Ogura, afundou-se
NC
John McPhee
Petronas Sprinta Racing
Honda
17 voltas
nais, apesar de alguns adversários
saindo do top 20. Mudança de líder
NC
Jeremy Alcoba
Kömmerling Gresini Moto3
Honda
17 voltas
NC
Kaito Toba
Red Bull KTM Ajo
KTM
17 voltas
se aproximarem. O primeiro a ba-
na volta três, com Masiá no topo.
NC
Darryn Binder
CIP Green Power
KTM
15 voltas
tê-lo foi Fenati. Mas, daí em dian-
Entretanto, Vietti também chegava
NC
Davide Pizzoli
BOE Skull Rider Facile Energy
KTM
12 voltas
te, quem se impôs foi Masiá. Ainda
à luta pelo top três, assim como Ro-
NC
Tatsuki Suzuki
SIC58 Squadra Corse
Honda
7 voltas
cedeu a liderança a Arenas por al-
drigo, Arbolino e Arenas. Numa fase
NC
Romano Fenati
Sterilgarda Max Racing Team
Husqvarna
6 voltas
guns instantes, mas na última volta
inicial, 16 pilotos compunham o
NC
Alonso López
Sterilgarda Max Racing Team
Husqvarna
6 voltas
superou o rival por 20 milésimas.
grupo da frente. Os dois únicos ho-
-78- | MOTORCYCLE SPORTS |
Segundo triunfo do ano de Vietti. ma inesperada: ‘Foi uma corrida
que originaram diversas quedas,
ves. Os outros pilotos regressaram
estranha pois certamente eu não
num total de 12, incluindo do líder
à pista para o restante da sessão
esperava este resultado. Fomos ve-
do campeonato Luca Marini (Sky
em que existiam diversas trocas de
lozes, mas não esperava isto, creio
Racing Team VR46/KTM) logo de-
líder. No fim, impôs-se Dixon com
que escolhemos os pneus certos e
pois de uma saída da via das boxes.
um tempo de 1m37,713s superan-
na última parte da corrida creio que
Nos primeiros dez minutos, Hafizh
do Jorge Martín (Red Bull KTM Ajo/
tínhamos um pouco mais de velo-
Syahrin (Aspar Team/Speed Up) es-
Kalex) por 0,049s. Em terceiro ficou
cidade que os outros pilotos. Nas
tabeleceu-se na liderança, mas ainda
Marco Bezzecchi (Sky Racing Team
últimas três voltas tentei chegar-me
no quarto de hora inicial lá chegou
VR46/Kalex) já a 0,304s, sendo que
à frente, mas todos os outros tra-
Nicolò Bulega (Federal Oil Gresini/
apenas os dois primeiros rodaram
varam muito tarde e para mim foi
Kalex) que passou durante boa par-
no 1m37s.
muito complicado conseguir ultra-
te do treino como líder. Já nos últi-
A sessão mais rápida de todas foi
passá-los. Estou muito feliz, creio
mos dez minutos, o comando cai nas
mesmo o FP3 no sábado de ma-
que gerimos muito bem a corrida’.
mãos de Héctor Garzó (Flexbox HP
nhã, com a pista seca e com bor-
Terminada a ronda de Le Mans, Are-
40/Kalex) e depois Kasma Daniel
racha acumulada das sessões an-
nas retomou a liderança do Mundial
(Onexox TKKR SAG Team/Kalex) já
teriores de Moto3 e de MotoGP.
de Moto3, seguindo com seis pon-
nos segundos finais. O malaio não é
Dixon abriu na frente, antes de ser
tos de avanço sobre Ogura. Vietti
presença habitual nesta zona da ta-
superado por Joe Roberts (Tennor
ascendeu a terceiro colocando-se
bela, mas acabou mesmo como líder
American Racing/Kalex). Existiram
a apenas 16 pontos, sendo Arboli-
batendo Garzó por 0,253s. Lorenzo
vários líderes, mas Roberts ia-se
no terceiro a 20 pontos. O segun-
Baldassarri (Flexbox HP 40/Kalex)
conseguindo destacar. Acabou por
do abandono consecutivo custou a
foi terceiro a 0,256s.
ser ultrapassado por Jorge Navarro
McPhee a descida ao quinto posto,
Apesar de ter a pista seca, o FP2
(Speed Up) a cerca de 23 minutos
mens em Husqvarna, Fenati e Alon-
ficando a distantes 37 pontos do
do GP de França de Moto2 ficou
do fim. Porém, menos de dez mi-
so López (Sterligarda Max Racing
topo.
marcado por uma aparatosa queda
nutos depois, Roberts reassumiu o
Team) tiveram um incidente que
de Marini, que obrigou mesmo a in-
comando, antes de ser ultrapassa-
motivou o abandono de ambos.
MOTO2, TREINOS LIVRES:
terromper com bandeira vermelha.
do por Bezzecchi. Mesmo no fim,
Alheios a isso, os pilotos do topo
ROBERTS NA LIDERANÇA
Apesar de sair do local pelo pró-
Roberts colocou-se em definitivo
continuaram na sua disputa intensa,
Início com pista molhada e escor-
prio pé, o italiano foi encaminhado
do comando com uma volta em
com trocas de líder e de posições.
regadia em Le Mans para o Mun-
ao centro médico do circuito e ao
1m36,490s. Bezzecchi foi relega-
Darryn Binder (CIP Green Power)
dial de Moto2. Condições de pista
hospital, mas não sofreu lesões gra-
do a segundo por 0,110s, sendo
também seguia no grupo, mas ficou de fora com problemas na sua
Roberts impôs-se nos treinos e qualificação de Moto2.
KTM. Um dos protagonistas da luta pelo título, McPhee, envolveu-se num incidente com Jeremy Alcobá (Kömmerling Gresini/Honda) sendo forçado a abandonar. A três voltas do fim, sete pilotos tinham chances de vencer. A última volta começou com Vietti no comando, que conservou até ao fim. Arbolino bem tentou superar o compatriota, mas teve de se contentar com o segunMasiá na disputa do lugar mais baixo do pódio. Mais atrás, Ogura recuperou até nono, minimizando os danos na disputa do título.
SP/Lukasz Swiderek
do lugar a 0,142s. Arenas superou
Na entrevista em parque fechado, assim reagiu Vietti ao segundo triunfo do ano, que surgiu de for| MOTORCYCLE SPORTS | -79-
MOTOGP
GP DE LE MANS
Augusto Fernández (EG 0,0 Marc
tos decorridos Bastianini rubricou a
VDS/Kalex) terceiro, Lowes quar-
melhor marca da subsessão. Até ao
to e Remy Gardner (Onexox TKKR
fim, Lüthi nunca mais foi além de se-
SAG Team/Kalex) quinto. Marini,
gundo, mas mesmo assim consumou
combalido da queda do dia anterior,
o apuramento tal como Canet, que
foi nono e seguiu para a Q2 dire-
foi quarto. Fabio Di Giannantonio
tamente. O último apurado foi Xavi
(Speed Up) rubricou o quarto registo
Vierge (Petronas Sprinta Racing/
e garantiu presença na Q2 deixando
Kalex).
Marcel Schrötter (Liqui Moly Intact/ Kalex) de fora por 0,086s.
MOTO2, QUALIFICAÇÃO:
A luta pela pole position na Q2 foi
TERCEIRA POLE POSITION
empolgante, com constantes trocas
DO ANO PARA ROBERTS
de líder nos primeiros cinco minu-
Como habitualmente, a Q1 deu iní-
tos antes de Martín se estabelecer
cio à qualificação de Moto2. O líder
na frente. Porém, ainda faltavam
depois das primeiras voltas lançadas
praticamente dez minutos e nada
era Arón Canet (Aspar/Speed Up),
estava decidido. Com 12 minutos
que foi logo batido por Tom Lüthi. O
cumpridos, Lowes tornou-se no
helvético da Liqui Moly Intact GP, a
novo líder. O britânico não resistiu a
bordo de uma Kalex, ainda reforçou
um ‘forcing’ final de Roberts, que o
a liderança na volta subsequente,
superou por 87 milésimas em cima
mas com pouco mais de oito minu-
do fim para obter a sua terceira pole
CLASSIFICAÇÃO GP DE LE MANS - MOTO2 Pos.
Piloto
Equipa
Moto
Temp./Difer.
EG 0,0 Marc VDS
Kalex
41m27,648s
Remy Gardner
Onexox TKKR SAG Team
Kalex
+ 3,822s
3.º
Marco Bezecchi
Sky Racing Team VR46
Kalex
+ 4,184s
4.º
Augusto Fernández
EG 0,0 Marc VDS
Kalex
+ 5,884s
5.º
Tom Lüthi
Liqui Moly Intact GP
Kalex
+ 21,668s
6.º
Joe Roberts
Tennor American Racing
Kalex
+ 29,197s
7.º
Fabio Di Giannantonio
Termozeta Speed Up
Speed Up
+ 32,249s
8.º
Lorenzo Baldassarri
Flexbox HP 40
Kalex
+ 34,376s
9.º
Somkiat Chantra
Idemitsu Honda Team Asia
Kalex
+ 35,392s
10.º
Marcel Schrötter
Liqui Moly Intact GP
Kalex
+ 35,521s
11.º
Enea Bastianini
Italtrans Racing Team
Kalex
+ 37,720s
12.º
Héctor Garzó
Flexbox HP 40
Kalex
+ 37,910s
13.º
Marcos Ramírez
Tennor American Racing
Kalex
+ 38,423s
14.º
Stefano Manzi
MV Agusta Forward Racing
MV Agusta
+ 43,464s
15.º
Hafizh Syahrin
Inde Aspar Team Moto2
Speed Up
+ 44,036s
16.º
Simone Corsi
MV Agusta Forward Racing
MV Agusta
+ 44,217s
17.º
Luca Marini
Sky Racing Team VR46
Kalex
+ 59,550s
18.º
Lorenzo Dalla Porta
Italtrans Racing Team
Kalex
+ 1m09,735s
19.º
Edgar Pons
Federal Oil Gresini Moto2
Kalex
+ 1m09,751s
20.º
Bo Bendsneyder
NTS RW Racing GP
NTS
+ 1m12,930s
21.º
Tetsuta Nagashima
Red Bull KTM Ajo
Kalex
+ 1m14,158s
22.º
Piotr Biesiekirski
NTS RW Racing GP
NTS
24 voltas
NC
Jake Dixon
Petronas Sprinta Racing
Kalex
20 voltas
NC
Jorge Navarri
Termozeta Speed Up
Speed Up
18 voltas
NC
Nicolò Bulega
Federal Oil Gresini Moto2
Kalex
15 voltas
NC
Andi Farid Izdihar
Idemitsu Honda Team Asia
Kalex
5 volta
NC
Xavi Vierge
Petronas Sprinta Racing
Kalex
4 voltas
NC
Jorge Martín
Red Bull KTM Ajo
Kalex
DC
Kasma Daniel
Onexox TKKR SAG Team
Kalex
1.º
Sam Lowes
2.º
-80- | MOTORCYCLE SPORTS |
Desclassificado
SP/Lukasz Swiderek
position do ano. Gardner acabou em
frente de Roberts, autor de uma re-
quarto a 24 pontos. Qualquer um
terceiro à frente de Martín. Quanto
cuperação notável. Marini, líder do
dos quatro primeiros tinha ambições
a Marini, o líder do campeonato con-
campeonato, não pontuou ao ser
legítimas de sair de França como
seguiu a sexta posição logo atrás do
17.º.
líder antes da dupla passagem por
colega de equipa Bezzecchi.
