Práticas de intervenção do Serviço Social na saúde

Page 18

Práticas de Intervenção do Serviço Social na Saúde

O Capítulo 1 destaca o trabalho interdisciplinar na área da saúde e os desafios para o Serviço Social. As autoras refletem sobre o trabalho interdisciplinar na saúde do ponto de vista do Serviço Social. Discutem os conceitos de multi, inter e transdisciplinaridade, analisando algumas das suas especificidades, e destacam a importância de uma liderança sistémica e colaborativa. O trabalho multidisciplinar é desafiante na área da saúde e para a colaboração profissional, salientando a especificidade do papel do Serviço Social nestas equipas. Refletem também sobre o potencial dos processos de supervisão para a qualidade, eficácia e eficiência do trabalho interdisciplinar. O Capítulo 2 centra-se na prática em intervenção precoce e no modelo ecológico. Contextualiza a evolução da política centrada na intervenção precoce. Destaca a evolução desta medida de política em Portugal e efetua uma abordagem à atuação do Serviço Social nas equipas locais de intervenção (ELI), enquanto base da pirâmide estrutural do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI). Considera as funções dos diferentes profissionais e demonstra a sua ligação com o modelo socioecológico de desenvolvimento na infância através da apresentação de um estudo de caso. O Capítulo 3 destaca a política de redução de danos como uma nova prática para o Serviço Social. Reflete sobre o uso de substâncias psicoativas como uma realidade histórica, assim como as consequências negativas que daí advêm, as formas do uso, a insegurança trazida pelos contextos de ilegalidade ou as políticas públicas de proteção do utilizador, da família, da comunidade ou da sociedade como um todo. Considera que a missão fundacional do Serviço Social, alicerçada na relação de ajuda, nos Direitos Humanos e na justiça social, juntamente com valores e princípios éticos, coloca os assistentes sociais numa posição privilegiada para abordar esta política. A redução de danos consiste numa nova abordagem à prática e num modelo político emergente, que tem origem nas pessoas da comunidade, cujo foco é a participação política, a construção de estratégias de resolução e a emancipação das pessoas. Os autores transportam o leitor para os princípios básicos da redução de danos e evidencia os paralelismos entre este modelo e a prática do Serviço Social. Para que os assistentes sociais exerçam a profissão nesta área da redução de danos, é importante responder às questões e consequências relacionadas com o consumo de substâncias psicoativas. O Capítulo 4 trata do Serviço Social em cuidados de saúde primários, destacando os fatores sociais e as desigualdades em saúde, assim como a intervenção individual e a coletiva. Como sabemos, a saúde é determinada pelas condições económicas, sociais e ambientais. São essas condições que influenciam a possibilidade de uma pessoa ser saudável e o risco de adoecer e que põem em evidência as desigualdades sociais. Os cuidados de saúde primários têm como referência determinantes da saúde mais vastos e incidem sobre os aspetos completos e inter-relacionados da saúde física, mental e social e do bem-estar. Neste enquadramento, destaca-se a prática do Serviço Social nos cuidados de saúde primários, revelando as diferentes áreas de intervenção e as funções desempenhadas pelo assistente social. O Capítulo 5 centra-se num estudo exploratório efetuado sobre as readmissões de doentes num serviço de urgência e no modo como os profissionais de Serviço Social podem contribuir para melhorar a vida da população mais vulnerável e sem acesso a XVIII


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.