Gazeta Rural nº 396

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04 Manteigas celebra o Outono realçando a beleza única das faias

05 Praça da Républica será o palco central do Mercado de Natal de Viseu Há um ‘resistente’ do alambique em Vila Chá de Sá Transformar bagaço de uva em aguardente num alambique tradicional é hoje um ritual que, para muitos, passou de moda. Contudo, há ainda quem resista ao tempo, e às modernices, e continue a juntar os amigos, diga-se clientes, aos fins de semana e feriados para ‘fazer’ o bagaço nesta altura do ano.

Ficha técnica Ano XVIII | N.º 396

Periodicidade: Quinzenal

Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320

Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Redacção: Luís Pacheco

Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba

Júlio Sá Rego | Gabriel Costa

Departamento Comercial: Luís Cruz

Sede de Redacção: Lourosa de Cima

3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400

E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546

Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda

Administrador: José Luís Araújo

Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social: 5000 Euros

CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04

Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/

Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

06 Bragança torna-se na ‘Terra Natal e de Sonhos’

08 Há Sabores de Natal no Mercado Municipal de Proença-a-Nova

09 Mercado de Natal de Constância para visitantes e consumidores

10 Certame Gastronómico do Míscaro quer atrair visitantes a Aguiar da Beira 12 Míscaros - Festival de Cogumelo regressa ao concelho do Fundão 14 “Portugal vai estar à mesa” em Santarém

15 Festival da Batata Doce regressa a Aljezur em formato presencial

16 Santa Catarina da Serra acolhe XV Festival Gastronómico do Chícharo 17 Dão Capital promove os vinhos da região em Lisboa

18 ‘Borga 2010’ foi o vencedor do Concurso de Espumantes Bairrada 2021 19 Lançado o livro ‘100 Grandes Vinhos de Portugal’

23 ANIL deu a conhecer os melhores Queijos de Portugal 2021 24 Lagares de azeite da região da Beira já estão em laboração 26 Oliveiras milenares dão origem de projeto de oleoturismo 29

Setor agrícola tem 300 milhões de euros de apoios para alavancar a economia

32 Construção dos Passadiços do Côa fica concluída no início de 2022 33 O ‘último resistente’ do alambique em Vila Chá de Sá

34 Viticultura prepara-se para enfrentar as alterações climáticas 35 CiB debate Ano Internacional das Frutas e Hortícolas

37 Festival ‘Sabores da Terra’ decorre em 15 restaurantes de Penacova 38 Alcobaça realiza edição “Especial Doces & Licores Conventuais”



Evento decorre até 28 de Novembro

Manteigas celebra o Outono realçando a beleza única das faias O município de Manteigas vai celebrar o Outono com a realização de um evento denominado “Faias Serra da Estrela 21”, que decorre até 28 de Novembro, com momentos de ciência, desporto, fotografia, cultura e gastronomia.

“O ‘Faias’ é o novo evento do município de Manteigas de celebração do Outono e resulta da ambição de construirmos uma marca única, forte, atrativa e com alto potencial de comunicação para o exterior, mas que, ao mesmo tempo, conservasse a familiaridade e pudesse ser facilmente reconhecido e acarinhado pelas nossas gentes”, segundo o presidente da autarquia, o independente Flávio Massano. Segundo Flávio Massano, o “Faias Serra da Estrela 21” desenrola-se ao longo de três fins de semana, com uma programação “diversificada e rica em experiências”, e proporcionará a todos os participantes e visitantes momentos de ciência, desporto, fotografia, cultura e gastronomia, “sempre em perfeita comunhão com a natureza”. O evento começou com o ‘São Martinho Sunset’ (‘cocktail’ e música ao vivo), com a abertura de uma exposição fotográfica de geossítios do Estrela Geopark e com o início de um roteiro gastronómico em torno da feijoca, que se prolonga até ao dia 28. O programa inclui, no sábado, a iniciativa “Caminhar com Ciência” (Rota das Faias, no Estrela Geopark) e um ‘trail run’ pelos “Trilhos do Burel”. No fim de semana de 20 e 21 de Novembro realiza-se o VII Festival de Fotografia de Paisagem “Imaginature 2021”. A fechar o programa, entre 26 e 28 de Novembro, irá decorrer um Mercadinho de Outono e, no dia 28, um domingo, o passeio de BTT “Trilhos D’ Outono”. “O nome ‘Faias’, que trará ao evento uma identidade própria porque, efetivamente, as faias [árvores] mais bonitas e conhecidas do país são nossas e de mais ninguém, acabou por surgir naturalmente e é uma justa homenagem a uma das mais belas atrações turísticas de Manteigas, e que, nesta altura do ano, tem a particularidade de proporcionar a todos os que nos visitam uma experiência mágica e um incrível banho de cores de Outono”, justifica o presidente do município de Manteigas. Flávio Massano acrescenta que as faias “emprestam o nome” a um evento que a autarquia pretende “trabalhar e consolidar durante os próximos anos”. “A nossa visão passa por transformarmos este evento numa referência regional e nacional, por acreditarmos no seu potencial e por termos a convicção de que temos os ingredientes naturais perfeitos para o efeito”, concluiu. 4

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Com inscrições abertas até 22 de Novembro

Praça da República será o palco central do Mercado de Natal de Viseu O Rossio será, este ano, o placo central do Mercado de Natal de Viseu, que vai decorrer de 3 de Dezembro a 6 de Janeiro de 2022. A iniciativa, promovida pela Câmara de Viseu, em parceria com a Associação Comercial do Distrito de Viseu, vai integrar uma nova edição do Viseu Natal. A Praça da República será, este ano, o ponto de encontro privilegiado para viseenses, visitantes e turistas realizarem as suas compras, nas tradicionais casinhas de madeira, sendo que o Mercado de Natal poderá também estender-se a espaços e lojas devolutas da rua Direita. Uma vez mais, os produtos tradicionais da quadra natalícia serão convidados especiais e farão as delícias de toda a família. Da doçaria tradicional à chocolataria, dos queijos e enchidos ao vinho do Dão, dos frutos secos às flores, sem esquecer o artesanato e outros produtos, são várias as categorias às quais os operadores se poderão candidatar. Os interessados em participar nesta iniciativa deverão formalizar as suas candidaturas até às 12 horas do dia 22 de Novembro, por email ou presencialmente na Associação Comercial do Distrito de Viseu, na Rua da Paz. Em ambos os casos, a candidatura deve ser acompanhada obrigatoriamente da descrição completa dos produtos a expor e comerciali-

zar, imagens e proposta de decoração interior do espaço. As normas de participação e o formulário de inscrição estão disponíveis online, em www.cm-viseu.pt.

Viseu Natal para dinamizar o comércio local No quadro do Mercado de Natal, o Município de Viseu promove uma nova edição do Viseu Natal. À semelhança de outros anos, a autarquia viseense estabeleceu uma parceria com a Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV) e com Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), congregando esforços na dinamização económica e social deste período natalício que se avizinha. Os protocolos foram hoje aprovados, em reunião de Câmara. A iniciativa pretende promover a celebração das tradições da quadra natalícia, uma das épocas do ano que mais anima e potencia a atividade económica local, particularmente do comércio tradicional das ruas e praças do Centro Histórico e zonas envolventes. Este ano, num contexto excecional gerado pelos efeitos da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), a autarquia de Viseu apela ao cumprindo das medidas de segurança, prevenção e proteção definidas pelo Governo, pelas Autoridades de Saúde e de Proteção Civil e pelo Município para fazer face à situação atual.

Tlf.: 232 411 299 Tlm.: 918 797 202 www.gazetarural.com 5 Email: novelgrafica1@gmail.com


De 1 de Dezembro a 6 de Janeiro de 2022

Bragança torna-se na ‘Terra Natal e de Sonhos’ O Natal mais aguardado de sempre está de regresso e Bragança prepara-se para concretizar os sonhos de miúdos e graúdos, ao oferecer um programa com iniciativas pensadas para toda a família. A magia da mais bela época do ano promete contagiar brigantinos e turistas durante a sétima edição de “Bragança, Terra Natal e de Sonhos” que, de 1 de Dezembro a 6 de Janeiro de 2022, regressa depois de um interregno de um ano, devido à pandemia por Covid-19.

A Praça Camões e a Praça da Sé, em pleno Centro Histórico, assumem-se como o epicentro de Bragança, Terra Natal e de Sonhos, onde a pista de gelo natural coberta, com 300 m2, e a iluminação de Natal são protagonistas. Também a Casa do Pai Natal, o comboio infantil, o baloiço, a roda e o carrossel, a árvore de Natal iluminada, em plena Praça da Sé, ou as Tasquinhas de Natal são atrativos para viajar até à capital do nordeste transmontano. Mas o espírito natalício não se vai sentir, apenas, no Centro Histórico de Bragança. O Natal vai acontecer um pouco por toda a cidade, com a realização de concertos de Natal pelas Bandas de Música de Pinela, de Izeda e Bribanda - Banda 6

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Filarmónica de Bragança, ou pelo Conservatório de Música e Dança de Bragança e pelo Coral Brigantino, ou dos espetáculos “Tango Maestro – Cem anos de Piazzola”, “A Última Refeição” ou “o Lago – Lamov Ballet”, no Teatro Municipal de Bragança. O desporto associa-se à solidariedade, com o IV Trail Urbano Solidário e Caminhada, o Natal a Pedalar Solidário e o Desfile Solidário de Carros Clássicos. Bragança, Terra Natal e de Sonhos é uma iniciativa organizada pelo Município de Bragança, em parceria com a União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo, a ACISB Associação Comercial, Indústria e Serviços de Bragança, o NERBA – Associação Empresarial do Distrito de Bragança e a Unidade Pastoral Senhora das Graças. Conta, ainda, com o apoio da Polícia de Segurança Pública, Bombeiros Voluntários de Bragança, Escolas e Agrupamentos de Escolas de Bragança, Fundação “Os Nossos Livros” – Conservatório de Música e Dança de Bragança, Bribanda - Banda Filarmónica de Bragança, Banda de Música de Izeda, Banda de Música de Pinela, Associação Coral Brigantino N. Sra. Das Graças, Agrupamento XVIII de Escuteiros de Bragança, Ginásio Clube de Bragança, Associação de Atletismo de Bragança, Associação dos Amigos do Campo Redondo, Associação Team Giant, Velo Clube de Bragança, Associação Regional de Ciclismo e Cicloturismo de Bragança.


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Nos dias 18 e 19 de Dezembro

Há Sabores de Natal no Mercado Municipal de Proença-a-Nova O Mercado Municipal, e áreas envolventes, de Proença-a-Nova recebe a edição de 2021 do Mercado dos Sabores de Natal, e evento decorrerá nos dias 18 e 19 de Dezembro. Está prevista a tradicional

iluminação decorativa de Natal, música ambiente, animação temática, espaços de venda com artesanato e produtos gastronómicos, com especial destaque para as dez bancas no interior do espaço, que estarão orientadas para a venda de gastronomia regional como pão, tigelada, biscoitos, entre outros produtos, com a obrigatoriedade de venda da tradicional filhó. As seis lojas existentes, e outros balcões, na tenda na área envolvente estarão disponíveis para a venda de artesanato e para os produtores de licores, mel, produtos de cosmética, azeite, vinho, queijos, fruto-hortícolas e bijuterias.

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Apesar da iluminação e decoração nas áreas comuns ser da responsabilidade do Município, os espaços ocupados pelos participantes devem igualmente ser decorados de modo a potenciar o ambiente natalício. A animação durante o evento, ajustada às regras de prevenção, será também da responsabilidade da Câmara Municipal, que pretende assim dar continuidade e preservar as atividades culturais e sociais de celebração desta época festiva, cumprindo todas as medidas de segurança que o momento atual exige. As inscrições, abertas para todas as associações, produtores e artesãos com sede ou morada no concelho, deverão ser feitas até às 17 horas do dia 26 de Novembro.


Marcado para os dias 17, 18 e 19 de Dezembro

Mercado de Natal de Constância quer atrair visitantes e consumidores Numa iniciativa da Câmara de Constância, terá lugar nos próximos dias 17, 18 e 19 de Dezembro o Mercado de Natal, evento que visa atrair a Constância, e em especial ao Centro Histórico, visitantes e consumidores que na época natalícia procuram ofertas genuínas e diferentes.

O Mercado de Natal, cujas inscrições estão abertas até ao próximo dia 30 de Novembro, será subordinado ao tema da quadra que vivemos, pretendendo dar a conhecer o artesanato, os produtos e doces locais e regionais, antiguidades, entre outros que possam ser sugestões de prendas e ofertas. Podem inscrever-se para participar todas as pessoas singulares e coletivas legalmente habilitadas para o exercício da atividade.

