Imagens da Centenária História de Lutas do Partido Comunista do Brasil (1922-2022)

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IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL 1922-2022

CIRCULAÇÃO DIGITAL SEM FINS LUCRATIVOS


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IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL 1922-2022

São Paulo 2021

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Fotomontagem de Bernardo Joffily agrupa imagens de diferentes momentos históricos da luta popular sobre uma foto na Praça dos Três Poderes, em 1985, quando jovens ocuparam a cúpula do Senado para festejar o fim dos 21 anos de ditadura militar

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Imagens da Centenária História de Lutas do Partido Comunista do Brasil (1922-2022) Ficha Técnica Organizadores: Adalberto Monteiro e Fernando Garcia Comissão Editorial: Adalberto Monteiro, Augusto Buonicore (in memoriam), Cláudio Gonzalez, Felipe Spadari, Fernando Garcia e Osvaldo Bertolino Diagramação e Projeto Gráfico: Bernardo Joffily e Cláudio Gonzalez Capa: Foto de Alcinea Pereira da Silva (ver descrição na pág. 571) Textos/legendas: Adalberto Monteiro, Augusto Buonicore (in memoriam), Bernardo Joffily, Cláudio Gonzalez, Felipe Spadari, Fernando Garcia e Osvaldo Bertolino Revisão: Maria Lucília Ruy Pesquisadores: Alexandre Prestes, Altair Freitas, Breno Moreno, Deusa Maria Sousa, Diorge Konrad, Eduardo Ochi, Fábio Palácio, Fernando Barletta, Flávia Calé, Irani Dias de Menezes, Jéssica da Silva Carvalho, Luiz Fernando S. Santos, Maria José Borges de Figueiredo, Natalia Cintra Leoni, Raisa Marques, Solange Souza, Soraya Moura, Tamara Cintra Leoni, Raimundo de Sousa, Vladimir Sacchetta e Wellington Souza.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD I31

Imagens da centenária história de lutas do Partido Comunista do Brasil (1922-2022) [recurso eletrônico] / organizado por Adalberto Monteiro e Fernando Garcia de Faria. - São Paulo, SP : Anita Garibaldi ; Fundação Maurício Grabois, 2021. 584 p. ; PDF ; 406 MB. ISBN: 978-65-89805-10-6 (Ebook) 1. Partido Comunista do Brasil - História. 2. Comunismo - Brasil. 3. Brasil - Política e governo. 4. Brasil - História. 5. Imagens. I. Monteiro, Adalberto. II. Faria, Fernando Garcia de. III. Título. CDD 324.2

2021-4550

CDU 329 Elaborado por Odilio Hilario Moreira Junior - CRB-8/9949

Índice para catálogo sistemático: 1. Partidos políticos 324.2 2. Partidos políticos 329

Todos os direitos reservados à Fundação Maurício Grabois

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Fundação Maurício Grabois Rua Rego Freitas, 192 - Sobreloja República - São Paulo – SP CEP 01220-010 Tel.: (11) 3337-1578 www.grabois.org.br fmg@grabois.org.br


SUMÁRIO TEXTOS • Apresentação - 9 • PCdoB: Um século e milhares de lutas - 11 CAPÍTULOS • Antecedentes e Fundação - 33 • 1922-1930: Os tempos do Bloco Operário e Camponês - 47 • 1930-1935: Da revolução de 1930 à insurreição de 1935 - 61 • 1935-1945: Subterrâneos da Liberdade - 81 • 1945-1948: 870 dias de legalidade - 93 • 1948-1956: De volta à ilegalidade, resistência e um novo programa para o Brasil - 135 • 1956-1962: A Grande Cisão - 159 • 1962-1964: Reorganização e recomeço - 171 • 1964-1968: Abaixo à ditadura - 185 • 1969-1972: Sob o tacão dos generais - 203 • 1972-1974: A Guerrilha do Araguaia - 211 • 1973-1979: Terror e crepúsculo da ditadura - 227 • 1979-1983: De volta à luz do dia - 249 • 1983-1985: Diretas Já! Tancredo Já! Legalidade do Partido! - 279 • 1985-1989: Enfim, a redemocratização, PCdoB legal e Constituinte - 297 • 1989-1994: A Frente Brasil Popular e a reafirmação do Socialismo - 359 • 1995-2002: Segue resistência contra o neoliberalismo - 393 • 2002-2010: Governo Lula, novo ciclo - 423 • 2011-2015: Governo Dilma - 461 • 2016-2019: Golpe, governo ilegítimo de Temer, vitória da extrema-direita e resistência democrática - 511 • Imagens não terminou... ajude, participe da conclusão desse livro! - 567 Créditos das imagens - 585

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AGRADECIMENTOS Adriana Nunes, Alcinéia Silva, Aldo Arantes, Alessandra Stropp, André Bezerra, Augusto Madeira, Branca Ferrari, Caio Botelho, Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), Carlos Henrique Tibiriçá Miranda (Caíque), Cézar Xavier, Daniela Catto, Edson França, Elio Ramires Garcia, Euzébio Jorge Silveira de Sousa, Fernando Udo, Gisele Alba Natali (in memoriam), Guido Bianchi, Inácio Carvalho, Jamil Murad, Joana Rozowykwiat, João Batista Lemos, Jorge Panzera, José Luís Del Roio, José Reinaldo Carvalho, Kátia Souto, Laércio D’Ângelo, Larissa Miho, Liège Rocha, Lúcia Rincón, Madalena Guasco Peixoto, Marcos Paraguassu de Arruda Câmara (in memoriam), Mariana Venturini, Marly Vianna, Marta Alves, Nádia Campeão, Neide Freitas, Nereide Saviani, Nivaldo Santana, Paulo Fonteles Filho (in memoriam), Pedro de Oliveira, Priscila Lobregatte, Raul Carrion, Renata Cotrim, Renata Mielli, Renata Rosa Cândido, Ricardo Abreu Alemão, Rodrigo Moreira, Rosanita Campos, Saulo Velasco, Sérgio Barroso, Sueli Scutti, Tereza Costa Rego (in memoriam), Vandré Fernandes e Walter Sorrentino. Agradecimentos aos fotógrafos, desenhistas, capistas, detentores de fundos e coleções, e àqueles que guardaram as imagens, acondicionaram, classificaram fundos e acervos. Um agradecimento especial aos pesquisadores, funcionários e corpo dirigente dos arquivos que sempre ofereceram imensa ajuda às pesquisas e aos nossos pesquisadores. Dentre esses, os do Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP), do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ), do Arquivo Nacional (AN), do Centro de Documentação e Memória da UNESP (CEDEM), do Instituto Astrojildo Pereira (IAP) e demais arquivos públicos e privados consultados.

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APRESENTAÇÃO

Um centenário para se ver, sentir e impulsionar a jornada transformadora

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ste conjunto iconográfico tem uma história de cem anos de lutas e conquistas. Nestas páginas estão fotos, cartazes, capas de jornais, livros e revistas, pinturas, desenhos, charges, mapas. Retratam, sinteticamente, a trajetória dos comunistas do Brasil entrelaçada com a história brasileira. Em tempos de aviltamento e descrença da política, são imagens que têm uma eloquência especial. Proclamam uma política maiúscula, que há um século impulsiona mulheres e homens em nossa pátria a viver e não raro a morrer por um país liberto, soberano, democrático e socialista. História centenária, completada em 25 de março de 2022, que empolga, mobiliza, energiza. História refletida nesta publicação visual que retrata a presença do Partido Comunista do Brasil-PCdoB na história de nosso país desde o nascedouro do século passado até aos chãos de hoje desse século XXI, nos grandes confrontos que foram determinantes à construção no Brasil, à realidade de seu presente e à projeção de seu futuro. Desde o ano mágico de 1922, muito já se estudou, debateu e publicou sobre o comunismo e o Partido Comunista em nosso país. Nenhuma outra corrente política possui história e acervo tão singular.

procura retratar tanto as vitórias e acertos como as derrotas e erros. E sobretudo sua capacidade derivada de sua teoria, o marxismo, de renovar-se sempre a partir do verde da vida. Por isto, como proclama a presidente Luciana Santos, o Partido é centenário e contemporâneo, longevo e jovem. Como na maior parte de sua história, o Partido defendeu e ajudou construir frentes políticas e sociais, lutando ombro a ombro com forças democráticas, populares e patrióticas e de outras vertentes progressistas, você verá, também, lideranças com as quais os comunistas estabeleceram alianças. As imagens aqui publicadas provêm do CDM e de um sem-número de fontes, desde grandes acervos até álbuns familiares. Sempre que possível estão devidamente identificadas. Eventuais lacunas ou equívocos, informe-nos e desde já nossas desculpas. Os editores agradecem aos que colaboraram no registro e conservação das imagens da história de luta dos comunistas do Brasil. Entre eles, o notável e incansável pesquisador iconográfico Vladimir Sacchetta. Os vinte e um anos de ditadura militar foram tenebrosos também para a documentação iconográfica. Dos guerrilheiros do Araguaia, por exemplo, não se conhece sequer todos os retratos.

Imagens intervém neste debate usando uma linguagem específica. Aqui, o texto é uma guarnição. O prato principal fala direto aos olhos, e deles ao coração. A imagem é a linguagem que esclarece Os remanescentes do regime dos generais insistem em não abrir e ensina, seja ao mais erudito estudioso do tema, seja ao grande todos os seus arquivos. Outra parcela destes já está disponível, porém ainda não passou pela garimpagem capaz de trazer à luz público, dos militantes aos principiantes e apolíticos. os seus segredos e tesouros. Tomemos, por exemplo, o caso do Este é um projeto do Centro de Documentação e Memória (CDM) acervo da Tribuna da Luta Operária. Na madrugada de 22 de abril da Fundação Maurício Grabois, a instituição de estudos e pesqui- de 1984, em plena Campanha das “Diretas Já”, a redação do sesas do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Em seu percurso, manário legal do PCdoB sofreu um incêndio criminoso.

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A Polícia Federal (PF) da ditadura interessou-se pelo sinistro, mas apenas para confiscar o arquivo de cinco mil fotos do jornal, três mil delas exclusivas, que tinha escapado das chamas. Trinta e sete anos se passaram e a PF até hoje não devolveu esse acervo. Pode-se imaginar o quanto ele é precioso. Resolvemos enfrentar esses desafios de um modo que persiga a excelência do resultado. E dirigimos um apelo a todas as pessoas, físicas e jurídicas, que tenham, ou conheçam, material relativo ao tema para resgatar todo esse rico acervo. Parafraseamos Manuel Bandeira, o poeta recifense, colaborador na imprensa comunista, também quem descobriu Ouro Preto para a modernidade. Quando a cidade sofreu uma terrível chuvarada de verão, Bandeira versejou: “Meus amigos, meus inimigos, Salvemos Ouro Preto”. Essa obra, agora lançada, está em construção. Esta versão digital tem sentido didático e é gratuita. Passará por acréscimos, correções e revisões, tendo em vista uma edição definitiva planejada para o centenário do Partido Comunista do Brasil em 2022. Leitor, leitora, você pode interagir, ajudar a concluir essa obra, de várias maneiras: indicando erros nossos e propondo correções, enviando fotos e imagens e fazendo sugestões. Mande suas mensagens para: imagenspcdob100@gmail.com Os editores, novembro de 2021.

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PCdoB: UM SÉCULO E MILHARES DE LUTAS

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1922, O ANO MÁGICO

m 1922, os brasileiros eram 32 milhões. Um décimo deles vindo do Velho Mundo. Três quartos moravam na roça. O Rio de Janeiro era a Capital Federal e a maior cidade: 1,2 milhão de moradores. Nos 100 anos do 7 de setembro, sedia uma exposição com stands de 50 países e ocorre a primeira transmissão de rádio no país. Assiste a sufragista Bertha Lutz fundar a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF). Envia a Paris o conjunto de samba Oito Batutas, de Pixinguinha e Donga. Perde seu genial cronista Lima Barreto, 41 anos, defensor da Rússia socialista.

O Congresso vota as 21 condições para ingresso na Internacional Comunista, que constam de seus Estatutos, e elege a Direção. Encerra-se com um viva à “união dos operários sul-americanos integrados na Internacional” e com o hino A Internacional, cantado baixinho para não alertar a repressão. Os fundadores são “na quase totalidade elementos originários do anarquismo”, relatará Astrojildo. Representam 73 comunistas, que militam no Rio, São Paulo, Niterói, Cruzeiro, Recife e Porto Alegre, mais Santos e Juiz de Fora, que não conseguem enviar delegados ao Congresso.

São Paulo, com 600 mil habitantes e forte sotaque italiano, já é a cidade que cresce mais rápido e tem mais indústrias. No Cariri, o padre Cícero recebe a devoção de seus fiéis; no Pajeú, Lampião oferece à tia Jacosa a música Mulher rendeira. O Brasil aplaude dois portugueses que cruzaram pela primeira vez o Atlântico Sul de avião. O presidente eleito, em março, é o carrancudo Artur Bernardes, do Partido Republicano Mineiro (PRM).

São duros os primeiros tempos. Aos dois meses de idade, o Partido é proscrito durante o Estado de Sítio, que tem como alvo a rebeldia tenentista. O punhado de pioneiros comunistas mal chega a 250 no fim de 1922 – embora com adesões do quilate do ex-líder anarquista Octávio Brandão. Em 1927 são 700 militantes. Apenas com o correr do tempo, vem à luz a dimensão histórica do 25 de março de 1922.

Guarde o ano: 1922, o ano mágico das rupturas que fecundaram o Brasil. Em fevereiro, a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo, escandaliza e fascina, mas põe nossa arte em compasso com o século 20. A ideia da Semana é do pintor Di Cavalcanti: “para assustar essa burguesia que cochila na glória de seus lucros”. “A nossa estética é guerreira: Queremos luz, ar, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue, velocidade, sonho, na nossa Arte”, provoca o poeta Menotti del Picchia. Em 5 de julho, outra ruptura crucial: a Revolta do Forte de Copacabana e o embate dos 18 revolucionários, cada um com um retalho da Bandeira Nacional, contra três mil soldados legalistas. Metralhados na Avenida Atlântica, só Siqueira Campos e Eduardo Gomes sobreviveram. O tenentismo passa à ação revolucionária. O governo responde com quatro anos de Estado de Sítio. Começava o crepúsculo da República Velha. O terceiro marco histórico desse ano mágico é o Congresso de Fundação do Partido Comunista do Brasil [até a cisão de 1962, o Partido usaria a sigla PCB; depois, o então denominado Partido Comunista Brasileiro fica com a sigla; a corrente que reorganiza o Partido Comunista do Brasil usará PCdoB]. Nove delegados participam do Congresso, de 25 a 27 de março, numa união operária no Rio de Janeiro e, no último dia, por questões de segurança, na casa de duas tias idosas de Astrojildo Pereira em Niterói.

Dois fatores foram decisivos na fundação do Partido Comunista. O fator externo foi a Revolução Russa, sob a direção do Partido Comunista (na época chamado Bolchevique e muitas vezes traduzido aqui como Maximalista) de Vladimir Lênin. Com ela, inicia-se a primeira experiência socialista da humanidade: a União Soviética. A vitória de 1917 tem enorme repercussão mundial. Sinaliza um caminho novo para a classe trabalhadora. Logo, em 1919, leva à criação da III Internacional (a Internacional Comunista, Comintern ou IC) e de dezenas de partidos comunistas, inclusive na América Latina. O da Argentina nasce em 1918 e o do Uruguai em 1920. Porém, o fator decisivo é o interno. Conforme o historiador marxista Nelson Werneck Sodré, o Partido “nasceu e cresceu como consequência necessária do processo de formação da classe operária brasileira e do desenvolvimento de suas lutas e organização. Sua fundação respondeu a uma exigência do movimento operário”. O 25 de março de 1922 é o desaguadouro de toda uma fase heroica do movimento operário brasileiro. Antes, o modo de produção escravocrata entravava o desenvolvimento do capitalismo e, portanto, da classe trabalhadora assalariada. Embora a primeira greve date de 1858, só no fim do século 19 – depois da vitória final da Campanha Abolicionista, em 13 de maio de 1888 –, a nova classe e seu movimento ganhariam destaque na cena social.

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As primeiras lutas do proletariado brasileiro levam à fundação da primeira central sindical, a Confederação Operária Brasileira (COB), que reúne três congressos, em 1906, 1913 e 1920. Produz uma vigorosa imprensa operária, com centenas de títulos, muitas vezes em italiano, e em outras línguas, para atingir os numerosos trabalhadores imigrantes. Introduz o 1º de Maio no calendário nacional. Faz greves memoráveis – como a grande greve geral de julho de 1917, iniciada pelas tecelãs do Cotonifício Crespi, que paralisou São Paulo, ergueu barricadas e só se encerrou depois de arrancar dos patrões reivindicações como o aumento salarial de 20%, o fim do trabalho de menores de 14 anos e a redução da jornada de trabalho. Mas, após atingir seu auge em 1917-1919, a onda de lutas reflui. E o patronato logo trata de voltar atrás em muitas das conquistas. “Comigo é na borracha”, dizia o presidente Washington Luís ao se referir à questão social e às mobilizações do povo. A crise do movimento operário e sindical leva ao questionamento do anarcossindicalismo, chegando ao Brasil com as levas de imigrantes europeus. Combativo, radical, denuncia com vigor o capitalismo e o sindicalismo amarelo (que mais tarde ficará conhecido como peleguismo). No entanto, os anarcossindicalistas rejeitam categoricamente a luta política e, portanto, a organização dos operários em partidos independentes, visando à conquista do poder – fazendo os trabalhadores se atrasarem nessa esfera tão importante para a revolução. Tentativas de criar partidos socialistas, em 1892, 1895, 1899 e 1902, têm vida curta. Em 1919, um primeiro ensaio de Partido Comunista do Brasil, semianarquista, também sucumbe um ano depois. Quando o movimento entra em descenso, parte da liderança resolve seguir outra via – aquela apontada pela Rússia Soviética de Lênin. Essa corrente rompe com o anarquismo, responsabilizando-o por “20 anos de organização, desorganização, reorganização e desmantelamento”, nas palavras de Astrojildo Pereira. Nascem daí os primeiros grupos comunistas, em Santana do Livramento (RS), Porto Alegre, Rio e Recife, que logo decidem fundar o Partido Comunista do Brasil.

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Os dois destacamentos rebeldes se reúnem em Foz do Iguaçu (PR) e formam a Coluna Miguel Costa-Prestes, ou Coluna Invicta, que cruza o país até 1927. Seu líder, o jovem capitão do exército Luiz Carlos Prestes, ainda distante do comunismo, converte-se no legendário Cavaleiro da Esperança. O PCB procura apoiar o Levante. Em 1924, o ferroviário comunista José Duarte, 18 anos de idade, luta em São Paulo na “Coluna da Morte” do tenente João Cabanas. Em 1925, o dirigente comunista Cristiano Cordeiro vai ao Piauí relatar à Coluna Prestes os preparativos de uma revolta em Pernambuco: é o levante operário-tenentista de Cleto Campelo, desbaratado pelas tropas governistas, antes de ter a chance de se unir à Coluna. Em 1927, o próprio Astrojildo Pereira procura Prestes. Para isso viaja até Puerto Suárez, na fronteira da Bolívia com o Brasil, onde o Cavaleiro da Esperança estava exilado, e lhe apresenta a teoria marxista, presenteando-o com alguns livros. Também o entrevista para o jornal A Esquerda, de Pedro Mota Lima. Conforme escreve, o secretário-geral do PCB “guardava a esperança de que Prestes, ao tomar conhecimento direto das ideias marxistas, não demoraria em compreender que elas exprimiam a verdade”. A comunicação de massa, na época chamada “agitação e propaganda”, é outra prioridade desde o início. Em 1923, o PCB consegue uma coluna, a cargo de Astrojildo, em um diário da capital de grande circulação, O Paiz. Em 1925, o Partido Comunista do Brasil lança seu próprio jornal, o semanário A Classe Operária. A história deste periódico é uma epopeia à parte: ora legal, ora no exílio, ou na total clandestinidade, com gráficas destruídas e responsáveis assassinados, retorna sempre, para o desespero da reação. Em 1927, o Partido obtém alguns meses de legalidade. Nesse reduzido intervalo, A Nação converte-se no primeiro diário comunista do país – cedido aos comunistas por Leônidas Resende, professor de tendência positivista, mas que simpatizava com o marxismo.

*** O Partido Comunista do Brasil liga-se às lutas da classe trabalhadora desde os seus primeiros dias. Prega a regulamentação dos direitos sociais e a criação de uma central sindical unitária – meta que se realiza em 1929 com a fundação da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). O comunista Minervino de Oliveira assume a direção da Central.

A maior marca desta fase é o Bloco Operário. Criado em 1927, ainda sem o termo “Camponês” no nome, ele cumpre uma tripla função: é uma frente, social e política, atraindo forças de fora do proletariado e do Partido. Também serve de cobertura legal ao clandestino PCB. E refuta, na prática, o preconceito anarquista contra a luta política, conforme diz uma Carta Aberta do BOC: “É preciso sanear a política e para isso é preciso intervir nela e não afastar-se dela”.

Um robusto combate de ideias marca a década de 1920. Os comunistas se afirmam, apontando os equívocos dos anarquistas. Chamam a classe operária e o povo à luta política revolucionária: com base na análise feita por Octávio Brandão no livro Agrarismo e industrialismo, o Partido aposta numa “terceira revolta” tenentista, após as de 5 de julho de 1922 e de 1924, bem como na participação dos comunistas nela. Nesta fase, a jovem sigla faz três congressos, em 1922, 1925 e 1928-1929. Astrojildo Pereira é o seu secretário-geral – principal posto de direção. Em 1924, os tenentes voltam à luta e chegam a tomar São Paulo por 15 dias, em meio a saques e ao pesado bombardeio governista. Segue-se outro levante, no Rio Grande do Sul, onde se forma a Divisão Rio Grande.

Na legenda do BOC e com um programa amplo – defende, por exemplo, o voto feminino –, o Partido conquista, em 1928, seus primeiros parlamentares: o farmacêutico Octávio Brandão e o operário marmorista Minervino de Oliveira. Ambos se elegem intendentes (vereadores), num total de 24 cadeiras do Conselho Municipal da Capital Federal, o Rio de Janeiro. Em um comício da campanha, a polícia mata a tiros Raimundo de Morais, operário do Arsenal da Marinha. Na disputada eleição presidencial de 1930, o BOC convida Prestes a candidatar-se. Ele se recusa e o Bloco lança Minervino de Oliveira, por julgar que a disputa Getúlio Vargas versus Júlio Prestes é oligárquica e interimperialista. A campanha de Minervino, atingida por fe-


roz repressão patronal e governamental, tem poucos votos. Mas, na formação histórica do Brasil, ele é o primeiro candidato presidencial comunista, o primeiro operário e o primeiro negro. O Partido pede ingresso na III Internacional, já na sua fundação; no mesmo ano, envia a Moscou o tipógrafo e jornalista Antônio Canellas; mas só é admitido em 1924. Quatro anos depois, no 6º Congresso da IC, Astrojildo é eleito para a Comissão de Controle da sua Comissão Executiva. Nessa fase, a Internacional começa a influir mais fortemente sobre a vida do Partido. A Juventude Comunista do Brasil é fundada em 1927. Seu órgão é o jornal O Jovem Proletário. Em 1929, com 200 membros, torna-se Federação da Juventude Comunista do Brasil (FJCB) até 1936. Em 1947, foi criada a União da Juventude Comunista (UJC) logo fechada pelo presidente Eurico Gaspar Dutra. Reorganizada em 1950, viveria até 1958. O PCB tem, em 1928, a sua primeira cisão. Joaquim Barbosa (um dos fundadores de 1922), Rodolfo Coutinho e 48 militantes deixam o Partido. Em 1931, parte deles funda a Liga Comunista, tendo à frente o crítico de arte Mário Pedrosa, outro ex-filiado ao PCB, mais tarde fundador da IV Internacional trotskista. Desde então, muitas outras organizações intitularam-se comunistas. *** A Revolução de 1930 sepulta a República Velha e abre um ciclo novo na formação histórica do Brasil. Ela cria melhores condições para uma rápida industrialização e urbanização, usando o Estado como alavanca nacional-desenvolvimentista, embora mantendo o latifúndio e a dependência externa. Seu líder, o ex-governador rio-grandense Getúlio Vargas, projeta uma imagem modernizante, apesar de ambígua. E trata de se aproximar dos trabalhadores, estabelecendo direitos sociais pelos quais o movimento operário já vinha lutando desde muito antes. Por esse conteúdo modernizador, a Revolução de 1930 ganha o apoio de muitos tenentes e do povo das cidades. O PCB, porém, denuncia que ela visa unicamente a “evitar a revolução das massas”. Prestes, exilado na Argentina e então convertido ao marxismo, recusa a oferta de Getúlio de ser o líder militar do levante. Enxerga-o, tal qual o PCB, como “uma simples luta entre as oligarquias dominantes” e produto da luta entre os imperialistas ingleses e estadunidenses. Em 1931, parte para a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), onde trabalha como engenheiro, e, três anos depois, filia-se formalmente ao Partido Comunista do Brasil. O regime de 1930, por sua vez, é ferozmente anticomunista. Mantém o PCB na ilegalidade, esmera-se nas prisões e deportações, reprime o movimento operário. Com ajuda do Departamento de Polícia de Nova Iorque, projeta “um serviço especial de repressão ao comunismo”, consolidado após a Insurreição de 1935. A linha de frente única concentra o ataque no fascismo, que assola a Europa com a vitória de Adolf Hitler na Alemanha (1933). A versão brasileira do nazi-fascismo é a Ação Integralista Brasileira (AIB), criada por Plínio Salgado em 1932. Começa uma feroz disputa entre comunistas e “galinhas verdes” – como os críticos apelidaram os in-

tegralistas, devido à cor da camisa de seu uniforme e a uma suposta covardia de seus membros. Nessa luta, o PCB aplica uma linha de ampla frente antifascista, como na “Batalha da Praça da Sé” (7 de outubro de 1934), na qual comunistas, socialistas, trotskistas, anarquistas, tenentistas e até liberais se unem para desafiar uma demonstração de força dos “galinhas verdes” em São Paulo. A “Batalha” deixa cinco mortos, mas os integralistas levam a pior e fogem, apesar de sua milícia paramilitar. O Partido reforça a sua atuação entre os trabalhadores e dirige inúmeras greves. Vem da luta sindical seu primeiro deputado federal, o estivador Álvaro Ventura. Ele se elege suplente, em 1933, pela bancada classista de Santa Catarina, e assume como efetivo logo após a promulgação da Constituição de 1934. A figura do deputado classista é uma inovação da Revolução de 1930, sendo eleitos pelas entidades profissionais dos trabalhadores e patronais. Em setembro de 1934, a notícia da filiação de Prestes dá enorme prestígio ao PCB. O comandante da “Coluna Invicta” filia-se em Moscou, através da IC, e prepara sua volta ao Brasil, a fim de dirigir um movimento revolucionário contra o governo Vargas. O Partido incorpora a questão nacional como elemento-chave de sua linha. Impulsiona o movimento antiguerreiro face ao surto belicista que levará à Segunda Guerra Mundial. Engaja-se na organização das mulheres que, em 1932, obtêm o direito de voto. A Federação da Juventude Comunista ganha raízes de massas. O passo decisivo nesse avanço é a Aliança Nacional Libertadora (ANL), criada em janeiro de 1935. O seu manifesto afirma: “Para a ANL, precisam vir todas as pessoas, organizações e mesmo partidos sob a única condição de que queiram lutar contra a implantação do fascismo no Brasil, contra o imperialismo e o feudalismo, pelos direitos democráticos”. Pão, terra e liberdade é o lema da ANL. Seu programa defende o cancelamento das dívidas com os países imperialistas, a entrega dos latifúndios aos camponeses, amplas liberdades públicas, governo popular, jornada de trabalho de oito horas, salário-mínimo, devolução das terras arrebatadas aos índios. É antifascista, anti-imperialista e antilatifundiário. O presidente da ANL é o capitão-tenente da marinha Herculino Cascardo, expoente tenentista não pertencente às fileiras comunistas. O presidente de honra é Prestes, conforme proposta aclamada no lançamento público da Aliança, em 30 de março, por iniciativa de Carlos Lacerda, na época militante da Federação da Juventude Comunista do Brasil (porém, mais tarde, destacado porta-estandarte do anticomunismo no Brasil). A ANL tem crescimento vertiginoso. Em junho, segundo sua direção, já reúne 400 mil filiados. O historiador estadunidense Robert Levine estima este número entre 70 mil e 100 mil. Os aliancistas, como são chamados, organizam-se em células – núcleos de base que chegam a 1.600, espalhados por cidades, bairros, sindicatos, bem como quartéis de Norte a Sul do País. O Partido Comunista do Brasil passa de cinco mil membros, no final de 1934, para oito a dez mil, em julho de 1935.

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A ANL conta com o apoio dos jornais A Manhã, A Pátria e A Nação, no Rio, e Plateia, em São Paulo. Cria entidades como o Clube da Cultura Moderna, a Liga de Defesa da Cultura Popular e a União Feminina do Brasil (UFB). Tem o apoio do prefeito do Distrito Federal, Pedro Ernesto, e do líder histórico tenentista, Miguel Costa, em São Paulo. Diante do êxito, o Partido superestima sua força. Em julho, uma carta de Prestes exige “todo Poder à ANL”. Surge a palavra de ordem Por um Governo Popular Nacional Revolucionário com Prestes à frente, embora muitos dirigentes aliancistas não a tenham endossado. Prestes volta ao País em abril, clandestino. Junto com ele vem Olga Benário, 26 anos, quadro da Internacional Comunista, que se torna sua esposa. A IC envia outros quadros, como Rodolfo Ghioldi (argentino), Jules Léon Vallée (belga), Victor Alan Barron (estadunidense). O mais destacado é Harry Berger, “nome frio” de Artur Ewert, veterano dirigente proletário alemão, que aponta os excessos radicalizantes do movimento. O governo Vargas nota esses pontos débeis e contra-ataca. A 11 de julho, usando a então aprovada Lei de Segurança Nacional (apelidada Lei Monstro), fecha a ANL e invade suas sedes. O comando da repressão cabe ao tenebroso chefe de polícia do Rio de Janeiro, Filinto Müller. Em resposta, o Partido passa a preparar a insurreição armada. O levante termina se precipitando e fica fora de controle. No Rio Grande do Norte, o 21º Batalhão de Caçadores se insurge, em 23 de novembro, tomando Natal por quatro dias e instaurando um governo provisório revolucionário. No dia 24, rebelam-se unidades do Recife e, em 27, o 3º Regimento de Infantaria e a Escola de Aviação Militar, na capital. A maioria dos comunistas, surpreendida, reduz-se a assistir. Nessas condições, a rebelião é logo esmagada. No texto Cinquenta anos de luta (1972), o Partido avalia: “A tática política da ANL, particularmente após seu fechamento, e sua concepção militar estavam impregnadas de revolucionarismo pequeno-burguês, o que levou à precipitação da luta armada. No entanto, a insurreição de 1935 constitui fato memorável da luta do povo brasileiro por sua emancipação. Pela primeira vez no país foi tentada, através da luta armada, a instauração de um poder popular”. A reação jamais perdoa os comunistas pela ousadia de 1935. Durante décadas, até 1990, a cada 27 de novembro, a “Intentona” é exorcizada, no pesado jargão do anticomunismo, em cerimônias com a presença do presidente da República e ordens do dia lidas em todas as unidades do Exército. Após o golpe jurídico-parlamentar de 2016, tais cerimônias voltaram a se realizar. *** Nas primeiras semanas após a Insurreição de 1935, a polícia prende mais de 15 mil comunistas e aliancistas. A perseguição é sancionada pelo Estado de Guerra, comandada pela “Comissão de Repressão ao Comunismo” e por Filinto Müller, ex-membro da Coluna Prestes, que o expulsou por covardia, deserção e corrupção (três décadas

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depois, sob a ditadura militar, será o líder do governo no Senado). Entre as torturas, usa-se alicates, apelidados anjinhos, para apertar testículos e bicos de seios, e maçaricos nas solas dos pés. Os presos ficam na Ilha Grande, em Fernando de Noronha, na Casa de Correção do Rio, em presídios como o Maria Zélia, de São Paulo, e até em navios. Graciliano Ramos fornece um vivo testemunho no livro Memórias do cárcere. Harry Berger e sua esposa Elise são brutalmente torturados. Ele apresenta problemas psicológicos, após 18 meses preso num vão de escada, sem luz, ar, cama, cadeira ou banho. Alan Barron morre sob tortura na prisão. Seu corpo foi jogado do segundo andar da sede da Polícia Central para aparentar suicídio. Prestes passa 550 dias incomunicável, proibido de escrever ou ler, antes de ser condenado a 30 anos de prisão. Ele e Olga Benário são presos em março de 1936, quando a polícia localiza a casinha onde moravam, na Rua Honório, Méier. Em setembro, Olga, grávida de sete meses, e Elise Ewert, mulher de Harry Berger, são entregues à Alemanha nazista, com o aval hediondo do Supremo Tribunal Federal (STF). As duas, sendo judias, vão para campos de concentração. Ali nasce, em novembro, a filha de Olga e Prestes, Anita Leocádia. Em 1942, Olga e Elise são executadas na câmara de gás. O regime autoritário consolida-se em 1937, com o golpe do Estado Novo e a outorga da Constituição Polaca (por se inspirar na Carta do ditador polonês Jozef Pilsudski): o governo fecha o Congresso, dissolve os partidos e intervém nos estados. O pretexto do golpe é o Plano Cohen – suposta conspiração comunista, na verdade forjada pelo capitão integralista Mourão Filho (que em 1964, já general, iniciará o golpe militar). Em 1939, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), novo nome do Departamento Nacional de Propaganda (DNP), exerce a censura. A polícia política mantém plena atividade, articulando as Delegacias Estaduais de Ordem Política e Social (DEOPS) com o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), agora de abrangência nacional, com Filinto Müller no comando. A ameaça fascista é mundial. Na Espanha, a República enfrenta o golpe do general Franco (1936), apoiado por tropas de Hitler e Benito Mussolini. O PCB envia voluntários para as Brigadas Internacionais republicanas, entre eles Apolônio de Carvalho, Dinarco Reis, Davi Capistrano da Costa e Roberto Morena, que lutam ao lado de voluntários de 64 outros países. No Brasil, os comunistas são caçados como feras. O romance Os Subterrâneos da Liberdade (1954), de Jorge Amado, retrata essa fase. Em 1937, o Partido também sofre uma cisão, de inclinação trotskista, com centro em São Paulo. O PCB resiste. Mantém, com dificuldades, o laço com a classe trabalhadora, as massas populares, os intelectuais. Cria toda uma rede de imprensa clandestina, que vai d’A Classe Operária aos jornais manuscritos dos presos políticos. A história dessa rede é uma saga de heroísmo. Na Bahia, o Partido apoia a criação da revista Seiva (1938), legal, que se projeta no País por sua linha antifascista. Envolve-se na campanha pela siderurgia nacional, que leva à criação da CSN (1941). Em um quadro geral de recuo, contribui decisivamente para uma vitória memorável, a fundação da União Nacional dos Es-


tudantes (UNE), às vésperas da decretação do Estado Novo, em 11 de agosto de 1937. Em 1939-1940, quase todos os dirigentes nacionais e estaduais do PCB estão presos. Filinto Müller chega a anunciar o fim do Partido. Mas se equivoca; é ele quem logo deixará de ser chefe de polícia, após buscar, sem sucesso, aval para reprimir uma passeata da UNE. Em 1941, o Partido forma no Rio a Comissão Nacional de Organização Provisória (CNOP) e, em 28 de agosto de 1943, reúne, num sítio em Engenheiro Passos (RJ), na mais rigorosa clandestinidade, a histórica Conferência da Mantiqueira. Não é uma reunião grande: ao todo participam 46 delegados, do Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Pará e Rio Grande do Sul. Um levantamento indica que em todo o país havia, então, 1.800 comunistas fora da cadeia. Mas a Conferência ocorre em um momento delicado. Após flertar com o Eixo, o governo Vargas, sob pressão de enormes protestos do povo diante do afundamento dos navios brasileiros por submarinos alemães, havia 12 meses declarara guerra à Alemanha. E, havia três semanas, decidira enviar tropas para combater ao lado dos Aliados. No terreno da guerra, desde a vitória estratégica do Exército Vermelho, na Batalha de Stalingrado, em fevereiro de 1943, o nazi-fascismo passaria à defensiva. A conjuntura mundial influi na cena brasileira. A Conferência da Mantiqueira rejeita a proposta, apresentada por dirigentes históricos como Fernando Lacerda, de dissolver o Partido Comunista, em nome da unidade no esforço de guerra. Mas refuta igualmente a linha do “Comitê de Ação”, que pretende manter a oposição a Getúlio como se o Brasil não tivesse entrado na Guerra. A postura que triunfa na Mantiqueira é concentrar tudo na derrota do nazi-fascismo e seus aliados internos, os “quinta colunas”. Para isso, o Partido defende a “União Nacional em torno do governo Vargas”. A Conferência da Mantiqueira também reorganiza o Partido. Elege um Comitê Central incorporando a nova geração de quadros forjada na luta contra o Estado Novo, como Maurício Grabois, Amarílio Vasconcelos, Diógenes Arruda Câmara, João Amazonas, Pedro Pomar, Mário Alves e Júlio Sérgio de Oliveira. Prestes, mesmo preso, é eleito secretário-geral. Carlos Marighella, também encarcerado, passa a compor o órgão dirigente. A prática dá razão aos comunistas. Desmentindo os céticos, o governo envia a Força Expedicionária Brasileira (FEB) para combater na Campanha da Itália. Dentro do País, o esquema ditatorial estado-novista se decompõe. O povo adere em massa às bandeiras do Partido, que entra numa fase de crescimento sem precedentes. *** A entrada do Exército Vermelho, em Berlim, e a rendição da Alemanha nazista criam uma situação nova no mundo. E o nazi-fascismo é derrotado em toda a linha. No Brasil, sempre sob pressão, o governo Vargas toma medidas democratizantes. E as lutas de massas ganham as ruas. Em 18 de abril de 1945, a Anistia liberta Prestes e os demais presos

políticos. Entre a Anistia e a cassação dos parlamentares comunistas, em janeiro de 1948, são 870 dias contados – mas é uma fase especialmente fecunda. O Partido Comunista conquista a legalidade na prática e abre sedes por todo o País. Na ofensiva, ele imediatamente convoca enormes comícios, como o do estádio do Vasco da Gama, no Rio, com 100 mil pessoas, e o do Pacaembu, em São Paulo, com 130 mil participantes. Os objetivos são a plena democratização e a convocação de uma Assembleia Constituinte. O Partido defende uma Constituinte com Getúlio na Presidência. No discurso do Pacaembu, Prestes argumenta: “O governo vem há muito cedendo no sentido da democracia e marcha por isso em sentido inverso daquele por que levava o país nos anos anteriores à grande guerra”. Portanto, “se naquela época soubemos empunhar armas em defesa da democracia, agora também a defenderemos apoiando o governo”. Já no mês da Anistia, 300 líderes sindicais, por iniciativa comunista, criam o Movimento Unificador dos Trabalhadores (MUT), e João Amazonas é seu principal dirigente. No 7 de Setembro, num estádio do Vasco, lotado pelo MUT, Getúlio dirige-se a Amazonas: “Apertando a sua mão, quero apertar a mão de todos os trabalhadores presentes”. Algum tempo depois, nasce a Confederação dos Trabalhadores do Brasil (CTB). Comitês nos bairros organizam o povo para a luta contra a carestia, o analfabetismo e pela democratização, promovendo campeonatos de futebol, festas, piqueniques. O PCB passa a lutar para assumir a feição “de um partido de novo tipo, de um grande partido bem ligado às massas”, diz Prestes. Os comunistas se estruturam em células de base: 500 delas, no Rio, e 361, em São Paulo. Algumas células chegam a ter dois mil militantes, como as da Central do Brasil, Arsenal da Marinha e servidores da Prefeitura do Rio. A dos estivadores de Santos tem 600 e a da fábrica Nitro Química, na Zona Leste de São Paulo, passa de mil. Em 29 de outubro de 1945, um golpe da direita derruba Getúlio, mas a maré democratizante continua. O PCB obtém seu registro legal. As pessoas fazem fila para se filiar. E o Partido chega a 50 mil membros, no início de 1945, passando a 100 mil, no fim do ano. E beira os 200 mil em 1946. Na eleição presidencial de 2 de dezembro de 1945, o PCB não candidata Prestes, buscando um nome mais amplo. E, a apenas 20 dias da votação, lança Yeddo Fiúza. O ex-prefeito de Petrópolis, engenheiro sem partido e praticamente desconhecido, consegue 9,7%, ficando em terceiro lugar, no pleito vencido pelo general Eurico Gaspar Dutra, apoiado por Vargas. No segundo lugar, ficaria o brigadeiro Eduardo Gomes, lançado pela União Democrática Nacional (UDN). Para a Constituinte, o Partido elege um senador (Prestes) e 14 deputados. Dorival Caymmi compôs o hino da campanha de Prestes. “Vamos votar em Prestes/ Votar no Partido Comunista/ Para todos terem terra/ E o pão de cada dia/ Para o povo, liberdade/ Para o

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Brasil, democracia. Ordem e tranquilidade/ Progresso e democracia/ Para o povo igualdade/ o Partido é o nosso guia”, diz a letra. A bancada comunista é bem distinta das outras: tem seis operários; o único negro da Constituinte; 12 ex-presos políticos; e todos os seus 15 integrantes estreiam na política institucional. Seu sucesso eleitoral deve muito à liderança de Prestes. É uma bancada aguerrida, sobretudo na defesa dos direitos sociais. Imprime um estilo novo no Parlamento, com apoio na mobilização do povo. Mas o clima mundial já é outro, da chamada Guerra Fria. No Brasil, o governo Dutra é de um implacável anticomunismo. E a direita que domina a Constituinte trata de isolar a bancada comunista. A polícia varre a bala o ato do primeiro aniversário da legalidade, no Largo da Carioca, no Rio, matando os operários Altair Figueira e Joaquim Coelho e deixando centenas de feridos e 50 presos. A ordem parte do próprio Dutra, que não tolera o crescimento do comunismo. E o Partido Comunista insiste em crescer... A comunicação dá um salto durante a legalidade. O primeiro diário legal, O Momento, nasce na Bahia ainda em 1944. O carro-chefe da rede é a Tribuna Popular, com tiragens significativas para a época. A campanha de massas, em 1945, pela Assembleia Nacional Constituinte, representou o primeiro grande movimento do Partido na legalidade, a qual ganhou impulso com o “Pleno da Vitória”, reunião do Comitê Central realizada em agosto daquele ano. Nele, Maurício Grabois apresentou o plano de comunicação de massa, que deveria partir da experiência do Tribuna Popular, em circulação desde 22 de maio de 1945. No final daquele ano, Pedro Pomar assumiu a direção desse jornal e o Partido começou um processo de espalhar publicações por todo o País. Em 10 de agosto de 1946, foi lançada a Campanha pró-Imprensa Popular, a fim de levantar recursos visando a equipar toda a imprensa partidária. A Classe Operária foi relançada e até uma agência de notícias própria, a Interpress, foi criada. Em 1947 surgiu uma revista teórica, Problemas. Os comunistas colaboram para a criação de inúmeras publicações: Fundamentos, Momento Feminino, Terra Livre, Emancipação, Divulgação Marxista, Revista do Povo, Horizonte, Para Todos. A revista Literatura, dirigida por Astrojildo, por exemplo, tem no seu conselho Álvaro Moreira, Aníbal Machado, Artur Ramos, Graciliano Ramos, Orígenes Lessa e Manuel Bandeira. Nesta fase, o PCB logra um forte vínculo com a intelectualidade. Artistas e pensadores de renome entram para suas fileiras, candidatam-se sob sua legenda (entre eles, o pintor Cândido Portinari), escrevem na imprensa do Partido. Na eleição de janeiro de 1947, novo avanço. O Partido elege Pedro Pomar e Diógenes Arruda Câmara (na legenda do PSP-SP), na votação complementar para deputado federal. Elege 46 deputados estaduais, em 15 estados, e 18 vereadores do Distrito Federal (Rio de Janeiro). No final de 1947 e início de 1948, elege os prefeitos de Santo André (SP) e Jaboatão (PE), além de muitos vereadores, sobretudo nas grandes cidades: 34% dos vereadores paulistanos são comunistas e 36% cariocas.

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É demais para a reação. Em 7 de maio, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide, por três votos a dois, cassar o registro do PCB, alegando que até o nome do Partido, “do Brasil” e não “brasileiro”, indicaria uma organização estrangeira. A polícia invade as sedes do PCB. E muitas casas de militantes. Mas faltava consumar a obra. Dar o golpe de misericórdia. Cassar os mandatos de Prestes e de todos os demais eleitos pelo Partido. O PCB lança campanha de massas em defesa dos mandatos. Acusa com vigor o golpe que se preparava. E, quando parte afinal para o desmascaramento de Dutra, lança diretivas irrealistas, como exigir sua renúncia. Em 10 de janeiro de 1948, a Câmara vota a cassação, por 169 votos a 74. Encerram-se, assim, os 870 dias de legalidade. Centenas de sindicatos sofrem intervenção. A reação recrudesce o assassínio de militantes. Apenas em 2013 a injustiça será reconhecida, com 65 anos de atraso. Tanto a Câmara dos Deputados como o Senado anulam simbolicamente as cassações. E muitas assembleias estaduais e câmaras municipais também o fazem. *** Embora formalmente constitucional, o governo Dutra é de forte ferocidade repressiva. A lista dos comunistas assassinados nos cinco anos após a ilegalização é longa. Entre outros, William Dias Gomes, José dos Santos (Lambari), Pedro Godoy, Afonso Marma e Miguel Rossi (Massacre de Tupã), Cirilo Marques, Serafim Santos, Angelina Gonçalves, Euclides Pinto, Honório Couto e Osvaldino Corrêa (Massacre de Rio Grande), Jaime Caiado, Zélia Magalhães, Lima Câmara Antônio Firmino de Lima, Nelson Rodrigues de Vasconcelos, Anísio Dario, Vicente Malvoni, Deoclécio Santana, Ortís, José Baiano, Adolfo Lopes Sanches, Bernardino Alves de Oliveira, Francisco Bernardo, Aladin Rosales, Lafaiete Fonseca, Aristides Leite, Ari Kulman e Abdias Rocha (Chacina de Livramento). O Partido reflui, mas resiste. Dirige as lutas dos trabalhadores, que ganham impulso com o fim do governo Dutra. Está à frente da greve geral de 1953, em São Paulo, que começa com uma passeata de oito mil têxteis, paralisa 300 mil trabalhadores, dura um mês e triunfa. Em 1951, 264 mil trabalhadores participaram de greves. Em 1952, esse número subiu para 411 mil e, em 1953, chegaria a 800 mil. Em 1954, lidera a fundação do Pacto de Unidade Intersindical (PUI) e da União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil (ULTAB), precursora da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG). Grande parte da energia do PCB, nessa fase, vai para a luta pela paz. Esta se impõe como grande bandeira do movimento comunista em todo o mundo, em tempos de Guerra Fria e Guerra da Coreia (3,5 milhões de mortos). A ameaça de conflito nuclear é palpável. O Partido coleta quatro milhões de assinaturas, por todo o país, em apoio ao Apelo de Estocolmo, que exige “a interdição absoluta da arma atômica”. A militante Elisa Branco é condenada a quatro anos e três meses de cárcere por abrir uma faixa – Os soldados, nossos filhos, não irão para a Coreia –, durante o desfile do 7 de setembro


de 1950 em São Paulo. Uma campanha nacional e internacional de solidariedade liberta Elisa um ano depois. O Partido também critica os erros de direita cometidos no período da legalidade. O Manifesto de Janeiro (de 1948) já julga aquela atuação reformista, “nos limites de um quadro estritamente legal e de pequenas manobras”. O Manifesto de Agosto (de 1950) radicaliza a virada e prega uma frente democrática de salvação nacional, cujo objetivo era derrubar o governo: “Não devemos recear as formas de lutas mais altas e vigorosas, inclusive choques violentos comas forças da reação”. Porém, dessa vez, a vara pende para o esquerdismo: o PCB situa no campo do imperialismo a burguesia em bloco e até os trabalhistas e socialistas. Afasta-se da intelectualidade. Prega o voto em branco, na eleição de 1950, que elege Getúlio, pelo PTB. “Sem levar em conta a situação real, adota atitude rígida de combate sistemático a Vargas, que obteve expressiva votação popular e representa, em certo grau, setores progressistas da nação”, conforme analisará, em 1972, o documento Cinquenta anos de luta. Mesmo nessa fase, o Partido faz alianças. A mais notável é a Campanha O Petróleo é nosso! que, de 1948 até a vitória em 1953, reúne movimento estudantil, militares nacionalistas, sindicatos, intelectuais, alguns jornais e, por fim, parlamentares. Triunfa a 3 de outubro de 1953, com a aprovação da Lei nº 2.004. Getúlio cria o monopólio estatal do petróleo e a Petrobras, consagrando a vitória d’O Petróleo é nosso. No 1º de Maio de 1954, aumenta em 100% o salário-mínimo, congelado em todo o governo Dutra. Por isso, atrai a fúria da reação. A UDN, de Carlos Lacerda, agita o tema da corrupção e açula o golpe. Mesmo assim, o PCB faz inflexível oposição ao que considera “um governo de traição nacional, um governo de guerra, de fome e reação policial”. Acossado pela direita, o governo se encontra em crise. Getúlio é levado ao suicídio (24 de agosto de 1954), acusando grupos financeiros internacionais na célebre Carta-Testamento. Em poucas horas, multidões tomam as ruas das grandes cidades, atacam sedes de partidos, jornais e rádios antigetulistas, consulados dos EUA e outros símbolos do imperialismo. Devido à atitude do PCB, em Porto Alegre, o jornal comunista Tribuna Gaúcha é hostilizado. O Partido é forçado a recolher nas bancas as publicações contra Getúlio e corrigir sua posição. Após a morte de Vargas, em 7 de novembro de 1954, realizou-se o 4º Congresso do PCB (25 anos após o 3º), no qual aprova-se o primeiro Programa do Partido. Esse fato representou um passo à frente nas suas formulações táticas e programáticas. No Congresso, foram combatidos os desvios de direita e de esquerda que caracterizaram a política comunista desde 1930. O debate preparatório do 4º Congresso distribui quatro milhões de exemplares do Projeto de Programa. O Informe de Grabois sobre o tema, porém, ainda achava pouco. O Programa prega “a luta irreconciliável e revolucionária de todos os patriotas” para “arrancar o Brasil da dominação norte-americana” e “a mais ampla frente-única anti-imperialista e antifeudal”. Operários e camponeses são a “força principal e indestrutível”, mas “a bur-

guesia nacional não é inimiga; por determinado período pôde apoiar o movimento revolucionário”. É um visível avanço, após longa fase de oscilações à direita e à esquerda. O 4º Congresso leva ao Comitê Central sete mulheres (Arcelina Mochel, Lurdes Benaim e Zuleika Alambert, efetivas, mais quatro suplentes, num Comitê Central, CC, de 46). A presença feminina inédita é fruto do trabalho do Partido entre as mulheres, que se refletiu também na construção de uma organização de massas, a Federação de Mulheres do Brasil (1949), e na revista política feminina Momento Feminino (1947). E prenuncia a 4ª Conferência do Partido (1956), dedicada à luta da mulher. Na eleição presidencial de 1955, o PCB apoia Juscelino Kubitschek, do Partido Social Democrático (PSD), com João Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), na vice. E o apoio se revela decisivo, pois JK vence o rival udenista Juarez Távora por apenas 466 mil votos. Mas a postura do PCB, face ao governo Juscelino, é de independência. Um destaque dessa época é a maior atuação do Partido nas lutas dos trabalhadores rurais. Dois episódios chegam a ganhar os contornos de rebeliões armadas: O de Porecatu, no norte do Paraná, grilado pelo governador Moisés Lupion, no final da década de 1940 e início da década de 1950; e o de Trombas e Formoso, em Goiás, nos anos 1950, onde os posseiros criam piquetes para defender um território livre de grileiros e jagunços. O líder de Trombas e Formoso, José Porfírio, obtém um acordo, validando a conquista, e elege-se deputado estadual; em 1973, desaparecerá nas garras dos órgãos repressivos ditatoriais. *** Em 1956, ocorreu o 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), no qual Nikita Kruschev apresentou o Relatório secreto, denunciando o “culto à personalidade” e os erros atribuídos a Stálin. O Relatório disseminava uma visão negativa e unilateral do complexo processo de construção do socialismo na URSS. Os erros foram demasiadamente ressaltados, rebaixando as grandes realizações daquele período. A via pacífica passou a ser defendida como principal caminho para o socialismo, supondo a possibilidade de coexistência e a competição pacíficas com o imperialismo por um largo período histórico. Os PCs da China, Albânia e de outros países julgam essa via reformista e revisionista. O 20º Congresso divide o movimento comunista internacional, e inicia a crise que, quatro décadas depois, derrotará a experiência soviética. Em contraste, o mundo vive uma onda revolucionária. Os povos do Vietnã, Laos e Camboja desafiam a agressão militar dos EUA. África e Ásia se descolonizam. A Revolução Cubana (1959), que logo segue a via socialista, alastra a chama revolucionária na América Latina. O Informe de Kruschev, no 20º Congresso, deixa o Comitê Central do PCB “perplexo e desarvorado”, nas palavras de Cinquenta anos de luta. O Brasil vive o governo Juscelino, uma fase de desenvolvimentis-

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mo, através da consigna Cinquenta anos em cinco e certa democratização. O governo revoga os mandados de prisão contra os dirigentes do PCB, que saem da clandestinidade. O 5º Congresso do Partido acontece à luz do dia (1960), na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio. Na eleição presidencial de 1960, o PCB apoia o marechal Teixeira Lott, tendo João Goulart na vice-presidência, numa coligação PTB-PSD. Contudo, vence Jânio Quadros, apoiado pela UDN. Com a crise da renúncia de Jânio Quadros, ocorrida sete meses após a posse, o veto do Exército à posse do vice João Goulart (que se acha na China) tem como resposta a vigorosa Campanha da Legalidade, a qual garante a investidura de Jango no cargo, com a solução de compromisso parlamentarista, quando o País começa a marchar para o Golpe de 1964. Mas a linha Kruschev reforça, dentro do PCB, uma visão reformista: um nacional-desenvolvimentismo gradualista, pacífico e sem rupturas. Ainda em 1956, um grupo liderado por Agildo Barata, com influência na imprensa e na Juventude do Partido, radicaliza à direita e chega a teses liquidacionistas. A direção reage e afasta Agildo. Derrotados os liquidacionistas, a nova maioria ligada às teses kruschevistas volta-se contra a corrente considerada “dogmática e sectária”. No Pleno de agosto de 1957 do Comitê Central, Maurício Grabois, João Amazonas, Diógenes Arruda Câmara e Sérgio Holmos são destituídos de suas funções na Comissão Executiva. A Declaração de Março de 1958 consolidou a guinada reformista da maioria da direção do Partido, pois afirmava o processo de democratização como “uma tendência permanente” e que poderia “superar quaisquer retrocessos e seguir incoercivelmente adiante”. A Declaração considerava a burguesia como “uma força revolucionária” e julgava existir a “possibilidade real de conduzir, por formas e meios pacíficos, a revolução anti-imperialista e antifeudal” no Brasil. Uma ala revolucionária, marxista-leninista, desde o início, contesta essa guinada e o que julga “uma linha oportunista de direita”. Definem-se, agora com nitidez, Duas concepções, duas orientações políticas, como diz o título de um artigo de Grabois. Reformistas e revolucionários se enfrentam no polêmico 5º Congresso do PCB (1960). A maioria dos artigos do debate critica as teses apresentadas pelo Comitê Central. O Congresso, porém, endossa a guinada reformista-revisionista. Amazonas, Grabois e Arruda, entre outros, são excluídos do Comitê Central. Pomar e Danielli permanecem no CC, mas mantêm sua crítica ao reformismo. Um ano depois, em agosto de 1961, o jornal Novos Rumos publica um novo Programa e um novo Estatuto que a direção eleita no 5º Congresso entregou à Justiça Eleitoral. Nele, o nome da legenda mudaria para Partido Comunista Brasileiro, e sumiria a menção ao marxismo, ao leninismo e ao internacionalismo proletário. A ala revolucionária contesta na Carta dos Cem. Em defesa do Partido, essa “séria concessão às forças reacionárias”, argumentando que “procura-se registrar um novo partido, com programa e estatutos que nada têm a ver com o verdadeiro Partido Comunista”. E exige que

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se anule a mudança ou se convoque novo Congresso. A resposta é a expulsão dos contestadores. O grupo que refuta a liquidação do Partido é pequeno: pouco mais que os cem que assinam a Carta. Mas são militantes com longa experiência de luta e amadurecidos pelos seis anos de luta interna. A 18 de fevereiro de 1962, na Rua do Manifesto, Ipiranga, São Paulo, eles reúnem a Conferência Nacional Extraordinária, que reorganiza o Partido Comunista do Brasil. Votam seu Estatuto e um Manifesto-programa revolucionários. O conflito apontado por Grabois tem sua sequência lógica: duas concepções, duas linhas... e duas organizações. Hoje, mais de meio século depois, pode-se avaliar melhor o sentido histórico da reunião na Rua Manifesto. E o seu êxito. *** Ao saber da Reorganização, Prestes prevê que aquele Partido “não vai durar três semanas”. A força do PC Brasileiro, que seria chamado de Partidão, o prestígio do próprio Prestes e o apoio da URSS pareciam confirmar o vaticínio. Mas ele se engana. De fato, o PCdoB vive agruras. Para Cinquenta anos de luta, “os primeiros anos de reorganização são duros e difíceis. Os efetivos do Partido são reduzidos. Os marxista-leninistas lutam contra a corrente. O reformismo, sob o governo de Goulart, está em pleno auge”. No entanto, “18 de fevereiro de1962 é uma data que na história do Partido Comunista do Brasil dialoga em grandeza com a data de sua fundação”, avalia o texto PCdoB: 90 anos em defesa do Brasil, da democracia e do socialismo. O Manifesto-Programa de 1962 fixa como tarefa do povo a luta “por um governo revolucionário, inimigo irreconciliável do imperialismo e do latifúndio, promotor de liberdades, cultura e bem-estar para as massas”. Os alvos são “o imperialismo, o latifúndio e os grupos monopolistas da burguesia”. A frente compõe-se “dos operários camponeses, da intelectualidade, da pequena burguesia urbana, dos pequenos e médios industriais e comerciantes”. E “só a luta revolucionária dará ao povo um novo poder”. A reorganização mantém o nome Partido Comunista do Brasil. A sigla, porém, é um problema, pois o PC concorrente usa a tradicional “PCB”. Até muito depois de 1962 emprega-se apenas “PC do Brasil”, em oposição ao “PC Brasileiro”. A sigla “PCdoB”, ideia de um amigo, o jovem historiador Moniz Bandeira, no início, fica restrita à informalidade. Só aos poucos irá se impondo. O Partido se dedica à denúncia do oportunismo e à “conquista da vanguarda para as posições revolucionárias” (Cinquenta anos). Mas o auge da luta político-social cobra atitudes. Ao analisar essa fase, em O golpe de 1964 e seus ensinamentos, a direção aponta “alguns exageros no combate ao que havia de errôneo na política do senhor João Goulart”. Em 2012, o texto Noventa anos é mais incisivo: “Nesse justo combate, erros esquerdistas foram cometidos, como eleger Jango e suas reformas como alvos privilegiados das críticas partidárias”. No Plebiscito de 1963, por exemplo, o PCdoB recomenda voto nulo.


