O São Paulo - 3450

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Última Ceia – obra do pintor renascentista Leonardo da Vinci (1452-1519) – em que Jesus Cristo instituiu a Eucaristia: ‘Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória’

Pela liturgia, Jesus Cristo continua na sua Igreja a obra da redenção

Há mais de 2 mil anos, a cada vez que um sacerdote celebra a Santa Missa, atualiza-se o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

O Catecismo da Igreja Católica ressalta

que a liturgia é o meio pelo qual o povo de Deus toma parte na “obra de Deus”.

Nesta edição, o jornal O SÃO PAULO apresenta um conteúdo especial sobre a liturgia e aborda detalhes sobre a tradução

brasileira da 3ª edição do Missal Romano, em uma entrevista com Dom Edmar Peron, que presidiu a Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, de 2019 a 2023.

Caderno Especial

Seminário de Filosofia: o discipulado no caminho do sacerdócio

Na série de reportagens sobre as casas de formação do Seminário Arquidiocesano, é retratado o Seminário de Filosofia Santo Cura D’Ars, onde 27 jovens se preparam para o sacerdócio, nesta que é a etapa do discipulado, com o objetivo de que se ca-

racterizem como discípulos de Cristo. Na sexta-feira, 2, o Cardeal Scherer presidiu missa no Seminário e exortou os seminaristas a se manterem firmes nos estudos e em comunhão com a Igreja.

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Editorial

Nas redes sociais, os cristãos devem ser

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Encontro com o Pastor

A celebração da Eucaristia é a ‘epifania da Igreja’

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Espiritualidade

O Sagrado Coração

Liturgia e Vida

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A misericórdia é uma das grandes forças do Nosso Salvador neste mundo Página

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SEMANÁRIO DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO
68 | Edição 3450 | 7 a 13 de junho de 2023 www.osaopaulo.org.br | R$ 3,00 www.arquisp.org.br
Ano
Cardeal Odilo Pedro Scherer, sacerdotes e seminaristas em missa na capela do Seminário de Filosofia Santo Cura D’Ars, na sexta-feira, dia 2
Reprodução da obra de
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Leonardo da Vinci

CARDEAL ODILO PEDRO SCHERER

Asolenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) é a “festa da Eucaristia”, esse dom imenso que Jesus deixou à Igreja antes de morrer. Cada vez que celebra a Eucaristia no rito da Missa, o sacerdote exclama após a consagração do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo: “Eis o mistério da fé!”. E os participantes aclamam: “Anunciamos, Senhor, a tua morte, proclamamos a tua ressurreição, enquanto esperamos tua vinda gloriosa!”

A Eucaristia é um “mistério da fé” muito rico de signi cados. Nas palavras da Oração do Dia da Solenidade, a Eucaristia é “o Sacramento do memorial” da paixão de Cristo, quando Ele “amou os seus até o m” (Jo 13,1), até às últimas consequências, e entregou a si mesmo, seu corpo e sangue e sua morte por amor à humanidade. É sempre um desa o grande para a nossa inteligência a explicação para essa atitude ex-

Eis o mistério da fé

trema de Jesus na sua paixão, que ele aceitou livremente, como um gesto de entrega e de amor “pelos seus que estavam no mundo”, que no início também era chamada “ceia do Senhor” (Jo 13,1). Por isso, a comunidade eucarística exclama e aclama: Mistério da fé! Que sublime, que profundo, que divino mistério da fé!

Os apóstolos entenderam bem o pedido de Jesus: “Fazei isto em memória de mim todas as vezes que o zerdes” (Lc 22,19). A celebração da Eucaristia, que nos primórdios da Igreja também era chamada “ceia do Senhor”, tornava presente o que Jesus fez pela humanidade na sua paixão, morte e ressurreição e, assim, a celebração proporcionava o encontro com o próprio Senhor ressuscitado, que prometeu: “Eu estarei sempre com vocês” (cf. Mt 28,20). Também hoje, celebrando a Eucaristia, a Igreja se reúne com Jesus, como os discípulos naquele tempo, e Dele recebe novamente a palavra da vida e o pão da vida. É sempre Ele o Grande Sacerdote que, pelo celebrante e a comunidade celebrativa, eleva ao Pai a adoração, o louvor, a súplica, a ação de graças. Ele mesmo continua sendo o Pastor, que exorta

e conduz as ovelhas às fontes da salvação e da vida.

A Eucaristia contém todo o bem da Igreja, pois ela é Cristo, com a riqueza da sua Boa Nova, seus dons e sua grande promessa. Por isso, a celebração da Eucaristia é o centro e o ponto mais alto da missão e da vida da Igreja. Dela, a Igreja recebe toda a sua força e vitalidade. Sem a Eucaristia, a Igreja perderia rapidamente a sua referência indissociável a Jesus Cristo e poderia cair na tentação da autorreferencialidade, de se tornar m em si mesma para ser, nalmente, uma organização meramente humana, talvez uma ONG religiosa, mas baseada apenas em si mesma. Na celebração da Eucaristia, a Igreja cresce na consciência de ser, ela mesma, parte desse “mistério da fé”, como a Igreja a rmou: “A Igreja faz a Eucaristia, mas é a Eucaristia que faz a Igreja” (Exortação Apostólica Ecclesia de Eucharistia).

Se alguém quiser saber o que é a Igreja, olhe com fé e procure compreender bem a comunidade eucarística. Na celebração da Eucaristia aparece o que é a Igreja: a comunidade dos discípulos de Jesus, com Ele, presidida por Ele, ouvindo-o, professando a fé, dando graças, glória, louvor e ado-

ração a Deus, pedindo perdão e misericórdia pela humanidade, nutrindo a fé e enviando os discípulos em missão. A celebração da Eucaristia é, por isso, a “epifania da Igreja”.

Mas... que pena! Ainda são tão poucos os católicos que participam da celebração da Eucaristia, sobretudo aos Domingos! Será por desconhecer esse dom maravilhoso? Anunciemos a Boa Nova a eles! Será por nunca terem recebido um convite alegre e convincente? Convidemos, com toda convicção, respeito e amor! Será porque o jeito das nossas celebrações não corresponde à grandeza e beleza do mistério celebrado? Renovemos nossas celebrações a partir de uma verdadeira conversão diante de “tão sublime Sacramento”.

Uma das orientações do nosso sínodo arquidiocesano consiste, justamente, na maior valorização do Domingo, dia do Senhor e dia da Comunidade”, dia da Eucaristia. A tão desejada “comunhão, conversão e renovação missionária” e pastoral passa por uma nova valorização da celebração da Eucaristia dominical e, é claro, pela maior participação do povo nessa celebração, pela qual nos vem a grande Bênção de Deus.

2 | Encontro com o Pastor | 7 a 13 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
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Mantido pela Fundação Metropolitana Paulista • Publicação semanal impressa e online em www.osaopaulo.org.br • Diretor Responsável e Editor: Padre Michelino Roberto
Redator-chefe: Daniel Gomes • Revisão: Padre José Ferreira Filho • Opinião: Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP
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Diagramação: Jovenal Alves Pereira • Impressão: OESP Gráfica • Redação: Rua Manuel de Arzão, 85 - Vila Albertina - 02730-030

Cardeal Scherer participa da Semana Teológica da PUC-Campinas

REDAÇÃO

osaopaulo@uol.com.br

“Papa Francisco: uma análise teológica do ponti cado para os tempos atuais” foi o tema em destaque na Semana Teológica 2023, realizada pela PUC-Campinas entre os dias 29 de maio e 2 de junho, no campus I, na cidade de Campinas (SP).

Ao longo dos cinco dias de evento, foram abordados os principais documentos do ponti cado de Francisco, analisados em suas vertentes cristológica, eclesiológica, ética e ecológica, bem como na perspectiva da misericórdia e da justiça social.

Em entrevista à TV PUC-Campinas, Dom João Inácio Müller, Arcebispo de Campinas e Grão-Chanceler da universidade, lembrou que além desse olhar detalhado aos documentos do atual Pontí ce, a Semana Teológica foi ocasião para reforçar que “precisamos caminhar os caminhos que o Papa sugere, que sempre indicam para Jesus”.

Um dos participantes da Semana Teológica foi o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, que no dia

30 palestrou sobre “A perspectiva eclesiológica na encíclica Fratelli tutti”, documento sobre a fraternidade e a amizade social, publicado pelo Pontí ce em outubro de 2020.

“O trabalho do Papa Francisco está sendo extraordinário neste tempo de grandes rupturas de modelos, padrões. O Papa tem buscado falar justamente para este contexto social, cultura e ecle-

sial, para manter a delidade do Evangelho, da missão e da mensagem da Igreja, que Jesus legou aos apóstolos”, disse Dom Odilo à TV PUC-Campinas (CominformaçõesdaPUC-Campinas)

No domingo, 4, Solenidade da Santíssima Trindade, Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidiu missa na Paróquia Pessoal Alemã São Bonifácio, na Região Sé, no contexto da festa do padroeiro, cuja memória litúrgica é festejada em 5 de junho. Concelebraram o Padre Georg Alfred Pettinger, Pároco; Dom Camilo de Jesus Dantas, OSB, Prior do Mosteiro de São Bento de

NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE ASSISTENTE ECLESIÁSTICO:

Em 23/05/2023, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para o Apostolado da Oração da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Walter Merlugo Júnior, pelo período de (02) dois anos

NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE CAPELÃO:

Em 25/05/2023, foi nomeado e provisionado como Capelão da Capela do Hospital São Camilo, no bairro de Santana,

principal foram as re exões sobre a Carta Pastoral do Arcebispo e as Propostas Sinodais, resultantes do 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo. (Colaborou: Karen Eufrosino)

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI

Na Solenidade de Corpus Christi, na quinta-feira, 8, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidirá missa na Praça da Sé, às 10h, seguida da procissão eucarística pelas ruas do centro da cidade, até o Largo Santa I gênia, com a bênção do Santíssimo. Em todas as paróquias da Arquidiocese também se celebrará esta solenidade neste dia. Pelas redes sociais da Arquidiocese, do jornal O SÃO PAULO e da rádio 9 de Julho serão compartilhadas as imagens dessas celebrações que estejam com a hashtag #CorpusChristiArquiSP

Atos da Cúria

na Região Episcopal Sant’Ana, o Reverendíssimo Padre José Wilson Correia da Silva, MI, até que se mande o contrário

NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE VIGÁRIO PAROQUIAL:

Em 10/05/2023, foi nomeado e provisionado como Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, no bairro do Bom Retiro, na Região Episcopal Sé, o Reverendíssimo Padre Luiz Gonzaga Picolli, SDB, pelo período de (01) um ano

POSSE CANÔNICA:

Em 13/05/2023, foi dada a posse canônica como Vigário Paroquial da Paróquia São Rafael, no bairro da Mooca, na Região Episcopal Belém, ao Reverendíssimo Padre Wagner Maria Domingos Barbosa, CRSP.

Em 21/05/2023, foi dada a posse canônica como Vigário Paroquial da Paróquia Natividade do Senhor, no bairro da Vila Guarani, na Região Episcopal Belém, ao Reverendíssimo Padre Carlos Roberto Froes

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São Paulo; e Dom João Crisóstomo, OSB. (Com informações da Pascom paroquial) O Cardeal Odilo Pedro Scherer esteve na Cúria da Região Episcopal Ipiranga no sábado, 3, para o encontro com as lideranças das organizações do laicato da Arquidiocese (associação de éis, movimentos, novas comunidades e organização de leigos). A pauta
TV PUC Campinas
Diácono Seminarista Alysson de Carvalho e Regy Velasco Pascom paroquial Na Semana Teológica, na PUC-Campinas, Cardeal Odilo Pedro Scherer palestra sobre ‘A perspectiva eclesiológica na encíclica Fratelli tutti’

Podemos ser melhores nas redes sociais Editorial

Às vezes, na intenção de manifestar nosso repúdio a algo que encontramos na internet, corremos para repassar um conteúdo. Talvez sem saber se é verdade, mas, independentemente disso, alimentados por uma ira muito verdadeira. Às vezes de forma contida, mas outras nem tanto, nos engajamos. Reagimos de forma impulsiva a qualquer coisa que nos provoque emoções exacerbadas nas redes sociais, e nos comportamos exatamente como não deveríamos, de forma desumana.

Passamos a ser parte de um movimento friamente calculado: um algoritmo, um dado qualquer que um cientista ou especialista em marketing digital pensou em seu “lab” como parte de uma estratégia de controle de mercado, de manipulação política ou de mero consumo. Reagimos de maneira aparentemente natural a um estímulo arti cial, e de forma bem pouco inteligente. Não paramos para pensar que, talvez, sejamos vítimas de uma armadilha digital.

A Igreja nos convida, nas redes sociais, a ser “re exivos, não reativos”. Essa ideia, entre outras, foi apresentada em 29 de maio, em documento inédito do Dicastério para a Comunicação intitulado “Rumo à presença plena: uma re exão pastoral sobre a participação nas redes sociais”. Foi assinado pelo Prefeito do Dicastério, Paolo Ru ni, e pelo secretário, Monsenhor Lucio A. Ruiz, mas é, na verdade, fruto de uma ampla consulta a especialistas, jovens comunicadores e educadores.

Já não se trata mais de “se”, mas “como” os cristãos e a Igreja devem participar no mundo digital. Por trás das nossas telas de celular e de computadores há sempre outra pessoa, lembra o documento: “A boa comunicação começa pela escuta e a consciência de que outra pessoa está diante de mim.”

Outro como nós, com cabeça, coração e amado por Deus. Ao responder à pergunta sobre como devemos nos relacionar de forma autêntica e profunda nas redes sociais, o documento não apresenta uma série de

O Amor acaba?

EDUARDO RODRIGUES DA CRUZ

Reproduzo aqui o título de uma coluna recente, publicada nas redes sociais, sobre um tema tão fundamental na vida humana. A autora constata que sim, o amor tem acabado e, depois de falar de algumas razões para tanto, sugere algumas pistas para que o amor pelo menos “dure um pouco mais do que um curta-metragem”. Considerando-se o vale-tudo a que assistimos hoje em dia, a matéria é até bem equilibrada, e seu ponto central re ete a herança cristã do Ágape: “O amor precisa de empatia (se colocar no lugar do outro) e generosidade”. Porém, sua conclusão posterior é desanimadora: “Algumas pessoas simplesmente não conseguem manter isso”.

A matéria fala de relacionamentos a dois, como se fosse um m em si próprio. Não há referência à constituição de uma família, nem dos lhos que usualmente venham a enriquecer o relacionamento. Sem esse contexto que fala da realidade da vida e da reprodução propriamente humana, o amor, de fato, tende a se enfraquecer. Mas o ponto que quero ressaltar advém da a rmação de que “algumas pessoas não conseguem manter empatia e generosidade”.

normas nem manual. Apresenta um modelo: o do Bom Samaritano (Lc 10,25-37), da parábola narrada por Jesus quando perguntado: “Quem é o meu próximo?”

Cabe a nós, então, perguntarmos a Ele: “Quem é o meu próximo nas redes sociais?” E a resposta já sabemos. Mas a forma como temos nos comportado nas redes sociais nem sempre é compatível com o Evangelho de Cristo. Assim, é preciso estar mais atentos.

Primeiro, nossos comportamentos individuais, nas redes, podem ser mais orientados à paci cidade e à escuta. É preciso ver no “outro” digital o rosto de Cristo, para que também o meu rosto possa re etir o Dele.

“Deveríamos recordar que tudo o que compartilhamos nas nossas postagens, comentários e likes, com palavras pronunciadas ou escritas, com lmes ou imagens animadas, deveria estar em sintonia com o estilo que aprendemos com Cristo, que transmitiu sua mensagem não apenas mediante discursos, mas com todas as

Opinião

atitudes da sua vida, revelando que a comunicação, no seu nível mais profundo, reside na oferta de si mesmo no amor”, diz o texto.

É preciso aprender mais sobre o funcionamento das redes, para não cair em “ciladas”. Quem as controla? Quais as estratégias usadas? O que eles querem de mim? É preciso evitar o isolamento e a indiferença, indo além dos próprios interesses, superando a lógica das “bolhas”, um círculo de pessoas parecidas que se afastam das diferentes.

É preciso lembrar, ainda, que muitos não estão nas redes. O mundo é maior do que a tela do celular. Para falar das coisas, é preciso conhecê-las. E isso passa pela experiência de vida, pelos livros, pelo diálogo com os pobres e especialmente com os mais velhos. Para conhecer melhor as coisas, é preciso ouvir a Deus, que se comunica conosco de maneira especial no silêncio, na oração, na contemplação e na adoração. Às vezes, para entrar em uma relação mais profunda, é preciso se desconectar.

de o seu início. Primeiro, a família estendida, em seguida os amigos e todo tipo de grupos de apoio que possam surgir. A nal, para que servem os padrinhos em um casamento senão para dar suporte ao casal (curioso que muitos hoje veem o convite apenas como forma de prestigiar os amigos e assegurar melhores presentes...).

Todos devem apostar na manutenção do vínculo que une o casal, corrigindo, exortando e apoiando, sem tomar partidos, como se o casamento fosse uma competição de quem faz o outro mais (ou menos) feliz.

