O perigo está nas redes
“FIQUEI FASCINADA POR AQUELE UNIVERSO SECRETO. MEU CELULAR ERA TOMADO DAQUELAS COISAS, ERA UMA OBSESSÃO MINHA.”
Beatriz Tsutsumi, Camila Acordi, Maria Vitória Bruzamolin e Sarah Guilhermo
O
s pensamentos em espiral sobre magreza e as calorias ingeridas no dia não são a única coisa que enchem a mente de quem sofre de um transtorno alimentar. Por ser um local de fácil acesso para todos os públicos, as redes sociais possuem grande potencial para criar “gatilhos” a certas doenças, entre elas os transtornos alimentares. No twitter as hashtags #Borboletana, #NF (No food - Sem comida, no português), #ED (eating disorder - em português, transtorno alimentar, ), #TA (transtorno alimentar) são constantemente usadas por internautas, em sua maioria, meninas na adolescência. As tags têm como objetivo se tornar um código “secreto” aos que apoiam corpos extremamente magros. A estudante Anna Ulson descobriu a comunidade de uma forma que considera cômica, como uma piada de mau gosto do universo. “E minha psicóloga me perguntou se eu conhecia a ‘anamia’, e foi assim que eu descobri”, contou rindo. “Fui pesquisar e descobri a comunidade no Tumblr. Eu passava horas vendo fotos de meninas do T.A., lendo depoimentos, salvando dicas para autocontrole, dietas…” Com uma breve pesquisa no Twitter, é fácil identificar um certo padrão entre os usuários das hashtags, que geralmente possuem em sua biografia seu peso
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