No rescaldo, Lowes destacou agra-
Aragão. Um pouco mais distante
decimentos a quem o ajudou para
estava Franco Morbidelli (Petronas
MOTO2, CORRIDA: FIM DE
que fosse possível terminar o jejum
Yamaha SRT), em quinto a 31 pon-
‘JEJUM’ DE SAM LOWES DEPOIS
de triunfos: ‘Quero dizer muito obri-
tos. O ítalo-brasileiro abria um gru-
DE MAIS DE QUATRO ANOS
gado a todas as pessoas envolvidas na
po de oito pilotos que cabiam em
O warm-up de Moto2 em Le Mans
equipa por me colocarem de volta a
apenas 20 pontos, entre os quais se
seria uma espécie de previsão da
este bom caminho, a lutar para ganhar
encontrava Miguel Oliveira (Red Bull
corrida, uma vez que Lowes esta-
corridas. Estou mesmo grato por isso.
KTM Tech3) em nono a 49 pontos
beleceu a melhor marca 0,669s na
Foi um ótimo dia e um ótimo fim de
do topo e a 18 do top cinco.
frente do colega Augusto Fernán-
semana. Sabíamos que se conseguís-
Ao antecipar o GP de França, Quar-
dez. Na mesma sessão, Arón Canet
semos continuar a fazer boas corridas
tararo sublinhou que se trata de uma
(Aspar Team/Speed Up) caiu e le-
e a colocar-nos em boas posições po-
pista do seu agrado, em que seria
sionou-se na mão esquerda, sendo
díamos ganhar. [...]. É verdadeiramente
essencial disputar o triunfo: ‘Estou
declarado inapto para a corrida. A
agradável para mim depois de alguns
mesmo feliz por ter um GP de casa
prova começou com a pista molhada
anos fora do lugar mais alto’.
este ano e é uma sensação especial
e com Gardner forte para assumir a
Embora não tenha pontuado, Marini
ir para lá como líder do campeonato.
dianteira na frente de Lowes. Entre-
perdeu apenas cinco pontos para o
Le Mans é uma pista de que gosto
tanto, Martín sofreu uma queda na
seu principal rival na luta pelo título,
mesmo. Vai ser importante para nós
curva dez, tal como Vierge.
Bastianini, pelo que ficou 15 pontos
lutarmos pela vitória e somar tantos
A pole position era de Roberts, que
à frente do compatriota. Bezzecchi
pontos quanto possível. Normal-
teve um problema na moto e foi
colocou-se a 20 pontos e Lowes a
mente é uma pista em que me saio
forçado a partir atrás do safety car
apenas 22 pontos, pelo que estava
bem, acabei em oitavo no ano pas-
vendo-lhe escapar a possibilidade
relançado na disputa do campeona-
sado, mas foi uma corrida com um
de um bom resultado. Na frente,
to. Pelo contrário, Martín ficou em
ritmo mesmo rápido e espero conti-
formou-se uma luta britânica entre
branco e manteve-se em quinto no
nuar a boa forma do fim de semana
Lowes e Dixon, em que o #22 exa-
campeonato, a 71 pontos da frente.
de Barcelona’.
Dixon.
MOTOGP, QUARTARARO
MOTOGP, TREINOS LIVRES
Este mantinha-se no comando com
À DEFESA DA LIDERANÇA
DE SEXTA-FEIRA: MILLER
mais de um segundo de margem a
EM CASA
NO TOPO EM DIA CHUVOSO;
nove voltas do fim, sendo Bezzecchi
O GP de França de MotoGP surgiu
OLIVEIRA 14.º
terceiro. Tudo parecia bem enca-
numa altura particularmente feliz
A primeira sessão de treinos livres
minhado para Dixon se estrear nas
para um dos homens da casa. Fabio
do GP de França de MotoGP foi
vitórias no Moto2. Porém, a quatro
Quartararo (Petronas Yamaha SRT)
afetada pela chuva e pelo frio que
voltas do fim, desastre para o britâ-
acabara de assumir o comando do
assolaram Le Mans. Apesar disso,
nico, que sofreu uma queda ao per-
campeonato na ronda anterior, o GP
os pilotos não hesitaram em sair ra-
der a frente da Kalex na curva 14.
da Catalunha. Com o regresso às vi-
pidamente para a pista atacando o
Na chegada à garagem, Dixon esta-
tórias de forma clara, o piloto dispu-
cronómetro. Ao longo do FP1 foram
va visivelmente desolado.
nha de uma margem de oito pontos
diversas as trocas de líder: o que
Daí em diante, Lowes ficou com a
face a Joan Mir (Team Suzuki Ecstar)
mais tempo esteve no comando de
via aberta para vencer e não des-
na chegada a Le Mans. Uma distân-
forma consecutiva foi Franco Morbi-
perdiçou: cortou a meta 3,822s na
cia curta, sobretudo num campeo-
delli (Petronas Yamaha SRT), duran-
frente de Gardner para ganhar pela
nato tão incerto como o de 2020.
te menos de seis minutos. No fim,
primeira vez desde 2016. Bezzec-
Tudo continuava em aberto: Maveri-
Bradley Smith (Aprilia Racing Team)
chi completou o pódio a 0,362s de
ck Viñales (Monster Energy Yamaha)
surpreendeu: foi o mais veloz e um
Gardner, sendo Augusto Fernández
estava em terceiro a 18 pontos,
dos dois a entrar no 1m43s para
quarto. Lüthi acabou em quinto na
sendo Andrea Dovizioso (Ducati)
bater Johann Zarco (Esponsorama
gerou numa travagem e perdeu para
Primeiro triunfo para Lowes desde 2016.
| MOTORCYCLE SPORTS | -81-
MOTOGP
GP DE LE MANS
Racing/Ducati) por 0,154s. Seguiu-se Danilo Petrucci (Ducati). Fabio Quartararo (Petronas Yamaha SRT), líder do campeonato, começou discreto em 18.º a 2,690s. Ficou logo na frente do português Miguel Oliveira, ele que com as cores da Red Bull KTM Tech3 também teve uma sessão árdua terminando em 19.º depois de ainda ter chegado a estar entre o top dez. O começo da sessão teve poucos pilotos em ação, quando a pista não estava ‘full wet’, mas também não completamente seca. Zarco ditou o ritmo inicialmente, na frente das Suzuki de Joan Mir e de Álex Rins. foi o homem que se seguiu no topo. A menos de um quarto de hora do fim, Oliveira melhorou consideravelmente depois de um início len-
SP/Lukasz Swiderek
Jack Miller (Pramac Racing/Ducati)
to para chegar a segundo ficando a 0,224s do australiano, antes de
bou por ficar no topo, superando
1,356s do topo. Quanto a Oliveira,
(Red Bull KTM) e Andrea Dovizioso
ambos serem superados por Takaaki
Maverick Viñales (Monster Energy
conseguiu progredir na sua última
(Ducati). De fora em 11.º ficou Brad
Nakagami (LCR Honda). Nessa fase,
Yamaha) por 0,367s. Apenas o top
volta e terminou em 14.º.
Binder (Red Bull KTM) por 0,053s.
a pista estava rápida e existiram
seis ficou no mesmo segundo, lote
várias mudanças de líder, mas com
no qual não se incluiu o líder do
MOTOGP, TREINOS LIVRES DE
sim como as Suzuki de Mir e de
Nakagami em destaque. Miller aca-
campeonato: Quartararo foi 13.º a
SÁBADO: QUARTARARO LÍDER
Rins, entre outros.
NA FRENTE DE OLIVEIRA
Desde cedo que no FP4 Quartararo
Com o sol a brilhar, o terceiro treino
esteve entre os protagonistas, mas
livre foi, sem surpresa, o mais rápi-
com os tempos em constante des-
do dos três que definem o apura-
cida as trocas de líder foram diver-
mento direto para a Q2. A sessão
sas ao longo da primeira metade da
CLASSIFICAÇÃO GP DE LE MANS - MOTOGP Pos.
Piloto
Equipa
Moto
Temp./Difer.
O sul-africano teria de ir à Q1, as-
1.º
Danilo Petrucci
Ducati Team
Ducati
45m54,736s
2.º
Álex Márquez
Repsol Honda Team
Honda
+ 1,273s
3.º
Pol Espargaró
Red Bull KTM Factory Racing
KTM
+ 1,711s
4.º
Andrea Dovizioso
Ducati Team
Ducati
+ 3,911s
matinal de sábado teve um homem
sessão. Pelo topo chegou a passar
5.º
Johann Zarco
Esponsorama Racing
Ducati
+ 4,310s
em destaque: Quartararo esteve
também Oliveira, antes de sofrer
6.º
Miguel Oliveira
Red Bull KTM Tech 3
KTM
+ 4,466s
praticamente sempre no topo, ten-
problemas na sua KTM RC16 que
7.º
Takaaki Nakagami
LCR Honda Idemitsu
Honda
+ 5,921s
8.º
Stefan Bradl
Repsol Honda Team
Honda
+ 15,597s
do Miller e Morbidelli como dois
provocaram uma interrupção da
9.º
Fabio Quartararo
Petronas Yamaha SRT
Yamaha
+ 16,687s
dos principais adversários ao longo
sessão devido ao óleo derramado.
10.º
Maverick Viñales
Monster Energy Yamaha MotoGP
Yamaha
+ 16,895s
da sessão. O francês viria mesmo a
No reatar, Petrucci e Viñales chega-
11.º
Joan Mir
Team Suzuki Ecstar
Suzuki
+ 16,980s
impor-se no fim, graças a um regis-
ram a segundo e terceiro, respeti-
12.º
Brad Binder
Red Bull KTM Factory Racing
KTM
+ 27,321s
to de 1m32,319s. Nos derradeiros
vamente, enquanto Oliveira sofreu
13.º
Francesco Bagnaia
14.º
Aleix Espargaró
15.º
Iker Lecuona
16.º
Pramac Racing
Ducati
+ 33,351s
instantes ainda foi ameaçado: Oli-
uma queda e Quartararo reforçou
Aprilia Racing Team Gresini
Aprilia
+ 39,176s
Red Bull KTM Tech 3
KTM
+ 51,087s
veira, que até então tinha estado
o comando antes de o perder para
Álex Rins
Team Suzuki Ecstar
Suzuki
+ 1m14,190s
relativamente discreto, assumiu o
o colega Morbidelli. Já nos últimos
NC
Jack Miller
Pramac Racing
Ducati
17 voltas
segundo lugar a 0,130s. Morbidelli,
instantes, Quartararo voltou ao
NC
Franco Morbidelli
Petronas Yamaha SRT
Yamaha
16 voltas
Miller e Cal Crutchlow (LCR Honda)
topo em definitivo batendo o italia-
NC
Cal Crutchlow
LCR Honda Castrol
Honda
15 voltas
fecharam o top cinco. Ainda segui-
no por 0,005s. Viñales foi terceiro,
NC
Tito Rabat
Esponsorama Racing
Ducati
14 voltas
ram diretamente para a Q2 Zarco,
Rossi quarto e Pol Espargaró quinto.
NC
Bradley Smith
Aprilia Racing Team Gresini
Aprilia
8 voltas
NC
Valentino Rossi
Monster Energy Yamaha MotoGP
Yamaha
0 voltas
Valentino Rossi (Monster Energy
Oliveira não voltou mais à pista e foi
Yamaha), Viñales, Pol Espargaró
nono a 0,504s da frente.
