ENS - Carta Mensal 547 - Junho/Julho 2022

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DATAS COMEMORATIVAS

Dia dos Namorados: Enamorar-se Meu pensamento voa e se delicia com uma frase que foi tema de encontros alegres e festivos, realizados tempos atrás: Namorar é preciso! “Preciso” no sentido de necessário, cativante, como sugere a etimologia da palavra namorar. Namorar é esse ritual que marca o desejo das pessoas que querem estar juntas.Pessoas que buscam o encantamento do desejo de ser parte do desejo do outro. Como é simbólico esse tempo gracioso e essa vontade de enlaçar-se: gestos, palavras e objetos que marcam eternamente nossas vidas. No nosso caso, dentre muitos símbolos, nosso namoro foi marcado pela doçura de um pão de mel e o singelo cartãozinho: “Amar é saborear juntos um pão de mel”. Nosso olhar tornou-se uma lança de esperança para sermos mais que apenas um. A beleza é razão da busca da felicidade, tão cara a todos nós. Somos seres desejosos de ser feliz. Escolhemos trilhar esse caminho, e da mesma forma que Deus fez conosco, cada um de nós renuncia um pouco do “eu” para, juntos, formarmos o “nós”. Procuramos viver esse constante cotidiano, penetrando o espaço privilegiado da vivência do amor humano que se chama Sacramento do Matrimônio.Não estamos sozinhos,sentimos o sopro vivificante do espírito a inspirar o eterno namoro recheando nosso pão de mel de beleza e ternura,sempre fecundo e criativo. No caminho vivemos o deserto e jardim. O deserto faz-nos avaliar nossos passos diários com paciência e perseverança; e o jardim faz-nos florescer e redescobrir o amor, que às vezes parece fosco em nós, e colorir nosso matrimônio.A luz de cada um é devolvida ao outro para iluminá-lo, e juntos descobrimos que o tesouro não é o que juntamos, mas o que partilhamos. Procuramos ter os olhos abertos para a

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alegria do olhar e no olhar, olhar o outro com os olhos de Deus, pois Deus é Amor e Ele prefere nos seduzir. O poema de Tagore brilha em meu coração:

Dois infinitos “Fizeste-me sem fim, pois esse é teu prazer, esvazias continuamente este frágil vaso, e de novo sempre o enches de vida fresca. Levaste por montes e vales esta pequena flauta de bambu, e nela sopraste melodias eternamente novas... Ao toque imortal de suas mãos, meu pequeno coração perde seus limites na alegria, e faz nascer inefáveis expressões. Teus dons infinitos vêm a mim apenas sobre estas minhas tão pequeninas mãos. Passa o tempo,continuas derramando, e sempre há lugar a preencher...” É esse o imenso jogo do amor de Deus em nossa história. É o Amor que não se impõe. O amor de Deus apenas se insinua, se esconde e se disfarça, seduzindo-nos a procurá-lo. E Ele está lá, no outro, a se derramar e a preencher nosso vazio desejoso de “enamorar-se”, arriscando viver por amor! Rita e Carlos Eq. N. S. das Graças Setor Pouso Alegre A Prov. Leste II CM 547


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