Nisso a matéria diverge bastante da vivência cristã do amor.

A conclusão é desanimadora porque, na verdade, nenhum de nós consegue manter empatia e generosidade o tempo todo, em todas as circunstâncias. A nal de contas, somos seres nitos e pecadores, promovemos simultaneamente a generosidade e o egoísmo. Não é preciso dizer o quanto a dinâmica do perdão é importante no âmbito

familiar, principalmente o perdão sacramental. Essa dinâmica pressupõe uma via de mão dupla, um único membro da família não pode ser o responsável pelo ato de perdoar. E quando uma das partes começa tirar mais proveito do que deveria dentro dessa dinâmica? Essa também é uma preocupação da autora da matéria. O que está totalmente ausente do artigo é a gura de uma comunidade de apoio que acompanhe o casal des-

O amor acaba? Não, não existe para isso. Ao amar “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, o ser humano distancia-se de seus impulsos animais e de seus cálculos utilitários e realiza-se plenamente. Para seres frágeis como nós, isso é quase impossível, por isso o amor é um dom, uma graça que, como na parábola dos talentos, precisa ser multiplicado, gerando um círculo amoroso que se projeta no tempo e no espaço (por exemplo, nos lhos) e acolhe o Cristo que bate à porta.

4 | Ponto de Vista | 7 a 13 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
As opiniões expressas na seção“Opinião”são de responsabilidade do autor e não re etem,necessariamente,osposicionamentoseditoraisdojornal O SÃO PAULO
Arte: Sergio Ricciuto Conte Eduardo R. Cruz éprofessortitulardo DepartamentodeCiênciadaReligiãodaPUC-SP, tendograusavançadosemFísicaeTeologia; publicou extensamente sobre o relacionamento entre ciências naturais e fé cristã.

CRISLEINE YAMAJI

Os fãs de Isaac Asimov e de literatura de cção cientí ca nunca pensariam que o uso de robôs ou outros sistemas de inteligência arti cial se tornaria tão real. Robôs conversacionais (chatbot) são cada vez mais comuns no atendimento ao cliente. Começam a ser adquiridos e treinados os robôs-cachorros (robot dog). A aplicação da inteligência arti cial passa a ser fundamental na cadeia produtiva, na personalização da experiência humana com produtos e serviços, na prevenção a fraudes e na análise de padrões, comportamentos e dados para a elaboração de previsões mais acuradas e para a tomada de decisões mais precisas.

Ao mesmo tempo, nota-se uma preocupação focada na excessiva independência das máquinas, uma exagerada preocupação com a revolta dos robôs, como se a existência da máquina inteligente, por si só, pudesse nos levar à

Comportamento

extinção das espécies. Nessa discussão sobre a inteligência arti cial, deve-se considerar um equilíbrio adequado de riscos e oportunidades e não exagerar nas previsões apocalípticas. A inteligência arti cial veio para car.

Estão em pauta no cenário internacional debates para uma adequada ponderação do que é aceitável ou não para o uso da inteligência arti cial, questões éticas pautadas na conformação de vieses dos sistemas treinados e usados por pessoas, com a preocupação da ausência de transparência e explicabilidade plena quanto à caixa-preta de seu desenvolvimento e de seu funcionamento. Foca-se também a alimentação, qualidade e uso dos dados coletados.

Nesses debates que levam a uma corrida de protagonistas ao redor do mundo, por pesquisa, desenvolvimento e regulação, é comum notar uma tentativa de conceituação dessa inteligência arti cial, em relação à qual se possam estabelecer

os parâmetros jurídicos aplicáveis, denir fundamentos, garantir o cumprimento de valores e princípios éticos comuns, prescrever direitos e deveres e ponderar graus de riscos, entre vedados e permitidos com rígida governança ou permitidos, desde que previamente informados, e sua consequente responsabilidade nas esferas penal, administrativa e criminal.

Essa conceituação da inteligência arti cial, vale notar, não se reduz ao chat GPT, mas inclui um conjunto amplo e variado de sistemas de so wares e hardwares, com diversos graus de autonomia, focado em aprendizado, planejamento, processamento dos dados e atuação perceptiva e sensorial da máquina.

Entre as preocupações éticas com o uso da inteligência arti cial, nota-se que muitos problemas surgidos são humanos, demasiadamente humanos, re etidos no conhecimento e na atuação autônoma das máquinas.

Carregam preconceitos e vieses in-

Espiritualidade

Coração de Jesus, fonte de misericórdia

ADEMIR MEZZARI, RCJ BISPO AUXILIAR DA ARQUIDIOCESE NA REGIÃO IPIRANGA

Omês de junho é dedicado à devoção ao Coração Divino de Jesus e celebramos também a sua solenidade. Esta festa do Sacratíssimo Coração recorda-nos sobretudo do momento em que este Coração foi traspassado pela lança e de seu lado aberto brotaram sangue e água, sinais do Batismo e da Eucaristia, salvação para a humanidade. Faz parte de nossa cultura referir-se ao coração como espaço dos sentimentos, da compaixão e misericórdia, do amor.

Não há dúvida de que o coração é símbolo do amor: amor de Deus, de Jesus Cristo, do Espírito Santo, entre nós, da Igreja, e do nosso amor também à Trindade Santa. Não podemos esquecer aquele gesto tão belo e profundo de São João que teve a graça de se reclinar no peito de Jesus, e ouvir o pulsar de Seu coração, que tanto amou a humanidade, a ponto de dar Sua vida pela nossa salvação. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus revela, portanto, o in nito amor de Deus por cada um de nós, seus lhos. Logo, é um chamado para que aprendamos a amar como Ele nos amou, e continua nos amando. Deus é amor e quem ama permanece em Deus. Mas não é apenas um dia, a festa litúrgica, mas todos os dias nos remetem a esta devoção tão cara à vida e missão da Igreja. E temos a devota prática de recitar ou cantar a Ladainha do Sacratíssimo Coração de Jesus. Rezamos com muita fé: “Coração de Jesus formado pelo Espírito

Santo no seio da Virgem Maria, tende piedade de nós”. Esta invocação ao Coração de Jesus se refere diretamente ao mistério que meditamos recitando o “Angelus Domini” - “o Anjo do Senhor anunciou a Maria”. De fato, foi por obra do Espírito Santo que foi formada no seio da Virgem de Nazaré a humanidade de Cristo, Filho do Eterno Pai. Neste mês de junho, vamos rezar com fé a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus. É uma maravilhosa oração, centralizada no mistério interior de Cristo: Deus-Homem. A ladainha do Coração de Jesus atinge abundantemente as fontes bíblicas e, ao mesmo tempo, re ete as mais profundas experiências dos corações humanos. É também prece de devoção e de autêntico diálogo. Nela, falamos do coração e, ao mesmo tempo, permitimos aos corações falarem com este único Coração, que é fonte de vida e de santidade e “desejo das colinas eternas”.

O Coração de Jesus é paciente e de

Você Pergunta

PADRE CIDO PEREIRA osaopaulo@uol.com.br

A pergunta em questão me foi feita pelo Reginaldo Ferraz. Primeiro, que história é esta? É claro que ninguém é obrigado a rezar o Rosário. Há muitas outras formas de orar e cada um é livre para escolher a que melhor se adapte ao seu jeito de ser. O importante é orar. As devoções, as novenas, as preces que a Igreja nos propõe são instrumentos que

nos ajudam a orar e orar sempre como Jesus nos ensinou. Mas não acreditar na Con ssão é falta de fé na Palavra de Jesus. Aí a coisa é mais grave. Não acreditar na Conssão é desmentir o próprio Cristo que instituiu esse sacramento. Lembre-se do Ressuscitado aparecendo aos apóstolos e dizendo-lhes: “A paz esteja convosco. Recebam o Espírito Santo. A quem vocês perdoarem os pecados, estes lhes serão perdoados. A quem vocês reti-

verem os pecados, eles serão retidos.” Reginaldo, pense comigo: cada sacramento foi instituído por Jesus para signi car um gesto salvador seu continuado na história. O Cristo nos faz lhos de Deus no Batismo. O Cristo nos unge para a missão na Crisma. Ele nos alimenta na Eucaristia. Ele nos perdoa na Penitência ou Con ssão. Ele nos cura no Matrimônio. Ele unge seus ministros na Ordem. Ele abençoa o amor humano na Con ssão.

conscientes de pessoas humanas que desenvolvem, fornecem e operam a inteligência arti cial, escolhendo, inclusive, o modo de selecionar e aplicar sua rica base de dados. Trazem aspectos discriminatórios de nidos pelo ser humano que afrontam, muitas vezes, a lógica comum de igualdade, liberdade e dignidade humana, entre outros, estabelecendo uma seleção social inadequada, ilegítima e injusta de quem pode ou não se servir de determinados serviços, frequentar determinados locais ou praticar determinadas condutas. Estamos a ver que todas as questões éticas que surgem, portanto, não são próprias da inteligência arti cial, mas do ser humano que dela se aproveita. Não resolve, portanto, demonizar a inteligência articial ou construir, a partir dela, os cenários apocalípticos. O pecado continuará a ser humano, demasiadamente humano.

CrisleineYamajiéadvogada,doutora emDireitoCivileprofessoradeDireitoPrivado. E-mail:direitosedeveresosaopaulo@gmail.com

grande misericórdia, generoso para com todos os que o invocam. Esta oração, a Ladainha, recitada e meditada, torna-se uma verdadeira escola de vida interior. Ao recitarmos a ladainha e venerando o Coração Divino, compreendemos o mistério da Redenção em toda a sua divina e também humana profundidade. Ao mesmo tempo, tornamo-nos sensíveis à necessidade de reparação. Cristo nos abre o seu Coração para que na sua reparação nos unamos com Ele para a salvação do mundo. Estamos no Ano Vocacional, que tem um lema tão belo: ”Corações ardentes, pés a caminho”. Do Coração de Cristo brota uma Palavra que faz arder nosso coração. Vamos rezar com fé ao Coração Dulcíssimo de Jesus, pedindo boas, santas e muitas vocações para a Igreja a serviço do Reino de Deus: “A colheita é grande, os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!” (Mt 9, 37-38).

Por que não acreditar na Con ssão se o perdão recebido nesse sacramento é garantido pelo próprio Jesus? Pensemos na sabedoria desse sacramento. Quando nós confessamos os pecados, fazemos a experiência de nosso pecado e, ao mesmo tempo, a experiência da misericórdia de Deus. Ele gosta de perdoar e perdoa sempre que confessamos nossos pecados. Que possamos entender as maravilhas deste sacramento que nos reconcilia com Deus e com os irmãos.

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DOM ÂNGELO
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No Seminário de Filosofia, seminaristas vivenciam o discipulado com Cristo

O

PAULO DÁ

SÉRIE

DANIEL GOMES osaopaulo@uol.com.br

“Eis-me aqui! Eis-me aqui! Senhor, eis que venho. Eis-me aqui! Eis-me aqui! Faça-se em mim a tua vontade”. Passavam das 18h da sexta-feira, 2, quando este canto ecoou pela capela do Seminário de Filosoa Santo Cura D’Ars, dando início à missa que sempre acontece durante a semana nesse horário.

Participar da Eucaristia era um dos últimos compromissos daquele dia para os 27 rapazes que vivem nesta casa de formação no bairro da Freguesia do Ó. Antes, já haviam rezado às 6h e às 15h, tido aulas, pela manhã, na faculdade de Filoso a do Centro Universitário Assunção (Unifai), na Vila Mariana, e participado de atividades e momentos formativos próprios para esta fase de preparação ao sacerdócio.

“O Seminário de Filoso a Santo Cura D’Ars situa-se na etapa do discipulado, que tem como base que os seminaristas se caracterizem como discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo, Dele aprendendo e com Ele se formando, para que possam, após um período de três anos, juntamente com o curso de Filoso a que fazem, passar para a etapa da con guração, na Teologia”, explica ao O SÃO PAULO o Padre Frank Antônio de Almeida, Reitor desde 2016, e que anteriormente esteve à frente do Seminário Propedêutico, etapa anterior à do discipulado.

VIDA COMUNITÁRIA

O Seminário de Filoso a tem estrutura para acolher cerca de 45 seminaristas, em um ambiente com quartos individuais, academia, salas de aula, de recepção e de jantar, biblioteca multimídia, cozinha, lavanderia e a capela, onde há as imagens de Nossa Senhora Aparecida, de São José e do Santo Cura D’Ars, e uma relíquia do padroeiro.

Dos 27 seminaristas, 11 estão cursando o 3o ano de Filoso a, nove o 2o ano, e sete o 1o ano. A idade média é próxima dos 25 anos.

A rotina dos seminaristas iniciada às 6h se encerra às 22h, e além do estudo e momentos de oração, envolve tarefas como limpar os ambientes da casa, lavar a louça do jantar, preparar o café da manhã e cuidar da Liturgia (veja detalhes ao lado).

EXPERIÊNCIA PASTORAL

Da tarde do sábado à noite do domingo, os seminaristas fazem vivência pastoral em paróquias da Arquidiocese. “Isso lhes dá a possibilidade de ver como é lidar com

o ser humano e caminhar com as pessoas para Cristo”, ressalta Padre Frank.

Desde janeiro deste ano, o Sacerdote é Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus, vizinha ao Seminário de Filoso a, e tem buscado envolver os seminaristas nas atividades paroquiais.

“Muitas pessoas até desconheciam que aqui existe um seminário, e agora vendo os seminaristas nas celebrações e atividades da Paróquia, se animam mais com a vida da igreja”, assegura Padre Frank, recordando que em março os seminaristas realizaram 15 dias de missão pelo bairro.

INSPIRAR-SE NOS HOMENS E MULHERES

Por m, o Cardeal recordou aos seminaristas que o ministério sacerdotal não é um projeto individual e que deve ser vivido em comunhão com toda a Igreja.

PREPARAÇÃO E AMADURECIMENTO PESSOAL

Os seminaristas Gil Pierre Herck, 28, Gabriel dos Santos Lima, 23, e Eliel Martins, 23, conversaram com a reportagem sobre essa etapa de preparação para o sacerdócio.

DE FÉ

Assim como faz com as outras casas de formação do Seminário Arquidiocesano Imaculada Conceição, o Cardeal Odilo Pedro Scherer mantém contato com o Reitor para saber sobre o processo formativo e, sempre que possível, visita o Seminário de Filoso a para celebrar a Eucaristia e conversar com os seminaristas, como fez naquele dia 2.

Na homilia da missa, Dom Odilo exortou que os seminaristas não se preocupem apenas em conhecer os grandes lósofos da humanidade, mas que também aprofundem conhecimentos sobre os santos, mártires e os cristãos que evangelizaram a partir do testemunho de vida. Também recomendou que busquem saber da história da Arquidiocese, de seus arcebispos e dos santos e bem-aventurados que viveram na cidade, como São José de Anchieta, Santa Paulina, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, Beata Assunta Marchetti e o Beato Mariano de La Mata Aparício.

Dom Odilo também lembrou que todos os dias o cristão deve produzir os frutos da fé, sinais da graça e do amor que recebeu de Deus. “Que não sejamos agueira estéril”, disse, em alusão ao Evangelho proclamado na missa (Mc 11,11-26), que teve entre os concelebrantes os Padres Frank e João Inácio Mildner, e o Cônego José Adriano, Diretor Espiritual do Seminário de Filoso a.

Herck, graduado em Direito, está no 3o ano da Filoso a. Ele destaca que a dinâmica de estudos e atividades do Seminário são fundamentais para a superação das incertezas sobre a vocação. “Uma das coisas que o seminário faz é moldar o seminarista para que aceite entregar a sua liberdade para Deus e para a Igreja. O padre faz um contínuo exercício de submissão da própria vontade. Aqui amadurecemos a ideia de que essa nossa entrega é para algo maior, para salvar as almas”, comentou o vocacionado da Paróquia Nossa Senhora do Brasil, na Região Sé, e que realiza pastoral na Paróquia Cristo Rei, na Região Brasilândia.

“Sempre é preciso manter a certeza de que é Deus que nos quer aqui. Ele nos chamou e nos ajudará nas di culdades”, a rma Lima, que está no 2o ano de Filoso a. Vocacionado da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Região Brasilândia, ele realiza pastoral na Paróquia São Patrício, na Região Lapa, atividade que avalia como indispensável para o amadurecimento da vocação. “É algo que já nos permite ver como é essa dinâmica de cuidar de almas, já que acabamos pastoreando um pequeno rebanho, pois os padres nos colocam para ajudar na formação dos Coroinhas e na Catequese, por exemplo”, relata.

Para Martins, que já serviu a Aeronáutica Brasileira e está no 1o ano de Filoso a, um dos grandes aprendizados da etapa do discipulado é entender que o padre deverá sempre estar disponível ao próximo, algo que ele já tem percebido como seminarista.

“As pessoas esperam muito da gente, já nos olham e dizem ‘ele é um seminarista, ele tem como nos ajudar na fé’, mas, na verdade, aprendemos bem mais com elas”, comenta Martins, que antes de ingressar no Seminário foi orientado pela Pastoral Vocacional da Região Santana e atualmente realiza pastoral na Paróquia São Geraldo, na Região Sé.