Boa parte do esforço do Partido se concentra então no jornal A Classe Operária, o histórico órgão comunista que fora proibido em 1953. Daí até o golpe, A Classe é quinzenal. Sua tiragem chega a duas dezenas de milhares. Circula legalmente: omite o usual subtítulo Órgão central do Partido Comunista do Brasil, mas fala abertamente em nome do Partido. A causa da cisão de 1962 é, principalmente, interna – a divergência sobre os rumos da revolução brasileira – e não internacional – a grande polêmica entre “linha soviética” e “linha chinesa”. O Manifesto-Programa afirma até que “a União Soviética marcha para o comunismo”. Só mais tarde, as divergências internacionais irão incidir com mais força nos rumos da esquerda marxista brasileira. Em seguida à reorganização, Cuba é uma importante referência. A Segunda Declaração de Havana, lida no mesmo mês da reorganização, com vigoroso conteúdo anti-imperialista e revolucionário, tem forte impacto. É o PCdoB que publica no Brasil os livros e escritos cubanos. Em abril de 1962, Amazonas e Grabois são convidados para a festa do 1º de Maio, em Havana, e se reúnem com Fidel Castro. Ali, tomam contato com os PCs da China, Albânia e Coreia, já em rebelião aberta contra a linha kruschevista. Em 1963, Amazonas e Lincoln Oest reúnem-se com Mao Tsé-tung, em Pequim, enquanto Pedro Pomar e Consueto Callado visitam a Albânia de Enver Hodja. É quando passam a ter maior clareza da grande cisão no movimento comunista internacional, uma “luta de significação histórica entre o marxismo-leninismo e o revisionismo contemporâneo”. Em julho de 1963, Kruschev, num ataque à China, acusa Amazonas e Grabois de liderarem um grupo antiPartido. Em agosto, o PCdoB lança Resposta a Kruschev: “Revisionistas são solidários com revisionistas e não com os revolucionários. Revolucionários são solidários com revolucionários e não com os revisionistas”. Consuma-se aí a ruptura do PC do Brasil com a direção soviética. Enquanto isso, a crise se precipita. Em 1º de abril de 1964, as Forças Armadas, a serviço das reacionárias classes dominantes internas, com apoio dos Estados Unidos, derrubam o governo democrático, patriótico e reformista de Goulart. O golpe militar sufoca a democracia e com ela a ebulição social e política. O trágico desfecho de 1964 submete à dura prova dos fatos quem tem razão na polêmica entre reformistas e revolucionários. O golpe criou uma situação nova no país. Com o Ato Institucional nº 1 (AI-1), há uma onda de prisões, cassações de direitos políticos, delações e punições, por meio dos famigerados Inquéritos Policial-Militares (IPMs). As intervenções em sindicatos sobem a meio milhar. A UNE e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) são proibidas. Começam os casos de torturas e assassinatos, enfim o terrorismo de Estado, dentro dos preceitos reacionários da Doutrina de Segurança Nacional, de inspiração estadunidense, e da Guerra Revolucionária, nascida pela orientação francesa de repressão na Indochina e na Argélia. O PCdoB está entre as primeiras forças de esquerda a posicionar-se para o combate à ditadura. O texto a define como “uma ditadura militar a serviço das forças reacionárias internas e do imperialismo norte-americano”. Alerta que ele “não revela a intenção de entregar

o governo nem agora nem depois”. Evidencia o fracasso da linha reformista do PC Brasileiro, pois, com o Golpe, “seus planos e suas teses foram reduzidos a nada”. E esboça uma nova linha tática, de firme oposição à ditadura e frente ampla, destacando a bandeira da liberdade e o emprego de todas as formas de luta. A tática ganha contornos mais nítidos em junho de 1966, na 6ª Conferência do Partido, que aprova o documento União dos brasileiros para livrar o país da crise, da ditadura e da ameaça neocolonialista. A Conferência defende a derrubada da ditadura e um governo de todas as forças democráticas e patrióticas, que convoque uma Constituinte. Ao mesmo tempo, a União dos brasileiros prioriza o trabalho no campo e indica a perspectiva de guerra popular. A ideia é fazer a revolução com bandeiras amplas. Nichos “esquerdistas” no partido questionam essa linha em nome da luta armada, levando a duas cisões localizadas. Mas a vida mostrará que essa visão é injusta: No mesmo ano da Conferência, o PCdoB inicia, no sul do Pará e em áreas adjacentes, os deslocamentos de quadros e o paciente trabalho de massas que, seis anos mais tarde, levarão à Guerrilha do Araguaia. Enquanto isso, a ditadura militar inicia a marcha para o isolamento, com mais medidas arbitrárias como o fechamento dos partidos pré-golpe, com o AI-2 (1965), o fim da eleição para presidente, governador, prefeito das capitais e municípios “de segurança nacional”. O general sucessor de Castelo, Costa e Silva, sobe apoiado pela extrema-direita golpista, a chamada “linha dura”. Mesmo assim, o movimento de massas começa a reanimar-se. E critica com força as ilusões que abriram caminho para o golpe. O alvo principal da crítica é a direção do PC Brasileiro, cujo apelido, Partidão, ganha sentido zombeteiro. Esse partido entra em crise e se divide de alto a baixo. Organizações inteiras trocam o PCB pelo PCdoB. Isto ocorre no Comitê dos Marítimos e no Ceará. O 6º Congresso do PCB (fim de 1967), precedido de expurgo, evidencia a defensiva da direção. Sucedem-se as dissidências em São Paulo, Guanabara, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas, Brasília. A maioria do Comitê da Guanabara ingressa no PCdoB. Outras cisões dão lugar à Ação Libertadora Nacional (ALN), liderada por Carlos Marighella, e ao Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), tendo à frente Mário Alves e Jacob Gorender, todos ex-integrantes do Comitê Central. Em 1968, a reanimação cede lugar a um franco ascenso das lutas. O Brasil marca presença, com força, na maré contestatória juvenil que varre o planeta, e tem o seu paradigma no Maio francês. A nova situação se evidencia em 28 de março, com o assassinato do jovem Edson Luís, durante uma manifestação estudantil, no centro do Rio. Mais de 50 mil pessoas acompanham o corpo, enquanto chove papel picado das janelas dos prédios. Logo os protestos se alastram pelo País. A Classe Operária analisa que o País “vive nova fase da luta popular”, com “a elevação no nível das ações de massas contra a ditadura militar”.

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A maré montante dos protestos tem sequência com o retorno das greves operárias. Em 21 de junho, na Sexta-feira Sangrenta, a ditadura responde com rara brutalidade policial: 23 pessoas mortas (só quatro mortes admitidas), após um dia de combates de rua, no Rio. Segue-se a Passeata dos 100 Mil, ponto alto da mobilização, que o governo não ousa reprimir. O ascenso facilita a expansão do PCdoB. O Partido adquire envergadura nacional e influência de massas, sensível em estados como Guanabara, Ceará e Bahia. No movimento estudantil, alia-se à ação Popular (AP), com o intuito de rechaçar qualquer tendência ao “diálogo” ou conciliação com a ditadura. Essa linha tem maioria na única votação feita no 30º Congresso da UNE, num sítio em Ibiúna (SP). Em seguida, a polícia cerca o local e prende os mais de mil delegados ao Congresso. Segue-se nova onda nacional de protestos. Está claro que o ascenso não refluirá por si. A ditadura precisa sufocá-lo. É o que ocorre em 13 de dezembro, com o Ato Institucional nº 5, o “golpe dentro do golpe”. O pretexto é um discurso do jovem deputado federal Márcio Moreira Alves, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB-GB), em protesto contra a invasão policial da Universidade de Brasília (UnB). Os generais exigem uma punição exemplar; a Câmara rebela-se, nega a punição. Horas depois, vem o castigo. É o ministro Gama e Silva que anuncia o AI-5. O general presidente de turno passa a ter poderes absolutos, inclusive para mudar a Constituição. O Congresso Nacional é fechado. Abre-se nova temporada de cassações. O Brasil entra, por dez anos, no mais completo arbítrio ditatorial. *** Iniciada em 12 de abril de 1972, a Guerrilha do Araguaia é um episódio marcante de resistência à ditadura. Esmagada numa campanha de extermínio, na qual o Exército e a Aeronáutica não fazem prisioneiros, é o maior movimento de tropas desde a Campanha da FEB na Itália. E assinala o início do crepúsculo do regime ditatorial. A região do Sul do Pará, banhada pelo Rio Araguaia, ainda é, então, coberta pela densa mata amazônica. Habitada por posseiros, que vivem na pobreza e no abandono, entra numa fase de grilagem e conflitos com a abertura das rodovias Belém-Brasília e Transamazônica. Muitas centenas de famílias são expulsas de suas terras. O PCdoB pesquisa outras áreas, mas é naquele pedaço da Amazônia que se concentra a preparação da luta armada. O primeiro comunista a instalar-se é Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, mineiro de Passa Quatro, 28 anos e quase dois metros. Engenheiro de minas, ex-campeão de boxe e com curso de guerrilha na China, ele desembarca do ônibus na Belém-Brasília em 1966. Passo a passo, o Partido desloca mais gente para a área. Alguns são quadros experientes: João Amazonas, Maurício Grabois, Ângelo Arroyo e Elza Monnerat. A maioria, jovens na casa dos 20 anos. Há também mulheres – algumas ficarão célebres na fase dos combates.

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O fluxo aumenta após o AI-5 (1968), com a onda de perseguições nas cidades. Os “paulistas” – como ficam conhecidos – não fazem trabalho político aberto. Não querem que a repressão os detecte. Mas constroem laços de amizade, confiança e solidariedade com a sofrida população local, tornam-se respeitados e queridos. Paralelamente, estudam a área a fundo e adestram-se na arte da guerrilha. Seguem a linha do documento Guerra Popular – Caminho da luta armada no Brasil, influenciado pelo exemplo chinês. No raiar de 1972, eles são já 69, divididos em três destacamentos – A, B e C – e uma Comissão Militar, com Grabois no comando. Faltavam chegar 13 companheiros e o armamento é precário, mas já há condições básicas para resistir em caso de ataque. O ataque vem a 12 de abril. Batizado Operação Papagaio, envolve cinco mil homens do 2º Exército, Aeronáutica e Polícia Militar (PM), “uma luta de Davi contra Golias”, como dirá Amazonas. Mas o PCdoB decide resistir. Os “paulistas” recuam para a mata. Anunciam em comunicado a criação das Forças Guerrilheiras do Araguaia. Lançam também a União pela Liberdade e os Direitos do Povo (ULDP), com um programa antiditatorial de 27 pontos, e em defesa das reivindicações dos moradores. A primeira investida militar não tem êxito. E nem a segunda, em setembro, com oito a dez mil homens. Porém, a censura logra impor silêncio sobre os combates. A Guerrilha só aparece na imprensa em duas solitárias reportagens d’O Estado de S. Paulo em setembro. Segue-se um ano de trégua. A Guerrilha obtém seis fuzis no ataque a um posto da PM, na Transamazônica. Publica manifestos e um Romance da libertação, em versos. Forma 13 núcleos da ULDP. Recruta combatentes locais, compensando as 19 baixas sofridas. Tem apoio de mais de 90% da população; Osvaldão e Dina tornam-se mitos. A ditadura tampouco descansa. Transforma o PCdoB em seu alvo prioritário. No fim de 1972 e início de 1973, na tortura, trucida Carlos Danielli, Lincoln Oest, Luís Guilhardini e Lincoln Bicalho Roque, todos do Comitê Central. Dos 21 anos de ditadura militar, 1972 e 1973 são os anos com maior número de assassinatos. Danielli, preso em São Paulo, é interrogado e torturado pelo próprio coronel Carlos Brilhante Ustra. O sinistro comandante do DOI-Codi do 2º Exército quer saber sobre as ligações do PCdoB com a área da Guerrilha. “É disto que querem saber? Pois é comigo mesmo. mas não vou falar”, responde o dirigente comunista. Morre em 30 de dezembro de 1972, ao fim de três dias de tortura ininterrupta. Na área da Guerrilha, o Exército usa a trégua numa ação de inteligência preparando o bote, a Operação Sucuri. O general Milton Tavares, do Centro de Informações do Exército (CIE), envia 32 oficiais à área conflitada, em trajes civis, com documentos e nomes falsos, cabelos longos, barba por fazer. Cria empresas de fachada. Rasga estradas e pistas de pouso. De abril a outubro, reúne minuciosa informação sobre a Guerrilha. Um agente da Operação Sucuri ganhará fama sinistra na fase seguinte. É o capitão Rodrigues de Moura, alcunhado de Major Curió, com a identidade falsa de Antônio Luchini, técnico do Incra.


A 7 de outubro de 1973, começava a terceira campanha de extermínio, a Operação Marajoara. Para surpresa da Guerrilha, inicia-se na época das chuvas. Engaja de cinco a seis mil homens, mais tropas de elite, treinadas em guerra na selva. Sob comando do CIE, usa pequenas colunas, à paisana e bem armadas, que entram na floresta com auxílio de mateiros e apoio de helicópteros. A Operação Marajoara completa-se com o emprego do terrorismo em massa. Numa população de 20 mil habitantes, perto de mil são presos. Muitos vão para o Buraco do Vietnã, vala profunda aberta no chão, fechada com uma grade de ferro. A repressão não poupa sequer os índios Suruí, nem o padre local, Roberto de Vallicourt. Quanto aos rebeldes, o Exército não faz mais prisioneiros. Todos os que captura abate a sangue frio. Em 2009, o Major Curió confessaria terem ocorrido 41 execuções. A Guerrilha vive seu pior revés no Natal de 1973: uma tocaia abate a maioria da Comissão Militar, inclusive seu comandante, Maurício Grabois, 61 anos de idade, 42 de Partido Comunista. É um golpe fatal. Segue-se longa caçada humana, levando sempre a assassinatos. A última guerrilheira do Araguaia, Valkíria Costa, do Destacamento B, cai prisioneira em 24 de outubro de 1974. No dia seguinte, a Valk, violeira, mineira, 27 anos e nome de guerreira, leva três tiros a sangue frio. Vários guerrilheiros têm a cabeça cortada. A de Osvaldão é cortada e exibida para provar que não era imortal. Repete-se uma macabra tradição que já vitimara Zumbi, Tiradentes e muitos outros. O Exército conclui a obra com a Operação Limpeza (1975): exuma e incinera os corpos dos rebeldes, destrói documentos, apaga o rastro dos crimes. Tenta manter secreta aquela guerra vil. Não consegue. Assim que cai a censura prévia, as redações se lançam à pauta proibida. O Araguaia produz capas de jornais e revistas, livros, teses acadêmicas, romances, poemas, peças de teatro, filmes. A Fundação Maurício Grabois produz dois documentários em longa-metragem: Camponeses do Araguaia – a Guerrilha vista por dentro e Osvaldão. Nenhum outro episódio da resistência à ditadura desperta tão forte atenção. A avaliação da Guerrilha gera polêmica no PCdoB. Arroyo, que logra escapar do cerco, atribui a derrota a erros militares; Pomar critica um desvio blanquista ou foquista. A Chacina da Lapa (1976), quando outra parte do Comitê Central é assassinada, trunca o debate. E as Forças Armadas ainda silenciam. Mas, findas a censura e a ditadura, os fatos vão emergindo e mostram forte apoio popular à Guerrilha. Vários pesquisadores, entre eles o historiador Romualdo Pessoa Campos Filho, demonstram o apoio dos camponeses à Guerrilha. Paulo Fonteles, advogado dos posseiros, ele próprio assassinado (1987), deixa um vivo testemunho na Tribuna da Luta Operária. No início. vê naquilo “um foco”, mas muda de opinião: “Tenho absoluta certeza de que a Guerrilha do Araguaia teve apoio da massa camponesa. E há indicadores seríssimos de que a Guerrilha teve apoio e participação das amplas massas. Essa descoberta iniciou-se na medida em que ia aprofundando meus contatos com a luta dos posseiros,

ia penetrando no mundo secreto e perigoso da Guerrilha”. Fonteles integra a Caravana do Araguaia, que os familiares dos guerrilheiros realizam, em 1980. Ano após ano, sem descanso, os familiares logram, por fim, a identificação dos restos de dois dos rebeldes, Maria Lúcia Petit (1996) e Bergson Gurjão (2009). Mas ainda há muito por revelar daquele pedaço de História enterrado na selva amazônica. A Anistia de 1979, mesmo restrita e “recíproca” (a polêmica que isso gera chega até hoje), cria uma situação nova. Os presos, banidos, exilados e perseguidos retornam em massa e reforçam a oposição. O ascenso das lutas populares continua, assim como a denúncia dos crimes da ditadura militar. A ditadura cai ainda mais na defensiva. Passa a viver de expedientes para protelar seu fim. Com a reforma partidária de 1980, extingue o bipartidarismo forçado de 1965, que já não lhe convém, porém se isola sempre mais, enquanto na economia a crise da dívida externa agrava os padecimentos do povo. É um novo capítulo também para o PCdoB. Os presos da Chacina da Lapa são libertos. João Amazonas, Renato Rabelo, Diógenes Arruda Câmara e Dynéas Aguiar voltam do exílio. Outros dirigentes saem da clandestinidade. O Partido Comunista continua ilegal, mas seus quadros e militantes já falam, escrevem e atuam às claras. O Partido aproveita ao máximo essa semilegalidade. O retorno de Amazonas ao Brasil (novembro) é um ato público aberto do PCdoB, com mil pessoas. A circunstância trágica da morte de Arruda, vítima de parada cardíaca durante a recepção, enfatiza ainda mais essa marca. Outro teste de forças ocorre no 63º aniversário da Revolução de Outubro: 1.800 militantes lotam um cinema paulistano para ouvir Amazonas – numa prova viva do enfraquecimento da ditadura militar. Um mês após a Anistia, começa a circular a Tribuna da Luta Operária, jornal legal nacional e de massas. Em 1982, uma campanha de finanças torna a Tribuna semanal, com 60 mil exemplares de tiragem. O jornal funciona como expressão legal do PCdoB. Suas sucursais (29 em 1982, 50 ao fim da ditadura) são sedes oficiosas do Partido. Os comunistas ficam conhecidos como “tribuneiros”. Em 1981, estreia a revista teórica Princípios, que atingirá uma marca inédita na história editorial marxista: 40 anos de circulação ininterrupta. Desde maio de 1980, atua na Bela Vista, São Paulo, o Centro de Cultura Operária (CCO), tendo à frente o veterano comunista José Duarte. A seguir, CCOs começam a surgir em outros estados. Ainda no início dos anos 1980, surge a Escola Nacional de Formação. Com ela, retorna o trabalho de capacitação teórica e política sistemática dos quadros. Dynéas Aguiar, veterano dirigente, é o responsável por esse trabalho estratégico. Institucionalmente, o Partido atua através do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Dentro da principal sigla oposicionista, que tem feição de frente ampla e democrática, os comu-

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nistas reforçam a ala esquerda, dos “autênticos” e estimulam sua articulação em um Bloco Popular do PMDB. Aí milita o deputado comunista Aurélio Peres. O PCdoB usa a semilegalidade para deitar raízes nos movimentos sociais. Obtém influência de massas inédita desde 1962. Esta é notável na juventude. No início dos anos 1980, a tendência Viração, onde atua o Partido, é a mais forte nas universidades. E o Partido, em alianças amplas, lidera tanto a UNE (universitários) como a UBES (secundaristas). Nas décadas seguintes, essa proeminência se consolida. A força na juventude torna-se uma marca do PCdoB.

Mas o Partido é ousado nas candidaturas parlamentares. E obtém, no lugar de um, quatro deputados federais: Aurélio Peres (reeleito em São Paulo), Haroldo Lima (BA), Aldo Arantes (GO) e José Luis Guedes (MG). Elege também deputados estaduais em São Paulo, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Amazonas e Alagoas, além de vereadores (cuja eleição ocorre também em 1982).

Para reforçar o front juvenil, o Partido cria, em 1980, a Juventude Democrática e Progressista (JUDEPRO). A experiência, localizada em São Paulo, tem vida curta, mas pavimenta o caminho para a União da Juventude Socialista (UJS), de 1984.

Os eleitos concorreram pela sigla do PMDB, mas não ocultam suas convicções comunistas. São, não formalmente, mas na prática, parlamentares do PCdoB – em mais um paradoxo criado pela decomposição da ditadura militar.

O Partido da Guerrilha do Araguaia dá forte atenção à luta camponesa, que se radicaliza. Os conflitos de terra deixam 55 mortos em 1982, 83 em 1983 e 122 em 1984 (dados da Comissão Pastoral da Terra, CPT). E, entre eles, há comunistas.

No início de 1983, reúne-se o 6º Congresso do PC do Brasil, ainda clandestino, com poucos delegados – o sexto e último na clandestinidade. Ele faz o balanço da Guerrilha do Araguaia, que merece uma tese especial. O que concentra o debate é a tática.

O PCdoB expande para todo o país o Movimento Contra a Carestia. Em Salvador, em agosto de 1981, uma explosão de revolta popular contra o aumento dos ônibus leva à prisão cerca de cem comunistas, entre eles Haroldo Lima.

O 6º Congresso valoriza as definições nodais da tática da luta contra a ditadura – 6ª Conferência (1966), a Mensagem aos brasileiros, com suas três bandeiras (1975), e 7ª Conferência (1978-1979). Frisa, porém, que a nova situação no País exige uma nova tática.

O Partido também se sobressai na luta por moradia – inclusive suas formas mais incisivas, como as ocupações de terrenos e casas. Em janeiro de 1982, este movimento converge para fundar a Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM).

“A derrubada do regime militar e a conquista da mais completa liberdade” é seu centro. O Partido prega um governo democrático provisório, no qual “o proletariado revolucionário tem o dever de tomar parte”, “capaz de assegurar a liberdade e convocar uma Constituinte soberana”. O caminho é “a ação decidida e unitária das grandes massas num processo de radicalização (não artificial) da luta”. É, como diz o texto 90 Anos, a tática da “ofensiva final contra a ditadura”.

No sindicalismo urbano, o cenário é complexo: o então fundado Partido dos Trabalhadores (PT), que recusa alianças, tem força. Apenas passo a passo, o Partido Comunista vai reconquistando posições à frente dos sindicatos. O PCdoB se engaja, em 1981, na Conferência da Classe Trabalhadora (CONCLAT), iniciativa unitária que cria a Comissão Pró-Central Única dos Trabalhadores. Quando essa frente se divide, o Partido ajuda a fundar a Central Geral dos Trabalhadores (CGT) em 1983. Seu fio condutor é a defesa de um sindicalismo combativo e unido, como prega a resolução de 1981 do CC. Inviabilizada a meta de uma central realmente única, os comunistas se posicionam na dispersão existente, visando a acumular forças para criar uma central sindical classista. As eleições de 1982 são um ponto de virada no enfrentamento entre a ditadura militar e a oposição. Pela primeira vez, após longa noite de terror de Estado, também os governadores dos estados serão eleitos pelo voto. Abertas as urnas, a oposição elege 244 dos 479 deputados federais e 11 governos estaduais, inclusive os mais importantes – São Paulo (com Franco Montoro), Minas Gerais (Tancredo Neves) e Rio de Janeiro (Leonel Brizola). Fica claro que a ditadura estava com os dias contados. O PCdoB apoia os candidatos a governador do PMDB. Uma tradição que irá até a virada do século o impede de disputar cargos

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executivos, a pretexto de “não administrar a crise do capitalismo”. Tática eleitoral que mais adiante será avaliada criticamente. A partir de 2007, muda essa conduta eleitoral e lança candidaturas ao Senado Federal, prefeituras e mesmo governos de estados.

Dias após o 6º Congresso, tomam posse os governadores eleitos em 1982, inclusive os da oposição. Em abril, uma rebelião de desempregados sacode São Paulo e centenas de saques de comida atingem também o Rio. O Serviço Nacional de Informações (SNI), famigerado órgão de vigilância criado em 1964, implica 20 militantes do PCdoB no episódio, mas, no 1º de Maio, as bandeiras do Partido retornam pela primeira vez às ruas. Em julho, ocorre a primeira greve geral em 20 anos. Em setembro, o Congresso Nacional, com as galerias lotadas, pela primeira vez desde 1964, rejeita um decreto do ditador, o 2.024, de arrocho dos salários. O País está pronto para o último capítulo da ditadura militar. *** Após o fim de 1983, por cinco meses, a campanha das Diretas Já! catalisa a ação antiditatorial, pelo direito de votar para presidente. A bandeira une a oposição e tem apoios cruciais: os governadores oposicionistas e o presidente do PMDB, Ulysses Guimarães, que passa a ser chamado senhor Diretas. O PCdoB, pela primeira vez, participa às claras, em nome da sua Comissão pela Legalidade. Fala ao público dos maiores comícios que o país já viu. Suas bandeiras inundam as ruas. Uma nota do Partido diz: “A luta pela eleição direta aparece como a forma concreta, prática, imediata de pôr fim ao governo dos militares”.


O Partido procura ampliar ao máximo o movimento, inclusive com setores liberais e dissidentes da ditadura. Apoia-se na ideia de que amplitude e radicalidade não se excluem e, muitas vezes, se complementam.

dispensável para obter vitória e concorrer para a sua extinção. Não é o método o que está em jogo, mas o conteúdo, o fim do regime militar”, enfatiza o texto de setembro.

O objetivo da campanha é aprovar, na Câmara dos Deputados, por maioria de dois terços, a Emenda Constitucional Dante de Oliveira, que restaura a eleição direta do presidente da República, já na sucessão do general Figueiredo.

É uma hora de aguda polêmica, sobretudo com a maioria do PT, que insiste no “Só Diretas”. Mas este reflui e no dia da eleição, 15 de janeiro de 1985, apenas nove deputados se ausentam. Por 450 votos a 180, o Colégio Eleitoral elege Tancredo, que adoece e morre sem tomar posse, sendo substituído por Sarney.

Em cinco meses, a campanha das Diretas Já! leva às ruas 6,3 milhões de brasileiros em todos os estados. É uma clássica campanha popular de massas, nos moldes, pelo menos desde a campanha Abolicionista, porém com dimensões excepcionais. A oito dias da votação, Figueiredo decreta o Estado de Emergência no Distrito Federal. E o executor da medida, general Newton Cruz, admirador de Mussolini, sumariamente, proíbe caravanas e passeatas na capital. A Emenda vai a voto em 25 de abril: tem o apoio de 298, dos 479 deputados, inclusive de 55 do partido governista, o Partido Democrático e Social (PDS), mas faltavam 22 para atingir os dois terços. A derrota de 25 de abril cria perplexidade e não pouca confusão. O PT, e alguns peemedebistas do “Grupo Só Diretas”, propõem a continuidade da campanha e o boicote ao Colégio Eleitoral. “Naquele contexto” – relata a nota PCdoB: a ditadura foi um regime contrário ao povo e à nação, de março de 2014 –, “João Amazonas se empenhou na busca do caminho para resolver o impasse. Para ele, a oposição antiditatorial, com a força acumulada no processo, poderia crescer ainda mais e derrotar a ditadura no seu próprio terreno, o Colégio Eleitoral. Para tanto, seria necessário que a oposição apresentasse um candidato comprometido com a ideia de ir ao Colégio Eleitoral para destruí-lo e, depois de eleito, convocar uma Constituinte livremente eleita”. O fundamental – argumentava Amazonas – “não era a forma pela qual o regime de força seria extinto, mas sim a sua extinção”. Amazonas vai pessoalmente a Minas falar com o então governador Tancredo, no Palácio da Liberdade. Defende que a chance de derrotar a ditadura no Colégio não pode ser perdida. Propõe nova safra de grandes comícios e garante que o PCdoB iria às ruas defender esta opção. A proposta do comunista, e de outros oposicionistas (Ulysses Guimarães, Leonel Brizola e Miguel Arraes), convence Tancredo, que renuncia ao governo de Minas, em agosto, e entra em campanha, com grandes comícios nos moldes das Diretas.

Desta forma, por vias travessas, termina a longa noite de 21 anos da ditadura militar. Para o PCdoB, é uma vitória especial: ninguém pagou tão caro, em vidas de militantes e de dirigentes, por enfrentar a tirania dos generais. **** Antes mesmo do fim da ditadura, o PCdoB entra em campanha por sua legalidade. O reconhecimento dos partidos antes clandestinos é um compromisso de Tancredo, honrado por Sarney. Mais do que isso, é uma exigência democrática da sociedade. O Partido inaugura sedes pelo país afora, retoma a publicação legal d’A Classe Operária. Em 23 maio de 1985, Amazonas requer o seu registro junto ao TSE. No mesmo dia, tem audiência com o presidente Sarney. Em agosto, Haroldo Lima faz histórico discurso na Câmara dos Deputados, falando, pela primeira vez, em nome do Partido Comunista do Brasil, banido quatro décadas antes. Desta vez, não é uma legalidade efêmera, como em 1927 e 1945, já durando 36 anos, embora, com a ruptura democrática de 2016, tanto a representação parlamentar do Partido quanto a democracia brasileira continuaram sob ameaça. O Partido faz intensa filiação, até por exigência da lei: até 1988 supera 60 mil filiados e obtém o registro definitivo. Aos poucos, troca os métodos da ilegalidade, e até da clandestinidade, por outros mais amplos. Ainda reluta em disputar cargos executivos, ou ocupar o primeiro escalão de governos, mas tem notável atuação parlamentar. A dura luta do passado contra a ditadura, o pesado tributo de sangue que cobrou, agora, rendem aos comunistas uma aura de prestígio e de respeito. A “remoção do entulho autoritário” avança com os percalços próprios de uma transição negociada. O PCdoB, e João Amazonas pessoalmente, concentram esforços na defesa da Assembleia Constituinte, “livre e soberana”, não só porque os comunistas foram os primeiros e os mais empenhados a defendê-la, mas, principalmente, porque é ela que pode aprofundar as mudanças de sentido progressista.

O PCdoB, em nome da Comissão pela Legalidade, lança então o documento Por que os comunistas apoiam Tancredo:

Em 15 de novembro de 1986, o Partido elege para a Constituinte Aldo Arantes (GO), Eduardo Bomfim (AL), Edmilson Valentim (RJ), Haroldo Lima (BA), Lídice da Mata (BA); e ainda Célio de Castro (MG), que não assume a sigla, mas mantém uma relação política com a bancada. Esta é ativa e aguerrida na defesa da soberania nacional, da ampliação democrática, dos direitos sociais, dos trabalhadores, das mulheres, dos negros. O PCdoB tem nota 9,96 no levantamento Quem foi quem na Constituinte, do DIAP, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.

“Não se pode rejeitar de modo absoluto, na presente situação, a disputa no Colégio Eleitoral imposto pelo governo, se isto se fizer in-

A bancada comunista se beneficia da mobilização de massas que prossegue. Combina iniciativas próprias e alianças, através da ação

A essa altura, o governismo está acuado, dividido, desalentado. Pipocam aspirantes a candidato oficial, em feroz disputa; vencida, afinal, por Paulo Maluf. O senador José Sarney, presidente do PDS, chefia então uma dissidência (Frente Liberal) e entra como vice na chapa de Tancredo.

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dentro da Constituinte e com a pressão dos movimentos sociais. A conquista do voto aos 16 anos, por exemplo, é uma proeza da UJS.

recusa coligações em qualquer hipótese nas três primeiras eleições da qual participa: de 1982, 1985 e 1986.

Ao redor do Partido, surge uma rede de organizações de massas, mais amplas que ele. Além da UJS, em 1988 formam-se a União Brasileira de Mulheres (UBM), a União de Negros pela Igualdade (UNEGRO), o Centro de Estudos Sindicais (CES) e, com outras forças, a Corrente Sindical Classista (CSC), distinguindo-se da cúpula da CGT. Os comunistas e sua rede de organizações atuam com espírito unitário, no reforço de sindicatos e entidades de massas, em todas as esferas.

Essa regra é rompida, pela primeira vez, em 1988, no caso específico da eleição para prefeito de São Paulo: a então petista Luiza Erundina concorre por uma coligação PT-PCdoB-PCB. E, para surpresa geral, Erundina se elege, mesmo concorrendo com nomes importantes da política paulistana – Paulo Maluf, Jânio Quadros e José Serra. Estava criado o precedente que, no período seguinte, levaria à criação da Frente Brasil Popular (FBP).

O Partido conserva a atenção especial para o trabalho no campo. Paga um preço elevado por isso, com o assassinato de militantes da têmpera de Nonatinho (MA), João Canuto e Paulo Fonteles (PA). Em um primeiro momento, o governo Sarney joga certo papel positivo e granjeia apoio popular, sobretudo com o Plano Cruzado, que congela os preços, atendendo ao clamor do Movimento Contra a Carestia. Mas, logo, a tendência se inverte, quando o governo se desloca mais e mais para a direita e o PCdoB passa do apoio crítico para a “firme oposição”. O movimento de massas continua em alta. As greves, monitoradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), dão um salto com o fim da ditadura, de 1,3 milhão de grevistas, em 1984, para 6,2 milhões, em 1985, e continuam num crescendo até 1989. A luta pela terra se radicaliza, as ocupações se multiplicam, o latifúndio se arma e leva o assassinato de camponeses ao paroxismo: 163 mortos, em 1985; 148, em 1986; 215, em 1987. Em maio de 1988, o Partido reúne seu primeiro Congresso na legalidade. Delegações de todos os estados acorrem a São Paulo (a mais numerosa é a da Bahia), assim como, pela primeira vez, os PCs de outros países. O Brasil numa encruzilhada histórica é o título do Informe de Amazonas ao 7º Congresso: “Ou (o país) rompe radicalmente com o atual estado de coisa e assegura um desenvolvimento econômico independente, abre clareiras para o progresso efetivo, para a democratização e modernização da vida nacional; ou afundamos no pântano da decadência e da submissão à oligarquia financeira imperialista”. O Informe aponta um quadro de “crise econômica e financeira”, “social e moral”, “política e institucional”. Reafirma que “a tática do Partido é de firme oposição ao governo de José Sarney”. Diz ainda que, na primeira eleição presidencial pós-ditadura, marcada para o ano seguinte, “nossa tática objetiva influir no surgimento de um concorrente democrático e progressista, capaz de reunir o apoio da esquerda e também do centro. E que facilite a formação de um amplo e combativo movimento democrático, nacional e popular”. Na área sindical, o texto faz críticas às duas centrais que dividem o movimento, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e CGT. Nesta fase, o papel de frente ampla que o PMDB jogava antes começava a se esgarçar – um dos sintomas disso é a cisão que levou à fundação do Partido da Social Democracia Brasileia (PSDB) em junho de 1988. Enquanto isso, na classe trabalhadora, os dois partidos com raízes mais fortes – PT e PCdoB – concorrem acirradamente. O PT

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*** A eleição presidencial de 1989 é a primeira, em 29 anos, com voto dos analfabetos e de jovens de 16 a 18 anos, com 22 candidatos, atraindo imensa participação. As greves chegam a um auge, com 16,6 milhões de grevistas no ano. O PCdoB ajuda a construir a FBP: coliga-se com o PT e o Partido Socialista Brasileiro (PSB), lançando Luiz Inácio Lula da Silva para presidente. Os comunistas têm papel ativo na elaboração da plataforma de governo da Frente, o Programa de 13 pontos. A campanha empolga o povo, em gigantescos comícios no estilo das Diretas Já!. Lula chega ao segundo turno e aos 31 milhões de votos (47% dos votos válidos). Afirma-se como líder operário e popular. A apertada eleição de Fernando Collor de Mello representa uma guinada à direita. Seu governo, pior que o confisco da caderneta de poupança ou a rede corruptora do “esquema PC”, impõe ao país o Consenso de Washington, neoliberal, fixado em 1989 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo Banco Mundial e pelo Departamento do Tesouro dos EUA. Seu plano de privatizações inaugura a era do neoliberalismo no Brasil. A cena internacional favorece a direita. No mesmo mês da eleição presidencial de 1989, cai o Muro de Berlim e o campo socialista se desagrega no Leste Europeu. Em 8 de dezembro de 1991, após longa e dolorosa agonia, advém a derrota final da experiência socialista soviética: a própria URSS é dissolvida, com liderança do anticomunista Boris Iéltsin. O PCdoB se debruça sobre a crise do Leste. Para isto, em caráter extraordinário, convoca o seu 8º Congresso (Brasília, fevereiro de 1992). Durante meses, a militância constrói, em intenso debate, a atitude do Partido. Mesmo sendo ácido crítico da via revisionista soviética – da Resposta a Kruschev de 1963 à denúncia de Gorbachev –, o PCdoB vê no fim da URSS um evento adverso, e de alcance histórico. Abre-se uma era de restauração capitalista e defensiva estratégica da luta dos trabalhadores. O anticomunismo canta vitória no mundo. O PCdoB rejeita a rendição de outros partidos de extração comunista (entre eles o PC Brasileiro) que reagem à crise trocando de nome, de cor, de bandeira e de princípios. Longe disso, o lema do 8º Congresso é O socialismo vive! Porém, o PCdoB tira lições do balanço crítico e autocrítico do colapso soviético. Assinala a crise do socialismo e da própria teoria marxista e chama à luta para superá-la. Corrige erros na linha in-


ternacional dos anos 1970 e 1980. Reaproxima-se das experiências socialistas, como a chinesa e a cubana, e dos PCs do antigo campo soviético que ousam resistir à maré anticomunista. O 8º Congresso analisa também o papel de Stálin. Enquanto rechaça a histeria antisstalinista da reação, aponta que o sucessor de Lênin teve “méritos incontestáveis”, mas também “falhas”, “deficiências” e “erros”. “Não somos stalinistas. Tampouco somos antisstalinistas. Avaliamos a figura de Stálin no plano histórico”, diz o Informe de João Amazonas. O Congresso de 1992 define para o País uma estratégia de revolução “socialista desde já”. No plano tático, é o primeiro a erguer a bandeira do Fora, Collor!: “O PCdoB, em oposição decidida a Collor, apoia o movimento democrático e popular que reclama sua retirada do Planalto. Ou o Brasil, ou Collor’”, sublinha o Informe. O qualificativo “decidida” da oposição dos comunistas deriva do conteúdo neoliberal do governo Collor, bem como de seu isolamento. Equipada com a linha do 8º Congresso, a militância do PCdoB parte para a mobilização de massas. A juventude, em especial – UJS, UNE, UBES –, ganha formidável protagonismo. É ela que, em poucos meses, acende o rastilho e leva às ruas o ator político-social decisivo, a legião de “cara-pintadas”, que garante o impeachment do presidente, em 29 de setembro de 1992. O Partido não hostiliza, em princípio, o governo do vice-presidente Itamar Franco, que assume devido ao impeachment. Encara-o como arena de um cabo de guerra entre forças díspares, progressistas e conservadoras. Mas estas últimas levam a melhor. A despeito das intenções pessoais de Itamar, seu governo retoma as privatizações e, ao final, serve apenas de melancólico prelúdio à retomada da ofensiva neoliberal, assumida e orquestrada pelo seu ministro da Fazenda e sucessor Fernando Henrique Cardoso (FHC). Quando o governo Itamar já capitula face à direita, põe em pauta a revisão da Constituição de 1988. A reação se prepara para fazer dela o enterro da Carta Magna. Quer o fim da aposentadoria por tempo de serviço, da estabilidade do funcionalismo público, da gratuidade do ensino, dos direitos indígenas... Os mais açodados propõem ainda a supressão do 13º salário e do direito de férias. O PCdoB e outros setores avançados lançam-se à resistência, sob a consigna Essa revisão é golpe. E logram êxito: quem termina sepultada não é a Constituição Cidadã, mas a tentativa de desfigurá-la. *** Os oito anos da gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) são a apoteose do neoliberalismo. Sociólogo, com arroubos de esquerda na juventude, FHC é um vira-casaca que apoia seu afã privatizante na aliança direitista do PSDB e do Partido da Frente Liberal (PFL), na qual o PSDB é a nova direita e o PFL o direitismo tradicional, a partir das efêmeras ilusões trazidas pelo Plano Real. Para o Partido, são anos de dura resistência à ofensiva neoliberal e gradual, com tática de acúmulo de forças para passar à contraofensiva. O PCdoB atua em frente de centro-esquerda com PT, PDT e PSB. E busca neutralizar forças de centro, como o PMDB. O alvo é a direita no governo com sua plataforma de privatizações, desmonte do Estado nacional, desemprego em massa, ataque aos direitos dos

trabalhadores e à própria democracia, como a manobra que permite a reeleição de FHC. A resistência apoia-se nas entidades de massas, que logram criar a Coordenação de Movimentos Sociais (CMS), somando CUT, UNE, UBES, CONTAG, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), entre outros. Entidades e partidos progressistas formam o Fórum Nacional de Lutas (FNL). Essa rede alcança protagonismo internacional, em janeiro de 2001, ao lançar o Fórum Social Mundial (FSM), que reúne, em Porto Alegre, toda a constelação dos contestadores do “pensamento único” neoliberal. Cada privatização de FHC desperta protestos e denúncias. Os comunistas enfatizam, para além das numerosas falcatruas do processo, a essência antinacional da agenda desestatizante. O Partido se empenha em dotar a resistência de base programática sólida, unitária e aguerrida. Com a participação pessoal de João Amazonas, esse esforço resulta, em fins de 1999, no Manifesto em defesa do Brasil, da democracia e do trabalho. Entre os signatários, estão Amazonas, Lula, Miguel Arraes, Leonel Brizola, José Dirceu, Itamar Franco, Oscar Niemeyer, Olívio Dutra, Aziz Ab’Saber, Celso Antônio Bandeira de Melo, Eros Grau, Ariano Suassuna, Barbosa Lima Sobrinho, Celso Furtado, Lucélia Santos, Mário Lago e Sérgio Mamberti, dom Mauro Morelli e dom Thomas Balduíno, Luís Fernando Veríssimo e Sócrates. “Os que assinam este Manifesto propõem a criação de um movimento cívico em Defesa do Brasil, da Democracia e do Trabalho para a construção de um governo de feição democrática e popular; capaz de assegurar um rumo progressista ao país e recuperar a confiança do povo em seu destino”, diz o texto. A essa altura, o governo FHC já havia passado à defensiva. Pagaria o preço da crise do Plano Real (janeiro de 1999), do desemprego inédito, da submissão ao FMI e dos escândalos da privatização, batizada “privataria”. A luta ganha ímpeto e adesão. Seu ponto alto é a Marcha dos 100 mil a Brasília, em agosto de 1999. O enorme protesto leva à Câmara dos Deputados um abaixo-assinado com 1,3 milhão de apoios, pelo enquadramento de FHC em crime de responsabilidade e por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Privatização do Sistema Telebrás. Um elo decisivo da resistência ao neoliberalismo é a denúncia da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). O PCdoB e seus aliados combatem em toda a linha esse projeto da Casa Branca que visava a recolonizar a América Latina. Em 1998, a vitória de Hugo Chávez, na Venezuela, torna-se um prenúncio da virada democrático-popular latino-americana para o século 21, começando a exorcizar esse fantasma, sepultado em 2005. A 8ª Conferência, cumprindo mandato do 8º Congresso, em 1995, vota o primeiro Programa do PC do Brasil com caráter socialista. Indica, contudo, que a construção socialista “engloba várias fases e etapas intermediárias”, a começar pela “transição preliminar do capitalismo ao socialismo”. O Programa de 1995 afirma que “o modelo único de socialismo é anticientífico”. Valoriza “as peculiaridades do país”, que darão “feição

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própria” ao novo regime. Também, pela primeira vez, dedica todo um capítulo ao exame dos “caminhos para o socialismo”. Outro ponto de inflexão do pensamento estratégico dos comunistas é Brasil: 500 anos de luta na construção de um povo, uma cultura e uma nação novos, por motivo do 5º centenário do início da formação brasileira. Com este texto do Comitê Central, o Partido passa a valorizar, com maior ênfase, certas conquistas notáveis da jovem civilização brasileira. Estavam lançadas as bases da visão que frutificará no Programa de 2009. *** A eleição de Lula, em 2002, abre um novo ciclo histórico na vida do Brasil e do Partido Comunista. Forças do “andar de baixo” da pirâmide social chegam, pela primeira vez, ao governo central. O PCdoB, 18 anos após a legalização, é chamado a ser um Partido no governo. Lula convida comunistas para o Ministério do Esporte e, um ano depois, para o Ministério das Relações Institucionais, ocupados por Agnelo Queiróz (Esporte), Aldo Rebelo (Ciência, Tecnologia e Inovação, Relações Institucionais, Esporte e Defesa) e Orlando Silva (Esporte). É uma situação “inédita na história do país”, avalia o texto PCdoB: 90 anos em defesa do Brasil, segundo o qual: “O Partido viu-se obrigado a refletir e estabelecer diretrizes sobre sua presença num governo central de coalizão no qual os comunistas são força minoritária. Surgiam assim novos desafios teóricos e políticos”. A tarefa coube à 9ª Conferência Nacional, cinco meses após a posse de Lula. Ela aponta ocorrer não uma “simples alternância de governo”, mas “um novo ciclo histórico e político no Brasil”. O PCdoB decide participar do governo e lutar pelo seu êxito. “O fracasso do governo Lula seria também o fracasso das forças de esquerda e renovadoras e a via para a volta das forças conservadoras”, afirma. “Atuar pelo êxito do governo Lula na condução das mudanças” torna-se o centro da tática. O governo é heterogêneo e enfrenta a “herança maldita” de FHC. Isto impõe unidade e luta, mas “a relação predominante é de unidade”. Contudo, em 2005, a gestão Lula enfrenta uma dura prova – a crise política do chamado Mensalão. Com base numa delação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), inventor do neologismo “mensalão”, as classes dominantes tentam desestabilizar o governo, derrubar Lula ou pelo menos “sangrá-lo”, de modo a abatê-lo facilmente na eleição de 2006. Já, então, as classes dominantes agem através de um consórcio na qual a mídia dominante joga papel decidido e decisivo. É durante a crise que as esquerdas criam a sarcástica sigla-denúncia do Partido da Imprensa Golpista (PIG). O PCdoB se agiganta no combate à manobra golpista. Um evento crucial é a passeata do Fica, Lula!, com 20 mil pessoas, em Goiânia, em 1º de julho de 2005, durante o 49º Congresso da UNE. A 16 de agosto, outro grande ato, em frente à Praça dos Três Poderes, aprova a Carta de Brasília: “Somos contra qualquer tentativa de desestabilização do governo legitimamente eleito, patrocinada pelos setores conservadores e antidemocráticos”.

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Em setembro, há eleição para presidente na Câmara dos Deputados, epicentro da crise. Aldo Rebelo (PCdoB-SP) elege-se e, com essa vitória, a crise reflui. Lula, longe de “sangrar”, afirma-se como líder popular de imenso prestígio e derrota de novo os tucanos em 2006. Nessa eleição, o PCdoB sobe para 13 deputados federais e elege seu primeiro senador desde Prestes, Inácio Arruda (CE). Em outubro de 2005, o 11º Congresso aprova o novo Estatuto do Partido, incorporando a experiência de duas décadas de legalidade. O Estatuto reafirma os princípios leninistas de organização – partido do proletariado, de vanguarda, internacionalista, regido pelo centralismo democrático. Combina permanência e renovação. Define o PCdoB como partido de princípios e de feição moderna, “de compromisso militante e ação transformadora contemporânea”. Introduz o voto secreto na eleição das direções e regula a relação entre filiados, militantes e quadros. É desencadeado em 2003 o relançamento da Escola Nacional de Formação. A Escola, avessa ao dogmatismo, forma professores/as, elabora um currículo assentado no marxismo-leninismo e no estudo da realidade brasileira. Oferece cursos regulares que a partir de então serão frequentados por milhares de militantes. É um trabalho coletivo liderado pela pedagoga, membro do Comitê Central, Nereide Saviani. Em 2014, a escola homenageia o histórico dirigente e ideólogo do PCdoB e passa se denominar Escola Nacional João Amazonas. Em 2005, como resolução do 11º Congresso, foi instituída a Secretaria Nacional da Mulher (SNM). O Congresso aprovou indicativo de uma conferência sobre o tema, realizada em 2007 e intitulada Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher, que aprovou a forma permanente do debate sobre a temática emancipacionista. A 2ª Conferência sobre a Emancipação da Mulher acontece em 2012, quando é aprofundada a elaboração sobre o tema no Partido. No âmbito da SNM, realizou-se uma pesquisa quantitativa e qualitativa sobre o perfil das mulheres do PCdoB, sua condição social e de militância. Ambas as conferências, por serem orientadoras da política partidária, indicaram que todos os militantes participassem, sendo homens ou mulheres. Em 2008, o trabalho teórico, ideológico e histórico ganha um salto de qualidade. Surge a Fundação Maurício Grabois como sucedânea do Instituto Maurício Grabois, da qual Adalberto Monteiro, então secretário nacional de Formação e Propaganda, será o presidente por quase 10 anos. Neste período, a Fundação caminha na direção de se tornar “um espaço de encontro e confluência do pensamento marxista e progressista do país”. O historiador Augusto Buonicore, falecido em 2020, coordenou, no âmbito da Grabois, a criação do Centro de Documentação e Memória (CDM) do movimento comunista e operário do país e da história do Partido. Hoje, a Fundação é presidida por Renato Rabelo, ex-presidente do PCdoB. Em 14 de maio de 2010, surge o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, criado com apoio de lideranças do PCdoB e presidido pelo jornalista Altamiro Borges, membro do Comitê de Central. Em 2011, o Comitê Central realiza o 1º Encontro Nacional de Combate ao Racismo, com o intuito de reforçar a ação partidária na luta


contra o racismo e as desigualdades sociais. Foram aprovadas estratégias de estímulo à militância dos comunistas negros e negras, propostas de políticas públicas para o governo federal e indicações de estruturação dessa frente partidária. Em 2017, o II Encontro se realiza e aborda o quadro de recessão e de perdas de direitos. Em 2013, o PCdoB realiza a 1ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, liderada por Aldo Arantes, então diretor de meio ambiente da Fundação Maurício Grabois, na qual trata da falsa dicotomia entre proteção ambiental e desenvolvimento econômico, tecnológico e social. A resolução leva em conta a situação climática e ambiental do planeta com a perspectiva de um projeto nacional de desenvolvimento. No mesmo ano, realiza o 1º Encontro Nacional de Gestão e Produção Cultural para fomentar o debate em torno de uma política para a área cultural e nortear as atividades das gestões comunistas nessa área. O 2º Encontro aconteceu em fevereiro de 2019, a fim de discutir o papel da cultura diante do recrudescimento do autoritarismo no Brasil e o desmanche das políticas públicas na área; encontrar saídas e fortalecer a frente cultural. Com a proximidade do centenário da Revolução de Outubro e a ideia de Vladimir Ilitch Lênin de organizar Clubes de amigos de Hegel, surgiu, em 2015, a partir da Fundação Maurício Grabois, a Sociedade Amigos de Lênin (SAL), coordenada por Aloisio Sérgio Barroso, uma organização de estudo e difusão das ideias de Lênin que tem em sua coordenação os principais especialistas da obra do líder da Revolução Russa. A SAL foi instituída para aprofundar a inteligência revolucionária da época atual e a atualidade da força das ideias de Lênin. Em outubro de 2015, os comunistas participam do Congresso de fundação da União Nacional LGBT. A entidade foi construída em meio à luta renhida contra concepções e condutas reacionárias de cunho homofóbico e se apresenta como um instrumento de luta por uma construção uma sociedade solidária, sem preconceitos e discriminações, e de luta vigorosa contra a lgbtfobia e pelos direitos da população LGBTQIA+. *** A virada à esquerda é fenômeno continental. Por toda a América Latina, governos democrático-populares e de centro-esquerda elegem-se e reelegem-se, marcando o início do século 21. A correlação de forças mais favorável leva o PCdoB a lançar em 2007 a consigna Audácia! Esta se aplica a todas as frentes de trabalho, mas especialmente à eleitoral. O Partido corrige a visão de não ter candidatos majoritários, que o confinava a um papel coadjuvante. Em 2008, lança candidatos a prefeito em dezenas de municípios, inclusive em sete capitais. Nas eleições, em 2010, a linha de Audácia! eleva em 41% a votação do Partido para a Câmara dos Deputados: são 2.791.694 sufrágios e a bancada sobe de 13 para 15 cadeiras. Para senador são 12. 561.716 votos, com 7,37% do total, graças ao desempenho de São Paulo, onde o sambista Netinho de Paula (que mais tarde sai do PCdoB) tem 7.770.882 votos. Os comunistas no Senado passam a ser dois, agora com a eleição de Vanessa Grazziotin (AM).

