POESIA
CONCEIÇÃO EVARISTO DA CALMA E DO SILÊNCIO Quando eu morder
a menor sombra,
a palavra,
do ínfimo movimento.
por favor,
Quando meus pés
não me apressem,
abrandarem na marcha,
quero mascar,
por favor,
rasgar entre os dentes,
não me forcem.
a pele, os ossos, o tutano
Caminhar para quê?
do verbo,
Deixem-me quedar,
para assim versejar
deixem-me quieta,
o âmago das coisas.
na aparente inércia.
Quando meu olhar
Nem todo viandante
se perder no nada,
anda estradas,
por favor,
há mundos submersos,
não me despertem,
que só o silêncio
quero reter,
da poesia penetra.
no adentro da íris,
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