-82- | MOTORCYCLE SPORTS |
Pole position caseira de Quartararo. MOTOGP, QUALIFICAÇÃO:
desde 14.º na grelha.
ficientemente rápido para ir além
QUARTARARO NA POLE
Na Q2, Morbidelli abriu na lideran-
de 12.º.
POSITION EM CASA ‘EM CIMA
ça à frente de Bagnaia, mas logo
Apesar da postura de baixo risco
DA HORA’; OLIVEIRA EM 12.º
Quartararo bateu os italianos para
de até então, Quartararo confes-
A Q1 começou com Mir na fren-
chegar ao topo. A tabela manteve-
sou que esteve no limite na sua
te de Álex Márquez (Repsol Hon-
-se assim durante alguns minutos,
derradeira volta de qualificação: ‘Foi
da), antes de Nakagami assumir
enquanto mais atrás Oliveira não
muito complicado, porque aquecer o
a liderança. Então, começaram a
saía das últimas posições. A cerca
pneu no FP3, no FP4 e até na qua-
destacar-se
Bagnaia
de dois minutos do fim, Dovizioso
lificação foi muito difícil. Fiquei feliz,
(Pramac Racing/Ducati) e Petruc-
assumiu a segunda posição atrás
porque sexta-feira sabíamos por que
ci, com este último a passar para a
de Quartararo, que acabaria mes-
estávamos tão longe e esta manhã
frente. Mir ainda superou Bagnaia
mo batido por Miller. Quando tudo
estivemos muito bem. Quando esta-
para se colocar numa posição de
já fazia prever uma pole position
va a ver a Q1, o Danilo fez uma volta
apuramento, mas o #63 reagiu e
do australiano, Quartararo reagiu
impressionante e disse que precisa-
recuperou o segundo lugar, atrás
na derradeira volta e passou para
va de ser muito rápido para estar na
de um superior Petrucci. Assim, o
o topo por 0,222s garantindo a
frente. Melhorámos muito, por isso
duo italiano seguiu para a Q2, que
pole position em casa. Petrucci
estou feliz. Mesmo a minha primeira
Nakagami falhou por 0,125s ao ser
chegou a terceiro. Cal Crutchlow
volta foi boa e simplesmente estive no
terceiro. Mir foi quarto, pelo que
(LCR Honda), Viñales e Dovizioso
limite na segunda, queria mesmo fazer
o vice-líder do campeonato tinha
dividiriam a segunda fila da grelha,
melhor e acabámos por obter a pole
a complicada tarefa de recuperar
ao passo que Oliveira não foi su-
position. Estou muito feliz’.
Francesco
Petrucci vitorioso e dominador à chuva.
| MOTORCYCLE SPORTS | -83-
GP DE LE MANS SP/Lukasz Swiderek
MOTOGP
molhadas e usei isso a meu favor’. Até agora, Álex Márquez tinha estado discreto nesta sua temporada de estreia, mas na sua primeira corrida à chuva não se deixou intimidar e subiu ao pódio em segundo lugar. O #73 disse em conferência de imprensa que houve um momento em que acreditou no resultado e foi à luta: ‘Vi que as Ducati estavam com alguns problemas e a diferença era volta a volta cada vez menor e pensei para mim mesmo: ‘Porque não? Vou tentar o meu melhor’. Ultrapassei o Pol e depois perdi algum tempo a tentar ultrapassar o Dovi e isso foi chave. Ele era muito rápido nas retas e a travar e tentei ultrapassá-lo noutro lugar, na curva cinco para a seis e era aí o único ponto onde o podia ultrapassar, depois vi que o Petrux estava muito longe e pensei que faltavam dez voltas para o final, não valia pena cair agora porque
MOTOGP, CORRIDA: PETRUCCI
perdendo gradualmente posições.
e assim teve de se contentar com
caso contrário tudo iria desaparecer’.
DE VOLTA AO TOPO, OLIVEIRA
A 20 voltas do fim, permanecia um
o sexto lugar. Quartararo foi nono,
Já Pol Espargaró, que voltou aos
CAIU PARA SEXTO PERTO DO FIM
trio de Ducati na frente, com Petruc-
levando a melhor numa luta intensa
top três, confessou à emissão oficial
Na manhã de domingo, Morbidelli
ci a liderar, Dovizioso em segundo e
com Viñales e Mir que foram respe-
do MotoGP que passou por muitas
liderou o warm-up batendo Viñales
Miller em terceiro. Rins seguia na
tivamente décimo e 11.º.
adversidades na parte final: ‘Estou
por 0,260s. Foi uma sessão com piso
perseguição. O espanhol chegou
Depois desta vitória, Petrucci disse
muito contente. Foi uma corrida muito
seco, mas na corrida a chuva regres-
mesmo a passar para terceiro por
em conferência de imprensa que
dura e sabia desde o início, depois da
saria. De facto, obrigou mesmo a um
breves instantes, mas acabaria por
procurou usar as condições a seu
queda em Barcelona que o campeo-
ligeiro atraso no tiro de partida e a
cair abandonando.
favor: ‘Em condições molhadas nunca
nato estava perdido. Antes da corri-
declará-la flag-to-flag, o que signifi-
Quem também teve de abandonar,
sabes como é a tração em pista e per-
da estava a pensar para mim mesmo
caria que os pilotos poderiam trocar
mas com problemas na moto, foi
cebi isso desde logo. […]. Tive mais cui-
quando vi a chuva a cair: ‘Não há nada
de moto durante a prova por ques-
Miller, a oito voltas do fim. Na parte
dado no início mas assim o problema é
a perder, vamos lá, vamos tentar’. As
tão de pneus.
final, Petrucci dominou de forma evi-
que em curva estava a ser mais lento
últimas voltas foram de loucos, a moto
Todos partiram com pneus para chu-
dente. Atrás de si, um grupo extenso
e perdia algumas décimas e por isso
estava a mexer-se, estava a derrapar,
va, enfrentando um asfalto molhado.
lutou pelo segundo lugar: Dovizioso,
tentei ser mais fluído. Depois ganhei
comecei a ver luzes verdes, da volta
Miller fez o melhor arranque para se
Álex Márquez (Repsol Honda), Pol
maior confiança na frente, e tive um
mais rápida da corrida... Fiquei super
tornar no líder, enquanto Rossi caiu
Espargaró e Oliveira, que estava que
grande momento quando fiz a minha
entusiasmado, a poder estar no pódio.
na curva três e abandonou. Com
nem peixe na água à chuva.
volta mais rápida porque vi que ganhei
Foi um grande final’.
Miller na frente, a Ducati tinha moti-
A três voltas do fim, Márquez as-
alguma vantagem para o Dovi e pensei
O campeonato permanecia total-
vos acrescidos para sorrir ao ver Do-
sumiu a segunda posição deixando
que esse era o momento de puxar e
mente em aberto depois do GP de
vizioso em segundo e Petrucci em
Dovizioso para trás. O espanhol não
depois perdi a frente da moto na curva
França. Quartararo dilatou a sua
terceiro. Mais atrás, Oliveira perdeu
teve tempo para ir em busca de Pe-
quatro, mas consegui manter-me na
vantagem face a Mir para dez pon-
no início, mas recuperou rapidamen-
trucci, que acabou por vencer com
moto. Nas últimas cinco ou seis voltas
tos, mas Dovizioso colocou-se em
te de 17.º para 11.º.
1,273s de margem. Pol Espargaró
não tinha mais tração e tentei manter-
terceiro a 18 pontos e Viñales era
Entretanto, Petrucci instalou-se na
ainda ultrapassou Dovizioso para
-me mais por dentro, onde havia mais
terceiro a 19. Nakagami, sétimo clas-
liderança que nunca mais largaria.
somar novo pódio. Oliveira cedeu
água, para arrefecer um pouco o pneu
sificado, ascendeu a quinto ficando a
Se Pol Espargaró e Bradley Smith
na parte final e mesmo na última
de trás. A minha moto esteve muito
34 pontos do topo. Quanto a Olivei-
estavam com um bom ritmo à chu-
curva foi ultrapassado por Johann
bem em travagem e aceleração em
ra, era agora nono a 46 pontos do
va, a Quartararo acontecia o inverso,
Zarco (Esponsorama Racing/Ducati),
algumas partes sobretudo em partes
líder.
-84- | MOTORCYCLE SPORTS |
MOTOGP
GP DE LE MANS
Oliveira viu top cinco fugir
na última curva
O ímpeto de Miguel Oliveira foi travado por nova queda no GP da Catalunha. Mais longe das posições cimeiras do campeonato, o piloto luso enfrentou o GP de França de MotoGP em busca do regresso aos bons resultados, num traçado historicamente difícil em que nunca tinha ido além do sexto posto entre MotoGP, Moto2 e Moto3/125cc.
Miguel Oliveira tinha regressado
tes, Fabio Quartararo (Petronas
ção muito depressa para estarmos
todos com pneus macios de chuva
aos bons resultados no GP da Emí-
Yamaha SRT). Ao mesmo tempo,
preparados a todo o momento. Te-
atrás e à frente. De início ainda ro-
lia Romana, renovando as esperan-
estava numa animada luta pelas úl-
mos de fazer com que tudo funcione
dou entre os dez mais rápidos, mas
ças de uma boa segunda metade
timas posições do top dez em que
à temperatura na qual sabemos que
não conseguiu acompanhar a ten-
da temporada. Porém, esta come-
cinco pilotos cabiam em três pon-
a moto funciona melhor e se conse-
dência de melhorias dos adversá-
çou com um abandono no GP da
tos e era o melhor das KTM.
guirmos fazer isso seremos competi-
rios. No fim, ainda tentou melhorar
Catalunha, que o #88 estava ávido
Em conferência de imprensa antes
tivos’.
numa saída com apenas uma volta
de enterrar no passado ao chegar
do arranque do programa da ronda
ao GP de França no início de ou-
gaulesa, Oliveira sustentou que se-
TREINOS LIVRES: FP3 DE
zer. Terminou no 19.º lugar com
tubro.
ria necessária adaptabilidade: ‘Es-
GRANDE NÍVEL LEVOU
um registo de 1m46,518s.
Por esta altura, o piloto natural do
pero dar-me bem, é o Grande Prémio
OLIVEIRA À Q2
A segunda sessão de treinos con-
Pragal seguia em nono lugar do
caseiro da minha equipa e quando
Tal como antecipavam as previ-
tou com a pista a secar gradual-
campeonato com 59 pontos amea-
as condições meteorológicas forem
sões, foi um início molhado e frio
mente. Porém, como numa fase
lhados – menos 49 do que o líder
mais instáveis, especialmente com o
em Le Mans. No primeiro treino li-
inicial o asfalto esteve em condi-
do campeonato e dos independen-
frio, teremos de nos adaptar à situa-
vre, Oliveira apostou em três stints,
ções mistas, Oliveira adiou a sua
-86- | MOTORCYCLE SPORTS |
lançada, mas não o conseguiu fa-
PATROCINADO POR:
TEXTO: Simon Patterson
adaptação: ‘Quando as condições
QUALIFICAÇÃO: SESSÃO
Não levou muitas voltas a chegar
são mistas temos de nos adaptar
DIFÍCIL VALE O 12.º LUGAR
ao top dez, instalando-se atrás de
muito depressa e fazer uma leitura
Depois de tudo o que aconteceu
Álex Márquez (Repsol Honda).
rápida das condições da pista. O que
no quarto treino livre, Oliveira teve
Entre quedas e ultrapassagens, Oli-
mais aprendemos em termos de afi-
mais tempo para fazer 'reset' e re-
veira continuou a galgar posições,
nações de uma sessão molhada para
compor-se antes da qualificação: o
integrando-se num grupo alargado
outra também molhada não é muito
português não teve de passar pela
que viria a discutir as posições de
porque a quantidade de água pode
Q1 graças ao segundo tempo es-
pódio ao longo de parte da prova.
mudar, o vento e a temperatura tam-
tabelecido no FP3 matinal. Porém,
O top três chegou a parecer es-
bém por isso diria que cada sessão à
não foi uma sessão fácil para o #88.
tar ao alcance do português, que
chuva tem a sua particularidade’.