O DIA A DIA DO SEMINÁRIO

6h – Todos participam da oração das Laudes

6h30 – Café da manhã

8h às 12h – Seminaristas cursam a faculdade de Filosofia no Unifai

13h – Almoço no seminário

15h – Todos participam da oração da Hora Média

15h15 às 18h – Faxina do seminário (segunda-feira), formação com o reitor (terça-feira), recesso (quarta-feira), adoração eucarística e direção espiritual individual (quinta-feira) e estudo pessoal (sexta-feira)

18h – Missa, seguida de jantar

À noite: esporte coletivo (segunda-feira), estudo pessoal (terça, quarta e quinta-feira), estudo pessoal/noite cultural (sexta-feira)

* Uma vez por mês, ocorre uma tarde de Espiritualidade, na sexta-feira

** Divididos em equipes de trabalho, os seminaristas também devem: lavar a louça do jantar, arrumar o café da manhã, limpar o seminário, ir ao supermercado e organizar a Liturgia.

VOCÊ PENSA EM SER PADRE?

Converse com o padre de sua paróquia Informe-se no Centro Vocacional Arquidiocesano: (11) 32372523 ou cvasp@uol.com.br.

www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br | 7 a 13 de junho de 2023 | Reportagem | 7
SÃO
SEQUÊNCIA À
DE REPORTAGENS SOBRE AS CASAS DE FORMAÇÃO DA ARQUIDIOCESE, POR OCASIÃO DO 3o ANO VOCACIONAL DO BRASIL
Luciney Martins/O SÃO PAULO Cardeal Scherer preside missa na capela do Seminário de Filosofia Santo Cura D’Ars, concelebrada por padres formadores, na sexta-feira, 2

Missão Belém: sempre a postos para resgatar a dignidade dos irmãos em situação de rua

TODOS OS DIAS, CERCA DE 50 PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA PROCURAM A UNIDADE NA PRAÇA DA SÉ EM BUSCA DE ALIMENTO, ACOLHIDA E ROUPAS; MENSALMENTE, MAIS DE 1,5 MIL IRMÃOS RECEBEM ATENDIMENTO ROSEANE

Antonildo da Silva, 54, deixou a Bahia em busca de melhores condições de vida, e desde 2008, após car desempregado, passou a viver nas ruas. Recentemente, foi acolhido pelos missionários da Missão Belém.

“Que lugar abençoado. Aqui tenho um colchão, roupa limpa, banho e o melhor: amigos e a Palavra de Deus”, disse emocionado, sentado em sua cama. “Sinto que Deus mandou anjos para me resgatar do frio e da miséria”, contou.

Antonildo é uma das 2,2 mil pessoas acolhidas pela Missão Belém em suas 180 casas, nas quais os atendimentos acontecem todos os dias de forma gratuita e voluntária. Diariamente, no Edifício Na-

www.osaopaulo.org.br

Diariamente, no site do jornal O SÃO PAULO, você pode acessar notícias sobre a Igreja e a sociedade em São Paulo, no Brasil e no mundo. A seguir, algumas notícias e artigos publicados recentemente.

JMJ Lisboa: divulgado o programa da viagem apostólica do Papa a Portugal https://curtlink.com/aLDqUZT

Regionais da CNBB elegem suas presidências para o quadriênio de 2023 a 2027 https://curtlink.com/rCtbsX1

Francisco: a comunhão de amor une o Pai, o Filho e Espírito Santo https://curtlink.com/gF6otfy

Papa a empresários da América Latina: atuem juntos, sem passar por cima de ninguém https://curtlink.com/zCUkpxe

Conheça a Igreja Católica: Corpus Christi, presença real de Cristo na Eucaristia https://curtlink.com/jCV1hew

zaré, na Praça da Sé, cerca de 50 pessoas vindas da rua são acolhidas. Os voluntários desenvolvem com elas um trabalho de restauração e resgate da dignidade de suas vidas. Nesse processo, a metodologia não utiliza medicamento algum para a superação dos vícios, somente a evangelização por meio da Palavra de Deus.

ESTENDER A MÃO

O primeiro contato com a associação acontece no Projeto Vida Nova, localizado na Praça da Sé, que foi inaugurado em 2018, como gesto concreto da Arquidiocese de São Paulo no Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Nesse local, as pessoas que desejam deixar as ruas ou a dependência química recebem a primeira acolhida até serem encaminhadas para uma das casas da entidade.

Diariamente, os irmãos em situação de rua vão até a sede espontaneamente, em busca de banho, comida, roupas limpas, atendimento médico e um espaço para sair das ruas e, em muitos casos, a libertação dos vícios.

Outros aceitam o convite dos missionários da Missão Belém que percorrem as ruas da capital estendendo a mão e possibilitando um caminho de libertação. Em 18 anos de atuação, a Missão Belém já atendeu mais de 150 mil pessoas em situação de rua.

COMO JESUS, AMAR E ACOLHER

“Inicialmente, as pessoas que chegam

são recebidas como ‘hóspedes’ nas residências localizadas no prédio do Projeto Vida Nova, na Praça da Sé e ali cam por um período de um mês. Em seguida, são encaminhadas para as outras casas de atuação da missão”, destacou Luciano Santana, responsável pela captação de recursos para a manutenção do projeto que, mensalmente, acolhe em média, 1,5 mil pessoas.

Santana ressaltou que no espaço são oferecidos os cuidados básicos, como higiene, roupa limpa, alimentação, descanso e acompanhamento de saúde, serviços prestados por pro ssionais voluntários e, também, por meio do encaminhamento ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Após o cadastro, o atendido é encaminhado para o banho, e recebe um kit de higiene e roupas limpas. Em seguida, se alimenta e participa dos momentos de convivência e oração da comunidade.

“Nesse primeiro momento, além da atenção às necessidades básicas, o objetivo é que recuperem as forças e sejam introduzidas na espiritualidade da Missão Belém”, salientou Santana, recordando que o método “acolhida e espiritualidade” são os motivadores da recuperação de 60% dos atendidos pela entidade.

Joaquim Rocha dos Santos, 28, aos 12 anos provou as drogas e passou a viver nas ruas. No início deste ano, com fome e sede, ingressou no espaço da Missão Belém, na Praça da Sé.

“Vim porque sabia que eles davam co-

mida. Mas, o serviço prestado foi muito além. Eles me acolheram com um abraço, um sorriso – mesmo sujo e cheirando mal – e me senti gente de novo”, disse, com lágrimas nos olhos.

Os acolhidos podem, também, se voluntariar a colaborar na Missão e manutenção da casa: ajudando a acolher e cuidar dos novos irmãos que chegam, e, também, nas responsabilidades de organização e manutenção do espaço.

Atualmente, Santos é um dos membros da Pastoral da Rua, que, diariamente, percorre a capital em busca de resgatar outras pessoas das ruas e das drogas. “Já estive na rua e sei como é difícil dormir no chão e embaixo de uma marquise. Na pastoral, busco conscientizar os irmãos a largar o vício e a sair das ruas”, disse.

“Nas casas de acolhimento, há uma rotina de espiritualidade com momentos de oração do Terço e de meditação da Palavra, com o intuito de, a partir do exemplo de Jesus que ama e acolhe, encontrar um novo sentido para a vida”, explica Santana.

A Missão Belém foi fundada pelo Padre Gianpietro Carraro e a Irmã Cacilda da Silva Leste, com o objetivo de atuar no resgate de pessoas em situação de rua e em drogadição. O fundador, em entrevista ao O SÃO PAULO, enfatizou que a Associação é um gesto concreto para amenizar um pouco o sofrimento de centenas de pessoas, ancorado no Evangelho e nos ensinamentos de Jesus: amar e acolher o irmão. “Com a obra, queremos transmitir o amor de Deus e resgatar o sentido da vida dessas pessoas. E, claro, para quem nada possui, esse amor também é comida, roupa, cuidados médicos etc.”.

ATENÇÃO ÀS REALIDADES

Com a chegada do inverno e das noites frias, a Missão intensi ca suas ações para aquecer quem vive nas ruas. A Pastoral de Rua vai ao encontro de quem está à margem com cobertores, uma sopa ou chá quente para aquecer e minimizar o frio nas madrugadas com baixas temperaturas. Recentemente, começou a construção da sede do Projeto Nova Guadalupe, no bairro do Belenzinho, na zona Leste de São Paulo, espaço para acolher os doentes mais graves entre as pessoas em situação de rua acolhidas pela comunidade.

A Missão Belém está estruturando um projeto e idealizando um espaço para um trabalho de acolhida das crianças de mulheres em situação de rua. “No entorno da Praça da Sé, muitas crianças passam o dia e a noite na rua; queremos abraçar e acolher esses pequeninos com atividades educativas, uma forma de projetar um futuro melhor a elas”, disse Santana.

CONHEÇA A MISSÃO

BELÉM E COLABORE:

Endereço: Praça da Sé, 47 –Centro, São Paulo

Site para doações: https://www.missaobelem.org

8 | Reportagem | 7 a 13 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
ESPECIAL PARA O SÃO
WELTER
PAULO
Luciney Martins/O SÃO PAULO

Governo italiano homenageia sacerdotes por trabalho com os mais pobres e migrantes em São Paulo

Na sexta-feira, 2, data em que se comemorou a Festa da República Italiana, os Padres Gianpietro Carraro, fundador da Missão Belém, e Paolo Parise, coordenador da Missão Paz, foram homenageados com o título de Cavaliere dell’Ordine della Stella d’Italia (Cavaleiro da Ordem da Estrela da Itália). O evento foi promovido pelo Consulado Geral da Itália em São Paulo, na Casa das Caldeiras, no bairro da Água Branca.

Os dois sacerdotes italianos, missionários na Arquidiocese de São Paulo, receberam a honraria concedida pelo presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, àqueles que, no exterior, adquiriram méritos particulares na promoção de relacionamentos de amizade e colaboração entre a Itália e o país em que operam e na promoção dos laços deste último com a Itália.

O título foi entregue pelo Cônsul Geral da Itália em São Paulo, Domenico Fornara, que agradeceu aos clérigos o serviço realizado, em nome da Igreja, em favor dos mais necessitados.

Na mesma ocasião, Rita Blasioli Costa, ex-conselheira dos italianos no exterior, recebeu o título de comendadora da Ordem da Estrela da Itália.

PADRE GIANPIETRO

Natural de Sandon di Fosso, perto de Veneza, no norte da Itália, Padre Giampietro nasceu em 1962. Desde a infân-

cia, respirou um profundo clima de fé. Ingressou no seminário aos 10 anos e foi ordenado aos 24.

Viveu os primeiros anos de sacerdócio em seu país, engajando-se na animação missionária. Em 1994, veio em missão para o Brasil, deparando-se com a miséria das favelas, cortiços, e pessoas em situação de rua. Em 2005, com a Irmã Cacilda da Silva Leste, fundou a Missão Belém em um pequeno barraco de madeira, na comunidade Nelson Cruz, no Belenzinho, em São Paulo.

Em 17 anos, cerca de 100 mil pessoas foram acolhidas e grande parte se deve aos próprios ex-irmãos de rua restaurados e que se tornaram missionários. Hoje, a Missão abriga 2,2 mil pessoas acolhidas em 180 casas, tudo isso feito de forma gratuita e voluntária.

“É profundamente emocionante a sua proximidade para com os doentes terminais, os últimos dos últimos, a quem oferecem apoio e cuidados médicos. A Missão Belém, reconhecida pelas maiores instituições civis e religiosas, con rma o seu profundo apreço pelos valores da

solidariedade, que sempre caracterizou a imigração italiana nesta cidade”, a rmou o cônsul-geral ao saudar o Padre Gianpietro.

Ao fazer seu agradecimento, Padre Gianpietro a rmou que essa homenagem era, na verdade, um reconhecimento do trabalho de todos os membros da Missão Belém. “São tantos voluntários, benfeitores e membros que deram suas vidas como consagrados a essa obra. Obrigado a todos os que nos ajudam nesta missão”, completou.

PADRE PAOLO PARISE

Natural de Marostica, no Norte da Itália, Padre Paolo tem 56 anos e é sacerdote há 28. Missionário de São Carlos Borromeu (Scalabrinianos), vive no Brasil desde 2010 e é um dos coordenadores da Missão Paz, serviço voltado ao atendimento de migrantes e refugiados. É também Vigário

Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Paz e Pároco da Paróquia Pessoal Italiana São Francisco de Assis e Santa Catarina de Sena, com sede no mesmo local.

Em mais de 90 anos de história, a Missão Paz atuou em favor de migrantes

de diferentes partes do mundo. Atualmente, atende por ano pessoas de mais de 70 nacionalidades. Sua estrutura atual é formada por cinco grandes eixos: a Casa do Migrante, o Centro Pastoral e de Mediação dos Migrantes (CPMM), o Centro de Estudos Migratórios (CEM), os Eixos Transversais e a Igreja Nossa Senhora da Paz.

“Há muitos anos, ele [Padre Paolo] é interlocutor altamente considerado pelas instituições municipais, estaduais e federais, que já solicitaram sua colaboração no processo legislativo da Lei de Imigração votada em 2017 pelo Congresso Nacional”, enfatizou o cônsul-geral.

Ao agradecer a homenagem, Padre Paolo se de niu como uma “peça de um mosaico” que compõe uma obra constituída de milhares de outros pedaços. Usando uma analogia da cultura italiana, o missionário comparou a Missão Paz a uma “Ferrari” que corria com 20% da sua capacidade e que, aos poucos, conseguiu alcançar maior velocidade. “Em 10 anos, atendemos 115 mil migrantes refugiados, de 132 nacionalidades”, relatou.

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ESPECIAL PARA O SÃO
PADRE GIANPIETRO CARRARO E PADRE PAOLO PARISE RECEBEM TÍTULO HONORÍFICO CONCEDIDO PELO PRESIDENTE DA ITÁLIA FERNANDO GERONAZZO
PAULO
Audiovisual Missão Belém

Paróquia São Vito Mártir passa por revitalização predial e de vida pastoral

COM APOIO DE FIÉIS

DA PARÓQUIA NOSSA

SENHORA DO BRASIL, BENFEITORES LOCAIS E DE OUTRAS REGIÕES, REFORMAS ESTÃO

SENDO FEITAS DESDE 2022

Há quase um ano, a Paróquia São Vito Mártir, no Brás, está passando por reforma. São reparos que vão desde intervenções na nave do templo até adequações para a segurança e melhorias, sobretudo nos seis andares do prédio que compreende as instalações da Paróquia, fundada em 24 de março de 1940.

“A reforma faz parte de um projeto de revitalização dessa Paróquia que é histórica e foi iniciada pelos imigrantes italianos do nal do século XIX, início do século XX, que vieram trabalhar nas indústrias Matarazzo”, contou ao O SÃO PAULO Padre Michelino Roberto, Administrador Paroquial.

A maioria desses imigrantes era da cidade de Polignano a Mare, região sul da Itália. “Devotos de São Vito Mártir, eles construíram uma antiga capela na região, que depois foi demolida e deu lugar à construção do atual edifício, cujo destino era o culto católico, centrado na gura de São Vito”, detalhou o Sacerdote.

OBRAS DE MISERICÓRDIA

Em abril deste ano, a Paróquia iniciou um projeto de contraturno escolar voltado a crianças e jovens. A iniciativa é administrada pelo Instituto Virtus, que é um braço das obras de misericórdia do CorUnum, associação da Paróquia Nossa Senhora do Brasil, Setor Jardins, igreja-irmã da São Vito Mártir.

Realizado de segunda à sexta-feira, das 7h15 às 12h15, o projeto acontece no primeiro andar do prédio, que foi todo reformado e conta agora com uma sala de aula, biblioteca e espaço multiuso, em que são feitas as refeições.

No contraturno, além do reforço escolar de linguagem, matemática, ciências e artes, as 20 crianças, com idades de 7 a 11 anos, também têm aulas de Catequese.

Para chegar a essas crianças, o Instituto Virtus, juntamente com a Paróquia, fez uma parceria com a Escola Estadual Romão Puiggari, próxima à igreja.

“A escola nos abriu as portas. Em março, visitamos todas as turmas do 2º ao 5º ano do ensino fundamental, falando sobre o projeto e orientando como participar. Foi assim que os pais dessas crianças chegaram até nós”, explica Izadora Daniel, 33, coordenadora do contraturno.

EDUCAÇÃO E FÉ

Além das atividades em sala de aula, as crianças desfrutam da biblioteca, tendo acesso a livros e a jogos educativos, e participam de teatro, caratê, atividades de psicomotricidade (com vistas à coordenação motora) e cantiga popular.

Embora as aulas da turma de Catequese aconteçam apenas às sextas-feiras, o itinerário catequético é permanente: “Começamos o dia na Paróquia com oração de oferecimento, agradecimento e petição, antes do café da manhã. Depois, temos um encontro em que conversamos sobre as virtudes. A cada semana, trabalhamos uma, que é escolhida em conjunto”, detalha Izadora.

“Fazemos outro momento de oração após o almoço, pouco antes da saída. Na verdade, todo nosso ensino é catequético. Ensinar o autocontrole e as virtudes no dia a dia, tudo isso é ensinar a orar, a conhecer a Deus”, acrescenta.