Na luta sindical, a audácia leva, em 14 de dezembro de 2007, à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Plural e classista, ela não é “do PCdoB”, mas seu primeiro presidente, Wagner Gomes (Metroviários de São Paulo) [falecido neste ano de 2021], é do Partido, e também o segundo, Adilson Araújo (Bancários da Bahia). Conforme o Ministério do Trabalho, a CTB, em 2008, reúne 5,02% dos trabalhadores sindicalizados do país. Em 2012, já são 9,20% e, em 2015, sobem para 10,26%. Em agosto de 2021, ocorre a união entre a CGTB e a CTB, resultando numa CTB mais forte e mais representativa. Em 2008, entre 21 a 23 de novembro, o PCdoB foi anfitrião do 10º Encontro dos Partidos Comunistas e Operários, que reuniu na cidade São Paulo 65 legendas revolucionárias de 55 países. Este fato simboliza seu acúmulo histórico numa questão que o distingue de outras legendas. Como diz seu Programa, “Seu compromisso com a solidariedade entre as nações, com a política de paz e de cooperação entre os Estados” e sua oposição resoluta à agressão imperialista e sua conduta de defesa “da amizade entre os trabalhadores e povos do mundo”. O 12º Congresso (novembro de 2009) aprova o novo Programa Socialista, fruto de anos de estudos e debates. Este fixa o socialismo renovado e com feição brasileira como rumo, traçando um caminho concreto para o socialismo, no Brasil, hoje: a luta por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, de conteúdo anti-imperialista, antilatifundiário e antioligarquia financeira. A parte do caminho dá ao Programa um sentido revolucionário e, ao mesmo tempo, atual, tangível e acessível. O Programa de 2009 não vê o socialismo como alheio ao processo histórico, mas como um imperativo da formação histórica do Brasil. Ele distingue no passado dois “avanços civilizacionais”: a formação do povo, da nação e do Estado; e o Estado “nacional-desenvolvimentista”, os direitos trabalhistas, o progresso educacional e cultural. O socialismo será o terceiro avanço civilizacional capaz de realizar as potencialidades da Nação. *** O PCdoB apoia a eleição e a reeleição de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, vencendo os tucanos José Serra e Aécio Neves, respectivamente. O Partido vê na terceira e quarta “vitória do povo” um “grande evento histórico”, como afirma Renato Rabelo, então presidente. Pela primeira vez, o eleitorado brasileiro elege uma presidenta mulher, e vinda da resistência à ditadura, provada na dura escola do cárcere e das torturas, compromissada com uma agenda de transformação progressista. O Partido participa do governo, assume ministérios, destaca-se no Parlamento e nos movimentos sociais, que combinam apoio e pressão, sem renunciar à sua independência. Os comunistas defendem uma aliança ampla, que inclua o Centro e, ao mesmo tempo, um bloco de esquerda que dê coerência ao projeto. As comemorações dos 90 anos do Partido têm uma programação nacional que se ramifica pelo país. No espaço principal da Câmara dos Deputados, realiza-se uma exposição iconográfica da trajetória histórica do Partido. A cidade do Rio de Janeiro, em 24 de março de 2012, é palco do ato nacional político-cultural. Martinho da Vila, sambista filiado ao Partido, é atração principal da parte artística. No

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dia 26 de março, o Congresso Nacional realizou uma sessão solene em homenagem à data de fundação do Partido. E nos dias 20 e 21 de abril a Fundção Maurício Grabois realizou o Seminário “PCdoB 90 anos: história, legado, lições e alternativa socialista”, em São Paulo. Uma síntese inovadora da história da legenda é divulgada pelo Comitê Central: PCdoB: 90 anos em defesa do Brasil, da democracia e do socialismo. Documento aprovado pelo Comitê Central, sem empanar a dimensão da reorganização de 1962, valoriza o percurso inteiro da legenda e, de igual modo, as gerações que a construíram. Pela primeira vez, rende tributo a lutadores como Astrojildo Pereira, líder da primeira geração, bem como Luiz Carlos Prestes, líder da segunda geração, e enaltece o legado de João Amazonas, construtor e ideólogo do Partido. Registra ainda o papel elevado de Renato Rabelo, na contemporaneidade. Uma história da legenda, entrelaçada com a história do país, sistematiza o legado, aponta perspectivas e contém ainda os ensinamentos dessa trajetória. A eleição municipal de 2012 assinala novo avanço, que tem como símbolo a vitória em São Paulo. A direita candidata, na maior cidade do país, José Serra – ex-governador, ex-prefeito, ex-ministro, duas vezes candidato presidencial. Mas ele sofre uma humilhante derrota para um estreante em eleições, Fernando Haddad (PT), indicado por Lula. Os comunistas ajudam nesta vitória decisiva, indicando a vice de Haddad, Nádia Campeão, presidenta do PCdoB-São Paulo. O Partido também vence pela quarta vez consecutiva em Olinda (PE), 63ª maior cidade do país, e elege os prefeitos de outras metrópoles: Contagem (MG), 31ª maior; Belford Roxo (RJ), 45ª maior e; Jundiaí (SP), 58ª maior. No total, o número de prefeitos eleitos pelo Partido sobe de 41, em 2008, para 56, em 2012; o de vereadores dá um salto de 612 para 976, distribuídos por 727 municípios de todo o país. As classes dominantes, com o capital financeiro à frente, não aceitam a sucessão de derrotas, sobretudo as presidenciais. Alijadas do governo central, criam um consórcio oposicionista, onde se destaca a mídia tradicional, que assume de vez a face de “partido” conservador, apontada por Antonio Gramsci. Seguem-na as siglas de oposição convencionais (PSDB, DEM e Partido Popular Socialista-PPS) e áreas do aparato jurídico-estatal, do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal. O alarde sobre o julgamento do chamado Mensalão, no STF (2014), e os lances da golpista Operação Lava Jato visam a fustigar – e, se possível derrubar – o governo e a desmoralizar Dilma e Lula. O consórcio oposicionista tenta ainda, teimosamente, disputar as ruas, tradicional território dos movimentos sociais e da esquerda. Durante anos, as tentativas fracassam, mas, agora, ganham fôlego, após a onda de manifestações de junho de 2013. O gatilho dos Protestos de Junho é uma campanha do Movimento do Passe Livre (MPL) contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo. Mas as manifestações, que logo se alastram através das redes sociais, assumem, não raro, um sentido dúbio. Por um lado, elas exigem, com razão, serviços públicos face à crescente crise urbana. Por outro, abrigam posturas de direita, como a rejeição em bloco de todos os partidos políticos e até da própria política. Os índices de aprovação do governo Dilma recuam sensivelmente.

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O 13º Congresso realizou-se novembro de 2013, sob o impacto de dois acontecimentos que marcam o início da viragem na correlação de forças, a qual passa a pender para o lado do campo conservador neoliberal: as manifestações de junho e a expedição dos mandados de prisão, por parte do STF, contra os condenados do chamando “mensalão”. A Resolução aprovada pelo 13º Congresso salienta que tais fatos fizeram soar um sinal de alerta quanto aos riscos que o ciclo político, aberto em 2003, passaria a enfrentar. A Resolução também sublinha que, a par das realizações e conquistas dos dez anos dos governos Lula e Dilma, a democratização do Estado não fora alcançada e que o país seguia “desigual e injusto”. O Congresso conclama a base do governo Dilma e as forças políticas que o sustentam a lutarem pelas reformas estruturais democráticas: mais desenvolvimento, democracia e progresso social. A eleição de 2014 reflete a crescente polarização, acirrada pela estagnação econômica. Dilma reelege-se, num segundo turno politizado e tensionado, graças ao Nordeste e ao Norte, a Minas, ao Rio e ao andar de baixo da pirâmide social. É uma vitória épica, mas apertada: 3.459.963 votos (3,3% dos votos válidos) de vantagem sobre Aécio. O novo Congresso espelha o surto direitista: o PCdoB recua de 15 para dez deputados federais e de dois para um senador. Em compensação, sobe de 18 para 25 deputados estaduais, elegendo, pela primeira vez, um governador: Flávio Dino, 47 anos, vence o governo do Maranhão no primeiro turno (63,5% dos votos), dando fim a meio século de domínio da oligarquia Sarney. O consórcio midiático-oposicionista não se conforma com a reeleição de Dilma e tenta forçar um “terceiro turno” que impugnasse o resultado. Conquista uma trincheira importante, ao eleger Eduardo Cunha (PMDB-RJ) presidente da Câmara, em fevereiro de 2015, e, em 15 de março, consegue levar às ruas uma boa parte da classe média: a “Revolta dos Coxinhas” é a primeira grande mobilização de massas que a direita comanda no país, desde a Marcha da Família que preparou o Golpe de 1964. O quadro se agrava com a crise econômica: o país vive pesada recessão e o desemprego volta a crescer. O pacote fiscal restritivo, que inicia o segundo mandato de Dilma, notadamente um erro, é mal recebido por parte do eleitorado da presidenta, que vê nele uma ameaça às conquistas sociais da fase anterior. O governo perde a iniciativa e parte de sua base de apoio na Câmara. Assim, ao lado da crise econômica, instaura-se a crise política. O PCdoB considera o momento “instável, perigoso e indefinido”, segundo o documento da 10ª Conferência (maio de 2015). Avalia que a situação “pende para o lado das forças conservadoras” e que não só o governo Dilma, mas todo o ciclo progressista, iniciado em 2002, estavam em perigo. O Partido ergue-se em defesa da democracia e do mandato de Dilma, tachando o movimento de “fraudulento e golpista”, um plano de derrubá-la, via impeachment. Mesmo dizendo-se “crítico” do ajuste fiscal, responde “sim” ao voto de confiança que Dilma solicitou. E vai à luta.


O PCdoB defende como “tarefa maior” construir, “agora e já, uma frente ampla com todas as forças possíveis do campo democrático e patriótico”. Prega, também, “um bloco de esquerda e progressista, político e social, que reúna partidos, organizações, entidades, lideranças”. Ambas as esferas visam a “defender a democracia e impulsionar a contraofensiva”. Para a 10ª Conferência, “é hora de mobilizar o povo, travar a batalha das ruas”. *** A 10ª Conferência é palco de um acontecimento de grande relevância: a sucessão na presidência do PCdoB. Renato Rabelo, treze anos depois daquele histórico dezembro de 2001 – quando recebeu das mãos do lendário João Amazonas, um dos mais destacados dirigentes da legenda comunista, a missão de sucedê-lo na presidência do Partido –, despedia-se do posto de presidente com a convicção do “dever cumprido no mais alto posto de direção do PCdoB”. A presidência de Renato Rabelo aporta ao PCdoB, entre outras, duas destacadas elaborações políticas. Primeira: os fundamentos e diretrizes à participação dos comunistas em governos de coalizão no capitalismo, nos quais o Partido é força minoritária. Formulação que responde ao fato de o PCdoB ter sido força importante para a vitória de Lula, em 2002, e, por esse motivo, ter sido convidado pelo ex-presidente a integrar o ministério de seu governo, fato inédito na longa história do PCdoB. Segunda: um novo giro de avanço na elaboração do pensamento programático e estratégico do Partido, com a aprovação, em 2009, do Programa Socialista para o Brasil, cujo cerne é a luta contemporânea por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, como caminho brasileiro para o socialismo. Na presidência de Renato Rabelo, desde a redemocratização, em 1985, o Partido alcança sua representação máxima no Congresso Nacional, em 2010, quando elege 15 deputados/as federais. Pela primeira vez, o Partido passa a ter duas cadeiras no Senado Federal. Vanessa Grazziotin conquista o mandato pelo Amazonas e se junta a Inácio Arruda (PCdoB-CE) que fora eleito em 2006. A presidência de Renato também lega uma política de quadros e uma nova e inovadora síntese da trajetória histórica do PCdoB. A partir de abril de 2016, Renato Rabelo assume a presidência da Fundação Maurício Grabois. Depois de criteriosa ausculta junto ao coletivo de quadros e militantes, Renato Rabelo propõe o nome de Luciana Santos, então deputada federal, hoje vice-governadora de Pernambuco, para assumir a presidência do Partido. E, em clima de unidade, a 10ª Conferência o aprova. Em seu pronunciamento, na referida Conferência, Luciana afirmou estar convicta de que a partir “do legado da presidência de Renato Rabelo, contando com apoio que teria da militância e dos nossos quadros”, o PCdoB, sob sua presidência, caminharia para novos avanços e conquistas. *** Tal como na fase crucial da crise do chamado mensalão, em 2005, o Partido Comunista se agiganta nessa hora crítica. Sua bancada, em

Brasília, multiplica as iniciativas. Sua militância esclarece o povo e convoca-o ao embate. Assim, enquanto a “Revolta dos Coxinhas” vai perdendo o elã de março, a proposta do PCdoB conquista tentos. Ao fim de 2015, a contabilidade das ruas já favorece o lado progressista. Um passo-chave na união da esquerda ocorre em Belo Horizonte, em 5 de setembro de 2015: uma assembleia de dois mil líderes político-sociais de todo o país lança a nova Frente Brasil Popular. Em 2 de dezembro de 2015, Eduardo Cunha, acuado por denúncias de propinas e lavagem de dinheiro, acata um pedido de impeachment, urdido pelo consórcio golpista, contra a presidenta a Dilma. Era a deflagração oficial do golpe. O PCdoB retruca no Manifesto do Brasil sem golpe. Aponta a polarização do país em dois campos, “os democratas e os golpistas”. Frisa que “não há meio termo”. E chama “cada cidadã e cada cidadão” a erguerem “a bandeira democrática do Brasil sem golpe”. Em 31 de março de 2016, movimentos sociais e progressistas protestaram pelo país, em defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff. Houve também o registro de atos pelo mundo. No Rio de Janeiro, o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda lembrou da ditadura militar. “Estou vendo pessoas aqui que viveram como eu aquele 31 de março de 1964. E não podemos deixar que isso se repita”, disse. Duas semanas antes, em 13 de março, os golpistas também haviam se manifestado em todo o país. Em 4 de março, no centro de São Paulo, uma plenária condenou os abusos do então juiz Sérgio Moro na condução da operação da golpista Lava Jato que, no mesmo dia, havia determinado a condução coercitiva do ex-presidente Lula para prestar depoimento à Polícia Federal. O processo golpista estava em pleno andamento. Em 11 de abril, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados destinada a dar uma posição sobre o impeachment, aprovou por 38 votos favoráveis e 27 contrários o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pela continuidade do caso. Em de 17 de abril, o plenário principal da Câmara acatou, por 367 votos favoráveis e 137 contrários, o prosseguimento do processo de impeachment, que é encaminhado ao Senado. E, em 6 de maio, a Comissão Especial do Senado aprovava, por 15 a cinco, parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) favorável à abertura do processo de impeachment pela Casa, fase chamada de “admissibilidade da denúncia”. Em 12 de maio, depois de uma sessão de mais de 20 horas, o plenário principal do Senado aprovou, por 55 a 22, a abertura do processo de impeachment, enquanto a presidenta Dilma Rousseff foi afastada da função por até 180 dias. O vice-presidente, Michel Temer, assumiu seu lugar. Em 4 de agosto, a Comissão Especial do Senado decidiu, ao aprovar relatório do senador Anastasia, por 14 votos a cinco, que Dilma Rousseff deveria ser levada a julgamento. Em 10 de agosto, o plenário principal do Senado decidiu – por 59 votos a 21 – como procedente a denúncia contra Dilma Rousseff, mesmo com argumentos inconsistentes. Em 29 de agosto, a presidente foi ao Senado e desmontou os argumentos dos golpistas. E, em 30 de agosto, o golpe é consumado.

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A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a exemplo do desempenho da bancada comunista na Câmara dos Deputados onde se agigantou o papel da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) como Líder da Minoria, destacou-se no rechaço ao impeachment fraudulento. Vanessa denunciou o julgamento como um “erro crasso”, que cobrará um preço alto e amargo. O uso do “conjunto da obra”, como desculpa, traduzia um momento triste para a democracia e para o povo. A tirania sempre encontra um pretexto, disse a senadora. *** Ainda em 2016, em outubro, ocorreram as eleições municipais. O PCdoB divulgou um manual do candidato, constatando que, no país, havia um ambiente de grande instabilidade política. Os problemas econômicos do Brasil levaram dificuldades sociais à vida do povo e um pessimismo a vastas parcelas da sociedade, que acentuava a crise de representação política e alcançava todo o sistema partidário. As forças de esquerda, particularmente, estavam diante de um grande desafio. O espaço eleitoral de campanha e de TV reduziu-se, ampliaram-se o tempo e as condições da pré-campanha, dentre outras medidas restritivas. O grande sentido das eleições era fazer de 2016 um momento de rechaço ao golpe e de afirmação dos comunistas, segundo o manual. O objetivo era ampliar a base social eleitoral, mediante o maior número de vereadores, preparando as condições para, em 2018, recuperar posições nas eleições federais e, ao mesmo tempo, fortalecer a identidade e ampliar o lugar político do PCdoB para a luta em defesa do projeto de desenvolvimento para o país. Com a autoridade e o prestígio conquistados na luta democrática contra o golpismo, diz o texto, o PCdoB queria mostrar sua cara e suas bandeiras. Em um seminário realizado entre 8 e 10 de julho em São Paulo, o PCdoB debateu o golpe, analisando causas, objetivos e a resistência. Era o IV Seminário Nacional dos Estudos Avançados, da Escola nacional João Amazonas. Foi uma prévia da campanha, que seria a primeira grande batalha política após o golpe. O país havia ingressado em um novo ciclo político, marcado por uma ordem conservadora, a qual procurava implantar um Estado mínimo para o povo e um Estado máximo para o rentismo e as oligarquias financeiras. Para isso, o consórcio golpista lançara mão de um grande arsenal de medidas de restrição à democracia – conquistada a duras penas na Constituinte de 1988 –, de acordo com uma nota da presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, de 11 de novembro de 2016. Eram muitas batalhas que precisavam ser travadas de modo simultâneo, em especial a defesa de direitos elementares como os recursos para a saúde e a educação, a “reforma” política antidemocrática, a restauração da democracia e contra as ameaças ao Estado Democrático de Direito e a defesa do patrimônio nacional. Em março de 2017, a Fundação Maurício Grabois lança o livro Governos Lula e Dilma: o ciclo golpeado. A obra situa os diagnósticos das causas do golpe que interrompeu esse ciclo, apontando as realizações e os avanços do período, além de erros e insuficiências; entre eles, a não realização da reforma democrática do Estado e a falta de visão estratégica de projeto de nação.

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*** Os efeitos do Golpe logo apareceram. Em 28 de abril de 2017, uma greve geral, convocada por centrais sindicais e movimentos populares, contou com 40 milhões de trabalhadores. Mais de 150 cidades registraram paralisações. Tratava-se de uma grande resposta do povo brasileiro, em relação aos impactos das “reformas” golpistas e à volta da ordem neoliberal que atentavam contra as legislações trabalhista e previdenciária. A proposta de “reforma” da Previdência Social deflagrou o movimento. Para o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, o movimento refletiu a preocupação do brasileiro diante das “reformas” previdenciária e trabalhista. “Se a gente levar em consideração a expectativa de vida no Norte e Nordeste do país, a maioria da população vai morrer sem se aposentar. A idade para aposentadoria é perversa, o tempo de contribuição é absurdo, além de ser um estímulo à previdência privada, tanto que é a carteira que mais cresce dentro das instituições bancárias privadas”, protestou. Diante da crescente crise econômica e política, o PCdoB divulgou uma nota, em 22 de maio, diagnosticando que o governo Michel Temer precisava de um fim, por meio de eleições diretas. Em 17 de maio, segundo a nota, teve início um agravamento da situação de crise e instabilidade a que o golpe de Estado empurrara o país. “O usurpador da cadeira presidencial, Michel Temer, já ilegítimo, perdeu por completo as condições de governar”, diz o texto. “Impõe-se, para o bem do Brasil, que se coloque fim ao governo golpista, seja pela renúncia, seja pelo impeachment, seja por uma decisão do Poder Judiciário, respaldada pela Constituição”, prossegue. O PCdoB, desde a consumação do golpe, estava empenhado pela realização de eleições diretas para presidente da República, afirma a nota. “Agora, com o paroxismo a que chegou a crise, segue ainda mais empenhado pela vitória do caminho das Diretas Já!”, enfatiza. Nessa conjuntura, a campanha pela saída de Temer se espalhava pelo país. Uma manifestação nacional, em 21 de maio, pedia a renúncia do presidente, seguida de eleições diretas. Em 30 de março, o PCdoB e a Fundação Maurício Grabois promoveram um evento na Universidade Paulista (UNIP), no bairro Paraíso, em São Paulo, comemorativo dos 95 anos do Partido e do centenário da Revolução Russa. Os legados da Revolução, a crise capitalista e a defensiva socialista nortearam os debates com intelectuais e dirigentes políticos. O evento foi transmitido ao vivo pela internet. Em 3 de outubro, o filósofo italiano Domenico Losurdo esteve no Sindicato dos Engenheiros, a convite do Fundação Maurício Grabois, no centro da capital paulista, para apresentar seu ponto de vista sobre os legados e lições que a Revolução Russa deixara em seu centenário. Para ele, o maior legado é um alerta contra a colonização e a opressão dos povos, por meios econômicos, uma luta que é mais atual do que nunca. A Fundação Maurício Grabois, em parceria com a Editora Anita Garibaldi, havia lançado as obras Lênin – presença da revolução (vários autores) e Lênin, leitor de Marx, de Gianni Fresu, filósofo italiano, que participou de um evento, em 21 de setembro, na sede do PCdoB, em São Paulo, em homenagem aos 80 anos da morte do dirigente comunista Antônio Gramsci. Fresu falou sobre o tema O


pensamento político de Gramsci: hegemonia e luta de classes, comentado pelo vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino. *** O PCdoB estava na fase preparativa do 14º Congresso, que seria realizado entre 17 e 19 de novembro de 2017, em Brasília (DF). O Congresso analisou caminhos para o Brasil para sair da crise criada com o Golpe de Estado de 2016, enfatizando a importância de se constituir, no curso da luta antigolpista, uma frente ampla, composta por um vasto campo social, político, econômico e cultural, a partir de uma plataforma centrada na democracia, na soberania nacional, no desenvolvimento e no progresso social. Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB, após decisão de instâncias partidárias, informou, em 5 de novembro, que a deputada estadual Manuela d’Ávila seria pré-candidata à Presidência da República. No 14º Congresso, Manuela foi aclamada, em clima de grande entusiasmo pelo plenário. Em seu pronunciamento, como pré-candidata, ela aborda sua trajetória militante e política, além de apontar saídas programáticas para a superação da crise político-econômica. A candidatura foi oficializada pelo PCdoB em 1º de agosto de 2018. Em discurso, durante a convenção que chancelou a candidatura, Manuela d’Ávila ressaltou as potencialidades e singulares de sua campanha, defendendo a unidade dos candidatos considerados de esquerda. Manuela comentou, também, a prisão de Lula, a mando do então ex-juiz Sérgio Moro, ocorrida em 7 de abril de 2018. “De toda essa perseguição o ponto mais alto é a prisão do presidente Lula. Lula está preso porque lidera as pesquisas. Lula está preso porque, solto, venceria as eleições. Nossa candidatura sempre carregou o Lula Livre, porque não queremos só a liberdade dele, queremos fazer valer a Constituição”, declarou. Na convenção, Manuela d’Ávila afirmou que não seria óbice a uma unidade das forças progressistas e que a defenderia até o último dia. “Nós nunca fomos e nunca seremos óbice à unidade de nosso campo político. Nós precisamos estar o mais unido possível para que vençamos a eleição e interrompamos esse ciclo de destruição do Brasil”, disse. A unidade possível se deu com o lançamento da candidatura do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad a presidente da República, lançado pelo PT. Em 5 de agosto, o PCdoB e o PT lançaram a chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila. Em 2017, Lula havia anunciado que seria o candidato do PT à presidência da República. Em setembro daquele ano, saiu em caravana pelo Brasil. Mesmo após a prisão, o PT o manteve como candidato. Em 16 de agosto, depois que a maioria dos ministros do TSE declarou que a “inelegibilidade (de Lula) é incontroversa”, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou uma impugnação, tendo como base a Lei da Ficha Limpa, que considera inelegíveis candidatos condenados em segunda instância, apesar de o comitê de Direitos Humanos da ONU ter se manifestado a favor da candidatura de Lula. Em 3 de abril de 2018, véspera do julgamento do Habeas Corpus (HC) pelo STF sobre a prisão de Lula, o comandante do Exército nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, o general Eduardo Villas

Bôas, pronunciou-se no Twitter. “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais”, disse. Villas Bôas voltaria a postar: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”. No próprio julgamento do HC, o ministro Celso de Mello comparou Villas Bôas a Floriano Peixoto, segundo presidente da República, que ficou conhecido como “marechal de ferro”. Em seu voto, afirmou que as declarações eram “claramente infringentes do princípio da separação de poderes” e “que parecem prenunciar a retomada, de todo inadmissível, de práticas estranhas (e lesivas) à ortodoxia constitucional”. O julgamento durou quase 11 horas, e o resultado foi proclamado na madrugada do dia 5, através de pronunciamento da presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, que anunciou a rejeição do HC por seis votos a cinco. *** O primeiro turno das eleições de 2018 ocorreu em 7 de outubro, com Jair Bolsonaro obtendo 46% dos votos válidos e a chapa Haddad-Manuela 29%. Em 9 de outubro, Haddad reuniu-se com os governadores Wellington Dias (PT-PI), Camilo Santana (PT-CE), Rui Costa (PT-BA) e Flávio Dino (PCdoB-MA), em São Paulo, anunciando a ampliação do leque de apoios à sua candidatura. O novo plano de governo foi apresentado ao TSE em 18 de outubro. No segundo turno, realizado em 28 de outubro, a chapa Haddad-Manuela obteve 44,87% dos votos e Bolsonaro 55,13%, sendo eleito presidente da República. O PCdoB elegeu nove deputados federais e 21 estaduais, em dez estados, reelegendo o governador do Maranhão, Flávio Dino. Durante a campanha, Manuela d’Ávila foi alvo de sórdidos e criminosos ataques, com ameaças e manipulações de imagens nas redes sócias. É a primeira vez, desde o fim da ditadura militar, que o país é governado pela extrema-direita, o que se configura uma derrota profunda das forças democráticas e progressistas, fato que atinge a esquerda como um todo, mas em especial os comunistas. O PCdoB, embora tenha eleito nove deputados federais e 21 estaduais, em dez estados, tendo reeleito o governador Flávio Dino, do Maranhão (que desfiliou-se em 2021), não superou a antidemocrática cláusula de barreira. *** O Partido enfrenta, então, na esfera parlamentar-institucional o seu pior revés desde que foi legalizado em 1985. Mas, apesar do baque, não se desespera e procura saídas, encontrando-as com a união que empreende com uma organização revolucionária, patriótica e marxista, o Partido Pátria Livre (PPL). Para tal se constituiu uma Comissão de Enlace que fez sucessivas reuniões de trabalho, no mês de novembro, nas quais foram se esboçando as bases políticas, programáticas e organizativas desse pro-

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cesso de união. Ela foi constituída por 12 membros: Luciana Santos, Walter Sorrentino, Ricardo Abreu Alemão, Fábio Tokarski, Neide Freitas e Adalberto Monteiro (pelo PCdoB); e Sérgio Rubens, Márcio Cabreira, Miguel Manso, Carlos Lopes, Uldorico Pinto e João Goulart Filho (pelo PPL). Em 26 de novembro de 2018, um comunicado histórico, assinado pela presidenta do PCdoB, Luciana Santos, e pelo presidente do PPL, Sérgio Rubens Torres, oficializa o caminho comum traçado. Argumenta que a “eleição de Jair Bolsonaro, da extrema-direita, coloca em alto risco a democracia, a soberania nacional e os direitos do povo brasileiro”. E que, diante dessa circunstância, e “visando a cumprir suas responsabilidades com o Brasil e seu povo”, PCdoB e PPL, depois de “frutífero diálogo”, concluíram possuírem uma visão tática convergente e afinidades programáticas. Assim, de comum acordo, decidiram que o caminho para realizar os objetivos propostos “é o da unidade, cujo encaminhamento prático, legal e imediato é a incorporação do PPL ao PCdoB. Esse processo, assentado na legislação e nos estatutos das duas legendas, se efetivará simultaneamente em suas instâncias de decisão e deliberação”. Em 17 de março, uma reunião dos congressos extraordinários do PCdoB e do PPL, realizada no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, em São Paulo, sob o lema Democracia, soberania e socialismo – somando forças, formalizava a união, por meio da eleição de integrantes dos dois partidos para formar o novo Comitê Central do PCdoB. A resolução aprovada propôs enfrentar o retrocesso – representado pelas forças de extrema-direita que assumiram a condução do país – através da união de amplas forças, tendo a democracia como bandeira central. A presidenta do PCdoB, Luciana Santos, fez um pronunciamento em que destacou a relevância histórica dos dois congressos. “No dia de hoje, damos um passo a mais na construção de um partido forte, com solidez ideológica, flexibilidade e amplitude tática, que compreenda a natureza e os anseios do nosso povo. Uma força organizada, com ampla militância em distintas esferas da sociedade e com unidade política e de ação”, afirmou. Sérgio Rubens, ex-presidente do PPL que assumiu um dos postos de vice-presidente do PCdoB, ressaltou a importância de concentrar forças para enfrentar os desafios em face da posse do governo Bolsonaro. Para ele, era necessária a construção de uma frente que unisse amplos setores para derrotar a agenda do governo. Luciana Santos, destacou que, com a vitória da extrema-direita, instaurava-se uma realidade adversa que exigiria do Partido “resistência, amplitude e sagacidade”. E explicou: “Resistência para fazer frente a um governo de ruptura, que instala uma nova ordem; amplitude, pois devemos reconhecer que somente com um amplo movimento político poderemos fazer frente a esta nova ordem; e sagacidade para explorar as contradições no seio do inimigo”. Ao final dos congressos, o Comitê Central, então eleito, reuniu-se para escolher os novos integrantes da Comissão Política Nacional, assim como os da nova Comissão Executiva Nacional. Em 28 de maio de 2019, os ministros do TSE aprovaram, por una-

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nimidade, a incorporação do Partido Pátria Livre (PPL) ao PCdoB. *** O 15º Congresso do PCdoB realizou-se de 15 a 17 de outubro de 2021, com dois focos: desmascarar, isolar e derrotar Bolsonaro e garantir a presença plena do PCdoB na vida parlamentar-institucional do País, posto que mais uma vez o Partido se vê desafiado a superar o bloqueio de leis que mutilam o pluralismo político. O 15º Congresso foi denominado de “Congresso Haroldo Lima” em homenagem à memória e ao legado desse histórico dirigente do Partido, falecido em 2021, vítima da Covid-19. A plenária final do Congresso, realizada de modo virtual, ocorreu em clima de forte unidade e entusiasmo, principalmente devido à grande vitória democrática representada pela aprovação da lei da Federação de Partidos. O PCdoB conjuntamente com outras forças políticas, através de sua Bancada na Câmara dos Deputados, liderada pelo deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), foi determinante para essa conquista. A Resolução Política do Congresso reafirmou a tática de Frente Ampla para derrotar Bolsonaro e repelir as investidas golpistas da extrema-direita. E sublinhou a convicção de que as oposições podem sim vencer as eleições presidenciais em 2022. O Congresso debateu também uma Plataforma emergencial de reconstrução nacional a ser aprovada pelo Comitê Central. Quanto à realidade mundial, uma das principais conclusões aponta que “o declínio relativo dos Estados Unidos e a ascensão da China socialista constituem a principal tendência da geopolítica contemporânea”. Essa alteração do quadro de forças, no sistema de poder mundial, relaciona-se com o Brasil e um elenco de países fora do centro capitalista, pois abre uma janela de oportunidade para que se realizem projetos nacionais contra-hegemônicos. O Congresso também espelhou o avanço do processo de integração do PPL ao PCdoB e desencadeou um movimento para revigorar o Partido, sobretudo nas seguintes áreas: comunicação digital, ligação do Partido com as massas e estruturação orgânica. Esse revigoramento visa, entre outros objetivos, a recompor a força e representação parlamentar dos comunistas nas eleições de 2022. Com forte respaldo e grande confiança política, o Comitê Central reelegeu Luciana Santos para presidir e liderar o Partido. Finalmente, o 15º Congresso desencadeou as comemorações do centenário do PCdoB cuja data épica é 25 de março de 2022. *** Em dezembro de 2021, entre as iniciativas que desencadeiam as comemorações dos 100 anos do Partido Comunista do Brasil, vem a público a edição digital de Imagens da centenária história de lutas do Partido Comunista do Brasil (1922-2022), uma abrangente publicação visual que retrata a presença dos comunistas e de sua quase centenária legenda, a partir dos primórdios da República, nos grandes confrontos que foram determinantes à construção no Brasil. Essa obra, passará por acréscimos e revisões, tendo em vista uma edição definitiva planejada para o centenário em 2022. As imagens dão visibilidade a algo que as classes dominantes sempre ocultaram ou deturparam: o rico legado dos comunistas à nação e à classe trabalhadora.


Antecedentes e Fundação

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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COB

Realizado no Rio de Janeiro em 1906, o 1º Congresso Operário do Brasil cria a Confederação Operária Brasileira (COB). O Congresso contou com 50 delegados de São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Na foto abaixo, o notável anarquista Edgard Leuenroth (em pé) dirige a mesa no segundo congresso da COB, ocorrido em 1913. Os anarquistas foram hegemônicos no interior da COB

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Marca do COB

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imprensa de classe Jornais operários da época; a figura em destaque é da Plebe, semanário que compra sua própria gráfica graças a coletas entre os leitores

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PIONEIROS O médico Silvério Fontes lutou nas campanhas abolicionista e republicana. Em 1885 ligou-se ao movimento operário e fundou em Santos um partido socialista marxista. Em 1922 filiou-se ao PCB. Considerado por Astrojildo Pereira o primeiro marxista brasileiro, foi a principal ligação entre o partido que nascia e o movimento social originário do século 19

Documento do Partido Comunista criado em 1919, criticando clubes carnavalescos que pretendiam ridicularizar a “família comunista” 7

Em 1919 é criado um primeiro Partido Comunista do Brasil, mas suas concepções eram semi-anarquistas e teria vida curta. Refletia a influência da revolução russa entre a vanguarda operária brasileira. Na imagem, convite para uma “sessão” do Partido em 17/10/1919 10

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Everardo Dias era operário e jornalista nascido na Espanha. Importante militante do movimento operário brasileiro nas primeiras décadas do século XX. Após participar do ciclo de greves que teve seu pico em 1917, foi preso e deportado. De volta ao Brasil, em 1920, participou, no ano seguinte, da fundação do “Grupo Clarté do Brasil”, organização que reunia operários e intelectuais simpáticos à Revolução Russa

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Lima Barreto, escritor talentoso e rebelde, autor de Triste fim de Policarpo Quaresma, Bagatelas, Recordações do Escrivão Isaías Caminha e Os Bruzundungas. Morreu em 1922 próximo às ideias comunistas, inclusive com textos elogiosos à Revolução Russa


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PELA PAZ

Manifestação dos trabalhadores contra a guerra imperialista de 1914-1918, no centro do Rio de Janeiro e, abaixo, na Praça da Sé, São Paulo. À esquerda, ilustração de jornal operário em 1915

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GREVE GERAL DE 1917 À época do predomínio anarcossindicalista, houve no país intensa agitação operária. Memoráveis greves gerais foram realizadas. Um dos movimentos mais importantes foi a Greve Geral de São Paulo, ocorrida em 1917. Na foto acima, têxteis do Cotonifício Crespi na Mooca, iniciadores da greve geral; as mulheres são maioria e há muitas crianças: o fim do trabalho infantil é uma das exigências do movimento

Funeral do jovem sapateiro José Iñeguez Martinez, assassinado durante a greve geral de 1917

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Primeiro Congresso da Internacional Comunista (Terceira Internacional, ou Comintern), em Moscou, realizado entre 2 e 6 de março de 1919 19

Na capa do jornal A Gazeta, de 16/3/1917, a repercussão no Brasil da Revolução Russa de 1917, liderada por Lênin. Acima, capa do O Rebelde, jornal anarquista da construção civil, edição de 1º de Maio de 1919

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Carta de Abílio de Nequete pedindo ao “Camarada Romo” estatutos de organizações operárias para a formulação dos estatutos que seriam aprovados no 1º Congresso do Partido Comunista do Brasil

Capa da revista Movimento Communista, lançada em janeiro de 1922. Em destaque, carimbo da foice e martelo usado nas publicações do período

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Líderes anarquistas em 1919: Octávio Brandão, Astrojildo Pereira e Afonso Schimidt (de pé), Edgar Leuenroth (de bigode) e Antonio Canellas. Três anos depois, eles (com exceção de Leurentoth) passariam a organizar e militar no Partido Comunista do Brasil, fundado em 1922

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Casa na rua Visconde do Rio Branco, número 651, Niterói, Rio de Janeiro, onde se reuniu a 3ª sessão do 1º Congresso do PCB, em 27 de Março de 1922

FUNDAÇÃO DO PARTIDO

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Acima, capa dos primeiros Estatutos do PCB e, ao lado, saudação à Internacional Comunista com a notícia da fundação do Partido Comunista do Brasil. Os documentos foram aprovados no Congresso de Fundação do Partido

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OS FUNDADORES

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Quem são os nove delegados ao Congresso que funda o Partido Comunista do Brasil, representando 73 comunistas de várias regiões do país

Abílio de Nequete Barbeiro, vindo do Líbano, 34 anos, cria a União Maximalista, em Porto Alegre; é o primeiro secretáriogeral do Partido, eleito no Congresso

Astrojildo Pereira Jornalista, 31 anos, cria o Grupo Comunista do Rio e a revista Movimento Comunista, é o arquiteto do 25 de março e dirige o Partido nos anos 1920

Cristiano Cordeiro Funcionário público (contador), delegado pelo Recife, 26 anos; secretaria o Congresso e, na foto, segura o livro ata

Hermogênio Silva Eletricista, ferroviário de Cruzeiro (SP), 35 anos, líder da greve da Mogiana em 1920

João da Costa Pimenta Gráfico, delegado por São Paulo, onde compôs o comitê da greve geral de 1917

Joaquim Barbosa Alfaiate, sindicalista, 25 anos, representa o Rio; será o primeiro tesoureiro do Partido

José Elias da Silva Pernambucano, funcionário em uma escola de Marechal Hermes, delegado pelo Rio de Janeiro

Luís Pérez Vassoureiro, delegado pelo Rio, filho de um anarquista espanhol

Manoel Cendón Alfaiate, nascido na Espanha, é o único que não provém do anarco-sindicalismo: militou no movimento socialista na Argentina

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Recife

Salvador

Primeiras bases do Partido Pequeno grupo 60 membros 80 membros Vitória

400 membros São Paulo

(Dados de 1927)

Em 1927, calcula-se que havia no Brasil cerca de 700 militantes comunistas distribuídos em pelo menos seis estados, sendo o maior grupo na então capital, Rio de Janeiro

Campos Rio de Janeiro 27

Ilustração do jornal anarquista A Plebe inclui a foice e martelo

Porto Alegre

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Sobradinho da Praça da República, esquina da Rua da Constituição, onde se instalou a direção do PCB em março de 1922 e fechado pela polícia quando da decretação do Estado de Sítio em 5 de junho daquele ano. Ali iria se instalar alguns anos depois a sede do Bloco Operário e Camponês

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Vida Nova: periódico do Grupo Comunista de Santos, publicado logo após a fundação do PCB

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1922-1930 OS TEMPOS DO BLOCO OPERÁRIO E CAMPONÊS

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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Catálogo da Semana de Arte Moderna de 1922, ilustrada com obra de Di Cavalcanti. Em 1928, Di ingressa no Partido 4

Músicos brasileiros de 1922: Pixinguinha, dos Oito Batutas, visto por Lan; e Lampião, autor do xaxado Mulher Rendeira, em foto do mascate libanês Benjamin Abrahão Sufragistas em campanha pelo voto feminino, na sarcástica visão de Raul Pederneiras em ilustração da revista Fon-Fon

A ‘Marcha da morte’ dos 18 do forte, pela Avenida Atlântica na época em obras. No confronto com as forças do governo Bernardes apenas dois revoltosos sobreviveriam: os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes 5

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Na foto acima, membros da Coluna passam pelo Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu (PR). No mapa abaixo, a rota da “Coluna Invicta” liderada por Prestes; ela cavalga 25 mil km, de 1924 a 1927, desafiando “as baionetas da tirania” e pregando a revolução

Comando da Coluna Prestes, em Porto Nacional (GO), hoje Tocantins, outubro 1926 1 Miguel Costa 2 Luís Carlos Prestes 3 Juarez Távora 4 João Alberto 5 Siqueira Campos 6 Djalma Dutra 7 Cordeiro de Farias 8 José Pinheiro Machado 9 Atanagildo França 10 Emídio da Costa Miranda 11 João Pedro 12 Paulo Kriger 13 Ari Salgado Freire 14 Nélson Machado 15 Manuel Lima Nascimento 16 Sadi Vale Machado 17 Trifino Correia 18 Ítalo Landucci

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Luiz Carlos Prestes, em 1924

TENENTISMO E COLUNA PRESTES

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Piquete da Coluna Prestes em Rio Branco (hoje Caiapônia), sudoeste de Goiás, junho de 1925


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INTERNACIONAL COMUNISTA 10

Autorização para Astrojildo Pereira participar do 5º Congresso da Internacional Comunista, que o elegeu membro do Comitê Executivo da Internacional Comunista

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Antônio Bernardo Canellas, delegado do PCB ao 4º Congresso da Internacional Comunista em Moscou (1922). Seu objetivo era conseguir o reconhecimento do partido pela IC. O objetivo não foi conseguido e isso acarretou uma crise no interior da direção. Abaixo à direita, o relatório feito por ele sobre sua participação no congresso. Ao lado o documento do PCB apresentando as razões da expulsão de Canellas 13

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Rodolfo Coutinho, em pé, e Ho Chi-Minh (dir.), em Moscou, no 5º Congresso da Internacional Comunista (1924)

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INTERNACIONAL COMUNISTA

Revista da Internacional Comunista, publicada em várias línguas 20

Paulo de Lacerda (esq.), Astrojildo Pereira e Fernando Lacerda 18 19

Astrojildo e Mário Grazini (os dois ao centro) em Moscou

Cristiano Cordeiro (foto) e Paulo de Lacerda substituem Astrojildo Pereira na secretaria geral quando este viaja para Moscou Documento básico do 2º Congresso do PCB, maio de 1925

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A CLASSE OPERÁRIA Trabalhadores com o jornal A Classe Operária, lançado em 1º de maio de 1925; Octávio Brandão é o segundo em pé da direita para esquerda. A foto é do relançamento do jornal, em 1928

Nas reproduções acima, a edição de 6/6/1925 (esq.) e de 25/8/1928 (dir.), com a foice e martelo em destaque. Ao lado, propaganda d’A Classe 24

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A NAÇÃO

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Faixa em comício de Primeiro de Maio, em 1927, Praça Mauá, Rio de Janeiro, faz divulgação do jornal A Nação. O periódico de Leônidas Resende (foto) assume naquele ano a linha do Partido, e passa estampar no cabeçalho a foice e o martelo e a frase clássica do Manifesto Comunista: “Proletariados de todos os países, uni-vos!” 29

A poetisa Laura Brandão, líder do Comitê de Mulheres Trabalhadoras – primeira entidade feminina em que as comunistas atuaram de forma organizada – com filhas e companheiras, exibindo o jornal A Nação

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Repercussão da morte de Lênin no Brasil

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Congresso sindical do Rio de Janeiro, em abril de 1927, aponta para criação da CGT. Dele participaram 36 sindicatos e 23 comissões de fábrica. Marca o início da hegemonia comunista no movimento sindical mais combativo

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Coluna assinada por Astrojildo no diário O Paiz, fruto de um acordo realizado entre os comunistas e o líder sindicalista amarelo Sarandi Raposo 33

Octávio Brandão (foto acima, com a esposa Laura) publica Agrarismo e Industrialismo (1926), com o pseudônimo de Fritz Mayer. A obra terá forte influência na elaboração política do PCB. Foi a primeira tentativa, ainda que limitada, de interpretar o Brasil à luz do marxismo-leninismo

INSERÇÃO SINDICAL E LUTA DE IDEIAS Comício de primeiro de maio de 1927, realizado na Praça Mauá no Rio de Janeiro. Pela primeira vez um dirigente do PCB fala em nome do Partido num comício público. A fotografia reproduz o momento em que a massa repetia Viva o Partido Comunista do Brasil, com que o orador encerrou seu discurso.

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BOC

Octavio Brandão (esq.) e Minervino de Oliveira em campanha eleitoral em 1928. Eles eram candidatos do Bloco Operário e Camponês (BOC) e se elegeriam intendentes (vereadores) na cidade do Rio de Janeiro, sendo os primeiros parlamentares do PC do Brasil 36

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Criação do Bloco Operário e eleição de 1927 – o socialista Azevedo Lima (esq.) e o comunista João da Costa Pimenta (dir.) foram candidatos a deputado federal pelo Rio de Janeiro, mas apenas o primeiro se elegeu se transformando no primeiro parlamentar daquela aliança

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Criança com propaganda eleitoral do BOC e o jornal A Classe Operária


UM COMUNISTA PRA PRESIDENTE

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Minervino de Oliveira , operário negro, foi o primeiro candidato comunista à Presidência da República pelo Bloco Operário e Camponês em 1930

Cartaz do BOC para a eleição geral de 1930 42 44

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Programa e estatutos do BOC, de 1928 Propagandas do BOC para a eleição de abril de 1927, ainda não havia sido colocado o “Camponês”

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Delegados ao 3º Congresso do PC do Brasil, realizado de 29 de dezembro de 1928 a 4 de janeiro de 1929. Após esse congresso inicia-se uma guinada esquerdista no partido

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Teses e resoluções do 3º Congresso do PC do Brasil

Papeleta de compromisso de adesão, 1927

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1929: Ativistas do Centro de Jovens Proletários do Brasil, dirigido pela Federação da Juventude Comunista do Brasil

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Luís Pérez, primeiro responsável do Partido pelo trabalho juvenil entre 1925 e 1927

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Marca da Internacional da Juventude Comunista, usada nos jornais brasileiros Os irmãos Leôncio (esq.) e Artur Basbaum, dirigentes da Juventude Comunista do Brasil, fundada em agosto de 1927 49

Papeleta de adesão à Liga Comunista (trotskista) resultante da cisão, que atua de 1931 a 1936 52

Acima, Joaquim Barbosa (esq.) e Rodolfo Coutinho organizaram a cisão de 1928

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Mário Pedrosa, filiado ao PCB de 1926 a 1929, funda e lidera a Liga Comunista, de tendência trotskista, enquanto se projeta como crítico de arte

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1930-1935 DA REVOLUÇÃO DE 1930 À INSURREIÇÃO DE 1935

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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Durante a revolução de 1930, o povo paulista invade a delegacia do Cambuci onde se encontravam presos opositores do regime deposto. Nesse momento, vários comunistas foram libertados

REVOLUÇÃO DE 1930 2

Cariocas comemoram na Avenida Rio Branco

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Getúlio a frente das forças revolucionárias chega ao no Rio de Janeiro

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“Parque industrial”, primeiro romance de Patrícia Galvão, foi publicado em 1933, mas Pagu teve de assiná-lo como Mara Lobo

Selo do Centro de Cultura Proletária

Artistas ligados ao PCB no início dos anos 1930; acima, a poetisa Patrícia Galvão, a Pagu (a segunda foto é de uma das inúmeras prisões que sofreu); abaixo, a pintora Tarsila do Amaral e o escritor Oswald de Andrade 7

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“Operários”, célebre tela de Tarsila do Amaral, pintada em 1933, logo após sua volta da URSS

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Homem do Povo (março-abril de 1931) , jornal editado por Oswald de Andrade e Patrícia Galvão, a Pagu

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De 1931 a 1934 o PCB sofre alta rotatividade de secretáriosgerais. Entre eles, Fernando de Lacerda (acima, com filhos e a esposa Erecina, a primeira mulher no Comitê Central 14

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José Caetano Machado, designado secretário geral em abril de 1932 13

Astrojildo Pereira caminha pelas ruas de São Paulo. Ele foi destituído da secretaria geral do Partido em 1931.

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Domingos Brás, escolhido secretário geral do PC do Brasil em dezembro de 1932, cargo que ocupou até julho de 1934

Paulo de Lacerda, dirigente comunista que passou a ter problemas mentais, sequela das sevícias de que foi vítima Heitor Ferreira Lima (em fotos da prisão) também foi secretário-geral do Partido no período

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Laura e Octávio Brandão em 1931, deportados com as filhas; abaixo, Octávio (indicado) com membros da IC durante o exílio na União Soviética

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Boletim do Birô Sul Americano da Internacional Comunista de 1931 chamando os PCs a se transformarem em partidos de massas

Laura Brandão na URSS; ela é locutora na Rádio Moscou; morre de câncer em 1941, após ser removida para os Urais devido à invasão nazista

1930: comunistas pernambucanos em torno do retrato de Lênin 21

Nota lacônica da Classe de 12 de setembro de 1934, noticia o ingresso do Cavaleiro da Esperança no Partido

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Prestes em ilustração de Portinari feita na década de 1940, depois da saída do “Cavaleiro da Esperança” da prisão

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Acima, grevistas da São Paulo Railway (mais tarde Estrada de Ferro Santos-Jundiaí), em fevereiro de 1932; À esq. manifestação no centro do Rio de Janeiro em defesa dos direitos sociais na Assembleia Nacional Constituinte, março 1934 Álvaro Ventura, estivador, eleito suplente por Santa Catarina na bancada classista em 1933. Assumiu a vaga de deputado federal logo após a aprovação da Constituição de 1934, sendo o primeiro comunista a exercer esse cargo 24

Marcha dos grevistas dos Correios, 1934 26

Padeiros do DF em assembleia aprovam greve, setembro de 1934

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Cavalaria reprime greve dos bondes no Largo do Machado, RJ, maio de 1932

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AÇÃO ANTIFASCISTA

1º Congresso contra a reação, o fascismo e a guerra imperialista, realizado em 23 de agosto de 1934 no Teatro João Caetano, em São Paulo; nesta fase o Partido, mesmo ilegal, atuava às claras na ação de massas, mas a repressão sempre se fazia presente. 28

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Cartaz convocando para o Congresso

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BATALHA DA SÉ

Marcha integralista dos camisas verdes, como eram denominados 32

Batalha da Praça da Sé: Em 7 de outubro de 1934 integralistas e antifascistas entram em confronto no centro de São Paulo

Jornal antifascista do Rio de Janeiro satiriza a “debandada” dos galinhas verdes

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Departamento Feminino da Federação da Juventude Comunista do Brasil (FJCB), 1934; as mulheres vão à luta desafiando os tabus da época Maurício Grabois e Carlos Marighella (assinalados), no Tiro de Guerra de Salvador, 1929; em 1934 ambos militam na Federação da Juventude Comunista do Brasil; Grabois, já no Rio, cuida da propaganda da FJCB

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JUVENTUDE COMUNISTA

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Estudantes enforcam galinha verde em paródia anti-integralista; abaixo, líderes da Federação da Juventude Comunista do Brasil, onde atuavam os comunistas 37

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Estandarte apreendido pela polícia do Rio, 1934; abaixo, publicações juvenis

O CASO GENNY GLEIZER Genny Gleizer, 17 anos, é presa no 1º Congresso da Juventude Proletária, Estudantil e Popular, São Paulo, julho de 1935: romena, judia, da Juventude Comunista, acusam-na de espiã e decidem deportá-la. Centenas de entidades sindicais e estudantis protestam no Brasil e no exterior. Diz-se que Genny se salvaria se casasse com um brasileiro... e chovem noivos. Em vão: em outubro Genny é expulsa para a Romênia da fascista Guarda de Ferro. Nas imagens, a jovem prisioneira, na foto do passaporte, na foto-notícia de um jornal carioca e em gravuras da campanha de solidariedade

Ficha de adesão, folheto e marca do 1º Congresso da Juventude Proletária, Estudantil e Popular, que levou à prisão de Genny Gleizer

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Sede da Aliança Nacional Libertadora no Rio de Janeiro.

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ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA

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Ampla aliança dos setores anti-fascistas e anti-integralistas

Comício aliancista na Cinelândia, Rio

Populares na frente da sede da ANL 45

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Bônus de arrecadação de finanças para a da ANL

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Reportagem em quadrinhos na capa do jornal A Manhã narra a morte do operário da ANL Leonardo Candú por integralistas em Petrópolis, a 6 de junho de 1935

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Detalhe de panfleto do Comitê Regional do PC de Pernambuco 48

Carlos Lacerda lendo mensagem de Luiz Carlos Prestes que termina com a palavra de ordem “Todo poder à ANL!”

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Cartaz que conclama a comício da ANL em maio de 1935; o mesmo cartaz aparece em foto de atividade da ANL no Rio de Janeiro

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Caio Prado Jr. discursa em atividade da ANL

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Roberto Sisson, dirigente da ANL, discursa no estádio Brasil

Logotipo do jornal A Manhã, porta-voz da ANL na capital federal

Em 11 de julho de 1935, Getúlio fecha a ANL; dia 13 a polícia interdita a sede da Aliança no Rio (onde se vê o retrato do operário assassinado um mês antes em Petrópolis)

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O escritor paraense e militante do PC do Brasil e da ANL, Dalcídio Jurandir

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IMPRENSA VERMELHA

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Alguns periódicos editados pelos comunistas entre os anos 1926 e 1935 • União de Ferro, 1935 • O Jovem Proletário, 1934 • O Proletário, 1931 • Revista Proletária, 1935 • Wladimir Ilitch, 1926

“Galinha Verde” (integralista) em charge do União de Ferro, o “órgão do PCB nas Forças Armadas”

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• Correspondencia Sulamericana, 1929 • Folha de Discussão, 1930


INSURREIÇÃO DE 35

Fachada do quartel de Natal bombardeado em novembro de 1935

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Membros do Governo Revolucionário do Rio Grande do Norte sendo conduzidos presos. Ao centro, temos Lauro Lago, José Macedo e João Galvão

Sargento Quintino de Barros preso depois do levante de Natal. Ele havia sido indicado secretário de defesa do governo provisório

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Redação do jornal A Ordem rebatizado pelos rebeldes como A liberdade

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Tropas legalistas reprimem o levante de 1935 no Recife 60

Sargento Gregório Bezerra, que tenta sublevar o QG da 7ª Região Militar em Recife, é ferido e preso

Capa do único número do jornal dos revolucionários de Natal

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Tropas do governo e ação na praia Vermelha

Revoltosos de 1935 quando saindo presos do 3º Regimento de Infantaria da Praia Vermelha. Entre eles, vemos Agildo Barata (foto acima), que comandou o levante

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Fachada bombardeada do 3 º Regimento de Infantaria, no Rio de Janeiro. O incêncio podia ser visto da Praia do Flamengo 67

68

Capa de A Manhã de 27/11/35 anuncia Carlos Prestes como comandante da Insurreição armada

O marinheiro Francisco Manoel Chaves, ou Preto Chaves, durante o levante. Ele participaria da Conferência da Mantiqueira que reorganizaria o Partido em 1943 e combateu na Guerrilha do Araguaia, onde foi morto

80


1935-1945 SUBTERRÂNEOS DA LIBERDADE

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

81


82


1

Agildo Barata preso após a Insurreição do 3º Regimento de Infantaria no Rio de Janeiro em novembro de 1935

2

Chegada no RJ de 116 comunistas presos no Nordeste, 14 de março de 1936

3

Graciliano Ramos em desenho de Cândido Portinari, foi preso na Ilha Grande em 1936 sem nenhum motivo alegado. Aderiu ao PC do Brasil em 1945 e foi um dos mais importantes escritores brasileiros

Capa do volume 1 de uma das primeiras edições de Memórias do Cárcere (editora José Olympio) no qual Graciliano narra sua prisão, do prão do navio Manaus até a Ilha Grande

4

Xilogravura de Percy Deane para edição de 1989 do livro Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos Capas da trilogia Subterrâneos da Liberdade, na qual Jorge Amado narra a resistência comunista ao Estado Novo

83


5

6

PRESOS POLÍTICOS ENTRE 1935 E 1941

Monteiro Lobato, São Paulo

7

Graciliano Ramos, Alagoas 8

João Amazonas, Pará

9

Pedro Pomar, Pará 10

11

h Maurício Grabois, São Paulo

Presídio São José, Belém, 1936; assinalado [h], João Amazonas

Diógenes Arruda Câmara, Bahia

13 12

Mais aliancistas presos, na Ilha Grande (RJ)

84

Presos na Casa de Detenção do Rio de Janeiro, tirada em 1936. Na fila de cima da esquerda para a direita: Joaquim Silveira, José Gay da Cunha, Barão de Itararé, não identificado, Dinarco Reis e Mauricio de Lacerda. Na fileira de baixo aparece Benjamin Cabello (terceiro da esq. p/ dir.)


