Gazeta Rural nº 403

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ntejano le A o c r o firmar o P a a r a Algodres p e a d ir s e o f n e r o promov Beira e F a d da Bolota o a ic n r • Ourique a lo m e e C S I e 2021 Queijo em o com a V d o d ’ a d a t s n iv a t o a ir r m e o pe • Há F mio ‘Coo o celebra é v r o p o C ond e N d o o a m r ir o e o c v m li a e d O • Mont galardoa inhos em a v lv e a d n e ja P lo de rias abriu • Adega a www.gazetarural.com 1 M s a d • Quinta


04 Castelo Branco é palco de evento científico sobre plantas aromáticas e medicinais

Feira do Porco Alentejano quer afirmar o setor e o mundo rural Ourique vai receber a edição 2022 da Feira do Porco Alentejano, certame que é a “expressão das tradições do mundo rural”. Vai aconteceu de 25 a 27 de Março, tendo Pinhel como município convidado. A feira é um momento de festa e de afirmação de Ourique, enquanto capital do Porco Alentejano. O certame é organizado pela Câmara Municipal e Associação de Criadores do Porco Alentejano (ACPA)

Ficha técnica Ano XVIII | N.º 403

Periodicidade: Quinzenal

Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320

Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Redacção: Luís Pacheco

Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba

Júlio Sá Rego | Gabriel Costa

Departamento Comercial: Luís Cruz

Sede de Redacção: Lourosa de Cima

3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400

E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546

Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda

Administrador: José Luís Araújo

Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social: 5000 Euros

CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04

Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/

Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

05 Projecto Craft Turismo Criativo quer valorizar e inovar atividade artesanal no Dão

06 Feira do Queijo de Fornos de Algodres decorre este ano junto à Escola C+S 08 Município Gouveia promove “Mercado do Queijo da Serra da Estrela” 10 Feira do Queijo de Celorico da Beira regressa em modo presencial e com cartaz atrativo

12 Ourique promove feira para afirmar o Porco Alentejano 14 Fins de Semana Gastronómicos do Turismo do Porto e Norte estão de regresso

16 Azambuja organiza 39º Concurso de Vinhos do Município de Azambuja 17 Mais de 160 empresas participam nas feiras da Agrovid e SIEB 18 Produtor Quinta das Marias abriu loja de vinhos em Oliveira do Conde 20 Alijó apresentou Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos 22 Adega de Penalva galardoada com o prémio ‘Cooperativa’ de 2021 24 A pecuária extensiva “está sob enorme pressão e a situação pode vir a agudizar-se”, diz presidente da APCA

26 Governo aumenta apoio aos criadores de ovinos da região da Serra da Estrela 28 Carregal do Sal e Vouzela testam uso de sistemas de coleta de nevoeiro na reflorestação

30 Jovens portugueses dão voz ao Pacto Climático por uma Europa sustentável 33 Município de Montemor-o-Novo celebra o montado com a VI Semana da Bolota

34 Feira do Queijo de Seia vai acontecer de 23 a 25 de Abril 35 Sernancelhe lança comemorações dos 30 anos da Festa da Castanha 36 CIM Viseu Dão Lafões apresenta na BTL estratégia para valorização do turismo na região

38 Lamego dá a conhecer produtos endógenos e projecto “O Caminho dos Monges”



III Colóquio Nacional está marcado para 24 e 25 de Março

Castelo Branco é palco de evento científico sobre plantas aromáticas e medicinais tado na abertura do colóquio, revela que o setor das plantas A Escola Superior Agrária do Instituto Politécaromáticas, medicinais e condimentares (PAM) é jovem e quanico de Castelo Branco (ESA/IPCB) é o palco, nos lificado, as áreas de produção são de pequena dimensão e dias 24 a 25 de Março, do III Colóquio Nacional de a maioria dos produtos - infusões, condimentos, entre outros Plantas Aromáticas e Medicinais. No dia seguinte - estão certificados como biológicos. decorrerá um Encontro de Produtores, no dia 26, A cannabis medicinal, espécie cultivada que tem atraído com visitas a empresas do setor na região. avultado investimento nacional e estrangeiro a Portugal, será

Este Colóquio Nacional é organizado pela Associação tema de uma apresentação pelo INFARMED, entidade que nos Portuguesa de Horticultura, em colaboração com a ESA/ últimos anos licenciou 18 empresas de produção de cannabis IPCB e o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira medicinal. Interior (CBPBI). No Encontro de Produtores, dia 26 de Março, serão realizadas Várias dezenas de investigadores vão apresentar trabavisitas a empresas do setor na região (Ervas da Zoé e Sementes lhos científicos sobre inovação, uso terapêutico e mediVivas), e aos campos experimentais e laboratórios da ESA/IPCB cinal das PAM e outras aplicações desta flora tão divere do CBPBI, onde as plantas aromáticas e medicinais são objeto sificada e extremamente rica que existe em todo o país. de investigação com vista à valorização dos recursos endógenos Da gastronomia, ao seu uso como agentes de controlo da Beira Baixa. Este Encontro é realizado no âmbito do projeto natural de pragas na agricultura, da cosmética à mediciCOOP4PAM-Cooperar para crescer no setor das plantas aromátina, são inúmeras as aplicações e as potencialidades de cas e medicinais. valorização das plantas aromáticas e medicinais. Programa e inscrições disponíveis em: https://aphorticultura.pt/ Um estudo de âmbito nacional, que será apresencnpam2022/

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Desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento do Dão

Projecto Craft Turismo Criativo quer valorizar e inovar atividade artesanal no Dão A valorização da atividade artesanal com uma abordagem inovadora é o objetivo do projeto Craft Turismo Criativo, que está a ser desenvolvido no território da Associação de Desenvolvimento do Dão (ADD).

Serão desenvolvidas “acções que qualifiquem a cadeia de valor e promovam a diversificação de experiências temáticas suportadas numa rede de parcerias de agentes públicos e privados, locais e regionais”, acrescentou. No entender de Emanuel Ribeiro, é preciso ir além “do registo comum de valorização” do artesanato e assumir que “o mercado exige inovação ao nível do produto e O projecto pretende “combater as fragilidades socioeuma dimensão digital de promoção e comercialização”. conómicas” deste território, que abrange os concelhos O responsável referiu que a operação Craft Turismo Criativo de Aguiar da Beira, Nelas, Mangualde, Penalva do Caste“actua, de forma articulada, sobre diversas dimensões da cadeia lo e Sátão, “contribuindo para a diversificação da sua ecode valor turístico, integrando tarefas de levantamento e estrutunomia”, disse o coordenador da ADD, Emanuel Ribeiro. ração de informação, iniciativas de qualificação e capacitação Segundo o responsável, isso será conseguido através de agentes, co-criação de novos produtos e experiências, es“de um projecto de natureza imaterial de valorização, quatruturação de uma rota temática, acções de activação de prolificação e promoção turística baseado nos recursos idenduto e comunicação”. titários e activos patrimoniais culturais imateriais”, como o Um dos objectivos operacionais é “desenvolver novos roteiartesanato e o saber-fazer, “envolvendo a participação actiros de visitação e de experiência, que interligam os municípios va das comunidades locais”. da ADD, em torno do património cultural artesanal e imaterial, Emanuel Ribeiro contou que, “atendendo ao reduzido oraumentando a diversidade da oferta turística”, avançou. çamento disponível na Estratégia de Desenvolvimento Local Emanuel Ribeiro disse que a ADD espera conseguir “atrair inserida no DLBC [Desenvolvimento Local de Base Comunovos públicos nacionais e internacionais através da oferta nitária] Rural” para a valorização patrimonial, “foi decidido estruturada de experiências criativas e inovadoras de turisavançar com uma candidatura intermunicipal promovida pela mo cultural”. A “qualificação dos agentes e operadores dos ADD, em parceria com a Comunidade Intermunicipal Viseu territórios de intervenção da ADD, públicos e privados, que Dão-Lafões”. operam na cadeia do sector turístico” e a “participação de A candidatura “permitirá a estruturação do produto turístiagentes privados e públicos do tecido institucional, cultural, co cultural, com base na valorização e promoção dos activos turístico, social e económico” em dinâmicas de empreenpatrimoniais endógenos intrínsecos às artes e ofícios (recursos, dedorismo e em projectos inovadores em parceria são outécnicas e artesãos), como elementos de diferenciação e comtros objectivos, acrescentou. petitividade do território”, explicou.

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Certame regressa a 26 e 27 de Março

Feira do Queijo de Fornos de Algodres vai decorrer junto à Escola C+S mas, mas são dignas para uma feira com o prestígio que a nossa O Município de Fornos de Algodres vai realizar a tem e que permite a todos os que nos quiserem visitar conhecer Feira do Queijo Serra da Estrela, certame que reos nossos produtores de queijo, mas também outros produtos gressa a 26 e 27 de Março em modo presencial, do concelho. depois de ter decorrido nos últimos dois anos em formato digital. A edição de 2022 será realizada GR: O adiamento da feira não alterou as condições de realijunto à Escola C+S, dado que o Mercado Municipal zação da mesma, por exemplo em relação ao queijo? está em obras de remodelação. MF: O queijo está garantido na feira. Naturalmente que há O presidente da Câmara de Fornos de Algodres garante que, apesar da realização tardia da feira, haverá queijo para responder à procura de visitantes. Manuel Fonseca, em entrevista à Gazeta Rural, mostra-se preocupado com o futuro do setor. O autarca questiona os projetos de promoção do queijo Serra da Estrela, se não houver quem produza este afamado produto. Gazeta Rural (GR): Como estão os preparativos para a Feira do Queijo deste ano? Manuel Fonseca (MF): Depois de dois anos em que não foi possível fazer a Feira do Queijo, pensamos que estão reunidas as condições para que a mesma se possa realizar de forma presencial. Este ano o local será diferente. Em anos anteriores a feira realizava-se no Mercado Municipal, que está em remodelação, pelo que a mesma terá lugar junto à Escola C+S de Fornos de Algodres, com a utilização do pavilhão da escola. As condições não são as mes6

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alguns problemas, nomeadamente por causa da seca que nos afetou, pois há produtores que viram a sua produção baixar, uma vez que houve pouco pasto. Felizmente a chuva veio e pode vir a ‘compor’ a produção, mas não recupera o que ficou para trás.