Oliveira nunca saiu da cauda da ta-
se consolidou na quinta posição.
No sábado de manhã, já em con-
bela. Na sua penúltima volta ainda
Sem embargo, não mostrava argu-
dições de sol, Oliveira esteve dis-
ascendeu a 11.º, mas com a melho-
mentos para superar Pol Esparga-
creto e longe mesmo do top dez
ria considerável de Danilo Petrucci
ró e Andrea Dovizioso (Ducati) à
durante grande parte do FP3. Adi-
(Ducati), o único que estava atrás
sua frente, ao ter uma velocidade
vinhavam-se dificuldades para ga-
de si, ficou relegado ao 12.º lugar à
de ponta inferior. No fim, Oliveira
rantir a presença na segunda fase
partida em Le Mans. O seu tempo
evidenciou algumas dificuldades
da qualificação, pelo menos de for-
de 1m32,009s deixou-o a 0,694s
e perdeu mesmo o quinto posto
ma direta através dos três primei-
de Quartararo, autor da pole posi-
para Johann Zarco (Esponsorama
ros treinos livres. Mas, na sua quar-
tion.
Racing/Ducati) na derradeira volta.
ta e última saída à pista – sempre
No comunicado de rescaldo, Oli-
Depois da corrida, em conferência
com dois pneus macios – o piloto
veira assumiu que não teve as me-
de imprensa, Oliveira assumiu que
do Pragal conseguiu as suas duas
lhores sensações depois da queda
ficou desapontado por não ter al-
voltas mais rápidas do fim de se-
no FP4: ‘Tive de recuperar as sensa-
cançado o pódio: ‘Claro que estou
mana até então para terminar em
ções, não eram perfeitas na moto e
desapontado por não ter feito o pó-
segundo a apenas 0,130s do líder
não foi a pilotagem mais limpa. Ainda
dio porque senti que era o meu lugar
Fabio Quartararo (Petronas Yamaha
assim melhorei o meu tempo de volta
hoje, mas fomos competitivos e não
SRT).
em comparação com as da manhã, o
corremos sozinhos’.
O começo do FP4 foi discreto, mas
que é um ponto positivo. […]. Penso
Quanto à perda do quinto posto, o
primeira saída à pista para os últi-
ainda na primeira metade da ses-
que a minha velocidade é muito boa,
#88 explicou o que aconteceu: ‘Es-
mos 25 minutos. Uma vez em ação,
são Oliveira começou a melhorar
preciso de ter uma atitude forte e es-
tava a tentar ultrapassar o Dovi na
Oliveira ainda demorou a entrar no
a olhos vistos chegando mesmo a
tar otimista’.
última volta e abri a linha para entrar
ritmo, chegando mesmo a rodar
liderar antes de ser superado por
fora dos 107 por cento do tempo
Jack Miller (Pramac Racing/Ducati)
CORRIDA: TOP CINCO FUGIU
Zarco estava a chegar e não pude
mais rápido da altura. Sem embar-
e Quartararo. A 17 minutos do fim
MESMO NO FIM
evitar a perda do quinto lugar’.
go, conseguiu progredir lentamen-
sofreu uma avaria na sua moto que
O warm-up viu Oliveira a rubricar
Terminado o GP de França, Oliveira
te e chegou mesmo a ser segundo.
provocou uma bandeira vermelha
a 13.ª marca. Horas depois, na cor-
estava na nona posição do Mundial
Até ao fim, não melhorou de for-
devido ao óleo derramado. No rea-
rida, o começo não foi fácil. O luso
de MotoGP com 69 pontos so-
ma significativa e foi-se afundando
tar, o luso sofreu uma queda logo
enfrentou pela primeira vez uma
mados. Era também o quinto das
gradualmente. Melhorou na última
nas primeiras curvas, ficando sem
corrida flag-to-flag e com chuva.
equipas independentes, a 46 pon-
volta e subiu de 17.º a 14.º.
moto para o restante da sessão
No arranque, perdeu mesmo várias
tos do líder do campeonato (e dos
No fim deste dia inaugural, Oliveira
Ainda assim, acabou em nono lugar
posições e chegou a ser 17.º. Mas,
independentes), Fabio Quartararo.
destacou o facto de ser um dia com
a 0,504s do líder, que acabou por
daí em diante, a trajetória foi quase
Já o top cinco absoluto estava a 12
condições complicadas que exigem
ser Quartararo.
sempre ascendente para o Falcão.
pontos de distância.
por dentro a seguir e basicamente o
MOTOGP
GP DE ARAGÃO
ronda quase perfeita para a Suzuki
Apenas uma semana depois do GP de França, os Mundiais MotoGP tiveram continuidade com a segunda de três jornadas consecutivas: o GP de Aragão, primeira prova na MotorLand Aragão. A luta pelos títulos de todas as categorias continuava totalmente em aberto a cinco jornadas do término da temporada. Espanha voltou a receber os Mun-
Kalex) reduzir para apenas 15 pon-
Também a categoria rainha seguia
diais MotoGP de 16 a 18 de ou-
tos. Também na luta estavam o co-
totalmente em aberto antes de
tubro, desta feita na MotorLand
lega de Marini, Marco Bezzecchi,
Aragão. Fabio Quartararo (Petronas
Aragão. O já tradicional circuito ara-
e Sam Lowes (EG 0,0 Marc VDS/
Yamaha SRT) estava apenas com
gonês marcava um novo capítulo na
Kalex), respetivamente a 20 e 22
mais dez pontos do que Joan Mir
luta renhida pelos títulos quer em
pontos do topo. Arón Canet (Aspar
(Team Suzuki Ecstar), que só perdeu
MotoGP, Moto2 e Moto3, com os
Team/Speed Up) teve de falhar a
dois pontos na jornada anterior ape-
primeiros classificados muito juntos
prova por lesão, sendo substituído
sar de ter sido uma das suas menos
em todas as categorias e a época a
por Xavi Cardelús que assim voltava
positivas da temporada. Andrea Do-
aproximar-se do fim.
ao pelotão.
vizioso (Ducati) e Maverick Viñales
www.suzuki-racing.com
Álex Rins impõe-se em
Team/KTM) vinha de França com a liderança do campeonato recuperada, mas longe de ter qualquer conquista garantida. Ai Ogura (Honda Team Asia) seguia a apenas seis pontos de distância, com Celestino Vietti (Sky Racing Team VR46/KTM) em terceiro a 16 pontos depois do regresso às vitórias. Já Tony Arbolino (Rivacold Snipers Team/Honda) estava em quarto a apenas 20 pontos. Quanto ao Moto2, chegava com o mesmo líder das rondas anteriores. Luca Marini (Sky Racing Team VR46/ Kalex) não desarmava, mas depois da segunda prova sem pontuar em 2020 via a sua margem face a Enea Bastianini (Italtrans Racing Team/
-88- | MOTORCYCLE SPORTS |
Polarity Photo
No Moto3, Albert Arenas (Aspar
Raúl Fernández começou a ditar o ritmo do Moto3 em Aragão.
Rins ganhou pela primeira vez em 2020
Simon Patterson
(Monster Energy Yamaha) eram quarto e quinto a 18 e 19 pontos, respetivamente. Mais atrás, Miguel Oliveira estava em nono, com o luso da Red Bull KTM Tech3 a ter o top cinco em vista: o quinto classificado Takaaki Nakagami (LCR Honda) tinha apenas mais 12 pontos. MOTO3, TREINOS LIVRES: RAÚL FERNÁNDEZ NO TOPO O Mundial de Moto3 deu início à ação em pista do GP de Aragão. O primeiro treino livre ficou marcado pelas baixas temperaturas, que não foram além dos 8ºC no solo. Ao longo da sessão, muitos pilotos passaram pela liderança, com os tempos a caírem constantemente: ninguém liderou durante mais de cerca de seis minutos seguidos. Já em cima do fim, Darryn Binder (CIP Green Power/KTM) assinou a única marca abaixo dos dois minutos ao rodar em 1m59,813s. Superou Vietti por 0,331s, seguindo-se John McPhee (Petronas Sprinta Racing/Honda). Mais atrás, o líder do campeonato, Albert Arenas (Aspar Team/KTM) não foi além de 13.º. Já de tarde e com temperaturas mais elevadas realizou-se o segundo treino livre. Ainda na primeira metade da sessão foi batido o melhor registo matinal, numa FP2 em que Raúl Fernández foi o grande protagonista. O espanhol da Red Bull KTM Ajo assumiu a liderança com 17 minutos volvidos e nunca mais a largou, melhorando progressivamente até à marca de 1m58,144s. Fenati conseguiu aproximar-se perto do fim, mas ficou a distantes 0,438s, com Arenas a assinar a terceira marca gastando mais 0,532s do que Arenas. Darryn Binder, líder do FP1, melhorou o seu tempo, mas acabou em quarto a 0,545s. O FP2 foi a sessão mais rápida deste dia inaugural. Como já era expectável, no sábado | MOTORCYCLE SPORTS | -89-
MOTOGP
Masiá foi o sétimo vencedor da época de Moto3. mais tarde realizou-se a corrida. Raúl
significativas na tabela combinada.
Fernández abriu na liderança, mas
O FP3, mesmo sendo mais tarde,
com os perseguidores por perto, no-
teve baixas temperaturas que im-
meadamente Tatsuki Suzuki (SIC58
pediram melhorias, mas os pilotos
Squadra Corse/Honda) e Arenas.
atacaram o cronómetro. Carlos Tatay
Também Darryn Binder e Fenati es-
(Reale Avintia/KTM) foi quem mais
tavam no grupo da frente, enquan-
tempo consecutivo liderou, duran-
to Jaume Masiá (Leopard Racing/
te cerca de 16 minutos, mas Migno
Honda) seguia na cabeça do grupo
PSP/Lukasz Swiderek
de manhã não existiram alterações
fechou na frente. Bateu Jeremy Alcoba (Kömmerling Gresini/Honda) por 0,177s, sendo Niccolò Antonelli (SIC58 Squadra Corse/Honda) o ter-
de perseguidores depois de partir de 17.º. A 13 voltas do fim, Darryn Binder tornou-se líder, mas Raúl Fernández
ceiro a 0,194s. No combinado, Raúl
tay falhou esse objetivo por escassas
Moto3. Tatay entrou forte e liderou,
ripostou rapidamente para recuperar
Fernández foi o mais rápido dos
sete milésimas.
antes de se ver batido por Ayumu
posição. Masiá tirava partido destas
Sasaki (Red Bull KTM Tech3). Os
lutas para se ir aproximando. A nove
treinos, batendo Fenati por 0,438s. Arenas foi terceiro. Deniz Öncü (Red
MOTO3, QUALIFICAÇÃO: POLE
dois foram presença constante na
voltas do fim, Fernández comanda-
Bull KTM Tech3) foi dos poucos a
POSITION CASEIRA DE RAÚL
zona de apuramento para a Q2, que
va na frente de Arenas e McPhee
melhorar no FP3 para acabar em
FERNÁNDEZ
mantiveram até ao fim. Tatay ainda
recuperava de uma long lap penalty
14.º na tabela combinada seguindo
As hostilidades das qualificações em
viria a regressar ao comando. No fim,
para voltar ao grupo da frente. Este
diretamente para a Q2. Em 15.º, Ta-
Aragão começaram com a Q1 de
Rodrigo passou para a terceira posi-
já tinha oito unidades nas últimas
ção e selou a presença na Q2, algo
voltas, e quando faltavam cinco Dar-
que também conseguiu McPhee em
ryn Binder voltou ao comando. Raúl
quarto. Kaito Toba (Red Bull KTM
Fernández, por seu turno, caiu para
Ajo) chegou a ser candidato ao apu-
quinto em quatro curvas.
ramento, mas acabou em quinto a
As lutas eram intensas e o desfecho
apenas 0,046s do objetivo.
era certo, com trocas de líder. No final, impôs-se Masiá. O espanhol
CLASSIFICAÇÃO GP DE ARAGÃO - MOTO3 Pos.