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Nos dias 27 e 28 de Novembro, em Aguiar da Beira

Certame Gastronómico do Míscaro

promove o território e os produtos do concelho No último fim de semana de Novembro o míscaro está em destaque num certame gastronómico que atrai a Aguiar da Beira alguns milhares de visitantes, ávidos de provar um saboroso arroz de míscaros, mas também outras iguarias da gastronomia do concelho. Nos dias 27 e 28 de Novembro todos os caminhos vão dar a Aguiar da Beira. O Certame Gastronómico do Míscaro tem lugar marcado na agenda de todos os que apreciam este pitéu, mas também os amantes dos desportos de natureza, como a Orientação, que tem

“Com este evento queremos valorizar e reconhecer o nosso território e as suas gentes” 10

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palco privilegiado neste concelho. O Certame Gastronómico do Míscaro é um evento promovido pela Câmara de Aguiar da Beira, que, desde 2013, visa em primeiro lugar divulgar esta guaria, mas também promover a gastronomia local, contando com a participação dos diversos de restaurantes do concelho. Para além do Roteiro Gastronómico, o programa contempla outras atratividades, como o Mercadinho Agrícola, com exposição e venda de produtos locais, como a castanha, o queijo, a maçã, os enchidos, o mel, entre outros, dinamizado pelas juntas de freguesia e instituições de solidariedade do concelho. Haverá também palestras, live-cooking, workshops temáticos, exposições e muita animação. Para os amantes da natureza e do desporto, há um Passeio Micológico e o Trail do Míscaro, organizado pelo Jornal + Aguiar da Beira, em colaboração com a autarquia local.

O presidente da Câmara de Aguiar da Beira disse que a edição deste ano não será diferente de outras já realizadas, tendo em conta que tomou posse em meados de Outubro. Virgílio Cunha, em entrevista à Gazeta Rural, diz que este evento tem por objetivo é “promover os produtos endógenos do nosso concelho”, mas também “valorizar e reconhecer o nosso território e as suas gentes”. Gazeta Rural (GR): Haverá na edição deste ano algo diferente, relativamente a anos anteriores? Virgílio Cunha (VC): Este é o primeiro evento do meu mandato e não será diferente dos anteriores. Não se realizou em 2020, devido à pandemia, além de que o novo executivo da Câmara de Aguiar da Beira tomou posse em meados de Outubro, daí que organizar este evento de outra forma não era realista


da nossa parte. De qualquer modo, o essencial está no programa já divulgado. O objetivo é promover os produtos endógenos do nosso concelho, nomeadamente os cogumelos, a castanha, a maçã, o queijo, o mel e o vinho, embora este em menor escala. Com este evento queremos também valorizar e reconhecer o nosso território e as gentes que nele habitam. Temos condições edafoclimáticas propícias à produção destes produtos, que são de excelente qualidade, mas temos também que valorizar as pessoas, nomeadamente aos nossos agricultores, pois são elas que cultivam, tratam e limpam o espaço, para que possamos ter estes produtos, nomeadamente os cogumelos, que pretendemos promover com este evento. Contudo, este certame serve também para valorizar e promover a atividade económica de Aguiar da Beira, nomeadamente a restauração e hotelaria, que passaram por momentos muito difíceis no último ano e meio, para além de que são estes produtos de qualidade que atraem pessoas ao concelho. Os nossos restaurantes têm um papel fundamental na dinamização económica do nosso concelho, com a atração de turistas e visitantes que se deliciam

com estes produtos. GR: O turismo gastronómico e a Orientação continuam a ser uma aposta? VC: Naturalmente. O turismo ligado ao míscaro e aos nossos produtos endógenos, bem como a prática da Orientação, - uma modalidade desportiva que faz de Aguiar da Beira um pólo de atratividade dos seus praticantes, são atividades em que vamos continuar a apostar e a dinamizar, pois estão na base deste certame. Estamos certos de que este será, mais uma vez, um evento bem sucedido, pois acreditamos que durante o fim de semana do certame muitos serão os visitantes que demandarão ao nosso concelho. GR: O Trail do Míscaro é um dos momentos altos? VC: É. E abre o programa do certame. No Trail do Míscaro, promovido em cooperação com um jornal cá da terra, são esperados mais de 800 participantes, que vão também ajudar a dinamizar o nosso tecido económico nos dois dias do evento. Estas centenas de pessoas serão os ‘embaixadores’ do que fizermos de bem nesse fim de semana e, também, transportadores da mensagem que queremos transmitir com este

certame, e o conjunto de atividades que lhe estão associadas, para o exterior do concelho. GR: O turismo gastronómico é uma boa alavanca para o tecido económico do concelho, tendo em conta os produtos que lhe estão associados? VC: Exatamente. Aguiar da Beira é, entre os concelhos à sua volta, o que tem maior número de empreendimentos ligados à hotelaria e restauração. Temos uma gastronomia muito rica e variada, assente em produtos cultivados no nosso território. Para termos uma ideia do que estamos a falar, só no Certame Gastronómico do Míscaro são servidas cerca de um milhar de refeições, sem contar as que são servidas nos diversos restaurantes do concelho. O setor da hotelaria e restauração é uma alavanca muito forte para o desenvolvimento da nossa terra. Temos restaurantes de alta qualidade em todo o concelho, que primam por uma gastronomia típica, com produtos regionais, apostando nas novas, ou velhas, tendências dos saberes e sabores ancestrais dos que nos antecederam, ou, se quiserem, de uma cozinha tradicional com pratos de conforto, que os visitantes aqui poderão encontrar ao longo de todo o ano. www.gazetarural.com

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O Míscaros - Festival de Cogumelo vai regressar, nos dias 19, 20 e 21 de Novembro, à aldeia do Alcaide, no concelho do Fundão, em formato presencial e com reforço das medidas de prevenção contra a covid-19. De 19 a 21 de Novembro, na aldeia do Alcaide

Míscaros - Festival de Cogumelo regressa ao concelho do Fundão “Voltamos com um grande sentido de responsabilidade e queremos um festival seguro. O grande objetivo destas medidas passa por protegermos os nossos habitantes e os visitantes”, explicou Fernando

Tavares, da Liga de Amigos do Alcaide, entidade que promove o festival em parceria com a Câmara do Fundão, com a Junta de Freguesia do Alcaide e com a Rede de Aldeias de Montanha. Depois de uma edição em formato ‘online’ e ‘take-way, este é o primeiro certame do género a ser retomado na região em tempo de pandemia, sendo que, para reduzir os riscos, a organização decidiu que a entrada nas tasquinhas e espaços de artesanato será feita mediante apresentação de certificado de vacinação ou de um teste negativo feito até 48 horas antes. A medida está prevista no regulamento do festival e haverá três espaços nas principais entradas da aldeia, onde as pessoas podem apresentar o certificado ou o teste, recebendo depois uma pulseira que lhes dá acesso ao interior dos espaços. Para o exterior a regra não se aplica, mas o apelo é para que todos optem por “comportamentos responsáveis”, tal como apontou o presidente da Junta de Freguesia do Alcaide, Daniel Cruz, na apresentação do evento. Um pedido reiterado pelo presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, que lembrou que a ajuda de todos é fundamental para o sucesso do evento e a tranquilidade social. Caracterizado por uma forte integração das pessoas da aldeia e por primar na decoração, este ano o festival será dedicado ao tema “Alice na aldeia dos cogumelos”, que permitirá cruzar as personagens do conhecido livro “As aventuras de Alice no país das maravilhas”, com o mundo dos cogumelos. A animação e as iguarias gastronómicas também não vão 12

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faltar com o cogumelo a ser rei nas ementas das tasquinhas, onde os visitantes poderão provar pratos como feijoada de míscaros, cogumelos recheados, tábuas de enchidos de cogumelos ou o famoso arroz de míscaros. O festival manterá ainda a componente social e solidária, sendo que este ano o objetivo é reunir cerca de 20 mil euros em donativos para comprar uma cadeira de rodas que permitirá garantir maior qualidade de movimentos a Ângelo Querido, um jovem da aldeia que sofre de uma doença neurológica degenerativa, progressiva. Como forma de homenagear o chef Joe Best, que faleceu recentemente e que tinha uma forte ligação ao festival, o espaço onde se vão realizar os ‘live-cooking’s’ passa a denominar-se Arena Joe Best. Este ano vão passar por lá os chef’s Ricardo Besteiro, Tony Martins, Marlei Cardoso, Flávio Silva, Augusto Gemelli, Maria Caldeira de Sousa, Duarte Batista, José Júlio Vintém e André Apolinário. Do programa fazem ainda parte a animação de rua, passeios micológicos, ‘workshops’ e palestras e o tradicional almoço comunitário de arroz de cogumelos, que se realiza no domingo. Quanto à adesão, a organização está preparada para cenários com mais e menos visitantes, mas as expectativas são as melhores e a procura hoteleira confirma-o: “Temos os hotéis da cidade esgotados e já tivemos contactos de unidades da Covilhã”, detalhou Fernando Tavares. Tal deixa patente a importância do festival em termos económicos, sendo que o município aponta para um impacto de cerca de 600 mil euros, só ao nível do evento. De acordo com Paulo Fernandes, pela natureza gastronómica do festival, o gasto médio dos visitantes é superior e rondará os 30 euros por pessoa, valor que multiplicado por cerca de 20 mil visitantes (já houve anos de mais) dá cerca de 600 mil euros. Um número que, diz, pode aumentar significativamente, caso se some a componente hoteleira e até o retorno mediático alcançado.


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Festival Nacional de Gastronomia, de 18 a 28 de Novembro

Gastronomia portuguesa “mostra-se à mesa” em Santarém A edição 2021 do Festival Nacional de Gastronomia vai realizar-se na Casa do Campino, em Santarém, com 12 tasquinhas típicas representativas de todo o país, música, debates e cinco jantares com chefs “conceituados”. O quadragésimo Festival Nacional de Gastronomia (FNG) vai decorrer na Casa do Campino, em Santarém, com jantares preparados por chefes, tasquinhas típicas de todo o país, animação, conferências e debates a acontecerem de 18 a 28 de Novembro.

A Câmara de Santarém, que promove a iniciativa através da empresa municipal Viver Santarém, destaca o facto de o FNG ter sido distinguido como “um dos 25 melhores festivais gastronómicos da Europa”, um evento que este ano terá em funcionamento 12 tasquinhas que representam municípios e regiões do continente e das ilhas, com uma delas destinada a restaurantes do concelho de Santarém, que, todos os dias, darão a conhecer a gastronomia da região. 14

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Nesta edição, a iniciativa “Jantar com o Chef” vai trazer a Santarém “nomes bastante conhecidos do mundo gastronómico”, afirma uma nota de divulgação do FNG. O jantar de quinta-feira, dia 18, será servido por Rodrigo Castelo, na sexta-feira estará a cargo de Vasco Coelho e Inga Martin e no sábado de Ljubomir Stanisic. Na semana seguinte, no dia 26 de Novembro o jantar será servido por Noélia Jerónimo e Miguel Gameiro, terminando no dia 27 com Chakall. Ao longo dos 11 dias do festival, decorrerão atividades como artesanato, música, espetáculos, apresentação de livros, debates, exposições, ‘showcookings’, conferências e vinhos, acrescenta a nota. Como “novidade” é apresentado o espaço “Livraria”, onde vão ser lançados livros e promovidas sessões de autógrafos sobre gastronomia e onde estará patente a exposição sobre a história dos 40 anos do Festival. O evento, que disponibiliza um espaço para apoio a bebés e animação das crianças, inclui vários concursos nacionais de pratos tradicionais nas modalidades “Entradas”, “Sopas”, “Leitões”, “Marisco”, “Sobremesas”, “Frango Assado”, “Pastéis e Empadas” e “Pratos Cozinhados”, entre outros. Com programa disponível em www.festivalnacionaldegastronomia.pt, o festival terá concertos pelos Black Mamba, João Pedro Pais, Bárbara Tinoco, Ricardo Gama & João Correia e Jessica Pina.


De 26 a 28 de Novembro, com público presente

Festival da Batata Doce regressa a Aljezur em formato presencial O Festival da Batata Doce de Aljezur, no Algarve, vai retomar o formato presencial depois de uma interrupção em 2020 devido à pandemia de covid-19, mas ainda com algumas restrições para adaptá-lo à realidade sanitária, disse a organização.