GR: Como está o setor no concelho? MF: Nos últimos anos houve algum dinamismo, especialmente na certificação das queijarias. Quando chegámos à Câmara havia apenas duas queijarias certificadas. Ao longo deste tempo conseguimos que mais três o fizessem. No entanto, há um problema que tem a ver com a produção. A Câmara tem feito o seu trabalho, nomeadamente com a atribuição de um subsídio por cabeça de gado, não só de ovinos, mas também de bovinos, caprinos e outros, mas entendemos que é pouco. O Governo tem que fazer algum trabalho, no caso o Ministério da Agricultura. Foram criados alguns sistemas de incentivos, nomeadamente um que foi apadrinhado pela Inovcluster, de Castelo Branco, que incluía três queijos da região Centro. Contudo, não me parece que tenha os resultados pretendidos, pois, achamos, que o projeto devia ser orientado para o


queijo Serra da Estrela. Esperamos que novas linhas venham a ser postas em cima da mesa, com o objetivo de fixar novos produtores, o que é essencial neste momento. Trabalha-se muito a promoção do queijo Serra da Estrela, mas é necessário aumentar a produção. É importante criar algumas linhas de financiamento para que produtores mais jovens possam entrar no setor, no concelho de Fornos de Algores e em toda a região demarcada. Entendemos que o queijo desta região tem que ser valorizado. O preço a que está a ser comercializado não cobre os custos dos produtores, pelo que é importante valorizar o produto, de modo que quem o produz o possa continuar a fazer.

fábricas de queijo e perder-se o saber fazer, esta tradição secular e um produto reconhecidamente de qualidade superior. É essencial criar um mecanismo que permita a que novos produtores, jovens agricultores, se possam instalar no território, de modo a haver maior produção de queijo Serra da Estrela. De outro modo, corremos o risco de andar a promover um produto que existe em quantidades muito pequenas.

GR: Fornos tem vindo a desenvolver projetos ao nível turístico para atração de gente ao seu território. Tem notado os resultados? MF: Fornos de Algodres tem, neste momento, uma grande capacidade hoteleira, comparativamente com ou“De que vale promover o queijo Serra da Estrela, tros concelhos da região. Estamos bem acima da média se corremos o risco de não haver produto na Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela. para responder à procura?” Temos feito um trabalho no sentido de valorizar o que de bom temos, nomeadamente o nosso património natuGR: O que acabou de dizer vai de encontro à opinião do presiral e cultural, valorizando também a nossa gastronomia, dente da Câmara de Penalva. De que vale promover o produto, que é importante, e as nossas aldeias. Esse trabalho tem se não houver quem o produza? Ou seja, há projetos que têm o sido feito e em algumas épocas há um retorno bastante ciclo invertido? significativo. E dou como exemplo a Feira do Queijo, MF: Concordo plenamente com o Francisco Carvalho, porque há que atrai bastante gente ao nosso concelho, que vai à que investir em primeiro lugar na produção. Numa determinada alfeira, que visita também outro locais, por cá faz as suas tura houve um esforço muito grande, por parte de várias entidades, refeições ou fica numa das unidades hoteleiras que por no sentido de promover o queijo Serra da Estrela. Esse trabalho foi cá temos. importante, mas agora o que está em causa é a produção. É necesEm Julho temos por cá a Fornos Youth Cup, um sário criar incentivos para aumentar a produção. De outro modo, de evento que atrai ao concelho alguns milhares de pessoas e com retorno económico importante, essencial que vale promover o queijo, se corremos o risco de, daqui a alguns para o nosso território, que noutras épocas do ano anos, uma década talvez, não haver produto para responder à procura? tem menor fluxo de visitantes Corre-se o risco das pessoas que têm as ovelhas entregarem o leite às www.gazetarural.com

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Nos dias 2 e 3 de Abril no Mercado Municipal

Município Gouveia promove “Mercado do Queijo da Serra da Estrela” O município de Gouveia vai promover, nos dias 02 e 03 Abril, o “Mercado do Queijo da Serra da Estrela”, para “valorizar a fileira económica” deste produto tradicional.

fileira produtiva, implementando espaços de degustação e comercialização do principal queijo português”, lê-se numa nota da autarquia serrana. A mesma fonte acrescenta que o “Mercado do Queijo” é uma iniciativa do município de Gouveia “que procura valorizar a fiSegundo a autarquia presidida por Luís Tadeu, o cerleira económica relacionada com a produção do queijo da Serra tame “está direcionado primordialmente para a comerda Estrela enquanto produto endógeno de relevância primordial cialização e promoção do queijo da Serra da Estrela e para o concelho de Gouveia”. “Podem participar no ‘Mercado decorrerá no renovado Mercado Municipal de Gouveia”. do Queijo’ todos os produtores locais de produtos endógenos O evento, que reunirá, durante dois dias, pastores, ou artesanato”, refere a autarquia de Gouveia. produtores e queijarias do típico queijo Serra da Estrela, As inscrições para participação no evento estão abertas até ao marca a reabertura do Mercado Municipal daquela cidadia 18 de Março, devendo os interessados preencher a respetide da região da Serra da Estrela, após a realização de va ficha de inscrição e remetê-la por ‘e-mail’ para turismo@cmobras de requalificação. “A atividade visa reunir toda a -gouveia.pt.

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“A Cooperativa” “Localizada no centro da região do Dão, a Adega de Penalva tem passado por um processo de renovação a vários níveis, da vinha à vinificação, com vinhos arrojados e surpreendentes”

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De 18 a 20 de Março

Feira do Queijo de Celorico da Beira regressa em modo presencial e com cartaz muito atrativo Fernando Daniel, Sons do Minho e o programa “Somos Portugal”, da TVI, são as apostas da Câmara de Celorico da Beira para a quadragésima terceira edição da Feira do Queijo, que vai decorrer de 18 a 20 de Março.

O presidente da Câmara de Celorico da Beira espera que esta edição tenha o mesmo impacto da de 2020, que “as expectativas são realisticamente boas” e que seja “um êxito”. Carlos Manuel Ascensão, em entrevista à Gazeta Rural, mostra-se preocupado com o futuro do setor na região, salientando a pouca renovação existente. Gazeta Rural (GR): Que expectativa tem para a Feira, tendo em conta o momento que vivemos? Carlos Manuel Ascensão (CMA): As nossas expectativas são de que a vida regresse à normalidade e, depois desta ‘ponte’ de dois anos, que tenhamos um certame igual ao de 2020. Esperamos que seja um êxito, que corra bem e que tenhamos muito visitantes, do concelho, da região e do país, mas também dos nossos vizinhos espanhóis. Portanto, diria que as expectativas são realisticamente boas.

Concertos, animação a cargo de grupos de cantares, grupos de concertinas e rancho folclórico, atividades para os mais novos, showcookings e artesanato, são algumas das propostas para um certame que pretende “homenagear os pastores e queijeiras e GR: Realizar uma feira igual a 2020? promover, valorizar um produto nobre da CMA: Exatamente. Em 2020 a feira correu muito bem. Depois tipastorícia e outros produtos locais de qualivemos o hiato de tempo e agora estamos a retomar o evento, ainda dade superior. que aos poucos, porque há essa necessidade. Tendo em conta a 10

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última edição, esperamos este ano ter uma grande feira, como é tradicional em Celorico da Beira, em modo presencial, com a participação dos nossos pastores e queijeiras, bem como dos nossos expositores. Este certame é um momento de festa e de homenagem, de afirmar a nossa identidade e as nossas tradições, mas também é bom salientar a parte lúdica do evento, bem como a sua importância económica para o concelho e para a região, pois é uma forma de, numa altura difícil, ajudar os nossos produtores, os nossos pastores e a economia local.

ano damos o apoio que já estava estabelecido desde o ano anterior, que é uma ajuda, para além de outras, como os apoios no âmbito da certificação. A seca baixou a produção e nesta altura a procura é maior que a oferta. Entretanto, tivemos três males seguidos, a pandemia, a seca e a guerra, esta que é longe, mas que nos afeta, como estamos a ver, de várias maneiras.

GR: Como está, de uma forma geral, o setor pecuário do concelho? CMA: Nestes últimos anos houve uma diminuição do efectivo ovino, se usarmos termos comparativos de há 15 ou 20 anos, e os pastores também eram mais. Assistimos a um fenómeno de diminuição do número de rebanhos, mas, por outro lado, de alguma GR: Como tem sentido os produtores de queijo concentração. Hoje temos rebanhos com alguma dimensão. após estes dois anos tão difíceis? Temos no concelho o maior rebanho de ovelha Bordaleira, com CMA: Diria que as dificuldades criam oportunidades cerca de 800 efectivos, bem como outros de menor dimensão. e nós criámos uma plataforma, “celoricocomgosto.pt”, Contudo, se projetarmos isto para o amanhã, percebemos que que correu bastante bem, foi bem conseguida e que não tem havido renovação. Usando uma afirmação do senhor ajudou a escoar o produto. Diria que neste período já Presidente da República, - que falava da “intemporalidade das longo de pandemia, tirando um período inicial com todos os medos e desconhecimentos relativamente a esta queijeiras, da tradição e das guardiãs da montanha”, que representam aquilo que é a nossa identidade e tradição, - é bom que problemática, em que houve uma espécie de bloqueio, isto se perpetue, mas o cenário não é animador. de um modo geral o produto tem sido escoado, tem-se Temos algumas excepções, com algumas queijeiras e pastovendido bem, para além de que os produtores também res mais jovens, mas a maior parte são pessoas com uma idatêm os seus clientes habituais. A autarquia ajudou, com de considerável, que estão um pouco cansadas e que sofrem a plataforma, mas também, através do Solar do Queijo, na pele as consequências de uma vida dura, das agruras de procurámos divulgar, promover, valorizar e apoiar o queijo uma vida que não lhes dá descanso, sujeitos às intempéries, e os nossos produtores. à pandemia, à seca e ao calor. Diria que o senão maior, neste ano que estamos a viver, Nós, realisticamente, preocupamo-nos com o amanhã, não foi a falta de procura do produto, que é de excelência e uma das principais maravilhas da nossa gastronómica, porque não é animador a renovação desta atividade tão importante, não só em termos de cultura, tradição, dos nossos mas a seca, que tem tido consequências na quantidade do saberes e sabores tão característicos, mas também uma atiproduto, que é menor. vidade económica com um peso considerável para a região. GR: As chuvas que caíram ajudam a ‘compor’ o ano? O interior tem pagado um preço bastante elevado pela CMA: Diria que é insipiente. As chuvas são bem-vindas, diminuição da população, pela saída dos jovens, que não mas ainda não são suficientes, pelo menos até agora. Estivese fixam nestes territórios, e pelo envelhecimento gradual mos atentos às preocupações dos nossos produtores e este e acelerado da nossa população.

