PAPO DE CABINE
Bill Lavender bill@agairupdate.com
Idade e Técnica Sou frequentemente lembrado da minha idade, especialmente agora que estou perto de entrar na minha sétima década. Há muitas razões para eu estar um tanto consternado por estar chegando nos 70 este ano. Porém, há mais razões para eu estar grato ao meu Deus e à minha família e amigos, por uma vida tão feliz e rica. Algumas destas razões só podem ser apreciadas na idade madura. Sim, eu escrevi “madura” ou “de veterano”, ou como quer que você queira chamá-la. Uma bem distinta vantagem em ser um membro deste prestigiado clube é a capacidade de se refletir sobre nossas experiências. Este é um privilégio que vem com a idade. Um dos melhores exemplos é a capacidade de tomada de decisões. Nem sempre, mas geralmente o piloto mais velho toma decisões mais acertadas no que se refere à sua técnica de voo. A turma mais jovem pode dizer que o piloto veterano “deixou de ser peitudo”, quando na verdade ele simplesmente voa com a sabedoria advinda da experiência. Não há dúvida de que com a idade vem um aumento no tempo de reação. Mas isso pode ser compensado em grande parte com uma redução do ritmo. Mesmo para pilotos mais jovens, os quais são mais focados em cumprir a missão, a rapidez não é a característica
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mais importante em um bom e bem sucedido piloto agrícola. Trazer o avião de volta para a base sem danos, e uma aplicação bem feita é que são os itens mais importantes. Além disso, quanto tempo realmente é perdido ao se fazer “balões” de 60 segundos, ao invés de 30 segundos? As curvas de aplicação geralmente só compõem cerca de um terço do tempo que se leva para aplicar uma carga. Se você ainda é relativamente novo no jogo da aviação agrícola, tipo apenas 10 anos e uns poucos milhares de horas, não se preocupe. O jeito de você voar deste dia em diante irá determinar se você viverá o bastante para entrar no exclusivo clube dos pilotos agrícolas de idade avançada. Não há ditado mais verdadeiro do que aquele que diz, “existem pilotos arrojados e existem pilotos velhos, mas não existe um piloto arrojado velho”'. No boletim da NAAA de 30 de maio, intitulado “Campanha Voe Seguro”, um tópico era mencionado o qual eu mais de uma vez comentei com pouca ou nenhuma aceitação dos leitores de AgAir Update. Trata-se da questão de voar aviões com motor PT6A na marcha-lenta de voo ou na marcha-lenta de solo. Eu entendo que a maioria dos pilotos voam em marcha-lenta de solo, e entendo seu motivo, basicamente a intenção de se pousar mais curto.