António Carvalho, vereador da Câmara de Aljezur, entidade que organiza o evento, disse que o levantamento das restrições sanitárias para eventos levou o município a decidir retomar o formato presencial, entre 26 e 28 de Novembro, embora adaptado às normas em vigor para evitar contágios de covid-19. “A batata doce IGP (Indicação Geográfica Protegida) só existe aqui em Aljezur, é um produto de excelência e de identidade do território”, referiu, sublinhando que, depois da realização de uma feira ‘online’, no ano passado, este ano o município considerou que fazia sentido o evento voltar a abrir portas. Aquele responsável justificou a decisão de recuperar o formato presencial com a necessidade de “manter o interesse à volta da batata doce, porque tem um efeito na economia local muito interessante” e uma relação com o território daquele concelho do distrito de Faro. “Temos forte presença de doceiras que se dedicam à batata doce e para elas, se há alguns anos faziam isto por carolice, durante o fim de semana do festival, hoje em dia não já muitas delas têm de levar isto a sério, porque as encomendas são cada vez mais e a procura maior”, argumentou. António Carvalho disse que o festival vai realizar-se num “espaço coberto, que dá conforto, mas que também cria

uma limitação adicional, porque a partir dos 1.000 visitantes é necessária a apresentação de certificado de vacinação da covid-19 ou a realização de teste à entrada”, onde estarão “equipamentos que vão ajudar a controlar acesso”. O recinto terá capacidade para “6.000 pessoas em simultâneo”, mas haverá “condicionantes”, dando o exemplo da área da alimentação, na qual “as pessoas levarão o tabuleiro para a mesa e depois, no final, o espaço será higienizado por equipas formadas para o efeito”, adiantou. A mesma fonte revelou que a limpeza e desinfeção verá o seu custo habitual de entre 15 a 20.000 euros “triplicar” para cumprir as exigências sanitárias, situação que levou a organização a deixar os restaurantes fora do recinto e apenas ter no local associações locais “com petiscos mais simples”. No entanto, acrescentou, os restaurantes do concelho vão ter “em sua casa receitas de batata doce” para serem degustadas pelos visitantes fora do recinto, onde a animação também será “transeunte” e não estará concentrada num só local. “Na área de expositores, que também ela sofreu algumas reduções pelo facto de ainda estarmos em pandemia, temos a presença de artesanato local e tudo o que são produtos que derivam da batata doce”, referiu. A iguaria pode também ser “vendida em sacos” e apreciada “assada nos fornos de lenha existentes no espaço” ou “frita, como faziam antigamente, com canela ou sem”. O Festival da Batata-doce de Aljezur decorre nos dias 26 (sexta) e 27 (sábado) das 12 às 24 horas e no dia 28 (domingo), das 12 às 22 horas. www.gazetarural.com

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De 25 a 29 de Novembro regressa o maior festival de Inverno da zona centro

Santa Catarina da Serra acolhe XV Festival Gastronómico e Cultural “O Chícharo da Serra” A décima quinta edição do Festival Gastronómico e Cultural “O Chícharo da Serra”, em Santa Catarina da Serra, no concelho de Leiria, tem lugar de 25 a 29 de Novembro. Durante cinco dias são esperados milhares de visitantes, para degustar o tradicional chícharo, disponível nas cinco tasquinhas disponíveis, mas também para conhecer o comércio e entidades locais, presentes nos cerca de 30 stands empresariais e de artesanato, não esquecendo um vasto programa cultural. Na tenda das Noite do Chícharo estão já confirmados Sons do Minho, Julinho KSD, Dino D’Santiago, Fonzie, Xtinto, Dj Zanova e Dj Fifty.

Este ano uma das novidades será uma caminhada solidária, pelos trilhos e caminhos do lugar de Santa Catarina da Serra, onde o custo de inscrição se traduz num bem alimentar que, em parceria com a Conferência São Vicente de Paulo, será depois distribuído por famílias carenciadas da região. Esta iniciativa promovida pela ForSerra - Associação Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra e Chainça, comemora o dia da padroeira, Santa Catarina, e o próprio dia da freguesia de Santa Catarina da Serra, a 25 de Novembro. Para a edição de 2021, associaram-se a esta iniciativa cerca de 18 instituições e associações locais. Os bilhetes de acesso estão disponíveis para venda na bilheteira online em www.ochicharodaserra.com, em alguns estabelecimentos locais ou à porta do festival dos dias do evento. Em 2019, a última edição do festival em formato presencial, foram vendidos cerca de 20 mil bilhetes, consumidas três toneladas de chícharos e duas toneladas e meia de bacalhau. A primeira edição do Festival Gastronómico e Cultural O Chícharo da Serra teve lugar em 2005, num conceito de cariz associativo, tendo como principal objetivo a promoção, desenvolvimento e dinamização da freguesia de Santa Catarina da Serra, bem como o apoio às associações locais.

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O Mercado da Ribeira, em Lisboa, vai receber a sétima edição do Dão Capital, evento organizado pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR do Dão). Durante dois dias estarão à prova vinhos de cerca de 30 produtores. A entrada é livre.

Nos dias 19 e 20 de Novembro, no Mercado da Ribeira

Dão Capital promove os vinhos da região em Lisboa A sétima edição do Dão Capital vai decorrer nos dias 19 e 20 de Novembro. O evento, organizado pela CVR do Dão, regressa a Lisboa - mais precisamente ao Mercado da Ribeira - dois anos depois. No certame os visitantes poderão provar os vinhos de cerca de 30 produtores da região, e não só, no calendário há ainda provas comentadas para quem dar a conhecer melhor o que se faz no Dão.

O presidente da CVR do Dão diz que este é um evento obrigatório. “Depois do Dão Invicto, no Porto, estávamos ansiosos para regressar a Lisboa com o Dão Capital. É com grande satisfação que temos a oportunidade de voltar a promover presencialmente os vinhos da região, proporcionando o contacto entre os produtores e os potenciais clientes, após dois anos atípicos para o setor, devido à pandemia. Do que vimos no Dão Invicto, os portugueses continuam com curiosidade de saber mais sobre a região e não temos dúvidas de que este evento será também um grande sucesso”, frisou Arlindo Cunha. Os visitantes do evento poderão, ainda, participar, de for-

ma gratuita, nas provas comentadas que acontecem nos dois dias. No dia 22 (sexta-feira) decorrerão quatro provas: “A Frescura do Encruzado” (16 horas); “O renascido Jaen” (17 horas); “A arte do lote” (18 horas); e “O Dão com idade” (19 horas). No dia seguinte (sábado), as provas terão como tema: “A arte do lote” (16 horas); “A sublime Touriga Nacional” (17 horas); “Dão de Platina” (18 horas); e “Estórias que a vinha antiga conta” (19 horas). O Dão Capital decorrerá entre as 15 e as 22 horas e a entrada é livre, sendo que a aquisição do copo de prova é de cinco euros. Vão estar presentes os produtores Quinta do Carvalhão Torto; Julia Kemper Wines; Cabriz -Casa de Santar; Ribeiro Santo – Carlos Lucas; Casa da Carvalha; Quinta dos Carvalhais; Chão da Quinta; Quinta dos Três Maninhos - Palwines; Quinta Dona Sancha; Quinta da Espinhosa; Caminhos Cruzados; Quinta da Fata; Santar Vila Jardim; Valedivino; Ladeira da Santa; Allgo; Terra Magna; Soito Wines; Vinha de Reis; Donnaires; Quinta do Medronheiro; Taboadella; Adega de Penalva; Caves Arcos do Rei; Quinta de Lemos; Juliana Kelman Wines; Quinta de Santo António do Serrado - Vinhos Barão de Nelas.

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Comissão Vitivinícola retoma competição para celebrar 30 anos DO da região

‘Borga 2010’ foi o vencedor do Concurso de Espumantes Bairrada 2021 ‘Borga Bruto branco 2010’, do produtor Campolargo Vinhos, e ‘Íssimo Baga-Bairrada Bruto branco 2016’, das Caves Arcos do Rei, foram os grandes vencedores do Concurso de Espumantes Bairrada 2021, promovido pela Comissão Vitivinícola da Bairrada e realizado em “Terras de Bem-Viver”, sob o julgamento de 12 jurados.

De entre os espumantes medalhados com Ouro, os mais pontuados passaram à finalíssima, para assim se eleger a Grande Medalha de Ouro e o que mais se distinguiu na categoria de Baga-Bairrada - criada em 2015 e que conta já com mais de 30 referências. No final, o ‘Borga Bruto branco 2010’ apurou-se como o melhor espumante desta competição. Depois de um ano de interregno, devido à pandemia, foi com enorme satisfação e sentido de missão que a Comissão Vitivinícola da Bairrada voltou a realizar esta iniciativa, sentando à mesa de provas um painel de jurados, composto por jornalistas, bloggers, críticos de vinhos, provadores e buyers, que puderam degustar quase seis dezenas de espumantes certificados com o selo de garantia e qualidade DO Bairrada e IG Beira Atlântico. O concurso teve lugar no Museu do Vinho Bairrada e foi presidido pelo crítico de vinhos e jornalista Luís Ramos Lopes, habitante na região e grande conhecedor dos vinhos e espumantes que ali se produzem. Esta edição coincidiu com a celebração dos 30 anos de Denominação de Origem e mais de 130 anos de espumante na região. De referir que é na região vitivinícola da Bairrada que têm origem mais de 50% dos espumantes produzidos em Portugal. Foi na Bairrada que, em 1890 e pelas mãos do Eng.º Tavares da Silva, se deram os primeiros passos na criação deste vinho efervescente em Portugal. Volvidos 101 anos de conhecimento, a 08 de Fevereiro de 1991, foi criada a Denominação de Origem para os espumantes Bairrada, passando a ter que cumprir os requisitos definidos pela Comissão Vitivinícola da Bairrada para poderem envergar o selo de certificação. 18

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Concurso de Espumantes Bairrada 2021 - Lista de Espumantes Premiados Grande Medalha de Ouro (1) Borga Bruto branco 2010 (Campolargo Vinhos) Melhor Baga-Bairrada (1) Íssimo Baga-Bairrada branco 2016 (Caves Arcos do Rei) Medalhas de Ouro (12) Aliança Grande Reserva Bruto branco 2015 (Aliança Vinhos de Portugal) António Marinha Reserva Bruto rosé 2018 (António Marinha) Borga Bruto branco 2010 (Campolargo Vinhos) Casa do Canto Grande Reserva Bruto branco 2016 (Anadiagro) Íssimo Baga-Bairrada branco 2016 (Caves Arcos do Rei) Luiz Costa Pinot Noir Chardonnay V Edição branco 2016 (Caves São João) Marquês de Marialva Bical & Arinto Reserva branco 2017 (Adega de Cantanhede) Montanha Real Grande Reserva Bruto branco 2015 (Caves da Montanha) Primavera Bical Reserva Blanc de Blancs Brut branco 2015 (Caves Primavera) Quinta dos Abibes Sublime Brut Nature branco 2011 (Quinta dos Abibes) Trabuca Grand Cuvée II Edição Brut Nature branco 2016 (Pedro Guilherme Andrade) Medalhas de Prata (4) Argau Bruto branco 2017 (Casa dos Barbas) Montanha Baga Bruto branco 2016 (Caves da Montanha) Quinta do Poço do Lobo Bruto Natural rosé 2015 (Caves São João) Quinta do Poço do Lobo Arinto Chardonnay Bruto Natural branco 2017 (Caves São João)


Da autoria da jornalista Maria João de Almeida

Lançado o livro ‘100 Grandes Vinhos de Portugal’ A editora Zest Books desafiou a jornalista Maria João de Almeida a escrever um livro onde se destaca uma centena de grandes vinhos portugueses. O resultado excedeu as expectativas e deu origem a um livro histórico e artístico, que se assume já como uma referência nacional e internacional.

Não é um livro qualquer. É uma obra que o nosso país já merecia há muito tempo, de referência, intitulada ‘100 Grandes Vinhos de Portugal’. Editado pela Zest Books, o livro inclui a seleção de vinhos e textos da reconhecida jornalista e crítica de vinho Maria João de Almeida, o design criativo da M&A Creative Agency e a produção final gráfica da VOX. Publicado separadamente em duas línguas, (português e inglês), os livros terão distribuição nacional e internacional, tendo em vista reforçar a qualidade dos vinhos portugueses, mas também a sua internacionalização. Para fazer os prefácios foram convidadas duas personalidades incontornáveis do sector, a crítica de vinhos inglesa Julia Harding (Master of Wine), e o presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão. Tal como refere a autora, quem conhece a história e a realidade dos vinhos portugueses sabe bem como a sua qualidade cresceu nos últimos anos. É por isso fácil de imaginar a dificuldade desta escolha dos 100 Grandes Vinhos de Portugal, já que muitos vinhos de grande qualidade ficaram de fora. “Por diversas vezes, vi-me entre a espada e a parede quando tive de optar por este ou por aquele vinho. Mas a vida é mesmo assim, feita de escolhas, e sei que o leque de vinhos escolhidos é motivo de grande orgulho para Portugal”, diz Maria João de Almeida. Através desta seleção de brancos, tintos e espumantes, e até de alguns rosés, ficamos a conhecer as histórias de muitos produtores nacionais, a perceber diferentes métodos de produção e a compreender a lógica e as razões de cada enólogo quando fez determinado vinho desta ou daquela

forma. Momentos e pensamentos agora partilhados através deste livro, que acumula horas de provas e deliciosas conversas, a maioria delas também ao redor de um copo. “São muitos anos dedicados ao mundo do vinho. E só com estes anos acumulados me atrevi a pensar num projeto desta natureza, o qual exige um profundo conhecimento da oferta que existe no mercado. Era, sem dúvida, um livro que fazia falta. Já somos visíveis internacionalmente, os profissionais do setor já reconhecem grande qualidade aos nossos vinhos, mas ainda há um grande trabalho a fazer junto do grande público”, afirma Maria João de Almeida, rematando que “a ideia que tem de prevalecer junto do consumidor a nível mundial não é o preço barato dos nossos vinhos, é a nossa qualidade. Uma qualidade aqui representada por vinhos premium e topo de gama que resultam dos nossos terroirs tão genuínos e de muitas das nossas castas”. A ideia de fotografar garrafas com um objeto que contasse a história do produtor, de uma região ou das suas castas partiu da autora, que não teve dúvidas em desafiar a M&A Creative Agency para o produzir. “O projeto que nos foi apresentado só poderia dar origem a um livro marcante esteticamente. Tinha de se criar um conceito visual distinto, por isso nos empenhámos aprofundadamente em fazer deste livro uma obra de arte, uma edição memorável” afirma Luís Marques, CEO da M&A Creative Agency. “Há anos que a Zest Books se assume como uma editora especializada nas áreas do vinho, da gastronomia e do turismo e, depois de estudar o mercado achámos que faltava no nosso país uma obra marcante como esta, que perdurasse. A Maria João era a pessoa certa para o escrever, e toda a equipa trabalhou em conjunto para este projeto dar certo. Estamos muito orgulhosos do resultado final, não tenho dúvidas que vai dar que falar”, afirma Nuno Seabra Lopes, editor da Zest Books. O livro chegará às livrarias dentro de uma semana. Foi lançado no Altis Grand Hotel e poderá ser adquirido através do site da Zest Books www.zestbooks.pt. www.gazetarural.com

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Nos dias 19, 20 e 21 de Novembro, no Centro Logístico

Pinhel é a capital dos Vinhos & Sabores da Beira Interior O Centro Logístico de Pinhel recebe nos dias 19, 20 e 21 de Novembro a sexta edição do “Beira Interior – Vinhos & Sabores”, evento que pretende promover e divulgar os vinhos e a gastronomia da região. O evento, organizado pelo município de Pinhel e pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), regressa depois da pausa forçada, em 2020, devido à pandemia e também integra a iniciativa “País das Maravilhas”, promovida em parceria com o projeto “7 Maravilhas de Portugal”.