Ainda faz parte do projeto a realização mensal de formações com os educadores e com os pais. “Preparamos para os pais palestras sobre desenvolvimento infantil, incluindo hábitos de higiene e nutrição, e desenvolvimento do caráter por meio das virtudes”, explica.

Conforme disseram membros do conselho do CorUnum, a iniciativa educa pelos caminhos da verdade, da beleza e da bondade, despertando a dignidade em cada pessoa, e difunde uma cultura de virtudes e formação intelectual sólida para que os alunos adquiram autonomia e as habilidades necessárias para o seu desenvolvimento pessoal e pro ssional.

REVITALIZAÇÃO PASTORAL

A Paróquia São Vito Mártir está ainda comprometida em reconstruir as relações humanas da comunidade.

“Ao longo dos anos, houve a deteriorização da região e do entorno da Paróquia, sendo que muitos éis se mudaram do bairro e, mais recentemente, a pandemia agravou a questão da participação das pessoas”, comenta o Padre José Ferreira Filho, Vigário Paroquial.

Padre José reforça que, com os ambientes reformados, a Paróquia pode oferecer formações e cursos para reconstruir seu agir pastoral: “Estamos reformulando a própria Catequese e o curso de Crisma. Começamos a Escola da Fé e estamos reorganizando o grupo de coroinhas e cerimoniários”.

Atualmente, a Paróquia assiste mensalmente 92 famílias com cestas básicas, e, também, se preocupa em acolher a comunidade estrangeira. “Ainda existe uma presença italiana muito forte e que move a questão da fé, mas também temos a participação de novos imigrantes de outros povos, como os latino-americanos e africanos. Alguns já frequentam a Paróquia, mas há muitos outros que ainda não e precisam ser atraídos”, comenta o Vigário Paroquial.

REESTRUTURAÇÃO FÍSICA

As obras na Paróquia São Vito foram iniciadas em julho do ano passado, e estão sendo mantidas graças a uma força conjunta de éis, doadores do comércio local e benfeitores da Paróquia Nossa Senhora do Brasil.

“Eu programei essa reforma durante um ano e meio. Com a colaboração de todas as pessoas que con aram na proposta de revitalização da Paróquia, z um caixa para iniciar a obra. Agradeço a todos”, conta Padre Michelino.

O prédio, por ser antigo, precisou ser totalmente reformado, o que envolveu a troca de toda a parte elétrica e hidráulica, instalação de sistemas de segurança, revestimentos e a reforma da própria nave da igreja, a ser iniciada.

Para a execução, a Paróquia contratou uma empreiteira de engenharia. Um dos pro ssionais da empresa é Raildo Lopes dos Santos, 45, engenheiro responsável pela obra: “Quando o Padre nos procurou, encarei como uma bênção, não só pelo carinho que tenho pela Paróquia, mas por poder fazer uma obra que beneciará muitas pessoas por meio de toda a revitalização física, espiritual e social”.

Santos comenta que por ser um pré-

dio antigo, o cuidado está sendo redobrado. “É preciso estar atento ao que será mexido, o que será quebrado. Por exemplo, a parte estrutural mantivemos intacta. Não quebramos nem um pilar ou viga.”

A Paróquia São Vito conta ainda com a colaboração voluntária de arquitetos e decoradores de interior.

Do ponto de vista estético, apesar da modernização, também está sendo resgatado um pouco da história do prédio. Em alguns ambientes, os tijolos originais da construção estão sendo expostos. Na biblioteca, por exemplo, foram usados caixotes de feira como estantes, em referência às atividades econômicas da região, que é uma zona cerealista.

“Ao restaurar a fachada do prédio, queremos também dar uma identidade visual de Igreja, para que as pessoas identi quem o ambiente religioso”, acrescenta Padre Michelino.

SÃO VITO MÁRTIR

Esse santo italiano tinha apenas 7 anos quando começou a manifestar dons especiais. O mais célebre deles foi quando fez voltar à vida, em nome de Jesus, um garoto que tinha sido estraçalhado por cães

São Vito foi preso e martirizado. Por não ter negado a fé cristã, foi torturado até a morte quando tinha 15 anos de idade

Em 1895, uma imagem de São Vito Mártir foi trazida ao Brasil por imigrantes italianos. O Santo começou a ser reverenciado no Brás

A Paróquia foi criada em 24 de março de 1940

10 | Reportagem | 7 a 13 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
IRA ROMÃO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Para contribuir com a reforma: PIX 63.089.825/0035-93 ou acesse https://nossasenhoradobrasil.com.br/corunum/ Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO Desde abril, a Paróquia São Vito Mártir mantém contraturno escolar para crianças e jovens

Daniel Gomes do, portanto, não só a comunhão entre os membros de uma comunidade celebrante, mas, também, a comunhão de toda a Igreja.

A partir do 1o Domingo do Advento, em 3 de dezembro, em todas as missas celebradas no Brasil passará a ser obrigatório o uso da tradução brasileira da 3a edição típica do Missal Romano, o livro no qual consta todo o rito da celebração da Eucaristia. Nesta entrevista ao O SÃO PAULO, Dom Edmar Peron, Bispo de Paranaguá (PR) e que presidiu a Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB de 2019 a 2023, explica o processo da tradução brasileira do Missal Romano e as principais mudanças que serão percebidas pelos celebrantes e éis.

O SÃO PAULO - De modo simplificado, o que é o Missal Romano?

Dom Edmar Peron – A Igreja crê aquilo que celebra, e é muito zelosa com a fé no mistério eucarístico. O Missal é o livro que contém as palavras e os gestos, isto é, os ritos que fazem a mediação para que a comunidade de fé entre consciente, ativa e frutuosamente no mistério eucarístico.

A Eucaristia também é mistério de comunhão, tanto que uma das expressões da nossa celebração é ‘Fazei de nós um só corpo e um só espírito’. Nós pedimos ao Espírito Santo para que o pão e o vinho sejam transformados no Corpo e Sangue do Senhor e, em seguida, pedimos ao mesmo Espírito Santo para que as pessoas que comungarem do mesmo Pão eucarístico formem um único Corpo, a Igreja.

O Missal garante aquilo que a Igreja acredita a respeito da Eucaristia e o jeito de celebrar o mistério da Eucaristia, realizan-

Muitos têm chamado essa tradução de novo Missal. Isto é correto?

O Concílio de Trento, no século XVI, impôs um novo missal a toda a Igreja, fazendo com que deixassem de ser utilizados os numerosos missais que existiam até então, e se passasse a rezar em todas as comunidades e nações com um único missal, em uma única língua, o latim, e em um único rito. Passados cerca de 400 anos, houve a edição do missal pós-conciliar, que era, este sim, um novo missal, com uma nova forma de celebrar a missa, incluindo a língua falada em cada local, as preces, a homilia, a concelebração, a comunhão sob as duas espécies. Agora, nós não estamos inaugurando um novo modo de celebrar o mistério eucarístico, mas, sim, oferecendo às comunidades a tradução da 3a edição do Missal Romano pós-Concílio Vaticano II. Portanto, não se deve falar que este é um novo Missal.

Por que se passaram quase duas décadas até que se chegasse a esta tradução brasileira?

A tradução da 3a edição do Missal Romano compete a cada uma das conferências episcopais. Assim, se encarregou um grupo de pessoas para fazer a tradução dos textos, como peritos, pessoas versadas na língua portuguesa, na língua latina e na nossa cultura brasileira. Cada etapa traduzida precisou ser votada pela Assembleia Geral da CNBB. A cada ano, se trabalhava uma parte; o texto traduzido era apresentado aos bispos, eles faziam suas considera-

ções e na Assembleia Geral havia a votação. Após termos votado cada parte do Missal nas assembleias, ainda zemos uma votação geral do texto antes de enviá-lo a Roma, que con rmou a tradução no último mês de março. Este trabalho de tradução foi feito pela Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (CETEL), mas sempre gosto de a rmar que o texto não pertence a esta comissão, e sim à CNBB, pois não é o texto de um grupo, mas da Igreja no Brasil.

Por que de tempos em tempos é necessário atualizar o texto do Missal Romano?

O Espírito Santo é a alma da Igreja e faz com que ela seja um organismo vivo. Assim, de tempos em tempos, as mudanças são necessárias para incorporar novas legislações, novas maneiras de celebrar os santos. Por exemplo: na instrução geral anterior a esta 3a edição do Missal, se dizia que à frente da procissão de abertura da missa vai uma cruz processional; já esta edição esclarece que à frente vai a cruz processional com o Cristo cruci cado. Também foi acrescentado um capítulo todo sobre adaptação, algo que não existia. Outra situação: no modo de celebrar a data litúrgica de Santa Marta, o Papa Francisco entendeu que a festa de Santa Marta deveria ser a dos santos irmãos – Marta, Maria e Lázaro, e, assim, os textos dessa festividade passaram a incluir os irmãos. Também a celebração de Santa Maria Madalena foi elevada ao grau de festa, com todos os textos próprios, inclusive o prefácio. Portanto, esta edição do Missal incorporou a legislação litúrgica e elementos novos no modo de celebrar os santos.

Qual foi o critério para o acréscimo dos nomes de santos e beatos nesta 3ª edição?

Desde a primeira edição do Missal, é o documento pós-conciliar Mysterii Paschalis – de 1969, com normas universais do ano litúrgico e o calendário romano geral – que regula a composição do calendário dos santos. Lembro, ainda, que um santo só vai para o calendário geral se assim desejar o papa. O Papa Francisco, por exemplo, mandou inserir no calendário litúrgico universal São Paulo VI e São João Paulo II. Há, porém, milhares de santos que não entraram nesta edição do Missal, e no caso dos beatos, normalmente eles são venerados apenas na região onde são conhecidos, na sua diocese de origem, na sua ordem religiosa ou congregação.

Quais são as principais mudanças que serão percebidas pelos fiéis?

Uma das mudanças é que em todas as missas entre a Quarta-feira de Cinzas e a quarta-feira da Semana Santa há uma oração de bênção sobre o povo. Isto estava presente no missal de São Pio V e foi recuperado nesta 3a edição. Trata-se de uma oração facultativa, mas muito rica, explicitando o caminho quaresmal que vai sendo feito em direção à Páscoa. Muitos também irão perceber no próprio Missal que há textos que dizem respeito aos seus santos de devoção. Por exemplo, agora está no Missal a oração coleta de Santa Rita que antes não constava.

Outra mudança é que no momento de rezar o “Confesso a Deus”, o latim coloca por três vezes a expressão “minha culpa”, de modo que agora está “por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”, como já o é na tradução do Missal de Portugal e em outros países de língua portuguesa.

Destaco, também, que na aclamação da assembleia após a narrativa da instituição da Eucaristia, há uma introdução especí ca para cada aclamação memorial: “Mistério da fé”, “Mistério da fé e do amor”, “Mistério da fé para a salvação do mundo”.

Estão previstas formações sobre a 3ª edição do Missal?

Há muitas iniciativas sendo organizadas pelo regionais da CNBB e as dioceses. Não há, porém, um projeto único de formação. O que se pensou foi produzir alguns vídeos promovendo o Missal, e eu mesmo tenho feito muitas lives a respeito, como uma recente para o Regional Sul 2 da CNBB, acessível pelo Youtube (https://curtlink.com/SJcOWOY).

Edição 01 | 7 de junho de 2023
Em entrevista ao O SÃO PAULO, Dom Edmar Peron detalha o processo da tradução brasileira da 3a edição típica do Missal Romano
Vatican Media/Arquivo Padre Leonardo Pinheiro e Dom Edmar Peron apresentam a tradução do Missal ao Papa

Fernando Geronazzo tidos ininterruptamente, há mais de 2 mil anos, cada vez que um sacerdote, ao celebrar a Santa Missa, atualiza o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

“O que recebi do Senhor foi isso que vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória’. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: ‘Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória’. Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que Ele venha”. (1Cor 11,23-26)

No trecho acima, São Paulo narra os gestos e palavras de Jesus na última ceia, ao instituir o sacramento da Eucaristia. Tais palavras e gestos são repe-

Esse conjunto de ritos e símbolos constitui a “liturgia”, palavra de origem grega que signi ca “obra pública”, “serviço por parte

do povo e em favor do povo”. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) ressalta que, na tradição cristã, a liturgia é o meio pelo qual o povo de Deus toma parte na “obra de Deus”. “Pela liturgia, Cristo, nosso Redentor e Sumo Sacerdote, continua na sua Igreja, com ela e por ela, a obra da nossa redenção”, acrescenta o Catecismo (CIC 1069).

É a liturgia que garante a unidade entre aquilo em que a Igreja crê e celebra. Partindo da imagem paulina da Igreja como “corpo de Cristo”, pode-se dizer que a tradição litúrgica é o meio pelo qual o mistério que une seus membros permanece vivo.

PRIMEIROS CRISTÃOS

Essa unidade celebrativa já era percebida nas primeiras comunidades cristãs, como mostra o livro dos Atos dos Apóstolos, ao narrar que os seguidores de Cristo “perseveravam na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações” (At 2,42). Em outros textos do Novo Testamento e de autores da época, também é possível identi car a centralidade da oração, especialmente da Eucaristia, na Igreja nascente.

Uma das fontes que mostram com detalhes esse aspecto das primeiras comunidades é a Didaqué (ou Doutrina dos Doze Apóstolos), uma espécie de catecismo antigo redigido entre o I e o II séculos.

Sobre a liturgia eucarística, esse documento destaca: “Reunidos no dia do Senhor (dominus), parti o pão e dai graças, depois de confessardes vossos pecados, a m de que vosso sacrifício seja puro. Quem tiver divergência com seu companheiro não deve se juntar a nós antes de se reconciliar, para que não seja profanado vosso sacrifício, conforme disse o Senhor: ‘Que em todo lugar e tempo

me seja oferecido um sacrifício puro, pois sou um rei poderoso, diz o Senhor, e meu nome é admirável entre as nações’”.

Esse trecho, inclusive, mostra que os primeiros cristãos já tinham a consciência da celebração eucarística não apenas como um banquete, mas como o memorial do sacrifício de Cristo.

TRADIÇÃO

A Didaqué também descreve os detalhes dessa celebração, que são semelhantes aos da liturgia celebrada hoje. “Primeiro, sobre o cálice: Damos-te graças, Pai nosso, pela santa videira de Davi, teu servo, que nos deste a conhecer por Jesus, teu Servo. Glória a ti nos séculos! Depois sobre o pão partido: Damos-te graças, Pai nosso, pela vida e pela sabedoria que nos deste a conhecer por Jesus, teu Servo. Glória a ti nos séculos!”, ensina.

Além do catecismo primitivo, há relatos sobre a Eucaristia feitos pelos chamados santos padres da Igreja, os primeiros grandes teólogos, como as Apologias de São Justino, escritas por volta do ano 150. Neste texto, o Mártir descreve a celebração:

“Terminadas as orações, damos mutuamente o ósculo da paz. Apresenta-se, então, a quem preside os irmãos, pão e um vaso de água e vinho, e ele, tomando-os, dá louvores e glória ao Pai do universo pelo nome de seu Filho e pelo Espírito Santo, e pronuncia uma longa ação de graças em razão dos dons que dele nos vêm”, destaca o Mártir, acrescentando: “Este alimento se chama entre nós Eucaristia, não sendo lícito participar dele senão ao que crê ser verdadeiro o que foi ensinado por nós e já se tiver lavado no banho (Batismo) da remissão dos pecados e da regeneração, professando o que Cristo nos ensinou”.

São Justino continua o relato, explicando que, uma vez dadas as graças e feita a aclamação pelo povo, os diáconos oferecem a cada um dos assistentes parte do pão, do vinho, da água, sobre os quais se disse a ação de graças, e levam-na aos ausentes. Nota-se aí o hábito de levar a comunhão àqueles que não podiam participar da celebração, como os enfermos e os muitos encarcerados.

O mesmo Santo também descreve a prática da oferta de dons durante a celebração, que eram partilhados com os mais necessitados da comunidade. “Os que têm, e querem, dão o que lhes parece, conforme sua livre determinação, sendo a coleta entregue ao presidente, que assim auxilia os órfãos e viúvas, os enfermos, os pobres, os encarcerados, os forasteiros, constituindo-se, numa palavra, o provedor de quantos se acham em necessidade”, escreve.

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Luciney Martins/ O SÃO PAULO

ORAÇÃO EUCARÍSTICA

Na obra “Tradição Apostólica”, Santo Hipólito de Roma descreve os costumes da Igreja no século II e mostra como a celebração dos santos mistérios evoluiu e permite identicar as raízes da oração eucarística feita atualmente.

“Logo que se tenha tornado bispo, ofereçam-lhe todos o ósculo da paz, saudando-o por ter se tornado digno. Apresentem-lhe os diáconos a oblação e ele, impondo as mãos sobre ela, dando graças com todo o presbiterium, diga: ‘O Senhor esteja convosco’. Respondam todos: ‘E com o teu espírito’. ‘Corações ao alto! Já os oferecemos ao Senhor’. ‘Demos graças ao Senhor. É digno e justo’”.