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De 25 a 27 de Março, tendo Pinhel como convidado

Ourique promove feira para afirmar o Porco Alentejano Ourique vai receber a edição 2022 da Feira do Porco Alentejano, certame que é a “expressão das tradições do mundo rural”. Vai aconteceu de 25 a 27 de Março, tendo Pinhel como município convidado.

visita de Ourique à Feira das Tradições. O cartaz de espetáculos tem Barbara Bandeira, Áurea e Toy, três nomes grandes do atual panorama musical nacional. O programa inclui o seminário sobre “Alterações climáticas: o impacto da seca na agropecuária extensiva”, o primeiro Concurso de Linguiças Caseiras da feira, e uma apresentação e prova “Os vinhos de Pinhel e o porco alentejano”.

“Há que continuar a remar rumo ao futuro e à produção de produtos de excelência”

A feira é um momento de festa e de afirmaO presidente da Câmara de Ourique, em conversa com a Gazeta Rural, diz que depois de dois anos, em que o certame não ção de Ourique, enquanto capital do Porco se realizou, a “expectativa do regresso é bastante alta”. Marcelo Alentejano. O certame organizado pela CâGuerreiro salienta também os efeitos da seca e da pandemia no mara Municipal e Associação de Criadores setor, que acredita ainda tem “potencial para continuar a ser dido Porco Alentejano (ACPA) destaca e pronamizado e a crescer”. move toda a fileira, mas também um território de grande potencial, apesar das várias Gazeta Rural (GR): Ourique volta a promover a Feira do Porco vicissitudes, com a pandemia e a seca. Alentejano. Que expectativa tem? Depois de dois anos de ausência, o certame regressa com cerca de uma centena de expositores e à espera de muitos milhares de visitantes. O município de Pinhel é o convidado, retribuindo a 12

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Marcelo Guerreiro (MG): Durante dois anos a feira não se realizou, devido à situação que atravessamos, mas a expectativa do regresso é bastante alta, em primeiro lugar por aquilo que referi, depois porque temos muita vontade de realizar o certame e uma


MG: São coisas diferentes e no grande público essa ‘confusão’ e esse aproveitamento ainda existe. O porco Alentejano é uma raça autóctone portuguesa, com um processo de produção, controlo e transformação acompanhado desde o nascimento até ao momento final da transformação, o que é diferente do que é designação de porco preto. Essa diferenciação, e essa percepção, ainda não existe no grande publico e é por isso que faz todo o sentido continuar a promoGR: A cerca de duas semanas da feira, acredita ver o porco Alentejano e a dinamizar momentos, como é o caso que nessa altura estejamos numa fase mais adianda Feira que vamos levar a cabo, que contribuem fortemente tada, naquilo que são as recomendações relativapara a afirmação desses mesmos produtos. mente à pandemia? “Somos um concelho rural, onde a produção agropeMG: Esperamos que tudo possa estar mais tranquilo, pois o caminho que tem sido feito, nessa matéria, cuária tem uma importância muito significativa” vai nesse sentido. Acreditamos que estão reunidas todas as condições para a realização do evento. GR: Como está, nesta altura, o setor agroalimentar no concelho? GR: O setor vive um momento difícil, não só pelos MG: Nesta área existe um conjunto de produtores agropeefeitos da seca, mas também pelo aumento dos facuários muito significativo, com especial enfoque no porco tores de produção. Que feedback tem dos criadores Alentejano, mas também em outras produções, como ovinos de porco Alentejano? e bovinos, e por isso somos um concelho rural, onde as produções agropecuárias tem uma importância muito significativa. MG: O momento é difícil, especialmente pelos efeitos Naturalmente associado a isso temos a transformação de da seca, minorados com as chuvas que caíram, mas que produtos, nomeadamente através da Montaraz de Garvão, são insuficientes. Depois temos a pandemia, que trouxe que tem um impacto muito importante no concelho. Diria alguns problemas ao setor, pois estávamos num momento muito bom, muito positivo, numa altura em que estava que nos últimos anos os setores agropecuário e agroalimentar têm evoluído de forma muito positiva, mas ainda existe num período alto e a pandemia veio trazer um conjunto potencial para continuar a ser dinamizado e a crescer. de problemas e a seca veio agravar bastante as condições das explorações agropecuárias, porque a maioria são de GR: Este ano tem Pinhel como concelho convidado da sequeiro. Feira do Porco Alentejano? De qualquer modo, há que continuar a remar rumo ao MG: Estabelecemos uma parceria entre Ourique e Pinhel, futuro e à produção de produtos de excelência. A nossa dois concelhos com realidades diferentes, mas também forma de diferenciação tem que ser essa, com a produção com muitos desafios em comum, próprios de municípios de produtos de altíssima qualidade. rurais e do interior e, por isso, em boa hora se estabeleceu O momento é muito complicado relativamente à questão essa parceria. da seca, mas com a entreajuda de todas as entidades irá ser O concelho de Ourique esteve representado na Feira ultrapassado e poderemos continuar a produzir este produto de excelência, como é o porco Alentejano. das Tradições, em Pinhel, a promover o porco Alentejano, com degustações acompanhadas com vinhos de PiGR: Confunde-se bastante porco preto com porco Alennhel, e que na Feira do Porco Alentejano se irão repetir. tejano, que não é, de todo, a mesma coisa. O porco AlenPor isso, o que une os dois municípios do interior, e do tejano já tem, no seu entender, o reconhecimento que lhe mundo rural, são os desafios que têm pela frente e que, é devido, enquanto raça autóctone portuguesa? apesar da distância, muitos deles são comuns. esperança maior de poder regressar ao nosso quotidiano e às atividades normais da nossa comunidade. Por isso, esperamos que seja um grande momento, que seja um evento maior, que reflita aquilo que tem sido a preparação do mesmo e, mais importante, que tenha muito público.

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Iniciativa envolve mais de 900 restaurantes e 400 alojamentos

Fins de Semana Gastronómicos do Turismo do Porto e Norte estão de regresso entre outros”, sublinha Luís Pedro Martins. Setenta e oito municípios, mais de 900 restauranO alojamento turístico junta-se aos restaurantes para esta tes e cerca de 400 alojamentos do destino do Poração. Mais de 400 empreendimentos, entre os quais 250 espato e Norte fazem a XIII edição dos Fins de Semana ços temáticos direcionados para o enoturismo. A este propósito, Gastronómicos, uma iniciativa com a chancela do o presidente do Turismo do Porto e Norte lembra a mais-valia Turismo do Porto e Norte, que se constitui como o que será “a nova Rota dos Vinhos e do Enoturismo do Porto e maior projeto público-privado de promoção turísNorte, juntando o Instituto do Vinho do Douro e Porto, as três tica gastronómica. comissões regionais de vinho que integram o destino e que, es-

Durante 27 fins de semana e oito meses de atividade, tamos convictos, fará da região uma referência mundial na área esta iniciativa de sucesso, hoje apresentada em Chaves, do enoturismo”. vai “impulsionar um setor verdadeiramente arrasado nos A autarquia anfitriã do evento de apresentação, Chaves, pela últimos dois anos pela pandemia e que precisa de contivoz do seu presidente, Nuno Vaz Ribeiro, enfatizou a importância nuar a ser apoiado”, considera Luís Pedro Martins, presideste projeto “que valoriza os produtos de cada região e torna dente do Turismo do Porto e Norte, acrescentando que possível diversificar a oferta turística, promove a deslocação para “ao longo dos anos estes fins de o interior dos fluxos turísticos e combate a sazonalidade”. A este semana gastronómicos têm sido uma alavanca de proevento Chaves associa ainda o Festival Gastronómico do Bacalhau moção de um dos produtos-âncora do destino, a boa como produto turístico, cuja primeira edição decorrerá em fins do gastronomia e os bons vinhos da região”. mês de Maio, com o objetivo de estimular a retoma da procura turísNo horizonte está a salvaguarda da herança de satica da região, quer por residentes no território nacional, quer na vibores ancestrais, algumas vezes reinterpretados pelas zinha Galiza, mercado de proximidade com particular apetência para tendências da cozinha contemporânea, numa diversieventos desta tipologia. dade de receitas e produtos endógenos que atestam Depois de dois anos particularmente difíceis para os setores de a qualidade do que é servido aos visitantes. Para lá hotelaria e restauração, acredita-se que os fins de semana gastronóde aquilo que é o usufruto desta explosão de sabomicos contribuam para ajudar a reanimar o tecido empresarial desta res, esta é também uma iniciativa capaz de gerar um fileira, fixar emprego (antes da pandemia estes setores representavam efeito de arrastamento na visitação dos respetivos 180 mil postos de trabalho) e melhorar a estadia média. territórios, “otimizando a procura do turismo cultuOs fins de semana gastronómicos tiveram início neste mês de Março ral, patrimonial, aventura, náutico, saúde e bem-estar e vão prolongar-se até ao final do ano. 14

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Na Freguesia de Vila Nova de Monsarros, Anadia, a 10 de Abril

Centro Cultural de Grada acolhe VII Mostra de Vinhos em Abril A Associação Recreativa de Grada (ARG) está a organizar a VII Mostra de Vinhos, evento que se vai realizar a 10 de Abril, a partir das 15 horas, no Centro Cultural de Grada. O objetivo, segundo a organização, “é dar a conhecer e promover os vinhos produzidos na Freguesia de Vila Nova de Monsarros”, no concelho de Anadia. Nesta iniciativa, os vinhos apresentados serão avaliados por um conceituado júri, que destacará as características de cada vinho e decidirá quais os que possuem melhor qualidade. O programa desta mostra irá terminar com um lanche-convívio, que será acompanhado pelos vinhos apresentados. Esta mostra é um evento que convida os produtores a apresentarem os seus vinhos e a partilharem experiências sobre a arte de fazer vinho. Dirige-se também à população em geral que tenha interesse em conhecer os vinhos locais. A entrada é livre. Após um período de interregno, devido à pandemia de Covid-19, a ARG retoma esta iniciativa, que distingue a diversidade e a excelência dos vinhos produzidos na freguesia de Vila Nova de Monsarros.