A par do Salão de Vinhos e Sabores, no evento haverá provas comentadas de vinhos, degustações de produtos locais, ‘showcookings’, um seminário, uma área de restauração e animação musical. Contará com a participação de cerca de 30 produtores de vinhos, bem como de outros produtos regionais, como enchidos, queijo, mel, frutos secos, doces e compotas, doçaria tradicional, entre outros. Rui Ventura diz que as expetativas para este regresso “são bastante altas, tendo em conta que sentimos que todos estão ansiosos por voltar à normalidade e ao quotidiano que tanta falta nos faz”. O autarca de Pinhel, em declarações ao jornal “O Interior”, diz o público está “desejoso de poder desfrutar deste certame de características tão próprias e singulares”, mas também aos produtores de vinho e de outros produtos locais e regionais, cuja divulgação e promoção pas-

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sa também por eventos deste género”. Para o edil, o Beira Interior - Vinhos & Sabores 2021, “é de facto uma edição especial e recheada de atrativos”, pois para além do salão de vinhos e sabores, “há toda uma panóplia de atividades complementares, como sejam as provas de vinho comentadas, um seminário sobre enogastronomia e vários momentos de animação musical”. Contudo, Rui Ventura diz que “a grande novidade deste ano é a realização do “País das Maravilhas”, iniciativa com a chancela das “7 Maravilhas de Portugal” que vai ter lugar num dos pavilhões do Centro Logístico e onde será possível, ao longo de todo o fim de semana, degustar os pratos vencedores das sete categorias do concurso “7 Maravilhas da Nova Gastronomia”, realizado no Verão de 2021”. O autarca diz-se “confiante de que vai ser mais um motivo de atração de público a este evento”. O autarca de Pinhel diz que o evento se “afirmou na edição de estreia”, pois a partir daí, “o certame tem crescido de ano para ano”. A prova disso, salienta o autarca, é a associação de outros eventos a este fim de semana dedicado aos vinhos, como a cerimónia de entrega de prémios do concurso “Vinduero-Vindouro”, o maior concurso de vinhos da Península Ibérica, mas também o Raid TT Vinhos da Beira Interior promovido pelo Clube Escape Livre e, este ano pela primeira vez, o Encontro Nacional das Confrarias Báquicas e Gastronómicas, organizado pela Federação das Confrarias Báquicas de Portugal”.


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Com a presença dos chefes Chakall, Luis Américo e Vítor Matos

Festa do Espumante celebra Melgaço de 26 a 28 de Novembro A Festa do Espumante em Melgaço está preparada. O evento, que conhece a sétima edição de 26 a 28 de Novembro, no Largo do Mercado, recupera o modelo presencial e apresenta uma programação intensa, que pretende valorizar os espumantes obtidos no terroir de eleição da casta Alvarinho, bem como os produtores e produtos locais de eleição.

As temperaturas altas verificadas no mês de Outubro levaA Festa do Espumante reunirá no mesmo recinto os grandes artífices dos espumantes de Alvarinho da sub-região, proporcionando aos visitantes a possibilidade de conhecer as mais recentes edições. De igual modo, outros produtos melgacenses (fumeiro, queijos, mel, doçaria tradicional, entre outros) estarão igualmente representados e com possibilidade de aquisição. O espaço de restauração, em funcionamento contínuo no evento, terá menus tentadores para harmonização. Diariamente, o evento receberá no palco provas comentadas que exploram a versatilidade gastronómica dos espumantes de Alvarinho, sessões conduzidas pelo sommelier Manuel Moreira. 22

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No capítulo do show cooking, três conceituados chefes serão protagonistas. Chakall (dia 26, pelas 19:00), Luis Américo (dia 27, 15:30) e Vítor Matos (dia 28, 15:30) apresentam propostas culinárias que terão por base alguns dos ingredientes mais famosos da sub-região, trabalhando-os de um modo criativo que irá, certamente, surpreender. As noites de 26 e 27 de Novembro serão particularmente animadas com música ao vivo e atuações de DJ’s. Rui Afonso e o DJ Tata integram o cartaz de sexta-feira e, no sábado, será a vez do trio Bruno Pereira, Andréa Domingues e Roberto Martins, seguindo-se pela madrugada o DJ Pedro Simões (RFM). A Festa do Espumante, em Melgaço, tem entrada livre e realiza-se dia 26 (das 11 às 02 horas), 27 (das 12 às 02 horas) e 28 de Novembro (das 12 às 18 horas), no emblemático Largo do Mercado. O evento é uma organização do Município de Melgaço com produção da EV-Essência do Vinho e o apoio da Revista de Vinhos.


VENCEDORES DO ‘CONCURSO QUEIJOS DE PORTUGAL 2021’ VENCEDORES DO ‘CONCURSO QUEIJOS DE PORTUGAL 2021’

São 23 os vencedores nas diferentes categorias

ANIL deu a conhecer os melhores Queijos de Portugal 2021

Já são conhecidos os vencedores, nas diferentes categorias, do concurso “Os Melhores Queijos de Portugal 2021”, que premiou 23 dos 203 queijos apreciados pelo júri. As “provas cegas” decorreram em Tondela e a cerimónia de entrega de prémios teve lugar na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto.

Na décima segunda edição do concurso, promovido pela Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL), participaram 54 empresas, com um total de 203 queijos, uma vez que cada empresa podia participar em 23 categorias distintas, como por exemplo, queijo flamengo, queijo amanteigado de vaca, queijo de cabra, queijo fresco, requeijão, entre muitos outros. A iniciativa contou com o envolvimento de produtores de queijo de norte a sul do país, sendo de destacar que, pela primeira vez, foi possível contar com a presença de uma empresa madeirense. O arquipélago dos Açores esteve representado por oito empresas. A competição decorreu em regime de “prova cega”, com 20 jurados com proveniências diversas, nomeadamente representantes do sector queijeiro, dos organismos de controlo e certificação, de instituições de ensino, da restauração e da gastronomia, da distribuição, representantes de empresas do sector industrial e comunicação social. Para a diretora-geral da ANIL, “este foi o momento anual mais esperado e que, acreditamos, é muito importante para o sector. Maria Cândida Marramaque acrescentou que, “com este evento, pretendemos promover e estimular o desenvolvimento da indústria queijeira, no sentido de proporcionar mais e melhores escolhas, bem como fomentar o conhecimento e o posicionamento do produto junto do consumidor, potenciando a tão desejada cultura de queijo”. Aquela responsável frisou que a organização “congratula-se com a participação de todas as empresas e considera mesmo que o evento atingiu já uma maturidade bastante interessante, uma vez que consegue reunir uma diversidade de queijos com níveis de qualidade acima da média”. Agora que os vencedores são conhecidos do grande público, a Maria Cândida Marramaque “espera que os portugueses queiram conhecer e experimentar os novos queijos premiados e se deixem levar numa experiência sensorial de sabores, aromas e texturas”.

Categoria: QUEIJO FRESCO (VACA) Categoria: FRESCO (VACA) PAIVA – Lacticínios do Paiva, SA Vencedor: QUEIJO – Lacticínios do Unipessoal, Paiva, SA Lda Vencedor: PAIVA LACTIFEITA - Lactifeita Menções Lactifeita Unipessoal, Lda Menções Honrosas: LACTIFEITA LACTINOVO – João Ferreira rodrigues Honrosas: LACTINOVO – João Ferreira rodrigues Categoria: QUEIJO FRESCO (OVELHA) Categoria: FRESCO (OVELHA) QUEIJARIA SAPATA - Sapata e Filha, Lda Vencedor: QUEIJO QUEIJARIA SAPATA - Sapata e Filha, Lda Vencedor: Menções QUEIJARIA CACHOPAS - Joaquim Manuel Charrito Cachopas Menções Honrosas: QUEIJARIA CACHOPAS - Joaquim Manuel Charrito Cachopas Honrosas: Categoria: QUEIJO FRESCO (CABRA) Categoria: FRESCO LACTINOVO – João(CABRA) Ferreira rodrigues Vencedor: QUEIJO João Ferreira Vencedor: LACTINOVO LUÍSA – Rigor–Fresco, LDA rodrigues Menções LUÍSA – Rigor Fresco, LDA - JD - Empresa de Lacticínios, SA Menções Honrosas: QUEIJO FRESCO SANTIAGO Honrosas: QUEIJO FRESCO SANTIAGO - JD - Empresa de Lacticínios, SA Categoria: QUEIJO FRESCO (MISTURA) Categoria: (MISTURA) FLÔR DA FRESCO SERRA - Queijaria Prado da Sicó, Lda Vencedor: QUEIJO DADE SERRA - Queijaria Prado da Sicó, Lda Vencedor: FLÔR SERRAS PENELA - Serqueijos Pimenta - Fabrico de Queijos do Rabaçal, Lda Menções SERRAS DE PENELA Serqueijos Pimenta - Fabrico Queijos Rabaçal, Lda Menções Honrosas: PASTOR DO SICÓ - Serqueijos Pimenta - Fabrico dede Queijos dodo Rabaçal, Lda Honrosas: PASTOR DO SICÓ - Serqueijos Pimenta - Fabrico de Queijos do Rabaçal, Lda Categoria: QUEIJO FRESCO (ATABAFADO) Categoria: QUEIJO FRESCO LICÍNIA(ATABAFADO) – Queijaria da Licínia, Lda Vencedor: QUEIJARIA LICÍNIA – Queijaria da Licínia, Lda Vencedor: QUEIJARIA GUILHERME - Queijaria Guilherme Unipessoal, Lda Menções GUILHERME Queijaria Guilherme Unipessoal, Lda Menções Honrosas: LACTOBAIÃO – LactoBaião Unipessoal, Lda Honrosas: LACTOBAIÃO – LactoBaião Unipessoal, Lda Categoria: REQUEIJÃO (VACA) Categoria: (VACA) REQUEIJOESTE – Filomena Maria Amaro Vencedor: REQUEIJÃO – Filomena Amaro Vencedor: REQUEIJOESTE LACTINOVO – João Ferreira Maria rodrigues Menções LACTINOVO – João Ferreira rodrigues Menções Honrosas: REQUEIJÃO ORIGINAL – QUEIJOS SANTIAGO - JD - Empresa de Lacticínios, SA Honrosas: REQUEIJÃO ORIGINAL – QUEIJOS SANTIAGO - JD - Empresa de Lacticínios, SA Categoria: REQUEIJÃO (OVELHA) Categoria: (OVELHA) QUEIJARIA SAPATA - Sapata e Filha, Lda Vencedor: REQUEIJÃO - Sapata e Filha, Lda Vencedor: QUEIJARIA GUILHERMESAPATA - Queijaria Guilherme Unipessoal, Lda Menções GUILHERME Queijaria Guilherme Unipessoal, Lda Menções Honrosas: SEIA - Queijos Tavares, SA Honrosas: SEIA - Queijos Tavares, SA Categoria: REQUEIJÃO (CABRA) Categoria: (CABRA) QUEIJOS BILORES – BILORES - Queijo Artesanal, Lda Vencedor: REQUEIJÃO BILORES – BILORES - Queijo Vencedor: QUEIJOS QUEIJOS SANTIAGO - JD - Empresa de Artesanal, Lacticínios,Lda SA Menções QUEIJOS SANTIAGO - JD - Empresa de Lacticínios, SALda Menções Honrosas: QUINTA DA RIGUEIRA - Queijos Quinta da Rigueira, Honrosas: QUINTA DA RIGUEIRA - Queijos Quinta da Rigueira, Lda Categoria: REQUEIJÃO (MISTURA) Categoria: (MISTURA) PASTOR DA SICÓ - Serqueijos Pimenta, Fabrico de Queijos do Rabaçal, Lda Vencedor: REQUEIJÃO VENCEDORES ‘CONCURSO QUEIJOS Pimenta, DE PORTUGAL 2021’ PASTOR DA SICÓ - Serqueijos Fabrico de Queijos do Rabaçal, Lda Vencedor: DO Menções SERRAS DE PENELA - Serqueijos Pimenta, Fabrico de Queijos do Rabaçal, Lda SERRAS DE PENELA - Serqueijos Pimenta, de Queijos do Rabaçal, Lda Menções Honrosas: PRADO DA SICÓ - Queijaria Prado da Sicó,Fabrico Lda Honrosas: PRADO DA SICÓ - Queijaria Prado da Sicó, Lda Categoria: FLAMENGO Vencedor: VALFORMOSO [bola] – Insulac - Produtos Lácteos Açoreanos, SA Menções Honrosas:

PAIVA – Lacticínios do Paiva, SA

Categoria: Vencedor:

VACA (CURA NORMAL)

Menções Honrosas:

ILHA AZUL [amanteigado] – CALF - Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial, CRL

1/3 1/3

2/3

VALFORMOSO [barra] – Insulac - Produtos Lácteos Açoreanos, SA PAIVA [amanteigado] – Lacticínios do Paiva, SA VALFORMOSO [amanteigado] – Insulac - Produtos Lácteos Açoreanos, SA

Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL). Rua de Santa Teresa, 2C, 2.º, 4050-537 Porto www.anilact.pt

Categoria: VACA (CURA PROLONGADA) Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL). Rua de Santa Teresa, 2C, 2.º, 4050-537 Porto www.anilact.pt Vencedor: MILHAFRE DOS AÇORES, Queijo da Ilha Graciosa - Pronicol-Produtos Lácteos, SA Menções Honrosas:

A QUEIJEIRA APIMENTADO - Lacticínios MAF

Categoria: Vencedor:

ILHA

Menções Honrosas:

BEIRA - Uniqueijo-União Cooperativas Agrícolas de Lacticínios de São Jorge, UCRL SÃO MIGUEL (9 meses) - UNILEITE – União das Cooperativas Agrícolas de Laticínios e de Produtores de leite da Ilha de São Miguel, UCRL

Categoria: Vencedor:

OVELHA (AMANTEIGADO)

Menções Honrosas:

GUILHERME – Queijaria Guilherme Unipessoal, Lda

Categoria: Vencedor:

OVELHA (CURA NORMAL)

Menções Honrosas:

100 % TRANSMONTANO – Maria Odete Dias Seixas

Categoria: Vencedor:

OVELHA (CURA PROLONGADA)

Menções Honrosas:

100 % TRANSMONTANO – Maria Odete Dias Seixas

Categoria: Vencedor:

CABRA (CURA NORMAL)

Menções Honrosas:

LACTISER – Lacticínios Lactiser, Lda

Categoria: Vencedor:

CABRA (CURA PROLONGADA)

CAPELINHOS (4 meses) - CALF-Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial, CRL LOURAIS - Cooperativa Agrícola de Lacticínios dos Lourais, CRL

VALE DO CÔA - Lacticoa - Lacticínios do Côa, Lda QUINTA DO POMAR – Joaquim Duarte Alves – Quinta do Pomar OURO DO PASTOR – LactoCeleiro - Lacticínios e Produtos Regionais, Lda MALPIQUEIJO – Malpiagro, Unipessoal, Lda SERRAMENTO - QUEIJOS SANTIAGO - JD - Empresa de Lacticínios, SA GUILHERME – Queijaria Guilherme Unipessoal, Lda QUINTA DA RIGUEIRA - Queijos Quinta da Rigueira, Lda OURO DO PASTOR – LactoCeleiro - Lacticínios e Produtos Regionais, Lda QUINTA DOS MOINHOS NOVOS (queijo de cabra serrano) - Lactimercados, SA

VENCEDORES DO ‘CONCURSO QUEIJOS DE PORTUGAL 2021’ QUINTA DA RIGUEIRA - Queijos Quinta da Rigueira, Lda Menções Honrosas:

Categoria: Vencedor: Menções Honrosas: Categoria: Vencedor:

QUEIJOS BILORES – DONA CLARISSE – Bilores – Queijo Artesanal, Lda

3/3

MISTURA (CURA NORMAL) D. SEBASTIÃO – Lacto Serra – Comercialização e Fabrico de Lacticínios, Lda CASTELLUM – Queijaria Prado da Sicó, Lda SOALHEIRALVES – Joaquim António Duarte Alves e Filhos, Lda

MISTURA (CURA PROLONGADA) TRÊS IGREJAS – QUEIJOS SANTIAGO- JD - Empresa de Lacticínios, SA

CASTELLUM – Queijaria Prado da Sicó, Lda Menções Nacional DA dos SOALHEIRA Industriais de Lacticínios (ANIL). de Santade Teresa, 2.º, 4050-537 www.anilact.pt Honrosas:Associação QUEIJARIA - Queijaria daRua Soalheira João2C, Duarte AlvesPorto e Filhos, Lda

Categoria: Vencedor:

PARA BARRAR

Menções Honrosas:

VALFORMOSO - Insulac - Produtos Lácteos Açoreanos, SA

Categoria:

NOVOS SABORES FRESCOS

Vencedor: Menções Honrosas: Categoria: Vencedor: Menções Honrosas:

VALFORMOSO [ervas e alho] - Insulac - Produtos Lácteos Açoreanos, SA MANJAR - Lacticínios MAF, Lda HERDADE DA MAIA, REQUEIJÃO DE MISTURA [doce de abóbora] - Sociedade Industrial Herdade da Maia, Lda HERDADE DA MAIA, REQUEIJÃO DE OVELHA [doce de abóbora] - Sociedade Industrial Herdade da Maia, Lda REQUEIJOESTE, REQUEIJÃO DE VACA [orégãos] - Filomena Maria Amaro

NOVOS SABORES TRÊS IGREJAS PIMENTA DA TERRA – QUEIJOS SANTIAGO - JD - Empresa de Lacticínios, SA SERRAS DE PENELA [piri-piri e tomate] - Serqueijos Pimenta, Fabrico de Queijos do Rabaçal, Lda PAIVA [pimenta preta] – Lacticínios do Paiva, SA

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Devido ao amadurecimento precoce das azeitonas

Lagares de azeite da região da Beira já estão em laboração Alguns lagares de azeite da região da Beira Interior, nos distritos de Viseu e Guarda, anteciparam este ano a sua laboração relativamente ao ano anterior, devido ao amadurecimento precoce das azeitonas motivado pelas boas condições meteorológicas das últimas semanas.

As temperaturas altas verificadas no mês de Outubro levaram lagares dos concelhos de Viseu, Fornos de Algodres, Fundão e Guarda a anteciparem em alguns dias o início da laboração na campanha de 2021/2022, enquanto unidades de fabrico dos concelhos de Pinhel e de Trancoso mantêm os prazos tradicionais e só admitem iniciar a atividade no final do mês. “Este ano vamos iniciar a laboração em meados de Novembro. No ano passado até iniciámos uns dias mais cedo e, este ano, contamos ter o lagar a laborar, se não houver percalços, porque temos cada vez mais procura. Temos notado que, de ano para ano, temos iniciado cada vez mais cedo, nem que seja um dia ou dois”, disse Carolina Guilherme, funcionária do lagar da aldeia de Cadoiço, em Fornos de Algodres. Carolina Guilherme diz que de ano para ano a maturação da azeitona ocorre “cada vez mais cedo”, talvez “devido às mudanças climáticas” e este ano a antecipação no funcio24

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namento do lagar também acontece atendendo ao mês de Outubro, quando foi registado “um tempo fantástico”. Na campanha anterior, o lagar de Cadoiço recebeu 500 toneladas de azeitona de produtores dos concelhos de Fornos de Algodres, Gouveia, Celorico da Beira, Mangualde, Seia e Guarda, entre outros. No concelho da Guarda, o lagar de Aldeia Viçosa prevê iniciar a laboração “lá para o dia 20 ou 25, quando as pessoas começarem a apanhar a azeitona”, disse a proprietária Natércia Aleixo da Cruz. A antecipação tem acontecido nos últimos anos, dado que este lagar do Vale do Mondego era habitual iniciar as campanhas “a partir do dia 09 ou 10 de Dezembro”. Em 2020/2021 a unidade de Aldeia Viçosa recebeu um milhão de quilos de azeitona, quantidade que também espera laborar este ano, de produtores dos concelhos de Guarda, Celorico da Beira, Mêda e Belmonte. O lagar da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores do Fundão também antecipou o funcionamento em cerca de duas semanas, estando já a receber azeitona da zona sul da Gardunha onde o fruto “amadurece mais cedo”, segundo fonte da instituição. A cooperativa prevê começar a receber em meados de Novembro a azeitona dos restantes produtores seus associados.


A Cooperativa Agrícola dos Olivicultores do Fundão tem 2.500 associados e deve manter o lagar a laborar até “final de Dezembro ou princípio de Janeiro”. Na campanha anterior, a unidade recebeu três milhões de quilos de azeitona, estimando tratar este ano “mais ou menos o mesmo” valor. Nos concelhos de Pinhel e de Trancoso a maturação da azeitona está mais atrasada e os lagares prevêem trabalhar no final deste mês, dentro dos períodos habituais. “Este ano, há pessoas que dizem que têm muita azeitona. Em Pinhel temos um terço a menos”, disse António Ribeiro Júlio, proprietário do lagar de Santa Eufémia. A unidade fabril recebe azeitonas de Mêda, Trancoso, Guarda, Celorico da Beira e Pinhel e prevê laborar “mil toneladas”, quando no ano anterior recebeu 1.300. Em Cogula, no concelho de Trancoso, a produção de azeite num dos lagares locais ainda não começou prevendo iniciar a tarefa “na última semana de Novembro”, como acontece normalmente. “A azeitona não está madura” e se for apanhada antecipadamente, “depois, as fundas (produções) não rendem”, explicou Cremilde Paulos, familiar do proprietário do lagar. Já no distrito de Viseu, a Delfim Vaz, Lda, com lagares de azeite em Viseu e Foz Côa, já está a laborar desde Outubro. “A campanha começou mais cedo. Em Viseu já estamos a laborar em pleno desde a última semana de Outubro. Em Foz Côa devemos abrir na terceira semana de Novembro”, referiu Maria João Vaz, adiantando que a empresa transforma cerca de um milhão de quilos de azeitona por ano.

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Na aldeia histórica de Idanha-a-Velha

Oliveiras milenares dão origem a projeto de oleoturismo Na aldeia histórica de Idanha-a-Velha, dois produtores de azeite estão a desenvolver um projeto de oleoturismo que tem na sua génese oliveiras milenares, duas delas com 1.620 e 1.030 anos.

Este projeto no distrito de Castelo Branco, pelas mãos de Tiago Lourenço e Ricardo Araújo, pretende dar uma nova dinâmica a esta aldeia histórica. “A ideia surgiu quando andava a podar as árvores da nossa quinta. Temos algumas árvores que estão aqui ao longo de séculos e milénios, a alimentar todas estas gerações e civilizações, desde os romanos, as invasões bárbaras, muçulmanos e período da reconquista. A árvore mais antiga que foi encontrada até agora tem 1.620 anos”, referiu Tiago Lourenço. Tiago Lourenço e Ricardo Araújo nasceram em Lisboa e não têm qualquer ligação familiar à Beira Baixa e a Idanha-a-Nova, onde se instalaram, o primeiro há cerca de cinco anos e meio, e o segundo há 14 anos. Decidiram abandonar Lisboa e dar um novo rumo às suas vidas. O foco era mesmo largar a vida da cidade e a olivicultura foi uma consequência desta vontade de mudar. Tiago Lourenço tinha estado uma única vez em Idanha-a-Nova, aos 19 anos. Ficou apaixonado pela região e há cinco anos e meio decidiu, juntamente com a sua mulher e os dois filhos, rumar para este concelho raiano. Atualmente, Tiago vive em Penha Garcia e Ricardo em Ladoeiro. Trabalham numa quinta com 180 hectares, em Idanha-a-Velha, onde criaram uma empresa ligada à olivicultura, a Real Idanha, que comercializa a marca de azeite biológico premium ‘Egitânia’. A datação das oliveiras foi feita recentemente: “Datámos, para já, seis árvores, a mais velha com 1.620 anos e a mais recente com 350 anos. Vamos desenvolver o oleoturismo, mas sempre com uma visão da quinta”. Segundo Tiago Lourenço, após a datação das seis oliveiras que estão dentro de Idanha-a-Velha, a ideia passa por criar um percurso dentro da própria localidade, que possa contar a sua história. “Cremos que com estas seis árvores já conseguimos cobrir um período bastante interessante da história 26

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de Idanha-a-Velha. A ideia é a de que quem vem ao nosso território possa conhecer a indústria do azeite. Além dos dois núcleos museológicos que temos, o lagar de varas de Idanha-a-Velha e o núcleo museológico de Proença-a-Velha, já têm, pelo menos, uma quinta para visitar onde se produz azeite de alta qualidade e temos uma aldeia histórica”, frisou. A ideia que está na génese deste projeto de oleoturismo passa por contar a história de Idanha-a-Velha através das oliveiras milenárias e centenárias que estão plantadas na própria aldeia. “Queremos também mostrar a importância da preservação do olival tradicional porque está ali a evidência de que tem sido uma base de toda a economia e sustentabilidade dos povos que aqui passaram”, sublinha. O sistema de datação das oliveiras foi desenvolvido pela Universidade de Trás-os-Montes (UTAD) e é dinamizado por uma empresa particular, a Oliveiras Milenares, parceira no projeto dos dois empresários. “Isto é um processo científico. Conseguimos datar [as oliveiras] com uma margem de erro de um a dois por cento”, explicou. Tiago Lourenço disse que este projeto de oleoturismo e a criação deste percurso dentro da aldeia histórica é mais uma forma de cativar as pessoas. “Acima de tudo, estamos centrados no desenvolvimento da região e com uma visão mais territorial. Em termos regionais, queremos dar relevo ao azeite da Beira Baixa e contribuir para o desenvolvimento da única biorregião do país”. O empresário realçou que, da mesma forma que existe toda uma indústria turística ligada ao vinho, “há um grande potencial em replicar essa estrutura ligada à produção do azeite, ou seja, as quintas de azeite de alta qualidade podem perfeitamente ter o mesmo fascínio do que uma quinta vinícola”. A criação deste primeiro percurso na aldeia histórica de Idanha-a-Velha é a primeira fase daquilo que Tiago Lourenço e Ricardo Araújo têm como visão para o desenvolvimento do oleoturismo na região. O projeto final engloba não só o percurso na aldeia, como também a visita a quintas, estadas ligadas ao oleoturismo e, por último, a interligação de Portugal com Espanha.


CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA C.R.L.GERAL ORDINÁRIA Nos termos do n.º 2 do artigo 26.º e dos artigos 27º e 28º dosDA Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, C.R.L. com sede na Av. da Liberdade, 62/64, em Mangualde, pessoa colectiva n.º 501119531, matriculada na CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Conservatória do Registo Comercial de Mangualde sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 18.981.860,00 (variável), e na convicção de que, não obstante a actual DA situação C.R.L. de pandemia, a sua realização venha a ser legalmente possível, convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos a reuniremse, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 28CAIXA de Dezembro 2021, pelasAGRÍCOLA 17,00 horas, noMÚTUO salão nobreDO da sede da Caixa de Crédito AgrícolaVOUGA Mútuo, sita na cidade de DE de CRÉDITO VALE DO DÃO E ALTO Mangualde, para discutir e votar a seguinte ORDEM DE TRABALHOS C.R.L. Nos termos do n.º 2 do artigo 26.º e dos artigos 27º e 28º dos Estatutos da Caixa de 1. Discussão e votação da proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para 2022 e do Parecer do Conselho Fiscal. Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, C.R.L. com sede na Av. da 2. Discussão e votação da alteração dos Artigos 18.º, alínea d); aditamento do n.º 4 do Artigo 21.º; alteração do n.º 4 que passa a n.º 5termos do Artigo do 21.º,n.º e62/64, consequente dosartigos n.ºs 5 a 8,27º que e passarão a ser os n.ºs 6 a 9 domatriculada Artigo 21.º; Nos 2 do artigo 26.º e dos 28º dos Estatutos da Caixa dealteração Liberdade, em renumeração Mangualde, pessoa colectiva n.º 501119531, na do n.º 7 que passou a n.º 8 do Artigo 21.º; alteração do n.º 4 do Artigo 23.º; alteração do n.º 2 do Artigo 27.º; alteração das alíneas a) e b) Conservatória do n.º 3 do ArtigoMútuo 27.º; do Comercial n.ºdo 4 do Artigo 27.º; alteração dasC.R.L. alíneas b) esede c) do n.º do Artigo 27.º;oaditaCrédito Agrícola do Vale Dão ede Alto Vouga, com na4 Av. dacom doalteração Registo Mangualde sob oa), mesmo número, mento da alínea d) do n.º 4 do Artigo 27.º; alteração do n.º 6 do Artigo 31.º ; alteração dos nº.2 e n.º 3 do Artigo 32.º e alteração do Artigo 46.º dos Estatutos daMangualde, Caixa Agrícola, nos termoscolectiva constantes da proposta integral ficará disposição Liberdade, 62/64, em pessoa n.º 501119531, matriculada na capital social realizado de € 18.981.860,00 (variável), e cujo na texto convicção de àque, não dos Associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente convocatória, sem prejuízo de, na Assembleia Geral, poderem os Associados propor outras redacções para referidos Conservatória do Registo Comercial de os Mangualde o mesmo número, o obstante a actual situação de pandemia, a Artigos. suasob realização venha a sercom legalmente 3. Alteração da Política Interna de Selecção e Avaliação da Adequação dos Titulares de Funções Essenciais da Caixa Agrícola. capital social 18.981.860,00 e na dos convicção de que, não 4. Outros assuntosrealizado de interesse de para€a Instituição. possível, convoco todos os Associados(variável), no pleno gozo seus direitos a reuniremSe, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda obstante auma actual situação de com pandemia, anosua venha ade ser2021, legalmente convocatória, hora depois (18,00h), qualquer número derealização sócios. se, em Assembleia Geral Ordinária, dia 28 de Dezembro pelas 17,00 Tomando em consideração as medidas em vigor restritivas da aglomeração de pessoas, as quais poderão ainda vigorar à data possível, convoco todos os incentiva-se Associados pleno gozo dosaAgrícola seus direitos a reuniremda realização da no Assembleia Geral, os no Senhores Associados privilegiarem o recurso ao voto por reprehoras, salão nobre da sede Caixa de Crédito Mútuo, sita designadamente quanto aosdaprocedimentos de segurança, saúde e higiene a na cidade sentação. se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 28 de Dezembro 2021, pelas 17,00 adoptar na reunião, as quais serão divulgadas aosde Associados. A. Voto por Representação de Mangualde, para discutir e votar adevidamente seguinte Nos termos do artigo 31.º, n.ºs 3 e seguintes dos Estatutos da Caixa Agrícola, qualquer Associado poderá votar por represenhoras, no salão nobre damandatário sede dafamiliar Caixaseu, dedesde Crédito Agrícola Mútuo, na cidade tação, conquanto constitua como que maior de idade, ou outrosita Associado em pleno gozo dos Semeste embargo do anteriormente mais se adverte que, no mínimo, serão seus direitos, sendo que só poderá representar umexpresso, mandante. de Mangualde, discutir e votar a seguinte O mandato deve serpara outorgada em documento escrito, dele constando a identificação do mandante e a identificação do manORDEM DE TRABALHOS sempre adoptados os seguintes procedimentos: datário, pelo menos através dos seus nomes completos, números de identificação civil e respetivas moradas, data, hora e local da realização da Assembleia e ponto ou pontos da ordem de trabalhos para a qual confere o mandato e, querendo, o respetivo sentido de voto. a) restrição de presença no local da reunião de uma pessoa em representação ORDEM DE TRABALHOS A representação deverá ainda ser datada dirigida ao Presidente da Assembleia com a assinatura do man1. Discussão e votação daeproposta de planodadeMesa atividades e deGeral, orçamento da Caixa de legais. cada Associado, designadamente no que se refere a Associados pessoas dante reconhecida nos termos B. Presença na Assembleia Geral e do Parecer do Conselho Fiscal. Agrícola paracolectivas; 2022 Para o caso dos Associados que ainda assim desejem estar presentes na Assembleia Geral, adverte-se que, na data da sua 1. Discussão e votação da proposta de plano deArtigos atividades ealínea dequer orçamento da legal Caixa realização, serão seguidas orientações quedos venham a ser dimanadas por dispositivo subsequente 2. Discussão e as votação daespecíficas alteração 18.º, d); aditamento do n.º 4 à b) distanciamento mínimo doisquer (2) pela metros entre os presentes publicação desta Convocatória e que então físico se encontre emde vigor, Direcção-Geral de Saúde na ou por qualquer outra Agrícola para ealteração do Parecer Fiscal. autoridade competente, designadamente quanto aosConselho procedimentos deasegurança, e higiene do Artigo2022 21.º; dodo n.º 4 que passa n.º 5 dosaúde Artigo 21.º, ae consequente reunião; adoptar na reunião, as quais serão devidamente divulgadas aos Associados. 2. Discussão votação da alteração dos Artigos 18.º, d); aditamento do n.º 4 21.º; renumeração dos n.ºs 5de amáscara 8, que passarão aalínea ser os n.ºs 6adoptados a 9 do Sem embargo do e anteriormente expresso, mais se adverte que, no mínimo, serão sempre osArtigo seguintes procedic) uso obrigatório ou viseira; mentos: do Artigo 21.º; alteração do n.º quepessoa arepresentação n.º 5 do21.º; Artigo 21.º, e consequente alteração do n.º da 7 que passou apassa n.º em 8 do Artigo alteração do n.º 4 do Artigo a) restrição de presença no local reunião de4uma de cada Associado, designadamente no que se d) utilização das soluções desinfectantes cutâneas aquando da entrada na refere a Associados pessoas colectivas; renumeração dos n.ºs a (2) 8, metros que passarão a ser n.ºs 6 a 9 do 21.º; 23.º; alteração do n.º 2 do Artigo 27.º; alteração das alíneas a) Artigo e b) do n.º 3 do b) distanciamento físico mínimo de 5 dois entre os presentes na os reunião; reunião. c) uso obrigatório de máscara ou viseira; alteração n.º 7desinfectantes que passou a n.º 8 do Artigo 21.º; alteração doalíneas n.º 4 do Artigo 27.º; alteração do n.º 4 aquando do Artigo 27.º; alteração das a),Artigo b) e c) do d) utilização das do soluções cutâneas da entrada na reunião. Mangualde, 8 de novembro de 2021 Mangualde, 8 alínea de novembro de 2021 23.º; alteração do n.º27.º; 2 doaditamento Artigo 27.º;da alteração alíneas e b) 27.º; do n.º 3 do do n.º 4 do Artigo d)das do n.º 4 do a) Artigo alteração Presidenteda daMesa Mesada daAssembleia Assembleia Geral, OOPresidente Geral,

Artigon.º 27.º; alteração do ;n.º 4 do Artigo 27.º;ealteração das alíneas b) e c)do doArtigo 6 do Artigo 31.º alteração dos nº.2 n.º 3 do Artigo 32.º e a), alteração n.º 4 do 27.º; aditamento da alínea d) do 4 do Artigo 27.º; alteração do cujo 46.ºArtigo dos Estatutos da Caixa Agrícola, nosn.º termos constantes da proposta n.º 6 do Artigo 31.º ;ficará alteração dos nº.2 edos n.º Associados 3 do Artigo 32.º e alteração do Artigo texto integral à disposição na sede da Caixa Agrícola a 46.º dos Estatutos da Caixa(José Agrícola, nos termos da proposta cujo António Morais Sarmento constantes Moniz- Dr.) texto integral ficará disposição dos Associados na sede daPLANO Caixa Agrícola2022 a CCAM DO VALE DO DÃO EàALTO VOUGA DE ATIVIDADES

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Naqueles que não fizeram tratamento das árvores

Fungo provocou perdas de 80% na produção de castanha nalguns produtores da região da Padrela O fungo septoriose está a afetar a produção da castanha, especialmente na região da Padrela, podendo provocar perdas de cerca de 80% “nos produtores que não fizeram tratamento” nas árvores, disse o presidente da Associação Portuguesa da Castanha (REFCAST).

A septoriose, apontada pelos especialistas como uma dos responsáveis pelas quebras verificadas na produção, provoca a secagem e queda antecipada da folha do castanheiro que fica de cor acastanhada e rebordo amarelo. Os valores de precipitação registados durante o mês de Setembro, 66.8 mm, o quarto valor mais elevado desde 2000, segundo o Boletim Climático de Setembro de 2021 do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), aliados à elevada humidade atmosférica, criaram as condições favoráveis à proliferação deste fungo, explica José Laranjo, presidente da REFCAST. Para combatê-lo foi recomendado, por várias associações como a REFCAST e a Associação Regional dos Agricultores das Terras de Montenegro (ARATM), o tratamento dos castanheiros com um pesticida antifúngico à base de cobre, mas “alguns associados optaram por tratar e outros não”, disse Filipe Pereira, da ARATM. Com as alterações climáticas que provocam o aumento da temperatura e redução das chuvas, espera-se mais calor e mais seca, sobretudo no Verão, período de grande importância no desenvolvimento do ciclo vegetativo da produção da castanha. O ano de 2021 demonstra ser atípico em relação à tendência para o aumento da temperatura “considerando que foi menos quente e mais húmido que 2020”, afirma José Laranjo. No panorama nacional, prevê-se “um ano de excelente produção em termos de quantidade e qualidade, 28

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esperando-se uma produção na ordem das 45.000 a 50.000 toneladas de castanha”, acrescentou. Estes números refletem um aumento na produção de castanhas comparativamente ao ano de 2020, que foi na ordem das 42.000 toneladas. No entanto, nas regiões mais altas, a elevada humidade atmosférica que favoreceu o desenvolvimento do fungo originou quebras na produção. “Há uma quebra de produção devido às amplitudes térmicas e ao gelo que foi registado nas estações meteorológicas mais próximas, no mês de Setembro”, alertou Filipe Pereira. Dinis Pereira, proprietário da empresa produtora de castanhas Agromontenegro, admitiu que o Verão mais chuvoso do que o normal afetou a produção da castanha, provocando uma produção “muito mais diminuta”. Apesar da qualidade da castanha se manter, a produção nas regiões mais altas foi afetada, devido a “um ataque de septoriose” que destruiu parte das culturas, descreveu. Já Ricardo Reia, produtor de castanhas na região de Portalegre, apontou a instabilidade climática como a principal razão para 2021 ser um ano pouco rentável, resultando na quebra de 50% comparativamente a um ano normal. “No início houve geadas e agora no fim do ciclo de crescimento do fruto temperaturas a rondar os 30ºC, excessivamente altas sem chuva, desfavoráveis para a castanha”, disse. A 6 de Novembro, a RefCast admitiu que, a nível nacional, a produção de castanha, na atual campanha, deverá aumentar até 20% para cerca de 50.000 toneladas, esperando-se frutos com melhor qualidade do que no ano passado, destinados, sobretudo, à exportação. A RefCast tem cerca de 110 associados, incluindo produtores individuais, associações e cooperativas, que abrangem os setores da produção, transformação e prestação de serviços, bem como municípios e entidades de I&D (Investigação e Desenvolvimento).