13a

13b

Carlos Mariguela, Bahia 13f

Dalcídio Jurandir, Pará

13g

Eneida, Rio de Janeiro

13c

13l

Sargento José Maria Crispim, Rio

13i

13h

Eugênia Moreira, Rio de Janeiro

13d

Patrícia Galvão, a Pagu, São Paulo

13m

José Caetano Machado, Pernambuco

13j

Nise da Silveira, Rio de Janeiro

13n

13e

Waldemar Diniz, Recife

13k

Jamile Hadad, Bahia

13o

Casal de militantes – Sebastião Francisco e Ida D’Amico; presos e torturados no Rio em 1940, ela se suicida em seguida

João Saldanha, Rio de Janeiro

Hermínio Sacchetta, São Paulo

13p

Domingos Brás, Rio de Janeiro

Tenente Silo Meireles, Recife

13r

13s

13q

Casal Elise (esq.) e Harry Berger, ligados à Internacional Comunista, são barbaramente torturados. Ele enlouquece e ela é entregue à Alemanha nazista onde morre num campo de concentração

Casal de comunistas argentinos, Rodolfo e Carmem Ghioldi prestam depoimento na polícia

85


16

Polícia invade a casa onde estavam Prestes e Olga na Rua Honório, no Méier, Zona Norte do Rio 14 15

Olga e Prestes: fichados

OLGA E PRESTES 17

Olga Benário ao lado de um policial após sair do interrogatório na Polícia Central no Rio de Janeiro

Campanha pela libertação de Prestes na Europa 18

Prestes perante o Tribunal de Segurança Nacional que o condenou a 30 anos de prisão

Sobral Pinto utilizou-se até da lei de proteção aos animais na defesa de Berger e Prestes 19

86


IMPRENSA CLANDESTINA

21

20

Gráfico e a chacareira que auxiliavam a imprensa partidária; ao lado, material pronto pra distribuição, apreendido pela polícia 24

22

Jornais Liberdade e Boletim Inter-prisional, órgãos dos presos políticos, produzidos manualmente

23

Gráfica clandestina. Brooklin, São Paulo, 1936

87


25

São Paulo, 1º de Maio de 1939

30

O PCB RESISTE 26

Choque entre comunistas e integralistas na Avenida Paulista, 1937

29

27

28

Criada na Bahia (1938), a revista Seiva projeta-se como órgão antifascista legal no país; ao lado, João Falcão (esq.) e Eduardo Guimarães, diretores

Honório de Freitas ocupa a secretaria-geral do PCB por alguns meses após o levante de 1935

88

Manifestação em Washington contra o assassinato de Victor Barron


i i

31

Voluntários das Brigadas Internacionais. Pode-se reconhecer José Homem Correia de Sá e Dinarco Reis

32

BRIGADAS INTERNACIONAIS

Apolônio de Carvalho (de bigode) com Dinarco Reis, na Resistência Francesa, 1942 e medalhas de combate que ele obtém

h

33

35

Apolônio (terceiro, de pé, da esquerda para a direita) com membros da resistência francesa 34

h

h

h

Solidariedade à República Espanhola, em cartaz de Miró Combatentes brasileiros nas Brigadas Internacionais que apoiava a República Espanhola contra as tropas fascistas de Franco, apoiadas por Hitler e Mussolini; na foto aparecem (em pé da esquerda para a direita) 1º Joaquim Silveira dos Santos, 4º Dinarco Reis; 5º José Correia de Sá

89


35

Passeatas da UNE no Rio, em 30 de junho (no alto) e 4 de julho de 1942 (abaixo) derrubam Filinto Muller

A UNE VAI À GUERRA

37 36

Mário Alves (esq.) e Jacob Gorender, líderes estudantis na Bahia, 1942

90


38

GUERRA AO NAZI-FASCISMO 39

Populares exigem que o Brasil entre na guerra ao Eixo

39A

Comício contra o nazi-fascismo em 1943 – palavras de ordem comunistas

Charge-gigante de Augusto Rodrigues em painel de 1943 no Teatro Municipal do Rio

Capa do jornal Correio da Manhã (23/8/42) com a declaração de guerra do Brasil

41

40

Passeata estudantil exige demissão do professor Herbert Fortes, “galinha verde” que fazia propaganda nazista no Colégio da Bahia, Salvador, maio de 1942

91


42

43

Preso na Casa de Correção (a foto é de 1941), Prestes (centro da foto) recebe a visita do jornalista equatoriano José Joaquim Silva (esq.) e do capitão Orlando Leite Ribeiro (dir.). O Cavaleiro da Esperança apoia a união nacional antifascista; ao lado, capa de uma edição de 1987 da biografia romanceada sobre Prestes escrita por Jorge Amado, publicada em 1942 Clandestina, a Conferência da Mantiqueira nao é fotografada; esta reconstituição, no traço de de Paulo Werneck, sai na Classe já na fase legal

44

O artista plástico gaúcho Carlos Scliar, 24 anos, já de uniforme, antes de partir para a Campanha da Itália; ao voltar, ele traz uma série de desenhos como estes, sobre o cotidiano dos pracinhas e, em seguida, filia-se ao PCB 45

92


1945-1948 870 DIAS DE LEGALIDADE

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

93


94


3

Soldados segurando a bandeira soviética com o portão de Brandemburgo ao fundo, no centro de Berlim. Abril, 1945

1

DERROTA DO NAZIFASCISMO 2

No Rio, apoio à URSS e o símbolo da FEB (“a cobra vai fumar”), homenagem aos pracinhas, iniciativa da Liga de Defesa Nacional (fundada na década de 1910), impulsionada pelo Partido Março de 1945

Estudantes ligados à UNE apresentam peça ridicularizando Hitler, Mussolini e Hiroito

95


4

1º Congresso Brasileiro de Escritores, janeiro de 1945; abaixo, manuscrito da Declaração de Princípios que ele aprova, texto de Astrojildo, Caio Prado e outros 5

7

6

Dois comícios em São Paulo pela Anistia de 1945: um liberal, na Praça da Sé (dir.), outro antifascista, no Largo de São Francisco (acima)

96


Festa da rendição da Alemanha na Praça da Sé, São Paulo, 8 de maio de 1945

8

9

Faixa dos comunistas na Avenida Rio Branco, em São Paulo, saudando os pracinhas brasileiros

97


10

Prestes deixa a Casa de Correção na Rua Frei Caneca, após nove anos de cárcere

Desenhos de Cândido Portinari espelham a mística em torno do

Cavaleiro da Esperança

11

ANISTIA Em 18 de abril de 1945 a Anistia liberta Prestes e os demais presos políticos. 12

14

13

Logo após deixar a prisão, Prestes oferece concorrida coletiva de imprensa (foto acima) e, no mesmo dia, vai à embaixada dos EUA, então aliados, dar os pêsames ao embaixador Berle Jr (no alto, à dir.) pela morte de Roosevelt. O jornalista e comunista Aydano do Couto Ferraz (ao microfone) homenageia o presidente recém-falecido

98


15

Cartaz da Campanha pela Anistia de 1945

16

Marighella (com a mala) sai da prisão na Ilha Grande (RJ) para a liberdade; abaixo, outros anistiados da Ilha, com familiares 17

99


18

LEGALIDADE

100

No dia 23 de maio de 1945 o PCB reúne cerca de 100 mil pessoas no Estádio do Vasco da Gama para ouvir o seu líder Luiz Carlos Prestes


101


102


19 20

COMÍCIO “SÃO PAULO A LUIZ CARLOS PRESTES” NO PACAEMBU Em 15 de julho, aproximadamente 130 mil pessoas lotam o Pacaembu numa homenagem a Prestes

Em carro aberto, Prestes chega ao estádio do Pacaembu, o maior do país na época

21

Pablo Neruda, recém-eleito senador pelo PC do Chile (será Nobel de Literatura em 1971), declama no Pacaembu trecho do poema que acaba de compor; abaixo, o original datilografado 22

103


PROPAGANDA COMUNISTA A legalidade e a possibilidade dos comunistas poderem disputar eleições produz uma inundação de cartazes, uns impressos, outros feitos à mão

104

23


24

105


25

O 7 de setembro de 1945 no Vasco, onde Getúlio cumprimenta João Amazonas, em foto da imprensa comunista. Vargas disse a Amazonas: “Apertando sua mão, quero apertar as mãos de todos os trabalhadores aqui presentes” 26

MOVIMENTO UNIFICADOR DOS TRABALHADORES Dirigentes do MUT: João Amazonas (dir.), Spencer Bitencourt e Euclides Vieira Logomarca do boletim do MUT; abaixo, dois exemplares do boletim de agosto e outubro de 1945

27

28

29

Outubro de 1945: numa coalizão incomum, Corinthians e Palmeiras (os escudos são da época) jogam amistoso no Pacaembu levantando fundos para o MUT; acima dos escudos, a súmula do “jogo vermelho”

106


30

31

Logotipo usado em 1945 nos Estatutos e documentos do Partido, como nesta ficha de Mariguela A sede nacional do Partido, na legalidade: Rua da Glória, 52, Centro do Rio

32

33

Primeiro pleno do Comitê Nacional do PCB na legalidade (agosto de 1945)

107


34

35

i

36

108

PRÓ-CONSTITUINTE

i

i

A saudação (esq.) e as bandeiras comunistas nas manifestações pela Assembleia Constituinte de 1946; acima, Marighella, Grabois e Prestes (assinalados) na imensa recepção aos combatentes da FEB no Rio


37

1945: comícios pró-Constituinte no Rio de Janeiro (acima), no Anhangabaú, São Paulo (abaixo, sinalizados, Pomar, Prestes e Zé Duarte), e na capa da Tribuna Popular

39

38

h h

i

h

109


40

110


41

Prestes saúda a multidão ao sair do posto de alistamento eleitoral em Baquirivu (hoje São Miguel Paulista). À direita, Rui Santos com uma câmera, recolhe imagens para um documentário que foi apreendido pela polícia de Dutra

42

Prestes no bairro operário da Mooca, em São Paulo, 1946

111


h

43

Populares cumprimentam o Cavaleiro da Esperança em comício de bairro, SP. No palanque, José Maria Crispim (último à direita)

h 45

h

h

h

h

44

h

h 112

Comitê Estadual do PCB no Rio de Janeiro; Indicados com a seta vermelha: Arruda, Pomar, Lincoln Oest (de pé) e Claudino Silva

Executiva estadual do PCB de Pernambuco; Indicados com a seta: Agostinho de Oliveira, Gregório Bezerra e Alcedo Coutinho (sentado). Os três foram constituintes


46

47

48

CAMPANHA DO PCB PERCORRE O BRASIL

Prestes corre o Brasil falando ao Partido e ao povo; no alto, ouve Portinari em Campinas (SP); no centro, Prestes em Recife. Acima, à direita, foto tirada no aeroporto Dois de Julho, em Salvador, em 1945, quando Prestes visitou a cidade após a anistia. Da esquerda para a direita aparecem Estevam Macedo, Giocondo Dias, Prestes, Carlos Marighella e João da Costa Falcão.

49

h

Na foto ao lado, Prestes em Porto Alegre com Amarílio Vasconcelos (indicado com a seta vermelha)

113


51

50

Eugênia Moreira, diretora de teatro, jornalista e feminista pioneira, opera posto eleitoral na OAB-Rio

Fiúza discursa; Prestes, Amarílio Vasconcelos e Arruda ouvem

52 55

José Maria Crispim, no palanque onde José Duarte sorri; o povo o acompanha: Crispim tem 36.657 votos 54

Prestes discursa no centro de São Paulo; à direita, Mário Scott, eleito constituinte mas que não assume o mandato 53

O escritor Monteiro Lobato diz à Tribuna Popular: “Aceitei a candidatura a deputado por São Paulo na chapa comunista para demonstrar aos moços que, embora velho, não recuo da parte de responsabilidade que me toca”. Ao final, por problemas de saúde, não sairia candidato, mas apoiaria os comunistas Prestes em comício em Maceió

114


56

Abaixo, em destaque, curiosa publicidade de uma perfumaria da capital reflete o prestígio do Partido; no jornal, a lista dos candidatos, a apenas 18 dias da eleição

57

Corpo-a-corpo eleitoral na votação de 2 de dezembro de 1945 60 58

Dorival Caymmi em 1945: um jingle para a campanha de Prestes para o Senado

Prestes e Grabois (sinalizados), ao lado de outros dirigentes comunistas, acompanham a votação

h

h

59

115


61

A BANCADA DE 1945 O PCB elege 14 deputados e Prestes senador; veja quem são (os cartazes ao fundo da foto homenageiam militantes assassinados no governo Dutra):

Claudino da Silva Único negro na Constituinte; operário, 43 anos, 17 no PCB, 11 mil votos no estado do Rio

Osvaldo Pacheco Estivador de Santos, sergipano, 27 anos, recém-filiado; 18 mil votos em São Paulo

Joaquim Batista Neto Operário, cearense, 37 anos de idade, 14 no PCB; tem 14 mil notos no Distrito Federal

Gregório Bezerra Sargento, 45 anos, 16 de Partido, pernambucano; recebe 14 mil votos em Pernambuco

José Maria Crispim Sargento, 34 anos, 10 no PCB; tem 37 mil votos em São Paulo; é o mais votado na capital

116

Alcedo Coutinho Médico, 42 anos, 10 no PCB; suplente em Pernambuco (3 mil votos), assume no lugar de Prestes

Carlos Marighella Professor, 34 anos, 11 no Partido; preso até a Anistia de abril, conquista 5 mil votos, na Bahia

Alcides Sabença Faz 30 anos no dia da eleição, 11 anos de PCB, carpinteiro; tem 6 mil votos no estado do Rio*

Jorge Amado Romancista, 33 anos, 13 no PCB, 15 mil votos na Bahia; incluirá na Constituição a liberdade de religião

João Amazonas Paraense, 31 anos de idade e dez de Partido, industriário; tem 18 mil votos no Distrito Federal

Luís Carlos Prestes Capitão, 47 anos, 11 no Partido; tem 157 mil votos para senador pelo Distrito Federal e mais 49 mil para deputado no Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Pernambuco

Maurício Grabois Jornalista, criado na Bahia, 33 anos, 13 no PCB; recebe 15 mil votos no Distrito Federal

Milton Caires Médico, 34 anos, 10 de comunista; suplente em SP (11 mil votos), assume o lugar de Mário Scott***

*Sabença renuncia após a Constituinte; o major Henrique Cordeiro Oest (foto) assume o mandato

** Abílio se licencia por alguns meses, quando assume seu suplente, o tenente Trifino Correia (foto) Abílio Fernandes Metalúrgico em Pelotas, 44 anos; elege-se pelo Rio Grande do Sul, com 6 mil votos**

Agostinho de Oliveira Ferroviário, 42 anos; 16 no Partido; obtém 5 mil votos, em Pernambuco

***Gervásio de Azevedo, suplente de Milton Caires de Brito


117


62

63

Diplomação de Prestes no Senado 64

68

Na foto acima, da ANC, aparecem à frente Marighella, Prestes e Gregório Bezerra. Atrás deles, Agostinho de Oliveira, Alcides Sabença e Milton Cayres. (atrás de Marighella, Prestes e Bezerra)

A BANCADA DO PCB NA CÂMARA DOS DEPUTADOS Na foto à esquerda, aparecem, na frente Jorge Amado, Osvaldo Pacheco, Grabois e Amazonas. Atrás, Pedro Pomar, Francisco Gomes, José Maria Crispim, Agostinho de Oliveira, Henrique Cordeiro Oest e Gervásio Gomes de Azevedo 67

Pomar (esq.) e Grabois, líder do partido na Câmara, em viajem a São Paulo, março de 1947

Grabois assina a Constituição de 1946 66

Diógenes Arruda (esq.), Pedro Pomar e Gregório Bezerra, deputados do Partido, conversam com a jornalista Maria da Graça Dutra da Tribuna Popular

118

65

Claudino José da Silva, militante do Partido desde 1928. Como ferroviário foi dirigente sindical perseguido durante o Estado Novo. Eleito em 1945, foi o único negro constituinte e sofreu racismo da reação dentro e fora da Assembleia


69

72

Marighella conversa com ferroviários do Rio de Janeiro (1946)

70

Agostinho de Oliveira em palestra na Rádio Tabajara, João Pessoa

Deputado, Maurício Grabois conversa com o também comunista Aparício Torelli, o Barão de Itararé [1946]

71

Ficha de Grabois na Secretaria de Segurança: apesar da legalidade, a repressão política não descansa...

119


73 74

Recortes de jornais com notícias da bancada comunista na Constituinte

75

77

76

120


78

Cópia da Constituição de 1946 assinada pelos integrantes da bancada comunista

121


79

A base dos jornalistas e trabalhadores da Tribuna Popular 83

VIDA DO PARTIDO Plateia e mesa da inauguração da sede de Ribeirão Preto (SP)

80

Reuniões do PCB em João Pessoa (acima) e Criciúma (abaixo) 82

81

Conferência das Células dos bairros de Pinheiros e Jardins, na capital paulista, abril de 1947

122


84

Lançamento do Partido no Rio Grande do Sul (julho de 1945, foto do Correio do Povo)

Delegados baianos ao Congresso da UNE; assinalados, os jovens comunistas Mário Alves e Edíria Carneiro. Esta última se tornaria ilustradora dos jornais partidários

85

h h 123


86

Jornais do Partido: ao lado, a primeira edição da Tribuna Popular, líder da rede de imprensa, na véspera do comício no estádio do Vasco, mais tarde dirigida por Pedro Pomar; no meio, o diário Hoje, de São Paulo e, embaixo, A Classe Operária, órgão central do Partido

A IMPRENSA POPULAR Elói Martins, destacado dirigente do PCB, vende a Tribuna Gaúcha na Praça Parobé, Porto Alegre

São Luís

Tribuna do Povo Belém

Tribuna do Pará Fortaleza

O Democrata João Pessoa – Jornal do Povo Pedro Afonso

A Palavra

Recife – Folha do Povo Aracaju

Maceió

Jornal do Povo

87

A Voz do Povo

Goiânia

O Estado de Goiáz Salvador Belo Horizonte

O Momento

Jornal do Povo

Campo Grande

O Democrata

Vitória

Folha Capixaba São Paulo

Hoje

Curitiba

Rio de Janeiro

Tribuna Popular A Classe Operária Folha da Juventude

Jornal do Povo Caxias do Sul

A Voz do Povo

Jornais do PCB em fins de 1946

Rio Grande

A Voz do Povo

Porto Alegre

Tribuna Gaúcha

Logomarcas dos jornais de Pernambuco, Pará e Espírito Santo

124

diário

outros


88

Arruda e Eugênia Moreira vendem a Tribuna Popular que noticia a candidatura de Amazonas ao Senado 90

83

Bônus (frente e verso) da campanha por um programa de rádio 89

Série ilustrada de história de Olga Benário em quadrinhos n’A

Classe Operária (1946); Abaixo, propaganda da imprensa partidária

Uma campanha nacional financia a imprensa; bonecos que animam as finanças em São Paulo e na Bahia

Algumas revistas editadas pelos comunistas na segunda metade da década de 1940

125


92 91

Invasão e destruição da gráfica da Tribuna Popular pela polícia, em outubro de 1947 (à esquerda) e, novamente, logo após a cassação dos mandatos comunistas em 1948

93

96

Grabois, editor d’A Classe Operária, diante da sede do Partido, com Edíria Carneiro (esq.), ilustradora do jornal; ali ela conhecerá seu futuro companheiro, João Amazonas. Acima da foto, o logo da Classe renovado em 1946

Almoço de confraternização de líderes comunistas com jornalistas e funcionários do jornal Tribuna Popular numa churrascaria do Rio de Janeiro em 31-07-1946; abaixo, suas assinaturas no verso da foto

Dirigentes do Partido visitam redações: acima, a da Tribuna Popular; abaixo, a do Hoje (a partir da esquerda, Adolfo Roitman, Câmara Ferreira, Clóvis Graciano, Agildo Barata, Mário Scott, Milton Caires, José Tavares Dias) 95

94

126


97

Oscar Niemeyer: entra no PCB em 1945 (a foto é de 1947), já como famoso arquiteto da Igreja da Pampulha (croqui ao lado)

INTELECTUAIS E ARTISTAS

101

h

98

O artista plástico Carlos Scliar (esq.) e o jornalista Noé Gertel, que foi líder da Juventude Comunista nos anos 1930

Visita ao Brasil de Nicolás Guillén, poeta cubano da negritude, mais tarde Prêmio Stálin da Paz e entusiasta da Revolução da Sierra Maestra

99

100

O poeta chileno Pablo Neruda, recebido por intelectuais no Aeroporto de Congonhas (SP) em 1945 e, de branco, com Graciliano (esq.), Portinari e Jorge Amado – que na época escreve o romance-denúncia Seara vermelha

127


102

103

Paulo da Portela: o renomado sambista, vai a comícios do Partido e abraça Prestes em novembro de 1946, ao servir de jurado no desfile de 22 escolas pró Imprensa Popular, campanha lançada pelo Partido; a seguir o PCB promove o ‘Carnaval da Paz’, 48 escolas inscritas (ao lado, cobertura da Tribuna Popular); os comunistas dirigem a União Geral das Escolas de Samba do Brasil (Ugesb)

107

Comunistas 104 ilustram comunistas: gravuras de Santa Rosa para Vidas secas (acima.) e de Scliar para Seara vermelha (abaixo)

Monteiro Lobato publica esta denúncia do latifúndio em fascículos na Tribuna Popular (1947) e na Editorial Vitória, ilustrada por Percy Deane; a polícia de Dutra confisca, mas a obra tem várias reedições, algumas clandestinas

Lila Ripoll, poetisa e militante gaúcha, dirige o setor de cultura do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre 106 105

Pedro Pomar (esq.) visita o ateliê de Portinari

128

Prestes entrega ‘carteirinhas’ de militante a Portinari e Graciliano, em homenagem do Partido a seus intelectuais


Retirantes, óleo sobre tela, 190 x 180 cm, Petrópolis, 1944, acervo MASP

108

PORTINARI

Um dos maiores pintores do seu tempo. Companheiro de poetas, escritores, jornalistas, diplomatas, Cândido Portinari participa da elite intelectual brasileira numa época em que se verifica uma notável mudança na atitude estética e na cultura do País. A escalada do nazifascismo e os horrores da guerra, bem como o contato próximo com as históricas mazelas do Brasil reforçam o caráter trágico da vertente social da obra de Portinari e o conduzem à militância política. Filia-se ao Partido Comunista. Candidata-se a deputado federal, a seguir a senador, porém não se elege. Mais tarde, com o acirramento da repressão política, exila-se por certo tempo no Uruguai

Auto-Retrato, 1957

Coluna Prestes, óleo sobre tela, 46 x 55cm, Paris, 1950, coleção particular

129


110

109

Em 8 de julho de 1946 dá-se a abertura da 3ª Conferência Nacional do PCB na sede da ABI no Rio. Nela é reorganizado o Comitê Nacional e ratificada a linha política aprovada no ano anterior. Ao centro da mesa se vê o operário negro pernambucano José Francisco de Oliveira, membro do Comitê Nacional

114

Finanças: conclamação na imprensa partidária (1947)

Pleno ampliado do Comitê Central, 1947; no cartaz, Miguel Moreira, dirigente potiguar falecido pouco antes 111

113

112

130

1947: Apolônio de Carvalho, herói da Guerra na Europa, volta à pátria e visita familiares; a seguir, lidera a recém-criada União da Juventude Comunista (UJC)


115

Campanha de Cândido Portinari ao Senado; na foto abaixo, o pintor (assinalado) ouve Prestes em comício; ao lado, enorme pixação-propaganda no asfalto do Vale do Anhangabaú, em São Paulo

116

h

Veterano comunista e fundador do PCB, Astrojildo Pereira participa da disputa eleitoral de 1947

120

ELEIÇÕES 1947 Cartaz pró Amazonas; o desenho ao lado convoca para o “comício histórico” no Campo de São Cristóvão, no Rio de Janeiro

Em 1947 o Brasil realiza eleições gerais para escolher vinte governadores de estado e renovar 1/3 do Senado, além de eleições suplementares para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e algumas prefeituras e Câmaras Municipais do país.

117

118

Artigo do escritor e deputado Jorge Amado conclama o voto em Amazonas

119

Com esta campanha o bem-humorado Aparecido Torelly, o Barão de Itararé, (fotocaricarura ao lado) elege-se vereador pelo PCB do Distrito Federal

131


121

Arruda (esq.), Pomar, Gregório e João Amazonas 125

123

122

Os comunistas Pedro Pomar (esq.) e Arruda Câmara elegem-se deputados federais em 1947 (na legenda do PSP)

O comunista Jararaca, (José Luís Calazans), da célebre dupla Jararaca e Ratinho, arrecada fundos para o Partido

Anúncio na Classe Operária

132

124


126

Na eleição de janeiro de 1947 o Partido se coliga com Ademar de Barros em São Paulo; acima, comício final da campanha 129

127

Comunistas cumprimentam Adhemar de Barros pela vitória eleitoral em São Paulo. O PCB romperia com Adhemar pouco depois, chamando-o de “traidor do povo paulista” 128

Pomar, Scott, Prestes e Adhemar juntos no palanque; o acordo provoca polêmica, mas salva a presença do Partido no Parlamento: Arruda Câmara e Pedro Pomar, eleitos pelo PSP de Adhemar, escapam à degola dos mandatos comunistas

Getúlio e Prestes no palanque de Carlos Cirillo Júnior, candidato do PSD a vice-governador paulista (1947)

133


130

Zuleika Alambert, a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo no seu primeiro discurso

131

132

Armando Mazzo, líder sindical, elege-se prefeito de Santo André (SP) pelo Partido Social Trabalhista (PST) mas não o deixam assumir; ao lado, Mazzo, Mário Fernandes e Marcos Andreotti, um dos 13 vereadores cassados na cidade Lembrança da posse que não houve 133

135

No Distrito Federal (ao lado), o PCB elege nada menos que 18 dos 50 vereadores, entre eles duas mulheres: Arcelina Mochel e Odila Schidt

134

O jornal do Partido em Pernambuco, Folha do Povo, noticia a vitória do médico Manuel Rodrigues Calheiros para a prefeitura de Jaboatão; ao contrário de Mazzo, ele assume e cumpre o mandato; acima, no cartaz à direita, vereadores eleitos em Jaboatão e cidades vizinhas; os comunistas foram cassados

134


1948-1956 DE VOLTA À ILEGALIDADE, RESISTÊNCIA E UM NOVO PROGRAMA PARA O BRASIL

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

135


136


h h

1

A CASSAÇÃO DOS COMUNISTAS No dia 7 de maio de 1947, após uma batalha judicial, o PCB teve seu registro cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A exclusão dos comunistas do sistema político-partidário culminou, em janeiro de 1948, com a cassação dos mandatos de todos os parlamentares que haviam sido eleitos pelo PCB

Caio Prado Júnior e João Taibo Cadorniga (assinalados), ambos deputados estaduais do PCB em São Paulo, coletando assinaturas. O governo Dutra ameaçava passar por cima da Constituição para intervir em São Paulo, enquanto o registro e os mandatos comunistas passavam por processos de cassação

2

Manifestação reprimida na Praça da Sé, em São Paulo, contra a cassação dos mandatos do PCB pelo TSE

137


3

Dez de janeiro de 1948: a bancada comunista denuncia a cassação: na foto, Abílio Fernandes (esq.), José Maria Crispim, Francisco Gomes e Gregório Bezerra

4

Ilustração do jornal A Classe registra a luta contra a cassação dos mandatos comunistas 5

Dutra, ladeado por seus ministros, sanciona a cassação; consuma-se o golpe iniciado quando o TSE anulou o registro do PCB Policial exibe material confiscado do Partido

138


7

REPRESSÃO E PRISÕES 6

Invasão e empastelamento do jornal do Partido, O Momento, em Salvador

Prisão de Joaquim Câmara Ferreira. São Paulo, 28/9/1950

8

9

A polícia invade comitê eleitoral de Pedro Pomar e Rui Barbosa Cardoso, comunistas lançados pela legenda do PRT. São Paulo, setembro de 1950. No destaque, os cartazes que aparecem colados na parede do prédio

139


10

11

Gregório Bezerra preso logo após a cassação dos mandatos comunistas. Acusado falsamente de cometer atentado contra um quartel

15

Ficha do ator e radialista Mário Lago na Divisão de Polícia Política e Social (DPS); A opção pela militância comunista fez com que fosse preso em sete ocasiões: 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969 14

Policiais exibem bandeirolas comunistas apreendidas no Rio de Janeiro em dezembro de 1950

12

Sá Carvalho e Gomes da Silva, membros do Movimento dos Partidários da Paz, presos em março de 1952; abaixo, o Tribunal Militar julga oficiais (esq.) e policiais acusados de comunismo 13

140


16

MASSACRES DO GOVERNO DUTRA Acima, foto da tecelã Angelina Gonçalves assassinada no Primeiro de Maio de 1950 na cidade de Rio Grande (RS). Com ela tombaram mais três trabalhadores: Euclides Pinto, Honório Alves de Couto e Osvaldino Correia. Abaixo, retrato ilustrado de três dos quatro operários assassinados na chacina ocorrida na cidade de Livramento (RS) em 24 de setembro daquele mesmo ano. Os mortos eram Abdias Rocha, Aladim Rosales, Aristides Correa e Ary Kulmann

Ilustração do artigo Honremos os heróis de Rio Grande, no jornal Voz Operária que noticia o massacre

Setembro de 1949. Massacre de Tupã (São Paulo) no qual morreram três comunistas: Miguel Rossi, Afonso Marma e Pedro Godoy

17

18

William Gomes, líder na mina de Ouro Velho, vereador comunista (Nova Lima, MG), assassinado diante de centenas de testemunhas (1948)

141


19

A CAUSA DA PAZ

A luta pela paz ocupa imenso espaço na agenda do Partido Comunista dos anos 1940-1950, num quadro mundial de Guerra Fria; aqui, uma amostra da propaganda neste front

142


20

Apelo de Estocolmo pela proibição das armas nucleares, manuscrito por Prestes; assinaturas em seu apoio colhidas em Minas e bônus da campanha em Caratinga (MG)

143


RELAÇÕES INTERNACIONAIS 21

23

Voz Operária (outubro) de 1949 celebra o triunfo da Revolução Chinesa; abaixo, cartaz chinês da Guerra da Coreia 22

Mário Alves visita a China (1956)

24

27

Honório Cavalcanti discursa pela paz na Praça Vermelha, 1953

26

Delegação do PCB no cruzador Aurora

144

João Amazonas se reúne com delegações presentes ao 9º congresso do PC da Tchecoslováquia em 1949

25

No mesmo congresso Arruda se reúne com Palmiro Togliatti (de óculos) (secretáriogeral do PC da Itália), e Klement Gottwald (secretário do Partido Comunista da Tchecoslováquia) durante o Congresso do PC Tcheco


30

Movimento pela Proibição das Armas Atômicas (1950)

28

Passeata de jovens em Niterói (RJ)

29

Elisa Branco, costureira paulista, 38 anos, condenada à prisão por erguer uma faixa no 7 de Setembro (de 1950); uma campanha nacional a liberta e ela recebe o Prêmio Stálin da Paz; à esq. Elisa na capa da revista Momento Feminino

Acima, nota da Imprensa Popular destaca bilhete do escritor Pablo Neruda em apoio à libertação de Elisa; ao lado, desenho do jornal Voz Operária

145


31

33

MULHERES

34

146

Acima, delegadas ao congresso que funda a Federação de Mulheres do Brasil (FMB), em maio de 1949, no Rio; um marco no trabalho feminino do Partido; a FMB elege como presidente Alice Tibiriçá (na foto em destaque)

Comissão Patrocinadora da 1ª Conferência Latino-Americana de Mulheres (400 delegadas), realizada no Rio

32


35

36

Cartaz da Federação Polícia reprime atividade da FMB em São Paulo 37

Momento Feminino foi o primeiro periódico apoiado pelo Partido para o movimento de mulheres. Circulou de 1947 a 1956; à direita, ilustração de capa de uma de suas edições

38

39

Arcelina Mochel foi uma das mais destacadas lideranças políticas do PCB nas décadas de 1940 e 1950, por sua militância à frente do movimento de mulheres, das lutas populares e da imprensa de esquerda

147


40

Pichação comunista em muro de São Paulo protesta contra ameaça de intervenção de Dutra

41

46

Abaixo, Lincoln Oest, dirigente do PCB, no panfleto de candidato no estado do Rio, 1954 (sob outra legenda), e, ao lado, na ficha do Dops; será assassinado na tortura em 1972

42

43

Roberto Morena, ex-líder da Confederação dos Trabalhadores do Brasil (CTB), visita refeitório operário; ele é o único deputado federal comunista eleito em 1950, na sigla do PRT

45

Em 1954 o PCB elege deputado federal (na legenda do PRT/DF) o advogado Bruzzi Mendonça, que em 1957 deixa o Partido

148

Mais candidatos a deputado sob outras legendas: Ramiro Lucchesi, líder da CTB, em São Paulo, 1954; Armando Frutuoso, trabalhador da Light (torturado até a morte em 1975), no Distrito Federal, 1950

44


47

O secundarista Dynéas Aguiar começa sua militância política no movimento estudantil em 1950. Foi presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas e duas vezes presidente da União Nacional dos Estudantes Secundaristas (UNES), entre 1953 e 1955. Naquela época, a direita estudantil havia se apropriado da sigla UBES

48

Getúlio em charge de Augusto Rodrigues (no espelho) e na ácida caricatura da Voz Operária (abaixo)

50

A Voz vê na eleição de Vargas a “mera substituição de um Dutra por outro Dutra”; é a linha do Manifesto de Agosto, que faz o PCB pregar o voto em branco na disputa presidencial de 1950

49

Publicações editadas por comunistas no período; o semanário Para Todos contou com a colaboração de Jorge Amado e Oscar Niemeyer

Em 1949 o governo Dutra fecha o jornal do Partido, A Classe Operária; no lugar deste surge Voz Operária; na cisão de 1962, o PC do Brasil relançará A Classe; já o PC Brasileiro usará Voz como órgão central; em primeiro plano, o menino jornaleiro símbolo da Voz

149


51

MORRE STALIN Foto de capa da Voz Operária registra a pichação-monstro na escarpa do Morro Dois Irmãos, no Rio de Janeiro, pelos 70 anos de Stálin (1949), obra da montanhista e comunista Elza Monnerat (que será presa e torturada na Chacina da Lapa, 1976); muitos cariocas passam a chamar o Dois Irmãos de “Morro Stálin” 52

A morte de Stálin, em 5 de março de 1953, na Voz Operária e na Folha da Manhã, antecessor da Folha de S. Paulo 53

55

150

Foto e ilustração russa retratam multidão que acompanhou funeral do líder soviético

54


A GRANDE GREVE DE 1953 O Partido reflui, mas resiste. Dirige as lutas dos trabalhadores, que ganham impulso com o fim do governo Dutra. Está à frente da greve geral de 1953 em São Paulo, que começa com uma passeata de oito mil têxteis, paralisa 300 mil trabalhadores, dura um mês e triunfa. A onda de greve começou em 1951, quando 264 mil trabalhadores participaram de greves. Em 1952, esse número subiu para 411 mil e, em 1953, chegaria a 800 mil

56

60

Na capa da Voz Operária foto registra o momento em que o comando da greve anuncia a vitória; na foto ao lado, grevista preso 58 59

57

Comunistas que lideram a greve de 1953: a jovem tecelã Maria Salas (acima); Antônio Chamorro, com a família no 1º de Maio; e Ângelo Arroyo, 24 anos, na carteira do Sindicato

151


62

O PETRÓLEO É NOSSO

61

Panfleto do PCB contra o entreguismo e boneco usado na campanha

Ato na Faculdade de Direito da UFRJ; fala Roberto Gusmão, da UNE, entidade que vanguardeia a campanha O Petróleo é Nosso

63

64

Ato de criação do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo, em 1948, na ABI, Rio de Janeiro. No painel, homenagem ao ex-presidente Arthur Bernardes, uma das vozes em defesa do monopólio estatal do petróleo

Getúlio Vargas na refinaria de Mataripe, Bahia, em clássica foto com a mão manchada de petróleo. A foto é de 1952, um ano antes da criação da Petrobrás

152


1954: mulheres protestam contra a carestia 65

67

66

Trabalhadores exigem reajuste do salário-mínimo, que Dutra congelou por quatro anos

A Convenção pela Emancipação Nacional (1953) é uma iniciativa de frente, de comunistas e outros setores, inclusive militares; ao lado, ilustração publicada na Voz Operária

153


68

O SUICÍDIO DE VARGAS 69

Edição extra do Última Hora, getulista, e caricatura de um Getúlio servil num artigo do jornal comunista Voz Operária, a um mês do suicídio do presidente

Cortejo fúnebre de Vargas conduz o corpo do Palácio do Catete ao Aeroporto Santos Dumont 71

70

Acima, quebra-quebra na Cinelândia, Centro do Rio. Ao lado, a imprensa do partido, colhida de surpresa pelo 24 de Agosto, tenta explicar a explosão de revolta popular

154


72

FINANÇAS, AGITAÇÃO E PROPAGANDA Cédulas, medalhas e selos usados na ação de finanças do Partido; Prestes é a figura pública de maior relevância

As cédulas, de 1952, são bônus da campanha de finanças em comemoração aso 30 anos de fundação do Partido; as moedas e selos arrecadaram recursos para a realização do 4º Congresso do PCB, em 1954

155


73

74

Outras publicações sobre as resoluções do 4º Congresso 75

4º CONGRESSO

O 4º Congresso do PCB (novembro de 1954) ocorre “em algum lugar do Brasil”; clandestino, não é fotografado mas a Voz publica esta ilustração; ao lado, o Projeto de Programa, que teve “apenas” 4 milhões de exemplares distribuídos 77

Os dirigentes que assinam os informes ao Congresso, em desenhos da imprensa do Partido:

Arruda (Programa)

76

Grabois (agitação e propaganda)

Marighella (campanha eleitoral)

Prestes (informe político)

156

Amazonas (Estatuto)


78

79

Nas ruas, cartazes da campanha eleitoral de 1955 mostrando JK e Jango “unidos pelos ideais de Getúlio Vargas”

82

Cartaz indica o apoio do PCB a JK e Goulart na eleição de 1955; a aliança não pode ser em nome do Partido, sempre mantido na ilegalidade 80

Capa do jornal do Partido no momento da posse de JK: cobranças 81

Voz Operária de novembro de 1955 denuncia o movimento golpista que tentou impedir posse de Juscelino e Jango

JK (esq.) com seu vice, João Goulart, também um fiador junto aos trabalhadores

157


83 84

Primeira Liga Camponesa de Francisco Julião, no Engenho Galileia, 1955: o nome vem do trabalho camponês do PCB, que cria Ligas desde o fim do Estado Novo 89

José Porfírio (assinalado), com posseiros rebelados de Trombas e Formoso (GO, 1954-1957); ele “desaparecerá” sob a ditadura (1973)

Terra Livre, dirigido pelo Partido, circula de 1949 a 1964 e atua junto com a Ultab

MOVIMENTO CAMPONÊS 85

Ilustração-denúncia retrata o Bernardão (Francisco Bernardo dos Santos), líder de Porecatu assassinado em Jaguapitã

88

Lindolfo Silva (dir.) visita Sindicato no ABC Paulista; em 1954 ele funda a Ultab (União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil), em 1963 presidirá a Contag 86

87

158

Durante a 2ª conferência nacional da categoria, em 1954, é criada a União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil (Ultab), sob a liderança de Lindolfo Silva, militante do PCB, em 1963 ele presidirá a Contag

Desenho de Clóvis Graciano ilustra matéria sobre o latifúndio na Voz Operária

Manuel Jacinto Correia e Hilário Gonçalves Pinha (dir.), líderes dos posseiros de Porecatu (PR)


1956-1962 A GRANDE CISÃO

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

159


160


1

JK no comício da vitória, 24 de janeiro de 1956

3

Capa do especial do jornal O Estado de S. Paulo sobre o Relatório de Kruschev

Kruschev lê o seu informe no 20º Congresso do PCUS, realizado em fevereiro de 1956. Numa sessão paralela ao Congresso, Kruschev leu o seu relatório secreto onde denunciava supostos “erros e crimes” atribuídos a Stálin. Era o início de uma grande polêmica no interior do movimento comunista internacional

2

161


A maré grevista continua a crescer; acima, piquete bancário (outubro de 1961)

7

4

GREVES 5

Operário Morto na greve dos 400 mil em outubro de 1957; abaixo, reunião do comando de greve

6

Protesto contra decreto antigreve em 27 de agosto de 1957 no Rio de Janeiro

162


8

9

Rafael de Carvalho recita versos no lançamento da Campanha pró-Reforma Agrária Radical (1961); abaixo, assinalados, Francisco Julião (esq.), o Barão de Itararé, padre Alípio de Freitas e Prestes 10

11

Piquete dos estudantes durante a luta contra o aumento dos bondes no Rio, maio-junho de 1956

12

MAIS MOVIMENTOS

As Ligas camponesas foram o estopim de importantes conflitos fundiários que ocorreram principalmente na década de 1950

163


14

13

Agildo Barata, na foto, adota linha liquidacionista e é afastado do Partido Comunista. Ao lado, capa da revista onde ele expõe suas posições críticas ao movimento comunista

20

A repressão anticomunista arrefece sob JK, mas não cessa: abaixo, material confiscado numa gráfica (1956); Astrojildo, Grabois e Marighella fichados pela polícia; acima, interrogatório de Grabois e Amazonas, notíciado pelo Diário da Noite (1958)

Protesto contra o FMI diante do Palácio do Catete, Rio de Janeiro, 1958; Juscelino tem de voltar atrás e cancelar o acordo com o Fundo

16

15

19

18

Nelson Werneck Sodré, historiador, militar e marxista. Foi membro do ISEB e contribuiu com imensa obra

Ignácio Rangel, economista marxista

17

Dias Gomes, um dos maiores autores de teatro e novela do país, autor de clássicos como O Pagador de Promessas, teve boa parte de suas obras censuradas por terem “conteúdo marxista”

164


21

22

Amazonas, de volta à vida legal em 1958, com Edíria e os filhos Zélia (e.), Helena e João Carlos Polêmica Declaração de Março, que, em linhas gerais, seguia as teses do XX Congresso do PCUS

26

23

Contribuição dos comunistas à campanha de Cid Sampaio em Pernambuco, 1958 25

Crianças brincam com os “santinhos” espalhados no chão após o encenrramento da votação nas eleições de 1958 Prestes em 1958 com Moniz Bandeira, do PSB (em 1961 ele fundará a Polop - Política Operária) 24

Entrevista coletiva de Prestes após o relaxamento da prisão preventiva 1958

165


27

28

Protestos na sede da UNE contra as visitas do secretário de Estado Foster Dulles (1958) e do presidente dos EUA Dwight Ike Eisenhower (1960) 29

30

Em sua primeira visita como governante de Cuba ao Brasil, em maio de 1959, Fidel Castro se encontrou com o presidente Juscelino Kubitschek (dir.) e com o então futuro presidente João Goulart (esq.) no Palácio Laranjeiras, então sede do governo brasileiro

Manifestação das Ligas Camponesas em Recife, 1960

166

Fidel nas páginas do Novos Rumos (semanário do PCB, lançado em março de 1959, substitui a Voz Operária, com a linha da Declaração de Março).


31 Pomar

Arroyo

32

Danielli

Apesar de fazerem oposição às teses do Comitê Central, o V Congresso reelege Pedro Pomar, Carlos Danielli e Ângelo Arroyo. Contudo, João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda e outros dirigentes não são reconduzidos ao Comitê Central

Último dia do 5º Congresso do PCB na sede da ABI, Centro do Rio, setembro de 1960; Ao centro temos Prestes e Marighella. à esquerda, moeda e cédula para ação de finanças do 5º congresso

35

O líder sindical comunista Roberto Morena e João Goulart em 1960 no lançamento da Frente Operária Nacionalista de apoio à chapa Lott-Jango para presidência e vice-presidência da República

36

33

34

Grabois no fim dos anos 1950, quando a luta interna se aguça; é dessa fase seu artigo Duas Concepções, Duas Orientações Políticas, publicado na Tribuna de Debates do V Congresso do PCB, que demarca as posições no interior do Partido entre as linhas revisionista e marxista-leninista

Jango e Lott em campanha. Lott seria derrotado por Jânio Quadros, mas Jango se elegeria vice-presidente

167


37

38

Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, lidera a campanha da legalidade, que garante a posse de Jango; acima Brizola fala à cadeia nacional de rádios Rede da Legalidade; à esquerda, ato diante do Palácio Piratini

CAMPANHA DA LEGALIDADE

40

Carlos Lacerda, inimigo de Getúlio, JK e Goulart, visto como o Corvo por Claudius e pelo panfleto dos eletricitários

39

Gaúchos se alistam em Comitês de Resistência

168


41

42

Ranieri Mazilli empossa afinal o presidente Goulart

O “Trem da Legalidade”, iniciativa de Brizola, parte do Rio Grande em reforço à luta pela posse de Goulart; não chega a São Paulo pois a Legalidade vence antes; ao lado, o papel de ponta dos gaúchos 43

169


SURGE O PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO Em agosto de 1961, sob o pretexto de garantir a legalização do partido, o grupo de Prestes, que já controlava a direção do PCB, sumariamente adota novos Programa e Estatutos, modificando o nome para Partido Comunista Brasileiro e retirando as referências ao marxismo-leninismo, ao internacionalismo proletário e ao objetivo do socialismo.

44

45

Capa do Novos Rumos (Edição 151 de 29 de dezembro de 1961 – 4 de janeiro de 1962) destaca o anúncio da expulsão do núcleo revolucionário

Em defesa do Partido, um coletivo liderado por João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar, entre outros, lança o manifesto Carta dos 100. Documento que reafirma os princípios revolucionários da legenda comunista fundada em 1922 “Somos favoráveis a uma campanha que possibilite o retorno do Partido à vida legal. Acreditamos ser possível alcançar essa meta. Mas, queremos a legalidade do Partido revolucionário da classe operária que tenha como doutrina o marxismoleninismo e se guie pelos princípios do internacionalismo proletário. Trecho da Carta dos 100

170

46

Suplemento do jornal Novos Rumos com as decisões sobre Programa e Estatuto que provocam a Carta dos 100, Em defesa do Partido (abaixo), publicada no ano seguinte no jornal A Classe Operária, relançada pelos reorganizadores do PCdoB


1962-1964 REORGANIZAÇÃO E RECOMEÇO

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

171


172


3

2

Aniversário do Partido, apenas um mês após a reorganização; João Amazonas (de pé) está ladeado por Pedro Pomar (esq.) e Calil Chade

1

Cartaz anuncia evento do PC Brasileiro com o nome Partido Comunista do Brasil; divisão ainda não estava esclarecida para parte da militância comunista

PC do Brasil retoma publicação d’ A Classe Operária

173


5

4

José Duarte (último à esquerda), Pedro Pomar (centro), sua esposa Catharina (de colar escuro) e Luiz Vergatti (à esquerda de Catarina). A foto foi tirada na casa do militante Antônio Draetta (penúltimo à direita) em 1960. Eles participariam da reorganização do PCdoB cerca de dois anos depois

i

8 9

Amazonas visita Pomar em sua casa, no bairro do Tatuapé, São Paulo

Carlos Danielli na fase que precede o golpe (esq.) e já clandestino, em 1968

7

1963: Amazonas, no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), fala da cisão do movimento comunista internacional entre URSS e China; abaixo, Lincoln Oest e Elza Monnerat (a foto foi cortada nos arquivos da repressão)

174

Pomar em Iaçu (BA), 1963, com a nora Rachel, os netos Pedro Estevam e Vladimir Milton

6


10

Capa d’A Classe Operária com o documento de resposta a Kruschev, que acusou Grabois e Amazonas de criar um grupo antipartido e de terem por trás de sua ação a China de Mao

Grabois (esq.) e Amazonas em 1963, entrevistados pela Fatos e Fotos: “O papel do Partido é trabalhar para fazer a revolução”; a revista emprega a sigla “PCDB”

11

175


12

13

Passeata em São Paulo (agosto de 1962) assinala a fundação do Comando Geral dos Trabalhadores

Greve dos bancários em São Paulo, 1963

176


14

15

Acima, o presidente da UNE, Aldo Arantes; à direita, Vianinha anuncia peça teatral de Gianfrancesco Guarnieri, montada pelo CPC da UNE; ao lado, PM de Lacerda cerca a sede da entidade para barrar congresso pró-Cuba

16

18

Ferreira Gullar no lançamento do livro Cultura Posta em Questão (1963) em praça pública de São Luis (MA) 17

A peça A mais-valia vai acabar, seu Edgar, estreada em 1960, foi a precursora da experiência do Centro Popular de Cultura (CPC)

177


19

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Pequim, março de 1963: Mao Tsé-tung conversa com João Amazonas e Lincoln Oest

22

Tirana, maio de 1963: Pedro Pomar (esq.) e Consueto Calado (dir.) com o líder da Albânia socialista, Enver Hodja 20

Nota na Classe sobre a viagem de João Amazonas e Grabois para participar do 1º de maio em Cuba, 1962 21

Conferência de João Amazonas sobre Cuba realizada em 1962 na sede do PSB em São Paulo. Da esquerda para a direita, Amazonas, Jetero Faria Cardoso, Cid Franco, Pedro Pomar, Armando Gimenez e Armando Mazzo

178


23

João Amazonas, Lincoln Oest em reunião com Mao Tsé-tung em Pequim em março de 1963

26

25

Grabois (esq.) e Lincoln Oest, de pé, nos 14 anos da Revolução Chinesa (1963); na mesa também podemos ver Pedro Pomar e membros da delegação comercial chinesa, que seria presa logo após o golpe

24

Coletânea de documentos chineses explicitando sua polêmica com os soviéticos, lançada pelas Edições Futuro, ligada ao PCdoB

179


27

Osvaldo Costa dez anos antes de se tornar o legendário Osvaldão do Araguaia, em filme rodado em Praga, onde estuda engenharia; ali ele entra para o PCdoB; volta ao Brasil já engajado no projeto revolucionário; abaixo, na Tchecoslováquia, sinalizados, Osvaldão com Gilberto Olímpio Maria, que também seria um guerrilheiro do Araguaia 30

h h

28

29

Dynéas Aguiar e Sebastião Abreu, do PSB, fazem reconhecimento de área para montagem de guerrilha no interior de Goiás em 1963. A foto foi tirada por Ângelo Arroyo, que os acompanhava

Tropas mobilizadas contra a Revolta dos Sargentos ocorrida em Brasília em 12 de setembro de 1963. O PCdoB participou ativamente desse levante

180


31

Primeiro livro do Che lançado no Brasil, tradução de Maurício Grabois; é proibido e rende um processo. Ao lado, livro de Fidel traz os seus discursos desde o seu julgamento quando do assalto ao quartel de Mocada até o seu pronunciamento na ONU. Foram os dois primeiros livros lançados pela Edições Futuro, ligada ao PCdoB e criada no final de 1961. Eles mostram, junto com o livro de Bayo (abaixo), a influência dos revolucionários cubanos sobre o partido reorganizado 33 32

Manual de Alberto Bayo, veterano combatente da Guerra Civil Espanhola e da guerrilha na Sierra Maestra

Com a reorganização do PC do Brasil, seus dirigentes assumiram novas atividades. Para sobreviver, Pedro Pomar dava aulas particulares de russo e inglês e traduziu obras como Ascensão e queda do Terceiro Reich, de Willian L. Shirer; e A história me absolverá e De Moncada à ONU, de Fidel Castro

Edições e ilustrações d’ A Classe Operária, 1962-64; ao lado, manchete defendendo o voto nulo no plebiscito sobre a volta do presidencialismo que devolveria os poderes a Jango

181


Cartazes pró-Jango durante o comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, dia 13 de março de 1964, numa sexta-feira, dias antes do Golpe de primeiro de abril

182

34


35

Acima, profusão de faixas presentes no comício da Central do Brasil revela apoio dos trabalhadores; Abaixo, João Goulart discursa pelas Reformas de Base no Comício 37

No mesmo comício, cartaz que defende a legalidade para os comunistas 36

183


38

40

Protesto na Cinelândia no dia do golpe (a colorização é a usada na capa de Dos filhos deste solo, Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, 2008); abaixo e ao lado, tanques em Brasília e nas ruas do Rio de Janeiro

39

184


1964-1968 ABAIXO À DITADURA

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

185


186


1

Incêndio e saque da sede da UNE e Ubes no dia do golpe

187


i

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i

Em janeiro de 1965, Astrojildo Pereira (PCB) deixa o hospital onde ficou preso durante 3 meses; morreria logo depois

i

3

2

Dirigentes e militantes do PCdoB e PCB presos em 1964. Entre eles José Duarte (o segundo da direita para a esquerda) e Elisa Branco (primeira da direita). Outros dirigentes paulistas do PCdoB Nelly Siqueira (segunda da esquerda para a direita) e Mauro Alonso (terceiro da esquerda para a direita)

A DITADURA SE IMPÕE

7

6

Calil Chade, membro da executiva do PCdoB, é preso em agosto de 1964 5

1964. Barão de Itararé testemunha em defesa da delegação comercial chinesa, presa pelos golpistas e acusada de espionagem e terrorismo. Seu defensor foi Sobral Pinto. Ao lado fac-símile de carta toscamente falsificada visando incriminar os dirigentes do PCdoB João Amazonas, Maurício Grabois e Lincoln Oest, nomes que estão grafados em português num texto escrito em chinês

188

1964: Marighella (PCB) mostra marca do tiro recebido ao ser preso dentro do cinema. Logo escreveria o livreto Por que resisti à prisão, que lhe valeria uma repreensão da direção do PCB. Logo romperia com a legenda e fundaria a Ação Libertadora Nacional (ALN) 4


8 9

12

Em novembro de 1964, jovens militantes do PCdoB assaltam o Tiro de Guerra de Anápolis (abaixo) e tomam algumas armas; a ideia é resistir à derrubada do governador de Goiás, Mauro Borges; a ação, reprimida pelo Exército (acima), rende um IPM pontilhado por torturas 11

13 10

Documentos publicados sob a ditadura 14

Gregório Bezerra (PCB), preso no Quartel de Casa Forte, Recife, março 1964

189


15

FORMAÇÃO REVOLUCIONÁRIA Fotos dos arquivos do DOPS-SP de militantes do PCdoB que fizeram curso político-militar na China entre 1964 e 1966; para a Folha de S. Paulo (ao lado), eles foram identificados com a “provável colaboração” da CIA. No total foram enviadas três turmas envolvendo cerca de 30 militantes

16

190


17

Abaixo, lista, em português e chinês, dos integrantes da primeira turma do PCdoB a fazer o curso na China, em 1964; o terceiro nome da lista ficará famoso, na Guerrilha do Araguaia, como Osvaldão (foto ao lado); ao todo, serão 40 alunos, enviados em três turmas 18

191


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20

21

Luís Guilhardini, o Gustavo, operário naval, lidera a incorporação do Comitê Regional dos Marítimos ao PCdoB em 1964-65; vai para o CC na Conferência de 1966; morrerá na tortura em 1973 28

José Maria Cavalcante – ao lado de Guilhardini – era o principal dirigente do Comitê dos Marítimos que se incorporou ao PCdoB

Armando Frutuoso foi um dos líderes, em 1968 , da “Maioria Revolucionária” do Comitê Regional do PCBGuanabara, que vai para o PCdoB; Frutuoso morrerá na tortura (1975)

30

29

Lincoln Bicalho Roque entrou no partido com a dissidência do PCB da Guanabara. Tornaria-se um dos principais dirigentes do PCdoB e presidente da União da Juventude Patriótica no Rio de Janeiro. Assassinado pela ditadura em 1973

27 31

O PCdoB tem duas cisões em 1966. Uma delas foi o Partido Comunista Revolucionário (PCR), ativo em Pernambuco e Paraíba, tem à frente o camponês Amaro Luiz de Carvalho (abaixo), assassinado em 1971; Manoel Lisboa (acima, à esq.), assassinado em 1973, e Ricardo Zarattini

Lincoln Cordeiro Oest, dirigente nacional do PCdoB, em foto de sua prisão em São Paulo, agosto de 1968 25

26

22

João Amazonas com Mehmet Shehu (1966) e Pedro Pomar abraçando Enver Hodja (1967); estas visitas à Albânia definem o projeto das emissões da Rádio Tirana dirigidas ao Brasil 24

Ozeas Duarte, principal responsável pelo ingresso dos dissidentes do PCB do Ceará entre 1965 e 1966

A outra cisão é a Ala Vermelha, que atua em São Paulo, Minas, Goiás e Rio Grande do Sul, liderada por Tarzan de Castro

192

Mário Alves (o desenho é de homenagem póstuma) lidera a cisão que leva ao PCBR (1968); é trucidado pelo 1º Exército em 1970

23


32

EDSON LUÍS No Brasil, o rastilho de 1968 é o assassinato do estudante Edson Luís de Lima Souto (à direita), 18 anos, abatido a tiros durante uma passeata em defesa do restaurante Calabouço, no Centro do Rio; seu velório e enterro reúnem 50 mil pessoas

33

h

Assinalado na capa da revista, Ciro Flávio, estudante de arquitetura e militante comunista; dois anos depois ele partirá para o Araguaia, onde tombará em combate (1972)

193


35 34

Reunião das diretorias da UNE e Ubes (esta reorganizada havia pouco) em 1966; de bigode, José Luís Guedes, presidente da UNE, futuro deputado comunista eleito em 1982 pela legenda do PMDB-MG 39

Luís Travassos (falando), da AP, preside a UNE em 1967-68, quando tem início a aliança PCdoB-AP no movimento estudantil 36

38

194

Helenira Resende intervém numa assembleia estudantil na USP em 1968. Ela seria eleita vice-presidente da UNE em 1969 e depois ingressaria nas Forças Guerrilheiras do Araguaia. Na mesa-diretora (de pé) aparece José Dirceu, presidente da UEE-SP; na foto ao lado, Helenira enfrenta julgamento junto com outros líderes estudantis em 1968

O Ceará é o primeiro lugar onde o PCdoB assume a direção do movimento estudantil: o comunista João de Paula (ao lado) elege-se presidente do DCE da UFC em 1967; é sucedido por José Genoino (acima, com o suéter no ombro)

37


40

O estudante José Ferrreira Lopes (Zequinha) resiste à invasão do campus universitário em Curitiba; mais tarde ingressará no PCdoB; a foto, de Édison Jansen, ganha o Prêmio Esso de Jornalismo

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41

PASSEATA DOS 100 MIL Passeata dos 100 mil no Rio de Janeiro em 26 de julho de 1968. A manifestação foi uma resposta à violência da ditadura que, no mês anterior, reprimira duramente um protesto estudantil. O episódio, ocorrido no dia 21 de junho, ficou conhecido como Sexta-feira Sangrenta; 28 pessoas foram mortas naquele dia

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O Exército, de metralhadora em punho, obriga os grevistas de Osasco (SP) a desocuparem a Cobrasma na greve de julho de 1968 A luta dos trabalhadores se reanima; no 1º de Maio de 1968, na Praça da Sé, eles expulsam do palanque as autoridades ditatoriais e pelegos

44

46

Os estudantes Júlio Ribeiro, Ciro Flávio de Oliveira e Guilherme Lund foram presos e processados pela LSN por distribuir panfletos durante a passeata dos 100 mil, na frente da Estação Leopoldina. Ficaram 15 dias detidos e foram libertados por habeas corpus. Guilherme e Ciro Flavio seriam deslocados para o sul do Pará onde seriam mortos pelos órgãos de repressão durante a Guerrilha do Araguaia

Assembleia da histórica greve de 15 mil metalúrgicos de Contagem (MG), realizada em abril

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47

48

49

14 de outubro de 1968 – A polícia prende em Ibiúna (SP) 1.240 delegados ao 30º congresso da UNE, grande demais para ser clandestino; acima, julgamento dos Quatro de Ibiúna, que ficam presos mais tempo: Luís Travassos (esq.), Vladimir Palmeira, José Dirceu e Guilherme Ribas

O presidente da UNE Luís Travassos sendo conduzido preso após a queda do congresso de Ibiúna; ao lado, Guilherme Ribas, presidente da Upes e futuro guerrilheiro do Araguaia

A QUEDA DO CONGRESSO DE IBIÚNA 50

A multidão de estudantes presos em Ibiúna; nos protestos que se seguem em todo o país, nasce a palavra de ordem “A UNE somos nós, nossa força, nossa voz!”, assim como um comitê de mães dos presos

199


Amálio Couto, Salvador

Antonio de Pádua Costa

Guilherme Ribas, S. Paulo

Aurelio Miguel Pinto Dorea Bergson Gurjão, Fortaleza

51

Criméia Almeida, São Paulo Ielnia Gurjão, Fortaleza

José Genoino, Fortaleza

Nilton G. Oliveira, Salvador

200

Maurílio Patrício, RJ

Ozéas Duarte, Fortaleza

Terezinha Martins, Salvador

Iran Caetano, Vitória

Jaime Petit, Itajubá

Luiz Caires, Salvador

Pedro Albuquerque, Fortaleza

Celso Cotrim, Salvador

João de Paula, Fortaleza

Marcos A. Câmara, Salvador Marlene Fuser, Porto Alegre

Ronald Rocha, RJ

Augusto Mochel, São Luís

Sérgio Miranda, Fortaleza

Mauro Braga, Belo Horizonte

Vanilson Hesketh, Belém


COMUNISTAS DE IBIÚNA Na página ao lado e nesta, delegados ao 30º Congresso da UNE que militam no PCdoB e na AP (Ação Popular)

52

Augusto Petta, Campinas

Gildasio Cosenza, Viçosa

Helena Lopes, Campinas

José Loguércio, Porto Alegre

Liège Rocha, Salvador

Luiz Carlos Freitas

Mara Loguércio, Porto Alegre

Newton Miranda, BH

Ruth Cavalcante, Fortaleza

Celso Nespol, São Paulo

Myrna Terezinha, São Paulo

Maria Socorro Moraes, João Pessoa

Helenira Resende, a Preta, estuda Filosofia na Universidade de São Paulo e é diretora da UNE; irá para o Araguaia, como Fátima, morrendo numa emboscada

201


53

O ministro da Justiça, Gama e Silva, anuncia o Ato 5; logo após, tropa do Exército cerca o Palácio Guanabara (Laranjeiras, Rio)

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55

Estudantes da Universidade Mackenzie e da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) entram em confronto na rua Maria Antônia, centro paulistano. O choque teve início por conta de um pedágio cobrado pelos alunos da USP para levantar fundos para o 30° Congresso da UNE. Os estudantes do Mackenzie contavam com apoio do Comando de Caça aos Comunistas (CCC)

202

Márcio Moreira Alves discursa na Câmara


1969-1972 SOB O TACÃO DOS GENERAIS

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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204


1

Quinze presos políticos partem para o exílio, em troca da libertação do embaixador Elbrick, dos EUA, sequestrado por um comando da ALN-MR8. Em pé, Luís Travassos, José Dirceu de Oliveira, José Ibrahin, Onofre Pinto, Ricardo Vilas Boas, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, Ricardo Zarattini e Rolando Frati. Agachados, João Leonardo Rocha, Agonalto Pacheco, Vladimir Palmeira, Ivens Marchetti e Flávio Tavares.