Da colheita de 2021, nas categorias de tintos, brancos e rosés

Azambuja organiza Concurso de Vinhos do Município do concelho

O Município de Azambuja vai promover o seu trigésimo nono Concurso de Vinhos do produtor, um dos mais antigos da região e aberto a todos os vitivinicultores do concelho. A edição 2022 vai celebrar a colheita de 2021, com o concurso aberto às categorias de vinhos tintos, brancos e rosés.

A iniciativa vai continuar a premiar os melhores com recompensas monetárias, além dos habituais troféus comemorativos do evento. Assim, o primeiro, o segundo e o terceiro classificados, em cada uma das três categorias, receberão, respetivamente, 750,00, 500,00 e 250,00 euros. Estes prémios tem o objetivo de, por um lado, incentivar todos os produtores a participar e, por outro, recompensar o esforço e o saber dos que obtêm os melhores resultados, que serão conhecidos no mês de Abril. O concurso será realizado nos moldes tradicionais de “prova cega”, respeitando todas as recomendações da Direção-Geral de Saúde, e o júri convidado será composto por vários técnicos especializados na área. O prestígio do evento é assegurado por enólogos em representação, nomeadamente, da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, da Associação Portuguesa de Enologia e da Associação de Escanções de Portugal. Este concurso é organizado pela Câmara de Azambuja e tem o apoio das Juntas de Freguesia do concelho. 16

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De 22 a 24 de Março na Feria de Valladolid (Espanha)

Mais de 160 empresas participam nas feiras da Agrovid e SIEB De 22 a 24 de Março, a Feria de Valladolid está a organizar duas feiras especializadas no cultivo da vinha e no equipamento vinícola, Agrovid e SIEB, com a participação de mais de 160 expositores nacionais e internacionais. Esta é a segunda edição da Agrovid e a primeira da Iberian Winery Equipment Show, duas feiras com entidade própria cujo conteúdo se complementam.

Castela e Leão, incorpora também uma área específica para empresas inovadoras, a Agrotecnológica, na qual, entre outras soluções, sistemas de medição meteorológica, previsão de riscos de doenças da vinha, monitorização de culturas, zangões, etc. são apresentados. O sector do viveiro tem uma forte presença na Agrovid, com a participação de empresas de Barcelona, Valência, La Rioja e Navarra. A par delas estão duas empresas portuguesas que vendem estruturas e artigos para a vindima. A Espanha lidera o ranking mundial em termos de superfície vitícola, com 961.000 hectares e 13% do total, e Portugal está no nono lugar. Em termos de produção de vinho, a OIV estima a campanha de 2021 em 250,3 milhões de hectolitros, ligeiramente menos do que no ano anterior, principalmente devido às condições climáticas adversas na União Europeia, onde Itália, Espanha e França representam 45 por cento da produção mundial.

“A Espanha e Portugal representam em conjunto 1,15 milhões de hectares de vinha, segundo dados publicados pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho. Valladolid está localizada no coração desta grande vinha ibérica e a Agrovid e a SIEB pretendem ser uma plataforma de negócios para expositores e visitantes”, disse Alberto Alonso, director-geral de Feria de Valladolid.

Equipamento de adega no Salón Ibérico de Equipamiento para Bodegas

Coincidindo com a Agrovid, será realizada a primeira edição do Salón Ibérico de Equipamiento para Bodegas (SIEB), uma feira cujo conteúdo começa com a recepção das uvas e abrange todos os processos envolvidos na vinificação, desde a prensagem até à rotulagem e armazenamento. O SIEB é frequentado por 82 empresas de Ambas as feiras oferecem uma exposição comercial de 11.000 Espanha, Bélgica, Alemanha, Portugal e França, bem metros quadrados na qual estarão presentes empresas que fabricomo por empresas representadas por distribuidores cam, importam e vendem todo o tipo de maquinaria, equipamento regionais do Canadá, EUA, Itália, Dinamarca, Suíça e e serviços para vinhas e adegas. Na Agrovid os visitantes encontraJapão. rão tudo, desde arados a sistemas de irrigação, viveiros, protecção Destina-se a todos os segmentos profissionais da inde culturas, equipamento de poda, fertilizantes, soluções tecnolódústria vinícola, como vinicultores, técnicos, enólogos, gicas para controlo e monitorização, etc. instaladores e outros. A lista de equipamentos e serviEntre outros, participaram na apresentação de ambas as feiras o ços apresentada na Feira de Valladolid abrange desVice-Ministro do Desenvolvimento Rural e Director-Geral do Instituto de equipamentos de medição e análise a leveduras, de Tecnologia Agrícola de Castela e Leão, Jorge Llorente; o presibarris, tanques e cubas, automação de processos, dente do Comité Executivo da Feira de Valladolid, Víctor Caramanconsultoria e gestão, rolhas, etiquetas, purificação, zana, e o secretário técnico da Associação Oficial dos Engenheiros mangueiras, bombas, sistemas de refrigeração e filAgrónomos de Castela e Leão e Cantábria, José Ignacio Velasco. tragem, estruturas, embalagens, etc. A Agrovid, que tem o apoio do Instituto Tecnológico Agrícola de www.gazetarural.com

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Já disponível para clientes e visitantes

Produtor Quinta das Marias abriu loja de vinhos em Oliveira do Conde O produtor de vinhos do Dão ‘Quinta das Marias’ abriu uma loja de vinhos, em Oliveira do Conde, no concelho de Carregal do Sal. A inauguração do novo espaço contou a presença do presidente da Câmara local, Paulo Catalino, bem como inúmeros amigos.

çou pela esposa. “A obra é da Elizabeth, não só nas ideias, mas também na conceção e acompanhamento das obras”, referiu, destacando também o trabalho de planificação e organização de todos quantos contribuíram para que a obra ficasse concluída, de acordo com a ideia concebida.

Peter Eckert não esqueceu quem como ele trabalhou muitos anos (o senhor António), mas também quem como ele continua a ‘aventura’ (bem sucedida) da Quinta das Marias. Sobre a sua longa estadia em terras de Carregal do Sal, Peter Eckert, suíço de nascimento, disse sentir-se “em casa e perfeitamente integrado”, pois “fui muito bem recebido nesta terra”. “Somos muito felizes aqui e agradecemos muito a forma como nos Peter Eckert era um homem emocionado e receberam”, acrescentou lembrando que recentemente foi eleito feliz na hora de cortar a fita, pois a abertura presidente do Conselho Fiscal da Associação de Viticultores do Dão, “o primeiro estrangeiro e sê-lo”, gracejou. da loja, à entrada da quinta, representou o Depois da abertura da loja e uma visita à antiga adega, contígua à concretizar de um sonho que a esposa Elizaloja, que foi requalificada, houve tempo para um lanche, com carnes beth deu corpo. Na hora do discurso, foram e enchidos do Talho Luis, de Carregal do Sal, regadas com o novo

mais agradecimentos, Peter Eckert come18

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Branco Encruzado 2021, engarrafado uns dias antes e que já mostra a qualidade a excelência a que este produtor nos habituou, bem como um Alfrocheiro, colheita de 2019, que fará as delícias dos amantes desta casta, mas também irá surpreender os novos apreciadores de vinhos do Dão com a identidade e ‘chancela’ Quinta das Marias.

A Quinta das Marias “representa o amor e o carinho que estas pessoas têm por Carregal do Sal” O presidente da Câmara de Carregal do Sal, Paulo Catalino, cortou a fita e, em conversa com a Gazeta Rural, destacou a importância da Quinta das Marias num território onde o vinho é ‘marca de excelência’. Paulo Catalino diz que a Quinta das Marias “representa o carinho e o amor que estas pessoas têm por Carregal do Sal” e que “vieram acrescentar valor ao nosso concelho” Gazeta Rural (GR): Que importância tem a Quinta das Marias para Carregal do Sal? Paulo Catalino (PC): Não só pela excelência daquilo que apresentam e tem acrescentado ao nosso concelho, a Quinta das Marias representa, na verdade, o carinho e o amor que estas pessoas, que não sendo de cá, têm por Carregal do Sal. Esta é a mais-valia e o exemplo que nos dão. Independentemente do negócio que representa o vinho, e Carregal do Sal é tipicamente um concelho que produz vinhos do Dão de grande qualidade, esta família demonstra a capacidade que o concelho tem para atrair gente que investe no nosso concelho. Por isso, para além deste tom tão familiar, deste carinho que sempre tivemos pela Quinta das Marias, mas em especial do senhor Peter e sua família, temos também a certeza de que vieram acrescentar valor ao nosso concelho. É isso que eles representam para nós. A possibilidade de atrairmos mais gente que não sendo do concelho para cá venha, aqui viva e por cá seja feliz. Este é o grande exemplo que esta família nos dá. GR: O vinho é um setor muito importante para o concelho? PC: Sim. O concelho de Carregal do Sal vive em grande parte do vinho. Diria mesmo que é o concelho que mais fatura com vinhos do Dão. É um negócio que está a florescer, a aumentar no nosso concelho e representa uma grande mais-valia, pois, num território de baixa densidade como o nosso, ter neste setor uma alavanca de crescimento é muito importante, não só do ponto de vista económico, mas também na atração de novos investimentos. GR: E há novos investimentos no concelho? PC: Tem havido uma grande procura. Nesta altura estamos a discutir o aumento da nossa Zona Industrial, precisamente porque temos vindo a ter muita procura para os lotes que ainda estão disponíveis. Acredito muito que o vinho, e os vinhos do Dão em particular, consigam ser o grande polo de atração para um território de baixa densidade como o nosso. www.gazetarural.com

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Vai acontecer de 17 a 19 de Junho

Alijó apresentou Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos

O Município de Alijó vai levar a cabo a Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos, que acontecerá de 17 a 19 de Junho, no Parque da Vila. Acompanhado pela conceituada artista Joana Vasconcelos, o presidente da Câmara de Alijó, José Paredes, deu a conhecer as linhas de força daquela que é a mais importante e representativa montra do que melhor se produz no Concelho de Alijó e tem já assegurada a participação de um interessante número de produtores de vinho, azeite e outros produtos agroalimentares. Falando para produtores do concelho e uma comitiva de jornalistas portugueses e espanhóis, José Paredes, explicou que a designação “vinhos dos Altos” está rela-

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cionada com os vinhos produzidos em cotas mais altas, nomeadamente no planalto do concelho de Alijó. É uma zona onde é possível “produzir vinhos mais frescos e aromáticos, de muita qualidade, entre 600 e 800 metros de altitude” que complementarão a oferta de vinhos de altíssima qualidade, produzidos nas encostas do Douro a cotas mais baixas e cuja excelência é já reconhecida pelo consumidor no mercado mundial de vinhos. A Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos associará a promoção dos vinhos à gastronomia, harmonizando provas de vinho comentadas por especialistas com demonstrações culinárias promovidas por reconhecidos chefs de cozinha. Haverá ainda lugar a eventos culturais, zona de restauração e momentos de cooperação transfronteiriça, onde o concello de Carballiño, localidade espanhola geminada com Alijó, marcará presença com o típico polvo da Galiza.