Serão 17 avisos lançados até final de Março de 2022

Setor da Agricultura recebe apoios de 300 milhões de euros para alavancar a economia A ministra da Agricultura anunciou um conjunto de avisos no valor de 300 milhões de euros que serão lançados até ao fim do primeiro trimestre de 2022 com o objetivo de apoiar o setor.

“O principal objetivo é dotar os nossos agricultores da previsibilidade para, até final do ano e durante o primeiro trimestre, saberem qual é a dotação que vão ter disponível para os investimentos necessários para alavancar a nossa economia”, disse a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. A governante assinalou que decorre atualmente um “período de recuperação” e que o executivo pretende, assim, que “o investimento na exploração agrícola possa ajudar essa mesma recuperação”. Maria do Céu Antunes sublinhou que a dotação de cerca de 300 milhões de euros, distribuídos pelos 17 avisos lançados até final de Março, vai permitir “alavancar cerca de 600 milhões de euros de investimento no setor agrícola”. “Estamos convictos de que farão a diferença e que darão as condições aos nossos produtores, aos nossos agricultores, para planearem os seus investimentos durante estes próximos seis meses”, reforçou. O primeiro dos avisos, que decorrem no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020), é direcionado a “Investimentos na Transformação e Comercialização de Produtos Agrícolas”, será lançado nesta semana e terá uma dotação de 40 milhões de euros. Pretendendo abranger todos os setores, a ministra enfatizou a inclusão do vinho e do azeite, algo que acontece “pela primeira vez desde 2018”. Além deste, serão emitidos também avisos para o “Investimento na Exploração Agrícola”, com a maior dotação, 65 milhões de euros, para “Melhoria da Eficiência dos Regadios

Existentes”, no valor de 70 milhões de euros -- divididos no âmbito da segurança de barragens e aproveitamentos hidroagrícolas (30 milhões de euros) e reabilitação e modernização de aproveitamentos hidroagrícolas (40 milhões de euros). Serão também alocados 55 milhões de euros para a instalação de jovens agricultores, sendo 25 milhões de euros dirigidos à instalação “em territórios vulneráveis ao perigo de incêndio” e os restantes 30 milhões dedicados aos restantes territórios. “Estamos a falar de investimentos em setores e em territórios que nos importa valorizar, assim como na criação de agrupamentos, de organização de produtores, de classes interprofissionais (...) que vão fazer toda a diferença”, apontou a ministra. “Estamos claramente a criar condições para aproveitar todos os recursos que temos, sejam eles ainda do PDR2020, sejam do instrumento ‘Next Generation’, que temos que comprometer em 2021 e 2022 para disponibilizar aos nossos agricultores todas as ferramentas para podermos ajudar a recuperar o nosso país e preparar os nossos agricultores para promover a competitividade, mas também a transição para práticas mais ecológicas, mais verdes”, acrescentou Maria do Céu Antunes Após a emissão destes avisos, os agricultores poderão apresentar as suas candidaturas a estas dotações a fundo perdido. A execução do PDR2020 permitiu pagar, em 2020, cerca de 515 milhões de euros, executando a 100% a dotação em Orçamento do Estado que estava prevista para a componente nacional do programa. De acordo com o comunicado do gabinete da ministra da Agricultura, as cerca de 365 mil candidaturas aprovadas no PDR2020 envolvem uma despesa pública de 5,2 mil milhões de euros, tendo sido pagos 3,4 mil milhões de euros em incentivos até final de Setembro. www.gazetarural.com

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Oficina do Empreendedor regressa com a mesma missão

Segunda edição do V21 Rural arranca a 23 de Novembro A Vissaium XXI e o Município de Viseu lançaram a segunda edição do V21 Rural com uma nova Oficina do Empreendedor. A iniciativa é destinada a todos os que queiram testar a sua garra de empreendedores, durante uma semana.

“A primeira edição da V21 rural não deixou margens para dúvidas”, pois “Viseu é terra de empreendedores. Os resultados estão à vista: do programa saíram oito novos negócios e o objetivo é continuar caminho, até porque há, por aí, ainda, muitas boas ideias que só precisam de um empurrão e o programa pretende isso mesmo: munir os participantes de um conjunto de ferramentas para estruturar todo o negócio, ao mesmo tempo que é criada uma importante rede de apoio”, explica a Vissaium XXI. A Oficina do Empreendedor vai realizar-se de 23 de Novembro a 3 de Dezembro e pretende transmitir um conjunto de conhecimentos teórico-práticos sobre empreendedorismo de base rural, essenciais à realização de autoavaliação e tomada de decisão. Com a duração de sete dias, a oficina é composta por seis sessões de capacitação presenciais e por uma visita de campo. Para além da transmissão de conhecimento teórico-práticos, as sessões contarão, ainda, com uma conferência de partilha de experiências com empresários e empreendedores. Já a visita de campo pretende proporcionar um contacto direto dos participantes com casos de sucesso no setor agrícola, agroindustrial, serviços conexos ou tecnologia. www.gazetarural.com

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Ligam o Museu do Côa à linha ferroviária do Douro

Construção dos Passadiços do Côa fica concluída no início de 2022 A construção dos Passadiços do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, deverá estar concluída no início de 2022, ligando o Museu do Côa à linha ferroviária do Douro. “A obra já começou a ser executada. Contudo, houve alterações ao projeto inicial, porque não foi possível chegar ao rio Douro como inicialmente estava previsto. Através de novo projeto, conseguimos uma candidatura a fundos comunitários de 445 mil euros, avançando a obra com uma dotação de cerca de 370 mil euros, efetivos”, explicou João Paulo Sousa.

Em Julho de 2019, o ministro Adjunto e da Economia assinou no Museu do Côa o contrato de financiamento do projeto “Passadiços do Côa”, estimado em meio milhão de euros e que previa ligar a unidade museológica ao rio Douro. O novo percurso turístico, construído em madeira, terá uma extensão estimada de 890 metros. A estrutura está a ser construída desde a semana passada, na margem esquerda do rio Côa, devidamente enquadrado na paisagem, de forma a permitir uma melhor e mais fácil visitação da arte rupestre existente no local e a ligação ao Museu do Côa, no distrito da Guarda. Segundo os promotores, entre os quais o município de Foz Côa, o projeto estava preparado para arrancar no sopé do

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museu para permitir a visita a alguns núcleos de gravuras rupestres no Vale de José Esteves e da Vermiosa. Atualmente, e de acordo com o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, João Paulo Sousa, “as entidades competentes que gerem a cota do leito do rio Douro e a própria Agência Portuguesa do Ambiente (APA), consideram que, para salvaguardar a referida cota e o leito de cheia, não foi possível chegar mesmo à beira rio”. “Estas decisões foram impedimentos e vamos criar neste local alternativas, tais como a pavimentação de um troço de estrada que faz a ligação à desativada linha [ferroviária] do Douro [no troço Pocinho e Barca d´Alva] e tornar o espaço ribeirinho apelativo”, concretizou o autarca. João Paulo Sousa acrescentou que a construção dos passadiços do Côa “é uma obra complexa”. já que não pode haver a intervenção de maquinaria pesada dada a morfologia do terreno. “Estamos a falar de uma encosta bastante íngreme e trata-se de um trabalho muito difícil de executar. Vamos ver o tempo de duração da obra e esperamos que esteja concluída no início de 2022 se não houver, entretanto, constrangimentos devido à covid-19”, justificou. O objetivo dos novos passadiços no Vale do Côa passa por atrair cada vez mais turistas a este território, que é duplamente Património da Humanidade, classificado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).


TRADIÇÕES *

O ‘último resistente’ do alambique em Vila Chã de Sá Transformar bagaço de uva em aguardente num alambique tradicional é hoje um ritual que, para muitos, passou de moda. Contudo, há ainda quem resista ao tempo, e às modernices, e continue a juntar os amigos, diga-se clientes, - outros que ainda insistem em transformar uvas em vinho nos lagares caseiros, - aos fins de semana e feriados para ‘fazer’ o bagaço nesta altura do ano.

É o caso de António Queiróz em Vila Chá de Sá, às portas de Viseu. Herdou o alambique do sogro, que o instalou em 1967, e, por gosto, mantem-no a funcionar. “Eu é que não tenho tempo para estar aqui toda a semana”, disse à Gazeta Rural, aludindo ao facto de serem ainda muitos os clientes que lhe levam o bagaço para destilar. O alambique é também ponto de encontro para umas tainadas. “Assa-se umas chouriças, bebe-se um copo e vai-se passando o tempo”, disse António Queiroz, com ar de quem gosta do que faz. Pessoa dedicada e conhecedora da ‘arte’ do alambique, António Queirós é um dos últimos resistentes, de quem insiste em manter viva a tradição de ‘fazer’ o bagaço à moda antiga.

Os alambiques em Vila Chã de Sá Outrora terra de produção de bons vinhos do Dão, a existência de alambiques em Vila Chã de Sá ter-se-á iniciado na década de 40 do século passado. Os primeiros que foram instalados pertenciam à família Lemos e Sousa, construído na zona da Boiça, onde Armando “Ranheto”, mais tarde, instalou um outro alambique. Mais tarde, as colunas do alambique da família Lemos e Sousa foram vendidas a Arnaldo Pereira de Figueiredo, que, na década de 80, as instalou noutro local, no lugar do Carril, entretanto encerrado há algum tempo. O alambique pertencente a Armando “Ranheto” foi vendido a Eduardo Cortês, que mais tarde ofereceu as colunas à Junta de Freguesia de Vila Chã de Sá, que as colocou no Ecomuseu da Freguesia em 2011. O alambique da família Campos Nunes, ainda hoje a funcionar, foi mandado construir por António Campos em 1967, apenas com uma coluna. Hoje com três, é gerido por António Queirós, um apaixonado pela continuação deste típico alambique. Os agricultores de Vila Chá de Sá, e de outras freguesias vizinhas, são os principais clientes. Geralmente ao final do dia ou aos fins de semana é hábito juntarem-se no alambique e durante a destilação fazem pequenas ceias de degustação, com assados diversos nas brasas da caldeira, regados com o vinho do Dão. E agora, vai um bagacinho? www.gazetarural.com

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CURTAS

ÚLTIMA HORA

Cante Fest 2021 vai decorrer em Lisboa e Serpa de 26 a 28 de Novembro O Cante Alentejano vai estar em destaque no Cante Fest 2021, que vai realiza-se de 26 a 28 de Novembro, em Lisboa e Serpa, com grupos corais a interpretar Cante ao vivo. Esta edição do Cante Fest retoma o Cante ao vivo, na Casa do Alentejo, em Lisboa, e no concelho de Serpa, com a realização da Rota do Cante, na cidade de Serpa e nas freguesias do concelho, promovida pelos grupos locais. O Cante Fest 2021 contará ainda com a realização de um espetáculo no Cineteatro Municipal de Serpa, “Elemento Árabe”, que juntará em palco Ana Santos, Ricardo Falcão, Tó Zé Bexiga e o Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa. Apesar de ainda existirem algumas limitações, resultantes da pandemia, será retomada a componente de convívio e de festa que carateriza o Cante Alentejano, nesta que é a grande celebração do Cante.

Feira do Fumeiro de Vieira do Minho A XV Feira do Fumeiro de Vieira do Minho e vai realizar-se de 18 a 20 de Fevereiro de 2022, uma iniciativa promovida pela autarquia vieirense, no âmbito do Projeto “Sentir Vieira” que resulta de um processo de envolvimento dos agentes locais: produtores de fumeiro, restaurantes, artesãos e casas de turismo rural, numa estratégia concertada de promoção concelhia. A Feira do Fumeiro de Vieira do Minho 2022 promete, uma vez mais, ser um evento de excelência que vai reunir num só espaço os vários produtores do concelho, divulgando todas as potencialidades e saber fazer deste concelho minhoto.