Piloto
Equipa
Moto
Temp./Difer.
1.º
Jaume Masiá
Leopard Racing
Honda
37'45.009s
2.º
Darryn Binder
CIP Green Power
KTM
+0.091s
3.º
Raúl Fernández
Red Bull KTM Ajo
KTM
+0.196s
4.º
Romano Fenati
Sterilgarda Max Racing Team
Husqvarna
+0.327s
5.º
John McPhee
Petronas Sprinta Racing
Honda
+0.368s
A Q2 abriu com Raúl Fernández a
6.º
Jeremy Alcoba
Kömmerling Gresini Moto3
Honda
+0.385s
liderar, reforçando a posição de se-
cortou a meta 91 milésimas antes de
7.º
Albert Arenas
Solunion Aspar Team Moto3
KTM
+0.396s
guida com uma volta em 1m57,681s
Darryn Binder, com Raúl Fernández
8.º
Tatsuki Suzuki
SIC58 Squadra Corse
Honda
+1.933s
9.º
Celestino Vietti
Sky Racing Team VR46
KTM
+2.389s
que viria a não ser batida. Atrás do
a ter de se contentar com a terceira
10.º
Dennis Foggia
Leopard Racing
Honda
+2.461s
espanhol, as mexidas na tabela de
posição. Fenati foi quarto e McPhee
11.º
Kaito Toba
Red Bull KTM Ajo
KTM
+2.966s
tempos foram abundantes, com vá-
quinto. Arenas, líder do campeona-
12.º
Carlos Tatay
Reale Avintia Moto3
KTM
+3.020s
rios homens a colocarem-se na per-
to, concluiu em sétimo, sendo o seu
13.º
Ayumu Sasaki
Red Bull KTM Tech 3
KTM
+4.872s
seguição. No fim, quem acabou em
principal perseguidor Ogura o 14.º.
14.º
Ai Ogura
Honda Team Asia
Honda
+10.949s
15.º
Deniz Öncü
Red Bull KTM Tech 3
KTM
+10.979s
radeira tentativa esteve muito perto
16.º
Filip Salac
Rivacold Snipers Team
Honda
+11.172s
de bater Fernández: ficou a 0,059s.
17.º
Alonso López
Sterilgarda Max Racing Team
Husqvarna
+13.861s
Em terceiro qualificou-se Arenas, ao
18.º
Niccolò Antonelli
SIC58 Squadra Corse
Honda
+19.761s
passo que o vice-líder do Mundial, Ai
19.º
Sergio García
Estrella Galicia 0,0
Honda
+21.284s
20.º
Yuki Kunii
Honda Team Asia
Honda
+21.339s
Ogura (Honda Team Asia) quedou-
21.º
Riccardo Rossi
BOE Skull Rider Facile Energy
KTM
+21.379s
22.º
Jason Dupasquier
23.º
Stefano Nepa
24.º
Ryusei Yamanaka
25.º
Barry Baltus
26.º
Davide Pizzoli
27.º
Khairul Idham Pawi
NC
Maximilian Kofler
NC
Andrea Migno
NC
Gabriel Rodrigo
Kömmerling Gresini Moto3
segundo foi Vietti, que na sua der-
-se em nono.
CarXpert PruestelGP
KTM
+21.440s
Solunion Aspar Team Moto3
KTM
+21.520s
Estrella Galicia 0,0
Honda
+36.570s
CarXpert PruestelGP
KTM
+36.628s
BOE Skull Rider Facile Energy
KTM
+36.676s
A manhã de domingo começou
Petronas Sprinta Racing
Honda
+36.739s
com o warm-up de Moto3, em que
CIP Green Power
KTM
17 voltas
Raúl Fernández terminou no topo
Sky Racing Team VR46
KTM
8 voltas
Honda
0 voltas
apenas 0,007s na frente de Deniz
-90- | MOTORCYCLE SPORTS |
MOTO3, CORRIDA: RECUPERAÇÃO INCRÍVEL DE MASIÁ, DE 17.º ATÉ AO TRIUNFO
Öncü (Red Bull KTM Tech3). Horas
Momento de forma sólido de Lowes com pole position e vitória.
Após a prova aragonesa, Masiá sa-
com a motivação em alta e foi dos
quarto a 0,269s. Marini fechou o
rápido já nos treinos. Depois de ter
lientou que o triunfo servia de mo-
primeiros a passar pelo comando
top cinco. Apenas três pilotos não
reforçado a liderança, foi superado
tivação extra: ‘Estou feliz, uma vitó-
da tabela de tempos, melhorando
progrediram do FP1 para o FP2,
pelo compatriota Bezzecchi, que li-
ria é sempre uma vitória. Este fim de
consecutivamente nas suas primei-
sendo o melhor Schrötter em 12.º.
derou cerca de metade da Q2. Nos
semana foi difícil, mas a equipa não
ras três voltas lançadas. Com pou-
Numa entrada forte no FP3, Lowes
minutos finais, Lowes dizimou o re-
desistiu e demonstrámo-lo. Este resul-
co mais de 12 minutos decorridos,
fez uma primeira série de voltas
corde de pista com uma volta em
tado torna-se numa motivação para
Lowes iniciou nova sequência de
avassaladora,
durante
1m51,651s que lhe garantiu a pole
as próximas corridas. Vamos trabalhar
voltas rápidas que o levou ao melhor
grande parte da sessão. Um dos ho-
position por 0,148s. Di Giannanto-
mais arduamente do que nunca e va-
registo da sessão: 1m53,391s ainda
mens que também desde cedo este-
nio seria terceiro na grelha, com Jake
mos à luta!’.
com praticamente meia hora para o
ve a rondar as primeiras posições foi
Dixon (Petronas Sprinta Racing/
Terminada a primeira ronda de Ara-
fim. Marcel Schrötter (Liqui Moly In-
Di Giannantonio. Já nos últimos dez
Kalex) em quarto e Marcos Ramírez
gão, Arenas tinha uma vantagem
tact GP/Kalex) foi o que ficou mais
minutos, o italiano chegou mesmo
(Tennor American Racing/Kalex) em
dilatada no comando, passando a
perto, a 52 milésimas, enquanto Fa-
ao topo da sessão com um tempo
quinto. Marini acabou em sétimo.
seguir 13 pontos à frente de Ogu-
bio Di Giannantonio (Speed Up) se
de 1m52,171s que era um recor-
ra. Vietti foi nono na corrida, mas
quedou a 0,058s. Luca Marini (Sky
de da MotorLand Aragón para o
MOTO2, CORRIDA: SEGUNDO
conservou a terceira posição fican-
Racing Team VR46/Kalex) assinou o
Moto2. Superou Lowes por 0,072s,
TRIUNFO SEGUIDO DE LOWES
do a 18 pontos do topo. Apesar de
quarto registo a 0,189s, com Jorge
sendo Remy Gardner (Onexox TKKR
E MUDANÇA DE LÍDER DO
ausente, Tony Arbolino (Rivacold
Navarro a fechar o top cinco na se-
SAG Team/Kalex) terceiro. No geral,
MUNDIAL
Snipers) conservou o quarto lugar.
gunda Speed Up oficial.
os pilotos melhoraram no FP3 face
O warm-up na manhã de domingo
Porém, já 39 pontos o separavam
O dia de sexta-feira ficou concluído
ao dia anterior. Apesar de Pons não
teve Lowes no topo com 0,047s de
de Arenas.
com o FP2 de Moto2. Tal como na
o fazer, segurou o 14.º lugar e a últi-
avanço sobre Navarro. Horas mais
sessão matinal, Lowes esteve em
ma vaga direta na Q2 ao bater Mar-
tarde, o britânico daria continuidade
MOTO2, TREINOS LIVRES:
plano de destaque desde cedo. O
cel Schrötter (Liqui Moly Intact GP/
à boa forma na corrida, que, no en-
VOLTA RECORDE DEIXOU
#22 foi bastante rápido e liderou
Kalex) por apenas 0,061s.
tanto, teve Bezzecchi a fazer o ho-
DI GIANNANTONIO NA
desde os oito minutos até ao der-
LIDERANÇA
radeiro quarto de hora, quando foi
MOTO2, QUALIFICAÇÃO: SAM
o segundo lugar a Di Giannantonio,
Um pouco mais tarde do que o
batido por Marco Bezzecchi (Sky Ra-
LOWES DITOU A LEI COM NOVO
mas rapidamente o recuperou. Mais
habitual devido ao atraso anterior
cing Team VR46/Kalex). Menos de
RECORDE EM ARAGÃO
atrás, Martín superou Dixon na dis-
do FP1 de MotoGP, o Mundial de
um minuto depois, o italiano viu-se
A quatro últimas vagas na Q2 fica-
puta da quarta posição, ao passo
Moto2 saiu à pista em Aragão já no
ultrapassado por Di Giannantonio,
ram decididas relativamente cedo
que Bezzecchi se ia distanciando no
fim da manhã de sexta-feira, 16 de
que assim liderou a sessão com um
na Q1: três dos 16 pilotos fizeram
comando. O seu colega Marini caiu
outubro. E desde cedo que um ho-
tempo de 1m52,748s. Ficou 0,045s
as marcas que lhes valeram o apu-
na curva 14 e abandonou.
mem esteve em destaque. Depois
na frente de Bezzecchi. Lowes foi
ramento nas suas segundas voltas
Lowes começou a colocar pressão
do triunfo em Le Mans, Sam Lowes
terceiro, com Edgar Pons (Federal
lançadas. Jorge Martín liderou a ta-
a Bezzecchi, que não era capaz de
(EG 0,0 Marc VDS/Kalex) estava
Oil Gresini/Kalex) a surpreender em
bela durante grande parte da sessão,
se destacar. Di Giannantonio era
batendo o colega da Red Bull KTM
terceiro e na nona volta consumou
Ajo/Kalex, Tetsuta Nagashima, por
a ultrapassagem a Lowes para as-
94 milésimas. Em terceiro ficou Si-
sumir a perseguição a Bezzecchi.
mone Corsi (MV Agusta Forward),
Acabou por ascender ao comando,
que também logo à segunda tenta-
mas perdeu a frente da Speed Up na
tiva fez a volta que lhe garantiu o
curva dois e abandonou. Bezzecchi
apuramento. Tom Lüthi (Liqui Moly
voltou, assim, ao topo, com a luta a
Intact GP/Kalex) já consumou a pre-
desenrolar-se entre o #72 e Lowes.
sença na Q2 mais tarde, deixando
Martín passou a rodar em terceiro,
Hafizh Syahrin (Aspar Team/Speed
com Enea Bastianini (Italtrans Racing
Up) de fora por 0,038s.
