10 | Forum Estudante | nov’21 /Cinema
A onda onde navega Squid Game Squid Game é o resultado mais recente de uma estratégia levada a cabo pela Coreia do Sul ao longo das últimas duas décadas. A “onda sul-coreana” ou “Hallyu” procurou afirmar o país como produtor global de cultura pop, através da música, de filmes e de séries. Conhece cinco exemplos de filmes recentes que ajudaram a construir este legado.
No final de 1996, o então presidente sul-coreano Kim Young-sam encontrou especial interesse num dado estatístico – os lucros do filme Jurassic Park tinham superado os do fabricante de automóveis Hyundai. O momento, descrito numa reportagem de 1996 do Los Angeles Times, é apontado como o início de uma estratégia cultural cujo expoente máximo terá acontecido em 2020, quando o filme sul-coreano Parasite, de Bong Joon-ho, foi o primeiro filme falado noutro idioma que não o inglês a vencer o Oscar de “Melhor Filme”. Ao abrigo desta estratégia, durante
as últimas duas décadas, a Coreia do Sul tem apostado na exportação de cultura pop. Os resultados chegaram, desde logo, pela música, com o surgimento de milhões de fãs de K-pop em todo o mundo, por exemplo. Em entrevista ao Diário de Notícias, em julho deste ano, o embaixador sul-coreano em Portugal, Song Oh, explicava que “Portugal não é exceção nesta tendência” que chamou de “onda coreana”, também apelidada de “Hallyu”: “Sempre que visito regiões do país, encontro muita gente que me diz que os filhos são fãs de K-pop”.
Para além do sucesso alcançado através da música – bastará recordar o sucesso global de Gangnam Style, em 2012, ou a popularidade atual dos BTS (Bangtan Boys) – o cinema e a televisão (ou, mais recentemente, as plataformas de streaming) são outro dos pilares desta “onda”. A série Squid Game (recomendada para maiores de 16 anos), por exemplo, já se tornou a série mais vista da história da Netflix. Por outro lado, vários filmes sul-coreanos têm alcançado protagonismo, ao longo dos últimos anos. Conhece, ao lado, alguns exemplos.