APRESENTAÇÃO
Um centenário para se ver, sentir e impulsionar a jornada transformadora
E
ste conjunto iconográfico tem uma história de cem anos de lutas e conquistas. Nestas páginas estão fotos, cartazes, capas de jornais, livros e revistas, pinturas, desenhos, charges, mapas. Retratam, sinteticamente, a trajetória dos comunistas do Brasil entrelaçada com a história brasileira. Em tempos de aviltamento e descrença da política, são imagens que têm uma eloquência especial. Proclamam uma política maiúscula, que há um século impulsiona mulheres e homens em nossa pátria a viver e não raro a morrer por um país liberto, soberano, democrático e socialista. História centenária, completada em 25 de março de 2022, que empolga, mobiliza, energiza. História refletida nesta publicação visual que retrata a presença do Partido Comunista do Brasil-PCdoB na história de nosso país desde o nascedouro do século passado até aos chãos de hoje desse século XXI, nos grandes confrontos que foram determinantes à construção no Brasil, à realidade de seu presente e à projeção de seu futuro. Desde o ano mágico de 1922, muito já se estudou, debateu e publicou sobre o comunismo e o Partido Comunista em nosso país. Nenhuma outra corrente política possui história e acervo tão singular.
procura retratar tanto as vitórias e acertos como as derrotas e erros. E sobretudo sua capacidade derivada de sua teoria, o marxismo, de renovar-se sempre a partir do verde da vida. Por isto, como proclama a presidente Luciana Santos, o Partido é centenário e contemporâneo, longevo e jovem. Como na maior parte de sua história, o Partido defendeu e ajudou construir frentes políticas e sociais, lutando ombro a ombro com forças democráticas, populares e patrióticas e de outras vertentes progressistas, você verá, também, lideranças com as quais os comunistas estabeleceram alianças. As imagens aqui publicadas provêm do CDM e de um sem-número de fontes, desde grandes acervos até álbuns familiares. Sempre que possível estão devidamente identificadas. Eventuais lacunas ou equívocos, informe-nos e desde já nossas desculpas. Os editores agradecem aos que colaboraram no registro e conservação das imagens da história de luta dos comunistas do Brasil. Entre eles, o notável e incansável pesquisador iconográfico Vladimir Sacchetta. Os vinte e um anos de ditadura militar foram tenebrosos também para a documentação iconográfica. Dos guerrilheiros do Araguaia, por exemplo, não se conhece sequer todos os retratos.
Imagens intervém neste debate usando uma linguagem específica. Aqui, o texto é uma guarnição. O prato principal fala direto aos olhos, e deles ao coração. A imagem é a linguagem que esclarece Os remanescentes do regime dos generais insistem em não abrir e ensina, seja ao mais erudito estudioso do tema, seja ao grande todos os seus arquivos. Outra parcela destes já está disponível, porém ainda não passou pela garimpagem capaz de trazer à luz público, dos militantes aos principiantes e apolíticos. os seus segredos e tesouros. Tomemos, por exemplo, o caso do Este é um projeto do Centro de Documentação e Memória (CDM) acervo da Tribuna da Luta Operária. Na madrugada de 22 de abril da Fundação Maurício Grabois, a instituição de estudos e pesqui- de 1984, em plena Campanha das “Diretas Já”, a redação do sesas do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Em seu percurso, manário legal do PCdoB sofreu um incêndio criminoso.
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