Team/Kalex) no seu encalço.
O dia de qualificações do GP de
A duas voltas do fim, Bezzecchi per-
Aragão ficou completo com a Q2 de
deu o controlo da sua Kalex e aban-
Moto2. Ao cabo das primeiras vol-
donou depois de ter sido quase sem-
tas lançadas, o comando pertencia
pre líder. Lowes herdou o comando
a Di Giannantonio, que se mostrara
e cruzou rumo ao triunfo. Bastianini
liderando
leshot. Enquanto isso, Lowes cedeu
| MOTORCYCLE SPORTS | -91-
MOTOGP levou a melhor na luta contra Martín e terminou em segundo a distantes 4,195s de Lowes, passando para a dianteira do campeonato. Dixon e Remy Gardner (Onexox TKKR SAG PSP/Lukasz Swiderek
Team/Kalex) completaram o top cinco. No comunicado da EG 0,0 Marc
Quartararo entrou na defesa do comando do Mundial.
VDS, Lowes comentou assim este segundo triunfo consecutivo: ‘Estou feliz. Não me senti tão bem como no resto do fim de semana, mas estou feliz com o ritmo, fui constante e talvez um
Terminado o GP de Aragão, a luta
MOTOGP: QUARTARARO
não precisamos mesmo de mudar
pouco mais rápido do que o esperado.
pelo título de Moto2 estava ao ru-
DE NOVO NA DEFESA
nada na moto. É uma pista que pode
[...]. É bom estar na luta pelo título.
bro. Bastianini assumiu o comando,
DA LIDERANÇA COM
ser um pouco difícil para nós, mas te-
Depois de falhar a primeira corrida no
com Lowes a ascender a segundo fi-
PERSEGUIDORES PRÓXIMOS
mos a motivação extra de estarmos
Qatar, voltei forte e estou na luta. É a
cando a dois pontos do topo. Com a
O Mundial de MotoGP chegou a
lá para lutar por um resultado verda-
primeira vez na minha carreira que te-
segunda prova consecutiva a zeros,
Aragão numa altura em que tudo
deiramente bom. Estamos a lutar pelo
nho quatro pódios consecutivos e vitó-
Marini baixou a terceiro ficando a
continuava em aberto. Fabio Quar-
campeonato, no fim de semana pas-
rias seguidas. É um momento mesmo
cinco pontos de Bastianini, enquan-
tararo (Petronas Yamaha SRT) até
sado conseguimos aumentar a nossa
bom para mim. Só preciso de manter
to Bezzecchi era quarto a 25 pontos
tinha dilatado a sua margem pontual
vantagem em condições complicadas
este ímpeto’
da dianteira.
no GP de França para dez pontos
e por isso acho que nos podemos sair
face a Joan Mir (Team Suzuki Ecstar),
mesmo bem outra vez este fim de se-
mas outro colocou-se mais próximo
mana. Primeiro que tudo iremos pro-
do que estava: Andrea Dovizioso
curar desfrutar estar de volta à moto,
(Ducati Team) a 18 pontos. Com
e depois veremos como podemos tor-
CLASSIFICAÇÃO GP DE ARAGÃO - MOTO2 Pos.
Piloto
Equipa
Moto
Temp./Difer.
EG 0,0 Marc VDS
Kalex
39m33,202s
Italtrans Racing Team
Kalex
+ 4,195s
1.º
Sam Lowes
2.º
Enea Bastianini
3.º
Jorge Martín
Red Bull KTM Ajo
Kalex
+ 4,340s
Maverick Viñales (Monster Energy
ná-lo num GP ótimo para nós e, claro,
4.º
Jake Dixon
Petronas Sprinta Racing
Kalex
+ 9,298s
Yamaha) em quarto a 19 pontos e
ver como estão as condições quando
5.º
Remy Gardner
Onexox TKKR SAG Team
Kalex
+ 14,765s
6.º
Marcos Ramírez
Tennor American Racing
Kalex
+ 15,130s
Takaaki Nakagami (LCR Honda) em
chegarmos’.
7.º
Héctor Garzó
Flexbox HP 40
Kalex
+ 15,192s
8.º
Joe Roberts
Tennor American Racing
Kalex
+ 17,024s
9.º
Tetsuta Nagashima
Red Bull KTM Ajo
Kalex
+ 19,000s
MV Agusta Forward Racing
MV Agusta
10.º Simone Corsi
quinto a 34 pontos, tudo permanecia incerto.
MOTOGP, TREINOS LIVRES
Um pouco mais distantes da luta
DE SEXTA-FEIRA: VIÑALES
+ 20,206s
estavam homens como Franco Mor-
SUPERIOR COM FRIO E COM TEMPO AMENO; OLIVEIRA
EG 0,0 Marc VDS
Kalex
+ 22,661s
bidelli (Petronas Yamaha SRT), Jack
12.º Tom Lüthi
Liqui Moly Intact GP
Kalex
+ 22,692s
Miller (Pramac Racing/Ducati) e
MODESTO
13.º Edgar Pons
Federal Oil Gresini Moto2
Kalex
+ 22,995s
MV Agusta Forward Racing
MV Agusta
+ 23,301s
Danilo Petrucci (Ducati Team), que
Com as temperaturas baixas a afe-
15.º Marcel Schrötter
Liqui Moly Intact GP
Kalex
+ 23,989s
chegaram a Aragão com motivações
tarem a zona da MotorLand Aragão,
16.º Xavi Vierge
Petronas Sprinta Racing
Kalex
+ 26,747s
diferentes para se saírem bem: os
o primeiro treino livre foi adiado em
Italtrans Racing Team
Kalex
+ 26,862s
dois primeiros vinham de abando-
meia hora. E, mesmo quando a ação
18.º Nicolò Bulega
Federal Oil Gresini Moto2
Kalex
+ 27,686s
nos, enquanto Petrux chegava da
reatou, o asfalto ainda estava frio,
19.º Hafizh Syahrin
Kipin Energy Aspar Team Moto2
Speed Up
+ 27,761s
sua primeira vitória do ano apesar de
o que acabou por originar diversas
Flexbox HP 40
Kalex
+ 27,892s
estar no décimo lugar. Miguel Olivei-
quedas. Alguns dos principais pilotos
11.º Augusto Fernández
14.º Stefano Manzi
17.º Lorenzo Dalla Porta
20.º Lorenzo Baldassarri 21.º Bo Bendsneyder
NTS RW Racing GP
NTS
+ 36,250s
ra (Red Bull KTM Tech3) era nono já
não evitaram ir ao chão, incluindo o
22.º Andi Farid Izdihar
Idemitsu Honda Team Asia
Kalex
+ 44,779s
23.º Somkiat Chantra
Idemitsu Honda Team Asia
Kalex
+ 45,687s
a 46 pontos do topo, mas a apenas
líder do campeonato Quartararo,
24.º Xavi Cardelús
Kipin Energy Aspar Team Moto2
Speed Up
+ 47,231s
12 pontos do top cinco.
mas felizmente ninguém se magoou.
25.º Kasma Daniel
Onexox TKKR SAG Team
Kalex
+ 58,178s
NTS RW Racing GP
NTS
+ 1m05,154s
MB Conveyors Speed Up
Speed Up
26.º Piotr Biesiekirski 27.º Jorge Navarro
No
comunicado
de
antevisão,
Na tabela de tempos, a liderança
Quartararo confessou que espera-
mudou constantemente de mãos no
19 voltas
va dificuldades da MotorLand de
primeiro quarto de hora, antes de as
NC
Marco Bezzecchi
Sky Racing Team VR46
Kalex
18 voltas
Aragão, mas também se mostrou
Yamaha assumirem o controlo.
NC
Fabio Di Giannantonio
MB Conveyors Speed Up
Speed Up
10 voltas
NC
Luca Marini
Sky Racing Team VR46
Kalex
2 voltas
entusiasmado e motivado: ‘Estamos
Primeiro foi Quartararo na fren-
numa boa posição a ir para Aragão,
te, sendo depois batido pelo co-
-92- | MOTORCYCLE SPORTS |
lega Franco Morbidelli. Com cer-
No fim, Viñales assinou a melhor
ca de 29 minutos decorridos,
marca do dia em 1m47,771s (única
Maverick Viñales (Monster Energy
no 1m47s) para superar Quartararo
Yamaha) completou uma volta em
por 0,249s. Morbidelli foi terceiro a
1m49,866s. Foi um tempo que mais
0,447s, seguindo-se Mir a 0,730s.
ninguém conseguiu igualar até ao
Cal Crutchlow (LCR Honda) con-
fim, com Morbidelli a ficar a 0,085s.
cluiu em quinto. Pol Espargaró foi
Estes foram os únicos a baixar ao
o melhor KTM em sétimo a 0,975s
1m49s, sendo Quartararo terceiro a
da dianteira. Oliveira ainda chegou
0,276s. Álex Márquez (Repsol Hon-
a estar em posições adiantadas, mas
da) e Takaaki Nakagami (LCR Hon-
acabou em 16.º a 1,437s e arriscava
da) fecharam o top cinco. Quanto a
falhar o apuramento direto para a
Miguel Oliveira, o luso da Red Bull
Q2. O mesmo se passava com pilo-
KTM Tech3 teve uma sessão discre-
tos como Andrea Dovizioso (Ducati),
ta e acabou em 16.º a praticamente
Jack Miller (Pramac Racing/Ducati)
segundo e meio do topo.
ou Danilo Petrucci (Ducati), todos
Sexta-feira à tarde, e com o sol a
fora do top dez combinado de sex-
brilhar, as temperaturas foram bem
ta-feira. E, no sábado de manhã, o
mais amenas em Aragão. Por isso
frio não iria facilitar melhorias.
COVID-19 AFASTA VALENTINO ROSSI Na quinta-feira, 15 de outubro, surgiu a notícia em comunicado oficial da Monster Energy Yamaha: Valentino Rossi testou positivo à Covid-19 e teria de falhar o GP de Aragão... pelo menos. Depois de acordar naquele dia com dores no corpo e febre ligeira, Rossi submeteu-se a dois testes: um PCR rápido que deu negativo e um PCR convencional que confirmou a infeção pelo novo coronavírus.
mesmo, foi com naturalidade que MOTOGP, TREINOS LIVRES
cas do FP1 fossem batidas. Ainda
DE SÁBADO: MORBIDELLI
com menos de sete minutos conta-
NA FRENTE DE UM FP3
dos, Quartararo foi mais rápido do
DETERMINANTE
que o registo de referência matinal.
O terceiro treino livre foi a derra-
Esta sessão vespertina teve pratica-
deira hipótese de os pilotos lutarem
mente sempre uma Yamaha no topo.
por uma vaga direta na Q2. Apesar
A exceção foi Joan Mir (Team Suzuki
de estar mais frio do que no FP2 do
Ecstar), que liderou durante cer-
dia anterior, diversos pilotos apro-
ca de um quarto de hora. Mas nos
veitaram, rubricando as suas me-
últimos 15 minutos as YZR-M1
lhores marcas. O primeiro a fazê-lo
voltaram a mostrar-se superiores.
foi Nakagami, que liderou durante
Sexta-feira atípica com Viñales no topo.
