CONTO
LUIZ CARLOS AMORIM DIANA Encont rei Diana ainda b eb ê, ca mba le a ndo nos trilhos da estrada de ferro, per to de casa. Pequen i n a , br a nca e aba ndo nad a , t alvez a t ivessem deixado ali para mor rer sob o trem que passaria logo em seg uida. Sem saber exat amente o que fazer, levei-a comigo. M a m ã e t a mb é m go s t ou dela , m a s qu a ndo ve r if icou que t r at ava-se de u ma men i na , mudou de ideia: - Acho bom não f ica r com ela, f ilho. Enquanto for p e que n a , n ã o have rá problemas. Mas é só crescer e teremos toda a cachor rada da vizinhança fazendo algazar ra por aqui. Leve-a de volta ao lugar onde a encontrou. - Mãe, ela não vai crescer. Eu cuido dela – insisti, pois já tin ha ado tado Diana. Já lhe tinha dado até nome... Acabei convencendo mamãe e pude f icar com ela. Passaram-se quat ro me-
ses e Diana não crescera realmente quase nada. Ela deveria ser de alguma raça pequena, eu não sabia qual, mas não tinha impor tância. Ela era lind a . Tr a n sfo r m o u - s e n a mascote da casa. Todos a amavam como se f izesse par te da família. Era tão pequena que f icava sen-
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tada na palma da minha m ã o. E m i n h a m ã o e r a pequena, naqueles bons tempos de menino. Seu pelo branco e macio convidava a lhe fazer um carin ho. Manchando o branco, o preto cobria metade da sua cabeça, tor nando-a ainda mais bonita. Era muito viva e