2

3

Capitão Carlos Lamarca, caçado e morto no sertão baiano (1971)

Carlos Marighella, na última foto conhecida vivo, de 1967, e executado em um fusca na tocaia da Alameda Casa Branca, Zona Sul paulistana, 1969. Na ocasião, o PCdoB publica nota contra a violência da ditadura militar, redigida por Carlos Danielli

205


4

RÁDIO TIRANA A partir de 1968, auge da ditadura no Brasil, a Rádio Tirana transmite uma emissão em português vital para as comunicações do PCdoB Edyr Maia e Álvaro Cunha, com o filho Fernando, no centro de Tirana, início dos anos 1970; eles foram o segundo casal brasileiro a trabalhar na Rádio Tirana

5

Joaquim Barbosa e sua companheira Maria Angélica Cicarelli B. Oliveira (Ana)

8

O terceiro casal, Bernardo Joffily e Olívia Rangel, com a filha Mariana, recém-chegados à Albânia, em 1974

6

Ana Rocha (esq.) e Edson Silva (de bigode), o quarto casal de radialistas brasileiros em Tirana, com albaneses e Carmem Acevey, militante revolucionária argentina, a Flaca (de tranças), companheira de Dynéas Aguiar 7

Ana Rocha com Diógenes Arruda, que visita sua casa

206


10 9

Kitcho Pandeli, ex-guerrilheiro nas montanhas do sul da Albânia, dirige o setor internacional da Rádio

Madalena Guasco em Tirana, com a filha Helenira e, ao lado, com José Reinaldo de Carvalho e Agenor Silva 12

Os brasileiros Luciano Martorano (último da direita) e Carmem Elias (a terceira da direita para esquerda) assistem palestra para estrangeiros na Albânia

11

Fredo Ebling (esq.); e Kátia Souto são os últimos brasileiros na Rádio, até 1990; ao fundo, as casas onde moravam os radialistas estrangeiros

Gravura albanesa e anúncio das frequências para sintonização da emissora nos anos 1970, as duas imagens foram publicadas em edições d’A Classe Operária

207


13

Mário Alves, fundador do PCBR após romper com o PC Brasileiro; preso em 1970 pelo 1º Exército, Rio, morre na tortura por não delatar os companheiros

14

O dirigente da ANL Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo, trucidado num sítio clandestino (1971) 15

Livro-denúncia com capa de Elifas Andreato, escrito, publicado e distribuído clandestinamente em 1972 pela APML, já em processo de incorporação ao PCdoB. Imagem da reedição em fac-símile, publicada no cinquentenário do golpe 16

h Helenira Rezende saindo da prisão em 1969. Em seguida, seria eleita vice-presidente da UNE clandestina e depois seguiria para a região do Araguaia, onde o PCdoB organizava uma guerrilha rural

Documento “frio” de Dynéas Aguiar depois do Ato 5

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17

18

Divo e Raquel Guisoni, com a filha Iracema, na época em que o casal imprime numa gráfica clandestina o Livro negro da ditadura militar

19

23 24

i À esquerda, Diógenes de Arruda Câmara, em foto da prisão de 1969, quando foi selvagemente torturado; e em desenho feito a caneta sobre papel de seda por Régis Stephan de Castro Andrade (fotos acima), militante do Partido Operário Comunista (POC), quando estava no presídio Tiradentes

Acima, Luiz Guilhardini (indicado) com membros de delegações estrangeiras que participavam do congresso do Partido do Trabalho da Albânia em novembro de 1971; Ao lado, Danielli (esq.) e Guilhardini (dir.) com Enver Hodja em Tirana, no mesmo ano

20

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Grabois em visita à Albânia, 1969

i

Pedro Pomar encontra-se com o líder comunista Chu Enlai em Pequim (1972)

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26

Dirigentes da UJP (União da Juventude Patriótica): acima (à esq.) Lincoln Roque, suplente do Comitê Central do PCdoB; ao lado, Carlos Henrique Tibiriçá, secundarista, atua no Colégio Pedro II; acima, o dirigente da UNE, Ronald Rocha, em “comíciorelâmpago” no Centro; formada no Rio pelo PCdoB local, a UJP organiza centenas de jovens no início dos anos 1970, até ser desbaratada pela repressão; é precursora direta da UJS

32

Edição portuguesa de documento do Comitê Central escrito por Amazonas e Grabois no Araguaia, no início de 1972, logo antes do início da Guerrilha 28

30

Joel Vasconcelos, o Moreno, secundarista da UJP, sequestrado no Borel, Rio, em março de 1971, desaparecido desde então; é o primeiro mártir do PCdoB sob a ditadura militar

Documento de janeiro de 1969, em edições brasileira (clandestina) e argentina. Inspirado na teoria chinesa da guerra popular prolongada e que nortearia a preparação da Guerrilha do Araguaia

210

29


1972-1974 A GUERRILHA DO ARAGUAIA

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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1

Osvaldão é o personagem do cartaz de Jayme Leão para o 15º aniversário da Guerrilha

213


2

Ilustração de Bernardo Joffily retrata cena do Araguaia na imprensa clandestina do Partido

3

5

Osvaldo Orlando da Costa (o Osvaldão) em três fotos antes da mudança para o Araguaia. A foto na mata, segundo a sobrinha dele, é no quintal da casa da família em Passa Quatro Minas Gerais; à esquerda, Osvaldão ainda como esportista do Botafogo de Futebol e Regatas

4

214


i

6 7

Acima, Dinalva Teixeira adolescente sertaneja, sem sonhar que se tornaria a Dina do Araguaia, famosa como parteira e mais ainda como atiradora; abaixo, Dinalva e seu marido Antônio Carlos Teixeira, em uma rara foto tirada já na área guerrilheira

Assinalado, o médico João Carlos Haas em Porto Franco, já perto da área da Guerrilha

11

8

Ângelo Arroyo em foto familiar, antes de assumir o comando do Destacamento A da Guerrilha

10

i 9

i

i

Ao lado, Gilberto Olímpio (esq.) e André Grabois, assinalados, com moradores de Porto Franco, na margem maranhense do Tocantins; acima, Elza Monnerat, assinalada, no mesmo evento

215


12

PRISIONEIROS 13

14

i

Glênio Fernandes de Sá – sobrevivente da Guerrilha

Luzia Reis, guerrilheira presa em 1972; torturada, logra sobreviver

15

Antônio de Pádua, o Piauí (acima, assinalado), cercado por militares da Operação Marajoara em 1974 e, ao lado, preso no “Buraco do Vietnã”; desde então está desaparecido

18

Crimeia Alice Schmidt de Almeida, guerrilheira, com o seu filho Joca, nascido em condições precárias na prisão

19

16

17

Acima, José Genoino, ex-diretor da UNE e ex-presidente do DCE-UFC, um dos primeiros a ser preso, sobrevive Daniel Callado, o “Doca”, sob a vigilância do Sargento Santa Cruz em algum lugar das matas do Araguaia em 1974; ainda hoje desaparecido

216

Michéa Gomes de Almeida, o Zezinho do Araguaia, sobrevivente da Guerrilha, conduziu Ângelo Arroyo a São Paulo, após a terceira investida do Exército

i


Arte de Bernardo Joffily mapeia o cenário da Guerrilha para a revista Araguaia de 2005; abaixo, a localização da área da Guerrilha, na confluência do Pará, Maranhão e Goiás (hoje Tocantins)

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21

Organograma do PCdoB montado pelos órgãos repressivos, datado provavelmente de 1973

22

23A

23

Exemplares da revista O Araguaia, editada na Europa em apoio à Guerrilha

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Páginas do jornal A Classe Operária editadas durante o período da Guerrilha


24 25

Soldados na mata, Base 2 Tropa da

Operação Marajoara 26 28

27

Guerrilheiros mortos em fotos tiradas por militares; acima, Maria Lúcia Petit, a primeira a ter seus restos identificados, em 1996; ao lado, cadáveres (não identificados) com as mãos amarradas

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MORTOS E DESAPAREDICOS DA GUERRILHA DO ARAGUAIA Veja o nome correspondente aos números em cada foto na lista da página 222

1

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34 35

Guerrilheiros mortos em combate ou trucidados a sangue frio de 1972 a 1974 (nomes frios em itálico): 1) Adriano Fonseca (Chico); 2) André Grabois (Zé Carlos); 3) Antônio de Pádua (Piauí); 4) Antônio Carlos Teixeira; 5) Antônio Ferreira Pinto; 6) Antonio Guilherme Ribas (Ferreira); 7) Antonio Teodoro de Castro (Raul); 8) Arildo Valadão (Ari); 9) Áurea Valdão (Elisa); 10) Bergson Gurjão (Jorge); 11) Cilon Cunha Brum (Comprido); 12) Ciro Flávio Oliveira; 13) Custódio Saraiva (Lauro); 14) Daniel Calado (Doca); 15) Demerval Pereira (João Araguaia); 16) Dinaelza Coqueiro (Mariadina); 17) Dinalva Teixeira (Dina); 18) Elmo Correa (Lourival); 19) Francisco Chaves (Preto Chaves); 20) Gilberto Maria (Pedro Gil); 21) Guilherme Lund (Luís); 22) Hélio Luís Navarro (Edinho); 23) Idalísio Soares Aranha (Aparício); 24) Jaime Petit; 25) Jana Moroni (Cristina); 26) João Carlos Hass (Juca); 27) João Gualberto Calatrone (Zebão); 28) José Piauí Dourado (Ivo); 29) José Huberto Bronca (Fogoió); 30) José Toledo de Oliveira (Vitor); 31) Kleber da Silva (Quelé); 32) Líbero Castiglia (Joca); 33) Lúcia de Souza (Sonia); 34) Lúcio Petit (Beto); 35) Luis Renê Silveira (Duda); 36) Luiza Augusta Garlipe (Tuca); 37) Maria Célia Correa (Rosa); 38) Maria Lúcia Petit; 39) Mauricio Grabois (Mário); 40) Miguel Pereira dos Santos (Cazuza); 41) Nelson PiauÍ Dourado (Nelito); 42) Orlando Momente (Landim); 43) Osvaldo da Costa (Osvaldão,

Mineirão); 44) Paulo Mendes; 45) Paulo Pereira Marques (Amauri); 46) Pedro Alexandrino de Oliveira (Peri); 47) Rodolfo Troiano (Manoel do ‘A’); 48) Rosalino Souza (Mundico); 49) Suely Yumiko (Chica; desenho); 50) Telma Correa (Lia); 51) Uirassu Batista (Valdir); 52) Valquíria Costa; 53) Vaudick Coqueiro (João do ‘B’) 54) Henelina Rezende

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Araguaia, óleo de Jorge Brandão, ilustra capa de livro sobre a Guerrilha

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Livro impresso em Portugal antes da Anistia no Brasil 39

Revista dos dez anos da Guerrilha, ainda em plena ditadura; abaixo, Amazonas autografa a publicação; ao lado, Liège Rocha presa no lançamento em Salvador, junto com vários outros comunistas Em agosto de 1978, poucos anos depois do fim da guerrilha a revista História Imediata lança edição especial sobre a Guerrilha do Araguaia

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38 37

Jornal Movimento de 17 de julho de 1978 com tema de capa sobre a guerrilha do Araguaia

224

Tentativa de apreensão da revista ocorre também no Rio. Acima, o dirigente Carlos Henrique Tibiriçá, o Caíque, mostra o exemplar da revista proibida ao lado do deputado oposicionista José Eudes

36


42

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1980-81: Paulo Fonteles (acima), em série de artigos na Tribuna Operária; narra como a prática de advogado dos posseiros da área mudou sua visão sobre o Araguaia; antes, julgava que “aquilo foi um foco”; “hoje, minha compreensão inverteu-se completamente: há indicadores seríssimos de que a Guerrilha teve apoio e participação das amplas massas”

Paulo Fonteles na caravana de 1980 no Araguaia entrevista camponês sobre a Guerrilha do Araguaia. 43

Manifestantes cariocas (1986)

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Familiares dos guerrilheiros reunidos com o candidato presidencial Tancredo Neves (acima, à esquerda, 1984); e na saída do Superior Tribunal de Justiça (acima, 1985) Tribunal do Araguaia, evento realizado na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) em maio de 1987 por ocasião dos 15 anos da Guerrilha

Em Brasília, militantes do PCdoB cobram a verdade sobre os mortos e desaparecidos do Aragauaia no dia da posse de Tancredo (15 de março de 1985) 46

226


1973-1979 TERROR E CREPÚSCULO DA DITADURA

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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1

2

3

Lincoln Oest, dirigente comunista preso em 20 de dezembro de 1972 e torturtado até a morte Carlos Danielli, discursando pelo PCdoB no Congresso do Partido do Trabalho da Albânia em 1971 e morto na torturas em fins de 1972; no DOI-Codi-SP, interrogado pelo coronel Ustra sobre a Guerrilha, responde: “É disto que querem saber? Pois é comigo mesmo. mas não vou falar”

7

6

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Luís Guilhardini , em 1971 e depois de trucidado pela ditadura (1973) em foto do IML/RJ 5

4

Lincoln Bicalho Roque, dirigente do PCdoB preso e assassinado aos 27 anos no Rio (1973); cadáver com marcas de tortura

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8

Durante todo o período de severa repressão da ditadura militar o jornal A Classe Operária saiu entre mensal e bimestralmente, como Órgão Central do Partido Comunista do Brasil, levando os documentos partidários, suas notas e opiniões políticas da conjuntura nacional e internacional. Seus textos, muitas vezes, eram ditados nos programas da Rádio Tirana, copiados em diversos locais do país, mimeografados e distribuídos clandestinamente pelos militantes comunistas

11

9

Armando Frutuoso, operário da Light e dirigente comunista, morre na tortura em 1975, no Rio

10

Honestino Guimarães, ex-presidente da UNE e militante da APML, sequestrado pela repressão e desaparecido desde agosto de 1973

José Carlos Ruy, do lado direito da foto, atua no jornal Movimento

230


INCORPORAÇÃO DA AP Última resolução da direção nacional da APML (Ação Popular Marxista-Leninista) chama suas bases a entrarem para o PCdoB; uma parte delas já o fizera e a outra o faz nos meses seguintes; no total, mais de quatro quintos da militância da AP incorporam-se ao Partido; nas fotos da época, os retratos de alguns de seus principais quadros

12

Haroldo Lima

13

Rogério Lustosa

Aldo Arantes

Renato Rabelo

João Batista F. Drummond

Pericles Souza

Rui Frazão

José Novaes

Ronald Freitas

231


14

15

Manifesto com as três bandeiras. Março de 1975 17

Rui Frazão com o filho Henrique e a esposa Felícia; dirigente da AP, ele acaba de ingressar no PCdoB quando é preso (1974) na feira de Petrolina (PE) e desaparece

16

Jornalista Vladimir Herzog (esq.) e o metalúrgico Fiel Filho (acima), do PCB, assassinados pelo 2º Exército do general Ednardo d’Ávila Melo; na versão oficial, se suicidaram.

232


18

A CHACINA DA LAPA 20

19

Jover Teles, veterano dirigente do Partido, passa a colaborar com a ditadura e conduz a repressão até a casa onde houve a Chacina da Lapa A casa térrea, nº 767 da Rua Pio XI, bairro da Lapa, São Paulo, onde o Comitê Central se reúne, e sua porta da frente depois da invasão policial-militar da manhã de 16 de dezembro de 1976

João Batista Franco Drummond, 34 anos, preso e torturado até a morte no DOI-Codi

21

233


22 23

As vítimas fatais da Chacina: acima, Ângelo Arroyo, 48 anos; à direita, Pedro Pomar, 63 anos, ambos trucidados na invasão da casa; a ação repressiva “planta” as armas que aparecem na foto abaixo 24

234


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Homenagem do PCP(R) aos dirigentes do PCdoB assassinados na Chacina da Lapa

O dramaturgo Augusto Boal (ao microfone) fala para sete mil pessoas no comício internacionalista no Pavilhão dos Desportos em Lisboa (21/01/1977) contra a Chacina 27

28

Abaixo, Arruda Câmara no ato de encerramento do 3º Congresso do PC-R, Campo Pequeno, Lisboa, 1979; ao lado, pintura mural em Lisboa anuncia fala do PCdoB no evento; Portugal se solidariza com a luta antiditatorial no Brasil

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29

30

31

Julgamento dos presos na Chacina na Auditoria Militar de São Paulo (1977): a partir da esquerda, Maria Trindade, Elza Monnerat, Haroldo Lima, Wladimir Pomar, Aldo Arantes e Joaquim Celso de Lima; ao final, o STM condena todos, com base na Lei de Segurança Nacional; ao lado, Luiz Eduardo Greenhalgh, 28 anos, advogado dos presos; denuncia as torturas sofridas e, dois anos depois, preside o CBA (Comitê Brasileiro pela Anistia)

33 32

Cartaz português convida para o comício de solidariedade no Porto; ao lado, colagem de cartazes convoca o comício em Lisboa

236

Cartaz de entidades estudantis de Portugal presta solidariedade a Aldo Arantes e aos presos na Chacina da Lapa


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i O ex-presidente da UNE ( 1966-1967) José Luis Moreira Guedes (assinalado pela seta branca) com Enver Hodja na Albânia 38

i

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Renato Rabelo (de bigode), Arruda Câmara (com flores na mão) e Dynéas Aguiar (paletó claro) e dirigentes albaneses

36

Enver (ao centro) e sua esposa Nexhmije Hodja (segunda à direita com a bolsa) com brasileiros exilados; entre eles, a artista plástica Tereza Costa Rego, Luis Guedes (último à esquerda) e Olívia Rangel (segunda à esquerda)

O líder comunista albanês Enver Hodja, abraçando João Amazonas

37

Diógenes Arruda ministra aula sobre a história do PC do Brasil a militantes comunistas brasileiros e portugueses em Tirana. Outro professor desse curso foi João Amazonas, que tratou da situação brasileira e a Guerrilha do Araguaia. Na foto aparecem: Tereza Costa Rego (companheira de Arruda), Loreta Valadares, Olívia Rangel, Bernardo Joffily, Maria Ester Cristelli entre outros

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Loreta Valadares denuncia a ditadura pela Rádio Suécia; abaixo, Loreta e seu marido, Carlos Valadares, no documento sueco que lhes concede asilo (1975)

Presídio do Barro Branco (SP), 1974. Marcados estão os militantes do PCdoB Ozéas Duarte, Antônio Barbosa, César Teles e José Genoíno 42

41

Rabelo no exílio

Rogério Lustosa (sentado no chão) e companheiros de cárcere no presidio Paulo Sarasate, Fortaleza

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44

A 7ª CONFERÊNCIA

A 7ª Conferência do PCdoB reúne-se fora do país, na Albânia, em duas partes entre 1978 e 1979, por razões de segurança. Ao lado, sessão de abertura com uma saudação de Ramiz Alia, representando o Partido do Trabalho da Albânia.

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Desenho em anotação de participante da Conferência

Plenário da segunda parte da Conferência: na foto vemos à esquerda Bernardo Joffily, Etelvino Oliveira; à direita Diógenes Arruda, Jô Moraes, Ronald Rocha, Nelson Levy e Célia Maria Medeiros da Rocha Paes 46

Delegados da segunda fase fazem um minuto de silêncio pelos que tombaram durante a ditadura militar. Do lado esquerdo, Sérgio Miranda, Dynéas Aguiar, do outro lado, Arruda, Nelson Levy e Edson Silva (de bigode) 47

Momento de desconcentração dos delegados da segunda fase da 7ª Conferência. Na foto aparecem Bernardo Joffilly, Ronald Rocha, Jô Moraes, Célia Rocha Paes, José Reinaldo de Carvalho e Maria Conceição Tupinamba dos Santos. Na parede está escrito: “Viva o comitê central do PTA (Partido do Trabalho da Albânia ) sob a liderança do camarada Enver Hodja”

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Comunistas brasileiros participantes da 7ª conferência entre estudantes albaneses. Na foto aparecem Dynéas Aguiar, José Reinaldo de Carvalho, Bernardo Joffily, Ronald Rocha, Jô Moraes

Delegação brasileira em evento no interior da Albânia. Na foto aparece da direita para a esquerda Dynéas Aguiar, Ana Rocha, Carmem Acevey (Flaca) e Edison Silva

51

Delegados da 1ª fase da 7ª Conferência do PCdoB, realizada em 1978 na Albânia. Na foto aparecem João Amazonas, Rogério Lustosa, Edson Silva, Diógenes Arruda, Nelson Levy, Dynéas Aguiar, Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho, Sérgio Miranda, Manoel Geraldo Cação (Quincas), Leda Ribeiro de Barros, Maria Dolores Bahia e Celeste Dantas

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A Classe, em edição mimeografada, orienta “cada organismo e cada comunista” a aplicarem a linha da 7ª Conferência

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Anotação de Jô Moraes, ao lado, na Conferência; paraibana, atuando clandestinamente em Minas, ela será presidente nacional da UBM, vereadora, deputada estadual e federal, sempre pelo PCdoB


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Vésperas da Anistia: Isaura Lemos, futura deputada estadual (PCdoB-GO), amamenta Elenira Tatiana, futura vereadora (PCdoBGoiana); Isaura e seu marido Euler Ivo militam na clandestinidade, na floresta acreana; ao lado outro casal clandestino, Eneida e Neco Panzera, no sertão baiano (1972) com os filhos Jorge (esq.), Mauro e Maurício; em 2013 Jorge, após presidir a UJS, é eleito para o Comitê Central do Partido

NO CAMPO E NA CIDADE

O Partido não absolutiza o trabalho clandestino nem o campo; abaixo, Benedito Cintra em 1976, na sua primeira campanha, para vereador, na legenda do MDB; apoiado nas bases comunistas da Freguesia do Ó e Brasilândia, Cintra chegará à Câmara Municipal e mais tarde à Assembleia Legislativa, já pelo PCdoB 57

241


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RECONSTRUÇÃO DA UNE

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Maio de 1979: no Centro de Convenções da Bahia, superlotado, o 31º Congresso da UNE reconstrói na luta a entidade máxima dos universitários; o PCdoB elege para presidir a UNE o baiano Ruy César Costa e Silva (assinalado na foto abaixo); ao seu lado está José Genoíno, ex-diretor da UNE então no PCdoB

i

Retomada simbólica da sede da UNE e Ubes na Praia do Flamengo, Rio de Janeiro, 1979

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61

MOVIMENTO DO CUSTO DE VIDA 62

Panfleto do movimento paulistano contra a carestia, recolhido pelo Dops

13 de abril de 1978: a fábrica Scania, São Bernardo, SP, é a pioneira numa inédita onda de greves 64

63

Aurélio Peres e Irma Passoni em Campanha em 1978. Aurélio era operário metalúrgico da zona sul da cidade de São Paulo e foi o primeiro deputado eleito pelo PCdoB desde a reorganização em 1962. Na foto acima, Aurélio discursa em atividade da campanha contra a carestia na Praça da Sé, São Paulo, em agosto de 1978

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Maria Saraiva, militante do Movimento Contra a Carestia, em campanha de Aurélio Peres para deputado federal em 1978 66

Antônio Almeida Soares, o Tom, e Ana Martins. Casal teve atuação combativa e marcante nas periferias paulistanas 67

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Já eleito único operário no Congresso Nacional, Aurélio acompanha o cortejo fúnebre de Santo Dias da Silva, operário morto pela PM na greve metalúrgica de outubro de 1979; ao seu lado, a viúva Ana Dias, ativista do Movimento contra a Carestia

Cartaz com foto de Santo Dias convida para protesto durante julgamento do PM que o assassinou

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CAMPANHA DA ANISTIA Luta pela anistia mobilizou amplos setores, primeira ação com caráter de massas contra a ditadura militar

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Abril de 1979: Alanir Cardoso sai da prisão na Ilha de Itamaracá, após quase cinco anos de cárcere, e imediatamente participa (abaixo) de evento do CBA em Pernambuco

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Atividade pró-Anistia em Maceió reúne Sérgio Barroso, Eduardo Bomfim, Renan Calheiros e Ênio Lins (de óculos, discursando)

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Manifestação de 20 mil na Cinelândia, Rio, exige Anistia ampla, geral e irrestrita, bandeira de toda a campanha; o governo do general Figueiredo admite a Anistia, como parte de sua política de “abertura”, mas deseja-a parcial, restrita e “recíproca”, beneficiando também os torturadores e assassinos do aparato repressivo

O senador Teotônio Vilela (MDB-AL) visita todos os presos políticos do país, como presidente da CPI que discute a Anistia, e apresenta substitutivo ao projeto oficial; o Menestrel das Alagoas é um oposicionista tardio mas mostra imbatível firmeza e coragem, tornando-se grande amigo do PCdoB


1979-1983 DE VOLTA À LUZ DO DIA

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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1

O público pressiona os deputados no dia da votação da Anistia (22 de agosto de 1979); uma Câmara ainda submissa vota a lei que a ditadura quer, restrita e “recíproca”; 11 presos políticos (quatro deles do PCdoB) são libertos no dia 28; outros 42 continuam encarcerados, pois foram condenados por “crimes de sangue”

3

2

Manifestação de familiares dos desaparecidos políticos

No mesmo mês da Anistia, o arcebispo de São Paulo, do Paulo Evaristo Arns (acima) inicia o Projeto Brasil Nunca Mais, que em 1985 produz o livro ao lado; com apoio do rabino Henry Sobel e do pastor Jaime Wright, o Projeto faz um levantamento sistemático dos crimes da ditadura, inclusive listando 444 torturadores

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4

PRESOS LIBERTOS, EXILADOS DE VOLTA 8

Teotônio Vilela com Elza Monnerat quando ele visitava os presos políticos um pouco antes da decretação da anistia. A imagem é um frame extraído do filme O Evangelho segundo Teotônio do diretor Vladimir Carvalho

29 de agosto de 1979: Elza Monnerat, sorridente, deixa a prisão 5

Aldo Arantes ao ser libertado, com a esposa Dodora e os filhos André e Priscila; abaixo, Haroldo Lima pouco antes da Anistia, entrevistado pelo jornal Movimento, e já de volta à militância na Bahia 7

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Renato Rabelo, ao lado de Artur de Paula, é recepcionado no aeroporto de Salvador 11

Arruda é recepcionado por militantes em aeroporto de Campinas (SP). Embaixo, em debate com o militante da Convergência Socialista e presidente da Adunicamp, José Vitório Zago

i 13

i

Haroldo Lima, assinalado, e Renato Rabelo noutro ângulo da recepção em Salvador. Assinalada Ana Guedes militante dos direitos humanos da Bahia

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Arruda cumprimenta José Salles (PCB) diante de Apolônio de Carvalho

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O RETORNO DE AMAZONAS 15

Maria Trindade, presa durante a chacina da Lapa, abraça João Amazonas; acima, convite para o ato no aeroporto, onde a recepção foi impactada pela fulminante morte de Diógenes Arruda 16

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Última foto de Arruda, já mostrando visível desconforto

Cartaz de Pestana para homenagem a Arruda em 1989

Enterro de Arruda: Elza Monnerat rende tributo, Antônio Barbosa, José Duarte, Genoíno, José Novaes e Haroldo Lima acompanham; a bandeira do Partido que cobre o caixão é provavelmente a primeira a aparecer em público desde 1964

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21

O sepultamento de Diógenes Arruda, no Cemitério São Paulo, é um testemunho de que a causa que conduziu sua existência vai prosseguir. Estão à vista na foto Florestan Fernandes, José Luís Guedes, José Dalmo Ribas, Elza Monnerat, Olívia Rangel, José Genoíno, Lejeune Mirhan, Dilair Aguiar, José Novaes, Barbosinha, entre outros.

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20

A artista plástica pernambucana Tereza Costa Rego, viúva de Diógenes Arruda, pinta A Partida, pintura acrílica em homenagem ao dirigente comunista

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22

A TRIBUNA Em outubro de 1979 o PCdoB lança a Tribuna da Luta Operária (TLO), jornal de massas, quinzenal no início, semanal após a 61ª edição; Rogério Lustosa é o diretor e Bernardo Joffily o redator-chefe; a Tribuna passa a ser uma expressão legal do Partido, ainda formalmente proibido; Elifas Andreato cria o logotipo do jornal; e presenteia também o quadro ao lado, que passa a ser uma espécie de símbolo

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A Tribuna Operária sofre perseguição ditatorial: as duas edições (à esq. e abaixo), entre outras, são apreendidas pela Polícia Federal; muitos “tribuneiros” são presos ou agredidos nas ruas e portas de fábrica; à direita, a primeira edição do jornal 23

24

Protesto no Rio contra atentado anterior (1980), que que explode bomba na sucursal carioca da Tribuna

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25

TRIBUNEIROS 26

i 02/1982 - Valorosa equipe da Tribuna da Luta Operária (TLO), comandada por Rogério Lustosa. Além dele, aparece Bernardo Joffily, Olívia Rangel, Divo Guisoni, Carlos Pompe, Altamiro Borges, Luiz Gonzaga, Domingos de Abreu, Márcia Viotto, Luís Carlos Leite, Múcio Rodolfo Neto e Eliandre (lia). O jornalista responsável era Pedro de Oliveira.; abaixo, inauguração da sucursal de Campinas (SP); as sucursais funcionam como sedes informais do ainda proibido PCdoB

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Ronald Freitas, diretor administrativo dos primeiros tempos da Tribuna, fala a militantes do Ceará 27

Trabalhadores de fábrica de Barrinha (SP) leem a Tribuna 29

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Rogério Lustosa no lançamento do jornal no Rio (acima, ao centro da foto) e em palestra em Alagoas (à esquerda)

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Acima e ao lado, leitores da Tribuna na estiva do Acre 34

“Tribuneiros” Augusto Buonicore, 21 anos, e Carlos Daniel Toni, oito anos; os “tribuneiros” são a alma do jornal, garantem que ele chegue ao povo

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Policial exibe cartaz assinado pelo Partido

Escombros os arquivos do jornal depois do incêndio criminoso na madrugada da Páscoa de 1984 (três dias antes da emenda das diretas ser votada); após o fogo, a Polícia Federal saqueia o acervo dos arquivos e nunca os devolveu

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O deputado estadual Benedito Cintra e o vereador Walter Feldman, ambos do PCdoB, visitam a redação após o ataque; ; acima, charge de Jaime Leão; muitos outros se solidarizam, do cantor Ivan Lins ao escritor Fernando Morais, Ulysses Guimarães, Orestes Quércia, Fernando Henrique Cardoso...

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Rogério Lustosa, diretor da Tribuna, e o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh denunciam o confisco de mais de 8 mil fotos pela PF, acima, em coletiva de imprensa, e abaixo, em ato de protesto na Assembleia Legislativa paulista 44

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O trabalho de reconstrução começa imediatamente, com mão de obra e recursos vindos da solidariedade “tribuneira”

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Metalúrgicos de São Bernardo (SP) em assembleia no estádio de Vila Euclides durante a greve de 41 dias em 1980, a mais longa e radical, da maré grevista iniciada em 1978, com intervenção no Sindicato, prisão de Lula e outros líderes

ASCENSO DO MOVIMENTO CAMPONÊS, OPERÁRIO E ESTUDANTIL

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Sobrado da Rua Capitão Macedo, Vila Mariana, que sedia o Comitê Regional do PCdoB-SP; mais tarde torna-se a sede da campanha pela legalidade

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No 1º de Maio de 1980, em plena greve, o governo interdita o Vila Euclides; a PM cerca a multidão na Praça da Matriz; por fim, o governo cede; acima, o comunista João Batista Lemos, operário da Volks, discursa para 100 mil pessoas no Vila Euclides

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Raimundo Lima, o Gringo, entrevistado pela Tribuna, 1980; sindicalista de Conceição do Araguaia, bem onde houve a Guerrilha, será morto dias depois 55

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Programa e ficha da Judepro, organização juvenil herdeira da UJP e precursora da UJS; embaixo, 300 jovens na reunião de fundação e Luciano Martorano, presidente da Judepro; Aldo Rebelo em dois momentos do 32º Congresso da UNE, Piracicaba (SP), outubro de 1980; um mês depois ele será o único presidente da UNE escolhido em eleição direta, com 380 mil votantes 52

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1982: Congresso em Piracicaba (SP) elege Clara Araújo; pela primeira vez uma mulher preside a entidade 58

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Javier Alfaya, então presidente da UNE, visita o líder palestino Yasser Arafat

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O Partido atua nas escolas por meio da tendência estudantil Viração (cartaz acima)


59

Campanha da Viração para o DCE da PUC-São Paulo em 1981

VIRAÇÃO A Viração lidera as campanhas do movimento estudantil que tem como centro as lutas em defesa da democracia dentro das universidades 62

60

Prisão de Javier Alfaya, presidente da UNE (1982); como ele nasceu na Espanha (veio para o Brasil com sete anos), a ditadura tenta extraditá-lo; à direita, cartaz e manifestação de rua em defesa de Javier 61

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63

Galera da Viração secundarista de São Paulo em 1982. A chapa deles ficou em segundo lugar na eleição direta para direção da UPES ocorrida naquele ano, perdendo para o pessoal do Alicerce. Mas a Viração era uma tendência em rápida ascensão e ganharia a entidade em 1985, tendo à frente Sueli Scutti. Na foto aparecem: Marta Regina Maia, candidata à presidenta da UPES, Iracema Guizoni, Laldert Castelo Branco, Janaína Telles, Nicola Martorano entre outros

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Mesa do Congresso de Reconstrução da Ubes no Paraná em outubro de 1981. No microfone, Breno Altman. Na foto à esq., parte da bancada da Viração secundarista. Na foto aparecem Marta Maia e Cláudia, membros da Viração. E Breno Altman e Sérgio Amadeu, que seria eleito primeiro presidente da Ubes reconstruída 65

Três dirigentes da gestão de reconstrução da UBES, ligados à Viração, dão entrevista à Tribuna da Luta Operária em junho de 1982. Eram eles Apolinário Rebelo (vicepresidente), Virgílio Alencar (departamento de imprensa) e Marta Maia (departamento feminino). No ano seguinte Apolinário seria eleito presidente da entidade num congresso em Campinas

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67

10 de setembro de 1980 – O secretário-geral do PCdoB João Amazonas ministra palestra na sede da Associação Brasileira de Imprensa em São Paulo durante o lançamento do livro O Imperialismo e a Revolução, de Enver Hodja. Esta foi a primeira publicação da editora Anita Garibaldi. A promoção coube ao Centro de Cultura Operária (CCO). À mesa, estão o veterano comunista José Duarte, João Amazonas e Ronald Freitas e, também, Antonio Barbosa (o Barbosinha) que não aparece na foto 68

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O aniversário da Revolução Russa em 1980 é um teste de força para o Partido nas condições pós-Anistia; 1.800 militantes, na maioria operários, lotam o cine Roxy, no Brás, Zona Leste de São Paulo, para ouvir João Amazonas; “Também o Brasil será socialista”, antevê o palestrante; acima, aspecto da plateia, Amazonas durante a palestra e cartaz de convocação para a atividade; abaixo, mesa do evento 71

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Amazonas fala no lançamento do CCO na Bahia

PROPAGANDA DO SOCIALISMO NA SEMICLANDESTINIDADE Ascenso da mobilização popular contra a ditadura

Primeiro livro de Amazonas depois da Anistia: circula legalmente 77

Primeira reunião da diretoria do centro de cultura operária em maio de 1980, pouco depois de sua fundação, dirigido por Zé Duarte. Na foto aparecem Vital Nolasco, Cesar Telles, Amélia Telles, Barbosinha, entre outros 75

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Ato em 14 de março de 1983 homenageia Karl Marx no centenário de sua morte. Na Bahia, o representante da Tribuna, Arthur de Paula, abre palestra sobre Karl Marx

Edição número 1 do Cadernos de Cultura Operária, uma publicação do Centro de Cultura Operária. A primeira edição é uma homenagem ao centenário de Karl Marx em 14 de março de 1983

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Acima, faixa da Tribuna e lema comunista na Conclat (Conferência da Classe Trabalhadora), Praia Grande (SP), agosto de 1981; abaixo, o jornalista Carlos Pompe, da Comissão Executiva da Conclat, cujo boné orientou a bancada do PCdoB nas votações 80

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RETOMADA DO MOVIMENTO SINDICAL

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Realiza-se na cidade de Praia Grande, de 4 a 6 de novembro de 1983, o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora. Sob forte divisão do movimento sindical desde a Primeira Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora) o Conclat de 1983 tem como uma de suas bandeiras a reunificação do movimento sindical na Central Única dos Trabalhadores. (CUT). Ao microfone, na foto ao lado, Alice Portugal

Acima, Aurélio, apoiado por Teotônio Vilela (de óculos), lidera a Chapa 3 no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (1981) e apoia Vital Nolasco (de bigode, na foto abaixo) na chapa da situação (1984); o Partido testa diferentes vias para estreitar o laço com a classe

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Pedro de Oliveira, diretor do Sindicato dos Jornalistas de SP, fala em evento intersindical 86 85 84

Resolução sobre a luta operária

Chapa de oposição à diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, então presidido por Lula, na eleição sindical de 1981. O grupo oposicionista era composto por elementos do PCdoB, MR-8, PCB. Na foto à direita: o pcdobista João Batista Lemos (de barba) e o encabeçador da chapa, Osmarzinho

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LUTA POR MORADIA Com o início da abertura democrática e a crise social que alarmava o país, cresceram em volume e importância os diversos movimentos ligados às questões de moradia. Em todos os conglomerados urbanos as associações de moradores cresciam e desenvolviam lutas nos bairros populares e operários.

João Batista Lemos, metalúrgico demitido pela Volks, em 1982 lidera a ocupação das casas abandonadas do conjunto Centreville, por 600 famílias sem-teto de Santo André (SP)

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Inácio Arruda, presidente da Associação de Bairros e Favelas de Fortaleza, em agitação de rua do movimento cearense de moradores 04 de novembro de 1981. Anna Martins entrega documento para secretário do prefeito de São Paulo com exigências para o não aumento das tarifas de ônibus, aumento esse que contribuiria com a carestia

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Francisco Monteiro, Benedito Cintra e Aurélio Peres, respectivamente candidatos a vereador, deputado estadual e federal. Em campanha na cidade de Campinas

Materiais de campanha; o PCdoB, proibido, lança seus nomes pela legenda do PMDB

A ELEIÇÃO DE 1982 Haroldo Lima na campanha eleitoral de 1982; o confronto na Bahia é especialmente acirrado: o governador Antonio Carlos Magalhães, ou ACM, acusa o PCdoB de instigar a grande revolta popular de agosto de 1981 (à esquerda) contra o aumento dos ônibus; cerca de cem comunistas são presos, inclusive Haroldo 94 95

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Paulo Fonteles discursa no comício em Palestina, São João do Araguaia (PA), na campanha que o elege deputado estadual

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Aldo Arantes pede votos em Goiânia pelo Bloco Popular do PMDB; assinalados, Adalberto Monteiro e Euler Ivo, futuros vereadores na cidade

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O Partido reelege Aurélio (SP) e envia à Câmara Federal Aldo Arantes (GO), Haroldo Lima (BA) e José Luís Guedes (MG, ao lado), que retorna do exílio após a Anistia Ao microfone, Eduardo Bomfim, dirigente do PCdoB em Alagoas

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Rogério Lustosa, João Amazonas e José Duarte em palestra sobre socialismo na SBPC, Unicamp, Campinas, 1982 106

Cartaz, mesa e público do 60º aniversário do PCdoB com palestra de Joao Amazonas no Sindicato dos Jornalistas – São Paulo 25-03-82; ainda proibido, o Partido se vale da Tribuna Operária e de subterfúgios para fazer a comemoração

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60 ANOS DO PCdoB 104

O aniversário de 60 anos do Partido Comunista do Brasil empolgou a militância que engrossava a campanha pela legalidade e as fileiras da luta contra o arbítrio O PCdoB defende a constituinte desde 1966 e lutou pela sua convocação

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Eron Bezerra (de boné) nos anos 1980 leva o trabalho do Partido aos índios Tenharim, no sul do Estado do Amazonas

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A crise da dívida externa gera demissões e o PCdoB mobiliza os sem-emprego; após comício de Aurélio Peres no Largo 13 de Maio, Zona Sul paulistana (abril de 1983), desempregados deflagram onda de saques 112

21 de julho de 1983: primeira greve geral nacional desde o golpe de 1964; a ditadura intervém no Sindicato dos Metroviários de São Paulo, pelo papel deste na paralisação; à esquerda, comunistas alagoanos presos durante a greve, entre eles Ênio Lins

PCdoB NA SEMICLANDESTINIDADE LIDERA AS LUTAS COM O POVO 111

110

À esquerda Aldo Rebelo encabeça manifestação de desempregados. Acima, o deputado Aurélio Peres aparece na frente das grades do Palácio dos Bandeirantes, derrubada pelos manifestantes

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Marco Zero de São Paulo, 1º de Maio de 1983: as bandeiras comunistas voltam à praça pública, agora em quantidade

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Em 1981, João Amazona lança Princípios, “revista teórica, política e de informação”; ao lado, capa do número de estreia

A ilustração com os rostos de Marx, Engels, Lênin e Stalin é amplamente usada no material partidário neste período

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Janeiro de 1983 - 6º Congresso do PCdoB – o último realizado na clandestinidade. (Composição das capas das resoluções)

116

Lúcia Poço, 24 anos, quadro operário do PCdoB, dirige o 1º Congresso da Mulher Metalúrgica de São Paulo, em 1979; acima, o cartaz de Laerte para o Congresso

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1983-1985 DIRETAS JÁ! TANCREDO JÁ! LEGALIDADE DO PARTIDO!

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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CAMPANHA DIRETAS JÁ! Campanha das Diretas Já! catalisa ação contra a ditadura. A bandeira une a oposição e tem apoios cruciais: governadores oposicionistas e o presidente do PMDB, Ulysses Guimarães, que passa a ser chamado “senhor Diretas”. O PCdoB, pela primeira vez, participa, às claras, em nome da sua Comissão pela Legalidade.

1

3

Acima, o primeiro comício da Campanha das Diretas Já!, em 27 de novembro de 1983, com 15 mil pessoas no estádio do Pacaembu, São Paulo; embaixo o comício da Praça da Sé, já com o apoio do governo Montoro e 400 mil participantes – semiclandestino o Partido desfralda suas bandeiras 2

Detalhe do comício das Diretas Já! na Praça da Sé em 25/01/1984. Os governadores Leonel Brizola (RJ), Tancredo Neves (MG), Franco Montoro (SP) –atrás de Tancredo– e José Richa (PR), foram um fator decisivo para incorporar milhões à campanha

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Cenas da campanha pelas Diretas Já! em Porto Alegre, 13/04/1984

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Amazonas no comício de Porto Alegre (13 de abril, 200 mil pessoas); ele está no palanque dos principais atos das Diretas, representando a Comissão pela Legalidade do PCdoB

Acima, Amazonas no 1º de maio de 1984, em São Paulo

8 9

i

Ulysses Guimarães (esq.), o “Senhor Diretas”, presidente do PMDB, ouve o inflamado discurso de Chico Pinto no comício de Salvador (20 de janeiro, 35 mil pessoas); assinalado [i], Haroldo Lima

Acima, cena do comício de Goiânia (12 de abril, 300 mil pessoas), com a estátua do Anhanguera cercada de bandeiras do Partido e faixas da campanha pelas Diretas Já!

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10

Detalhe do Público do Comício de campanha; no vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, em 16 de abril de 1984. Ele bate o recorde do Rio ao reunir 1,5 milhão de participantes. É numerosa a presença de bandeiras do Partido

285


11

Comício de Manaus, 12 mil pessoas, 24/04/1984 13

12

Comício de Maceió, 60 mil pessoas, 29 de janeiro

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Comício de Aracaju, 26 de fevereiro, 30 mil pessoas


14

i

Rogério Lustosa, da direção do Partido, no comício de Goiânia (14 de setembro, 400 mil pessoas); ao fundo, de bigode, Euler Ivo

A campanha Muda Brasil, com Tancredo Neves candidato a presidente no Colégio Eleitoral, foi crucial para acabar com a ditadura. Por 450 votos a 180, Tancredo é eleito. Para o PCdoB, foi uma vitória especial: ninguém pagou tão caro, em vidas, por enfrentar a tirania.

MUDA BRASIL TANCREDO PRESIDENTE

15

16

Ao lado, cartaz cola a campanha ao elã das diretas. Acima, Ulysses prega a Constituinte no Ginásio do Sesc, Recife, em encontro popular pró-Tancredo com 10 mil pessoas

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Acima, comício pró-Tancredo em Manaus; abaixo, comício em João Pessoa


19

Acima, comício de encerramento da campanha, na Praça da Sé, em 07/12/1984 21 20

A Tribuna entrevista Ayrton Soares, líder do PT na Câmara, mas contra o boicote ao Colégio Eleitoral; três dos oito deputados federais petistas rebelam-se, vão ao Colégio e são expulsos por isso

Dynéas Aguiar fala no comício de Rio Branco em 11/11/1984

289


22

Acima e abaixo, público e mesa da assembleia na Bahia com duas mil pessoas 24

Julho de 1984: plenárias dos movimentos sociais (Assembleias Populares), incentivadas pelo PCdoB, discutem propostas para o programa da candidatura única da oposição: Tancredo Neves 23

Assembleia em Alagoas

290


25

i

Assembleia Popular pró-Tancredo de 23 de setembro: mais de 10 mil pessoas, apoiadas pelo PCdoB, no Ginásio do Pacaembu, São Paulo; na primeira fila, assinalada [j], a militante comunista Maria Estér Nolasco; Abaixo, 1) Haroldo Lima, 2) Aldo Arantes, 3) Ulysses e 4) Quércia à mesa da Assembleia

26

27

1 2

3

4 O entusiasmo do médico e sindicalista Jamil Murad, dirigente do PCdoB-SP

291


Detalhe da Assembleia Popular pró-Tancredo, de 23 de setembro de 1984, no Pacaembu, São Paulo, presença marcante da militância comunista 28

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Urna no Centro de São Paulo recolhe opinião do povo sobre a sucessão presidencial

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32

Apartamento de João Amazonas na Rua Rui Barbosa, São Paulo, também é alvo da PF 31

26 de outubro de 1984, última investida da repressão: a PF invade sedes e confisca material pró-legalidade do PCdoB na Bahia (foto ao lado), Goiás e Pará

294


33

Setembro de 1984: Pistoleiros matam a tiros pelas costas Raimundo Alves da Silva, o Nonatinho (abaixo), 50 anos, líder do STR de Santa Luzia (MA) e dirigente estadual do PCdoB; no enterro (acima e abaixo, à direita), 5 mil camponeses exigem terra e justiça 35

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No dia seguinte à fundação, a UJS fixa esta faixa em ação de masssas no Pacaembu O ex-presidente da UNE Aldo Rebelo, 28 anos, à frente da assembleia de fundação da UJS, na Assembleia Legislativa de São Paulo, 22 de setembro de 1984; abaixo, detalhe do público

UNIÃO DA JUVENTUDE SOCIALISTA Juventude é uma das prioridades do PCdoB. Em 1984, surge a União da Juventude Socialista (UJS), sucessora de muitas organizações juvenis do Partido. De suas fileiras emergiram dirigentes e parlamentares comunistas.

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41

Mariana Joffily, 11 anos, e Nara Guizoni, 12, são as mais jovens oradoras da tarde

39

40

Em 1985 a UJS reuniu jovens trabalhadores e estudantes para um bate-papo sobre situação da juventude brasileira e que rendeu uma matéria na revista Princípios. Da conversa participaram: Aldo Rebelo (presidente da UJS), Apolinário Rebelo (ex-presidente da UBES), Djalma Pedro (metalúrgico); Raimundo Chaves (líder rural); Rute Imanishi (secundarista); Enéas Santos Silva (metalúrgico); Elizete de Souza (coordenadora da UJS no bairro de Santo Amaro); Ana Tereza Polli (secundarista), José Carlos Cardoso Tisiu (operário da UJS de Vila Prudente); Alexandre Nicolosi (estudante de comunicação)

296


1985-1989 ENFIM, A REDEMOCRATIZAÇÃO PCdoB LEGAL E CONSTITUINTE

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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1

Bandeiras na Praça da Sé, São Paulo, no dia em que o Colégio Eleitoral se reúne

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3

Vista aérea e detalhe do público do Comício de encerramento da Campanha no Vale do Anhangabaú, Centro de São Paulo, em 16 de abril

“Bateria da legalidade” em frente ao placar que acompanha a votação no Colégio

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4

Cenas do 15 de março de 1985: primeiro dia sem ditadura, na Praça dos Três Poderes, povo festeja retomada da democracia; militância do PCdoB vibra e exige legalidade

FIM DA DITADURA 6

Boneco de Tancredo, de faixa presidencial e bandeira comunista, em ato na Esplanada dos Ministérios

300

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MORTE DE TANCREDO Tributo do PCdoB a Tancredo, no Palácio do Planalto (acima) e no cortejo fúnebre em São Paulo (à esq.), 22/04/1985

301


9

Em 23/3/1985, ato no Ginásio do Pacaembu, São Paulo, celebra 63 anos do Partido e exige a legalidade

CAMPANHA DA LEGALIDADE

10

Depois de quase sessenta anos de clandestinidade, o processo democrático que findou a ditadura militar abriu um novo período para o Partido Comunista do Brasil. A conquista da legalidade, após anos de lutas, possibilitou aos comunistas realizarem dezenas de eventos abertos, apresentando suas propostas a amplas parcelas do povo.

À mesa, encontram-se dirigentes partidários e personalidades do mundo político, entre eles, José Duarte, José Medeiros, Amazonas, o prefeito paulistano Mário Covas, Antonio Barbosa (Barbosinha), Renildo Calheiros e, atrás, Walter Feldman, Aurélio Peres, Benedito Cintra

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11

Mais Pacaembu: Amazonas, Duarte, Elza, Haroldo e Aldo, na plateia;

Diversidade e entusiasmo com campanha pela legalidade reuniu 5 mil pessoas no Pacaembu

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13

Cartazes convocam atividades em Belo Horizonte (à esquerda), São Paulo e São Luís Desenho de Agostinho Gisé que funciona como marca da Campanha pela Legalidade 14

O símbolo da campanha pela legalização num grafite da campanha de filiações em Salvador

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Ato em Fortaleza (CE)

Em diversas cidades a campanha da legalidade do PCdoB lotou auditórios, ginásios pátios e plenários legislativos

Em Maceió (AL), Ronald Freitas, dirigente sindical do PCdoB, e atrás Ênio Lins

17

Ato em Vitória (ES)

19

Ato pela legalidade em Porto Alegre (RS)

18

Ato pela legalidade em Manaus (AM), na Assembleia Legislativa 25/03/1985; a faixa é de jovens de um bairro da Zona Sul de Manaus

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20

Público e mesa do ato no Teatro Iceia (1.300 poltronas), Salvador, em 30 de março de 1985; À mesa, dentre dirigentes e representantes da sociedade civil, assinalados [i], Péricles de Sousa, Haroldo Lima e Luís Nova

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Acima e ao lado, festa dos 63 anos na Assembleia Estadual fluminense 24 27

Atos pela legalidade do PCdoB, em Porto Alegre, com João Amazonas, e em Itabuna (BA), com José Duarte (abaixo)

26

Maria Ester Nolasco em campanha de filiação na porta da fábrica metalúrgica Walita e no Largo 13 de Maio, Santo Amaro, Zona Sul paulistana João Amazonas estimula as filiações no estado; sentado, Olival Freire, dirigente do PCdoB-SP

25

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PCdo doB É LEGAL! Conquista da legalidade faz o Partido dar um salto em sua organização e inserção no cenário político do país. Essa nova etapa descortinou horizontes para o avanço da democracia, que continuou sob ameaça. 28

29

O cartaz paulista em mutirões de filiação em Americana (abaixo), na capital São Paulo (acima; a moça no centro é a líder sindical farmacêutica Gilda Almeida) e, à direita, na inauguração da sede estadual do Partido, na Vila Mariana, maio de 1985 30

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Mutirões de filiação em Salvador (acima), Aracaju (abaixo) e Manaus (ao lado) 34

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Março de 1985: Itapetinga, região de Vitória da Conquista, Bahia, inaugura a sede do Partido

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PCdoB ABRE MAIS SEDES

Gilse Cosenza, dirigente do PCdoB-CE, discursa na inauguração da sede legal em Fortaleza, 1985

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Inauguração da sede de Caxias do Sul (RS), em 03/08/85

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Lançamento da sede do PCdoB de Brasília, com o deputado federal Aldo Arantes ao microfone, em junho de 1985 39

Inauguração da sede do PCdoB de Sergipe, Aracaju, 25/10/1985 Inauguração da sede provisória do PCdoB-Bahia, na Rua da Independência, 27, Nazaré; assinalados [i], Luiz Nova (esq.), Loreta Valadares, Péricles de Souza, Haroldo Lima, Lídice da Mata

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A chuva não atrapalhou a abertura da sede do Recife

Nova sede é inaugurada em São Luís do Maranhão; Nádia Campeão, dirigente estadual do comitê maranhense, prestigia a inauguração Goiás ganha sedes em Goiânia (acima) e Anápolis (abaixo); assinalados [i], Fábio Tokarski, Egmar de Oliveira, Euler Ivo

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João Amazonas – acompanhado de Aldo Arantes, Aurélio Peres, Ronald Freitas, Haroldo Lima e Luiz Guedes – entrega ao diretor-geral do Tribunal Superior do Trabalho (TSE), Geraldo Costa Manso, documentos para a legalização do Partido 47

11/06/1985 – Presidente José Sarney recebe João Amazonas, Haroldo Lima e Aurélio Peres

48

Símbolo da foice e martelo usado no Estatuto da fase legal do Partido

Haroldo Lima, líder da bancada do PCdoB, anuncia a volta da voz oficial dos comunistas à Câmara dos Deputados, banida havia quase quatro décadas

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PRIMEIRO PROGRAMA DO PARTIDO NA TV

49

Personagens e cenas do programa de 60 minutos que foi ao ar em rede nacional de rádio e TV, em 25 de março de 1986; a abertura mostra a sigla do Partido formada pela militância em Brasília

52

Pela primeira vez um programa político usa efeitos de animação gráfica 50 51

Militância reunida na sede nacional em São Paulo para assistir ao programa

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A primeira reunião aberta da direção do PCdoB, em Brasília, na véspera do 8 de Março de 1986, presta homenagem às mulheres comunistas; abaixo, Aurélio Peres na tribuna 55

Na abertura da reunião, militantes formam a sigla do PCdoB no gramado em frente à Praça dos Três Poderes

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Manifestantes no Congresso Nacional durante a abertura da primeira reunião pública do PCdoB. Jamil Murad, Aldo Rebelo, Nicanor Rodrigues, Denise Carvalho, José Duarte, João Bosco, Jandira Feghali, Elza Monnerat, Eron Bezerra e muitos outros militantes levam a faixa de apoio ao congelamento dos preços embutido no Plano Cruzado

Passeata em Campinas em apoio ao confisco promovido pelo governo. Faixa do candidato a deputado federal pelo PCdoB, Fernando Pupo

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58

“MORRO, MAS FICA A SEMENTE” João Canuto de Oliveira, 49 anos, presidente do Sindicato de Rio Maria (PA), com crachá de delegado sindical e camiseta das Diretas, um ano antes de ser abatido pelo latifúndio com 12 tiros, em 19 de dezembro de 1985; suas últimas palavras: “Morro, mas fica a semente”

Geraldina Canuto, com o retrato do marido, e Carlos Cabral, sucessor de Canuto no Sindicato, que mostra marca de bala, em capa de livro-denúncia de Moacyr de Oliveira 60

A bandeira do Partido de Canuto no sepultamento é depositada sobre o caixão 59

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Paulo Fonteles (de óculos) no enterro de Canuto, ao lado da bandeira do Partido; em 1985, os conflitos de terra deixaram 163 mortos no país, 57 deles no Pará

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Publicação da campanha de filiação do PCdoB-PA reproduz a ficha de filiação de Canuto

Marca do Prêmio João Canuto de Direitos Humanos, criado no Pará

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Fonteles, advogado dos posseiros do sul do Pará, veraneia em praia do Araguaia com os filhos Paulinho (futuro vereador do PCdoB-Belém), Juliana e Ronaldo 67

70

O Deputado Estadual do PMDB-PA foi incansável na luta pelos direitos dos trabalhadores, principalmente do campo, onde o latifúndio cometia diversos crimes, inclusive o assassinato de lideranças populares

68

O ASSASSINATO DE PAULO FONTELES 69

Fonteles é morto num posto de gasolina com cinco tiros na cabeça, aos 38 anos, a 19 de junho de 1987 – o ano com mais mortos na luta pela terra: 215 no país, 46 no Pará; ao lado, faixas em protestos pedem punição aos assassinos

Adalberto Monteiro à frente de ato em Goiânia

323


71

O enterro de Fonteles passa na Praça do Relógio, Centro de Belém; abaixo, a mãe e a viúva de Fonteles (à dir.) com Elza Monnerat em ato no Rio de Janeiro 72

73

Ilustração de Mazé Leite na capa da Tribuna que denuncia o assassinato

324


Aldo Rebelo fala durante o 1º Congresso da UJS, com 900 delegados de todo o país, em Curitiba, fevereiro de 1985; presentes à mesa, Renildo Calheiros (ao centro, de barba) e Javier Alfaya (em pé) 74

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Acima, um dos ensaios iniciais de logotipo da UJS que antecedem a “boina do Che”; muito difundido, aparece em banner do 1º congresso (foto à esquerda)

Maio de 1986: protesto da UJS no Aeroporto de Congonhas, São Paulo, contra a visita do general e agente da CIA Vernon Walters

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Ato dos comunistas em apoio a Fernando Henrique Cardoso, PMDB, que enfrenta Jânio Quadros (PTB) na disputa pela prefeitura de São Paulo. Mário Covas prestigia a atividade. Na eleição de 1985 (nas capitais e “áreas de segurança nacional”) o PCdoB quase sempre apoiou os candidatos peemedebistas

78

Dilermando Toni ao microfone na Convenção de São Luís, 1985; de barba, o deputado estadual comunista Luís Pedro

Gilse Cosenza e Rogério Lustoza na Convenção pré-eleitoral de 1985 em Fortaleza

326


82

1985: ELEIÇÕES MUNICIPAIS Primeiras eleições pós-ditadura fez a voz do PCdoB ser ouvida em muitas cidades. Representou mais um passo importante da democracia, possibilitando ao Partido apresentar suas propostas e ideias ao povo brasileiro.