ASPOC promove “roadshow” de sensibilização em churrasqueiras de Lisboa e Porto A Associação Portuguesa de Cunicultura (ASPOC) está a realizar, no âmbito da Campanha de Promoção ao Consumo de Carne de Coelho, um roadshow com visitas a 250 churrasqueiras de Lisboa e do Porto. O objetivo desta ação é sensibilizar os comerciantes e passar a mensagem de que é uma excelente opção, não só do ponto de vista tradicional, como também uma variante aos produtos de churrascaria tradicionais, dando-lhes a possibilidade de diversificarem a oferta junto dos seus clientes. A conhecida comunicadora de televisão Fátima Lopes, um dos rostos mais mediáticos desta campanha, irá acompanhar a equipa do “roadshow”, nalgumas destas visitas, reforçando as mensagens da campanha “O segredo da dieta mediterrânea”, as vantagens nutricionais da carne de coelho, a sua versatilidade e praticidade. A equipa oferece brochuras com receitas e produto a cada uma das churrasqueiras, para que possam testar e incentivar a preparação de novas receitas. 34

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Projeto liderado pela UTAD

Viticultura prepara-se para enfrentar as alterações climáticas A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) lidera o Projeto Internacional Clim4Vitis (Mitigação do impacto da mudança climática para a viticultura europeia), o qual tem como objetivo promover a transferência de conhecimento e capacitação de Ciência e Tecnologia em viticultura e clima. Nesse sentido, desenvolve novos métodos e ferramentas para modelar videiras e para avaliar os impactos das mudanças climáticas na viticultura europeia.

Para apresentar os resultados das investigações já realizadas, a UTAD vai levar a cabo, nos dias 22, 23 e 25 de Novembro, um conjunto de atividades com a participação dos parceiros europeus, representados por especialistas de reconhecido mérito internacional de Portugal, Itália, Luxemburgo e França. Dessas atividades, conta-se uma conferência inicial e um “dia aberto”, onde serão expostos alguns dos desafios mais importantes que o setor de viticultura e vinificação enfrenta, em especial os que são impulsionados pelas mudanças climáticas. Aí serão apresentados, entre outros aspectos, os pontos de vista dos cientistas presentes sobre oportunidades futuras de financiamento para garantir a sustentabilidade desta linha de pesquisa. São principais destinatários empresas vinícolas, clusters e associações, académicos e investigados ligados à viticultura, autarquias e grupos de media. Os trabalhos completar-se-ão com um curso sobre Resiliência na Viticultura, dedicado à adaptação às alterações climáticas para a viticultura europeia, fornecendo uma visão geral de algumas recomendações finais e desafios futuros que o setor vitícola terá de enfrentar, como seja a redução das incertezas do clima e do modelo de cultivo, a melhoria das estratégias de adaptação e a importância de encontrar um ponto de encontro entre a investigação e a viticultura. Mais informação: https://eventos.utad.pt/evento/clim4vitis-days-2/


Na manhã do dia 26 de Novembro, em formato presencial e online

CiB debate “Ano Internacional das Frutas e Hortícolas Biotecnologia, Saúde, Sustentabilidade” No âmbito do Ano Internacional das Frutas e Hortícolas, que se celebra este ano sob a égide da FAO, o Centro de Informação de Biotecnologia (CiB), com o apoio do Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN) e da Federação Nacional das Organização de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP), vai realizar um evento híbrido na manhã do dia 26 de Novembro.

Intitulado “Ano Internacional das Frutas e Hortícolas. Biotecnologia, Saúde, Sustentabilidade”, o evento conta com um painel de oradores especialistas em áreas distintas como a biotecnologia, nutrição, mercados, política e governança, sustentabilidade e produção. Será uma oportunidade para discutir questões relevantes que se colocam aos setores da fruticultura e horticultura em Portugal. Para além do diagnóstico da produção nacional em ambos os setores e do seu posicionamento no mercado global, os convidados discutirão os desafios atuais e futuros que se impõem do ponto de vista da inovação e da aplicação das novas tecnologias de edição de genes, da importância do consumo de frutas e legumes para garantir uma alimentação mais saudável, do desperdício alimentar e como combatê-lo. A ONU proclamou 2021 como o Ano Internacional das Frutas e Hortícolas com o objetivo de aumentar a consciencialização sobre o importante papel das frutas e hortícolas na nutrição humana, segurança alimentar e saúde e no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A esta proclamação subjaz o apelo para melhorar a produção alimentar saudável e sustentável através da inovação e tecnologia e para reduzir as perdas e desperdícios alimentares. O evento, em formato de mesa-redonda, terá lugar no Auditório da Cooperativa Agrícola de Alcobaça e será transmitido em direto, pelo que quem não puder estar presente tem a possibilidade de assistir por Zoom. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia. www.gazetarural.com

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Nos dias 20 e 21 de Novembro, no Mercado Municipal

Mercado de Outono celebra cores e sabores da Lousã A Câmara da Lousã vai celebrar os gostos, cores e sabores do Outono, com a realização de um certame que visa promover e dar a conhecer os produtos endógenos desta época. Assim, nos dias 20 e 21 de Novembro, no Mercado Municipal da Lousã, recebe o Mercado de Outono, onde os visitantes poderão encontrar vários produtos autóctones, e seus derivados, como o mel DOP Serra da Lousã, castanha, noz, avelã, frutos secos, fruta e vegetais da época, mas também merendeiras, doçaria, queijos, enchidos e outros produtos.

De referir que o evento contará com cerca de 40 expositores e tem como objetivo promover estes produtos de excelência que costumam ter na Feira do Mel e da Castanha um momento de maior expressão. Não sendo ainda possível este ano a realização da mesma nos moldes habituais e dimensão que o evento já tinha, esta é uma forma de promover uma retoma gradual e estimular os agentes. Para o presidente da Câmara Municipal “esta iniciativa pretende celebrar reforçar a qualidade dos nossos produtos endógenos e, ao mesmo tempo, proporcionar momentos de animação e de negócio”, salientou Luís Antunes.

De 26 a 28 de Novembro, no concelho de Aljustrel

Vin&Cultura regressa a Ervidel e com nova dinâmica Ervidel, no concelho de Aljustrel, volta a receber a Vin&Cultura, que acontecerá nos dias 26, 27 e 28 de Novembro. Este é um dos certames mais importantes do concelho e, neste ano de regresso, a Câmara de Aljustrel, com o apoio da Junta de Freguesia de Ervidel, decidiu atribuir-lhe um novo formato, conferindo-lhe um novo dinamismo, mas também para dar resposta às exigências dos novos tempos.

O certame terá, assim, uma nova configuração que não desvirtuará as características deste evento de cariz tradicional, que assenta, precisamente, os seus alicerces na promoção do vinho da talha, um dos produtos mais ancestrais deste concelho alentejano. Serão criados e animados novos espaços, de modo a dar cumprimento às exigências atuais, e o certame ganhará também um novo dia, a sexta-feira, que será direcionada para o público mais jovem. Este evento dará destaque às adegas, à música tradicional e popular, à mostra de artesanato, aos produtos regionais, à animação de rua, à gastronomia e à poesia. Deste modo, as potencialidades de Ervidel e de Aljustrel voltam a estar em evidência e as tradições voltam a ganhar palco. 36

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Durante os meses de Novembro e Dezembro

Festival ‘Sabores da Terra’ decorre em 15 restaurantes de Penacova O município de Penacova promove, durante os meses de Novembro e Dezembro, o festival gastronómico “Sabores da Terra” que decorre em dezena e meia de restaurantes do concelho. Arroz de míscaros, serrabulho, cabrito e chanfana são alguns dos pratos que os visitantes poderão degustar.

O festival promove iguarias que aliam a tradição regional com o prazer e sabor da boa mesa. “São quatro pratos da nossa cozinha tradicional que nos aquecem a alma. São receitas que passaram de geração em geração, que encaixam bem nesta época do ano em que as baixas temperaturas convidam a refeições mais quentes e prolongadas”, afirma o presidente da Câmara de Penacova. Álvaro Coimbra destaca a “elevada participação” dos restaurantes do concelho, “prova de que o setor, ainda a recuperar da pandemia, está recetivo a eventos que dinamizem a gastronomia do concelho”, sublinha o autarca. Atrair gente ao concelho é o objetivo desta e de outras iniciativas. “A gastronomia faz parte dessa componente, de atração de gente ao território, e Penacova é um concelho com apetência especial para o turismo, que, de facto, tem na gastronomia um parceiro”, referiu o autarca em conversa com a Gazeta Rural. Álvaro Coimbra sublinha que o setor da restauração de concelho “está consolidado desde há muito anos e que tem feito bem o seu trabalho na defesa da gastro-

nomia local e regional”. De todos os pratos que são apresentados nos Sabores da Terra, o autarca reconhece que “alguns não são genuínos de Penacova”, mas “são desta zona das Beiras e passaram de geração em geração, como a chanfana, o arroz de míscaros, o sarrabulho e outros”. Mas esta iniciativa “é, sobretudo, um apoio aos restaurantes, depois do período menos bom que atravessaram nos últimos tempos por causa da pandemia. Sabemos que atravessou todos os setores da economia, e restauração passou por tempos difíceis, com encerramentos, alguma a trabalharem com capacidade limitada, e tudo isto prejudicou esta área de negócio, pela qual temos um grande carinho”, refere o autarca. O Festival Sabores da Terra visa atrair visitantes e turistas a Penacova, para que durante estes meses de Novembro e Dezembro possam saborear estes pratos da cozinha regional. “Nesta altura do ano apetece sempre estar mais tempo à mesa, talvez até com a proximidade de uma lareira, e estes pratos típicos e regionais encaixam perfeitamente nesta lógica”, diz Álvaro Coimbra. Depois e para finalziar, acrescenta o autarca, “há os doces conventuais que aparecem à sobremesa, em todos os eventos que promovemos, como as Nevadas ou os pasteis de Lorvão, dois doces conventuais, com origem no Mosteiro de Lorvão, que, como sabemos, está muito ligado à história de Portugal”.

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De 18 a 21 de Novembro, em várias as casas e pastelarias do concelho

Alcobaça realiza edição “Especial Doces & Licores Conventuais” De 18 a 21 de Novembro, Alcobaça recebe uma edição “Especial Doces & Licores Conventuais – nas casas alcobacenses com tradição na Mostra”, evento promovido pela Câmara de Alcobaça, em parceria com a Associação Comercial, de Serviços e Industrial de Alcobaça e Região de Leiria (ACSIA).

São várias as casas e pastelarias do concelho de Alcobaça que conservam a tradição e o receituário dos Doces e Licores Conventuais dos Mosteiros de Alcobaça e de Coz. Esta será mais uma edição especial da Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais, adaptada ao contexto atual, o evento com maior projeção do concelho de Alcobaça que preserva e promove uma das marcas identitárias mais próximas do coração dos alcobacenses.

“Os Doces e Licores Conventuais representam uma forte marca do concelho” Inês Silva, vice-presidente da Câmara de Alcobaça, diz em entrevista à Gazeta Rural que o evento, este ano, 38

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é adaptado ao momento atual, mas é também o reconhecimento de um setor que representa “uma forte marca do concelho”. Gazeta Rural (GR): O Festival tem, nesta edição, um formato diferente. Qual o motivo? Inês Silva (IS): O formato está adaptado ao contexto pós-pandémico. Ou seja, pelo segundo ano consecutivo, esta será ainda uma edição especial da Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais nas próprias casas com tradição e presença na Mostra e não no Mosteiro de Alcobaça, como nas anteriores edições. GR: O evento é, este ano, reservado aos produtores de doçaria conventual do concelho? IS: Sim. Esta é uma oportunidade dar a conhecer as casas alcobacenses que trabalham há décadas no setor da doçaria e dos licores conventuais e com tradição na Mostra Internacional, trabalhando com base no receituário dos Mosteiros de Alcobaça e de Coz. GR: Este novo formato, adaptado ao momento atual, visa também dinamizar o comércio local? IS: E essa a intenção da autarquia.

À semelhança do ano passado, serão distribuídos vales de desconto em instituições sociais, educativas, de saúde e de segurança, no valor de cinco euros, que poderão ser utilizados nos estabelecimentos participantes, durante os quatro dias desta edição. Um claro incentivo à economia local. GR: O que representa este Festival para Alcobaça? IS: Os monges cistercienses que administraram o território dos antigos Coutos de Alcobaça durante séculos deixaram marcaram a cultura agrícola e gastronómica do território. Além da fruticultura, onde se destaca a Maçã de Alcobaça, também os Doces e Licores Conventuais representam uma forte marca do concelho, com destaque para as Cornucópias, as Delícias de Frei João, Pudim de Ovos dos frades do Convento de Alcobaça, Queijadas do Bárrio, Gradinhas de Alcobaça, Tachinhos à Dom Abade, o Pão de Ló de Alfeizerão e o tradicional Licor de Ginja de Alcobaça. Um concelho de culturas e de tradição gastronómica que sabe receber e oferecer qualidade e excelência aos visitantes. Passe por Alcobaça e visite as casas de tradição conventual: uma doce tentação!


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