Artes apresentações fora da comunidade.
Aí mano, deixa quieto, esquece. Curtir rap de esquema não resolve o problema Mas dá consciência, paciência com o sistema. Me entenda que isso, é só o início. Rap é como um míssil que explode seus ouvidos. O rap é compromisso, não é viagem Se pá fica esquisito, valeu Sabotage! Resumindo é isso, te dá informação Necessária pra se ter a conscientização, né não? Além disso, rap é o antídoto Pra quem pelo sistema, já foi mordido Medicina alternativa, meu truta, é a cura, me escuta Injeta na sua veia e vai pra luta
Juntamente com o rap, há uma inclinação pela dança urbana, tanto pela proximidade com gênero musical quanto pela presença de moradores que integram o Grupo Impacto, companhia de dança urbana de Viçosa, que costumam promover apresentações e oficinas no local. Além dessa modalidade, a APOV possui atividades de dança oferecidas para os moradores, como zumba e balé, sempre há muita procura e adesão. Para as gerações mais antigas do bairro, o forró possui lugar na memória afetiva. O arrasta pé do ‘Bar do Messias’ reunia grande parte da população nos anos 1980 e 1990. Hoje, ainda há alguns adeptos do ritmo, que costumam frequentar os encontros da Vila Giannetti no centro da cidade para dançar. Há poucas manifestações coletivas de forró atualmente no bairro.
(Trecho de “Quebrada Cabulosa”, NV Rap)
O
bairro possui uma tradição ligada ao rap, possuindo alguns grupos de cantores como o NV Rap com um bom engajamento no bairro, produzindo, ocasionalmente, eventos com apresentações e batalhas de MCs em alguns locais do bairro, como a própria praça. O ritmo, muito associado a manifestação política de populações marginalizadas, enquadrou os problemas específicos de Nova Viçosa, se consolidando como voz e denúncia da população. Segundo alguns moradores, o Rap tem se enfraquecido nos últimos anos no bairro por conta de conflitos internos dos grupos. Apesar da existência de alguns grupos, o consumo interno diminuiu e os artistas mantêm mais
Também durante os anos 1990, surgiu o Afoxé, um grupo de tambores afrobrasileiros que ganhou visibilidade no bairro e fora dele. Segundo os relatos, os artistas eram frequentemente convidados a tocar no centro e cidades vizinhas. Depois de algum tempo, o grupo se desintegrou, mas mantevese na memória de muitos moradores. No âmbito das artes cênicas, há um grupo de teatro da Igreja Católica que participa de grande parte dos eventos da comunidade e é convidado a se apresentar também fora. 51