Revista Poder | 142

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RESPIRO

A bossa nova estava no Rio, mas ele veio para São Paulo. Enquanto o barquinho ia, era no bar Baiúca, numa praça Roosevelt sem qualquer malemolência, que JOHNNY ALF, nascido Alfredo José da Silva, no Rio, filho de empregada doméstica e de um cabo do Exército que ele só viu até os 3 anos, se radicava. As dissonâncias estavam em “Rapaz de Bem”, composta em 1953, muito antes de “Chega de Saudade”, e seu piano já encantava Tom Jobim em Copacabana. Mas o gênero que impressionou o mundo não foi “cool” com Alf, cuja introversão – longe ainda da sociopatia tardia de João Gilberto – tornava sua integração ao amor, ao sorriso e à flor virtualmente impossível. Alf, que amava Farney e Sinatra demais, foi maverick à sua maneira, fez sua carreira muito longe do Carnegie Hall e do Canecão, e até o fim de seus dias apresentou-se em pequenas casas de São Paulo.

FOTO FOLHAPRESS

ELE E A BRISA


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