PSP/Lukasz Swiderek
logo nos primeiros minutos as mar-
Il Dottore não escondeu a sua frustração por ter de falhar a prova e por ter ficado infetado apesar de cumprir as medidas: ‘Estou desapontado por falhar a corrida em Aragão. [...]. Estou triste e irritado, porque fiz o meu melhor para respeitar o protocolo e embora o teste que tive na terça-feira fosse negativo, autoisolei-me desde a minha chegada de Le Mans. De qualquer maneira, é assim que é e não há nada que possa fazer para mudar a situação. Agora seguirei os conselhos médicos e só espero sentir-me melhor em breve’.
uma parte considerável da sessão.
ra, que falhou o objetivo por 0,101s.
O japonês foi rápido desde os pri-
Quartararo sofreu uma aparatosa
meiros instantes, começando a dis-
queda que o levou ao centro médico
putar o comando com os pilotos da
do circuito, mas apesar do 15.º tem-
Petronas Yamaha SRT, Quartararo e
po da sessão já estava na Q2. A par
Morbidelli.
de Viñales, foi um dos que acedeu
No final, haveria de ser Morbidelli a
desde logo a essa fase da qualifica-
imperar. O italiano bateu Crutchlow
ção sem melhorar no FP3.
por 0,455s, sendo Pol Espargaró
A quarta sessão de MotoGP marcou
(Red Bull KTM) terceiro a 0,460s.
o fim dos treinos livres no GP de
Mir acabou em quarto apesar de
Aragão. Crutchlow liderou na fase
ter completado apenas nove voltas,
inicial, revezando-se com Morbidel-
sendo Márquez quinto. Nakagami
li. O italiano haveria mesmo de se
acabou por se quedar em sexto.
impor no fim, repetindo o que havia
Mais atrás, o nono registo do FP3
feito no FP3. Nesta sessão habitual-
esteve perto de valer a Q2 a Olivei-
mente usada para preparar os últi| MOTORCYCLE SPORTS | -93-
MOTOGP
GP DE ARAGÃO rápido. [...]. Sinto-me ótimo na moto,
Suzuki com duplo pódio e liderança do campeonato.
mas não tão bem como quero’. MOTOGP, CORRIDA: ÁLEX RINS MAIS FORTE EM DUELO ESPANHOL No MotoGP, o último dia do GP de Aragão começou com Nakagami a bater Viñales por 0,219s no warm-up, sessão em que Oliveira foi 11.º. Horas mais tarde, na corrida, Morbidelli foi o mais eficaz na partida, mas ainda nos primeiros metros foi ultrapassado por Viñales. Rins subiu www.suzuki-racing.com
a quarto. Oliveira, por seu turno, subiu a 17.º. Quartararo também conseguiu ultrapassar Morbidelli, que assim se posicionava em quarto. Ainda na primeira metade da prova, Rins ultrapassou Quartararo aproveitando um erro do francês. mos detalhes com vista à corrida.
marca da sessão. Em cima do fim,
e antecipou muito trabalho a fazer
Viñales estava instalado na lide-
Morbidelli rubricou a sua melhor
Jack Miller (Pramac Racing/Ducati)
para a corrida: ‘Não esperava estar
rança e, mais atrás, Márquez vinha
marca já nos últimos dez minutos,
chegou a segundo, deixando Dovi-
tão bem em qualificação porque não
galgando posições gradualmente.
reagindo quando foi superado por
zioso de fora e em 13.º da grelha
me senti muito bem toda a semana.
Entretanto, Quartararo começou a
Márquez.
por 0,015s. Oliveira teve uma ses-
Estou feliz por ter feito uma boa volta
andar para trás, evidenciando difi-
O espanhol foi a grande surpresa
são árdua e não foi além de oitavo,
na qualificação. Temos muitas coisas
culdades para acompanhar o ritmo
do FP4, terminando em segundo a
correspondente a 18.º na grelha.
para fazer na moto e no estilo de pilo-
da frente. Mir, que também estava
0,105s do topo. O terceiro foi Mir,
Na Q2, Morbidelli foi o primeiro
tagem, porque somos rápidos nas pri-
em recuperação, superou Morbi-
com Pol Espargaró em quarto, sen-
líder, mas com os tempos altos na
meiras dez voltas, mas depois temos
delli e mais tarde o francês para
do Viñales quinto. Depois da que-
fase inicial foi rapidamente supe-
mais dificuldades comparando com o
chegar às posições de pódio.
da aparatosa do FP3, Quartararo
rado por Miller, que vinha da Q1
Maverick que foi muito mais consis-
A recuperação do maiorquino não
regressou à pista e assinou a sexta
determinado em lutar pelas linhas
tente do que nós à tarde, foi muito
iria parar aí. Rins chegou ao coman-
marca do FP4. Mais atrás, Oliveira
da frente. O australiano foi depois
melhorou na sua última série de
batido por Quartararo, enquanto
voltas para ser 12.º.
Viñales chegava a terceiro, antes de ser batido por Morbidelli com o
MOTOGP, QUALIFICAÇÃO:
segundo tempo. Viñales chegou à
POLE POSITION DE
liderança na segunda tentativa, mas
QUARTARARO POR 0,046S
quem se impôs foi mesmo Quarta-
Depois de Aleix Espargaró (Aprilia
raro, que bateu o compatriota por
Racing Team Gresini) e Oliveira es-
apenas 46 milésimas. Crutchlow,
tarem nas primeiras posições numa
ainda em baixo de forma, deu boa
fase inicial, foram praticamente
conta de si com o terceiro tempo,
sempre as Ducati no topo da Q1.
regressando às primeiras posições
Brad Binder (Red Bull KTM) ainda
em qualificação. Morbidelli e Miller
se intrometeu nestas contas, mas
completaram o top cinco na frente
não teve argumentos para fazer
de Mir.
face às Desmosedici GP20. Com
Em conferência de imprensa, Quar-
a sua penúltima tentativa, Danilo
tararo assumiu que foi uma quali-
Petrucci (Ducati) assinou a melhor
ficação melhor do que o esperado
-94- | MOTORCYCLE SPORTS |
Quartararo na pole position mesmo com mazelas físicas.
do na oitava volta para nunca mais o largar. Viñales desceu, assim, a segundo. Não muito depois, Viñales viria a ser ultrapassado por Mir e, a 13 voltas do fim, também já tinha caído para trás de Márquez. O #73 estava em grande plano, lutando pela primeira vez pelo pódio com piso seco. Levou mesmo a melhor sobre Mir para assumir o segundo posto. As voltas finais ficaram marcadas por um duelo entre Rins e Márquez. Com um pneu médio à frente e um macio atrás, o rookie poderia ter vantagem sobre o rival da Suzuki, que tinha dois pneus macios. Márquez bem tentou pressionar Rins para ir em busca da vitória, mas não teve argumentos para o fazer. Assim, Rins levou de vencida cortando a meta com 0,263s de avanço.
cutivo, Álex Márquez assumiu que
tamente a parte mais complicada no
Viñales em terceiro a 12 pontos.
Mir fechou o pódio, com Viñales
existiram alguns momentos fulcrais
campeonato, estar sempre no pódio,
Dovizioso era o quarto a 15 pon-
em quarto e Nakagami em quinto.
para o desfecho: ‘Estou muito feliz
mesmo com alguns problemas’.
tos, com Nakagami a estar em
Quartararo teve uma prova para es-
e muito orgulhoso com esta corrida
O campeonato estava ao rubro
quinto a 29 pontos apesar de ter-
quecer terminando apenas em 18.º.
porque mostrámos todo o fim de se-
depois do GP de Aragão. Mir era
minar pela primeira vez fora do
Assim, com o terceiro lugar, Mir
mana um grande potencial em todos
o novo líder, mas apenas seis pon-
top dez este ano. Oliveira desceu
tornou-se no novo líder do cam-
os treinos livres. Estive a desfrutar
tos à frente de Quartararo, com
a décimo.
peonato. Mais acima, em 16.º, ficou
muito, estava livre na moto, esqueci-
Oliveira, que ocupou essa posição
-me de tudo e disse que ia ser um bom
CLASSIFICAÇÃO GP DE ARAGÃO - MOTOGP
durante praticamente toda a prova.
dia. Tentei atacar desde início. É ver-
Pos.
No comentário à sua primeira vitó-
dade que o Rins foi mais inteligente
1.º
Álex Rins
ria do ano, Rins confessou em con-
na primeira volta e foi capaz de recu-
2.º
Álex Márquez
ferência de imprensa que o facto de
perar mais posições do que eu, e acho
3.º
Joan Mir
estar no comando dificultou mais a
que esta foi a chave da corrida. Mas
4.º
tarefa: ‘Fizemos mesmo uma boa cor-
depois comecei a sentir-me muito
5.º
rida. Foi a primeira corrida que ganhei
bem, estava a surpreender-me tam-
liderando – nas últimas duas vitórias
bém a mim. [...]. Sabia que era um dos
estive a lutar com o Valentino [Rossi]
melhores pilotos a gerir os pneus no
e noutra com o Marc [Márquez] – mas
final. [...]. Esperei até ao fim, tentando
acho que esta foi um pouco mais di-
ser inteligente e suave, e a duas voltas
fícil porque é mais fácil cometer um
do fim cometi dois erros que me cus-
erro quando estás a liderar a corrida.
taram a hipótese de lutar pela vitória’.
Mas tentei manter a calma e estive a
Piloto
Equipa
Moto
Temp./Difer.
Team Suzuki Ecstar
Suzuki
41m54,391s
Repsol Honda Team
Honda
+ 0,263s
Team Suzuki Ecstar
Suzuki
+ 2,644s
Maverick Viñales
Monster Energy Yamaha MotoGP
Yamaha
+ 2,880s
Takaaki Nakagami
LCR Honda Idemitsu
Honda
+ 4,570s
6.º
Franco Morbidelli
Petronas Yamaha SRT
Yamaha
+ 4,756s
7.º
Andrea Dovizioso
Ducati Team
Ducati
+ 8,639s
8.º
Cal Crutchlow
LCR Honda Castrol
Honda
+ 8,913s
9.º
Jack Miller
Pramac Racing
Ducati
+ 9,390s
10.º
Johann Zarco
Esponsorama Racing
Ducati
+ 9,617s
11.º
Brad Binder
Red Bull KTM Factory Racing
KTM
+ 13,200s
12.º
Pol Espargaró
Red Bull KTM Factory Racing
KTM
+ 13,689s
13.º
Aleix Espargaró
Aprilia Racing Team Gresini
Aprilia
+ 14,598s
Depois deste pódio com o tercei-
14.º
Iker Lecuona
Red Bull KTM Tech 3
KTM
+ 15,291s
pilotar bem. Foi difícil, porque estava
ro lugar que lhe valeu o comando
15.º
Danilo Petrucci
Ducati Team
Ducati
+ 15,941s
a ver que o Joan e o Álex estavam a
do campeonato, Mir comentou em
16.º
Miguel Oliveira
Red Bull KTM Tech 3
KTM
+ 18,284s
aproximar-se muito rapidamente. Ten-
conferência de imprensa o resulta-
17.º
Stefan Bradl
Repsol Honda Team
Honda
+ 20,136s
tei manter a calma, manter os pneus
do, assumindo que a regularidade é
18.º
Fabio Quartararo
Petronas Yamaha SRT
Yamaha
+ 21,498s
para o fim da corrida porque não é
o mais difícil de conseguir: ‘É verda-
19.º
Bradley Smith
Aprilia Racing Team Gresini
Aprilia
+ 25,300s
fácil correr com o pneu macio traseiro’.
