JornalCana 338 (Junho 2022)

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AGRÍCOLA

Junho 2022

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Dia do Campo da RIDESA lança 21 novas variedades de cana Evento reuniu pesquisadores em estação experimental da UFPR Pesquisadores de várias regiões do país participaram do “Dia de Campo Ridesa”, promovido pela Universida− de Federal do Paraná (UFPR) no dia 20 de abril, na estação experimental do Setor de Ciências Agrárias, locali− zada no município de Paranavaí – PR. A programação marcou o aniversário de 31 anos da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Sucroe− nergético (Ridesa) – principal núcleo de pesquisa canavieira no âmbito do Governo Federal. No evento foram apresentadas vinte e uma novas variedades de ca− na−de−açúcar, das quais quatro foram desenvolvidas na Universidade Fede− ral do Paraná e liberadas em 2021. Na ocasião, também foi divulgado o livro que celebra e conta a história dos 50 anos de variedades RB, relatando as 114 variedades lançadas pelo Planal− sucar e pela Ridesa, incluindo essas novas variedades, em mais de 32 anos de pesquisa. O professor Ricardo Augusto de Oliveira, do Programa de Melhora− mento Genético da cana−de−açúcar do Departamento de Fitotecnia e Fi− tossanidade da UFPR, ressaltou a im− portância do evento, lembrando que o

tempo médio para a liberação de uma nova variedade é de aproximadamen− te 15 anos, após vários testes. O processo se inicia nas estações, onde são produzidas milhares de se− mentes e enviadas para as universida− des da Ridesa iniciarem as fases de ex− perimentação de campo. Entre as eta− pas realizadas nas universidades estão: germinação das plântulas; seleção de clones de cana−de−açúcar RB; ensaios de competição de clones; avaliação da época de maturação dos clones; e rea− ção às pragas e doenças de clones. “Quando liberamos uma nova va− riedade, ela terá características que são superiores às variedades já comercia− lizadas, já cultivadas. São mais toleran− tes às doenças, possuem maior teor de açúcar e maior produtividade. Essas

variedades também que são mais rús− ticas, ou seja, aguentam um ambiente de cultivo um pouco mais restritivo”, explicou o professor. O melhoramento genético pro− porciona aumento de produtividade, pois viabiliza o cultivo de plantas mais resistentes a pragas e a doenças e adaptadas para as diferentes regiões produtoras. Entre as vantagens das no− vas variedades estão o elevado teor de sacarose, os diferentes ciclos de co− lheita e as adaptações a vários tipos de solos e ambientes. A Ridesa é formada por um con− vênio de cooperação técnica entre dez universidades federais, do qual a UFPR faz parte. A rede desenvolve as cultiva− res denominadas República do Brasil (RB). Desde 1992, o Programa de

Melhoramento Genético da Cana− de−Açúcar, vinculado ao Departa− mento de Fitotecnia e Fitossanidade da universidade paranaense, já desenvol− veu quatorze variedades. As variedades da sigla RB são cultivadas em mais de 65% da área com cana−de−açúcar no país, uma contribuição de cerca de 12,3% na matriz energética do Brasil. A Ridesa é conveniada com 298 usinas no Brasil, o que representa, aproximadamente, 80% das empresas brasileiras produtoras de cana, açúcar, etanol e bioeletricidade. Esse modelo de parceria com usinas e destilarias possibilita que a Rede desenvolva no− vas variedades e as introduza em sis− temas de cultivos no Brasil para ava− liá−las com base em experimentos nas empresas nacionais.


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