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Pela revista Grandes Escolhas

Adega de Penalva galardoada com o prémio ‘Cooperativa’ 2021 A Adega de Penalva do Castelo foi considerada a ‘Cooperativa’ de 2021 pela revista especializada Grandes Escolhas, galardão que é o reconhecimento pelo trabalho feito nos últimos, nomeadamente com a apresentação ao mercado de vinhos de monovarietais que recuperam a tradição da região do Dão. 22

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Aquela publicação considerou que a Adega de Penalva “tem passado por um processo de renovação a vários níveis, da vinha à vinificação, com vinhos arrojados e surpreendentes”. O presidente da Adega de Penalva mostra-se satisfeito, distribuindo o galardão por todos quantos contribuem para o sucesso da adega, a começar pelos associados. José Frias Clemente, à Gazeta Rural, diz que o prémio “é o reconhecimento de muitos anos de trabalho”. Gazeta Rural (GR): Que importância tem o prémio atribuído pela revista Grandes Escolhas? José Frias Clemente (JFC): É um galardão que nos prestigia e que reconhece o trabalho que tem sido feito na Adega nos últi-


a ser faladas e recuperadas. Estes novos vinhos têm sido um sucesso, mos anos. Para além disso, diz-nos muito, pois há pois são, para além de diferenciadores, de excelente qualidade e têm uns anos que vínhamos a fazer algo de bom e difetido uma boa aceitação do mercado. Lembro também o branco de rente para merecermos este galardão, que é muito Maceração Pelicular ou um Clarete, que recupera uma tendência dos importante, pois é, também, o reconhecimento de vinhos da região há umas décadas atrás. muitos anos de trabalho. Este prémio é importante para a Adega de Penalva GR: Há, no entanto, a preponderância da Touriga Nacional, nos e, especialmente, para todos nós, a começar pelos tintos, e da Encruzado, nos brancos? nossos sócios, passando pela equipa de enologia e JFC: Claro, são as castas de maior importância na região. Contupara todos os que aqui trabalham. Tenho que agradedo, na Adega de Penalva temos um pouco de tudo, o que veio encer a toda a gente, pois sem eles não conseguiríamos grandecer o nome da Adega, bem como a recuperação de algumas chegar a este patamar. castas antigas que, em certa medida, saem do perfil tradicional, dos últimos anos, dos vinhos produzidos no Dão. GR: O sucesso dá muito trabalho? JFC: Claro, mas sem trabalho não se consegue nada. GR: A Adega está a apostar em vinhas novas com estas casNa Adega de Penalva trabalhamos muito e temos que tas? estar também sempre atentos, de forma a termos viJFC: Sim. Há vinhas novas plantadas com Baga e Tinta Pinheira. nhos de grande qualidade. Este trabalho começa na viNo Alfrocheiro ainda há bastante, mas temos também vindo a renha, com os nossos associados, que nos entregam uvas forçar juntos dos nossos associados a importância de mantermos que resultam em vinhos premiados. esta casta, tão importante na região do Dão. GR: A Adega de Penalva tem marcas icónicas, como GR: Estamos, assim esperamos, no pós pandemia. Sempre o Milénio, mas os novos rótulos, e a aposta em monodisse que a Adega de Penalva sentiu a crise, nomeadamente varietais de castas pouco conhecidas, deram-lhe esta no setor da restauração. Qual é a situação atual? notoriedade, que está ‘presente’ no prémio que receJFC: A restauração foi um canal que esteve fechado duranbeu? te quase dois anos e na Adega também sentimos isso. ComJFC: Foi, na verdade, uma boa aposta os novos rótulos, pensámos, em parte, nas grandes superfícies, onde as vendas com vinhos monovarietais de castas como a Tinta Pinheira, aumentaram um pouco. Notou-se, entretanto, a abertura do que na nossa região está em vias de extinção, assim como setor da restauração, que voltou a comprar vinhos e está a a Baga e o Alfrocheiro, nos tintos, ou o Cerceal e o Bical, correr razoavelmente bem. nos brancos. São castas antigas que na região do Dão estão

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Nuno Faustino, presidente da Associação de Criadores e Porco Alentejano

A pecuária extensiva “está sob enorme pressão e a situação pode vir a agudizar-se” ção do Porco Alentejano? Os efeitos da seca e o aumento dos fatores Nuno Faustino (NF): O ponto de situação é preocupante. Rede produção são, nesta altura, situações que lativamente à ‘montanheira’ que ocorreu em 2021 e 2022, 90% afligem os criadores de porco Alentejano. O dos animais já foram abatidos. Essa ‘montanheira’ decorreu com presidente da Associação de Criadores e Porco deficiências, com problemas, desde logo com a seca que assolou Alentejano, sedeada em Ourique, em entrevis- o nosso território, pois não havia erva e água no campo, para além ta à Gazeta Rural, traça um cenário difícil para o de temperaturas bastantes elevadas, - as chuvas que caíram são insetor na região, considerando mesmo que a sisuficientes, - o que faz com que os animais não consigam engordar convenientemente. Estamos a falar de peso, por animal, entre 15 e tuação é “preocupante”. Nuno Faustino teme 20 quilos em média. Deste modo, toda a ‘montanheira’ se processa que os preços a praticar em 2023 não cubram de uma forma difícil e lenta para os animais engordarem. os custos de produção dos criadores, levando Relativamente ao futuro a situação preocupa, pois a erva é funa que muitos possam vir a encerrar a atividadamental para os animais que estão em recria e que vão entrar em de. O dirigente diz que a pecuária extensi- ‘montanheira’ em 2022/2023. As chuvas que caíram vieram minorar va “está sob enorme pressão, com a seca e o problema, mas são insuficientes. Deste modo, os criadores terão a escalada de preços das matérias-primas, e que comprar rações para os animais, o que complica ainda mais a sua situação. a situação pode vir a agudizar ainda mais”. Gazeta Rural (GR): Como está o setor de cria24

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Sem erva nos campos, os animais alimentados com rações vão entrar em ‘montanheira’ com um preço de custo bastante mais eleva-


do, comparativamente ao ano anterior, o que traz isso fosse algo de extraordinário. Obviamente que é melhor dar hoje, preocupações acrescidas naquilo que pode vir a ser do quer amanhã, mas iam ser dadas na mesma, com seca ou sem o mercado em 2023. Temos receio de que o preço seca. Isto é uma falsa questão. final, ainda que mais alto, não cubra o aumento dos O que fazia falta era um apoio à alimentação animal e isso era custos na produção. Aliás, a pecuária extensiva está crucial que existisse. Não havendo temo que algumas explorações sob enorme pressão, com a seca e principalmente passem por momentos muito difíceis, que podem levar à falência. com a escalada de preços das matérias-primas, situa“Os criadores estão totalmente expostos aos factores ção que se pode vir a agudizar ainda mais.

climatéricos e sem nenhuma rede de proteção”

GR: Numa altura em que tanto se fala da imporGR: A chuva que caiu nas últimas semanas ajudou? tância do Alqueva, a água ainda não chega a zonas NF: Resolveu parte do problema, mas muitas das culturas de seimportante, como na área de criação do Porco Alenqueiro estão já perdidas. A parte dos fenos já está comprometida tejano? e muito dificilmente haverá uma produção cereais de jeito. NF: A água do Alqueva chega a uma pequena parte do território. É ‘vendido’ pelo políticos que o Alentejo GR: Relativamente à Feira do Porco, que expectativa tem? tem o problema da água resolvido com o Alqueva, o que NF: É um marco para a promoção e desenvolvimento da fileira não é de todo verdade, pois irriga uma pequena parte do Porco Alentejano. É sempre importante divulgar e dar visibido Alentejo. lidade aos produtos, à raça e ao seu potencial, e, dessa forma, O grosso da área do Alentejo continua a ser sequeiro alavancar toda a economia associada ao porco Alentejano, bem e essa é a grande verdade. O Alqueva está muito longe como dar a conhecer e captar novos investidores e novas indúse não vai lá chegar, pois isso também não era possível. trias para o setor, para além da importância desta raça para a Contudo, pensamos que era possível fazer mais alguma economia regional e nacional. coisa com o Alqueva e julgo que isso está pensado. Agora, É a primeira feira a acontecer ainda em tempo de pandemia, o que faz falta são medidas estruturais, um plano a médio agora agravada com a guerra no leste europeu, mas a expectae longo prazo para fazer face a estes problemas, como as tiva que temos é muito positiva. secas prolongadas, que são cada vez mais uma constante, e para minimizar o seu impacto. Medidas como dotar as exGR: Fala-se muito na necessidade de renovação no setor plorações com pequenos regadios, que pudessem fazer alprimário. Há gente nova, novos investidores, a entrar nesguma forragem, e ter água para abeberamento animal eram se setor? importantes. NF: Há alguma coisa, mas nada de significativo. Não tem Os criadores estão totalmente expostos aos factores climasido uma atividade muito atrativa para novos agricultores e téricos e sem nenhuma rede de proteção, o que é desanimanovos investidores nesta área. O regadio e as grandes cultudor e frustrante para quem tem a atividade de agropecuária ras, como o olival e o amendoal, atraem mais gente, porque extensiva e que tem que viver disto. É cada vez mais difícil e o a rentabilidade é diferente, que nada tem a ver com aquilo Governo teima em medidas paliativas, muito apagadas e com que a agricultura extensiva dá. pouco impacto, como o adiantamento das ajudas, como se

