Introdução
O
do espaço, reforçando sua natureza primitiva e, tradicionalmente, se posicionando contra a obsessão pela novidade e alienação da tecnologia contemporânea. Nota-se, portanto, o desafio teórico deste trabalho. A sua escolha, no entanto, devese a crença de que, apesar disso, esses dois temas podem conseguir um diálogo amistoso. É possível encontrar soluções arquitetônicas que geram sistemas responsivos potencializadores de processos de presentificação no mundo e auxilio na familiarização com os ritos da cidade e seus habitantes, conduzindo a consolidação de um senso de lugar. Para entender essas relações, é necessário a consulta aos textos da “pós-fenomenologia”, desdobramento da disciplina fenomenológica, que admite a tecnologia como parte do “mundo da vida” e reinterpreta suas implicações na experiência humana.
projeto consiste em uma intervenção urbana responsiva que configure espaços de permanência e convívio, tendo como foco as experiências dos usuários. Considera-se como princípio que sistemas responsivos e interfaces computacionais tangíveis podem fomentar as trocas e interações em meio urbano. O local de intervenção escolhido foi o bairro de Nova Viçosa em Viçosa-MG, por conta de suas características e carências socioespaciais. O bairro encontrase extremamente segregado da cidade de Viçosa, possuindo pouco acesso a equipamentos públicos predominantemente localizados no centro, além de apresentar necessidades de infraestruturas de convívio urbano. Na busca por criar espaços de interação comunitária qualificados com experiências, escolhemos utilizar o método fenomenológico para conduzir as escolhas projetuais. O projeto, portanto, emerge da fusão de dois conceitos distintos: a responsividade e a fenomenologia na arquitetura. De um lado nós temos a inovação tecnológica que contesta o caráter classicamente fixo, sólido e imóvel da arquitetura; e de outro, uma atenção às qualidades experienciais, sensíveis e poéticas 7