IGREJA CATÓLICA
Palavra do Papa
A missão do casal: levar um ao outro para o céu Na homilia de 17/10/2014, o Papa Francisco diz: “Amor, alegria, paz, magnanimidade, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão, domínio de si. Este é o nosso caminho para o Céu, é o nosso caminho, que começa o Céu desde aqui. Porque temos esta identidade cristã, fomos selados pelo Espírito Santo. Na audiência de 2/04/2014, o Papa afirma que “a imagem de Deus é o casal matrimonial: o homem e a mulher; não somente o homem, não somente a mulher, mas os dois. Essa é a imagem de Deus; o amor, a aliança de Deus conosco é representada naquela aliança entre o homem e a mulher. Somos criados para amar, como reflexo de Deus e de seu amor. E na união conjugal o homem e a mulher realizam essa vocação no sinal da reciprocidade e da comunhão de vida plena e definitiva”. No entanto, “fará bem a nós pensar no momento da nossa despedida”. Na nossa vida “há tantas despedidas”: pequenas e grandes; e há “também tanto sofrimento, tantas lágrimas em algumas delas”. Essas grandes despedidas da vida, “também a última, não são as despedidas de até já, até logo, até a vista, que são despedidas de alguém que sabe que 14
volta, ou imediatamente e como voltarei”. (Homilia, Papa Francisco, 19/05/2015) Por isso, como escreve Paulo, “não olhamos para as coisas visíveis, mas para as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas”. (2 Cor 4, 18). (Homilia, dia 06/01/2021) Às vezes, a vida familiar vê-se desafiada pela morte de um ente querido. Não podemos deixar de oferecer a luz da fé para acompanhar as famílias que sofrem em tais momentos. Abandonar uma família atribulada por uma morte seria uma falta de misericórdia, seria perder uma oportunidade pastoral, e tal atitude pode fechar-nos as portas para qualquer eventual ação evangelizadora. É compreensível a angústia de quem perdeu uma pessoa muito amada, um cônjuge, por exemplo, com quem partilhou tantas coisas. O próprio Jesus se comoveu e chorou no velório de um amigo (cf. Jo 11, 33.35). E como não compreender o lamento de quem perdeu um filho? Com efeito, “é como se o tempo parasse: abre-se um abismo que engole o passado e também o futuro. (...) E, às vezes, chega-se até a pôr a culpa em Deus! CM 544