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Anunciou a ministra da Agricultura em Oliveira do Hospital

Governo aumenta apoio aos criadores de ovinos da região da Serra da Estrela bém referiu que, após dois meses de “seca severa e intensa”, com a chuva que tem caído e continuará nos próximos dias, de acordo com as previsões, será possível recuperar as culturas de Primavera e de Verão. Por outro lado, com a crise provocada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o Governo vai acompanhar a situação para ter os instrumentos necessários para ajudar o setor, como já foi feito em relação à energia e aos combustíveis. “Vamos conseguir ter, a todo o tempo, as medidas necessárias e suficientes para também podermos apoiar os agricultores”, disse. Maria do Céu Antunes reuniu, entretanto, com as confede“Vamos criar condições para financiar, pela prirações do setor. “Para poder não só apresentar aquilo que já meira vez, a aquisição desta raça autóctone, da hoje podemos fazer com segurança, mas também para poderraça Bordaleira da Serra da Estrela. Vamos aumos discutir com o setor outras medidas que a todo o tempo mentar o apoio em cerca de 60 euros por cabepossamos fazer, até porque, dia 21 de Março, temos Conselho ça. De 100 euros, vão receber, os nossos agriculde Ministros de Agricultura da Europa (…). É nossa expectativa tores, 160 euros”, disse Maria do Céu Antunes que a Comissão Europeia possa trazer medidas concretas para podermos continuar a apoiar as medidas de estabilização do na abertura da Feira do Queijo de Oliveira do mercado”, adiantou. Hospital, que regressou ao formato presencial Referiu que se tem verificado um aumento de custos dos fertiapós dois anos de realização ‘online’ por causa lizantes agrícolas, da energia, dos lubrificantes e das rações para da pandemia. os animais e que “a perspetiva é que aumentem mais”. No entanSegundo a governante, a medida visa “estimular, to, indicou que a Comissão Europeia propõe-se utilizar a reserva efetivamente, a produção de queijo Serra da Estrela”, de crise e os instrumentos regulatórios para fazer a regulação de que é considerado “um grande ativo” do território, mercado e as aquisições conjuntas para evitar a rutura de ‘stocks’ e “acrescentar valor à economia de regiões” como e regular preços. aquela onde o queijo é produzido. A ministra da Agricultura também reafirmou que, devido ao atual A região demarcada de produção do queijo Serra conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia, não haverá racionamento da Estrela abrange os municípios de Carregal do Sal, de alimentos no país e a situação está a ser acompanhada e monitoCelorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, rizada. “Mas também quero dizer aos portugueses e às portuguesas Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, que nós saímos de um ano particularmente bom em Portugal, onde Penalva do Castelo, Seia, Aguiar da Beira, Arganil, fomos recorde na produção de azeite. E, portanto, estamos numa Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu. situação confortável na produção de óleos alimentares”, indicou. Nas declarações, a ministra da Agricultura tam-

O Governo vai aumentar o apoio aos produtores de ovelhas típicas da Serra da Estrela em cerca de 60 euros por cabeça, para 160 euros, para estimular a produção de queijo, anunciou a ministra da Agricultura.

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Novos procedimentos para ajudar floresta a recuperar

Carregal do Sal e Vouzela testam uso de sistemas de coleta de nevoeiro na reflorestação não começaram as operações de plantação. “Estamos neste momento a iniciar as operações de limpeza dos terrenos O uso de sistemas de coleta de neda área do projeto”, que são quatro hectares, onde serão voeiro na reflorestação de áreas ardiplantados 1.800 sobreiros, carvalhos alvarinho e carvalhos das está a ser testado nos concelhos de negral. André Mota explicou que as plantações foram divididas Carregal do Sal e de Vouzela, no âmbipor setores, um dos quais se destina “aos `cocoons`, que são to do projeto Life Nieblas. reservatórios individuais em cada uma das árvores”, biodegradáveis e que, durante o seu período de vida útil, permitem “fazer uma rega mais ou menos constante das árvores”. “VaAs áreas dos concelhos de Carregal do Sal e de mos aplicar 250 `coccons` em Carregal do Sal e mais 250 em Vouzela abrangidas por este projeto foram atin- Vouzela”, havendo uma zona “que vai ser servida diretamente pela água que está a ser recolhida pelos coletores de neblina”, gidos pelos incêndios florestais de Outubro de acrescentou. 2017 e integram zonas classificadas. Num segundo setor, as árvores terão “coletores individuais “A zona de Carregal do Sal está classificada como de nevoeiro” e, num terceiro, a plantação será feita de forma sendo Rede Natura e a de Vouzela está na área do Partradicional, sendo a rega “a que a chuva lhe der”. “O objetivo que Natural Local Vouga Caramulo. E, como tal, careserá comparar a eficácia de cada um dos setores e tentarmos cem de uma especial atenção”, justificou o chefe de demonstrar o sucesso do projeto”, frisou o responsável. equipa da Unidade do Ambiente e de Proteção Civil O relatório final do projeto “Life Nieblas - Reflorestação e miIntermunicipal, André Mota. tigação das alterações climáticas: testes, avaliação e transferênO objetivo deste projeto é adotar procedimentos cia de métodos de inovação baseados na recolha de nevoeiro” que ajudem a recuperar a floresta, sendo que, no caso deverá ficar pronto durante o ano de 2024 mas, segundo André destes dois concelhos do distrito de Viseu, integra a Mota, já há bons indícios em Carregal do Sal. “Fizemos toda a instalação de coletores de nevoeiro e respetivos deinstalação naquele período mais seco do mês de fevereiro. No pósitos e a plantação de espécies autóctones (que seentanto, fiquei bastante satisfeito ao ver que, passados uns dias de rão regadas de diferentes formas). “Neste momento, termos terminado a instalação dos coletores e do depósito, mesem Carregal do Sal, a intervenção está praticamente mo não havendo chuva, havia água dentro do depósito”, contou concluída. Já foi feita a instalação dos três coletoo responsável, acrescentando que seria água “apenas das neblinas res (de nevoeiro) e do depósito e já temos efetuada noite e pouco mais”. da uma plantação com uma área de seis hectares”, O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lacontou André Mota, acrescentando que foram planfões, Fernando Ruas, lembrou que este território se situa “numa das tados 2.200 carvalhos alvarinho e carvalhos negral. manchas florestais mais importantes do país” e, portanto, há que Em Vouzela, foram instalados os dois coletores aproveitar estes projetos para potenciar o desenvolvimento. de nevoeiro e o depósito associado, mas ainda 28

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No Ano Europeu da Juventude

Jovens portugueses dão voz ao Pacto Climático por uma Europa sustentável lidade, criou a ecopensa, uma revista dedicada a temas ambientais, que oferece dicas para um dia-a-dia mais eco consciente e analisa a ação política para a resolução da crise climática. “Quero mostrar aos jovens que podemos ser mais verdes e nem sempre são necessárias enormes mudanças para melhorar o planeta”, sublinha João. Lígia Gomes acredita que pegada a pegada podemos mudar o mundo, daí ter criado o mais completo site sobre sustentabilidade em Portugal - o peggada.com. Uma verda2022 é oficialmente o Ano Europeu da Juventude. deira fonte de informação sobre comportamentos verdes, Agora, mais que nunca, é tempo da nova geração consumo consciente e economia circular. Esta embaixadora vocalizar os seus princípios e exigir soluções climátido Pacto Climático Europeu é avida defensora do fundamencas. Segundo um estudo conduzido pela Comissão tal papel a desempenhar pelas empresas para a transição Europeia, cerca de 96% dos jovens europeus vêem ecológica e propõe-se a “dar visibilidade a negócios que ofeas alterações climáticas como um problema sério reçam as ferramentas necessárias aos seus consumidores para que necessita de resposta. No entanto, apenas uma vida mais verde”. Já Nuno Gaspar é um jovem estudante que desenvolve inú64% dos europeus, com idades entre os 15 e 25 meros projetos ligados à sustentabilidade em meios escolares anos, tomaram ações pela preservação do planeta e escolheu também juntar-se ao Pacto Climático Europeu com nos passados seis meses. o objetivo de informar as próximas gerações sobre os desafios Vários jovens sentem a necessidade de contribuir para climáticos que se avizinham, dando-lhes as ferramentas necesum futuro que é de todos, mas nem sempre é fácil saber sárias para que um dia se possam fazer ouvir e exigir a mudança. como o fazer. Por isso, alguns jovens portugueses decidi“A crise climática e a necessidade que existe de ação política ram tornar-se embaixadores do Pacto Climático Europeu, para a sua mitigação sempre me fez querer mudar algo e agora, juntando as suas vozes a muitos outros jovens europeus com a ajuda da UE, posso contribuir para uma mudança política e na luta por um mundo sustentável. legal que proteja o ambiente”, confessa o embaixador. Um destes jovens é o Bruno Lisboa Diotallévy, que Todos os embaixadores concordam que o Pacto Climático Eucomenta que “a minha grande motivação é a crença ropeu é uma excelente oportunidade para todos os jovens que em compaixão. O meu sonho é ver as pessoas e coambicionem colaborar na ação climática. Qualquer pessoa pode munidades num caminho de evolução e respeito pela abraçar a mudança e passo a passo contribuir para uma sociedade natureza”. O Bruno nasceu no Brasil, onde se formou sustentável. em marketing, mas depressa se apaixonou pelo volunO Pacto Climático Europeu é um ótimo ponto de partida para tariado e por Portugal, onde atualmente vive com o qualquer pessoa que queira embarcar numa aventura de sustentaseu companheiro João Kraeski. Através da sua págibilidade e amor pela natureza e pelo próximo. O compromisso do na de instagram livre_para, o casal promove diversos Pacto direciona-se a cidadãos comuns e empresas para que adoeventos sociais e incentiva o diálogo entre os seus tem estilos de vida mais verdes, o Parlamento de Pares oferece aos seguidores sobre temáticas associadas à igualdade, jovens fóruns de diálogo, os Embaixadores partilham e inspiram a direitos LGBTQIA+ e sustentabilidade. mudança e os diversos eventos do Pacto espalhados um pouco por Também o João Marcelino, de 20 anos, encontrou todo o mundo conectam pessoas, mentes, ideias, sem distinção de o seu propósito na luta pelo ambiente. Um declaracor ou credo. do feminista e defensor da igualdade, acredita que A mudança começa aqui, por um futuro que a todos pertence! o planeta deve ser uma prioridade. Face a essa rea-

O futuro do planeta decide-se hoje e muitos jovens lideram a mudança, exigindo maior ação climática por parte dos decisores políticos europeus.