Santo Hipólito continua a descrição com uma espécie de prefácio, como os da liturgia atual: “Graças te damos, Deus, pelo teu Filho querido, Jesus Cristo, que nos últimos tempos nos enviastes, Salvador e Redentor, mensageiro da tua vontade, que é o teu Verbo inseparável, por meio do qual zestes todas as coisas e que, porque foi do teu agrado, enviaste do Céu ao seio de uma Virgem; que, aí encerrado, tomou um corpo e revelou-se teu Filho, nascido do Espírito Santo e da Virgem”.

RITOS

Ao longo dos séculos, a liturgia da Igreja passou por evoluções e variações conforme a época e as culturas locais. No entanto, a estrutura es-

sencial da missa sempre se manteve a mesma, transmitida pela tradição apostólica.

Para entender a variação de ritos, é preciso recordar que a Igreja Católica no mundo é constituída de 24 igrejas autônomas, sendo uma de rito latino e 23 de rito oriental.

Dos ritos orientais, destacam-se os de origem bizantina, maronita, armênia, caldeia, siríaca, entre outras. O rito latino predominante é o Romano, celebrado pela Igreja de Roma, cujas partes mais importantes remontam ao século V.

MISSAL ROMANO

A primeira edição impressa de um livro com o título de Missale Romanum é datada de 1474. Esse ritual reunia os textos da missa segundo os usos da Cúria Romana (Ordo Missalis Secundum Consuetudinem Curiae Romanae). Nos anos seguintes, surgiram outras edições locais do livro litúrgico.

Em 1570, São Pio V promulgou a reforma litúrgica decorrente do Concílio de Trento, na qual foi estabelecido um único Missal Romano para toda a Igreja Latina, abrindo exceção apenas para ritos que existissem ininterruptamente por, pelo menos, 200 anos e que ainda são utilizados em alguns lugares e ocasiões (Ambrosiano, utilizado na Arquidiocese de Milão, na Itália; Moçárabe, oriundo dos árabes convertidos ao Cristianismo na Espanha, próprio da Catedral de Toledo e, desde 1993, pode ser usado

em todo o território espanhol; Bracarense, atualmente, de uso restrito a algumas festas na Catedral de Braga, em Portugal).

Missais com maior ou menor número de modi cações foram publicados sucessivamente pelos Papas Clemente VIII, em 1604; Urbano VIII, em 1634; Leão XIII, em 1884; Bento XV, em 1920 (Missal cuja revisão foi iniciada por São Pio X). A sexta e última edição típica do Missal Romano “revisado por decreto do Concílio de Trento” foi aquela publicada pelo Papa João XXIII em 1962.

REFORMA LITÚRGICA

A partir da reforma litúrgica decorrente do Concílio Vaticano II (1962-1965) e da promulgação de um novo Missal Romano por São Paulo VI, em 1969, a forma ordinária do Rito Romano passou a ser a que é celebrada atualmente na maioria das igrejas católicas de rito latino.

Além das variações já mencionadas do Rito Romano, existem variações históricas de algumas ordens religiosas que não foram extintas após o Vaticano II, mas que praticamente caíram em desuso, como o Beneditino, o Dominicano, o Cartuxo, o Carmelita, entre outros. Há, ainda, variações recentes do Rito Romano: Uso do Ordinariado Anglicano deriva de uma variação aprovada em 1980 e, desde 2015, compõe o Missal utilizado pelo ordinariado pessoal criado para as comunidades de origem anglicana que restabeleceram a comu-

nhão plena com a Igreja Católica. Já o Uso Zairense, aprovado em 1988, para as dioceses da atual República Democrática do Congo, incorpora elementos da cultura da África Subsaariana.

Ao aplicar a constituição Sacrosanctum concilium do Concílio Vaticano II, São Paulo VI, assistido por uma comissão de cardeais, bispos e peritos criou uma edição do Missal Romano, promulgada com a constituição apostólica Missale Romanum de 3 de abril de 1969 e que entrou em vigor em 30 de novembro sucessivo, início do novo Ano Litúrgico. Em 1975, o mesmo Pontí ce promulgou a segunda edição revisada do Missal e, em 2002, São João Paulo II promulgou a terceira edição típica, cuja tradução brasileira foi recentemente aprovada.

CULTO DIVINO

As revisões e reformas do livro litúrgico da missa reforçam a preocupação da Igreja em favorecer aos éis uma participação consciente, ativa e frutuosa, como assinala a constituição Sacrosanctum concilium Como a rma uma nota publicada pelo Departamento de Celebrações Litúrgica do Sumo Pontí ce, em 2012, o culto litúrgico não pode nascer da fantasia humana, pois, “seria um grito na escuridão ou uma simples autoa rmação” e acrescenta: “A verdadeira liturgia pressupõe que Deus responde e nos mostra como podemos adorá-lo”.

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Luciney Martins/O SÃO PAULO Ao longo dos séculos, a liturgia da Igreja passou por evoluções e variações, mas a estrutura essencial da missa sempre se manteve a mesma, aquela transmitida pelos apóstolos

revisada do Missal

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, PRESBÍTERO

Memória

Nasceu no dia 19 de março de 1534, em Tenerife, ilha do Arquipélago das Canárias, Espanha. Em 1551, ingressou no noviciado da Companhia de Jesus, sendo enviado em missão para o Brasil em 1553, para trabalhar como catequista dos indígenas. Em janeiro de 1554, participou da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo. Morreu em 9 de junho de 1597, aos 63 anos, em Reritiba, atual Anchieta (ES). Foi canonizado em 24 de abril de 2014, pelo Papa Francisco.

SANTA DULCE LOPES PONTES, VIRGEM

Memória Conhecida como o ‘Anjo bom da Bahia’, nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador (BA). Aos 13 anos, começou a acolher pessoas em situação de rua em sua casa, transformando-a em um pequeno “centro de atendimento”, que cou conhecido como “Portaria de São Francisco”. Em 1933, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe, onde recebeu o hábito religioso. Em 1935, começou a dar assistência à comunidade pobre de Alagados, conjunto de pala tas no bairro de Itapagipe, em Salvador, onde moravam numerosos trabalhadores. Mais tarde, fundou as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). Morreu em 13 de março de 1992 e foi canonizada pelo Papa Francisco em 13 de outubro de 2019.

SANTA PAULINA DO CORAÇÃO AGONIZANTE DE JESUS, VIRGEM

Memória

Nasceu em 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, em Trento na Itália. Em 1875, veio com seus pais para o Brasil, xando-se em Nova Trento (SC). Em 1890, com algumas amigas, fundou a Congregação das Irmãzinhas do Imaculado Coração. Mudou-se para São Paulo em 1903, onde desenvolveu atividades de serviço aos pobres e sofridos ao longo de sua vida. Morreu em 9 de julho de 1942. Foi canonizada por São João Paulo II em 2002, na Praça São Pedro.

Desde a promulgação da tradução anterior do Missal Romano no Brasil, em 1991, foram canonizados santos brasileiros ou que

03 DE OUTUBRO

dedicaram sua vida no País. Na nova edição do Missal, os textos litúrgicos das celebrações desses santos foram incluídos.

SANTOS ANDRÉ DE SOVERAL, AMBRÓSIO FRANCISCO FERRO, PRESBÍTEROS, MATEUS MOREIRA, LEIGO, E COMPANHEIROS MÁRTIRES

Memória No dia 16 de julho de 1645, os holandeses que ocupavam o Nordeste do Brasil chegaram a Cunhaú, onde residiam vários colonos ao redor do engenho, ocupados no plantio da cana-de-açúcar. Era um domingo. Na hora da missa, 69 pessoas se reuniram na Capela de Nossa Senhora das Candeias. A Capela foi cercada e invadida por soldados calvinistas e índios que trucidaram a todos que

aí estavam, inclusive o Pároco, Padre André de Soveral que celebrava a missa. No dia 3 de outubro, outro grupo de cerca de 80 pessoas foram assassinados pelos holandeses às margens do rio Uruaçu. Padre André de Soveral, Padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e outros 27 companheiros foram beati cados por São João Paulo II, em 5 de março de 2000, e canonizados pelo Papa Francisco em 2017.

25 DE OUTUBRO

SANTO ANTÔNIO DE SANT’ANNA GALVÃO, PRESBÍTERO

Memória

Frei Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP). Seus pais eram Antônio Galvão e Isabel Leite Barros. Aos 13 anos, iniciou os estudos no seminário dos jesuítas, na Bahia. Em 1760, começou o noviciado na Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, no Convento de São Boaventura do Macacu, Rio de Janeiro. Recebeu a ordenação sacerdotal no dia 11 de julho de 1762 e logo foi transferido para o convento em São Paulo. Em 1774, fundou o Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz – Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. Faleceu no dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz, em São Paulo, com 84 anos. Foi homem de profunda caridade, delicadeza e bondade. Foi beati cado em Roma, por São João Paulo II e incluído no calendário litúrgico, para 25 de outubro. No dia 11 de maio de 2007, Bento XVI canonizou o primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil.

(Colaborou: Fernando Arthur)

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09 DE JUNHO
09 DE JULHO
13 DE AGOSTO
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Mistério da fé e alimento dos santos

REDAÇÃO osapaulo@uol.com.br

Se o mistério eucarístico constitui a fonte e o ápice da vida da Igreja, não há dúvidas de que o Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo é o alimento mais e caz no caminho de santidade. Isso pode ser testemunhado pelos inúmeros santos que tiveram a Eucaristia como o centro de suas vidas na terra, em preparação para a comunhão celeste com Nosso Senhor Jesus Cristo.

CONFIRA O QUE ALGUNS DOS GRANDES SANTOS DISSERAM SOBRE ESSE SACRAMENTO:

SÃO BERNARDO DE CLARAVAL

“Fica sabendo, ó cristão, que mais merece ouvir devotamente uma só missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra.”

SANTA TERESA D´AVILA

“Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os Santos no céu, diante da Essência Divina.”

SÃO TOMÁS DE AQUINO

“A Comunhão destrói a tentação do demônio.”

SÃO JOÃO CRISÓSTOMO

“A Eucaristia dá-nos uma grande inclinação para a virtude, uma grande paz e torna mais fácil o caminho para a santi cação.”

SANTO AMBRÓSIO

“Eu que sempre peço, preciso sempre do remédio ao meu alcance.”

SANTO AGOSTINHO

“Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos transforma Nele.”

SÃO GREGÓRIO NAZIANZENO

“O Santíssimo Sacramento é fogo que nos in ama, de modo que, retirando-nos do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno.”

SÃO JERÔNIMO

“Nosso Senhor nos concede tudo o que Lhe pedimos na Santa Missa: o que mais vale é que nos dá ainda o que nem se quer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário.”

SANTO AFONSO

MARIA DE LIGÓRIO

“A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, morti cação, recolhimento.”

SANTA TERESINHA DE LISIEUX

“Não é para car numa âmbula de ouro que Jesus desce cada dia do céu, mas para encontrar um outro céu, o da nossa alma, onde ele encontra as suas delícias.”

SÃO FILIPE NÉRI

“A devoção ao Santíssimo Sacramento e à Santíssima Virgem são, não o melhor, mas o único meio para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração puro aos 20 anos. Não pode haver castidade sem a Eucaristia.”

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY

“Vinde à comunhão… É verdade que não sois dignos dela, mas dela tendes necessidade”.

SÃO JOÃO BOSCO

“Não omitais nunca a visita a cada dia ao Santíssimo Sacramento, ainda que seja muito breve, mas contanto que seja constante.”

SÃO CIRILO DE JERUSALÉM

“Quando te aproximares para receber o Senhor, não o faças com os braços soltos e com os dedos abertos, mas faça da tua mão esquerda o Trono para a sua mão direita, pois nesta receberás o Rei, e na alma recebes o Corpo de Cristo, dizendo Amém. Então, com todo cuidado, santi ca teus olhos pelo Santo Corpo e em seguida toma-O e cuida para que nada se perca.”

SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“É preciso adorar devotamente este Deus escondido. Ele é o mesmo Jesus Cristo, que nasceu da Virgem Maria; o mesmo que padeceu e foi imolado na cruz; o mesmo, en m, de cujo peito trespassado jorrou água e sangue.”

SÃO PAULO VI

“Toda Missa, ainda que celebrada privadamente por um sacerdote, não é ação privada, mas ação de Cristo e da Igreja. Esta, no sacrifício que oferece, aprende a oferecerse a si mesma como sacrifício universal, e aplica, pela salvação do mundo inteiro, a única e in nita e cácia redentora do Sacrifício da Cruz.”

SÃO JOÃO PAULO II

“Eis aqui o tesouro da Igreja, o coração do mundo, o penhor da meta pela qual, mesmo inconscientemente, suspira todo homem.”

(Fonte:“Como

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preparar-se bem para comungar”,deFelipeAquino,EditoraCléofas) Luciney Martins/O SÃO PAULO

Regional Sul 1 elege nova Presidência e analisa suas ações em diferentes realidades

Reunidos no Mosteiro de Itaici, em Indaiatuba (SP), entre 30 de maio e 1o de junho, os bispos de dioceses e arquidioceses paulistas participaram da 85a Assembleia do Conselho Episcopal do Regional Sul 1 (Conser Sul 1) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), à luz do tema “Uma Igreja em saída para as periferias”.

A Assembleia também foi eletiva, tendo sido escolhido como Presidente do Regional Sul 1, para o quadriênio 2023-2027, Dom Júlio Endi Akamine, Arcebispo de Sorocaba. O Vice-presidente é Dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto, e o Secretário, Dom Carlos Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Também foram eleitos os membros dos conselhos scal e econômico e os bispos que representarão o Regional no conselho permanente da CNBB (leia detalhes no box).

MOMENTO DE FÉ E DE BALANÇO DAS AÇÕES

Ao longo da Assembleia, os bispos, padres coordenadores diocesanos de pastoral e agentes representantes dos organismos vinculados ao Regional Sul 1 partilharam a fé em momentos de oração e nas missas na capela do Mosteiro, uma delas presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, em 31 de maio.

Nessa missa, o Arcebispo de São Paulo ressaltou que ao se reunir em assembleia, o Regional Sul 1 faz a experiência do discipulado e, após a re exão, em atitude missionária, sairá para o anúncio da Boa Notícia em todo o estado de São Paulo.

Ao longo do encontro, também houve a apresentação dos relatórios econômico e scal do Regional, bem como do relatório das pastorais, movimentos e serviços eclesiais. Também foi feito um balanço das ações da presidência no quadriênio 2019-2023. Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes (SP) e até então Presidente, destacou a realização de encontros estaduais das pastorais, movimentos e organismos; os momentos formativos e orientativos aos coordenadores e assessores; e os projetos missionários realizados na Amazônia, há quase 30 anos, e na Diocese de Pemba, em Moçambique, desde 2018.

IGREJA EM SAÍDA MISSIONÁRIA

O tema central foi tratado na tarde do dia 31 por Dom Joel Portella Amado, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e atual Presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da CNBB.

Dom Joel, que já foi Secretário-geral da CNBB, destacou que a temática da “Igreja em saída”, rumo às periferias existenciais, sociais e ecológicas, precisa ser alvo de constantes re exões na comunidade eclesial, e especi camente no Regional deve levar à união de forças entre as dioceses

para o anúncio de Jesus Cristo e à ida ao encontro das situações periféricas.

De acordo com Dom Carlos Silva, OFMCap., Secretário do Regional Sul 1, Dom Joel motivou os participantes a voltar seus olhares para o Documento de Aparecida, especialmente aos números 365 e 370, “que falam da necessidade de abandonar estruturas ultrapassadas que já não favorecem a transmissão da fé e da urgência em realizar a passagem de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária”, destacou. “Esses dois pontos são inspiradores, e acredito que nos ajudarão, nos próximos quatro anos, a corresponder ao pedido do Papa Francisco de uma Igreja sinodal e missionária, atenta à escuta das diversas vozes que ecoam em nossa ação evangelizadora”, prosseguiu o Bispo Auxiliar de São Paulo.

CHAMADOS A SERVIR

“Queremos prestar um serviço a todas as dioceses do estado de São Paulo, em comunhão, num trabalho colegial”, enfatizou Dom Júlio Akamine na primeira entrevista que concedeu, ainda no dia 31, após ser eleito.

Os membros da nova Presidência tomaram posse na manhã do dia 1o. Dom Júlio agradeceu o empenho da gestão anterior, enaltecendo “os esforços exercidos na administração e gestão da sede e das ações pastorais, em meio ao desa o do longo e doloroso período de pandemia, a polarização político-partidária, que ameaçou a unidade de nossas comunidades, e do nosso Regional, o empenho nos vários campos da ação evangelizadora, desde a liturgia e a catequese, até a atuação social e política das pastorais sociais, a organização da Visita Ad Limina Apostolorum e o compromisso missionário nos projetos Sul 1– Norte 1 e na diocese africana de Pemba”.

Os membros da nova Presidência também rea rmaram o propósito de fazer

uma gestão que fomente o afeto colegial, a ajuda recíproca, a solidariedade e a ação comum entre os bispos do Regional Sul 1.