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Luís Caetano discursa na inauguração da sede do Partido em Camaçari; assinalados [i], Luiz Nova e Péricles de Souza; ao lado, cordel de propaganda; abaixo, a posse, em janeiro de 1986, com banda de música e bandeiras

Notável exceção: Camaçari, centro industrial baiano e “área de segurança nacional”; ali o PCdoB ousa disputar e elege o prefeito Luís Caetano

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À esquerda, em primeiro plano, Raul Carrion. Ao centro o seu irmão, deputado Carrion Jr., candidato do PMDB à Prefeitura de Porto Alegre, apoiado (não houve coligação) pelo PCdoB

Campanha nas eleições municipais de 1985 em Porto Alegre, vencidas por Alceu Collares, do PDT

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Abaixo, ato do 64º aniversário do Partido na Assembleia Legislativa paulista, 25 de março de 1986


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PCdoB: 64 ANOS 1º Aniversário do Partido no período pósredemocratização e legalidade.

PCdoB participa ativamente das lutas populares, então na legalidade

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Na Bahia, o 64º aniversário sai às ruas e é festejado na Praça Castro Alves; acima, de punho erguido, Renildo Souza, ao lado de Antonio Barreto (Barretinho); abaixo, assinalados [i], Vandilson Costa, Péricles de Souza, Loreta Valadares e a vereadora Jane Vasconcelos, dirigentes do PCdoB-BA

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A festa do PCdoB cearense: abaixo, em pé, Francisco Lopes e Benedito Bizerril

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Convenção do PCdoB fluminense; assinalados [i] Maria Dolores, Elza Monnerat, Jandira Feghali e Edmilson Valentim

Amazonas fala na Convenção de PE, assinalados [i] Luciano Siqueira e Jarbas Vasconcelos, prefeito do Recife 94

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ELEIÇÕES DE 1986 PCdoB lança candidato por legenda própria e também, conforme a realidade de cada estado, pela legenda do PMDB. 95

Militantes na Praça da Sé antes do início da Convenção baiana

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Jandira Feghali, médica, sindicalista, eleita deputada estadual no Rio; e o operário Edmilson Valentim, o mais jovem dos 573 constituintes 98

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Aldo Arantes, ex-Presidente da UNE, candidato a deputado federal pelo Bloco Popular do PMDB

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Folhetos da campanha eleitoral de Edmilson e Jandira


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Na Bahia, o PCdoB aposta em dois federais: leva à Constituinte o veterano Haroldo Lima, ex-preso na Chacina da Lapa, e Lídice da Mata, jovem vereadora vinda da luta estudantil

101

102

João Amazonas fala em reunião dos candidatos comunistas de todo o país na assembleia legislativa de São Paulo (16 e 17 de julho de 1986). Nomes identificados: Jandira Feghali, João Bosco, Ronald Freitas, Renato Rabelo, Vanessa Grazziotin, Jamil Murad, Adalberto Monteiro, Luiz Pedro (PCdoBMaranhão), Jô Moares, Denise Carvalho, Nicanor Rodrigues, Olival Freire

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Panfletos do Pará e de Pernambuco, onde, por razões locais, os candidatos comunistas ainda se inscreveram pelo PMDB

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Eduardo Bomfim (de óculos) pede votos no interior de Alagoas na campanha de 1986

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Boneco de Aurélio Peres na campanha paulista

337


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107

O jornalista e vereador em Goiânia Adalberto Monteiro, um dos vários candidatos da UJS Panfletos da professora estadual Lilian Martins e do deputado operário Aurélio Peres, São Paulo 113

112 110

111

Socorro Gomes tem sua base no movimento comunitário do Pará

338

Na reta final da campanha, a Tribuna destaca as candidaturas femininas, como as de Ana Martins (SP), Jandira Feghali (RJ) e Jô Moraes (MG); contados os votos, vibra com o desempenho de Jandira


114

Acima, a Convenção de 1986 em São Paulo; ao lado, candidatos paulistas e dirigentes partidários: Renato Rabelo, Luzia Monteiro, Sidnei Gobetti, Gilberto Natalini, Lilian Martins, João Bosco, Benedito Cintra, Jamil Murad, Aldo Rebelo, Ana Martins, Barbosinha, João Amazonas

115

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Nereide Saviani em curso nacional do Partido, em 1987; a legalidade facilita o trabalho de formação

118

José Duarte fala no ato público de São Paulo, pelos 65 anos do Partido; ao seu lado, o economista Fernando Pupo, que substituiu Antônio Barbosa na direção do PCdoB-SP

Cartaz paulista convoca debate com Amazonas nos 70 anos da Revolução de Outubro

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120

119

João Amazonas percorre o país pregando a Constituinte democrática e progressista, foco da atenção do PCdoB; acima, ele fala na Assembleia Legislativa de São Paulo; à esquerda, cartaz convoca palestra sobre o tema

121

AMAZONAS E A CONSTITUINTE 122

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As propostas do PCdoB visavam aprofundamento da democracia, soberania nacional e justiça social

Amazonas, dirigentes regionais do PCdoB e Moema São Thiago (assinalada), do PDT, ouvem Gilse Cosenza na Convenção de 1986 do PCdoB-CE; na faixa, a prioridade do Partido

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Lídice da Mata (BA) e Edmilson Valentim (RJ) completam a bancada comunista na Constituinte de 1988

Os constituintes comunistas Eduardo Bomfim (AL), Aldo Arantes (GO), e Haroldo Lima. De terno cinza José Genoino (PT) As galerias aplaudem a aprovação do direito de voto aos 16 anos. Campanha vitoriosa da União da Juventude Socialista (UJS)

PCdo doB NA CONSTITUINTE Bancada comunista se destaca na Constituinte, combinando iniciativas próprias e alianças, e apoiando-se numa ampla rede de organizações de massas. Os comunistas e sua rede de organizações atuam com espírito unitário e combativo.

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Aldo Arantes (ao microfone), ao lado de Euler Ivo e Carlos Orro

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5 de outubro de 1988: a Assembleia promulga a Constituição que Ulysses batiza de Cidadã; apesar de seus limites, ela traz a marca das lutas populares e do PCdoB Convenção Nacional, abril de 1988: em uma campanha que filia 60 mil, o PCdoB cumpre as exigências da lei e obtém o registro definitivo; à mesa, Haroldo, Amazonas, Lídice, Jô Moraes e Péricles 130 129

Publicação da campanha de filiação em São Paulo

343


131

11 de maio de 1988, Centro de Convenções Rebouças, São Paulo: começa o 7º Congresso do Partido Comunista do Brasil, o primeiro na legalidade João Amazonas dirige-se aos delegados; o Congresso introduz o conceito de “encruzilhada histórica” no Brasil; na análise internacional, faz crítica da política de Perestroika na URSS

7º CONGRESSO, O PRIMEIRO NA LEGALIDADE 132

133

Vital Nolasco, da Metal Leve de São Paulo (no centro), e outros metalúrgicos delegados ao 7º Congresso do PC do Brasil

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Ato de encerramento do Congresso, no Clube Espéria, São Paulo; os painéis são de Mazé Leite e Rubens Ianelli 136

135

Votação na Conferência preparatória do 7º Congresso em Pernambuco; ao microfone, o dirigente do PCdoB pernambucano Alanir Cardoso

345


Delegadas ao 7º Congresso posam para foto histórica: o Partido começa a escrever uma nova página da participação feminina na política brasileira

346

137


Dentre as que estão na foto: No palco: Lúcia Rincón, Júlia Roland, Jandira Feghali, Ilka Bichara, Dilcéa Quintela, Hecilda Veiga Fonteles, Alice Portugal. Embaixo: Anna Martins, Jussara Cony, Julieta Palmeira, Ana Rocha, Denise Carvalho, Télia Negrão (ao microfone), Maria Trindade, Jô Moraes, Raquel Ghizoni, Elza Monnerat, Loreta Valadares, Gilse Cosenza, Olívia Rangel, Nádia Campeão, Lilian Martins

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138

Reunião da primeira direção nacional legal, nos dias 15,16 e 17 de janeiro de 1988, convoca o 7º Congresso do PCdoB, o primeiro na legalidade. Nomes identificados: Fernando Pupo, Pedro de Oliveira, Eduardo Bonfim, Arthur de Paula, Aldo Arantes, Jandira, Jô Moraes, João Batista Lemos, Joel Batista, Rogério Lustosa, Haroldo Lima, Renato Rabelo, Edison Silva, José Freitas, Péricles, Sérgio Benassi 139

Renato Rabelo, Dynéas Aguiar, Rogério Lustosa, João Amazonas, João Batista Lemos e Ronald Freitas integram o secretariado que dirigiu as campanhas vitoriosas do PCdoB do fim da ditadura (do término do 6º Congresso até a Constituinte)

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140

UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES

141

Primeiro número da revista Presença da Mulher

Salvador, 5 de agosto de 1988: o plenário do 1º Congresso das Entidades Emancipacionistas, que aprova resolução de fundar a União Brasileira de Mulheres (UBM), ouve os discursos de Lídice da Mata e, abaixo, do governador Waldir Pires 142

349


IMPRENSA LOCAL

Com a legalidade, proliferam os jornais e boletins a cargo de “células” (organizações) de base e direções locais do Partido.

143

350


Ao romper com o governo, o Partido apoia a palavra-de-ordem Xô Sarney, lançada pelos movimentos sociais

144

OPOSIÇÃO AO GOVERNO SARNEY Cresce a mobilização popular e o PCdoB, na linha de frente, se destaca em diferentes frentes. Agravamento da crise econômica impulsiona a luta do povo. País estava diante de uma encruzilhada histórica, conforme constatou seu 7º Congresso, de 1988.

6 de janeiro de 1987: a “Comissão Diretora Provisória” (órgão previsto na legislação) formaliza o rompimento com Sarney; presentes à mesa Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), José Duarte, João Amazonas, Rogério Lustosa, Dynéas Aguiar, Renato Rabelo, Haroldo Lima, Aldo Arantes, Edmilson Valentim, Jô Moraes e Eduardo Bomfim 145

351


146

Passeata em Florianópolis, abril de 1988: o movimento retoma, por suas tradições recentes, a bandeira de ‘Diretas já!’ Passeata antecede showmício das Diretas 88 no Rio: na linha de frente, Jandira (de camiseta), Maria Dolores, Edmilson e Elza Monnerat 148

Amazonas discursa em comício oposicionista em Belo Horizonte, 1988; no Palanque, Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), Mário Covas (do recém-fundado PSDB) e Sérgio Miranda , futuro deputado do PCdoB-MG

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151

Haroldo Lima discursa em dois momentos da campanha em Salvador; assinalados [i], abaixo, Vandilson Costa e Waldir Pires

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Ato das Diretas 88 em Salvador

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Wagner Gomes discursa em assembleia dos Metroviários de São Paulo, janeiro de 1987; no mesmo ano, elege-se presidente do Sindicato, uma forte base do trabalho sindical do Partido

Chapa do ‘Grupo dos 11’, diretores que rompem com Luiz Medeiros no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, 1989; assinalados [i], os comunistas Neleu Alves e Eustáquio Vital Nolasco

354


NOVA FASE NA ORGANIZAÇÃO SINDICAL

155

Crescimento da luta dos trabalhadores e divisões no movimento sindical faz sindicalistas do PCdoB liderarem a formação da Corrente Sindical Classista, que teria importante papel no sindicalismo 154

Número 1 da revista Debate Sindical, importante referência para a formação dos trabalhadores, publicada pelo Centro de Estudos Sindicais (CES) 156

Ronald Freitas, secretário sindical do CC, acompanha em Praia Grande (SP) o Congresso de fundação da CGT (Central Geral dos Trabalhadores), com 1.500 entidades presentes, em março de 1986; abaixo, Joaquim dos Santos Andrade, presidente, e a Executiva da nova Central 157

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Cartaz do Congresso da Trabalhadora, realizado semanas antes da fundação da CGT

355


158

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Congresso de fundação da Corrente Sindical Classista (CSC), tendência impulsionada pelo PCdoB no front do sindicalismo, no Rio de Janeiro em fevereiro de 1989; ao lado, capa do folheto com regimento do Congresso

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O PCdoB ajuda a fundar a Central Geral dos Trabalhadores; acima, líderes sindicais do Partido em São Paulo vestem a camisa da CGT; no primeiro plano: Jamil Murad, Nivaldo Santana, Wagner Fajardo, Bete Tortolano e Sérgio Barroso

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Publicações do 1º Congresso da CSC

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Dirigentes da Corrente Sindical Classista reunidos em Campinas (SP) decidem pelo rompimento com a CGT, aparelhada pelo direitista Rogério Magri, futuro ministro de Collor

357


164

INSTITUTO MAURÍCIO GRABOIS Trabalho teórico, ideológico e histórico ganha um salto de qualidade. Surge o Instituto Maurício Grabois, que seria sucedido pela Fundação Maurício Grabois. Nome evoca um dos mais importantes teóricos da história do Partido

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Evento na sala do Instituto Maurício Grabois, localizado na sede do CC, em 09 de agosto de 1987. Participação de Alzira Grabois (viúva de Maurício), José Duarte, Dynéas e Amazonas

Inauguração da sede nacional do PCdoB e lançamento do Instituto Maurício Grabois (IMG) em 17 de março de 1986. À mesa Amazonas, Dynéas e o historiador Edgar Carone, último à direita

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06/11/1988 – Último grande comício da campanha de Erundina na Praça da Sé em São Paulo. Na reta final, a Coligação Partidos do Povo (PT-PCdoB-PCB), ganharia o apoio do PDT e venceria a eleição. Na imagem aparecem Lula, João Amazonas, Luiza Erundina, Ayrton Soares, Ademar de Barros Filho, Brandão Monteiro, Luiz Eduardo Greenhalgh e Clara Ant

358


1989-1994 A FRENTE BRASIL POPULAR E A REAFIRMAÇÃO DO SOCIALISMO

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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1

Amazonas lança o Manifesto do PCdoB pela união nas eleições de 1989, São Paulo, 13 de janeiro: “Agora, o eixo da unidade democrática e popular são as forças de esquerda. Por isso elas não podem se dividir”; resposta do vice-prefeito Greenhalgh, do PT (de braços cruzados): “Plena concordância com todas as linhas e cada palavra”. À mesa, na foto acima, encontram-se: Jandira Feghali, Duarte Pereira, Raimundo Pereira, Olival Freire Jr., João Amazonas, Luiz Eduardo Greenhalgh, entre outros

2

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3

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4

Convite para palestra de Amazonas no Recife sobre a frente

FRENTE BRASIL POPULAR - LULA PRESIDENTE Formação da Frente Brasil Popular para lançar a candidatura de Lula à Presidência da República possibilitou a mobilização de grandes massas, numa campanha memorável. PCdoB se destacou como um dos idealizadores e organizadores da campanha.

5

Comício da candidatura Lula com 80 mil pessoas na Cinelândia, Rio, 17 de outubro

Boletim do trabalho com trabalhadores rurais, a cargo de Antônio de Almeida Soares, o Tom, que também militou no campo durante a clandestinidade

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7 6

9

1º de Maio de 1989 na Praça da Sé, São Paulo: Acima, Amazonas fala aos trabalhadores; abaixo, com Lula e sindicalistas no palanque; atrás dos dois, de óculos, Nivaldo Santana, do Sintaema-SP O PCdoB ajuda como pode, no programa, militância, e até na marca da Frente Brasil Popular Carlos Azevedo (abaixo) dirige a Rede Povo da campanha na TV; ao lado, Gil, Djavan e Chico cantam o jingle Lula lá 8

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Amazonas, Lula, Renato e Ronald Freitas na Convenção Eleitoral do PCdoB que aprova a coligação presidencial em torno da candidatura de Lula e Bisol da Frente Brasil Popular (PT, PCdoB, PSB) em 8 de julho de 1989

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O deputado federal Eduardo Bomfim (PCdoB-AL), Amazonas, Lula e o senador Paulo Bisol (PSB-RS), vice da chapa, no aeroporto de Maceió

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O vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT), Amazonas e Lula em caminhada em São Paulo

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Palanque do primeiro comício da Frente Brasil Popular, São Bernardo (SP), 13 de maio de 1989: Amazonas, Erundina, Lula, Jamil Haddad, senador (RJ) e presidente do PSB, e Fernando Gabeira, na época petista

16

Péricles de Souza, Lula, Amazonas, Haroldo Lima e Paulo Bisol, em caminhada no centro de Salvador

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Comício de encerramento do primeiro turno, 17 de outubro, Praça da Sé, São Paulo, 300 mil pessoas; os enormes painéis reproduzem artesanalmente os símbolos dos partidos da Frente

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2º Congresso da CSC, Rio, março de 1990; a Corrente Sindical Classista decide integrar a CUT, mantendo sua fisionomia própria e lutando para acumular forças; à direita, boletim estadual da CSC fluminense anuncia a decisão 21

Encontro da CSC em 1993, realizado na Bahia, um reduto do sindicalismo classista. Entre os que estão à mesa: Haroldo Lima, Renildo Souza, Nivaldo Santana, João Amazonas, Aloisio Sérgio Barroso, Everaldo Augusto e Gilse Cosenza. Abaixo, caderno de resoluções do encontro 22

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23

Expedito Ribeiro de Souza, sucessor de João Canuto no Sindicato de Rio Maria (PA) e, como Canuto, militante do PCdoB, mostra aos companheiros a foto ao lado, de Braz de Oliveira e Ronan Centura, assassinados pelo latifúndio em 3 de abril de 1990; ele próprio seria abatido pela jagunçada em 3 de fevereiro de 1991

24

MAIS MORTES EM RIO MARIA

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Filhos de João Canuto, José, 27 anos, e Paulo, 19, executados por quatro pistoleiros, 22 de abril de 1990; um terceiro irmão, Orlando Canuto, 25 anos, que escapa do atentado com tiros no ventre e no braço, assume o Sindicato e o Partido 27

Isabel de Souza durante o sepultamento do irmão Expedito; atrás, Neuton Miranda (de óculos), dirigente do PCdoB do Pará

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13 de março de 1991, Dia Contra a Impunidade em Rio Maria (PA); ao microfone, Orlando Canuto, sobrevivente da chacina de 1990; ao lado, faixas do protesto

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31

Dirigentes da União Brasileira de Mulheres presentes no 2º Congresso da entidade, Guarapari (ES), junho de 1991, dentre elas Jô Moraes, Eneida Guimarães, Ana Rocha, Edna Martins, Fátima Oliveira, Gilse Cosenza, Kátia Souto, Leila Márcia, Lúcia Rincón, Liège Rocha; ao lado, a mesa e o cartaz do evento


33

A Corrente Sindical Classista aprova, em março de 1990, ingresso na CUT em torno de unidade dos trabalhadores contra o neoliberalismo

34

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Cartazes do 6º Congresso da UJS, em Vitória, 1990 35

Os anos 1990 iniciam-se com grandes mobilizações populares contra o neoliberalismo de Collor de Melo

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Dynéas Aguiar representa o PCdoB no Encontro Internacional de Partidos Comunistas da América Latina e Caribe, Cidade de México, 1990

A Unegro emerge como entidade de primeiro escalão, e nacional, no Encontro do Pacaembu, 1991

39

Reunidos em julho de 1990, no hotel Danúbio, na capital paulista, 48 partidos de esquerda latino-americanos fundam o Foro de São Paulo, que em 2016 terá 119 partidos, governando boa parte do Continente; no Brasil, além do PCdoB, integram o Foro, PT, PSB, PDT, PCB e PPS

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40

Infográfico da Classe sobre o crescimento do PCdoB em São Paulo de 1993 para 1994 42

41

Tabloide de agitação usado na eleição de 1992 em São Paulo; os crânios remetem ao achado, pela gestão Luiza Erundina, das ossadas de vítimas da ditadura sepultadas clandestinamente no Cemitério de Perus (ao lado); a denúncia não impede que Eduardo Suplicy (PT), apoiado pelo PCdoB, seja derrotado por Paulo Maluf (PDS)

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44 43

Publicações do início dos anos 1990

48

Documento de novembro de 1991 do CC, incorporado pelo 8º Congresso como parte da análise nacional

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51

Texto de Amazonas sobre o principal tema do 8º Congresso; ele não reluta em usar conceitos fortes como “crise do socialismo” e “crise do marxismo” 53

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Tese do 8º Congresso; sob o impacto do colapso soviético, há um vigoroso debate. Nas fotos ao lado, de cima para baixo: encontro em Belo Horizonte, reunião do Comitê Central na sede da Major Diogo, e Conferência pré-Congresso em Pernambuco

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54

Amazonas, de punho erguido, aplaude a fala de Renato no 8º Congresso Nacional do PCdoB

Elza Monnerat, delegada ao 8º Congresso, visita a mostra com fotos dos mártires da Chacina da Lapa, na qual ela foi presa, e da Guerrilha do Araguaia que ajudou a preparar 55

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Após a aprovação das resoluções, a eleição do Comitê Central. É possível identificar na foto acima: No palco: Roland Corbisier, Vanessa Grazziotin, Renato Rabelo. Embaixo: Luciano Siqueira, Inácio Arruda, Jô Moraes, Joel Batista, Vital Nolasco, Olival Freire Jr., Elza Monnerat, Edson Silva, Sérgio Miranda, Eron Bezerra, Eduardo Bomfim, Madalena Guasco, Arthur de Paula, Haroldo Lima, João Batista Lemos, Rogério Lustosa, Nádia Campeão, Dynéas Aguiar e João Amazonas 58

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Publicação com os documentos e resoluções do 8º Congresso e alguns materiais de divulgação

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O 8º Congresso (Brasília, 3 a 9 de fevereiro de 1992) ouve atentamente os representantes de 25 Partidos Comunistas de todos os continentes; abaixo, participantes da reunião internacionalista dos PCs presentes; acima e à direita, livreto com a intervenção de Amazonas na reunião, que renova a fundo a visão do PCdoB sobre o movimento comunista internacional

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Ilustração de Ênio Lins na capa da Classe do Congresso


FORA COLLOR 64

8 de agosto de 1992: ato pelo impeachment de Fernando Collor leva 20 mil à Praça da Sé, São Paulo; abaixo, à esquerda, a fala de Lindbergh Farias, já à noite, e um boneco de Collor em uma lata de lixo; o PCdoB é o primeiro partido a assumir a bandeira do Fora Collor

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As manifestações cobriram o território nacional

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O jurista Dalmo Dallari (acima) e Leila Márcia, ex-coordenadora da Ubes (foto à direita, ao microfone), falam no Largo de São Francisco em 11 de agosto de 1992

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70

O jornal A Classe Operária denunciou os atos de corrupção do governo Collor, mas também o projeto antinacional daquela “modernização”. Foi um importante instrumento organizador dos comunistas e de outros setores em todo o país

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Passeata paulistana percorre o roteiro consagrado pelo Fora Collor, descendo a Avenida Brigadeiro, vindo da Paulista, rumo ao centro velho da cidade

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Panfletos usados na mobilização 77

Acima, estudantes tomam a Praça do Bandeirante, Goiânia; abaixo, passeata em Belo Horizonte, 16 de agosto

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Protesto em Maceió

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Edmilson Valentim, Ana Rocha e Elza Monnerat recebem na ABI, no Rio de Janeiro, a filiação de Roland Corbisier, assinalado [i]: professor, filósofo, fundador e primeiro diretor do ISEB e deputado (PTB-GB) da ALERJ cassado em 1964. Na ocasião de sua filiação ao Partido, ele qualifica o PCdoB como um “oásis do marxismo-leninismo”

Publicação da Câmara homenageia os 70 anos do Partido

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Protesto diante da Bolsa de Valores do Rio em 2 de abril de 1993, dia do leilão de privatização da Companhia Sideríurgica Nacional; o PCdoB critica com energia a capitulação do governo Itamar face à chantagem privatizante


81

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Ato em repúdio às tentativas de revisão constitucional no Largo São Francisco em 1993. PCdoB empenha grande esforço nessa campanha e leva sua militância às ruas para dizer “Essa revisão é golpe!”; acima, à direita, passeata na Av. Paulista, agosto de 1993 85

CONTRA O GOLPE DA REVISÃO

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Ato político do Fórum Nacional em Defesa da Constituição na ABI, no Rio de Janeiro

Amazonas visita a sede da CUT para reunião sobre enfrentamento às tentativas de revisão constitucional. Junto com Amazonas, Sérgio Barroso e Nivaldo Santana da Comissão Nacional Sindical do PCdoB, ao lado de Jair Meneghelli, assinalados [i] 84

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i

A capa do jornal A Classe Operária noticia a vitória popular e democrática da derrota sobre as tentativas de revisão constitucional

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ELEIÇÃO 1994 PCdoB novamente participa da articulação pela reedição da Frente Brasil Popular na sucessão presidencial de 1994, com Lula candidato. Brasil estava sob ameaça do projeto neoliberal, que venceu as eleições, mas enfrentaria uma decidida oposição.

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87A

Dois momentos da sucessão presidencial de 1994 nas páginas da Classe: o PCdoB apoiou Lula nas derrotas de 1989, 1994 e 1998 e nas vitórias de 2002, 2006, e, com Dilma Rousseff, 2010 e 2014

FHC em caricatura de Gilberto Maringoni, que nessa fase desenhava regularmente na Classe

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Acima, ato de campanha dos candidatos apoiados pelo PCdoB e aliados; ao lado, a Convenção do Partido no Rio Grande do Sul, em junho

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Marca usada na campanha de 1994

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ROGÉRIO LUSTOSA, 1943-1992

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Renato Rabelo, Walter Sorrentino, Pedro de Oliveira e Marcelo Toledo no cemitério da Vila Mariana, São Paulo, levam o caixão de Rogério Lustosa (ao lado), secretário de Agitação e Propaganda, morto em 22 de outubro de 1992

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1995-2002 SEGUE RESISTÊNCIA CONTRA O NEOLIBERALISMO

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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1

ZUMBI 2

Nos 300 anos de Zumbi, o guerreiro dos Palmares vira herói de primeiro escalão, com direito a estátuas como a da Praça Onze, Rio; o vereador Vital Nolasco (PCdoB-São Paulo), abaixo abraçado por Mandela, contribui com o Mapa dos Quilombos, reeditado em 2007 3

4

Marcha dos 300 anos de Zumbi: 30 mil participantes em Brasília, Unegro presente

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5

O baiano Orlando Silva, 25 anos, presidente da UNE em 1995-1997, em protesto contra FHC na Avenida Paulista

JUVENTUDE Nesta foto tirada na comemoração dos 50 anos da Ubes (03/12/1998), na sede da ABI no Rio, alguns dos ex-presidentes posam para foto oficial. Entre eles estão Sérgio Amadeo; Apolinário Rebelo; Selma Baçal; Rovilson Britto; Delcimar Pires Martins, Altair Lebre; Manoel Rangel; Joel Benin; Antonio Parente Totó. Destes, Totó e Sérgio, assinalados [i], não eram do PCdoB

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6

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i


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O drama do desemprego neoliberal chega também às reivindicações juvenis

MAIS JUVENTUDE

Cartazes e publicações dos Congressos da UJS mostram a evolução da logomarca: no 8º (São Paulo, 1996) e no 9º (1998, página ao lado) ela só tem letras; no 11º (Aracaju, 2002) aparecem as faixas; mas a organização proclama 1997 o Ano Che Guevara, com cartazes, adesivos, bandeiras, camisetas, debates e até uma aparição no Fantástico da TV Globo

397


75 ANOS 9

Acima, Orestes Quércia (PMDB) na plateia; abaixo, o maestro Benito Juarez rege a Sinfônica de Campinas 10

11

Livreto com a programação do evento; na capa, a marca dos 75 anos do PCdoB

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12 14

13

A festa dos 75 anos lota a Casa de Portugal, em São Paulo; Guarnieri (abaixo) recita O Navio Negreiro, de Castro Alves; Jorge Mautner canta A Bandeira do Meu Partido; à mesa, Lula com Renato Rabelo, Oded Ahmed, João Amazonas e Walter Sorrentino 15

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16

A base comunista dos urbanitários paulistas na manifestação de rua de um encontro de trabalhadores contra o neoliberalismo 19

Boletim da organização de base do PCdoB nos metroviários de São Paulo

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18

17

Mais fustigamento do governo, na capa da revista teórica do Partido e nas faixas de manifestação metalúrgica na Via Anchieta, ABC Paulista, um reduto do PT


20

Os deputados comunistas Jandira Feghali e Lindbergh Farias em ato de repúdio à privatização da Vale do Rio Doce, no Rio de Janeiro; ao lado, Lindbergh tenta impedir agressão policial no mesmo protesto contra os líderes estudantis Kérison Lopes (Ubes) e Orlando Silva (UNE)

21

RESISTÊNCIA CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES

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22

Julho de 1999: a direção do PCdoB entrega em Brasília abaixo-assinado com 405 mil signatários pela abertura de CPI sobre a privatização das teles 23

Em 1994 a direita logra eleger Fernando Henrique no primeiro turno, mas a bancada do PCdoB na Câmara duplica: a partir da esquerda, os deputados Sérgio Miranda (MG), Socorro Gomes (PA), Jandira Feghali (RJ), Agnelo Queiroz (DF), Haroldo Lima (BA), Inácio Arruda (CE), Aldo Arantes (GO), Aldo Rebelo (SP), Ricardo Gomyde (PR) e Lindbergh Farias (RJ), e o deputado distrital do PCdoB-DF, Miquéias Paz

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Encontros de 1998 e 2000 sobre o trabalho do Partido no Parlamento; acima, à mesa do 1º Encontro: Renato Rabelo, Marcelo Deda, João Amazonas, Aldo Arantes, Luiz Inácio Lula da Silva, Carlos Cardinal, Haroldo Lima; ao lado, livreto com resoluções do encontro

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Em 1994 o PCdoB elege seu primeiro vice-governador, Osmar Junior, no Piauí

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João Amazonas, aos 85 anos, usa bengala e, ao lado, muleta ao falar na Marcha Nacional do MST em Brasília, abril de 1997; caravanas da CUT e UNE engrossam o protesto de 50 mil diante do Planalto cercado pela polícia; à esquerda, Vicentinho e Lula ouvem Amazonas no Encontro Popular Contra o Neoliberalismo, Ginásio do Ibirapuera, São Paulo, dezembro do mesmo ano

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30

33

Primeiras publicações do Programa de 1995, na Classe e em livro

8ª CONFERÊNCIA 31

Amazonas faz o informe à 8ª Conferência (Brasília, agosto de 1995), que formula o novo Programa, socialista, do Partido 32

Lançamento do Programa em Belo Horizonte, novembro de 1995

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34

9º CONGRESSO 36

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Delegados ao 9º Congresso, São Paulo, outubro de 1997, votam e acompanham pelo telão o informe de Amazonas; à direita, a marca do Congresso

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No Dia de Tiradentes de 1999, o governador mineiro Itamar Franco entrega a Amazonas em Ouro Preto a Medalha da Inconfigência, criada por Juscelino

UNIDADE DAS FORÇAS PROGRESSISTAS 41

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Protesto contra a emenda da reeleição em São Paulo Reuniões em 1998 na sede do PCdoB com Arraes e Brizola

39

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Em 2000, no histórico Teatro de Arena em São Paulo, o Instituto Maurício Grabois faz homenagem ao dramaturgo, ator e diretor Gianfrancesco Guarnieri. No primeiro plano, encontram-se na primeira fila Antônio Cândido, Lélia Abramo, Guarnieri (ao microfone) e Renato Consorte

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Marcha dos 100 mil pelo Brasil, Brasília, 26 de agosto de 1999; ponto alto da resistência a Fernando Henrique, na verdade ela supera a cifra que lhe dá nome; leva à Câmara abaixo-assinado de 1,3 milhão por uma CPI sobre o papel de FHC na privatização das teles 43

Amazonas, de muleta, fala à Marcha dos 100 mil; Haroldo segura o microfone; à direita, Pascoal Carneiro, Metalúrgicos da Bahia, da fração comunista na direção da CUT; embaixo, detalhe da Marcha 44

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46 45

47

25 de fevereiro de 2000: lançamento, em Goiás, do Manifesto em defesa do Brasil, da democracia e do trabalho (ao lado), que delineia a plataforma da campanha presidencial de 2002; na mesa, Zuleide Faria (PCB), Amazonas (PCdoB), ao microfone, Aldo Arantes (PCdoB), Tarso Genro (PT), Herman Baeta (presidente do Conselho Federal da OAB), Lula (PT) e Arraes (PSB)

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RELAÇÕES INTERNACIONAIS 48

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Fidel recepciona em Havana delegação do PCdoB e outros latino-americanos, julho de 2000; assinalados [i], José Reinaldo Carvalho (esq.), Jamil Murad e Renato Rabelo; abaixo, manifestação aplaude a visita do líder cubano ao Brasil para a posse de FHC, dezembro de 1998 50

49

Ao lado de dirigentes e parlamentares do PCdoB (José Reinaldo, Socorro Gomes, Inácio Arruda e Haroldo Lima), Álvaro Cunhal, histórico dirigente do PC Português e da luta antifascista em visita ao Brasil

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OLINDA

Luciana Santos elege-se prefeita de Olinda, PE (2000), pela aliança PCdoB-PT-PSB-PCB-PGT-PTN 52

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10º CONGRESSO Amazonas, acima, com quatro décadas à frente do PCdoB, indica ao 10º Congresso Renato Rabelo (ao microfone abaixo) para sucedê-lo. Renato participou do movimento estudantil nos anos 1960, foi das mais destacadas lideranças da Ação Popular e se tornou um dos principais dirigentes do Partido sendo de grande estima e respeito do conjunto de quadros, militantes, filiados e do espectro político nacional

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Na tribuna, Renato Rabelo, ao lado de Pedro Oliveira, João Amazonas, Wadson Ribeiro, Edvaldo Magalhães, Vital Nolasco, Edvaldo Nogueira, Jandira Feghali, Ana Rocha, Nádia Campeão, João Batista Lemos, Eron Bezerra, Péricles de Souza, Aldo Arantes, Jussara Cony, Gilda Almeida, Ricardo Abreu, Liège Rocha, José Reinaldo e Nivaldo Santana

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Votação em plenária e mesa do 10º Congresso, no Riocentro, Rio de Janeiro, dezembro de 2001; convicto da chance de vitória presidencial em 2002, o Congresso defende um “governo de reconstrução nacional” Lula saúda o Congresso de seus aliados nas campanhas de 1989, 1994 e 1998

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Estreia no 10º Congresso a marca oficial e unificada do PCdoB (ao lado); obra do publicitário comunista Guido Bianchi; com tipologia própria, ela define a bandeira do PC do Brasil ao fim de 80 anos de mil e uma variantes da foice e martelo, como esta, acima, de 1997

NOVOS TEMPOS

No 80º aniversário, o Partido revisita sua trajetória no livro à esquerda, elo de transição entre o prisma histórico de 1972 (Cinquenta anos de luta) e a inovação de 2012; acima e à direita, publicações do Partido no apagar das luzes da era FHC

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Kit do CBV (Curso Básico em Vídeo) Outros 500; atualizado em 2005, ele formou 22 mil novos militantes do seu lançamento em 2000 até 2009


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FÓRUM SOCIAL MUNDIAL

Marcha de abertura do 1º Fórum Social Mundial, formidável caldeirão de ideias e experiências engajadas, abrigado em Porto Alegre graças à gestão da Frente Popular na Prefeitura (PT-PCdoB-PSB); assinalados [i], os dirigentes comunistas gaúchos Jussara Cony e Adalberto Frasson

Convite para debate no 2º FSM

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RESISTÊNCIA CONTRA A ALCA

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Materiais de denúncia do “virus da Alca”

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João Felício (CUT), Walter Sorrentino (PCdoB) e João Pedro Stedile (MST) assinalados [i] com a faixa anti-Alca na passeata paulistana do Dia de Ação Global (20 de julho de 2001)

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Mais publicações dos movimentos sociais

Setembro de 2002: os movimentos fazem plebiscito em 3.894 cidades: 10.149.542 pessoas votam, 9.979.964 rejeitam a Alca; abaixo, águia dos EUA em cartaz durante a consulta 61

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O 9º Congresso do PCdoB (1997) criou uma comissão especial para estudar e escrever a história do partido, coordenada pelo próprio João Amazonas. Ela, entre outras coisas, realizou o 1º Seminário Nacional Sobre a História do PCdoB em janeiro de 2001. À mesa João Amazonas, Pedro de Oliveira e José Carlos Ruy; abaixo, capa do livro Contribuição à História do Partido Comunista do Brasil, de José Carlos Ruy e Augusto Buonicore

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JOÃO AMAZONAS 1912-2002 Na tarde de 27 de maio de 2002, em São Paulo, aos 90 anos, 67 de militância, morre João Amazonas; militantes, dirigentes, aliados e amigos despedem-se do dirigente histórico do Partido Comunista do Brasil, na Assembleia Legislativa, onde recebe honras de chefe de Estado, e no Crematório da Vila Alpina 65

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“As cinzas devem ser espalhadas na região do Araguaia, onde houve a Guerrilha. É uma forma de juntar-me aos que lá combateram”, diz o bilhete deixado por João Amazonas pouco antes de sua morte Barrancas do Araguaia, 21 de junho: Renato Rabelo fala na cerimônia, pelo PCdoB; Haroldo Lima segura a urna cinerária de Amazonas; ambaixo, Renato cumpre o pedido feito por escrito por Amazonas pouco antes de morrer (na nota acima) e espalha as cinzas “onde houve a Guerrilha”; à direita, edição especial do órgão central do Partido 67

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Em 25 de março de 2002 surge na internet o portal Vermelho, que busca fazer um jornalismo de massas; acima, o logotipo usado no primeiro dia; ao mesmo tempo, o site www. pcdob.org.br, lançado em 1996, renova-se e ganha a marca Partido Vivo (embaixo)

O galo símbolo do Vermelho não é uma inovação; já nos anos 1970 a Tribuna Popular, jornal do PC da Venezuela, usa um (ao lado); antes, os republicanos espanhóis cantam Gallo rojo: “Se encontraram na arena / Os dois galos frente a frente / O galo negro era grande / Mas o rubro era valente”; e antes ainda, em 1935, o diário de Mota Lima, A Manhã, porta-voz da ANL, tem o galo abaixo por emblema

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Em 2003, o portal foi um dos finalistas do disputado Prêmio iBest como melhor site de política; em 2004, ficou em primeiro lugar pela votação popular; voltaria a ganhar o prêmio em 2008; acima, a equipe do Vermelho exibe os troféus conquistados

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2002-2010 GOVERNO LULA, NOVO CICLO

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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1

Renato Rabelo felicita Lula pela histórica vitória de 27 de outubro de 2002. Ao lado, Lula, José Dirceu e Renato Rabelo celebram aliança (São Paulo, 13 de junho)

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Detalhes da posse de Lula no primeiro dia de 2003, com grande participação da militância comunista 4

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6

GOVERNO LULA Com a posse de Lula, Agnelo Queiroz (à direita) assume o Ministério Esporte; é o primeiro ministro em 80 anos do PC do Brasil. Ele seria substituído em 2006 por Orlando Silva (abaixo).

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Plenário da 9ª Conferência (Brasília, junho de 2003), que analisou o sentido histórico da mudança com a eleição de Lula e levou o Partido a integrar pela primeira vez o governo da República. À direita, capa da publicação com a resolução política da Conferência

É uma situação “inédita na história do país”, avalia o texto PCdoB: 90 anos em defesa do Brasil, segundo o qual: “O Partido viu-se obrigado a refletir e estabelecer diretrizes sobre sua presença num governo da República de coalizão no qual os comunistas são força minoritária. Surgiam assim novos desafios teóricos e políticos”. A tarefa coube à 9ª Conferência Nacional, realizada em Brasília, no mês de junho de 2003. Ela aponta ocorrer não uma “simples alternância de governo”, mas “um novo ciclo histórico e político no Brasil”. Caberia aos comunistas impulsionar a realização das mudanças. 9

Renato Rabelo saúda delegados e convidados à Conferência

Osmar Júnior, Alice Portugal e o diplomata Samuel Pinheiro Guimarães no seminário conjunto PCdoB-PSB intitulado O governo da mudança e o novo modelo de desenvolvimento nacional (2003)

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11

Passeata na cidade de São Paulo contra a invasão do Iraque; ao centro, de paletó escuro, Jamil Murad (2003) Folhetos do Cebrapaz e (à esq.) a pomba desenhada por Pablo Picasso para ser o símbolo Conselho Mundial da Paz (CMP), entidade atualmente presidida por Socorro Gomes

PELA PAZ

12

Abaixo, Renato Rabelo discursa na fundação do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta Pela Paz (Cebrapaz), na cidade de São Paulo, em 2004, ladeado por Altamiro Borges, Socorro Gomes (que preside a entidade) e Gilson Reis. 13

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Materiais de divulgação do 12º Congresso Nacional da UJS

JUVENTUDE A UJS se consolida como organização juvenil de caráter socialista. Após duas décadas de oposição ao governo federal, o desafio colocado é mobilizar a juventude para o país avançar nas mudanças. O 12º Congresso “Prepara uma avenida que a gente vai passar” elege o mineiro, estudante de medicina, Wadson Ribeiro, expresidente da UNE, para a presidência da entidade.

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15 16

Wadson Ribeiro (centro) apresenta plataforma à prefeita de Olinda, Luciana Santos


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Revolta do Buzu, Salvador, Bahia, agosto de 2003. Marcelo Gavião (ao centro, de camisa amarela) seria, um mês depois, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES); em 2008 assumiria a presidência da UJS 18 19

O DJ Toni C, fundador da Nação Hip-Hop e do Ponto de Cultura Hip-Hop a Lápis, autor de dois livros e de um filme longa-metragem, também militante da UJS

Com cartaz satirizando Bush, UJS denuncia agressão dos EUA contra o Iraque

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Seminário Partido e juventude (2003). Acima, à esquerda na mesa, Rui Oliveira, Jorge Panzera e Edwiges Carvalho. À direita, à frente da plateia, Ricardo Abreu Alemão (de cinza), secretário de Juventude do Comitê Central do PCdoB. É possível identificar, também, Andrea Oliveira, George Wellington, Vandré Fernandes

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À esquerda e abaixo, publicações do PCdoB sobre a juventude


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UJS intensifica organização e conta em suas fileiras com Manuela d’Ávila, diretora da UNE (2003), mais jovem vereadora da história de Porto Alegre (2004) e deputada federal mais votada do Rio Grande do Sul (2006 e 2010). Ao seu lado, a boneca “E aí, beleza?”, mascote das campanhas

Folheto do Congresso da UJS de 2006

Passeata de 16 de agosto de 2005, liderada pelos estudantes com participação de entidades da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) no auge da tentativa golpista que ganhou o nome de “mensalão”. A CMS era formada por 42 organizações, entre elas: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) 25

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Os deputados federais do PCdoB Jamil Murad (de bigode, segurando a bandeira) e Vanessa Grazziotin, em visita ao histórico líder palestino Yasser Arafat, em Ramallah, na Palestina ocupada, em 2004. Com eles, Farid Suwan (à esquerda).


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Cartaz desenhado por Bernardo Joffily para o Portal Vermelho, alusivo à invasão do Iraque pelos EUA com a palavra “paz” em diversos idiomas

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Acima: prefeitos e vice-prefeitos do PCdoB em encontro realizado um mês após as eleições municipais de 2004. Entre os presentes: José Luiz Pareia, de Ibaté/SP; Edina do Prado Nascimento, S. João do Caru/MA; Zózimo Chaparral, de Barra do Garças/MT; Luciana Santos, Olinda/PE; Antônio de Pádua Arcanjo, de Santana do Acaraú/CE; César Augusto de Freitas, de Sanharó/PE; José Edberto Tavares de Quental, Conda do/PE, João Ribeiro de Lemos, Camaragibe/PE. Abaixo: Dynéas Aguiar, histórico dirigente do PCdoB e vice-prefeito de Campos do Jordão (SP). À esquerda, documento do Encontro

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Publicação do PCdoB registra sua atuação nos movimentos sociais

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Brasília, 12 de novembro de 2006, às 17h: o recém-reeleito presidente Lula embarca para a Venezuela; com o vice José Alencar em tratamento médico, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), presidente da Câmara dos Deputados, assume, por 24 horas, a Presidência da República

ALDO REBELO

Aldo Rebelo assume o Ministério da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais, em janeiro de 2004. Ele deixara a liderança do governo na Câmara dos Deputados para tomar posse no novo cargo, com as presenças de Lula e do vice-presidente da República, José Alencar

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PCdoB realiza a 1ª Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher, em Luziânia (GO), em março de 2007. É possível identificar na foto do plenário: Katia Souto, Alice Portugal, Carlos Valadares, Ronald Freitas, Péricles de Souza (assinalados, na primeira fila) e Lúcia Rocha (de óculos, na segunda fileira). 35

MULHERES Uma das resoluções do 11º Congresso do PCdoB (2005) foi a criação da Secretaria Nacional da Mulher, o Fórum Nacional Permanente sobre a Questão da Mulher e a indicação da realização da 1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher. Posteriormente, a conferência sobre o tema torna-se obrigação estatutária

Marca da Secretaria da Mulher e cartaz da 1ª Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher

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Elza Monnerat, histórica dirigente do PCdoB, falece aos 91 anos, em Teresópolis, Rio de janeiro

Paula Beiguelman, professora emérita da Universidade de São Paulo (USP), então colunista do Portal Vermelho, e dirigente do Cebrapaz

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Palestra da historiadora Marly Vianna, ao lado dos historiadores comunistas Augusto Buonicore (esq.) e Fernando Garcia 39

O professor da Unicamp e militante do PCdoB João Quartim de Moraes fala em seminário da Fundação Maurício Grabois, 2014. Adalberto Monteiro (ao centro) exerceria a presidência da FMG até março de 2016. Em seguida, Renato Rabelo (dir.) assume a presidência da Fundação

Acima e ao lado, marcas da Fundação Maurício Grabois (FMG), que em 2008 substitui o Instituto. O desenho estilizado do rosto de Grabois é adotado como logotipo para o site da Fundação

FUNDAÇÃO MAURÍCIO GRABOIS Em 2008, surge a Fundação Maurício Grabois como sucedânea do Instituto Maurício Grabois. Adalberto Monteiro, então secretário nacional de Formação e Propaganda, será o presidente por quase 10 anos. Neste período, a Fundação avança na direção de se tornar “um espaço de encontro e confluência do pensamento marxista e progressista do país”. O historiador Augusto Buonicore, falecido em 2020, coordenou a criação do Centro de Documentação e Memória (CDM) do movimento comunista e operário do país e da história do Partido. Hoje, a Fundação tem à frente Renato Rabelo, ex-presidente do PCdoB

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O filósofo marxista italiano Domenico Losurdo folheia a revista Princípios durante visita ao PCdoB; à esquerda, Losurdo, o ex-reitor da Universidade de Lisboa José Barata-Moura (esq.), Renato Rabelo e Augusto Buonicore

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Lula no 11º Congresso do PCdoB, em outubro de 2005. Pela primeira vez um presidente da República participa de um congresso do Partido Comunista do Brasil

11º Congresso do Partido, de 20 a 23 de outubro de 2005 na Academia de Tênis, Brasília

Capa do Programa e Estatuto de 2005

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Renato Rabelo apresenta Informe ao Congresso como presidente do Partido, cargo que assumira no 10º Congresso. Integram a mesa, da esquerda para a direita: Everaldo Augusto, Edilon Melo de Queiros, Andrea Diniz, Mauricio Ramos, Ronald Freitas, Nivaldo Santana e Divanilton Pereira

11º CONGRESSO

Cartaz produzido por militantes comunistas do estado do Amazonas com figuras revolucionárias históricas: Vladimir Lênin, Mao Tse-tung, Che Guevara, Karl Marx, Josef Stálin, João Amazonas e Elza Monnerat

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Renato Rabelo (na tribuna), Agnelo Queiroz, Aldo Rebelo, Ana Rocha, Péricles de Souza, Walter Sorrentino e Jô Moraes. Desde de 2004, PCdoB realiza encontros anuais sobre “Questões de Partido”. Acima, folheto do encontro

UM PARTIDO PARA O NOVO TEMPO

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Diante da realidade inédita de os comunistas participando no governo da República, se impôs uma atualização sobre a concepção de Partido: como atuar preservando a independência do Partido, expandir e ampliar suas bases de militantes, participando das lutas e enraizando-se no seio do povo e da classe trabalhadora. Walter Sorrentino, secretário de Organização, esteve à frente desse trabalho 48

Na mesa do segundo encontro, da esq. p/ dir.: Andréa Diniz, Walter Sorrentino, João Batista Lemos, Daniel Almeida, Ana Rocha e Jô Moraes. Ao lado, capa do livreto com documentos do encontro

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Os deputados federais comunistas (de paletó) Daniel Almeida (à esquerda) e Jamil Murad (à direita), na Marcha sobre Brasília pelo salário mínimo, em 2004

MOVIMENTOS

Ricardo Abreu Alemão (no microfone) Dênis Oliveira, Nivaldo Santana e Augusto Buonicore

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O PCdoB fortaleceu sua participação nos movimentos sociais com sua política, seus quadros e participando de todas as iniciativas de organização como a Coordenação dos Movimentos Sociais 56

Olívia Santana e Edson França, dirigentes da Unegro e membros do Comitê Central do PCdoB 53

Bartíria Lima da Costa, enfermeira, eleita presidenta da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam) no seu 10º Congresso, realizado em 2008 na cidade de Salvador. Pela primeira vez uma mulher presidiu a entidade

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PCdoB participa ativamente da Coordenação dos Movimentos Sociais

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A legalidade impõe uma pesada agenda ligada a eleições, como a reunião acima. Na mesa (da esq. p/ dir.): Vanessa Grazziotin, Jô Moraes, Ronald Freitas, Renato Rabelo, Walter Sorrentino, Inácio Arruda, Osmar Júnior e Luciano Siqueira

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Parlamentares, dirigentes e militantes do PCdoB saúdam, em Brasília, Aldo Rebelo, eleito presidente da Câmara (2005). Da esquerda para a direita: Vital Nolasco, Orlando Silva, Manuela d’Ávila, Rita Polli Rebelo, Micheas Gomes de Almeida (Zezinho do Araguaia), Chico Lopes, Renildo Calheiros, Socorro Gomes, Alice Portugal, Jandira Feghali, Inácio Arruda, Perpétua Almeida, Walter Sorrentino, Aldo Rebelo, Flávio Dino, Renato Rabelo, Luciano Siqueira, Ronald Freitas, Daniel Almeida, Edimilson Valentin, Agnelo Queiroz, Jamil Murad, Jô Moraes e Leomar Quintanilha

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PARLAMENTARES COMUNISTAS Nas eleições de 2006, o golpismo da direita neoliberal é derrotado. Lula, reeleito, consagrase como uma grande liderança popular. O PCdoB vê, comprovado nas urnas, o acerto de sua tática de apoiar e participar do governo Lula, impulsionando-o na direção das mudanças. Os comunistas elegem, depois de 60 anos, um senador da República, Inácio Arruda (PCdoBCE); e conquistam 13 cadeiras na Câmara dos Deputados, cinco delas por mulheres. Com isso, a bancada comunista é, proporcionalmente, a que tem maior participação feminina 71

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Inácio Arruda, o primeiro senador eleito pelo PCdoB, no estado do Ceará, em 2006, seis décadas após a cassação de Prestes; a segunda foi Vanessa Grazziotin, no estado do Amazonas, em 2010 (abaixo, em campanha, no centro da foto) 62

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Ex-deputada federal e dirigente do PCdoB sergipano, Tânia Soares é eleita para a Assembleia Legislativa de Sergipe em 2006

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Nas fotos à esquerda, em sentido horário, os deputados federais eleitos pelo PCdoB em 2006: Aldo Rebelo (SP), Chico Lopes (CE), Edimilson Valentim (RJ), Flávio Dino (MA), Osmar Júnior (PI), Evandro Milhomen (AP), Renildo Calheiros (PE) e Daniel Almeida (BA) 68

Em 2006, PCdoB faz a bancada mais feminina da Câmara: dos 13 parlamentares comunistas eleitos, cinco sãomulheres. Abaixo, a partir da esquerda: deputadas federais Perpétua Almeida (AC), Jô Moraes (MG), Alice Portugal (BA), Manuela d’Ávila (RS) e Vaneza Grazziotin (AM)

Jandira Feghali (RJ) tenta o Senado em 2006; quase se elege, com 2,8 milhões de votos (38%) 67

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SEDE PRÓPRIA PCdoB conquista sua sede própria, a primeira em sua história, com oito andares, na Rua Rego Freitas, 192, República, São Paulo (página ao lado), adquirida em 2007 com recursos de campanha de finanças.

Vital Nolasco (de jaqueta), secretário de Finanças do Comitê Central, que coordenou a campanha da sede própria, ganha foto emoldurada da sede durante homenagem dos seus 50 anos de militância. A cerimônia ocorreu no auditório da nova sede

Cupom de contribuição (ao lado) e cartazes da campanha da sede própria

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PCdoB sedia o 10º Encontro de Partidos Comunistas e Operários, com a participação de representantes de todos os continentes, o primeiro que se realizou na América. Na página ao lado, a plenária de 65 partidos comunistas, de 55 países; acima, dirigentes do PCdoB à mesa do evento (Altamiro Borges, Renato Rabelo, José Reinaldo Carvalho, Ronaldo Carmona, Walter Sorrentino, Nadia Campeão e Vital Nolasco). Abaixo, capa do livrete do evento.