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CURTAS

Rota das Pipas e Matança Tradicional do Porco na Açoreira

Festival do Peixe do Rio regressa às “margens do Guadiana”

A Associação Recreativa e Cultural da Açoreira, no concelho de Torre de Moncorvo, realiza no dia 26 de Março mais uma edição da Rota das Pipas e da Matança Tradicional do Porco. É já nos próximos dias 9 e 10 de Abril que a locaO programa tem início durante a manhã com a matança tradiciolidade do Pomarão, no concelho de Mértola, volta nal do porco, seguida de pequeno-almoço e, pelas 12,30 horas, a receber mais uma edição do Festival do Peixe do será servido almoço, nomeadamente batatas com soventre, migas Rio. Depois de um interregno de dois anos, as marde sarrabulho e feijoada. Pelas 14,30 horas decorre a Rota das Pigens do Guadiana voltam a ser palco dos saberes, pas com petiscos ao longo do percurso e animação com os Gaitradições e sabores, tão apreciados e dos quais já títeiros Roleses. nhamos imensas saudades. A iniciativa tem o apoio da Câmara de Torre de Moncorvo e da Em 2022 o certame assinala a sua décima oitava Junta de Freguesia de Açoreira. edição e promete valorizar os produtos que o GuaOs interessados devem efetuar uma inscrição em www.arcacodiana oferece, mas e de igual modo, homenagear as reira ou no facebook “Arc Açoreira”. gentes que nele trabalham bem como as gerações de descendentes de homens e mulheres, do rio, que permitem que essa memória e tradição perdurem no tempo e não caia em esquecimento.

Cooperativa de Moura quer levar Azeite de Moura à mesa dos restaurantes de todo o país

DGAV realiza sessões de Informação sobre a vespa das galhas do castanheiro

A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos lançou um galheteiro com Azeite de Moura DOP para levar aos restaurantes de todo o país um dos mais conceituados azeites A Direção Geral de Alimentação e Veterinária, em colaboportugueses. ração com as Direções Regionais de Agricultura e Pescas do Além de marcar presença em todos os super e hipermerNorte e do Centro, vai realizar este mês de Março duas sescados nacionais, o Azeite de Moura DOP passa a estar à sões de informação sobre a vespa das galhas do castanheiro. mesa dos portugueses, na restauração. As conferências podem ser assistidas presencialmente ou por “O objetivo desta iniciativa é dar ao consumidor a exvideoconferência, mas com inscrição prévia. periência gastronómica completa que oferecemos com o A primeira vai decorrer já esta quinta-feira, dia 17 Março, Azeite de Moura DOP, agora, à mesa dos restaurantes. pelas 14,30 horas, no Centro Cultural Solar dos Condes, em Arrancámos com este projeto em Moura e o objetivo é Vinhais. A segunda sessão está agendada para o dia 25 de expandir a nível nacional”, diz Henrique Herculano, direMarço, também às 14,30 horas, no Convento de São Francisco, tor de marketing e operações da Cooperativa Agrícola em Trancoso. de Moura e Barrancos. A vespa das galhas do castanheiro é a praga mais grave do O Azeite de Moura DOP é extraído das variedades castanheiro e praticamente exclusivo desta espécie, que causa tradicionais Cordovil de Serpa, Galega e Verdeal Alenavultados prejuízos à produção de castanha, caracterizando-se tejana. Com notas de verde folha, maçã e frutos secos, pelo aparecimento de protuberâncias nas folhas e ao longo dos e pontuado por um ligeiro amargo e picante que se ramos, vulgarmente designadas por galhas, atrasando o desendestaca no prato. Foi o primeiro azeite qualificado com volvimento da árvore e consequentemente a diminuição da proDenominação de Origem Protegida em Portugal. dução.

Podem Pacto Ecológico e o PEPAC ignorar a biotecnologia? As metas marcadas pela estratégia do Prado ao Prato permitirão manter a segurança alimentar a uma população em crescimento com todos os grandes desafios que se advinham para a agricultura nos próximos anos (alterações climáticas, novas pestes emergentes, eventos de pandemia e guerra)? Para que estes objetivos se cumpram, a União Europeia não pode, não deve menosprezar o papel das ferramentas biotecnológicas na produção mais eficiente e sustentável de alimentos. Será que estes grandes planos estratégicos da UE, como o Pacto Ecológico Europeu e o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum 2023-2027, refletem a importância da biotecnologia? A resposta vai ser dada pelos convidados

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da Mesa Redonda “Podem Pacto Ecológico e o PEPAC ignorar a biotecnologia?”, que o Centro de Informação de Biotecnologia (CIB) e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) vão realizar no dia 25 de Março, entre as 10 e as 12,30 horas, em formato online. Presentes na mesa estarão Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP; António Sevinate Pinto, presidente da ANSEME; Jorge Canhoto, presidente do CiB e Paula Carvalho, Sub-Diretora da DGAV. Moderado pela jornalista Isabel Martins, o debate será antecedido pelas intervenções de Felisbela Campos, vice-presidente do CiB, e de Olivier de Matos, diretor geral da CropLife Europe. O encerramento estará a cargo de Luís Mira, Secretário-Geral da CAP. As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias.


Insitu é o novo nome do evento

Festival de Imagem de Natureza de Vouzela regressa de 6 a 8 de Maio O Festival de Imagem de Natureza de Vouzela, após dez edições, renasce de 6 a 8 de Maio para um novo ciclo, evolutivo, diferente, sustentável, mas que continua a ter na sua génese a valorização do património natural, paisagístico e da biodiversidade.

Entre os dias 19 a 27 de Março

Município de Montemor-oNovo celebra o montado com a VI Semana da Bolota

Através da imagem de natureza, pretende-se com este festival continuar a passar uma mensagem de preservação dos ecossistemas, valorizando, em particular, o território que o acolhe, o Parque Natural Local Vouga Caramulo - Vouzela, a primeira área protegida com gestão local do país, criada em 2015. Apesar dos objetivos e dos valores do festival se manterem intactos, esta nova fase traz um novo fôlego ao evento que, a partir de 2022, se passará a chamar Insitu. A expressão In Situ, com origem no latim, remete para um contexto pleno de elementos únicos e intrínsecos de um determinado local, que no seu conjunto lhe conferem uma identidade própria. Aplicado ao território vouzelense, berço da XI edição do Festival de Imagem de Natureza de Vouzela, o Insitu pretende enaltecer os elementos identitários e endógenos do território, nomeadamente os seus abundantes valores naturais, promovendo a sua preservação e valorização.

O município de Montemor-o-Novo promove de 19 a 27 de Março a VI Semana da Bolota, iniciativa que pretende ser a celebração do montado, e da bolota, com a partilha de sabores e de saberes.

Durante estes dias, é possível conhecer a diversidade dos produtos de bolota com uma mostra no Mercado Municipal, realizar caminhadas, fotografar o montado e deliciar-se com uma das iguarias da gastronomia alentejana, como o pão de bolota, que poderá encontrar nos estabelecimentos aderentes. Os visitantes poderão ainda encontrar a inovação à mesa, onde os restaurantes e pastelarias se unem com o objetivo de proporcionar experiências únicas, com este produto. Será uma oportunidade privilegiada para os visitantes encontrar a inovação à mesa, onde os restaurantes e pastelarias com arte, criatividade, engenho e emoção se unem com o objetivo de proporcionar experiências únicas, com um produto de excelência a bolota. Após a degustação de produtos, o município de Montemor-o-Novo oferece ainda um património natural e cultural a todos os que queiram descobrir e apreciar sem pressas. www.gazetarural.com

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A partir de 19 de Março nos restaurantes aderentes

Quinzena gastronómica dá a conhecer doçaria conventual de Portalegre Duas dezenas de restaurantes do concelho de Portalegre participam na Quinzena Gastronómica dos Doces Conventuais, que regressa de 19 de Março a 3 de Abril, com vista a dinamizar a economia local e atrair novos visitantes.