DOM CARLOS SILVA: REALIDADES DIFERENTES E DESAFIADORAS À EVANGELIZAÇÃO

Em entrevista ao O SÃO PAULO, Dom Carlos Silva, OFMCap., disse que acolheu a eleição para Secretário do Regional Sul 1 “como um serviço prestado a Deus e à sua Igreja. Sei que é um grande desa o, a nal de contas é o maior regional da CNBB”.

O Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo lembrou que no Regional Sul 1 – com suas seis arquidioceses e 36 dioceses, divididas em sete sub-regiões (Aparecida, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto 1, Ribeirão Preto 2, Sorocaba e São Paulo) – existem realidades bastante diferentes e contrastantes.

“Por um lado, temos os grandes centros urbanos, que crescem em população e infraestrutura a cada dia e exigem da Igreja urbana respostas assertivas no trabalho de evangelização e nos desa os eclesiais. Além dos desa os pastorais, temos problemas sociais graves: a fome, a falta de moradia digna, o consumo de drogas, a saúde pública precária, a falta de segurança, o alto índice de desemprego, sobretudo entre os jovens, a informalidade etc. Por outro lado, temos dioceses com grandes áreas rurais, que, do mesmo modo, requerem de seus pastores um trabalho pastoral cuidadoso e uma presença esperançosa no meio do povo de Deus, para seguirmos em frente, vivendo nossa fé e construindo seu Reino”, detalhou.

Dom Carlos Silva lembrou, ainda, que um dos maiores desa os “é deixar de ser uma Igreja autorreferencial para se tornar uma Igreja em saída, que olha para fora de si, para o outro. Isso implica decisão, coragem e atitude: sair, ir ao encontro, avançar, viver aquilo que é da natureza da Igreja: a missionariedade”.

COMPOSIÇÃO DO CONSER SUL 1

PARA 2023-2027

PRESIDÊNCIA

Presidente: Dom Júlio Endi Akamine (Arcebispo de Sorocaba)

Vice-presidente: Dom Moacir Silva (Arcebispo de Ribeirão Preto)

Secretário: Dom Carlos Silva, OFMCap. (Bispo Auxiliar de São Paulo)

CONSELHO ECONÔMICO

Dom Luiz Carlos Dias (Bispo de São Carlos), Dom José Roberto Fortes Palau (Bispo de Limeira) e Dom Jorge Pierozan (Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo)

CONSELHO FISCAL

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias (Bispo de Lorena); Dom José Valmor César Teixeira (Bispo de São José dos Campos) e Dom José Negri, PIME (Bispo de Santo Amaro)

Suplentes: Dom Arnaldo Carvalheiro Neto (Bispo de Jundiaí) e Dom Devair Araújo da Fonseca (Bispo de Piracicaba)

REPRESENTANTES NO

CONSELHO PERMANENTE DA CNBB

Cardeal Odilo Pedro Scherer (Arcebispo de São Paulo) e Dom João Inácio Müller (Arcebispo de Campinas)

Suplentes: Dom Pedro Carlos Cipollini (Bispo de Santo André) e Dom Pedro Luiz Stringhini (Bispo de Mogi das Cruzes)

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Comunicação do Regional Sul 1 da CNBB
Membros da Presidência do Regional Sul 1: Dom Moacir Silva (Vice-presidente), Dom Júlio Akamine (Presidente) e Dom Carlos Silva (Secretário)

Solenidade de Corpus Christi será marcada por missas e procissões em todo o Brasil

REDAÇÃO

Na quinta-feira, 8, os católicos celebram a Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, popularmente conhecida como Corpus Christi, ocasião em que a Igreja Católica rea rma sua fé na presença real de Jesus Cristo nas espécies do pão e do vinho consagrados na Missa.

Essa data também é marcada pelo testemunho público da fé católica, com missas campais e procissões com o Santíssimo Sacramento.

Na Arquidiocese de São Paulo, haverá missa na Praça da Sé, às 10h, presidida pelo Cardeal Scherer, seguida de procissão com o Santíssimo pelas ruas do centro da cidade.

No Santuário Nacional de Aparecida, acontecerão seis missas, a principal delas, às 9h, no altar central da Basílica, presidida por Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida. Após a solenidade, haverá uma procissão na parte externa do templo.

Em Santana de Parnaíba (SP), o tapete de Corpus Christi, com mais de 800 metros de comprimento, será montado às 6h,

nas ruas do centro histórico. Após a missa das 15h, haverá a procissão com o Santíssimo sobre o tapete.

Em Ouro Preto (MG), as ladeiras da cidade se enchem de cores com os tapetes devocionais, montados já na noite anterior. A missa no Santuário matriz de Nossa Senhora da Conceição terá início às 7h, e na sequência ocorrerá a procissão com o Santíssimo até a Basílica de Nossa Senhora do Pilar.

Na Arquidiocese de Manaus (AM), o dia de Corpus Christi também será ocasião para o encontro do Arcebispo Metropo-

litano, Cardeal Leonardo Steiner, com os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (MESCs), após o qual ocorrerá a missa campal, à tarde, e a posterior procissão com o Santíssimo.

A CENTRALIDADE DA EUCARISTIA PARA O CRISTÃO

Instituída por Jesus na Última Ceia, a Eucaristia perpetua na Igreja o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

A fé católica professa que, pelas palavras de Jesus na Última Ceia –“Isto é o meu corpo”, “Isto é o meu sangue” – e pela

invocação do Espírito Santo na celebração da missa, o pão e o vinho não apenas “representam” ou “simbolizam” o corpo e o sangue de Cristo, mas se tornam verdadeira, real e substancialmente, o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Jesus Cristo”, ou seja, “Cristo completo”.

É por essa razão que a Igreja Católica presta reverência e adoração à Eucaristia como o grande “mistério da fé”.

Conforme explica o Catecismo da Igreja Católica, “a celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. ‘O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito”. (CIC 2177).

Assim, é preceito para o católico participar da missa dominical, uma vez que “o domingo é o dia por excelência da assembleia litúrgica, em que os éis se reúnem ‘para, ouvindo a Palavra de Deus e participando na Eucaristia, fazerem memória da Paixão, Ressurreição e Glória do Senhor Jesus, e darem graças a Deus, que os ‘regenerou para uma esperança viva pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos’” (CIC 1167).

CNBB faz amplo chamado às comunidades para a Campanha Junho Verde

Criada pela Lei 14.393/2022, a Campanha Junho Verde busca desenvolver o entendimento da população acerca da importância da conservação dos ecossistemas naturais e de todos os seres vivos, bem como do controle da poluição e da

degradação dos recursos naturais, para as presentes e futuras gerações.

O projeto de lei que resultou na legislação foi proposto ao Congresso Nacional pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Em mensagem, Dom Ricardo Hoepers, Bispo Auxiliar de Brasília (DF) e Secretário-geral da CNBB, motivou as paróquias e dioceses a mobilizarem iniciativas nos governos, entidades de ensino e nos ambientes eclesiais para promover a ecologia integral, no cuidado e na preservação da casa comum. Em vídeo, ele incentiva as comunidades católicas a participarem da Campanha Junho Verde.

“A lei está aí para ser implementada com força, com criatividade. Mas você também pode mobilizar a sua comunidade, as Igrejas, as escolas, as universidades, o comércio, todo o povo de Deus para que, juntos, possamos nos responsabilizar pela educação ambiental e cuidar da casa comum”, disse.

Fonte: CNBB

Considerada a forma mais e caz de diagnosticar precocemente doenças genéticas, metabólicas e infecciosas que podem afetar o desenvolvimento de crianças, o teste do pezinho cada vez mais está sendo realizado no Brasil, especialmente após a publicação, em maio de 2021, da Lei nº 14.154, que ampliou para mais de 50 o número de doenças raras detectadas pelo exame via Sistema Único de Saúde (SUS).

Na terça-feira, 6, Dia Nacional do Teste do Pezinho, a Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo comemorou a expansão no número de testes.

“A detecção dessas doenças previne consequências clínicas importantes, pois são condições tratáveis. Também lembro que temos uma lei que prevê a ampliação para mais doenças, possibilitando o diagnóstico precoce de doenças genéticas graves que têm tratamento disponível”, disse, em entrevista à Agência Brasil, Carolina Fischinger, vice-presidente da instituição.

Antes da Lei nº 14.154, o SUS realizava um formato de teste do pezinho capaz de detectar apenas seis doenças. Com a nova

legislação, o exame passou a englobar 14 grupos de doenças, que podem identi car até 53 tipos diferentes de enfermidades e condições especiais de saúde.

A lei também prevê que durante os atendimentos de pré-natal e de trabalho de parto os pro ssionais de saúde devem informar à gestante e aos acompanhantes sobre a importância do teste do pezinho e a respeito de eventuais diferenças existentes entre as modalidades oferecidas no SUS e na rede privada de saúde.

Entre as doenças detectadas a partir do teste do pezinho estão o excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), toxoplasmose congênita, distúrbios do ciclo da ureia, distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos (de ciência para transformar certos tipos de gorduras em energia), doenças lisossômicas (que afetam o funcionamento celular), imunode ciências primárias (problemas genéticos no sistema imunológico) e atro a muscular espinhal (degeneração e perda de neurônios da medula da espinha e do tronco cerebral).

Fonte:AgênciaBrasil

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2 anos após nova lei, teste do pezinho está em expansão no País
Basílica de Nossa Senhora do Pilar Divulgação/Comunidade Shalom

Dom Cícero: a Santíssima Trindade é a certeza de um Deus que nos ama

FERNANDO ARTHUR COLABORADOR DE COMUNICAÇÃO NA REGIÃO

Na manhã do domingo, 4, Dom Cícero Alves de França, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, presidiu a missa da Solenidade da Santíssima Trindade na Capela Imaculada Conceição, na Vila Primavera. A celebração foi ocasião para conferir o sacramento da Con rmação a 63 jovens.

Dom Cícero também informou aos éis que a Capela, que até então pertencia à Paróquia Nossa Senhora da Esperança, no Jardim Sinhá, passa a pertencer, a partir daquela celebração, à Paróquia Natividade do Senhor, na Vila Guarani.

A missa contou com a presença de centenas de éis das comunidades das Paróquias Nossa Senhora da Esperança e Natividade do Senhor. Concelebraram o Padre Francisco de Assis Miguel, C.Ss.R., Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, e o Cônego José Miguel de Oliveira, Pároco da Paróquia Natividade do Senhor.

Na homilia, o Bispo Auxiliar ressaltou o conceito da Santíssima Trindade, a rmando que ela é um modelo de comunidade, destacando que não são três deuses, mas um único Deus em três pessoas.

Dom Cícero explicou que Deus se manifesta “a nós, como nós somos, para podermos conhecê-lo”, recordando o encontro de Moisés com Deus, ao subir o Montei Sinai.

O Prelado, em sua alocução, também ressaltou o conceito de Deus dado por Moisés, chamando-o de ‘compassivo’ e ‘libertador’, pois libertou Israel da escravidão do Egito.

Ao comentar o Evangelho, Dom Cícero apontou que Jesus é a manifestação plena da presença de Deus e que é o

amor do Pai enviado à humanidade.

“Celebrar a Santíssima Trindade é celebrar a certeza de um Deus que nos ama, de um Deus que é pai, que é compassivo, que nos salva em Jesus Cristo e que nos santi ca no Espírito Santo”, a rmou.

Ao dirigir-se aos crismandos, Dom Cícero destacou a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo, e comentou que a Trindade é um Deus que sabe se relacionar. “Quando nós olhamos para Deus, vemos que Ele respeita a nossa individualidade. Um Deus que respeita quem

nós somos, e nós temos que aprender de Deus a nos relacionar, a nos amar, a nos respeitar uns aos outros.”, a rmou.

Ao m da celebração, Dom Cícero apresentou o Cônego José Miguel como o novo responsável pela Capela, uma vez que estará ligada à Paróquia Natividade do Senhor, da qual é Pároco.

O Prelado também agradeceu os trabalhos do Padre Francisco e da Congregação do Santíssimo Redentor na Paróquia Nossa Senhora da Esperança, que atuaram na Capela por cerca de 20 anos.

Na tarde do sábado, 3, um grupo de 27 jovens e adultos recebeu o sacramento da Con rmação pelas mãos de Dom Cícero Alves de França, na Paróquia Santo Emídio, na Vila Prudente. Concelebraram os Padres Edmar Oliveira, SS.CC., Pároco, e Edvaldo Carneiro, SS.CC. (por Fernando Arthur)

Na noite da sexta-feira, 2,

14 | Regiões Episcopais | 7 a 13 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br BELÉM Pascom paroquial Pascom paroquial Pascom paroquial
Dom Cícero Alves de França presidiu missa na Paróquia São João Batista, na Vila Carrão, durante a qual conferiu o sacramento da Con rmação a seis jovens. A missa foi concelebrada pelo Padre Erick Vinicius Barbosa, SAC, Pároco. (por Fernando Arthur)

Pastoral do Menor recebe formação sobre as propostas sinodais

Os agentes da Pastoral do Menor (Pamen) da Região Sé participaram no domingo, 4, de uma formação sobre a Carta Pastoral do Arcebispo e as Propostas Sinodais resultantes do 1º sínodo arquidiocesano.

Organizada pela Irmã Josefa

Medeiros, coordenadora da Pamen na região, a atividade contou com a presença do Cônego José Arnaldo Juliano dos Santos, Coordenador Regional de Pastoral e um dos relatores do sínodo arquidiocesano, que apresentou a carta e as re exões sobre os pontos fundamentais que foram veri cados no caminho sinodal de 2017 a 2023.

Aos participantes, o Cônego José Arnaldo destacou a importância de compreender seis propósitos para a Igreja em São Paulo: estar a caminho e não estagnada; unida e não dividida ou dispersa em individualismos; participativa e dinâmica; missionária; misericordiosa e acolhedora diante dos feridos; e vibrante de esperança e alegria.

da Crisma a 18 jovens e adultos, com idades entre 18 e 75 anos. Concelebrou o Padre Vandro Pisaneschi, Pároco. (por Pascom paroquial)

Em 28 de maio, a Paróquia Santo Agostinho, Setor Paraíso, promoveu a I Feira da Saúde 50+, destinada à prestação de serviços e ao atendimento na área da saúde, voltada a paroquianos e pessoas que vivem no entorno da paróquia. Com a colaboração de voluntários especializados, foram oferecidos teste de glicemia, aferição de pressão arterial, bioimpedância, exame de vista e agendamento de mamogra a gratuita. Mais de 100 pessoas se bene ciaram com a iniciativa paroquial. (por Everton Calício)

No domingo, 4, Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo

da Arquidiocese na Região Sé, presidiu a missa na Paróquia Santa Margarida Maria, Setor Aclimação, durante a qual 11 jovens e três adultos receberam o sacramento da Crisma. Concelebrou o Padre Marcelo Delcin, Pároco. (por Lucas Rossini)

