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EDIÇÃO 2020/1 • JORNAL SÔFOCA

POLÍTICA

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MULHERES NEGRAS QUE FIZERAM HISTÓRIA nesta. “A população ainda acredita que podemos desempenhar nossa função com honestidade em defesa dos direitos da sociedade”, disse em seu discurso de posse. Em 31 de outubro de 2020, aos 67 anos, a ex-deputada faleceu em decorrência de problemas pulmonares. Conheça Carolina Maria de Jesus, uma das primeiras autoras negras publicadas no Brasil

Conheça Vilma Moreira, primeira deputada estadual negra de Mato Grosso

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leita para a legislatura estadual de 2007 a 2011, a professora Vilma Moreira dos Santos deixou seu nome registrado na história de Mato Grosso, sendo a primeira deputada negra eleita para ocupar o parlamento estadual. Antes de alcançar o cargo, Vilma foi seis vezes presidente do Sindicato da Categoria dos Profissionais

da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino da Região Sul (Sipros-MT) e duas vezes vereadora de Rondonópolis, a 219 km de Cuiabá. Considerada uma das principais líderes comunitárias do município onde residia, Vilma afirmou em sua posse que ainda acreditava ser possível atuar como parlamentar de forma ho-

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ascida em 14 de Março de 1914, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais. Anos depois mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como catadora de papéis para sustentar os três filhos. Enquanto atravessava uma rotina desgastante em um trânsito diário entre a favela do Canindé, Zona Norte da capital paulista, e o centro da cidade, Maria traçava em pequenos cadernos relatos sobre sua rotina. Em 1958, a escritora conheceu o então jornalista Audálio

Dantas, que colaborou com a publicação de seu primeiro livro, o “Quarto de Despejo”, lançado em 1960. Estima-se que apenas no primeiro ano, a obra vendeu mais de 100 mil exemplares. O livro é considerado uma das maiores referências da literatura brasileira e figura, ao lado de “Casa de Alvenaria”, “Provérbios”, “Pedaços da Fome” e “Diário de Bitita”, entre as obras mais importantes da autora. Em uma edição popular

do livro, a escritora rememorou os motivos pelo qual decidiu iniciar na escrita. “Quando eu não tinha o que comer, em vez de xingar eu escrevia. Tem pessoas que quando estão nervosas, xingam ou pensam na morte como solução. Eu escrevia o meu diário”, relatou. A autora faleceu num pequeno sítio na periferia de São Paulo, em 14 de agosto de 1977.

Emanuel Vs Mauro Mendes: “Muita coisa poderia ser feita se tivessem deixado o ego de lado”, avalia cientista político

Mesmo com a pandemia, governador e prefeito elevam tom com troca de acusações e disputas judiciais por Michael Esquer e Rodrigo Costa

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o Brasil, a chegada da pandemia desencadeou um movimento que, até então, não havia sido conhecido por grande parte dos países que já enfrentavam a crise sanitária: a politização da crise. A nível nacional, em março de 2020, o presidente desdenhou o poder destrutivo que o vírus da Covid-19 poderia ter na saúde e na economia e, ao mesmo tempo, disputou a agenda da mídia, que até então realizava uma cobertura intensa sobre a pandemia. Em Mato Grosso, igualmente, a população teve duas figuras políticas dividindo a agenda da mídia na cobertura da crise: Mauro Mendes, governador do Estado, e Emanuel Pinheiro, prefeito de Cuiabá. O historiador e cientista político Louremberg Alves avalia que gestores utilizaram a pandemia como palanque eleitoral e sustenta o argumento, entre outros fatos, na guerra de decretos protagonizada por ambos em vários momentos da

Emanuel Pinheiro e Mauro Mendes, em evento de inauguração do Hospital Municipal de Cuiabá, em 2019. Foto: Rodinei Crescêncio/RD News pandemia. Até a tarde desta quarta-feira (5) 14.856.888 pessoas haviam testado positivo para a Covid-19 no Brasil. Destes, 411.588 faleceram de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass). Em Mato Grosso, até a mesma data, 368.634 testaram positivo para a Covid-19 em Mato Grosso, destes 9.989 morreram vítimas da doença. Na Capital, o número de positivos para o Sars-Cov

2 totaliza 78.183, dos quais 2.678 representam a morte de vítimas fatais da doença. Os dados constam do painel de monitoramento da Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT). Desentendimento na pandemia A primeira nota técnica sobre a pandemia do novo coronavírus publicada em Mato Grosso foi no dia 20 de março de 2020. Naquela época, a SES-MT tinha o registro de um

único caso, 73 suspeitos de infecção e 33 casos descartados. Com o primeiro registro, o governo do estado orientou, no mesmo dia, o fechamento de bares, parques e proibiu aglomerações. Seis dias depois, o governo reautorizava o funcionamento das atividades econômicas que haviam sido proibidas, com o discurso, que é utilizado até hoje, de proteção da economia. Com decreto publicado desde o dia 20, que determinou estado de

emergência e fechou o comércio, um dia depois do anúncio de Mauro, no dia 27 de março, o prefeito Emanuel Pinheiro classificou, em entrevista dada a coletiva de imprensa, como “equivocado e inoportuno” o documento que flexibilizava as medidas restritivas. Entre os estabelecimentos que voltavam a funcionar, estavam shoppings, supermercados, agências bancárias, casas lotéricas, farmácias, petshops, postos de combustível, oficinas mecânicas, call centers, mercados de capitais e seguros, lojas de departamento, galerias e indústrias no estado. A medida, porém, se tornou o cenário para o primeiro de muitos momentos de atrito entre o chefe do Executivo estadual e Executivo municipal de Cuiabá. Guerra de decretos, ataques sucessivos “Essa briga entre o governador e o prefeito não traz benefício algum nem


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