As inscrições estão abertas até 28 de Março

Feira do Queijo de Seia vai acontecer de 23 a 25 de Abril

A Câmara Portalegre promove a Quinzena Gastronómica dos Doces Conventuais com o objetivo de dar a conhecer os tesouros da doçaria local, oriunA Feira do Queijo, que anualmente decorre no Cardos do receituário dos conventos da cidade e connaval e que este ano, devido à pandemia, acontece fecionados à base de ovos e açúcar em diferentes excecionalmente de 23 a 25 de Abril. O certame é depontos e combinações irresistíveis e dinamizar a dicado à promoção do Queijo, uma das mais antigas economia local de forma a atrair novos visitantes. Com receitas que passaram inalteradas de geração em da região, vai ter lugar, como é habitual, no Mercado geração, Portalegre continua a dar a provar doces como Municipal e área envolvente.

o toucinho-do-céu, a lampreia de ovos, o manjar branco, O enfoque do certame recai no setor produtivo deste produo leite Serafim ou os pastéis de Santa Clara, provenientes to endógeno de qualidade, o queijo, para a qual são convidado Convento de Santa Clara, ou os famosos rebuçados de dos todos os produtores (pastores, queijarias tradicionais, queijo ovo, as morcelas doces ou o torrão real de ovos do MosDOP e fábricas). Ao rei da festa, associam-se outros produtos teiro de S. Bernardo, evidenciando-se como um destino com forte expressão regional, como o pão, o vinho do Dão, os de excelência que junta gastronomia, natureza e patrienchidos e o mel, bem como o artesanato, lã Serra da Estrela, mónio em cada visita. ovinos, e o cão Serra da Estrela. Em vez dos habituais quatro dias, a quadragésima quinta edição da Feira terá a duração de três, mantendo-se a aposta na promoção dos sabores regionais e respetivo programa de animação. A recriação da Quinta do Pastor, as mostras do Cão Serra da Estrela, as demonstrações culinárias, a feitura do enchido e do Maior Queijo de Ovelha de Seia, o concurso de ovelha e a música e folclore tradicional, a cargo das associações e coletividades locais, serão com certeza importantes fatores de atração. As inscrições para a participação na feira, que é uma imagem de marca do município e da região, estão abertas até ao dia 28 de Março de 2022, este ano em exclusivo de forma digital, no website do Município, em www.cm-seia.pt. A Feira do Queijo é promovida pelo Município, em estreita parceria com a Associação de Artesãos da Serra da Estrela, a Associação Nacional Criadores Ovinos Serra da Estrela, a Liga dos Amigos e Criadores do Cão Serra da Estrela, a Estrelacoop e a Associação para o Desenvolvimento Integrado da Rede das Aldeias de Montanha. 34

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Na Bolsa de Turismo de Lisboa

Sernancelhe lança comemorações dos 30 anos da Festa da Castanha é o caso do Festival de Sopas, Feira Aquiliniana, Momentos com vinho, Ser + Cultura e Summer Fusion. Estas comemorações terão o ponto alto na Festa da Castanha 2022, este ano agendada para os dias 28, 29 e 30 de Outubro, que contará com uma edição e programação especiais. Nesta sessão de apresentação na BTL, será projetado um vídeo com uma retrospetiva dos momentos mais marcantes destes 30 anos de história, bem como testemunhos gravados e presenciais de personalidades que inauguraram este certame. A cerimónia terminará com um momento musical Neste sentido, a apresentação oficial da programa- e uma prova gastronómica que dará a conhecer os produtos regionais de excelência. ção dos 30 anos da Festa da Castanha (1992-2022) terá Pretende-se com este momento assinalar as três décalugar no evento Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), no das de um evento que projetou a imagem do nosso conauditório do stand do Turismo do Porto e Norte de Por- celho a nível regional e nacional e deu origem ao epíteto tugal (Pavilhão 1), no dia 18 de Março, às 16 horas. “Sernancelhe – Terra da Castanha” ao mesmo tempo Para o efeito, foi criada uma logomarca que assinala este 30.º que valoriza um recurso endógeno, a castanha martaíaniversário e que constará no cartaz de todos os eventos que nha, muito importante para o turismo, cultura, gastronofazem parte da agenda cultural do Município para 2022, como mia e economia do nosso concelho.

O Município de Sernancelhe está a preparar um vasto programa para, durante o ano de 2022, assinalar os 30 anos da Festa da Castanha, o evento cultural mais representativo da Terra da Castanha.

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Investimento que ultrapassa os quatro milhões de euros

Ecopista do Vouga deverá ficar ligada à do Dão até final do Verão A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão nação cruzada com os percursos pedestres, os circuitos de ‘trail’, os circuitos de BTT e as subidas épicas”, frisou. Lafões espera que, no final do próximo Verão, já Segundo o responsável, nos últimos dois anos, a CIM sinalizou seja possível circular nos 66 quilómetros da eco“mais de 1.700 quilómetros de percursos pedestres, de circuitos pista do Vouga, que ficará ligada à ecopista do BTT e também de circuitos de ‘trail’”, que estão homologados Dão. “Estamos a construir a ecopista do Vouga, nas respetivas federações. num investimento que ultrapassa os quatro miA ecopista do Vouga, sobre o antigo ramal ferroviário da linha lhões de euros. Esperemos que esteja pronta no do Vouga (desativado em 1980), atravessará os concelhos de Viseu, São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades. Na cidade final deste Verão (2022)”, adiantou o secretário de Viseu, terá ligação à ecopista do Dão, que passa também pelos executivo da CIM Viseu Dão Lafões. Nuno Marconcelhos de Tondela e Santa Comba Dão. O projeto de ligação da tinho está convencido de que a ligação da ecoecopista do Dão à nova ecopista do Vouga resulta de uma parceria pista do Dão (que tem 49 quilómetros) à futura entre a CIM Viseu Dão Lafões e os municípios de Oliveira de Frades, ecopista do Vouga constituirá “a principal por- São Pedro do Sul, Viseu e Vouzela. ta de entrada” no território da CIM, que nos últimos anos tem feito uma forte aposta no CIM apresenta na BTL estratégia para valorização do turismo na região turismo de natureza.

“Estamos certos de que vamos ter de facto aqui um produto compósito do turismo de natureza, em que a nossa grande âncora é a ecopista do Dão e a futura ecopista do Vouga, que depois faz a combi36

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A extensão e valorização da Ecopista do Dão e de todo o produto de Turismo Ativo, Desportivo e de Natureza, associado ao território agregado, é um dos destaques da programação da CIM Viseu Dão


Lafões na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). visitantes que, decerto, irão acorrer à feira, depois de dois anos O domínio do Walking & Cycling será fortemente conde ausência forçada, irão ficar agradavelmente surpreendidos solidado com novos centros de BTT e Trail, bem como as múltiplas experiências que o destino Viseu Dão Lafões tem com a rede de percursos pedestres já existente. O novo para oferecer”, acrescentou Fernando Ruas. produto turístico Subidas Épicas Viseu Dão Lafões, assente em quatro percursos em algumas das mais carismáticas BTT, Trail e Subidas Épicas Viseu Dão Lafões montanhas de Portugal, complementa a oferta orientada A BTL será, ainda, o palco para a promoção das “Subidas para os amantes do desporto e da natureza. Épicas Viseu Dão Lafões”, desafio destinado ao crescente núA CIM Viseu Dão Lafões, com uma presença pioneira na mero de praticantes de ciclismo e cicloturismo e que aproveiBTL, aposta de forma vincada na promoção e comunicação ta a vantagem de o território de Viseu Dão Lafões integrar das mais-valias turísticas dos seus 14 municípios, alavancadas com a presença de um inédito espaço próprio. algumas das mais carismáticas montanhas de Portugal. O Turismo Ativo, Desportivo e de Natureza ocupa uma poDesenvolvidas pela CIM, em parceria com os respetivos sição de centralidade para a afirmação de Viseu Dão Lafões municípios, as Subidas Épicas Viseu Dão Lafões são compostas por quatro circuitos devidamente sinalizados, em esenquanto destino de referência, e é integrado numa complementaridade de oferta que integra outros produtos de excetradas de montanha de excelência, como S. Pedro do Sul lência, como são os casos do enoturismo, cultura e termalis- Arada; Castro Daire - Montemuro; Campo de Besteiros – mo. Caramulinho, em Tondela; e Vouzela – Adsamo. Para Fernando Ruas, presidente do Conselho IntermuniPor fim, potenciando toda a rede de trilhos no território, cipal da CIM, o objetivo é que a participação da CIM Viseu o Centro de Trail Running disponibiliza 102 km e cinco percursos de três níveis de dificuldade. Este centro completa Dão Lafões na BTL seja “marcante” e inicie uma nova fase de uma oferta global entre terra e estrada, que vem contribuir promoção da região. “Ao longo dos cinco dias de BTL, os 14 para a afirmação de Viseu Dão Lafões enquanto destino municípios da CIM vão ter a oportunidade de mostrar os melhores projetos, eventos e produtos dos seus territórios a todos os de excelência para o Turismo Ativo e de Natureza, junto interessados e profissionais da área do Turismo. Os milhares de de novos públicos, nacionais e internacionais.

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A 17 de Março, às 17,30 horas, no espaço da CIM Douro na BTL

Lamego dá a conhecer produtos endógenos e projecto “O Caminho dos Monges”

Lamego volta a marcar presença na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), o maior certame turístico do país, onde fará uma promoção do território e dos produtos endógenos. Será também apresentado um projecto intermunicipal “O Caminho dos Monges”, desenvolvido com o município de Tarouca. Lamego é uma cidade com uma história milenar e uma forte ligação religiosa que se mantém até aos dias hoje, sendo a única sede de diocese portuguesa fora de uma capital de distrito. Orgulhosa da sua identidade, Lamego pertence ao distrito de Viseu e beneficia de uma localização central e privilegiada na margem sul do rio Douro.

Lamego destaca-se pelo seu vasto património arquitectónico, os monumentos religiosos, o edificado civil, as diversas quintas e sua ligação ao vinho e espumante e, claro, a gastronomia com destaque para os enchidos, os queijos, os doces conventuais, os licores e a Bôla de Lamego. O território e os produtos endógenos estarão em destaque na BTL, no próximo dia 17 de Março, às 17,30 horas, no espaço da Comunidade Intermunicipal do Douro, da EN2 e da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago, onde decorrerão provas de degustação de queijos, espumante e claro, da Bôla e do Biscoito da Teixeira. No mesmo dia, pelas 18,15 horas, no Balcão Central do Espaço Comunidade Intermunicipal do Douro e do Turismo do Porto e Norte de Portugal, os Municípios de Lamego e Tarouca vão apresentar o projecto “O Caminho dos Monges”. Este é um projeto intermunicipal com cerca de 42 quilómetros, desenvolvido pelos Municípios de Lamego e Tarouca, que percorre o antigo caminho que os Monges de Cister faziam desde o Mosteiro de São João de Tarouca até ao Douro. O Caminho dos Monges é um “corredor verde” ao longo do rio Varosa (afluente do rio Douro) que pretende valorizar o património cultural, histórico e natural, do vale do Varosa e Douro, através de um percurso pedestre. Com património secular, paisagens únicas e uma fauna e flora diversificada, este é um projeto único e de grande importância para a região. É financiado a 65% pelo Turismo de Portugal, pela Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior. 38

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