www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br | 7 a 13 de junho de 2023 | Regiões Episcopais/Balanços | 15 SÉ CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA SENHORA DE SION RUA XAVIER CURADO, 42 - SÃO PAULO - SP CNPJ 29.234.100/0001-64 BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E 2022 A T I V O CIRCULANTE 31.12.2021 31.12.2022 CAIXA E EQUIVALENCIA DE CAIXA 5.376.275,50 9.553.824,14 APLICAÇÕES FINANCEIRAS MAIS DE 90 -CREDITOS A RECEBER / ADTOS 301.093,66 349.212,88 DESPESAS ANTECIPADAS 20.019,86 38.933,09 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 5.697.389,02 9.941.970,11 NÃO CIRCULANTE CONSORCIO 18.327,67 27.862,27 IMOBILIZADO 81.221.535,82 81.722.139,71 - DEPRECIAÇÃO (1.725.623,43) (2.061.444,39) TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 79.514.240,06 79.688.557,59 COMPENSADO GRATUIDADES CONCED /IMUNIDADES USUFRUIDAS 520.659,17 556.248,95 TOTAL DO ATIVO COMPENSADO 520.659,17 556.248,95 TOTAL GERAL DO ATIVO 85.732.288,25 90.186.776,65 PASSIVO CIRCULANTE 31.12.2021 31.12.2022 OBRIGAÇÕES SOCIAIS E FISCAIS 962,52 999,45 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 38.702,17 33.865,95 OUTRAS CONTAS A PAGAR 71.391,01 46.433,75 TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 111.055,70 81.299,15 PASSIVO NÃO CIRCULANTE POTENCIAL CONSTRUTIVO TRANSFERÍVEL 1.412.451,60 4.201.166,14 TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.412.451,60 4.201.166,14 PATRIMONIO LIQUIDO PATRIMONIO SOCIAL 16.267.260,92 17.197.782,30 REAVALIAÇÃO DE ATIVOS PROPRIOS 66.976.732,44 66.490.339,48 SUPERÁVIT DO EXERCICIO 444.128,42 1.659.940,63 PATRIMONIO LIQUIDO 83.688.121,78 85.348.062,41 COMPENSADO GRATUIDADES CONCED /IMUNIDADES USUFRUIDAS 520.659,17 556.248,95 TOTAL DO PASSIVO COMPENSADO 520.659,17 556.248,95 TOTAL GERAL DO PASSIVO 85.732.288,25 90.186.776,65 DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICIT EM 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E 2022 R E C E I T A S S O C I A I S RECEITAS 31.12.2021 31.12.2022 ATIVIDADES ASSISTENCIAIS 399.453,70 634.761,57 ISENÇÕES DE TRIBUTOS 130.836,89 189.648,90 GRATUIDADES CONCEDIDAS 389.822,28 366.600,00 RECEITAS FINANCEIRAS 168.995,00 759.388,90 RECEITAS PATRIMONIAIS 2.874.633,66 3.122.289,74 OUTRAS RECEITAS 92.345,00 441.376,21 RECEITAS - POTENCIAL CONSTRUTIVO TRANSFERÍVEL - 124.375,96 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 301.355,09 255.995,78 TOTAL GERAL DAS RECEITAS 4.357.441,62 5.894.437,06 D E S P E S A S S O C I A I S DESPESAS 31.12.2021 31.12.2022 DESPESAS C/ PESSOAL 301.224,75 297.389,88 DESPESAS TRIBUTARIAS 20.144,20 18.394,14 DESPESAS ADMINISTRATIVA 2.729.825,47 2.923.593,55 SERVIÇOS PRESTADOS PJ 30.500,00 32.350,00 DESPESAS FINANCEIRAS 9.925,06 27.900,28 DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 301.034,55 254.243,72 DESPESAS - POTENCIAL CONSTRUTIVO TRANSFERÍVEL - 124.375,96 ISENÇÕES DE TRIBUTOS 130.836,89 189.648,90 GRATUIDADES CONCEDIDAS 389.822,28 366.600,00 TOTAL GERAL DAS DESPESAS 3.913.313,20 4.234.496,43 SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 444.128,42 1.659.940,63 RECONHECEMOS A EXATIDÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2022, CUJOS VALORES DE ATIVO E PASSIVO IMPORTAM EM R$ 90.186.776,65 (NOVENTA MILHÕES, CENTO E OITENTA E SEIS MIL, SETECENTOS E SETENTA E SEIS REAIS E SESSENTA E CINCO CENTAVOS).AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NA ÍNTEGRA ACOMPANHADAS DE SUAS NOTAS EXPLICATIVAS E O RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES, ENCONTRAM - SE À DISPOSIÇÃO DOS INTERESSADOS NA NOSSA SEDE SOCIAL. São Paulo, 31 de dezembro de 2022 José Maria Leite Donizete Luiz Ribeiro Wilson Jose Carpi Superior Geral Ecônomo Regional Contador CRC 1SP179707/O-2
No sábado, 3, a Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate recebeu Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, para presidir a missa em que ele conferiu o sacramento Na sexta-feira, 2, um grupo de 21 jovens e adultos do Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Setor Perdizes, recebeu o sacramento da Con rmação pelas mãos de Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé. Concelebrou o Frei Jair Roberto Pasquale, TOR, Pároco. (por Pascom paroquial) Auxiliar
INSTITUTO THEODORO RATISBONNE RUA AGOSTINHO GOMES, 1941 - SÃO PAULO - SP CNPJ 61.006.938/0001-03 BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E 2022 A T I V O CIRCULANTE 31.12.2021 31.12.2022 CAIXA E EQUIVALENCIA DE CAIXA 6.234.573,27 5.586.630,86 CREDITOS A RECEBER 1.627.138,65 2.078.032,61 (-) ESTIMATIVA PARA LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA (394.443,15) (185.511,17) ADTOS/ DESPESAS ANTECIPADAS 93.556,18 4.151,09 ESTOQUES 534.487,69 874.761,51 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 8.095.312,64 8.358.064,90 NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO 5.347.016,22 7.987.671,53 (-) DEPRECIAÇÃO (2.406.923,38) (2.687.856,31) TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.940.092,84 5.299.815,22 COMPENSADO GRATUIDADES CONCED /IMUNIDADES USUFRUIDAS 8.200.926,69 8.639.165,27 TOTAL DO ATIVO COMPENSADO 8.200.926,69 8.639.165,27 TOTAL GERAL DO ATIVO 19.236.332,17 22.297.045,39 PASSIVO CIRCULANTE 31.12.2021 31.12.2022 OBRIGAÇÕES SOCIAIS E FISCAIS 113.024,56 136.051,88 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 1.136.001,92 1.278.942,51 OUTRAS CONTAS A PAGAR 749.243,49 925.878,00 RECEITA DIFERIDA 232.025,74 321.579,40 TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 2.230.295,71 2.662.451,79 PATRIMONIO LIQUIDO PATRIMONIO SOCIAL 8.658.807,27 8.805.109,77 SUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCICIO 146.302,50 2.190.318,56 PATRIMONIO LIQUIDO 8.805.109,77 10.995.428,33 COMPENSADO GRATUIDADES CONCED /IMUNIDADES USUFRUIDAS 8.200.926,69 8.639.165,27 TOTAL DO PASSIVO COMPENSADO 8.200.926,69 8.639.165,27 TOTAL GERAL DO PASSIVO 19.236.332,17 22.297.045,39 DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICIT EM 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E 2022 R E C E I T A S S O C I A I S RECEITAS 31.12.2021 31.12.2022 ATIVIDADES ASSISTENCIAIS 31.144,79 31.663,26 ATIVIDADES EDUCACIONAIS 23.055.810,30 25.293.318,67 ISENÇÕES DE TRIBUTOS 3.446.614,02 3.914.373,63 GRATUIDADES CONCEDIDAS 374.627,28 169.503,36 RECEITAS FINANCEIRAS 277.219,48 605.095,06 OUTRAS RECEITAS / RECEITAS PATRIMONIAIS 504.423,11 847.095,09 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 1.415.456,93 1.733.776,78 RECEITAS C/ VENDAS 1.912.443,12 2.359.072,08 TOTAL GERAL DAS RECEITAS 31.017.739,03 34.953.897,93 D E S P E S A S S O C I A I S DESPESAS 31.12.2021 31.12.2022 DESPESAS C/ PESSOAL 12.755.499,94 14.446.451,08 DESPESAS ADM/ SERV PREST PJ/CUSTO 6.678.370,96 5.963.418,73 DESPESAS TRIBUTARIAS 44.845,89 42.141,12 DESPESAS FINANCEIRAS 124.799,06 71.229,83 GRATUIDADES CONCEDIDAS 9.059.329,40 9.249.105,38 ISENÇÕES DE TRIBUTOS 1.108.639,31 1.259.496,94 DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 1.099.951,97 1.731.736,29 TOTAL GERAL DAS DESPESAS 30.871.436,53 32.763.579,37 SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 146.302,50 2.190.318,56 RECONHECEMOS A EXATIDÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2022, CUJOS VALORES DE ATIVO E PASSIVO IMPORTAM EM R$ 22.297.045,39
E
QUARENTA
FINANCEIRAS
RELATÓRIO
(VINTE E DOIS MILHÕES, DUZENTOS E NOVENTA
SETE MIL,
E E CINCO REAIS E TRINTA E NOVE CENTAVOS). AS DEMONSTRAÇÕES
NA ÍNTEGRA ACOMPANHADAS DE SUAS NOTAS EXPLICATIVAS E O
DOS AUDITORES INDEPENDENTES, ENCONTRAM - SE À DISPOSIÇÃO DOS INTERESSADOS NA NOSSA SEDE SOCIAL. São Paulo, 31 de dezembro de 2022 José Maria Leite Osmar dos Santos de Paulo Wilson Jose Carpi Diretor Presidente Diretor Tesoureiro Contado CRC 1SP179707/O-2
COLABORAÇÃO
ANDREA CAMPOS
ESPECIAL PARA A REGIÃO
Andrea Campos Pascom paroquial Pascom paroquial Karina Vieira Pascom paroquial

BRASILÂNDIA

Dom Carlos Silva: ‘A Trindade é a base da fé católica’

MILA

ESPECIAL PARA A REGIÃO

CRISTIAN COLABORAÇÃO

No domingo, 4, os éis da Paróquia Santíssima Trindade, Setor Perus, celebraram o encerramento de sua festa patronal, iniciada em 26 de maio, cujas celebrações contaram com a participação de padres da Arquidiocese.

A missa da Solenidade da Santíssima Trindade foi presidida por Dom Carlos Silva, OFMCap., e concelebrada pelos Padres José Miguel Portillo, Pároco; Nial Cogan, Vigário Paroquial; e John Horan, com a participação do Irmão Matthew Broeren e outros religiosos Espiritanos.

O Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia lembrou que a Solenidade da Santíssima Trindade “é uma festa que marca e coroa todo o Tempo Pascal. A Trindade é a base da fé católica, Deus se manifesta em três pessoas”.

Padre José Miguel a rmou que “sem a Santíssima Trindade, nossa Igreja não existiria” e citando a homilia do Bispo, lembrou que “a igreja missionária parte da comunhão entre

o Pai, o Filho e o amor que o Espírito Santo os envolve, impulsiona e envia na missão”.

Participaram os representantes da Paróquia São João Batista, na Vila Man-

galot, da Região Lapa, área de missão da Congregação Espiritana, que doou uma imagem da Santíssima Trindade para a celebração da festa patronal da Paróquia.

Na quinta-feira, dia 1º, na Paróquia São Luís Gonzaga, no Setor Pereira Barreto, houve uma formação para os integrantes dos Conselhos Paroquiais de Pastoral sobre a Carta Pastoral e as Propostas Sinodais a partir do 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo (20172023). A assessoria foi do Cônego José Arnaldo Juliano dos Santos, um dos peritos do sínodo arquidiocesano, que propôs re exões com base no que foi apresentado ao nal de cada uma das questões fundamentais para a sua implementação. Está agendada para julho uma Assembleia Regional de Pastoral para discussão sobre o documento e a indicação do trabalho pastoral em cada paróquia. (por Taíse Cortês)

Em 31 de maio, o Santuário Sião Jaraguá realizou sua festa de 54 anos de existência com uma celebração eucarística presidida pelo Padre Gustavo Hanna Crespo, Reitor, e concelebrada pelos Padres Gabriel Felipe Oberle e Pablo Andrés Pizani, todos do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt. Fundado em 31 de maio de 1969 por Dom Agnelo Rossi, Arcebispo de São Paulo na época, há quatro anos foi reconhecido como santuário arquuidiocesano e há 44 anos é feita a coroação da Mãe de Deus em suas instalações.

(por Sueli Vilarinho)

Na sexta-feira, 2, na Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha, realizou-se a reunião ordinária dos padres do Setor Jaraguá. Após um momento de oração, foi retomada a programação do Setor e apreciadas as diferentes atividades em curso, a saber: formação da Pastoral da Saúde, avaliação da Jornada Regional da Juventude (JRJ), Escola Catequética e agendamento do curso de formação para os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (MESCs), a ser realizado no segundo semestre. Foram dadas orientações para a Assembleia Regional de Pastoral, que ocorrerá em 22 de julho, no Santuário Sião Jaraguá. A próxima reunião será em 8 de julho, na Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Taipas, quando será tratada a Carta Pastoral e as Propostas Sinodais.

(por Edneia Pereira e Padre Cilto José Rosembach)

A Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha realizou, no dia 1º, a reunião do Conselho Paroquial de Pastoral, tendo entre os assuntos em pauta a apresentação da Carta Pastoral do Arcebispo e as Propostas do 1o sínodo arquidiocesano. Padre Cilto José Rosembach, Pároco, destacou o conteúdo básico sobre o qual o sínodo se fundamenta, o Documento de Aparecida, a exortação apostólica Evangelii gaudium, a Palavra de Deus e a realidade da pastoral na Arquidiocese. Falou, também, sobre ‘Viver em Comunhão Eclesial’ (item 1, da Carta). Ele motivou as pastorais a estudar as propostas e lembrou que estas foram aprovadas durante a assembleia sinodal arquidiocesana, em 2022.

(por Edneia Pereira e Padre Cilto José Rosembach)

na Comunidade Nossa Senhora Aparecida da Paróquia São José Operário, Setor São José Operário, a missa de encerramento da Festa da Visitação de Nossa Senhora, com a coroação da imagem da Virgem Maria. A Eucaristia foi presidida pelo Padre Gilson Feliciano, SV, Pároco. Durante o mês de maio, os grupos de rua da Paróquia realizaram nas igrejas e nas casas dos éis a oração do Santo Terço em honra à Virgem Maria. (por Keli Ferreira dos Santos Silva)

(por Pascom paroquial)

No sábado, 3, os jovens da Paróquia Cristo Libertador acolheram as réplicas da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Houve um momento de adoração, conduzido pelo Padre Maycon Wesley, Pároco, e missa presidida pelo Padre Robinson Sérgio dos Santos, Vigário Paroquial da Paróquia São Luís Maria Grignion de Montfort. A réplica da Cruz Peregrina permanecerá no Setor Jaraguá até o dia 8, percorrendo as demais paróquias.

16 | Regiões Episcopais | 7 a 13 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
Em 31 de maio, aconteceu Pedro Silva Edneia Pereira Priscila Rocha Antônio C. Vicente Pascom paroquial Anderson Braz

CRP tem formação sobre os 13 itens da Carta Pastoral do Arcebispo

toral; e demais padres, além de diáconos e agentes das pastorais.

O Conselho Regional de Pastoral (CRP) se reuniu no sábado, 3, na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, Setor Lapa.

A atividade foi conduzida por Dom José Benedito Cardoso, com a participação do Padre João Carlos Deschamps de Almeida, Vigário-Geral Adjunto regional; Padre Pedro Augusto Ciola de Almeida, Coordenador Regional de Pas-

O Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa iniciou o encontro com uma oração e passou a palavra ao palestrante convidado, o Cônego José Arnaldo Juliano dos Santos, Coordenador Regional de Pastoral da Região Sé, que re etiu sobre os 13 itens da Carta Pastoral do Arcebispo e as Propostas Sinodais, publicados em março, após a realização do 1o sínodo arquidiocesano de São Paulo (2017-2023).

Em 28 de maio, os éis da Paróquia Nossa Senhora do Líbano, Setor Pirituba, participaram da missa na memória litúrgica da padroeira, presidida pelo Padre José Antônio Filho, Pároco. Ao término da celebração, houve a coroação da imagem mariana pelas crianças da Catequese. (por Benigno Naveira)

Em 25 de maio, na Paróquia São Pedro Apóstolo, Setor Lapa, aconteceu a missa de envio do Monsenhor Juarez Albino Destro, RCJ (ao centro da foto), que foi nomeado pelo Papa Francisco como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre (RS). A Eucaristia foi presidida pelo Padre Geraldo Tadeu Furtado, RCJ, Superior Provincial dos Rogacionistas (Província São Lucas), tendo entre os concelebrantes o Padre João Inácio Rodrigues, RCJ, Pároco. A ordenação episcopal do Monsenhor Juarez Albino Destro acontecerá no dia 17 de junho, na Catedral Metropolitana de Porto Alegre, presidida por Dom Jaime Spengler, OFM, Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam). (por Benigno Naveira)

Nos dias 27 e 28 de maio, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Setor Leopoldina, o grupo paroquial “Movimento Jovem” realizou o 8º Encontro de Jovens com Cristo (EJC), que contou com a participação de 28 jovens. O evento foi conduzido por Ian Prioste, coordenador dos jovens, com a participação dos Padres Tarcísio Justino Loro, Pároco, e Fernando Gross, da Diocese de Santos (SP), que re etiram sobre o tema “Filho, eis aí tua mãe”. (por Benigno Naveira)

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LAPA
No domingo, 4, Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, durante missa por ele presidida, conferiu o sacramento da Crisma a cinco jovens e adultos da Paróquia Santo Alberto Magno, Setor Butantã, e três da Área Pastoral São João Batista, que pertence à Paróquia. Concelebraram os Padres Antônio Francisco Ribeiro, Pároco, e José Carlos de Freitas Spinola, Vigário Paroquial, com a assistência do Diácono Antônio Geraldo de Souza. (por Benigno Naveira) Dom José Benedito Cardoso presidiu missa na Paróquia Santa Mônica, Setor Pirituba, na noite do domingo, 4, e conferiu o sacramento da Crisma a 16 jovens. Concelebrou o Padre Hayang Lim Koo (Padre Daniel), Pároco. (por Benigno Naveira)
BENIGNO NAVEIRA COLABORADOR DE COMUNICAÇÃO NA REGIÃO
Maria Tiemi Katiuscia Teodoro Pascom paroquial Pascom paroquial Marcos Grego Benigno Naveira

Basílica de Sant’Ana recebe os símbolos da Jornada Mundial da Juventude

MARIANA CARVALHO COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

Entre os dias 28 de maio e 3 de junho, a Basílica Menor de Sant’Ana abrigou as réplicas dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ): a Cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora.

Durante o período, com a presença dos jovens que irão à JMJ 2023, em Lisboa, a Comunidade Canto de Maria organizou noites de celebração com a participação de membros das Congregações Humildes Servos da Rainha do Amor e Servas de Nossa Senhora da Alegria, bem como da Comunidade Shalom e Instrumento de Deus, além da dupla Peregrinos do Amor. Entre as ações, foram realizadas vigílias, celebrações eucarísticas, Terços, luau e adoração ao Santíssimo Sacramento.