de que estamos a mostrar uma re-
20.º
Tito Rabat
Esponsorama Racing
Ducati
+ 25,558s
Depois do segundo pódio conse-
gularidade muito séria e essa é cer-
NC
Francesco Bagnaia
Pramac Racing
Ducati
2 voltas
| MOTORCYCLE SPORTS | -95-
MOTOGP
GP DE ARAGÃO
Oliveira e KTM
em dificuldades na MotorLand
Dias depois de voltar às boas prestações em Le Mans, Miguel Oliveira teve o regresso à Península Ibérica, que iria acolher todas as cinco jornadas que levariam ao fim da época. Na MotorLand Aragão teve lugar a segunda de três rondas consecutivas, o GP de Aragão. quência com algumas oscilações de
mais tarde do que o habitual, numa
lona, Oliveira reagiu da melhor forma
ritmo, na segunda saída o #88 esta-
mudança de horário forçada pelas
na sua primeira corrida com chuva
beleceu-se na casa do 1m52s antes
temperaturas baixas ditada mesmo
no MotoGP: em Le Mans esteve
de chegar ao 1m51s. O seu melhor
na véspera. Oliveira tinha assim mais
quase sempre entre os mais rápidos
registo deixou-o em 16.º a 1,491s
algumas chances de melhorar o seu
e chegou a ter o pódio em linha de
do líder, que foi Maverick Viñales
registo. Porém, ao longo do treino
vista, vindo a acabar em sexto. Em
(Monster Energy Yamaha).
nas suas duas primeiras saídas à pista
Aragão, o objetivo era conseguir dar
O FP2 teve temperaturas mais ame-
esteve muito longe do top dez. Nos
sequência ao bom momento, dis-
nas e, tal como praticamente todos
últimos dez minutos chegou mesmo
pondo de alguma regularidade que
os adversários, Oliveira melhorou
a estar em 21.º e último lugar, antes
lhe tem faltado em 2020.
nos minutos iniciais face ao FP1.
de reagir ocupando por momentos o
Ambicioso a entrar nas derradeiras
Chegou mesmo a ocupar o segundo
quarto lugar. Foi por 0,101s que fa-
cinco jornadas de 2020, que mar-
lugar por breves instantes e ao longo
lhou o apuramento direto para a Q2,
cariam a sua despedida da Tech3,
da primeira metade da sessão este-
ficando na nona posição do FP3 e a
Oliveira sublinhou que nesta jornada
ve no top dez. Assentou um ritmo
11.ª na tabela combinada.
seria necessária uma boa adaptação
no 1m50s na sua segunda série de
No FP4, Oliveira preparou-se para
às condições e contou que metas ti-
voltas, com dois pneus macios, an-
a corrida. Numa fase inicial esteve
nha traçadas: ‘Sabemos que vai estar
tes de dois stints curtos com voltas
no top dez, mas ao não melhorar
frio. Precisamos de nos adaptar rapida-
no 1m49s. O seu melhor tempo foi
no stint inaugural depois da segun-
mente às situações e fazer a moto tra-
1m49,208s, que o deixou em 16.º a
da volta rápida, foi-se afundando na
as primeiras voltas cronometradas.
balhar lá. Quero continuar nesta linha,
1,437s de Viñales que voltou a lide-
classificação até chegar a 18.º. Já
Porém, era evidente que os regis-
terminar dentro dos pontos e tentar
rar.
na segunda saída desceu ao 1m48s
tos ainda estavam muito altos. A
conquistar o máximo’.
Terminado o dia inaugural, Oliveira
para voltar por breves instantes ao
passar logo pelas boxes, o piloto de
Polarity Photo
Após o inglório abandono em Barce-
assumiu que precisaria de fazer me-
top dez, de onde saiu em definiti-
Almada foi perdendo posições. Es-
TREINOS LIVRES:
lhorias na sua RC16, afirmando no
vo: perdeu duas posições até ao fim
tava na zona mais baixa da classifi-
APURAMENTO DIRETO PARA
resumo das sessões: ‘As condições
para acabar em 12.º a 0,346s do lí-
cação quando voltou para um stint
A Q2 FORA DE ALCANCE
foram muito duras. Durante a manhã
der Franco Morbidelli (Petronas Ya-
de duas voltas. Ainda melhorou,
Foi um começo discreto para Oli-
estivemos em pista, mas com dificul-
maha SRT).
mas não foi além de oitavo, ficando
veira em Aragão. No primeiro trei-
dades para aquecer o pneu da frente,
no livre, com temperaturas frias na
um pouco como creio que toda a gen-
QUALIFICAÇÃO PARA
Depois da qualificação, Oliveira
MotorLand Aragón, nunca esteve
te. À tarde sabíamos que seria quase
ESQUECER VALEU O 18.º
explicou as suas dificuldades numa
sequer perto das primeiras posições
como que uma qualificação [...]. No
LUGAR NA GRELHA
resposta ao Motorcycle Sports: ‘O
da tabela de tempos. Apostou em
final fizemos duas voltas lançadas e
A qualificação foi curta para Oli-
problema é a tração e não é nada
duas séries de voltas, ambas com
creio que ainda temos muito a melho-
veira, resumindo-se a três voltas
relacionado com os pneus, apenas
um pneu macio à frente e um médio
rar na moto’.
lançadas. O começo até foi anima-
tração. É verdade que entre todas
atrás. Depois de uma primeira se-
No sábado de manhã, o FP3 foi
dor, com o luso em segundo após
as KTM somos nós a destruir o pneu
-96- | MOTORCYCLE SPORTS |
relegado ao 18.º lugar da grelha.
PATROCINADO POR:
TEXTO: Bernardo Matias
mais rapidamente e até para a veloci-
ca. Porém, a corrida seria bastante
fase em que esteve em 15.º teve as
nho este ano. Por norma mesmo que
dade de corrida é complicado enten-
complicada. O piloto nascido no
KTM oficiais de Brad Binder e Pol
não nos qualifiquemos muito bem
der de momento qual é o nosso real
Pragal nunca teve ritmo para ir além
Espargaró em linha de vista, mas foi
conseguimos ter um bom ritmo e
potencial’.
das últimas posições e nem mesmo
incapaz de ter argumentos para as
gerir bem os pneus, mas parece que
O #88 reconheceu igualmente que
os pontos estiveram ao alcance. A
ameaçar. Oliveira acabou por cor-
aqui foi muito complicado fazer isso
ficou desapontado com o resultado
MotorLand Aragón castigou todas
tar a meta em 16.º a mais de dois
este domingo. Não sei se é por causa
e não esperava facilidades para a
as RC16, que evidenciaram dificul-
segundos de Danilo Petrucci (Du-
da temperatura porque nos faltaram
corrida: ‘Estou muito desapontado
dades para ser competitivas no tra-
cati), que foi 15.º classificado.
cerca de 15/20 graus no asfalto para
porque isto está muito longe do
çado dos arredores de Alcañiz.
Perante a imprensa, Oliveira assu-
termos o pneu de trás capaz de ter o
que somos capazes e do nosso ob-
Quanto a Oliveira, partiu de 18.º e
miu depois da corrida que se tra-
desempenho que pode ter, por isso...
jetivo’.
subiu a 17.º logo na fase inicial, mas
tou do pior rendimento da época,
neste momento é muito complicado
estabeleceu-se em 16.º durante
algo para que tinha poucas expli-
de explicar o sucedido’.
CORRIDA: KTM SEM
grande parte da corrida. Ainda che-
cações: ‘Este foi sem dúvida o pior
O resultado em Aragão fez Oliveira
ANDAMENTO E OLIVEIRA
gou a estar no último lugar pontuá-
fim de semana da temporada, aca-
descer ao décimo lugar do cam-
EM 16.º
vel em 15.º, mas rapidamente foi
bámos a corrida, mas simplesmente
peonato, ficando a 23 pontos do
O warm-up deu algum alento a
ultrapassado pelo colega da Red
não conseguimos ser competitivos.
top cinco, encerrado por Nakaga-
Oliveira, que rubricou a 11.ª mar-
Bull KTM Tech3, Iker Lecuona. Na
Diria que foi o nosso pior desempe-
mi. | MOTORCYCLE SPORTS | -97-
NOTÍCIAS
Pedro Rocha dos Santos
BMW apresentou uma nova R18 Classic, uma nova versão depois da "First Edition" inicialmente apresentada. A nova versão da BMW R18 apelidada de
Mustang Seats e, a Vance & Hynes e a Roland
"Classic" inclui um pára-brisas alto, do tipo
Sands que aportam uma possibilidade quase
clássico que montam muitas das cruisers norte-
infindável de personalizações.
Cinco novas Ducati 2021 serão sucessivamente apresentadas durante o mês de Novembro
americanas, dois faróis adicionais LED na frente, poisa-pés do tipo plataforma, guiador mais alto, sacos laterais em material flexível, roda de 16" na dianteira do tipo "Fat" e assento de pendura removível. Em opção inclui uma série de acessórios de marcas conceituadas como a
A BMW apresentou também uma nova geração da sua R Nine T para 2021 São quatro R Nine T's renovadas para 2021, a
110 hp. Em termos de ajudas electrónicas inclui
R Nine T Standard, a R Nine T Pure, a R Nine
ABS Pro com Control Dinâmico de Travagem e
T Scrambler e finalmente uma versão 40 Th
modos de condução standard Rain e Road. A
Anniversary da R Nine T Urban GS nas cores
suspensão traseira foi melhorada e a iluminação e
da BMW GS de Enduro que competia nos
intermitentes são agora totalmente LED. A BMW
anos 80. A nova geração de BMW's R Nine T
reforçou também o seu catálogo de opções "
apresenta novas cores para 2021 e passaram
719 " de forma a aumentar o potencial da sua
por um processo de transformação para
personalização.
poderem obter homologação Euro 5. O seu motor foi recondicionado técnica e estéticamente e tem agora 109 hp em vez dos anteriores
-98- | MOTORCYCLE SPORTS |
De acordo com um vídeo publicado pela Ducati ficámos a saber que durante o mês de Novembro e em sucessivas episódios serão revelados os cinco novos modelos para o ano de 2021. Pelas imagens podemos perceber o segmento em que se enquadram. A única certeza será a da muito falada Multistrada V4, a outra poderá vir a ser uma Adventure de média cilindrada apresentada o ano passado em Milão e apelidada de Desert X. Poderemos ver também o aparecimento de uma Streetfighter V2 com base na Panigale V2 e também as novas Ducati Monster com novo chassi em em liga, abandonando o tradicional quadro em estrutura de trelissa de aço. As apresentações decorrem nos dias 4, 11, 18 e 25 de Novembro e a última a 2 de Dezembro
Novas KTM 890 Adventure de 2021 versão Standard reveladas Depois das versões R e Rally da nova KTM 890 Adventure 2021 e termos questionado se iriam manter a versão 790 standard como modelo mais acessível, eis que nos chega a resposta da KTM, confirmando que a versão standard de cilindrada média da Adventure austríaca é mesmo uma 890. A nova 890 vem com melhoramentos a vários níveis e aquele que é mais evidente é o aumento de cilindrada em mais 90 cc, mas também inclui agora suspensões ajustáveis e mais ajudas electrónicas à condução. A KTM 890 Adventure 2021 vais estar disponível em duas cores e não temos para já confirmação de preços mas contamos dar mais informação em breve.