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Votação da resolução principal – o Programa Socialista – e o Comitê Central eleito. Na foto abaixo, é possível identificar: Marcelino Granja, Orlando Silva Jr., Marcelo Gavião, Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), Edvaldo Nogueira, Renildo Souza, Manoel Rangel, Liège Rocha, Edimilson Valentin, Júlio Vellozo, Gerson Pinheiro de Souza, José Reinaldo Carvalho, Wadson Ribeiro, Augusto Chagas, Cláudio Silva Bastos, Jô Moraes, Jamil Murad, Renato Rabelo, Julia Roland, Luciana Santos, Inácio Arruda, Socorro Gomes, Haroldo Lima, Abgail Pereira, Gustavo Petta, Ana Rocha, Perpétua Almeida, Aldemir Caetano, Olívia Santana, Daniel Almeida, Luciano Siqueira, Renata Petta, Flávio Dino, Julieta Palmeira, Evandro Milhomem, Aldo Arantes, Altamiro Borges, Andreia Diniz, Edvaldo Magalhães, Alanir Cardoso, Adalberto Frasson


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12º CONGRESSO 12º Congresso Nacional do PCdoB. 5 a 8 de novembro de 2009, Anhembi, São Paulo

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Documentos e resoluções do Congresso 84

Presidente Lula prestigia os aliados comunistas e comparece ao ato político do 12º Congresso, ao lado de Tarso Genro (ministro da Justiça), Renato Rabelo e Dilma Rousseff (ministra da Casa Civil já presidenciável, que se elegeria presidenta da República em 2010)

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PROGRAMA SOCIALISTA O 12º Congresso (2009) apurou ainda mais o pensamento estratégico do PCdoB, o Programa Socialista para o Brasil — o socialismo é o rumo, o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento é o caminho. O texto programático emana do contexto da realidade mundial, da dinâmica concreta da história social, econômica e política do Brasil. Por isso, apresenta-se factível. Realizável.

O novo Programa Socialista do PCdoB, principal resolução do Congresso de 2009. A edição teve 1 milhão de exemplares impressos

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O Programa incorpora a contribuição de pensadores como Darcy Ribeiro (aqui no traço de Fortuna), militante comunista na juventude, que formulou conceito de “povo novo”

O Gibi do Programa Socialista; acima, o Curso do Programa, em vídeo

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Diversas organizações de direitos humanos compareceram ao ato de anistia dos camponeses do Araguaia

A Guerrilha do Araguaia é um episódio da história do Brasil que pautou diversas vezes a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Da sessão de anistia dos camponeses do Araguaia, de julho de 2009, foi produzido um documentário e identificada a ossada do guerrilheiro cearense Bergson Gurjão

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Dona Adalgisa fala em cena do filme-documentário Camponeses do Araguaia – a guerrilha vista por dentro. Abaixo, Vandré Fernandes (diretor do filme) e Osvaldo Bertolino (produtor-executivo) preparam a cena da entrevista de Miquéias Gomes de Almeida (Zezinho do Araguaia) para o documentário

Ato político de identificação da ossada do guerrilheiro Bergson Gurjão. Entre os presentes ao evento: Paulo Abrão, Inácio Arruda, Lula Morais, Renato Rabelo, Daniel Almeida, Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), Sérgio Miranda, José Genoino e Aldo Arantes

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7º Encontro da Corrente Sindical Classista (2007), com 500 delegados, toma a decisão histórica de desfiliar-se da CUT para fundar uma nova central; na mesa, Pascoal Carneiro, Batista Lemos, Renildo de Souza e Nivaldo Santana (ao microfone)

FUNDAÇÃO DA CTB

Wagner Gomes, do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, e primeiro presidente da Central

14 de dezembro de 2007, Congresso de Fundação da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) 93

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Pacaembu, São Paulo, 1º de junho de 2010: na 2ª Conclat (Conferência da Classe Trabalhadora) 30 mil sindicalistas aprovam por aclamação a Agenda da Classe Trabalhadora, que dota as centrais sindicais de uma pauta unitária; a CTB joga papel destacado e participam também a CUT, Força Sindical, NCST, e CGTB (todas as centrais exceto a UGT); acima, Wagner Gomes, presidente da CTB, dirige-se à assembleia; abaixo, delegação de sindicalistas paraibanos 96

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Ao lado, militantes da UJS de Tarauacá (AC); abaixo, os dirigentes durante o 17º Congresso: Flávia Calé, Renan Alencar (Macaxeira), eleito novo presidente da entidade, e André Tokarski (presidente da UJS entre 2010 e 2014)

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Público de uma atividade do Barão em São Paulo. É possível identificar Nádia Campeão, Eduardo Guimarães, Marcos Dantas, Julieta Palmeira, Joana Rozowykwiat e Priscila Lobregatte. Ao lado, caricatura do Barão no traço de Guevara; a imagem compõe a identidade visual da entidade 102

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BARÃO DE ITARARÉ

O jornalista Paulo Henrique Amorim fala em atividade do Barão de Itararé ao lado de Maria Inês Nassif, Renata Mielli, Rodrigo Vianna, Leandro Fortes e Altamiro Borges

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé luta pela democratização da comunicação, fortalece fóruns existentes, reforça mídias alternativas e aprofunda estudos sobre o papel da mídia na atualidade 101

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Acima, da esquerda para a direita: Luiz Azenha, Rodrigo Vianna, Diego Cazaes, Conceição Oliveira, Conceição Lemes, Eduardo Guimarães, Renato Rovai e Altamiro Borges, durante o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, em agosto de 2010; abaixo, plenária do encontro

Altamiro Borges na abertura do 1º Encontro Internacional de Blogueiros, em Foz do Iguaçu 105

O linguista estadunidense Noam Chomsky em entrevista coletiva na sede do Barão, ao lado de Renata Mielli, em setembro de 2018

O Barão publicou diversos livros sobre o papel da mídia. Promoveu debates, palestras, lançamento de diversas obras. É um espaço importante da luta de ideias

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2011-2015 GOVERNO DILMA

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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SUCESSÃO DE LULA Com popularidade em alta, presidente Lula encerra seu segundo mandato e Dilma Rousseff assume a tarefa de levar adiante o ciclo democrático e progressista iniciado em 2002. Campanha da futura presidenta da República empolga a militância de esquerda e mobiliza o povo.

Brasília, abril de 2010: Dilma Rousseff, recém-saída da Casa Civil, Renato Rabelo e Lula em ato de anúncio do apoio dos comunistas à sua candidatura. Dilma é recepcionada por Martinho da Vila, Leci Brandão e Netinho de Paula

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Mulheres comunistas eleitas em 2010: senadora Vanessa Grazziotin (esq., AM), deputadas Manuela d’Ávila (RS), Luciana Santos (PE), Perpétua Almeida (AC) e Jô Moraes (MG); assinalada [i], a deputada e amiga Sandra Rosado (PSB-RN); no fundo, os deputados Chico Lopes (CE), Assis Melo (RS) e Aldo Rebelo (SP)

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Alice Portugal (BA), à esq., e Jandira Feghali (RJ), completam a aguerrida e numerosa bancada feminina do PCdoB no Congresso

ELEIÇÕES 2010 PCdoB TEM O MELHOR RESULTADO DESDE 1946 Nas eleições, em 2010, o Partido eleva em 41% a votação para a Câmara dos Deputados: são 2.791.694 sufrágios e a bancada sobe de 13 para 15 cadeiras. Para senador são 12. 561.716 votos, com 7,37% do total, graças ao desempenho de São Paulo. Pela primeira vez, o Partido passa a ter duas cadeiras no Senado Federal: Vanessa Grazziotin conquista o mandato pelo estado do Amazonas e se junta a Inácio Arruda (PCdoB-CE), eleito em 2006.

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Brasília, 1º de janeiro de 2011: Dilma recebe a faixa presidencial de Lula e conversa com Renato Rabelo, presidente do PCdoB, logo após a posse

Abaixo, outros deputados federais eleitos pelo PCdoB que exerceram o mandato entre 2011 e 2014 6

Osmar Júnior (PI) 13A

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Daniel Almeida (BA) 12

Evandro Milhomem (AP) 11

João Ananias (CE)

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Delegado Protógenes (SP)

Chico Lopes (CE)

Edson Pimenta (BA)

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Gustavo Petta (SP) e Eron Bezerra (AM) assumiram após o início da legislatura

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2ª Conferência Nacional sobre a Emancipação das Mulheres (2012), evento que entra na agenda fixa do PCdoB; assinalada [i], a ministra da Secretaria de Política para Mulheres e ex-presa política Eleonora Menicucci; ao seu lado, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE), que se tornaria, pouco tempo depois desta conferência, a primeira mulher a presidir o PCdoB 15

Publicações da Conferência e marca adotada pela Secretaria de Mulheres

Militantes da UBM Rozina Conceição, Valéria Leão, Geni Santos, Mariana Venturini. Passeata na Avenida Paulista, em 2015

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O maestro Rildo Hora interpreta A Internacional na gaita, acompanhado pelo público, no ato do 90º aniversário do Partido na casa de espetáculos Vivo Rio, no Rio de Janeiro, em 24 de março de 2012

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90 ANOS As comemorações dos 90 anos do Partido têm uma programação nacional que se ramifica pelo país.

Renato Rabelo fala na abertura do ato comemorativo dos 90 anos. Sentados, André Tokarski (esq.), secretário de Juventude do CC, Wagner Gomes, presidente da CTB, Luiz Dulci, representando Lula, Ruy Falcão, presidente do PT, Ana Rocha e Renildo Calheiros

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Acima, a exposição iconográfica alusiva aos 90 anos do Partido no espaço principal da Câmara dos Deputados. Ao lado, no ato de lançamento da exposição (da esq. para a dir.): Vanessa Grazziotin, João Ananias, Renato Rabelo, Marco Maia, Aldo Rebelo, Protógenes Queiróz, D. Maria Prestes, Jandira Feghali, Luciana Santos, Aldo Arantes, Jô Moraes e Manuela d’Ávila 18

Documento aprovado pelo Comitê Central, sem empanar a dimensão da reorganização de 1962, valoriza o percurso inteiro da legenda e, de igual modo, as gerações que a construíram. Pela primeira vez, rende tributo a lutadores como Astrojildo Pereira, líder da primeira geração, e Luiz Carlos Prestes, líder da segunda geração, e enaltece o legado de João Amazonas, construtor e ideólogo do Partido. Registra ainda o papel elevado de Renato Rabelo na contemporaneidade

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Neco Panzera, veterano militante do trabalho camponês clandestino em 1965, com a neta Clarice na festa dos 90 anos do PCdoB no Rio de Janeiro 19

Seminário dos 90 anos, em São Paulo, faz a defesa de um Partido Comunista contemporâneo e influente, de feição e prática revolucionárias. À mesa: João Quartim de Moraes, Marly Vianna, Augusto Buonicore e José Luiz Del Roio

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Atos de homenagem pelos 90 anos do PCdoB ocorrem em todo o país; ao lado, sessão solene na Assembleia Legislativa do Pará

No dia 26 de março, o Congresso Nacional realizou uma sessão solene em homenagem à data de Fundação do Partido. À mesa, o deputado Osmar Júnior, o presidente do PCdoB Renato Rabelo, o presidente do Senado Federal, José Sarney, os senadores Inácio Arruda e Vanessa Grazziotin e a deputada Luciana Santos

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ELEIÇÕES 2012 PCdoB mostra força nas eleições municipais de 2012. Desempenho nos governos Lula e Dilma deu ao Partido dinâmica política, que trabalhou pela composição de chapas com pluralidade. Vitória em centros importantes se somou à visibilidade da legenda em todo o país.

Nádia Campeão (PCdoB), candidata a vice-prefeita de Fernando Haddad (PT) em campanha na Zona Norte paulistana; a eleição da chapa Haddad-Nádia na cidade de São Paulo é a maior vitória da esquerda em 2012

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Luciano Siqueira (à dir.) é eleito vice-prefeito do Recife pela segunda vez, agora coligado ao PSB do prefeito eleito Geraldo Júlio (à esq.)

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Ângela Albino (PCdoB), candidata a prefeita de Florianópolis, e seu vice Nildão (PT) pedem votos no centro da capital catarinense; a chapa não vence, mas alcança bom resultado ao conquistar 25,3% dos votos para o 65


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As eleições municipais de 2012 ocorreram num clima de acirrado confronto político, contudo, favorável às forças democráticas e progressistas. O PCdoB elegeu 56 prefeitos, 87 viceprefeitos e conquistou 976 cadeiras em câmaras municipais. Foi o desempenho mais substantivo do Partido em eleições municipais.

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Renildo Calheiros, candidato à reeleição em Olinda (PE), vitorioso no primeiro turno Jô Moraes, candidata à Prefeitura de Belo Horizonte em 2012; no detalhe, a personagem Josinha, mascote de suas campanhas

Vanessa Grazziotin, já senadora, candidata-se à prefeitura de Manaus, chegando ao segundo turno

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LUTA DE IDEIAS A Fundação Maurício Grabois empreendeu realizações e avanços no sentido de se consolidar como um “espaço de encontro e confluência do pensamento marxista e progressista”, voltado ao enfrentamento das questões-chave da luta de ideias no tempo presente. 32

Nereide apresenta o projeto da Escola Nacional do PCdoB no Foro de São Paulo 30

Edição de 2013 dos Estudos Avançados; Nereide Saviani, Luiz Gonzaga Belluzzo e Renato Rabelo Debate em homenagem aos 50 anos do livro Para ler o capital de Louis Althusser com Alysson Mascaro, Julio Vellozo e João Quartim de Moraes 31

Domenico Losurdo faz conferência sobre Lênin com tradução simultânea de Lavinia Clara e comentários de Adalberto Monteiro, Sérgio Barroso e João Quartim de Moraes

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Cartaz do ato comemorativo ao centenário de nascimento do historiador Nelson Werneck Sodré

José Carlos Ruy, Augusto Buonicore, Kabenguele Munanga e Soraya Moura em Seminário sobre o pensamento de Clóvis Moura, no Centro Cultural São Paulo

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Centenário de Álvaro Cunhal reúne companheiros do PCP e PCdoB, entre eles Ricardo Abreu Alemão, Orlando Silva Jr., Ricardo Gebrim, Osvaldo Bertolino, José Antonio, José Reinaldo e José Fiorilo 34

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LUTA POR MORADIA A luta por moradia e condições dignas de urbanidade é estruturante no entendimento dos comunistas sobre a luta popular. A Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM) é o principal esteio de aglutinação dos militantes por moradia em todo o país.

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Praia Grande (SP), maio de 2011: delegados do Brasil inteiro debatem por quatro dias a pauta do 11º Congresso da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam); acima, Bartíria Lima da Costa, presidenta da entidade, ao lado de Renato na mesa do Congresso; abaixo, logotipo da entidade

CONAM CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE MORADORES

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TRABALHADORES UNIDOS Agravamento da crise econômica, que vinha de 20072008, já ameaçava empregos e renda em 2013, afetando duramente os trabalhadores, que responderam com unidade e combatividade. Avanço da crise teria desdobramentos políticos que chegariam à acirrada disputa nas eleições presidenciais de 2014. 39

Julho de 2013, Dia de Luta Unitário das Centrais no vão do Masp, São Paulo. Acima, Onofre Gonçalves, presidente da CTB-SP, fala aos manifestantes. Ao seu lado, Carlos Rogério Nunes, dirigente nacional da CTB

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Ao lado e acima, Wagner Gomes, presidente nacional da CTB, discursa no Dia Nacional de Luta

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Nivaldo Santana, Secretário de Movimento Sindical do PCdoB 45

ENCONTROS SINDICAIS Os Encontros Nacionais Sindicais fazem parte do sistema de direção que debate o encaminhamento das orientações partidárias e realiza o controle de sua implementação na área sindical. A questão do trabalho e a organização dos trabalhadores têm centralidade para o PCdoB na construção de um novo projeto nacional de desenvolvimento. Os Encontros atualizam a política partidária perante as mudanças velozes no mundo do trabalho, a organização partidária entre os trabalhadores e o seu papel na condução das transformações que o Brasil necessita. 43

Nivaldo Santana ao centro, ladeado por Vânius Oliveira, Vital Nolasco, Orlando Silva Jr. Carlinhos Accioli no 8º Encontro Nacional Sindical do PCdoB, ocorrido em Recife em abril de 2019: Conjuntura dramática impõe luta de resistência e de acumulação de forças entre os trabalhadores 44

Renato Rabelo faz pronunciamento no 7º Encontro Nacional Sindical

Dentre os delegados ao Encontro Nacional Sindical, Luiza Bezerra, Marcelino Granja, Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), Nivaldo Santana, Maria Pimentel, Adilson Araújo, Luciana Santos, Augusto Vasconcelos, Wadson Ribeiro, Ubiraci Dantas de Oiveira (Bira), Wagner Gomes, Carlos Pereira, Raimunda Gomes (Doquinha), entre outros. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), prestigiou o Encontro

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Os dirigentes da Central eleitos no 3º Congresso da CTB, realizado em São Paulo de 22 a 24 de agosto de 2013; o Congresso escolhe o novo presidente da entidade, Adilson Araújo, do Sindicato dos Bancários da Bahia

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Plenária do 13º Congresso, no grande auditório do Anhembi, São Paulo, novembro de 2013; abaixo, a mesa do ato político, com os visitantes petistas – ministro Alexandre Padilha, presidenta Dilma e prefeito Fernando Haddad

13º CONGRESSO O Décimo Terceiro Congresso do PCdoB abordou a necessidade de se batalhar pelas reformas estruturais, fortalecer o Partido e assegurar a vitória das forças democráticas nas eleições de 2014. Tratou da resistência anti-imperialista, das mudanças que ocorriam na América Latina e a nova luta pelo socialismo. Ao final, reelegeu Renato Rabelo Presidente do Partido.

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Conferência Estadual da Bahia, etapa para o 13º Congresso do PCdoB, reúne lideranças e quadros de todo o estado se notabilizando como a maior conferência já realizada no estado

Delegações estrangeiras de partidos comunistas, operários e democráticos de todos os continentes participam do Congresso do PCdoB reafirmando o internacionalismo proletário 51

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Os Encontros sobre Questões de Partido de 2013 e 2014; eles são parte da agenda fixa do PCdoB e se empenham em “cuidar mais e melhor do Partido” 57

Cartaz de propaganda da contribuição financeira do Partido

Haroldo Lima, Renildo Calheiros, Aldo Rebelo, Adalberto Monteiro, Inácio Arruda, Nádia Campeão, Flávio Dino e Renato Rabelo (ao microfone) na abertura do Encontro Nacional de Prefeitos e Viceprefeitos do PCdoB, em janeiro de 2013, em Brasília

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Neide Freitas, Luciana Santos, Walter Sorrentino e Carlos Augusto Diógenes (Patinhas) durante o 8º Encontro Nacional sobre Questões de Partido

Adelino Ramos, o Dinho, líder camponês do PCdoB Rondônia, executado pelo latifúndio em 27 de maio de 2011; sob Lula e Dilma a violência no campo diminui mas não cessa

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31 de março de 2014: retratos dos guerrilheiros do Araguaia e outras vítimas da ditadura na manifestação em frente ao 36º DP, sede do antigo DOI-Codi-São Paulo 59

O documento do PCdoB, a edição especial da revista Princípios e a reedição do Livro Negro da Ditadura Militar (editora Anita Garibaldi) reforçam a denúncia desta sombria página da história brasileira

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Bernardo Joffily, um dos autores do Livro Negro..., ao lado de Ivam Seixas, em debate no Memorial da Resistência, em São Paulo


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50 ANOS DO GOLPE DE 64 62

Ato político-cultural dos movimentos sociais em 30 de abril de 2014, no Teatro da PUC-SP (TUCA). À frente, entre outros, João Paulo, Adilson Araújo, Renato Rabelo, Virgínia Barros, Thiago de Melo. No plenário é possível ver diversos comunistas e outros lutadores das causas democráticas: Marcelo Toledo, André Bezerra, Julia Roland, Jamil Murad, Nádia Campeão, Carina Vitral, Renan Alencar, Paulo Abrão, Rogério Sotili, Anivaldo Padilha entre tantos outros; abaixo (foto à esq.), caminhada em Goiânia e (à dir.) escracho diante da residência do torturador Capitão Ubirajara, em São Paulo 61

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Manifestantes ocupam a Avenida Paulista em um dos amplos protestos das jornada de Junho de 2013, antes da direita se apossar das manifestações

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PROTESTOS DE JUNHO DE 2013 Um prosaico protesto contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, brutalmente reprimido pela PM de Alckmin, deflagra gigantescos protestos em Brasília, Rio, São Paulo... No país inteiro; não há pauta unificadora, mas incontáveis bandeiras; a direita se apossa dos Protestos de Junho, numa prévia da Revolta dos Coxinhas de março de 2015. 64

Os comunistas participam das Jornadas de Junho procurando disputar os rumos e fazem vigorosa denúncia da mídia dominante

Cartaz do seminário conjunto das Fundações do PCdoB, PT, PDT e PSB que debatem, no Rio, as causas e consequências da onda de protestos

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Mesa diretora da Convenção Nacional Eleitoral realizada em junho de 2014, em Brasília. O evento formalizou o apoio do PCdoB à reeleição de Dilma Rousseff. À mesa, da esq. para a dir.: Inácio Arruda, Nádia Campeão, Aloísio Mercadante, Luciana Santos, Renato Rabelo, presidenta Dilma Roussef, Flávio Dino, Aldo Rebelo, Jandira Feghali. Abaixo, Luciana Santos e Renato Rabelo na convenção e jovens segurando cartazes de apoio a Dilma com a tag #CoraçãoValente, um dos slogans da campanha 66


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Sindicalistas apoiam a reeleição de Dilma; em primeiro plano, Adilson Araújo, do Comitê Central do PCdoB, presidente da CTB O 17º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS), que logo faria 30 anos, recebeu a presidenta da República Dilma Rousseff. Com o lema Amar e mudar as coisas, três mil participantes de todo o país elegeram Renan Macaxeira e aprovaram o apoio à reeleição da presidenta. Na foto, aparecem, ao lado de Dilma, André Tokarski, Ana Petta, Bárbara Melo e Inácio Arruda. Durante a campanha de 2014, Dilma se referiu à UJS em comícios e debates mostrando simpatia e admiração à organização juvenil 69

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A VITÓRIA DE 2014 NO MARANHÃO 72

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Flávio Dino, 47 anos, toma posse como governador do Maranhão (1º de janeiro de 2015), posa com apoiadores secundaristas durante a campanha e fala a aliados durante a campanha; após os ensaios de 2008 e 2010, o primeiro governador do PCdoB vence o mais antigo esquema oligárquico de poder no país, no primeiro turno , com 63,5% dos votos 71


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Bancada do PCdoB em Brasília no início de

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2015: Orlando Silva (esq., SP), Wadson Ribeiro (MG), Chico Lopes (CE), Daniel Almeida (BA), Rubens Júnior (MA), Jô Moraes (MG), Jandira Feghali (RJ), Renato Rabelo (presidente do Partido), Luciana Santos (PE), Alice Portugal (BA), Vanessa Grazziotin (senadora, AM), Davidson Magalhães (BA), João Derly (RS) e Aliel Machado (PR); os dois últimos deixam o partido em seguida, enquanto assumem Ângela Albino (SC), [foto ao lado], e Cadoca (PE), [foto abaixo]

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PCdoB PCdo B EM AGÊNCIAS E MINISTÉRIOS

A Presidenta Dilma Rousseff empossa Aldo Rebelo como Ministro do Esporte, em 31 de outubro de 2011. Aldo também foi Ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (2004-2005), Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (2015) e Ministro da Defesa do Brasil (2015-2016)

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Orlando Silva Jr. foi Ministro dos Esportes entre 2006 e 2011 quando a pasta realizou diversos projetos importantes para o Brasil e para o povo 76

O cineasta Manoel Rangel foi diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema entre 2006 e 2017. Em 2011, foi eleito secretário executivo da Conferência de Autoridades Audiovisuais e Cinematográficas Iberoamericanas (CAACI)

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Luís Fernandes foi Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (de 2004 a 2007), Coordenador do Grupo Executivo da Copa do Mundo 2014 (GECOPA), Presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação (de 2007 a 2011) e Secretário Executivo do Ministério do Esporte (de 2012 a 2015).

Haroldo Lima foi Diretor Geral da Agência Nacional do Petróleo entre 2005 e 2011. Em abril de 2008, Haroldo anunciou a possível descoberta de um imenso campo de petróleo, a Bacia de Santos. Uma camada de petróleo do pré-sal intocada, a 7 mil metros da superfície. A riqueza oriunda dessa descoberta projetou benefícios em centenas de bilhões de reais para a saúde e educação 78

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A LUTA CONTRA O GOLPE Ameaça golpista se intensifica e defesa da democracia mobiliza militância progressista. PCdoB assume a linha de frente do combate ao golpismo, partindo da constatação de que as forças que lutavam para derrubar a presidenta Dilma Rousseff tentavam impor retrocessos, restaurando a ordem neoliberal antipovo e antinacional.

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Manifestação contra o golpe no Rio de Janeiro 82

Convocatórias nacional, capixaba, goiana e cearense do 20 de agosto de 2015

Manifestação em defesa da democracia com grande participação popular. Na foto o presidente da CTB Adilson Araújo, o deputado Orlando Silva Jr., Jamil Murad e Renato Rabelo, em São Paulo 81

Faixa do PCdoB em defesa da Democracia, em Belo Horizonte

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20 de Agosto de 2015: Dia Nacional Contra o Golpe e Pela Democracia. Acima, manifestação no Rio de Janeiro; abaixo, em São Paulo 84

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DEFESA DA PETROBRAS Dia Nacional em Defesa da Democracia e da Petrobras, 3 de outubro de 2015; no Rio, o ato acontece em frente à sede da estatal. Ao centro, João Pedro Stédile, Jandira Feghali e João Batista Lemos

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Goiânia, 7 de junho de 2015: o 54º Congresso elege Carina Vitral (ao megafone) para presidir a UNE

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JOVENS MULHERES NA LUTA CONTRA O GOLPE

A posse oficial, no plenário da Câmara, em Brasília; pela primeira vez uma mulher, Virgínia Vic Barros, transmite a outra (Carina Vitral, ao microfone) a presidência da entidade máxima dos universitários

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O 41° Congresso da UBES, em Brasília, 13 de novembro, supera o feito da UNE, com três presidentas seguidas, mulheres e da UJS: Manuela Braga, (esq.), Bárbara Melo e Camila Lanes; abaixo e nas duas páginas seguintes, a marcha triunfal dos secundaristas na abertura do Congresso

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CARAVANA DA UJS

Abril de 2014: 40 militantes da UJS, de todo o Brasil, percorrem a região do Araguaia; acima, a Caravana no Memorial da Coluna Prestes em Palmas (TO); abaixo, ela cruza o grande rio rumo à área da Guerrilha de 1972-1974

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Acima, cartaz de divulgação da Caravana. À esquerda, André Tokarski , presidente da UJS, e Sueli Bellato, vice-presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, em debate durante a Caravana; à direita, Ana Maria Prestes fala aos jovens da trajetória do Cavaleiro da Esperança

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Fernando Niedsberg no centro abre curso de nível 2 em Porto Alegre, março de 2013

Alunos de Curso do Programa Socialista em Minas; assinalado [i], o professor da turma, Carlos Valadares

Nereide Saviani e Renato Rabelo em mesa do III Seminário Nacional dos Estudos Avançados. São Paulo, jan-fev. 2015

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ESCOLA NACIONAL JOÃO AMAZONAS A Escola Nacional João Amazonas, parte do sistema nacional de Formação e Propaganda do PCdoB, tem por objetivo propiciar aos seus quadros e militantes os instrumentos necessários à ação consciente. Formada por cinco núcleos de estudo e pesquisa: Filosofia, Estado e Classes, Economia Política e Desenvolvimento, Socialismo e Partido. Tem curso em três níveis: Curso de Iniciação ao Marxismo-Leninismo, Conceitos Básicos do Marxismo-Leninismo e Aprofundamento de Conceitos do Marxismo-Leninismo. Elaborou um Currículo, tem recursos didáticos e formação de professores. 102

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À esquerda, Adalberto Monteiro, secretário de Formação do CC; abaixo, abertura do curso nacional de nível 3, edição de 2013, coletivo de alunos e, à mesa, Dynéas Aguiar, pioneiro do trabalho de formação após a Anistia, Nereide Saviani, diretora da Escola Nacional, Adalberto e Renato 101

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Ricardo Abreu (Alemão), secretário de Relações Internacionais do PCdoB entre 2009 e 2013, representa o Partido em encontros internacionais de 2015 e 2014 104

EM DEFESA DO SOCIALISMO Internacionalismo das legendas comunistas reafirma atualidade do socialismo, uma necessidade diante do avanço da crise capitalista. PCdoB apresenta suas formulações e convicções de que o Brasil tem papel central no enfrentamento à ofensiva que busca destruir valores como democracia, soberania nacional e progresso social.

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Ao lado, cartaz do encontro nacional antirracista realizado em 2011; acima, militantes da Unegro em manifestação no Largo da Batata, São Paulo, 2015 106

Sob a liderança de Aldo Arantes, PCdoB realiza sua primeira conferência sobre meio ambiente e elege o tema como fator estruturante do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. À mesa de abertura do evento: Adalberto Monteiro, Karen Castelli, Aldo Arantes e Luciana Santos; abaixo, convite da Conferência

ENCONTROS TEMÁTICOS DO PCdoB O Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento suscitou encontros e conferências temáticos para a elaboração das políticas específicas das diversas frentes de atuação que os comunistas atuam.

Ao lado e acima, cartaz do Encontro Nacional de Cultura e publicação do Coletivo Nacional de Cultura do PCdoB

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LUCIANA SANTOS ASSUME PRESIDÊNCIA DO PCdo PCdoB B

Fotos em sentido horário: capa do Projeto de Resoluções; mesa diretora da 10ª Conferência Nacional do PCdoB; como a primeira mulher eleita presidenta do PCdoB, Luciana Santos faz pronunciamento pela frente ampla, em defesa do Brasil do desenvolvimento e da democracia; delegados e delegadas posam para foto no encerramento da Conferência

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A 10ª Conferência é palco para a sucessão na presidência do PCdoB. Renato Rabelo, treze anos depois daquele histórico dezembro de 2001, quando recebeu das mãos do lendário João Amazonas a missão de sucedê-lo na presidência do Partido, despedia-se com a convicção do “dever cumprido no mais alto posto de direção do PCdoB”. Renato propõe o nome de Luciana Santos, então deputada federal, hoje vice-governadora de Pernambuco, para assumir a presidência do Partido. E, em clima de unidade, a 10ª Conferência o aprova. Luciana afirmou estar convicta de que a partir “do legado da presidência de Renato Rabelo, contando com apoio que teria da militância e dos nossos quadros”, o PCdoB, sob sua presidência, caminharia para novos avanços e conquistas.

Plenário da 10ª Conferência Nacional do PCdoB 109

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A presidenta Dilma Rousseff participa do ato político da 10ª Conferência Nacional do PCdoB e agradece pelo apoio recebido dos comunistas em todo o país, pela campanha em defesa da democracia e combate à escalada da direita

Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco, participa do ato político da 10ª Conferência Nacional do PCdoB

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Renato Rabelo recebe do coletivo partidário homenagem que relembra sua trajetória e os 14 anos que esteve à frente da presidência do PCdoB

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MANIFESTO DE APOIO PCdoB propõe caminho para a defesa da democracia, indicando amplitude e flexibilidade tática como meio para enfrentar a marcha golpista. Luta política se acirrava e exigia desprendimento, ousadia e ação firme para erguer barreiras contra o avanço das forças que tentavam impor retrocessos e destruição das conquistas democráticas e progressistas. 112

Dilma oferece jantar no Palácio do Alvorada a dirigentes do PCdoB (setembro de 2015) para analisar os caminhos para a luta contra o golpe. “Tivemos uma conversa franca”, relatou Luciana Santos 113

Luciana Santos entrega Manifesto à presidenta, assinado por lideranças de seis partidos da base, com sugestões para enfrentar a marcha golpista

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Ato de Fundação da UNA ocorreu em 16/10/2015 na Assembléia legislativa de São Paulo. Andrey Lemos, assinalado [i], é eleito presidente da entidade

COMBATE À LGTFOBIA O PCdoB incorpora ao seu Programa desde 2012, o combate a Lgtfobia. Em 2015 o Partido respalda e apoia a fundação União Nacional Lgtb-UNA. A defesa dos direitos da população Lgbtqia+ está presente nas várias frentes de luta da legenda.

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UNA-LGBT, entidade criada em 2015, com participação ativa de militantes do PCdoB Luiz Modesto, secretário de Formação da UNA LGBT; e Fernanda Lima, vice-presidente da UNA LGBT

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FRENTE BRASIL POPULAR Belo Horizonte, 5 de setembro de 2015: mais de 2 mil pessoas de todo o país, representando entidades e partidos de esquerda, lançam a Frente Brasil Popular

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Plenária de lançamento da Frente Brasil Popular

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Lúcia Rincón, presidenta da UBM 120

Walter Sorrentino fala em nome do PCdoB no lançamento da Frente Brasil Popular

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Carina Vitral, presidenta da UNE


2016-2019 GOLPE, GOVERNO ILEGÍTIMO DE TEMER, VITÓRIA DA EXTREMA-DIREITA E RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA

IMAGENS DA CENTENÁRIA HISTÓRIA

DE LUTAS DO PARTIDO

COMUNISTA DO BRASIL

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DEFESA DA DEMOCRACIA E JORNADA CONTRA O GOLPE Apesar da resistência, impeachment fraudulento tira Dilma Rousseff da Presidência da República. O vice, Michel Temer, assume de maneira ilegítima e inicia a “ponte para o futuro”, que iria moldar a retomada da ordem neoliberal e pavimentar o caminho para a chegada da extremadireita ao poder. Notas de dólares com a estampa do rosto de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, em protesto contra o golpe do impeachment . “Receba sua encomenda da Suíça, Cunha!”, disseram os manifestantes 2

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Canto pela Democracia contra o golpe, em Belo Horizonte (31/03/2016). À esquerda, Gildásio Cosenza, dirigente estadual da CTB. Acima, Alice Portugal, deputada federal (PCdoB-BA), discursa em ato nacional pela democracia; ao seu lado, o ator Sérgio Mamberti. Abaixo, manifestante segura cartaz da CTB denunciando a ilegalidade do impeachment contra Dilma 3

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Ato contra o golpe na Praça da Sé, em São Paulo (31/03/2016)

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Ato contra o golpe em Porto Alegre (31/03/2016)

A deputada estadual paulista pelo PCdoB, Leci Brandão, em ato cultural contra o golpe e em defesa da democracia; São Paulo (18/03/2016)

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Ato cultural pela democracia no Rio de Janeiro

Culturato pela Democracia, em Belo Horizonte (18/03/2016)


11

Militância comunista marca forte presença nas manifestações contra o golpe, no dia da votação do impeachment no Congresso Nacional (17/04/2016): à esquerda, manifestação em Salvador; abaixo, no Largo do Anhangabaú, em São Paulo

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Votação do impeachment golpista da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados em 17/04/2016; do lado de fora do Congresso, manifestantes pró-impeachment à direita; e, à esquerda, em maior número, manifestantes contra o golpe

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Bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados denuncia o golpe do impeachment: Wadson Ribeiro (MG), Rubens Júnior (MA), Jandira Feghali (RJ), Alice Portugal (BA), Orlando Silva (SP), Luciana Santos (PE), Jô Moraes (MG), Daniel Almeida (BA), Chico Lopes (CE) e Davidson Magalhães (BA) 18

Parlamentares do PCdoB manifestam voto contra o impeachment (17/04/2016). À esquerda, Daniel Almeida (BA) e Jandira Feghali (RJ). Abaixo, Luciana Santos (PE) e Alice Portugal (BA). “O PCdoB vota por aqueles que tombaram pela democracia no nosso país”, proclamou Luciana Santos, também presidenta da legenda 15

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Ângela Albino (SC), Orlando Silva (SP) e Professora Marcivania (AP): parlamentares do PCdoB manifestam-se contra o impeachment

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Presidenta Dilma Rousseff em manifestação do Dia Internacional dos Trabalhadores (1º de maio) de 2016, no Vale do Anhangabaú, na cidade de São Paulo. À direita da presidenta, Jandira Feghali, deputada federal (PCdoBRJ), e Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE). À sua esquerda, Wagner Almeida, presidente nacional da CUT, e Onofre Gonçalves de Jesus presidente da CTB-SP

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31/08/2016 – CONSUMAÇÃO DO GOLPE 25

Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) vota contra o impeachment e declara que o Senado cassaria uma presidenta inocente

Após impeachment , Dilma Rousseff denuncia natureza do golpe, acompanhada de companheiros do seu partido (PT), membros do governo e aliados, inclusive lideranças do PCdoB (assinaladas): deputadas Professora Marcivância (AP) e Jandira Feghali (RJ), presidenta da UNE, Carina Vitral, e a senadora Vanessa Grazziotin (AM)

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Renan Calheiros, presidente do Senado (segundo da esquerda para direita, à mesa), e ao seu lado esquerdo Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), na instalação da sessão de julgamento do impeachment (31/08/2016) da presidenta Dilma Rousseff (à direita à mesa, ao lado do seu advogado, José Eduardo Cardoso)

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Manifestações no Rio de Janeiro (acima) e em São Paulo (abaixo), no dia do impeachment. Ocorreram protestos em várias outras cidades, lançando a campanha Fora, Temer! 28

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ELEIÇÕES 2016 Eleições municipais de 2016, a primeira depois do golpe, ocorrem num ambiente de grande instabilidade política. Problemas econômicos levaram dificuldades sociais à vida do povo e um clima de pessimismo, acentuando a crise de representação política. A campanha do PCdoB faz a denúncia do golpe e busca resultado que construa um alicerce para as eleições de 2018 29

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Rubens Júnior, deputado federal (PCdoB-MA), saúda prefeitos e vice-prefeitos eleitos pelo PCdoB no Maranhão (46 prefeitos e 27 vices). À esquerda de Rubens Júnior, os dirigentes do PCdoB Marcio Jerry e Egberto Magno.

Capa do manual de campanha eleitoral do partido

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Campanha de Alice Portugal à prefeitura de Salvador. À sua direita, Olívia Santana, Jurandir Santana , Javier Alfaya . À sua esquerda, Everaldo Augusto, Aladilce Souza e Haroldo Lima

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Luciano Siqueira foi vice-prefeito do Recife em quatro mandatos. Sequencialmente de 2001 a 2008, tendo como prefieto João Paulo, do PT; e de 2013 a 2020, sendo o prefeito Geraldo Júlio, do PSB

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Neto Barros, prefeito eleito pelo PCdoB em Baixo Guandu (ES)

Edvaldo Nogueira, eleito prefeito de Aracaju, com 142.271 votos no segundo turno (52,11% dos votos válidos). Foi o primeiro prefeito eleito pelo PCdoB em uma capital

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4ª Assembleia Nacional do Cebrapaz, realizada em São Luís, Maranhão, em 17 de novembro de 2016; Antonio Barrreto, o Barretinho (acima), é eleito presidente do Cebrapaz, sucedendo Socorro Gomes. Jussara Cony (ao lado) é eleita vice

MOVIMENTOS SOCIAIS 37

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Carina Vitral, eleita presidenta no 18º Congresso da UJS (realizado em São Paulo de 14 a 17 de julho de 2016). Com o lema Canto a esperança de um mundo novo, o ato político do Congresso contou com a presença, à direita de Carina Vitral, de Guilherme Boulos (PSOL), Germana Amaral (UNE) e Nivaldo Santana (CTB)

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Com o lema Negros e negras no poder em defesa da vida, a Unegro realiza seu 5º Congresso em junho de 2016, no estado do Maranhão, no qual Ângela Guimarães é eleita presidente; abaixo, cartaz de divulgação do Congresso 40

À direita, plenário do Congresso. Acima, a presidenta eleita da Unegro, Ângela Guimarães em debate da programação do Congresso, tendo à sua direita, o professor André Tokarski

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Olívia Santana, primeira presidente da Unegro e primeira mulher negra a ser eleita para a assembleia legislativa do estado da Bahia em 2018

Em ato político com diversas organizações do movimento antirracista, o historiador Edson França despede-se do cargo de presidente da Unegro, entidade que dirigiu por dois mandatos

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Marianna Dias, eleita presidenta da UNE no seu 55º Congresso, realizado em Belo Horizonte, em junho de 2017. É a terceira mulher consecutiva na presidência da entidade

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Dilma Rousseff e a então presidenta da UBM, Lúcia Rincón, na Marcha das Margaridas, em agosto de 2015 46

Lúcia Rincón, presidenta da União Brasileira de Mulheres (UBM), abre Congresso da entidade. À mesa, da esquerda para a direita: Emília Fernandes, Doria Pires, Liège Rocha (secretária da Mulher do PCdoB), Jô Moraes, Alice Portugal, Natália Gonçalves (presidenta da UBM-BA, que sediava o Congresso), Lúcia Rincón, Jandira Feghali, Marianna Dias, Ivânia Pereira, Ana Rocha e Davidson Magalhães

Vanja Andréia (em primeiro plano, com camiseta da UBM) foi eleita a nova presidenta da União Brasileira de Mulheres

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FORA TEMER, DIRETAS JÁ E MANIFESTAÇÕES CONTRA AS REFORMAS NEOLIBERAIS Em nota de 22 de maio de 2017, o PCdoB diagnosticou que o governo Michel Temer precisava de um fim, por meio de eleições diretas. Agravamento da situação de crise e instabilidade levaram Temer a perder por completo as condições de governar. Era preciso lutar pelo fim daquele governo golpista e, para tanto, o partido lança a palavra de ordem Diretas Já.

Manifestação da bancada do PCdoB contra o governo golpista de Michel Temer. Da esquerda para a direita, os deputados e deputadas Assis Melo, Daniel Almeida, Orlando Silva, Alice Portugal, Rubens Júnior, Luciana Santos, Osmar Júnior e Jandira Feghali (07/07/2017)

Marcha dos cem mil, pelo “Fora, Temer!”, na Avenida Paulista, em São Paulo (04/09/2016)

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Diante da ofensiva neoliberal que encontrou importante brecha durante e após o impeachment de Dilma Rousseff, diversas leis foram pautadas e colocadas para trâmite acelerado pelo Executivo e pelo Legislativo. Dentre elas as reformas trabalhista e previdenciária. A reação do movimento sindical foi instantânea e unificada. Todas as centrais organizaram diversos atos e convocaram uma greve geral para o dia 28 de abril de 2017. Foi a greve geral mais bem sucedida em décadas. 50

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Manifestações contra Temer se espalham pelo país. Acima, protesto em Vitória, Espírito Santo. Abaixo, em Salvador, Bahia 52

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Dia Nacional de luta contra a Reforma da Previdência reúne diversas organizações do movimento social e todas as centrais sindicais. Rio de Janeiro, 15/03/2017


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Acima, ato contra a PEC 241, em Brasília (05/10/2016). À mesa, Benedita da Silva, Jandira Feghali, Ângela Albino, Vanessa Grazziotin e Luciana Santos. À esquerda, bancada do PCdoB registra posição contrária à PEC 54

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O deputado federal Assis Melo (PCdoB/RS), com uniforme de metalúrgico, protesta durante a votação da reforma Trabalhista na Câmara dos Deputados (26/04/2017)

A deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) discursa em Brasília durante protesto contra o Projeto de Lei que regulamenta a terceirização (08/04/2015)

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Manifestação em Patos (PB), em 28 de abril de 2017, dia de greve geral no país contra a reforma da Previdência e outras medidas do governo golpista de Michel Temer 58

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A Líder da Bancada do PCdoB, Alice Portugal (BA), manifesta-se a favor da abertura da investigação contra Michel Temer por corrupção

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Professora Marcivania, deputada federal (PCdoB AP), apoia greve geral no Amapá. À sua esquerda, o senador Randolfe Rodrigues (28/04/2017)

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Protesto contra Temer no Congresso Nacional. Da esquerda para a direita, os deputados e deputadas Orlando Silva (PCdoB-SP), Maria do Rosário (PT-RS), Jô Moraes (PCdoB-MG), Chico Lopes (PCdoBCE), Luciana Santos (PCdoB-PE), Professora Marcivânia (PCdoB-AP), Alice Portugal (PCdoBBA) e a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

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FUNDAÇÃO MAURÍCIO GRABOIS Em 2008, surge a Fundação Maurício Grabois como sucedânea do Instituto Maurício Grabois, da qual Adalberto Monteiro, então secretário nacional de Formação e Propaganda, será o presidente por quase 10 anos. Neste período, a Fundação caminha na direção de se tornar “um espaço de encontro e confluência do pensamento marxista e progressista do país”. O historiador Augusto Buonicore, falecido em 2020, coordenou a criação do Centro de Documentação e Memória (CDM). Hoje, a Fundação é presidida por Renato Rabelo, ex-presidente do PCdoB. 62

Poeta Thiago de Mello homenageado pela Fundação Maurício Grabois, em conjunto com a prefeitura de São Paulo, a Biblioteca Mário de Andrade e a União Brasileira de Escritores (16/03/2016). Em 2017, o poeta enviou mensagem ao 14º Congresso do PCdoB, saudando a militância comunista

IV Seminário dos Estudos Avançados da Escola Nacional João Amazonas, em junho de 2016, analisou o golpe do impeachment, com aproximadamente cem participantes. Da esquerda para a direita, Renato Rabelo (ex-presidente do PCdoB), Nereide Saviani (Diretora da Escola) e Luciana Santos (Presidenta do PCdoB) 64

532

63


Ato dos 40 anos da Chacina da Lapa em dezembro de 2016, na Câmara Municipal de São Paulo. À mesa, Nádia Campeão, Aldo Arantes, Walter Sorrentino, Jamil Murad, Augusto Buonicore e Haroldo Lima

65

66

O ciclo de debates Cidades Mais Humanas, realizado no segundo semestre de 2016 em várias cidades do país, estimulou a militância a discutir diretrizes de programa de governo para as prefeituras. À mesa de um dos debates do ciclo (da esq. p/ dir.): Kjeld Jakobsen, Luana Bonone e Renato Rabelo

Cartaz do ciclo de debates sobre as contrarreformas neoliberais de Temer

533


100 ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA

67

Em 2017, seminário do PCdoB celebra cem anos da Revolução Russa. Na mesa, da esquerda para direita, Madalena Guasco, Luciana Santos (presidenta do PCdoB) e Renato Rabelo (presidente da Fundação Maurício Grabois) 68

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Palestra de Domenico Losurdo. À sua direita, Adalberto Monteiro (então presidente da Fundação Maurício Grabois) e Ronaldo Leite (dirigente da CTB). À sua esquerda, Lavinia Del Roio (tradutora) 70

Lígia Osório (Professora da Unicamp) em palestra sobre Lênin, na qual foram lançados dois livros sobre o líder soviético. À sua direita, Augusto Buonicore (presidente do Centro de Documentação e Memória da Fundação Maurício Grabois) e Sérgio Barroso (Coordenador da Sociedade Amigos de Lênin). À sua esquerda, Renato Rabelo, presidente da Fundação Maurício Grabois (07/07/2017)

Publicações da editora Anita Garibaldi com apoio da Fundação Maurício Grabois abordam o centenário da Revolução Russa

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95 ANOS DO PCdo doB — IMPRESCINDÍVEL Comemoração dos 95 anos do PCdoB se deu em meio à crise do capitalismo, num momento de defensiva socialista e de ascensão da extrema-direita. Comunistas enfrentavam o obstáculo da cláusula de barreira, mais um desafio para a ação política na defesa da democracia e do desenvolvimento nacional.

71

Comemoração dos 95 anos do PCdoB na Câmara dos Deputados. Luciana Santos, presidenta do PCdoB (na tribuna) e, da esquerda para direita, Jacques Wagner (ex-governador da Bahia), Carlos Lupi (presidente do PDT), Gleisi Hoffmann (presidenta do PT), deputada Alice Portugal (líder do PCdoB), senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), deputado Jose Guimarães (PT-SP) e deputada Luiza Erundina (PSOL-SP)

73

72

Militantes do PCdoB, parlamentares e dirigentes políticos ouvem Luciana Santos.

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74

Exposição na Câmara dos Deputados com painéis que registram a história do Partido, ao fundo, painel mostra as bancadas comunistas de 1946 e de 2017 75

Convite de atividade dos 95 anos em Goiás

Em Santa Catarina, o PCdoB foi homenageado na Assembleia Legislativa, em 27 de março. Na foto, os dirigentes Dilermando Toni, Ângela Albino, deputado Cesar Valduga e João Ghizoni

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FMG – 10 ANOS

design by Cláudio Gonzalez, sobre ilustração de Ahmad Taufiq

Em 2018, a Fundação Maurício Grabois celebrou a marca de seus dez anos. O livro Disseminando ideias, formando militância – relatório de atividades sistematizou suas realizações. Nesse período, a Fundação tornou-se respeitada, mantendo amplo diálogo com entidades e a intelectualidade progressista e marxista. Além da publicação do livro, realizou seminários sobre a teoria marxista a partir da efeméride do bicentenário de Karl Marx.

SEMINÁRIO

Bicentenário de Karl Marx:

Desbravar um mundo novo no século XXI

Atividades e publicações da Fundação Maurício Grabois

19 MAIO 2018 São Paulo 76

REALIZAÇÃO:

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Karl

MARX

200 1818-2018


77 79

capa aberta ou mockup do livro

Frederico Mazzucchelli (Unicamp), Madalena Guasco (PUC-SP) e Luis Fernandes (UFRJ) palestram sobre os duzentos anos de Karl Marx 78

Lançamento do livro Karl Marx: desbravar um mundo novo no século XXI, editado pela Fundação Maurício Grabois

539


Capas de edições da revista Princípios publicadas entre 2011 e 2018, publicação da editora Anita Garibaldi

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14º CONGRESSO DO PCdo doB Realizado entre 17 e 19 de novembro de 2017, em Brasília (DF), o 14º Congresso debateu caminhos para o Brasil sair da crise, acentuada com o golpe de Estado de 2016, enfatizando a importância de uma frente ampla no curso da luta antigolpista, a partir de uma plataforma centrada na democracia, na soberania nacional, no desenvolvimento e no progresso social. O Congresso tomou uma decisão histórica: o lançamento da pré-candidatura de Manuela d´Ávila à Presidência da República.

Cartazes de divulgação do 14º Congresso 81

80

Ato de lançamento do 14º Congresso na Câmara de Deputados. À esquerda de Luciana Santos, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia

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CONFERÊNCIAS ESTADUAIS DO 14º CONGRESSO

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Bahia 86

83

Goiás

Amapá

85

84

Minas Gerais

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Acre


87

Luciana faz pronunciamento ao lado da mesa composta por João Batista Lemos, Olívia Santana, Ronald Freitas, Jandira Feghali, Haroldo Lima, Fábio Tokarski, Alice Portugal, Flávio Dino, Walter Sorrentino, Socorro Gomes, Tamara Naiz, Vanessa Grazziotin, Renato Rabelo, Davidson Magalhães, Wadson Ribeiro, Egberto Magno, Jô Moraes, Carina Vitral, Augusto Madeira e Inácio Arruda

Delegadas do 14º Congresso

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88

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88A

88B

No ato político, Haroldo Lima, Socorro Gomes, Jandira Feghali, Valéria Morato, Davidson Magalhães, João Paulo, Vanessa Grazziotin, Renato Rabelo, Flávio Dino, Lula, Luciana Santos, Manuela d’Ávila, Gleisi Hoffmann, Orlando Silva Jr., Alice Portugal e João Batista Lemos; acima, Manuela d´Ávila discursa aos congressistas 89

Alguns dos membros do Comitê Central eleito no 14º Congresso. Em pé: Edilon Melo, Lúcia Antony, Angela Albino, Aurino Nascimento, Alice Portugal, Nivaldo Santana, Liège Rocha, Jandira Feghali, Valéria Morato, João Batista Lemos, Ronaldo Carmona, Aldemir Caetano, Vanja Andréia, Danilo Moreira, Angela Guimarães, Renata Mielli, Ossi Ferreira, Vanessa Grazziotin, Ronald Freitas, Ricardo Abreu (Alemão), Renato Rabelo, Luciana Santos, Renildo Calheiros, Marianna Dis, Eron Bezerra, Inácio Arruda, Wander Geraldo, Luciano Siqueira, Fábio Tokarski, Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), Rubens Diniz, Olgamir Amância, Antenor Medeiros, Edson França, Marcivânia Flexa, Getúlio Vargas, Lélio Costa, Julieta Palmeira, Gilvan Paiva, Marcelino Granja, Ana Maria Prestes, Mariana Venturini, Cláudio Petuba, Inácio Carvalho, Bernardo Joffily, Neide Freitas, Flávia Calé, Elias Jabbour, Daniel Iliescu. Agachados: Andrey Lemos, Daniele Costa, Jorge Panzera, Jamil Murad, Jô Moraes, Olívia Santana, Ana Rocha, Elizangela Moura e Luis Carlos Paes

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PRISÃO ARBITRÁRIA DO EX-PRESIDENTE LULA A mando do então juiz Sérgio Moro, a prisão do ex-presidente Lula, ocorrida em 7 de abril de 2018, foi firmemente rechaçada pelo PCdoB, que participou intensamente da campanha Lula Livre. Foi uma violação flagrante da Constituição, com o agravante de que o ex-presidente era, segundo pesquisas, favorito para vencer as eleições de 2018. 90

Ato de apoio ao ex-presidente Lula na quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo, após condução coercitiva ilegal determinada pelo então juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, em 04 de março de 2016. Entre os comunistas presentes, Edson França, Jamil Murad e André Bezerra, membros do Comitê Central do PCdoB, e Rozina de Jesus, membro da direção estadual do PCdoB-SP 91

Sindicalistas realizam ato em solidariedade a Lula na Casa de Portugal, em São Paulo, em 23 de março de 2016. Adilson Araújo, presidente nacional da CTB e membro do Comitê Central do PCdoB (ao microfone), foi um dos líderes do evento

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92

Multidão se solidariza com Lula no sindicato dos Metalúrgicos do ABC após decretação arbitrária de sua prisão por Sérgio Moro

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LULA LIVRE 93

Jandira Feghali, Manuela d’Ávila e Orlando Silva (lideranças do PCdoB) em gesto de apoio a Lula 94

Flávio Dino, governador do Maranhão, e a presidenta do PCdoB, Luciana Santos, em visita ao ex-presidente Lula na prisão em Curitiba 95

Rubens Diniz, Vanessa Grazziotin, Jandira Feghali, Carina Vitral, Lula, Luciana Santos, Renato Rabelo e Flavia Calé, representando o PCdoB, visitam Lula após sua saída da prisão

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96

Pré-candidata lança o Manifesto Liberdade para o Brasil no Teatro Oficina em São Paulo

MANUELA D’AVILA, PRÉ-CANDIDATA DO PCdo doB À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

97

PCdoB lança Manuela d’Ávila candidata a presidenta da República, uma voz ativa contra o golpismo e os retrocessos democráticos. É um acontecimento histórico na vida do partido e com impacto positivo no eleitorado progressista do país. Era preciso enfrentar com firmeza o crescimento do bolsonarismo. Manuela realiza intensa movimentação social e política. 99

Evento com a Frente Favela Brasil. À direita de Manuela d’Ávila, Preto Zezé, líder da entidade

Evento com dirigentes do PCdoB em Belo Horizonte

Manuela d’Ávila na Bahia, com Marianna Dias, Julieta Palmeira, Daniel Almeida, Alice Portugal, Davidson Magalhães, Haroldo Lima. À direita na mesa, Olívia Santana e Aladilce de Souza

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98


100

Brasília, 1º de agosto de 2018: Convenção Nacional Eleitoral do PCdoB oficializa Manuela d’Ávila como candidata à presidência da República pelo PCdoB 101

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102

CHAPA HADDAD-MANUELA Mesmo com apoio considerável de lideranças e resposta positiva do eleitorado à pré-candidatura a presidenta, Manuela d’Ávila assume candidatura de vice na chapa com o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad. Decisão fortaleceu a unidade possível das forças progressistas.

Manuela d’Ávila e Fernando Haddad apresentam chapa no auditório da sede do PCdoB, em São Paulo 103

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105

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Atividades de campanha no Rio de Janeiro, Bahia (com o governador Rui Costa), Minas Gerais (com a ex-presidenta Dilma Rousseff e a candidata a vicegovernadora, Jô Moraes), no Rio de Janeiro (com Guilherme Boulos, Chico Buarque e Caetano Veloso), em Porto Alegre e em São Paulo

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RESULTADO ELEITORAL DO PCdo doB O Partido enfrenta grande adversidade: não ultrapassa a antidemocrática cláusula de barreira. Apesar do baque, procura saída, encontrando-a na união com o Partido Pátria Livre (PPL). Mesmo com o revés, reelegeu o governador Flávio Dino e elegeu vinte e um deputados estaduais, em dez estados. 111

A presidenta do PCdoB, Luciana Santos, toma posse como vice-governadora do estado de Pernambuco na chapa encabeçada por Paulo Câmara (PSB) 110

112

Flávio Dino, governador do Maranhão, toma posse, reeleito pela legenda do PCdoB, da qual se desfiliaria em 2021 Antenor Medeiros toma posse como vicegovernador do Rio Grande do Norte, eleito na chapa encabeçada por Fátima Bezerra (PT) 113

Bancada de deputados federais do PCdoB eleitos em 2018: Rubens Júnior (MA), Jandira Feghali (RJ), Orlando Silva (SP), Professora Marcivânia (AP), Daniel Almeida (BA), Alice Portugal (BA), Marcio Jerry (MA), Perpétua Almeida (AC) e Renildo Calheiros (PE)

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114

DEPUTADOS ESTADUAIS PCdoB elegeu, em 2018, vinte e um deputados estaduais em dez estados. Lideranças com trabalho enraizado que cumprem importante papel de acumular forças, lutando pelos direitos do povo. Na galeria, abaixo, alguns dos deputados e deputadas eleitos.

