num banquinho, a fim de ver se os seus cabelos se desalinharam quando tirou o chapéu ou durante o trajeto da casa à escola; para isso disporão, igualmente, de escova e pente. Em seguida, a criança veste seu avental ou blusa de trabalho; e ei-la pronta para entrar em classe (pp. 82-83). 7. A livre escolha 7.1 Em conformidade com suas preferências, cada criança irá escolhendo, espontaneamente, um ou outro dos objetos já conhecidos, anteriormente apresentados pela mestra. O material está ali exposto; a criança só precisa estender a mão para pegá-lo. Poderá, em seguida, levá-lo e colocá-lo onde quiser: sobre a mesa junto à janela ou num canto escuro, sobre um tapetinho estendido no chão; ou ficar com ele todo o tempo que quiser, repetindo o exercício. Que motivo a impelirá a escolher um objeto de preferência a outro? Não é um desejo de imitação, porque cada objeto constitui um único exemplar; se uma criança, portanto, escolher um objeto, só ela o terá; ninguém mais Não se trata, pois, de imitação. Isto é comprovado até mesmo pelo modo com que o objeto é manipulado: a criança acaba por concentrar-se no seu exercício, com tal intensidade que não se distrai com o que a rodeia, e continua a trabalhar, repetindo o exercício uniformemente dezenas e dezenas de vezes consecutivas. Este é o fenômeno da concentração e da repetição do exercício, ao qual se acha intimamente relacionado o desenvolvimento interior. Ninguém pode concentrar-se por imitação; a imitação acha-se ligada ao exterior. Aqui, ao invés, trata-se de um fenômeno totalmente oposto, qual seja a abstração do mundo exterior e a ligação estreitíssima com o mundo íntimo e secreto da criança (pp. 95-96). 8. O desenvolvimento dos sentidos da criança 8.1 O método para a educação dos sentidos, que aqui apresentamos, abre, sem dúvida, um caminho novo às pesquisas psicológicas; com efeito, não existia método ativo para a preparação racional de indivídu76