JUNHO
RESGATANDO SONHOS Cada uma de nós tem sonhos, muitos sonhos. Temos sonhos desde muito cedo em nossa vida. Sonhos que são possíveis de serem alcançados, como também sonhos que são mais difíceis de serem realizados. Mesmo tendo essa consciência, sonhamos. Precisamos deles. Não podemos desistir de sonhar, porque eles nos levam aonde precisamos ir. Eles nos levam a algum lugar. Se eles forem tirados de nós, nossa vida se torna sem rumo, vazia, triste. Sonhos abrem nossas mentes e com um mundo inteiro ao nosso redor, com cores, vozes e vidas das quais participamos e que percebemos e vemos. Quando conseguimos realizar um sonho ou realizá-lo em parte, ficamos felizes, nos sentimos capazes, agraciados. Mas amarga é a dor quando um dos nossos sonhos é frustrado! Um sonho é algo que desejamos, um anseio, uma esperança de que algo se concretize. Na maioria das vezes, esperamos vitórias e conquistas. Mas, por vezes, vivemos a frustração do sonho não realizado. Quantas de nós já vivemos a experiência do sonho frustrado? Arrisco a afirmar que cada uma de nós já passou por essa experiência. Talvez sonhou com um casamento que não se realizou, ou com uma carreira que não se concretizou, ou com um futuro para os filhos e filhas que eles não seguiram, ou mesmo com a cura de uma doença que não chegou. A Bílbia traz um texto que fala de um sonho frustrado. O texto é bem conhecido. Trata-se do Evangelho de Lucas 24.13-35. Os discípulos de Jesus estavam caminhando de Jerusalém para um povoado chamado Emaús, no primeiro domingo de Páscoa, e estavam tristes, e por que não dizer frustrados, com o que havia acontecido com Jesus. Os discípulos alimentaram muitos sonhos desde que conheceram Jesus. Eles tinham plena confiança que Jesus era aquele que libertaria o povo de Israel do domínio romano. No entanto, na última vez em que estavam com ele, na sexta-feira, Jesus estava pendurado numa cruz, morto. O que isso significou para os discípulos? A morte de todos os seus sonhos e esperanças construídos desde que conheceram Jesus e se tornaram seus seguidores. O sonho de libertação estava sepultado com Jesus. Era o fim. E assim caminham recolhidos em sua tristeza, tentando consolar um ao outro, tentando entender o que havia acontecido. Os discípulos estavam tão desolados, que não perceberam que aquele que caminhava com eles era o próprio Jesus. Mesmo quando Jesus explicava as Sagradas Escrituras, que tudo o que acontecera os profetas já tinham previsto e que Cristo tinha que 69
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