“Viver todos esses dias nos prepara ainda mais para a Jornada Mundial da Juventude, que está logo ali. Foi uma oportunidade única e, com certeza, renovei minha fé por meio das noites em que estivemos juntos!”, contou Pedro Luiz Cruz, 20, da Comunidade Canto de Maria.

As réplicas foram enviadas à Região Brasilândia duNo sábado, 3, na Cúria regional, aconteceu a reunião do Conselho Regional de Pastoral (CRP), conduzida por Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, e pelo Padre Andrés Gustavo Marengo, Coordenador Regional de Pastoral.

(por Denilson Araújo)

rante a celebração eucarística presidida pelo Padre José Roberto Abreu de Mattos, Pároco e Reitor, e concelebrada pelos Padres Roberto Fernando Lacerda, Assessor

Eclesiástico do Setor Juventude da Região Santana, e José Miguel Portillo e Evander Bento Camilo, Assessores Eclesiásticos do Setor Juventude da Região Brasilândia.

No domingo, 4, a Comunidade Canto de Maria realizou, na Basílica Menor de Sant’Ana, a segunda edição do “Jovem, levanta-te!”, evento que reuniu mais de 100 jovens e foi aberto com a celebração eucarística presidida pelo Padre José Roberto Abreu de Mattos, Pároco e Reitor. Durante todo o dia, houve palestras, momentos de animação, convivência e diversão. A atividade foi nalizada com a adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzida pelo Diácono Seminarista Rômulo Freire Barroso.

(por Canto de Maria)

IPIRANGA

As equipes regionais do Serviço à Pastoral Vocacional participaram, no sábado, 3, do Encontro de animação vocacional arquidiocesano, na Basílica de Sant’Ana. Na palestra, ministrada por Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga e Referencial para as Vocações, destacou-se a vocação como graça e dom de Deus. (por Karen Eufrosino)

No sábado, 3, o Padre Jonathan Aparecido Lopes Gasques foi apresentado à Paróquia Santa Paulina, Setor Anchieta, como novo Vigário Paroquial, em missa presidida Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, e concelebrada pelos Padres Israel Mendes Pereira, Pároco; José Lino Mota Freire, Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Sião; Alan Santos Leite Xavier, Vigário Paroquial da Paróquia São Francisco Xavier, na Região Santana; e Carlos André Romualdo, Administrador Paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo, na Região Belém, com a assistência do Diácono Seminarista Alysson de Carvalho.

(por Paula Silva Barbosa)

No domingo, 4, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, presidiu a missa da Solenidade da Santíssima Trindade na Paróquia São João Batista, Setor Ipiranga, concelebrada pelos Padres Antônio César Seganfredo, CS, Pároco; Edvaldo Pereira, CS, Diretor do Instituto Cristóvão Colombo; e Evandro Cavalli, CS, responsável pelo Setor de Comunicação dos Missionários Scalabrinianos. Três momentos foram muito signi cativos na celebração: a bênção do Tabernáculo restaurado; a bênção da relíquia e de um novo quadro de São João Batista Scalabrini; e o sacramento da Crisma conferido ao médico Fernando Okano. O Pároco ressaltou que foi a primeira vez que se pôde celebrar São João Batista Scalabrini, cuja festa litúrgica acontece em 1º de junho, invocando o Apóstolo dos Migrantes como Santo, uma vez que sua canonização se deu em outubro de 2022. (por Padre Antônio César Seganfredo, CS)

Em 30 de maio, os colaboradores das secretarias paroquiais da Região Ipiranga estiveram reunidos na Cúria regional para um momento formativo sobre os sacramentos do Batismo e Matrimônio e suas aplicações no dia a dia dos trabalhos nas secretarias. A atividade foi conduzida pelo Padre Everton Fernandes Moraes, Chanceler do Arcebispado, e contou com a acolhida de Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga. (por Karen Eufrosino)

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SANTANA
Comunidade Canto de Maria
Mariana Carvalho Serviço à Pastoral Vocacional Paulo Silva Barbosa Karen Eufrosino Pascom paroquial

Polônia Manifestação

contra governo nacionalista

leva 500 mil pessoas às ruas de Varsóvia

Atendendo a uma convocação de líderes da oposição, 500 mil pessoas saíram às ruas de Varsóvia no domingo, 4, para protestar contra as políticas do partido populista de direita Lei e Justiça, que governa o país do Leste europeu há quase oito anos em constante atrito com a União Europeia.

A multidão que tomou as ruas da capital polonesa foi incitada a participar da “maior manifestação em 30

Liturgia e Vida

‘Quero misericórdia’

anos”, segundo os organizadores, que esperavam a ida de 300 mil pessoas. As eleições legislativas na Polônia, cujo resultado pode levar a mudanças no governo nacionalista ultraconservador, estão previstas para acontecer em outubro ou no início de novembro, mas ainda não tiveram as datas divulgadas.

Os líderes da oposição abriram a passeata, acompanhados do lendário dirigente do primeiro sindicato livre do mundo comunista na década de 1980, Lech Walesa, 79, que

Turquia

recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1983, e mesmo ausente do cenário político, fez questão de demonstrar seu apoio.

Os manifestantes pediam a defesa da democracia, que tem sido atacada por reformas que restringiram o Estado de direito e as liberdades dos poloneses; exigiam eleições livres na Polônia e no Parlamento Europeu, em 2024 e denunciavam “a alta do custo de vida, fraudes e mentiras” do governo ultranacionalista no poder.

Fonte: RFI Brasil

lutam para se recuperar da destruição quatro meses após terremoto

Quatro meses se passaram desde que a terra tremeu em 6 de fevereiro no Sul da Turquia, causando imensos danos materiais e humanos. Segundo o último comunicado publicado pelo Ministério do Interior do país em 6 de abril, 50.399 pessoas perderam a vida naquele desastre natural.

A cidade de Iskenderun, sede da diocese católica latina de Anatólia, foi severamente afetada, e a Catedral da Anunciação desmoronou (foto). Apenas o campanário e a abadia permanecem de pé entre as ruínas. As pedras do edifício ainda estão espalhadas pelo chão entre os restos de paredes.

Muitas estradas, assim como as igrejas, ainda estão fechadas. Apenas a Igreja Melquita permanece de pé e pode ser

usada. A fachada da Igreja Católica Siríaca ainda se mantém, embora todas as outras igrejas estejam severamente dani cadas ou destruídas.

A vida, no entanto, voltou um pouco ao normal, e a missa é celebrada todos os dias na sala de reuniões da Diocese da Anatólia, que foi poupada pelo terremoto.

A Caritas Anatolia, cuja sede também está localizada dentro do bispado, ainda distribui cerca de 400 cestas básicas todas as semanas para as vítimas que permaneceram no local.

Na cidade de Antioquia, que perdeu 22.979 habitantes, a Igreja Católica latina está fechada.

“Nossa igreja em Antioquia não sofreu grandes danos,

mas o prédio não é considerado seguro. Ninguém sabe o que acontecerá com ela no futuro. Os cristãos não têm mais um lugar para celebrar a Eucaristia. Estamos buscando uma forma de resolver esse problema, mas não tenho uma resposta no momento”, disse Dom Paolo Bizzeti, Bispo de Anatólia. As autoridades prometeram reconstruir a cidade em um ano, porém as novas casas estão sendo planejadas no sopé das montanhas, longe do centro histórico, onde estava todo o patrimônio religioso. A grande questão é se a diversidade e a convivência características de Antioquia serão preservadas. (JFF)

Fonte:ACIDigital

Camarões

Estado e Igreja compartilham o combate contra o discurso de ódio

No contexto da crise anglófona na região Sudoeste do território de Camarões, que luta pela independência do restante do país, que é francófono, as autoridades camaronesas pretendem fortalecer sua luta contra os propagadores de discurso de ódio.

“Qualquer pessoa considerada culpada de algum discurso de ódio, que hoje inclui a discriminação étnica e social, a estigmatização, a violência e o tribalismo, que se expressa tanto por meio dos canais de mídia convencional (imprensa, rádio, televisão) quanto na mídia on-line, especialmente nas

mídias sociais, assim como qualquer mídia que use sua plataforma para promover a xenofobia, será severamente punida de acordo com as leis da República”, declarou Paul Atangaji, ministro da Administração Territorial há alguns dias.

Na luta contra esse tipo de discurso, as autoridades camaronesas podem contar com o apoio da Igreja Católica.

“Se você ler a Bíblia, São Tiago lhe dirá que você pode controlar a maior máquina, pode controlar o maior navio, pode controlar até a arma mais so sticada, mas há uma coisa que é muito

pequena, mas muito difícil de controlar: a língua”, enfatiza o Padre Humphrey Tatah Mbuy, Secretário de Comunicações da Conferência Episcopal de Camarões. “A língua pode causar uma in nidade de problemas, assim como já causou várias guerras.”

O Sacerdote propôs a seguinte solução para combater o discurso de ódio.

“A regra de ouro é: não faça aos outros o que você não gostaria que zessem a você; então, não diga nada a alguém quando você não quer que a mesma coisa seja dita a você”, concluiu. (JFF)

PADRE JOÃO BECHARA VENTURA

Fixando o olhar sobre Mateus na coletoria de impostos, Jesus o chamou à conversão e a ser discípulo: ‘Segue-me!’ (Mt 9,9). O publicano não hesitou em aceitar o convite. Provavelmente, já havia presenciado as pregações do Mestre, cujas palavras cheias de verdade e de caridade ecoavam na sua consciência. Bastou apenas um convite explícito para que Mateus nalmente permitisse que Deus conduzisse a sua existência. ‘Segue-me’!… E eis que se iniciou um percurso repleto de felicidade, entrega e, principalmente, da graça de Deus, que faria de Levi um apóstolo, um evangelista, um mártir e um santo.

A simplicidade do relato feito pelo próprio Mateus deve nos interpelar também a nós. Mesmo em um mundo que volta a ser pagão, muitas pessoas estão abertas e, no fundo, desejosas do chamado de Deus! A quantos Jesus tem preparado há anos ou mesmo décadas, dotando-lhes de qualidades naturais, de boa vontade e, acima de tudo, concedendo-lhes graças especiais em vista de sua conversão, de uma vocação e da felicidade eterna! Tantos ainda vivem “sem esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2,12) e necessitam somente que alguém lhes olhe nos olhos com sinceridade e bondade de cristão e diga: ‘Siga o Senhor!’, ‘abrace esta vocação’, ‘coragem’!

A que se deve nossa falta de audácia para propor ao próximo a fé em Cristo, uma determinada vocação ou as exigências morais do Evangelho? Talvez tenhamos pouca fé e pouca coerência de vida, o que nos leva a paralisar-nos receosos. Ou quem sabe sejamos retidos pelos respeitos humanos, pela vaidade, pelo medo de ‘levar um fora’ e parecer intrusivo. Mas pode ser, também, que, além das razões (irracionais) acima, falte-nos sobretudo compaixão. A misericórdia foi uma das grandes forças que moveram Nosso Salvador neste mundo. Por ela, Jesus ensinou, fez milagres, sofreu, gastou-se e aceitou a Morte de Cruz, já que sabia das graves consequências do afastamento de Deus nesta vida e na eternidade. Como o Samaritano da parábola que, por compaixão, não desviou os olhos, não temeu sujar as mãos com as feridas alheias e menos ainda se preocupou com o que os demais poderiam pensar por carregar um estrangeiro estropiado em sua montaria, Jesus nunca teme chamar-nos à saúde e à conversão, nem mesmo nos períodos da vida em que estamos mais desorientados. Por isso, diante dos que se escandalizavam do fato que falasse com pecadores e mesmo se sentasse à mesa com eles, Jesus respondeu: ‘Aprendei, pois, o que signi ca: quero misericórdia e não sacrifício’ (Mt 9,13).

A salvação havia entrado na casa de Mateus. Por meio dele, entraria também na vida de muitos outros publicanos, como por exemplo Zaqueu (Lc 19,1ss). O futuro Evangelista convidou seus amigos para conhecer o Mestre, pois teve a mesma misericórdia que o Senhor tivera com Ele. Quis dar-lhes Aquele que descobrira ser o Tesouro. Podemos nos perguntar: tenho essa mesma misericórdia? Quem espera o meu convite em nome de Jesus? Jesus é, de fato, meu tesouro? Quero compartilhá-lo?

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10º DOMINGO DO TEMPO COMUM 11 DE JUNHO DE 2023 Padre Antuan Bilgin
Fonte: La Croix International
Dioceses

Papa Francisco: a família é ‘fonte prioritária da vida social’

FILIPE DOMINGUES

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO, EM ROMA

Criar sinergia entre a vida em família e a participação das famílias na vida pastoral é um grande desa o para a Igreja nos tempos atuais, um tema que requer atenção especial por parte das universidades católicas. Assim re etiu o Papa Francisco no lançamento do “Family Global Compact”, em 30 de maio, uma iniciativa do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. O programa prevê ações para colocar em diálogo a pastoral familiar e centros de estudo e pesquisa sobre a família de todo o mundo.

“A família é fonte prioritária da vida social”, declarou o Pontí ce em sua mensagem. Partindo da realidade das próprias famílias, em tempos de “incerteza e de carência de esperança”, escreve, é preciso ajudá-las a “apreciar o Matrimônio, a vida familiar com seus recursos e seus desa os, a beleza de gerar e cuidar da vida humana”.

Estudos sociais em diferentes partes do mundo têm mostrado que, embora haja uma “crise das relações familiares, alimentada, seja por di culdades contingentes, seja por obstáculos estruturais”, a maioria das pessoas, inclusive jovens, valoriza a família e quer fazer parte de uma família.

OS QUATRO PASSOS DO PROGRAMA SÃO:

1. Ativar um processo de diálogo e maior colaboração entre os centros universitários de estudo e pesquisa que se ocupam de temáticas familiares, para tornar

mais fecunda a sua atividade, especialmente criando ou relançando as redes dos institutos universitários que se inspiram na Doutrina Social da Igreja;

2. Criar maior sinergia, nos conteúdos e objetivos, entre comunidades cristãs e universidades católicas;

3. Favorecer a cultura da família e da vida na sociedade, para que surjam propostas e objetivos úteis às políticas públicas;

4. Harmonizar e apoiar, uma vez identi cadas, as propostas surgidas, a m de que o serviço à família seja enriquecido e sustentado nas vertentes espiritual, pastoral, cultural, jurídica, política, econômica e social.

MAIS SOBRE O PROJETO

Na coletiva de imprensa que apresentou o programa, o Cardeal Kevin Farrell, Prefeito do Dicastério, disse que o “Family Global Compact” oferece uma “contribuição à formação de um pensamento global e integral sobre o Matrimônio e a família, que se desenvolva a partir da realidade atual, tendo em consideração que na doutri-

na da Igreja a família é muito mais do que uma ideia”. Ele declarou que o projeto nasce entre as inúmeras propostas que seguiram a exortação apostólica pós-sinodal Amoris laetitia, do Papa Francisco, publicada em 2016. De acordo com a Irmã Helen Alford, presidente da Pontifícia Academia para as Ciências Sociais, tanto o Papa Francisco, na Amoris laetitia, quanto seus predecessores, em especial São João Paulo II, na Familiaris consortio (1981), diziam que era preciso partir sempre das “realidades concretas” das famílias antes de fazer propostas pastorais. Em um congresso recente da Academia, disse ela, cou evidente que as ciências sociais mostram que “a família continua sendo uma estrutura social muito resiliente, capaz de absorver choques e de oferecer suporte e cura para pessoas em muitas circunstâncias diferentes”.

Segundo o Cardeal Farrell, “não podemos nos resignar com o declínio da realidade familiar em nome da incerteza, do individualismo e do consumismo. Não podemos ser indiferentes ao advento da família nem renunciar a propor com clareza a mensagem cristã sobre a família”, disse. “Devemos, no entanto, saber fazer de maneira mais e caz, com modalidades de comunicação adaptadas aos nossos tempos e às novas gerações”, completou.

“Promover a família no espaço privado, mas também naquele público, só poderá ter efeitos positivos sobre o bem comum: quando as relações familiares são boas, representam uma riqueza para os cônjuges, oslhos e para a inteira comunidade civil e eclesial”, a rmou o Cardeal Farrell.

Enviado do Pontífice vai à Ucrânia para estreitar relações

Escolhido pelo Papa para representá-lo em diálogos que visam à paz na Ucrânia, o Cardeal Matteo Maria Zuppi foi a Kiev nos dias 5 e 6, tendo entre os compromissos uma reunião com o

presidente Volodymyr Zelensky. Em nota, o Vaticano a rmou que a missão escutou “de modo aprofundado as autoridades ucranianas sobre os caminhos possíveis para alcançar uma paz

justa e sustentar gestos humanitários que contribuam com a amenização das tensões”.

Arcebispo de Bolonha e Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI),

o Cardeal se reportará ao Papa, o que será “útil para avaliar os passos a continuar a fazer, seja em nível humanitário, seja na busca de percursos de paz justa e duradoura”, diz oVaticano. (FD)

20 | Papa Francisco | 7 a 13 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br

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