Perfil do Profissional Metroferroviário - 2ª Edição

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Inovação corporativa: o incentivo vem de dentro

Ainda que a capacidade de inovação do profissional metroferroviário seja apontada entre as habilidades mais procuradas pelas operadoras do transporte de passageiros bem como por aquelas do transporte de cargas, ela não depende somente dos profissionais. A cultura da inovação requer das empresas um ambiente favorável ao desenvolvimento dessa premissa. “Costumo formular a cultura da inovação como a ausência de comportamentos, regras e ambientes que impeçam o desenvolvimento do ímpeto natural das pessoas em sugerir melhorias e inovações, aliada a um conjunto de visões, procedimentos e recursos que potencializem estas iniciativas”, postula Ronald Dauscha, Diretor Corporativo de Tecnologia e Inovação do Grupo Siemens no Brasil em artigo publicado no portal da Endeavor.

forma diferente em cada uma das empresas, sendo na Diretoria de Recursos Humanos, na área Tecnologia e, por último, na diretoria de assuntos corporativos. Ao detalhar as três principais atribuições da área responsável pela política de inovação, as operadoras destacaram: Realizar Treinamento/Qualificação/Especialização, desenvolvimento e manual de mapeamento dos procedimentos técnicos metroferroviários; Fazer a gestão do programa interno de ideias, realizar a gestão dos projetos de digitalização da empresa e atuar junto às áreas para mudança de cultura interna no que tange à inovação; Elaborar, propor e executar as medidas e projetos de inovação e elaborar o Plano de Ação para o desenvolvimento de novos negócios na companhia, inclusive propondo medidas para futuras contratações; Gerir a política e o plano de inovação, estímulos à cultura e capacitação de inovação, prospecção de projetos de inovação e acordos com centros de pesquisas, universidades, startups e entidades de fomento; Administrar os sistemas operacionais, de manutenção e planejamento e controle. Já as operadoras do transporte ferroviário de cargas indicaram:

Para sondar esse assunto no setor de transportes sobre trilhos, a segunda edição do Relatório Especial O Profissional Metroferroviário ampliou sua pauta e incluiu a inovação corporativa no escopo da pesquisa. Começando pelas operadoras do transporte de passageiros, oito empresas responderam o questionário, sendo que 62,5% responderam que possuem alguma área com atribuição de desenvolver políticas ou programas de inovação corporativa, 25% não possuem essa atribuição e 12,5% não informaram. Nas empresas do transporte ferroviário de cargas, quatro empresas responderam o questionário, sendo que três possuem uma área com essa atribuição. Dentre esses 62,5%, a área está situada de diversas formas, como, por exemplo, por meio de comitês de inovação, formados por gerentes de diferentes áreas, Recursos Humanos, Engenharia e Tecnologia da Informação, diretoria de assuntos corporativos ou sob a coordenação da diretoria técnica. No transporte de cargas, a área está situada de 68

AEAMESP 30 anos

Promover a transformação digital, buscar/implantar soluções inovadoras e fomentar a cultura da inovação de forma sistêmica na empresa; Mapear o cenário futuro de ferrovia e de negócio, mapeamento e monitoramento de tendências impactantes e adequação dos tempos corretos de entrada de tecnologias; Agregar valor, estimular a participação dos colaboradores e assegurar um diferencial no mercado. Quanto às entidades e órgãos com os quais a organização se relaciona para o desenvolvimento de programas de inovação, as universidades são o principal parceiro das operadoras do transporte de passageiros sobre trilhos. Laboratórios e centros de pesquisa ficam, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas menções. Fundações de desenvolvimento, SESI/SEST/SENAI, sistema FIRJAN, órgãos governamentais, representações estrangeiras e associações de empresas do ramo de transporte, como


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