Leci Brandão (SP)

115

Olívia Santana (BA)

119

Celinho do Sintrocel (MG)

116

Carlos Felipe (CE)

120

Fabrício Falcão (BA)

556

121

124

Zó (BA) 126

Carlinhos Florêncio (MA)

Enfermeira Rejane (RJ)

Edvaldo Magalhães (AC)

123

Inácio Falcão (PB)

117

Augusta Brito (CE)

Soldado Sampaio (RR) 125

Aná do Gás (MA) 127

Othelino Neto (MA)

118

128

Bobô (BA)

122


129

Sessão conjunta do PCdoB e PPL: Adilson Araújo, Rosanita, Campos, Orlando Silva, Carlos Lopes, Luciana Santos, Sérgio Rubens, Manuela d’Ávila, João Vicente Goulart e Renato Rabelo 130

Luciana Santos (presidenta do PCdoB) e Sérgio Rubens (presidente do PPL) comemoram união; abaixo, mulheres dirigentes do PPL e PCdoB 131

PCdo doB E PPL SOMAM FORÇAS No início de novembro de 2018, PCdoB e o Partido Pátria Livre (PPL) constituem uma Comissão de Enlace para construir as bases de um processo de união. Em 26 de novembro, um comunicado histórico, assinado pela presidenta do PCdoB, Luciana Santos, e pelo presidente do PPL, Sérgio Rubens Torres, oficializa esse caminho comum traçado. A razão da junção das duas históricas legendas da esquerda, explicam Luciana e Sérgio, é fortalecer a resistência democrática e empreender firme oposição ao governo da extrema-direita de Jair Bolsonaro e defender a democracia, a soberania do Brasil e os direitos da classe trabalhadora. Em 2 de dezembro, na sede do Sindicato dos Eletricitários, na cidade de São Paulo, num clima de unidade e emoção, realiza-se uma reunião conjunta do Comitê Central do PCdoB e o Congresso Extraordinário do PPL que aprovam, por aclamação, o processo de união que, de forma prática e jurídica, se realiza com a incorporação do PPL ao PCdoB.

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Dirigentes, militantes e filiados do PCdoB e do PPL celebram a união dos dois partidos


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Mesa diretora: João Vicente Goulart, Leci Brandão, Rosanita Campos, Marcio Cabreira, Walter Sorrentino, Manuela d’Ávila, Miguel Manso, Sérgio Rubens, Luciana Santos, Flávio Dino e Fábio Tokarski

Encerramento do Congresso Extraordinário, à mesa: Marcio Cabreira, Getúlio Vargas, Walter Sorrentino, Ildo Sauer, Manuela d’Ávila, Miguel Manso, Carlos Pereira, Sérgio Rubens, Nilson Araujo, Marianna Dias, Luciana Santos, Flávio Dino, Adilson Araujo, Fábio Tokarski, Ubiraci Dantas, Andrey Lemos, Carlos Lopes, Jorge Venâncio e Carina Vitral

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Em 17 de março, uma reunião dos congressos extraordinários do PCdoB e do PPL, realizada no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Paulo, sob o lema Democracia, soberania e socialismo – somando forças, formalizava a união, por meio da eleição de integrantes dos dois partidos para formar o novo Comitê Central do PCdoB. Em 28 de maio de 2019, os ministros do TSE aprovaram, por unanimidade, a incorporação do Partido Pátria Livre (PPL) ao PCdoB. A presidenta do PCdoB, Luciana Santos, fez um pronunciamento em que destacou a relevância histórica dos dois congressos. “No dia de hoje, damos um passo a mais na construção de um partido forte, com solidez ideológica, flexibilidade e amplitude tática, que compreenda a natureza e os anseios do nosso povo. Uma força organizada, com ampla militância em distintas esferas da sociedade e com unidade política e de ação”, afirmou. Sérgio Rubens, ex-presidente do PPL que assumiu um dos postos de vice-presidente do PCdoB, ressaltou a importância de concentrar forças para enfrentar os desafios em face da posse do governo Bolsonaro. Para ele, era necessária a construção de uma frente que unisse amplos setores para derrotar a agenda do governo. 135

136

Sérgio Rubens, fundador e ex-presidente do PPL, eleito vice-presidente do PCdoB

Militância dos dois partidos agita bandeiras no auditório do Congresso

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Luciana Santos no encerramento dos congressos. À mesa, Flávio Dino, Fábio Tokarski, Carlos Lopes, Uldurico Pinto, Antenor Roberto e Andrey Lemos

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CÁTEDRA CLAUDIO CAMPOS Em abril de 2020, a Fundação Maurício Grabois instituiu a Cátedra Claudio Campos para se dedicar a estudar os principais pensadores que se debruçaram sobre os desafios do desenvolvimento nacional brasileiro. A homenagem é por reconhecer que o PCdoB se enriqueceu com o legado democrático e desenvolvimentista do revolucionário Claudio Campos. 139

Claudio Campos, destacado revolucionário brasileiro, fundador do Movimento Revolucionário 8 de Outubro, MR8. O partido Pátria Livre, PPL, fundado em 2009, é o sucedâneo do MR8 140

Rosanita Campos, dirigente nacional do PCdoB e coordenadora nacional da Cátedra Claudio Campos

Livro sobre o pensamento nacional desenvolvimentista, publicação da Cátedra Claudio Campos

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141

Nilson Araújo de Souza, economista, dirigente Nacional do PCdoB, foi um dos coordenadores da campanha de João Vicente Goulart à presidência da República em 2018. É diretor de Comunicação e Publicações da Fundação Maurício Grabois

142

O Seminário O Nacional-Desenvolvimentismo e o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, atividade da Cátedra Claudio Campos da Fundação Maurício Grabois, foi realizado de forma virtual e coordenado por Nilson Araújo. Reuniu 50 intelectuais em 11 mesas temáticas e teve como resultado a Plataforma Emergencial de Reconstrução Nacional do PCdoB 143

João Vicente Fontella Goulart, filósofo e político brasileiro, candidato a presidente da República pelo Partido Pátria Livre (PPL) em 2018, foi um dos palestrantes do Seminário

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Imagens não terminou... ajude, participe da conclusão desse livro! Como você viu, Imagens da centenária história de lutas do Partido Comunista do Brasil (1922-2022) é uma abrangente publicação visual que retrata a presença dos comunistas na história de nosso país desde o nascedouro do século passado até os chãos de hoje deste século XXI, nos grandes confrontos que foram determinantes à construção no Brasil, à realidade de seu presente e à projeção de seu futuro. Esta obra passará por acréscimos e revisões, tendo em vista uma edição definitiva planejada para ser publicada no centenário, em 2022. Leitor, leitora, você pode interagir e ajudar a concluí-la de várias maneiras: indicando erros, propondo correções, enviando fotos e imagens e fazendo sugestões. Mande suas mensagens para: imagenspcdob100@gmail.com Nas páginas seguintes, veja mais iconografias que farão parte da edição definitiva a ser publicada em 2022 567


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1

FRENTE AMPLA PARA ISOLAR E DERROTAR BOLSONARO No final de novembro de 2019, o Comitê Central eleito no Congresso extraordinário faz uma reunião plenária na qual reafirma que a construção de uma frente ampla, para além da esquerda, é o centro da tática do Partido. É o caminho da resistência, da acumulação de forças para derrotar o governo da extrema-direita de Jair Bolsonaro. 2

No seu informe político, a presidenta do PCdoB, Luciana Santos, caracteriza o bolsonarismo como “movimento autoritário e de viés facistoide” Tendo em vista as eleições municipais de 2020, a direção nacional orienta que se realize um movimento ousado e amplo de filiações democráticas, o que dá surgimento a duas iniciativas: o Movimento 65 e o Comuns

3

4

Logotipos do Movimento 65 e do Comuns

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5

EM DEFESA DA VIDA E DA DEMOCRACIA. FORA, BOLSONARO! PCdoB considera prioritário o enfrentamento à Covid-19 e defesa da vida, com vacina, respeito às normas sanitárias e fortalecimento do SUS. Na luta contra Bolsonaro essa bandeira deve se destacar ao lado da defesa da democracia e do combate ao golpismo.

Salvador (BA) 7

6

Recife (PE)

570

Teresina (PI)


Militância comunista agita bandeiras do PCdoB em manifestação pelo #ForaBolsonaro no Vale do Anhangabaú, em São Paulo (07/09/2021)

8

571


9

13

Curitiba (PR) 10

Durante a pandemia, a juventude comunista somou-se às iniciativas de solidariedade, coletando e distribuindo mantimentos à população mais vulnerável 12

Nesio Fernandes Junior, membro do comitê central, médico sanitarista, autoridade de destaque na defesa da saúde pública e secretário de saúde do estado do Espírito Santo

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11


15

JUVENTUDE

14

Nas fotos desta página, jovens comunistas à frente de importantes entidades: a partir da esquerda, em sentido horário: Bruna Brelaz e Iago Montalvão (presidenta e ex-presidente da UNE); Rozana Barroso, presidente da Ubes; Júnior Almeida, presidente da JPL; Flávia Calé, historiadora, presidenta da ANPG, integrante do Comitê Central do do PCdoB; Vitória Cabreira, coordenadora da JPL de Porto Alegre; Tiago Morbach, presidente da UJS 19 16

18

17

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LUTA DE IDEIAS, MOVIMENTOS E CULTURA 21

20

A revista Princípios, após 40 anos de circulação ininterrupta, iniciou uma nova fase gráfica e editorial. Seus editores, os professores Júlio Vellozo (Mackenzie), secretário nacional de Formação do PCdoB, e Fábio Palácio (UFMA), jornalista e membro do Comitê Central, estão à frente de uma “Nova Princípios para um novo tempo”, como diz o lema da nova fase 22

Elias Jabbour (UERJ), membro do Comitê Central, reconhecido como um dos principais pesquisadores da realidade chinesa; na imagem ao lado, em live de lançamento de seu último livro (China – o socialismo do século XXI) com participação de Dilma Rousseff e Silvio Almeida

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Osvaldo Bertolino, jornalista, escritor e historiador, destacado estudioso e pesquisador do movimento operário sindical e da trajetória do PCdoB

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Aloísio Sergio Barroso, membro do Comitê Central do PCdoB, publica sua tese de doutorado com importante contribuição para o debate sobre a crise do capitalismo

25

Ana Prestes, cientista política e analista internacional. Integra o Comitê Central do PCdoB

Em nova fase, a TV Grabois projeta influenciadores digitais com pauta ampla

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26

Sandra Caballero, professora da escola em São Paulo e Altair Freitas, diretor da escola nacional João Amazonas, membro do Comitê Central, ministram aula

28

Neide Freitas e Ronald Freitas, membros do Comitê Central e professores da Escola João Amazonas

Alguns dos cursos oferecidos na plataforma de EAD da Escola Nacional João Amazonas

27

A Escola Nacional do PCdoB se reuniu em junho de 2021 para preparar o Curso Nível III de 2022

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30

29

União da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) fortalece polo classista

Glaucia Morelli, presidenta da CMB (Confederação das Mulheres do Brasil) e integrante do Comitê Central do PCdoB

33

31

Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), histórica liderança sindical brasileira, ex-presidente da CGTB, assume vice-presidência da CTB

A escritora Cida Pedrosa, de Pernambuco, arrebata com Solo para Vialejo o Prêmio Jabuti 2020. Ela se projetou nacionalmente ao vencer nas categorias Livro do Ano e Poesia. A poeta é vereadora de Recife pelo PCdoB e integra o Comitê Central

32A

Marcia Campos, membro do Comitê Central, ex-presidente da FDIM (Federação Democrática Internacional das Mulheres), é secretária adjunta da Secretaria da Mulher do PCdoB

32

Maria Prestes, esposa de Luiz Carlos Prestes, refaz, noventa anos depois, trajetória da Coluna Prestes no Rio Grande do Sul, registrada pela Fundação Maurício Grabois em vídeodocumentário e livro

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FEDERAÇÃO DE PARTIDOS, UMA INOVAÇÃO DEMOCRÁTICA Depois de superar uma verdadeira maratona de obstáculos, inclusive a derrubada do veto de Bolsonaro, em 29 de outubro de 2021, foi promulgada a Lei da Federação de Partidos. A federação é uma inovação democrática que aperfeiçoa a vida partidária e parlamentar do país. Luciana Santos, presidente do PCdoB, destaca que, entre outros atributos, a Federação “incide para preservar o pluralismo político, dando condições para que as legendas programáticas e lideranças de um conjunto de agremiações possam seguir contribuindo com o parlamento brasileiro”. A Bancada do Partido na Câmara dos Deputados, liderada pelo deputado Renildo Calheiros (PCdoB), liderou um movimento de frente ampla em torno da bandeira da Federação que resultou em uma grande vitória do PCdoB e da democracia.

35

Card divulgado pelas redes do PCdoB destaca o papel da Bancada comunista na aprovação do projeto de lei da Federação de Partidos 34

Fac-símile da lei das Federações

578

O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE), à frente da Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados, teve desempenho extraordinário para a aprovação da Lei da Federação de Partidos. Mérito reconhecido por amplo espectro de partidos no Congresso Nacional


15º CONGRESSO O 15º Congresso do PCdoB realizou-se de 15 a 17 de outubro de 2021. O Congresso teve dois focos: desmascarar, isolar e derrotar Bolsonaro e garantir a presença plena do PCdoB na vida parlamentarinstitucional do País, posto que mais uma vez o Partido se vê desafiado a superar o bloqueio de leis que mutilam o pluralismo político. A plenária final do Congresso, realizada de modo virtual, se deu em clima de forte unidade e entusiasmo, principalmente devido à grande vitória democrática representada pela aprovação da lei da Federação de Partidos. A Resolução Política do Congresso reafirmou a tática de Frente Ampla para derrotar Bolsonaro e repelir as investidas golpistas da extrema-direita. E sublinhou a convicção de que as oposições podem sim vencer as eleições presidenciais em 2022. O Congresso debateu também uma Plataforma emergencial de reconstrução nacional a ser aprovada pelo Comitê Central. O Congresso desencadeou um movimento para revigorar o Partido, sobretudo nas seguintes áreas: comunicação digital, ligação do Partido com as massas e estruturação orgânica. Com forte respaldo e grande confiança política, o Comitê Central reelegeu Luciana Santos para presidir e liderar o Partido. Finalmente, o 15º Congresso desencadeou as comemorações do centenário do PCdoB cuja data épica é 25 de março de 2022.

579


Bartolomeu Pereira

Jonildo Viana dos Santos

Douglas S. Espindola

GOIÁS

ESPÍRITO SANTO

DISTRITO FEDERAL José Carvalho Rufino

PARÁ

PARAÍBA

Isaura Lemos

Gregoria B. Lins e Silva

RIO GRANDE DO SUL

RIO GRANDE DO NORTE

Jorge Panzera

João Batista Lemos

Rovilson Brito

Profa. Marcivania Flexa

José de Barros Neto

Wadson Ribeiro

RIO DE JANEIRO

PIAUÍ Marcelino Granja

RORAIMA

RONDÔNIA

Elton Luiz Barz

Iara Gutierrez Cuellar

SANTA CATARINA

PARANÁ

PERNAMBUCO

Sergio Sebastião Negri

MINAS GERAIS

MATO GROSSO DO SUL

MATO GROSSO

MARANHÃO Marcio Jerry

João Vicente Goulart

Luis Carlos P. de Castro

Lindinaldo Freitas

Divanilton Pereira

SERGIPE

Davidson Magalhães

SÃO PAULO

Eron Bezerra

580

CEARÁ

BAHIA

AMAZONAS

Eduardo Farias

Juliano Roso

TOCANTINS

36

AMAPÁ

ACRE

ALAGOAS

PRESIDENTES(AS) ESTADUAIS DO PCdo doB

Edival Goes

Ivory de Lira Aguiar


37

Mesa diretora do Congresso com parte dos membros do Comitê Central eleito

Homenagem à memória e ao legado de Haroldo Lima, o patrono do Congresso

581


38

Mesa Diretora. Da esquerda para a direita: Nádia Campeão, Márcio Cabreira, Vanessa Grazziotin, Ricardo Abreu Alemão, Jandira Feghali, Fábio Tokarski, Walter Sorrentino, Rosanita Campos, Davidson Magalhães, Daniel Almeida, Nivaldo Santana, João Vicente Goulart

Fábio Tokarski apresenta Balanço da Direção

Devido à pandemia de Covid, o Congresso foi realizado de forma “híbrida”, com a maioria dos delegados e delegadas participando virtualmente e outra parte, sobretudo os membros da direção e integrantes da mesa diretora, presencialmente; sessões do evento foram transmitidas ao vivo nas redes sociais

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Luciana Santos dá início às comemorações do centenário do Partido

Intervenção de Renato Rabelo sobre o trabalho da Fundação Maurício Grabois

Após intervenção especial de Sérgio Rubens sobre o processo exitoso da integração do PPL ao PCdoB, mesa diretora do Congresso vibra e aplaude

Márcio Cabreira foi membro da Comissão de Enlace para iniciar o processo de união entre o PCdoB e o PPL e faz parte da Comissão Executiva Nacional, desde 2019

O Líder Renildo Calheiros apresenta o Balanço da Bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados

Neide Freitas, coordenadora geral do 15º Congresso, aplaudida pelo trabalho realizado

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Na primeira reunião do Comitê Central eleito antes do encerramento do Congresso, Luciana Santos (foto ao lado) é reeleita presidenta do Partido. Na foto acima, primeira fila, da esquerda para direita: Luciana Santos, Fábio Tokarski, Daniel Almeida, Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), Jandira Feghali, Davidson Magalhães. Na segunda fila, sentados, da esquerda para direita: João Vicente Goulart, Walter Sorrentino, Renildo Calheiros, Jorge Venâncio, Ângela Albino. Em pé, na última fila, da esquerda para a direita: Paulo Guimarães (assessor jurídico), Ricardo Abreu (Alemão), Rubens Diniz, Nádia Campeão, Vanessa Grazziotin, José Américo Morelli, Adalberto Monteiro, Rosanita Campos, Marcio Cabreira, Nivaldo Santana, Rovilson Brito. Demais membros do CC participaram virtualmente da reunião

584

41


CRÉDITOS DAS IMAGENS ANTECEDENTES E FUNDAÇÃO 1922-1930 1. 2. 3. Iconographia 4. Reprodução 5. Reprodução 6. Iconographia 7. CEDEM 8. CEDEM 9. Reprodução 10. Reprodução 11. Reprodução 12. Reprodução 13. Reprodução 14. Reprodução 15. Arquivo 16. Reprodução 17. Reprodução 18. CEDEM 19. Reprodução 20. CEDEM 21. Iconographia 22. Iconographia 23. Iconographia 24. Iconographia 25. CEDEM 26. CEDEM 27. Reprodução 28. Iconographia 29. CEDEM

1922-1930 1. Reprodução 2. Reprodução 3. Reprodução 4. Iconographia 5. Iconographia 6. Iconographia 7. Reprodução 8. Iconographia 9. Reprodução 10. Iconographia 11. CEDEM 12. Reprodução 13. AEL 14. AEL 15. Reprodução 16. Reprodução 17. Reprodução 18. CEDEM 19. CEDEM 20. Iconographia 21. BN 22. Reprodução 23. CEDEM 24. Iconographia 25. Reprodução 26. BN 27. Iconographia 28. BN 29. Reprodução 30. Arquivo 31. Rerpodução 32. Reprodução

33. AEL 34. Reprodução 35. Iconographia 36. Iconographia 37. Arquivo 38. Reprodução 39. Iconographia 40. Iconographia 41. Iconographia 42. CEDEM 43. Iconographia 44. Iconographia 45. Iconographia 46. CEDEM 47. Iconographia 48. APERJ 49. Reprodução 50. Iconographia 51. Iconographia 52. Reprodução 53. Reprodução 54. Reprodução

1930-1935

1. Iconographia 2. Reprodução 3. Iconographia 4. Reprodução 5. Reprodução 6. Iconographia 7. Reprodução 8. Reprodução 9. Reprodução 10. Reprodução 11. Iconographia 12. Iconographia 13. Iconographia 14. Iconographia 15. Iconographia 16. CEDEM 17. Iconographia 18. Reprodução 19. Iconographia 20. Reprodução 21. Reprodução 22. Iconographia 23. Reprodução 24. Iconographia 25. Iconographia 26. Iconographia 27. APERJ 28. APERJ 29. APERJ 30. Iconographia 31. Iconographia 32. Iconographia 33. Iconographia 34. Iconographia 35. APERJ 36. Iconographia 37. APERJ 38. Reprodução 39. 40. Iconographia 40. CEDEM (jornais) Reprodução 41. Iconographia 42. APERJ 43. Iconographia

44. Reprodução 45. Iconographia 46. Iconographia 47. -----------48. APERJ 49. APERJ 50. Iconographia 51. Iconographia 52. Arquivo 53. Iconographia 54. CEDEM 55. Iconographia 56. Iconographia 57. Iconographia 58. Iconographia 59. Iconographia 60. Reprodução 61. Iconographia 62. APERJ 63. Iconographia 64. Iconographia 65. Iconographia 66. Iconographia 67. Iconographia 68. Reprodução

1935-1945

1. APERJ 2. Iconographia 3. Reprodução 4. Reprodução 5. Reprodução 6. APESP 7. APERJ 8. Iconographia 9. Iconographia 10. Iconographia 11. CDM 12. Iconographia 13. Iconographia 14. Iconographia 15. Iconographia 16. Iconographia 17. Iconographia 18, Iconographia 19. Iconographia 20. Iconographia 21. Iconographia 22. Iconographia 23. Iconographia 24. Iconographia 25. Iconographia 26. Reprodução 27. Reprodução 28. Iconographia 29. Iconographia 30. Iconographia 31. Iconographia 32. Iconographia 33. Reprodução 34. Iconographia 35. Reprodução Iconographia (UNE) 36. Iconographia 37. Iconographia 38. Iconographia 39. Iconographia

39A. Reprodução 40. Iconographia 41. Iconographia 42. Reprodução 43. Iconographia 44. Reprodução 45. Reprodução

1945-1948

1. Reprodução 2. Iconographia 3. Iconographia 4. Iconographia 5. Reprodução 6. Iconographia 7. Iconographia 8. Iconographia 9. Iconographia 10. Iconographia 11. Reprodução 12. Iconographia 13. Iconographia 14. Reprodução 15. Iconographia 16. Reprodução 17. Iconographia 18. Iconographia 19. Iconographia 20. Iconographia 21. Reprodução 22. Reprodução 23. APERJ 24. APERJ (cartazes) Reprodução (Capas) 25. Reprodução 26. Reprodução 27. Reprodução 28. Reprodução 29. CEDEM 30. Iconographia 31. Reprodução 32. CDM 33. Reprodução 34. Iconographia 35. Reprodução 36. CDM 37. Iconographia 38. Reprodução 39. Reprodução 40. Iconographia 41. Iconographia 42. Iconographia 43. Iconographia 44. Reprodução 45. Reprodução 46. Iconographia 47. Reprodução 48. Reprodução 49. Reprodução 50. Iconographia 51. Iconographia 52. Iconographia 53. Reprodução 54. Reprodução 55. Iconographia 56. Iconographia 57. Reprodução

58. reprodução 59. Life 60. Reprodução 61. Iconographia 62. Iconographia 63. Iconographia 64. Reprodução 65. Reprodução 66. Iconographia 67. CDM 68. Reprodução 69. Reprodução 70. Reprodução 71. Reprodução 72. Reprodução 73. Reprodução 74. Reprodução 75. Reprodução 76. Reprodução 77. Reprodução 78. Reprodução 79. Reprodução 80. Reprodução 81. Reprodução 82. Iconographia 83. APESP 84. Reprodução 85. Arq. Edíria Carneiro 86. Reprodução 87. CEDEM 88. CDM 89. Reprodução 90. Reprodução (gravuras) CDM (Div. Marxista; Problemas) 91 Iconographia 92. Iconographia 93. CDM 94. Arquivo 95. Iconographia 96. Arquivo 97. Reprodução 98. Iconographia 99. Iconographia 100. Iconographia 101. Iconographia 102. Reprodução 103. Reprodução 104. Reprodução 105. Reprodução 106. Reprodução 107. Reprodução 108. Projeto Portinari 109. Reprodução 110. Reprodução 111. Reprodução 112. Reprodução 113. Reprodução 114. Reprodução 115. Iconographia 116. Iconographia 117. Reprodução 118. Reprodução 119. Reprodução 120. CEDEM (Astrojildo) AEL (LCP e JA) 121. Reprodução 122. CDM 123. Reprodução

585


124. Reprodução 125. Reprodução 126. Iconographia 127. Iconographia 128. Iconographia 129. Iconographia 130. Iconographia 131. Reprodução 132. Reprodução 133. Reprodução 134. AEL (Cartazes) APEPE (Manchete) 135. AEL

1948-1956

1. Iconographia 2. APESP 3. Iconographia 4. Iconographia 5. Reprodução 6. Reprodução 7. Iconographia 8. Iconographia 9. AEL (Pomar) Reprodução (Prestes) 10. Iconographia 11. Iconographia 12. Iconographia 13. Reprodução 14. Reprodução 15. Reprodução 16. Reprodução 17. Reprodução 18. Iconographia 19. AEL (Cartazes) Reprodução (Gravuras) CEDEM (capa) 20. AEL (Cartazes) / Reprodução 21. Reprodução 22. Reprodução 23. Reprodução 24. CDM 25. CDM 26. Iconographia 27. Iconographia 28. Iconographia 29. Iconographia 30. Iconographia 31. Iconographia 32. Reprodução 33. Reprodução 34. APERJ 35. APESP 36. APERJ 37. Reprodução 38. Reprodução 39. BN 40. Life 41. APESP 42. APESP 43. APESP 44. Reprodução 45. Reprodução 46. CEDEM 47. CDM 48. BN 49. CDM 50. Reprodução 51. CEDEM

586

52. CEDEM 53. Reprodução 54. Reprodução 55. Reprodução 56. Iconographia 57. CDM 58. Reprodução 59. Reprodução 60. CEDEM 61. Reprodução 62. Iconographia 63. Reprodução 64. Reprodução 65. Iconographia 66. Reprodução 67. Reprodução 68. Iconographia 69. Reprodução 70. CEDEM 71. Reprodução 72. CDM 73. Reprodução 74. CEDEM 75. CDM 76. CDM 77. CEDEM 78. Reprodução 79. Iconographia 80. Reprodução 81. Iconographia 82. CEDEM 83. Reprodução 84. Reprodução 85. Reprodução 86. Reprodução 87. Reprodução 88. Reprodução 89. BN

1956-1962 1. Iconographia 2. Reprodução 3. Reprodução 4. Iconographia 5. Iconographia 6. Iconographia 7. Iconographia 8. UBES 9. Iconographia 10. Iconographia 11. Reprodução 12. Reprodução 13. Reprodução 14. Iconographia 15. Iconographia 16. Iconographia 17. Reprodução 18. APESP 19. Iconographia 20. Reprodução 21. CDM 22. CDM 23. Arquivo 24. Iconographia 25. Iconographia 26. Arquivo 27. Iconographia 28. Iconographia 29. Reprodução 30. Iconographia

31. Iconographia 32. CDM 33. Reprodução 34. CDM 35. CDM 36. Iconographia 37. Iconographia 38. Iconographia 39. Iconographia 40. Reprodução 41. Reprodução 42. Reproduão 43. Iconographia 44. CEDEM 45. CDM 46. CDM

1962-1964

1. CDM 2. CEDEM 3. CDM 4. Reprodução 5. Reprodução 6. Reprodução 7. APESP 8. CDM 9. CDM 10. Reprodução (fatos e fotos) CEDEM (Classe) 11. Reprodução 12. Iconographia 13. Iconographia 14. CEMJ 15. Iconographia 16. Iconographia 17. Reprodução 18. Reprodução 19. CDM 20. CDM 21. Reprodução 22. CDM 23. CDM 24. Reprodução 25. Arquivo 26. APESP 27. Reprodução 28. CDM 29. Reprodução 30. CDM 31. Reprodução 32. Reprodução 33. Reprodução 34. Iconographia 35. Arquivo 36. Reprodução 37. Reprodução 38. Iconographia 39. Iconographia 40. Reprodução

1964 - 1968 1. CEHOG 2. Iconographia 3. Iconographia 4. Iconographia 5. Iconographia 6. Iconographia 7. Reprodução 8. Revista Machete

9. APESP 10. APESP 11. Revista Machete 12. Iconographia 13. CDM/Grabois 14. CDM/Grabois 15. APESP 16. FSP Reprodução 17. APESP 18. APESP 19. APESP 20. Reprodução 21. APESP 22. CDM/Grabois 23. Reprodução 24. APESP 25. Reprodução 26. Reprodução 27. Reprodução 28. Reprodução 29. Reprodução 30. APESP 31. CDM/Grabois 32. 32. Ronald Theobaldo/CPDoc JB 33. Reprodução/Iconographia 34. CEHOG 35. Iconographia 36. Reprodução 37. Reprodução 38. FolhaPress 39. Divulgação / Prefeitura de Cerqueira César 40. Edisson Jansen 41. Evandro Teixeira 42. Iconographia 43. Iconographia 44. Arquivo Nacional 45. Arquivo Nacional 46. Arquivo Nacional 47. Folha Press 48. Iconographia 49. APESP 50. APESP 51. APESP 52. APESP 53. Iconographia 54. Câmara dos Deputados 55. Memorial da Democracia

1969-1972

1. Iconographia 2. Iconographia 3.Arquivo Nacional 4. CDM/Grabois 5. CDM/Grabois 6. CDM/Grabois 7. CDM/Grabois 8. CDM/Grabois 9. CDM/Grabois 10. CDM/Grabois 11. CDM/Grabois 12. CDM/Grabois 13. Iconographia 14. Reprodução 15. CDM/Grabois 16. Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos. Livro Bruno Ribeiro 17. CDM/Grabois

18. CDM/Grabois 19. CDM/Grabois 20. CDM/Grabois 21. CDM/Grabois 22. Arquivo PC Chinês 23. Arquivo 24.APESP 25. APERJ 26. Reprodução 27. CDM/Grabois 28. APESP 29. CDM/Grabois 30. CDM/Grabois 31. CDM/Grabois 32. CDM/Grabois

1972-1974

1. Bernardo Joffily 2. CDM/Grabois 3. CDM/Grabois 4. CDM/Grabois 5. CDM/Grabois 6. CDM/Grabois 7. CDM/Grabois 8. CDM/Grabois 9. CDM/Grabois 10. CDM/Grabois 11. CDM/Grabois 12. Arquivo Nacional 13. CDM/Grabois 14. Arquivo Nacional 15. Reprodução 16. Arquivo Nacional 17. Arquivo pessoal 18. Arquivo Nacional 19. Arquivo Nacional 20. Bernardo Joffily 21. APESP 22. CDM/Grabois 23. CDM/Grabois 24. Arquivo Nacional 25. Arquivo Nacional 26. Arquivo Nacional 27. Arquivo Nacional 28. Arquivo Nacional 29. CDM/Grabois 30. CDM/Grabois 31. CDM/Grabois 32. CDM/Grabois 33. CDM/Grabois 34. CDM/Grabois 35. CDM/Grabois 36. Reprodução 37. Reprodução 38. CDM/Grabois 39. CDM/Grabois 40. CDM/Grabois 41. CDM/Grabois 42. Reprodução 43. Julio Cezar 44. Tude Munhoz 45. Yuugi Makiuchi 46. Cesar Diniz 47.Reprodução

1973-1979 1. CDM/Grabois 2. CDM/Grabois 3. CDM/Grabois


4. APESP 5. CDM/Grabois 6. APESP 7. IML/RJ 8. CDM/Grabois 9. Arquivo 10. Reprodução 11. CDM/Grabois 12. DEOPS/APESP 13. CDM/Grabois 14. CDM/Grabois 15. Reprodução 16. DEOPS/APESP 17. Silvaldo Leung, Fundo DEOPS - APESP 18. Fundo DEOPS - APESP 19. CDM/Grabois 20. CDM/Grabois 21. Fundo DEOPS - APESP 22. Fundo DEOPS - APESP 23. Fundo DEOPS - APESP 24. Fundo DEOPS - APESP 25. Samuel Iavelberg 26. CDM/Grabois 27. CDM/Grabois 28. CDM/Grabois 29. CDM/Grabois 30. Reprodução 31. Reprodução 32. CDM/Grabois 33. CDM/Grabois 34. CDM/Grabois 35. CDM/Grabois 36. CDM/Grabois 37. CDM/Grabois 38. CDM/Grabois 39. CDM/Grabois 40. CDM/Grabois 41. CDM/Grabois 42. CDM/Grabois 43. Reprodução - Escolhas Política José Genoino 44. CDM/Grabois 45. CDM/Grabois 46. CDM/Grabois 47. CDM/Grabois 48. CDM/Grabois 49. CDM/Grabois 50. CDM/Grabois 51. CDM/Grabois 52. CDM/Grabois 53. CDM/Grabois 54.CDM/Grabois 55. Arquivo da Família 56. Arquivo da Família 57. CDM/Grabois 58.CEHOG 59.CEHOG 60. Milton Guran 61. Luciano Vicione 62. CDM/Grabois 63. Irmo Celso 64.Reprodução 65. Sandra Adams 66. CDM/Grabois 67. CDM/Grabois 68. Reprodução 69. CDM/Grabois 70. CDM/Grabois 71. CDM/Grabois

72. CDM/Grabois 73. CDM/Grabois 74. CDM/Grabois 75. CDM/Grabois 76. Arquivo Nacional Arquivo da Família

1979-1983

1. Orlando Brito 2. CDM/Grabois 3. Arquivo 4. Reprodução 5. Arquivo pessoal 6. CDM/Grabois 7. Erielton Costa 8. Reprodução 9. CDM/Grabois 10. CDM/Grabois 11. CDM/Grabois 12. Iconographia 13. CDM/Grabois 14. José R Cecato 15. CDM/Grabois 16. CDM/Grabois 17. CDM/Grabois 18. José R Cecato 19. CDM/Grabois 20. Reprodução 21. Arquivo da Família 22. CDM/Grabois 23. CDM/Grabois 24.Reprodução 25. CDM/Grabois 26. CDM/Grabois 27. CDM/Grabois 28.Reprodução 29. Moacir Barbosa 30. José Cruz 31. CDM/Grabois 32. CDM/Grabois 33. CDM/Grabois 34. Arquivo pessoal 35. Luis Carlos Leite 36. Paulo Cerciari 37. Jayme Leão 38. Luis Carlos Leite 39. CDM/Grabois 40. Cesar Diniz 41. Cesar Diniz 42. Cesar Diniz 43. Cesar Diniz 44. Cesar Diniz 45. Arquivo 46. Cesar Diniz 47. Vania Coimbra 48. Cesar Diniz 49. CDM/Grabois 50. Irmo Celso 51. CDM/Grabois 52. CDM/Grabois 53. CDM/Grabois 54. CDM/Grabois 55. Marisa Uchiyama 55. CDM/Grabois 56. Reprodução 57. CDM/Grabois 58. Juca Martins 59. Clodomir Bezerra 60. Luis Carlos Leite 61. CDM/Grabois

62. Arquivo 63. Arquivo 64. Reprodução 65. Reprodução 66. Reprodução 67. Cesar Diniz 68. Cesar Diniz 69. Ennio Brauns 70. CDM/Grabois 71. Ennio Brauns 72. Ennio Brauns 73. CDM/Grabois 74. CDM/Grabois 75. Reprodução 76. Reprodução 77. Marisa Uchiyama 78. Luis Carlos Leite 79. Luis Carlos Leite 80. Arquivo 81. Cesar Diniz 82. Cesa Diniz 83. CDM/Grabois 84. Cesar Diniz 85. Cesar Diniz 86. CDM/Grabois 87. Luis Carlos Leite 88. Reprodução TLO - Foto: Luis Carlos Leite 89. Alberto Murayama 90. Arquivo 91. Luis Carlos Leite 92. CDM/Grabois 93. CDM/Grabois 94. Arquivo 95. CDM/Grabois 96. CDM/Grabois 97. CDM/Grabois 98. CDM/Grabois 99. CDM/Grabois 100. Arquivo pessoal 101. Marcos. A.D.Andrade 102. CDM/Grabois 103. CDM/Grabois 104. CDM/Grabois 105. CDM/Grabois 106. Marcos. A.D.Andrade 107. CDM/Grabois 108. Revista Veja 109. Arquivo 110. Reprodução 111. Reprodução 112. CDM/Grabois 113. Marcos. A.D. Andrade 114. CDM/Grabois 115. Arquivo 116. CDM/Grabois

1983 - 1985

1.Reprodução 2.Reprodução 3.Reprodução 4. Miriam Fichtner 5. CDM/Grabois 6. Miriam Fichtner 7. Luis Carlos Leite 8. P.C Abreu 9. Milton Mendes Filho 10. Arquivo 11. Arquivo 12. Arquivo

13. Plinio Nicacio 14.Arquivo 15. Sidney Passarinho 16. CDM/Grabois 17. Epitácio Vale 18. Arquivo 19. Arquivo 20. CDM/Grabois 21. Edison Caetano 22. Milton Mendes Filho 23. Arquivo 24. Milton Mendes Filho 25. Yone Simidzu 26. Cesar Diniz 27. Cesar Diniz 28. Cesar Diniz 29. Arquivo 30. CDM/Grabois 31. Carlos Santana 32.CDM/Grabois 33. Maze 34. Maze 35. CDM/Grabois 36. Cesar Diniz 37. Cesar Diniz 38. Cesar Diniz 39.CEDOJ 40. CEDOJ 41. Cesar Diniz

1985-1989

1. Cesar Diniz 2. Cesar Diniz 3.Arquivo 4. Cesar Diniz 5.Arquivo 6. Cesar Diniz 7. Marcos de Oliveira 8. Wilson Mazza 9. Nina Rabelo 10. Nina Rabelo 11. Marcos A.D Andrade 12. Yone Simidzu 13. CDM/Grabois 14. CDM/Grabois 15. Mauri 16. Dario Monteiro 17. Romero Mendonça 18. Miriam Fichtner 19. Arquivo 20. Milton Mendes Filho 21. Milton Mendes Filho 22.Arquivo 23.Arquivo 24. Cesar Diniz 25. CDM/Grabois 26. CDM/Grabois 27. CDM/Grabois 28. CDM/Grabois 29. Cesar Diniz 30. CDM/Grabois 31. Cesar Diniz 32. Manu Dias 33. CDM/Grabois 34.CDM/Grabois 35. CDM/Grabois 36. CDM/Grabois 37. Cesar Diniz 38. Marcos Henrique 39. CDM/Grabois

40. CDM/Grabois 41. CDM/Grabois 42. Sidney Passarinho 43. CDM/Grabois 44. CDM/Grabois 45.Mazé 46. Maze 47. Marcos de Oliveira 48. Câmara dos Deputados 49. CDM/Grabois 50. Cesar Diniz 51. Cesar Diniz 52. CDM/Grabois 53. CDM/Grabois 54. Ailton S. Leite 55.Ailton S. Leite 56. CDM/Grabois 57. CDM/Grabois 58.Reprodução 59. CDM/Grabois 60. Reprodução 61. CDM/Grabois 62. CDM/Grabois 63. CDM/Grabois 64. CDM/Grabois 65. CDM/Grabois 66. Arquivo da Família 67. Hebert Marcus 68. P. Beloyanis 69.Arquivo da família 70. CDM/Grabois 71. Hebert Marcus 72. CDM/Grabois 73. Maze 74. Ailton S. Leite 75. Ailton S. Leite 76. Ailton S. Leite 77. Cesar Diniz 78. CDM/Grabois 79. CDM/Grabois 80. CDM/Grabois 81. CDM/Grabois 82. CDM/Grabois 83. CDM/Grabois 84. CDM/Grabois 85. CDM/Grabois 86. CDM/Grabois 87. CDM/Grabois 88. CDM/Grabois 89. CDM/Grabois 90. CDM/Grabois 91. Dario Gabriel 92. Dario Gabriel 93. CDM/Grabois 94. Sidney Passarinho 95. CDM/Grabois 96. CDM/Grabois 97. CDM/Grabois 98.Arquivo pessoal 99. CDM/Grabois 100. Manu Dias 101. CDM/Grabois 102. Ailton S. Leite 103. CDM/Grabois 104. CDM/Grabois 105. Acervo pessoal 106. CDM/Grabois 107. CDM/Grabois 108. CDM/Grabois 109. CDM/Grabois

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110. CDM/Grabois 111. CDM/Grabois 112. CDM/Grabois 113. CDM/Grabois 114. Ailton S. Leite 115. Edu Cruz 116. CDM/Grabois 117. CDM/Grabois 118. CDM/Grabois 119. CDM/Grabois 120. Wilson Mazza 121. CDM/Grabois 122. Cleber 123. Duda Bentes 124.Arquivo 125.Arquivo 126. CDM/Grabois 127. João Fernandes 128. CDM/Grabois 129. CDM/Grabois 130. CDM/Grabois 131. Iolanda Huzak 132. CDM/Grabois 133. CDM/Grabois 134. Iolanda Huzak 135. CDM/Grabois 136. CDM/Grabois 137. CDM/Grabois 138. Aguinaldo Zordenoni 139. Aguinaldo Zordenoni 140. CDM/Grabois 141. CDM/Grabois 142. CDM/Grabois 143. Reprodução 144.Arquivo 145. Miriam Fichtner 146.Arquivo 147.Arquivo 148.Arquivo 149. Luciano da Mata 150. CDM/Grabois 151.Arquivo 152. Ailton S. Leite 153. CDM/Grabois 154. Wilson Mazza 155. CDM/Grabois 156. CDM/Grabois 157. Wilson Mazza 158. Edison Ruiz 159. Yone Simidzu 160. CDM/Grabois 161. CDM/Grabois 162. Aguinaldo Zordenoni 163.Reprodução 164.Reprodução 165. Wilson Mazza 166.Arquivo

1989-1994

1. Edison Ruiz 2. Edison Ruiz 3.Arquivo 4. CDM/Grabois 5. CDM/Grabois 6. Paulo Torraca 7. Reprodução 8.Arquivo pessoal 9.Arquivo 10. Aguinaldo Zordenoni 11. CDM/Grabois

588

12.Reprodução 13.Arquivo 14.Arquivo 15. Aguinaldo Zordenoni 16.Arquivo 17. Jesus Carlos 18. Antônio Coutinho 19. CDM/Grabois 20. CDM/Grabois 21. CDM/Grabois 22. CDM/Grabois 23. João Roberto Ripper 24. Dei Gedeon 25.Arquivo 26.Arquivo 27. Giane Carvalho. 28. João Roberto Ripper 29. Giane Carvalho. 30. Darci Lenke 31. CDM/Grabois 32. Darci Lenke 33. CDM/Grabois 34. CDM/Grabois 35. CDM/Grabois 36. CDM/Grabois 37. CDM/Grabois 38. CDM/Grabois 39.Arquivo 40. CDM/Grabois 41. CDM/Grabois 42. CDM/Grabois 43. CDM/Grabois 44. CDM/Grabois 45. CDM/Grabois 46. CDM/Grabois 47. CDM/Grabois 48. CDM/Grabois 49. CDM/Grabois 50. Charles Silva 51. CDM/Grabois 52. CDM/Grabois 53. CDM/Grabois 54. Cesar Diniz 55. Cesar Diniz 56. Cesar Diniz 57. CDM/Grabois 58. CDM/Grabois 59. CDM/Grabois 60. Cesar Diniz 61. Cesar Diniz 62. Cesar Diniz 63. Cesar Diniz 64. Cesar Diniz 65. Cesar Diniz 66. CDM/Grabois 67. Cesar Diniz 68. Cesar Diniz 69. Cesar Diniz 70. CDM/Grabois 71. CDM/Grabois 72. Cesar Diniz 73. CDM/Grabois 74.Arquivo 75.Arquivo 76.Arquivo 77. CDM/Grabois 78. CDM/Grabois 79. CDM/Grabois 80.Arquivo 81. Leandro Shilipeke

82. Leandro Shilipeke 83. CDM/Grabois 84. Cesar Diniz 85.Arquivo 86. CDM/Grabois 87. CDM/Grabois 87A. Gilberto Maringoni 88. Isidório Souza 89.Arquivo 90. Cesar Diniz 91.Arquivo

58. Paulo Nicolella 59. CDM/Grabois 60. CDM/Grabois 61. Jorge B. Guedes 62.ALESP 63. Edmundo Carlos 64. CDM/Grabois 65. Edmundo Carlos 66. Portal Vermelho 67. Portal Vermelho 68.Arquivo

1995-2002

2002-2010

1. CDM/Grabois 2. CDM/Grabois 3. CDM/Grabois 4. CDM/Grabois 5. Cuca Jorge 6.UBES 7. CDM/Grabois 8. CDM/Grabois 9.Guiomar Prates 10. Guiomar Prates 11. CDM/Grabois 12. Guiomar Prates 13. Guiomar Prates 14. Guiomar Prates 15. Guiomar Prates 16. Mauricio Moraes 17. Silfredo Freita 18. CDM/Grabois 19. CDM/Grabois 20.Arquivo 21.Reprodução 22. PCdoB na Câmara 23. PCdoB na Câmara 24.Cuca Jorge 25.Arquivo 26. CDM/Grabois 27.Comunicação da CUT 28.Maurício Morais 29. Maurício Moraes 30. Guiomar Prates 31. CDM/Grabois 32.Arquivo 33.Guiomar Prates 34.Guiomar Prates 35.Guiomar Prates 36.Guiomar Prates 37. Carlos Alberto 38. Guiomar Prates 39.Jorge B. Guedes 40. Jorge B. Guedes 41. Jorge B. Guedes 42.Arquivo 43. Maurício Moraes 44.Arquivo 45. CDM/Grabois 46. CDM/Grabois 47.Jorge B. Guedes 48. Arquivo 49. Arquivo 50.PCdoB na Câmara 51. Comunicação PCdoB-PE 52. Comunicação PCdoB-PE 53. Comunicação PCdoB-PE 54. Telma Valdes 55. Telma Valdes 56. Telma Valdes 57. Mauro Vieira

1. Gisela Gutarra 2. Dino P. dos Santos 3. PT na Câmara 4.Arquivo 5.Arquivo 6. Jair de Freits/ABr 7. Agência Brasil 8. Ailto Freitas 9.Arquivo 10. Ailto Freitas 11. Portal Vermelho 12. CDM/Grabois 13. Portal Vermelho 14. CDM/Grabois 15. CDM/Grabois 16.CEDOJ 17. Samuel Costa. 18.Divulgação 19. CDM/Grabois 20. Portal Vermelho 21. CDM/Grabois 22. Portal Vermelho 23.Divulgação 23. CDM/Grabois 24. CDM/Grabois 24. 25. Lindomar Cruz/Agência Brasil 26.Arquivo 27. Bernardo Joffily 28. Gisela Gutarra 29.Reprodução 30.Divulgação 31.Reprodução 32.Agência Brasil 33. Ana Nascimento /ABE 34. Portal Vermelho 35. CDM/Grabois 36. CDM/Grabois 37.Reprodução 38.Rodrigo Campos 39.Cezar Xavier 40.Divulgação 41.Cezar Xavier 42.Portal Vermelho 43.Portal Vermelho 44.Portal Vermelho 45. CDM/Grabois 46. Rita Polli 47. CDM/Grabois 48. Eliezer Dias 49. CDM/Grabois 50.Arquivo 51. Portal Vermelho 52.Arquivo pessoal 53. Portal Vermelho 54. CDM/Grabois 55. CDM/Grabois

56. CDM/Grabois 57.Arquivo Conam 58. Portal Vermelho 59.PCdoB na Câmara 60.Agência Senado 61.Arquivo 62. Arquivo 63. Arquivo 64. Arquivo 65. Arquivo 66. Arquivo 67. Arquivo 68. Arquivo 69. Arquivo 70. Arquivo 71. Arquivo 72. Arquivo 73. Arquivo 74. Arquivo 75. Reprodução 76. Cezar Xavier 77. CDM/Grabois 78.Maurício Morais 79.Maurício Morais 80. Rafael Neddermeyer 81. Rafael Neddermeyer 82. Rafael Neddermeyer 83. CDM/Grabois 84. Rafael Neddermeyer 84A 85. CDM/Grabois 86.Reprodução 87.Osvaldo Bertolino 88.Osvaldo Bertolino 89.Osvaldo Bertolino 90.Arquivo 91.Divulgação 92. Arquivo CTB 93. Arquivo CTB 94. Arquivo CTB 95. Arquivo CTB 96. Arquivo CTB 97.CEDOJ 98. CEDOJ 99. Acervo Barão de Itararé 100. Acervo Barão de Itararé 101. Acervo Barão de Itararé 103. Acervo Barão de Itararé 104. Acervo Barão de Itararé 105. Acervo Barão de Itararé 105. Acervo Barão de Itararé 106. Acervo Barão de Itararé

2011-2015

1. Luiz Alves 2. Glauber Queiroz 3.Divulgação 4.Divulgação 5. Roberto Stuckert Filho 6.Divulgação 7. Richard Silva 8. Divulgação 9. Divulgação 10. Divulgação 11. Divulgação 12. Divulgação 13. Luis Macedo 14. Séculos Sempreviva 15.Portal Vermelho 16. Vitor Vogel


17. Luiz Alves 18. Luiz Alves 19. Vitor Vogel 20. Cesar Xavier 21. Vitor Vogel 22.Arquivo 23. Altair Freitas 24.Divulgação 25.Divulgação 26. Jan Ribeiro 27. Reprodução 28.Divulgação 29. Cezar Xavier 30. Cezar Xavier 31. Cezar Xavier 32. Cezar Xavier 33. Cezar Xavier 34. Cezar Xavier 35. Divulgação 36. Cezar Xavier 37. Deborah Moreira/CTB 38. Deborah Moreira/CTB 39. Deborah Moreira/CTB 40. CDM/Grabois 41. CDM/Grabois 42. CDM/Grabois 43. CDM/Grabois 44. CDM/Grabois 45. CDM/Grabois 46. Acervo CTB 47. Acervo CTB 48. Acervo CTB 49. José Cordeiro 49A. Clecio Almeida 50. Fernando Udo 51. Divulgação 52. Divulgação 53. CDM/Grabois 54. Claudio Gonzales 55. Arquivo Pessoal 56. Alvaro Portugal 57. Alvaro Portugal 58. Midia Ninja 59. Cezar Xavier 60. Everton Amaro 61. Midia Ninja 62. Divulgação 63. Mídia Ninja 64. Mídia Ninja 65. Richard Silva 66. Richard Silva 67. Richard Silva 68. Ichiro Guerra 69. Agência Brasil 70. Francisco Campos/AscomMA 71. Divulgação 72. Divulgação 73. Richard Silva/PCdoB na Câmara 74. Flickr PCdoB na Câmara 75. Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil 75. Roberto Stuckert Filho/PR 75A. Valter Campanato/Agência Brasil 76. Lia de Paula 77. Jackeline Nigri 78. Jair Bertolucci 79. Divulgação 80. CDM/Grabois 81. CDM/Grabois

82. Acervo CTB 83. Mídia Ninja 84. Cezar Xavier 85. Fernando Frazão/Agência Brasil 86. Yuri Salvador 87. Richard Silva/PCdoB na câmara 88. Divulgação/UBES 89. Divulgação/UBES 90. Divulgação/UNE 91. Yuri Salvador 92. Yuri Salvador 93. Karla Boughoff 94. Karla Boughoff 95. Karla Boughoff 96. Karla Boughoff 97. CDM/Grabois 98. CDM/Grabois 99. Cezar Xavier 100. Cezar Xavier 101. Cezar Xavier 102. Cezar Xavier 103. Monica Valente 104. Divulgaçao 105. Acervo Unegro 106. Richard Silva 107. Tom Dib 108. Tom Dib 109. Tom Dib 110. Tom Dib 111. Tom Dib 112. Roberto Stuckert Filho 113. José Cruz/EBC 114. Acervo UNA 115. Arquivo Pessoal 116. Arquivo Pessoal 117. Isis Medeiros 118. Isis Medeiros 119. Isis Medeiros 120. Lidyane Ponciano

2016 - 2019

1. Lula Marques/Agência PT 2. Mídia Ninja 3. Acervo CTB 4. Midia Ninja/Maxwell Vilela 5. Midia Ninja/Maxwell Vilela 6. Mídia Ninja 7. Mídia Ninja 8. Mídia Ninja 9. Mídia Ninja 10. Guilherme Santos 11. Fernando Udo 12. Eduardo Figueiredo/Mídia Ninja 13. Juca Varella/Agência Brasil 14. Nilson Sebastian/PCdoB na Câmara 15. Mídia Ninja 16. Mídia Ninja 17. Mídia Ninja 18. Antonio Augusto 19. Richard Silva/PCdoB na Câmara 20. Richard Silva/PCdoB na Câmara 21. Richard Silva/PCdoB na Câmara 22. Rovena Rosa/Agência Brasil 23. Rovena Rosa/Agência Brasil 24. Moreira Mariz/Agência Senado 25. Alessandro Dantas 26. Richard Silva/PCdoB na Câmara 27. Mídia Ninja 28. Paulo Pinto/Agência PT

29. Comunicação/PCdoB Maranhão 30. CDM/Grabois 31. Fernando Udo 32. Pedro Caldas 33. Arquivo Edvaldo Nogueira 34. Reinaldo Carvalho 35. Arquivo Antônio Barreto 36. Reprodução 37. Bruno Bou 38. CDM/Grabois 39. Acervo Unegro 40. Acervo Unegro 41. Acervo Unegro 42. Acervo Unegro 43. Arquivo Olivia Santana 44. Franciso Proner - Cuca/UNE 45. Reprodução/UBM 46. Arquivo Pessoal Vanja Andrea 47. Fernando Udo 48. Chistiane Peres 49. Mídia Ninja 50. Nuna Alle/Mídia Ninja 51. Isadora Freixo/Mídia Ninja 52. Fernando Udo 53. Richard Silva/PCdoB na Câmara 54. Richard Silva/PCdoB na Câmara 55. Richard Silva/PCdoB na Câmara 56. Marciele Brum/PCdoB na Câmara 57. Acervo CTB 58. Acervo CTB 59. Richard Silva/PCdoB na Câmara 60. Acervo CTB 61. Richard Silva 62. Fabio Bardella 63. Cezar Xavier 64. Cezar Xavier 65. Cezar Xavier 66. Reprodução 67. Cezar Xavier 68. Cezar Xavier 69. Cezar Xavier 70. Cezar Xavier 71. Richard Silva 72. Richard Silva 73. Richard Silva 74. Richard Silva/PCdoB na Câmara 75. Comunicação/ALESC 76. Cezar Xavier 77. CDM/Grabois 78. Cezar Xavier 79. Cezar Xavier 80. Flickr/PCdoB na Câmara 81. Flickr/PCdoB na Câmara 82. Fernando UDO 83. Arquivo PCdoB Amapá 84. Arquivo PCdoB Acre 85. Arquivo PCdoB Minas Gerais 86. Arquivo PCdoB Goiás 87. Marcelo Favaretti 88. Richard Silva 88A. Marcelo Favaretti 88B. Marcelo Favaretti 89. Paulo Neves 90. Altair Freitas 91. Altair Freitas 92. Paulo Pinto/Instituto Lula 93. Ricardo Stuckert/Instituto Lula 94. Ricardo Stuckert/Instituto Lula 95. Acervo Rubens Diniz

96. Karla Boughoff 97. Arquivo Manuela D Ávila 98. Jackson Romanelli 99. Fernando Udo 100. Karla Boughoff 101. Karla Boughoff 102. Talita Oshiro 103. Clecio Almeida 104. Mídia Ninja 105. Mídia Ninja 106. Carol Caminha 107. Carol Caminha 108. Mídia Ninja 109. Mídia Ninja 110. ASCOM/Governo do Maranhão 111. ASCOM/Governo de Pernambuco 112. ASCOM/Governo do Rio Grande do Norte 113. Felipe Neiva 114. Arquivo Pessoal 115. Arquivo Pessoal 116. ASCOM/ALBA 117. Arquivo Pessoal 118. ASCOM/ALBA 119. Arquivo Pessoal 120. Arquivo Pessoal 121. ASCOM/ALEAC 122. Arquivo Pessoal 123. Arquivo Pessoal 124. Arquivo Pessoal 125. ASCOM/ALEMA 126. Arquivo Pessoal 127. Arquivo Pessoal 128. Arquivo Pessoal 129. Karla Boughoff 130. Karla Boughoff 131. Karla Boughoff 132. Karla Boughoff 133. Karla Boughoff 134. Karla Boughoff 135. Karla Boughoff 136. Karla Boughoff 137. Karla Boughoff 138. Karla Boughoff 139. Arquivo Pessoal 140. Arquivo Pessoal 141. Arquivo Pessoal 142. Reprodução 143. Ascom Unicamp

17. ASCOM/Câmara dos Deputados 18. Arquivo Pessoal 19. Arquivo Pessoal 20. Reprodução 21. Reprodução 22. Reprodução 23. Arquivo Pessoal 24. Cezar Xavier 25. Arquivo Pessoal 26. Cezar Xavier 27. Reprodução 28. Cezar Xavier 29. Acervo CTB 30. Arquivo Pessoal 31. Arquivo Pessoal 32. Reprodução/Cezar Xavier 32 A. Arquivo Pessoal 33. Acervo CGTB 34. Reprodução/Câmara dos Deputados 35. Diário Oficial 36. Arquivo Pessoal 37. Richard Silva 38. Richard Silva 39. Richard Silva 40. Richard Silva 41. Richard Silva

IMAGENS NÃO TEMINOU

1. Adalberto Monteiro 2. Adalberto Monteiro 3. Adalberto Monteiro 4. Adalberto Monteiro 5. Fernando Udo 6. Livia Beatriz 7. Arquivo Pedro Caldas 8. Alcinea Pereira da Silva 9. Reprodução 10. Pedro Caldas 11. Pedro Caldas 12. Pedro Caldas 13. Arquivo Pessoal 14. Comunicação/UNE 15. Reprodução 16. Reprodução

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