VIVABEM.CENTER | e-magazine 01 | 2019 - saúde preventiva
O QUE É A SAÚDE PREVENTIVA? Conscientizar-se e saber quais são as principais ameaças à Saúde que enfrentamos é o primeiro passo.
ESPECIAL SAÚDE PREVENTIVA
UMA NOVA CONSCIÊNCIA SURGE EM TEMPOS MODERNOS regina turnes
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Regina Turnes é nutricionista (CRN10/3177) graduada pela Universidade de Brasília (UnB). Com especialização em Saúde Pública pesquisa há sete anos a Nutrição com Probióticos. É Diretora Técnica da Microflora Nutrição Funcional Ltda.
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eMAGAZINE
Editora-Chefe: Christinna Turnes (MTb4341) Arte e Diagramação:
CONTEÚDOS 06
O QUE É SAÚDE PREVENTIVA? Conscientizar-se e saber quais são as principais ameaças que enfrentamos é o primeiro passo para praticar a saúde preventiva.
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OBESIDADE, UMA EPIDEMIA GLOBAL A obesidade é categorizada como uma doença crônica multifatorial.
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ARTIGO Psiquiatria Nutricional: seu cérebro na comida. Por Dra Eva Selhub, editora contribuinte do Blog Harvard Health
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FRUTAS QUE SÃO REMÉDIO NATURAL ANTI-INFLAMAÇÃO Tudo o que consumimos está diretamente ligado a como reagimos diante das complicações de saúde e da regeneração do organismo.
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ÁGUA, PORQUE É TÃO IMPORTANTE? Presente em todos os organismos vivos, a água é um componente essencial à vida.
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VACINAS: TOMAR, OU NÃO? Vacinas previnem doenças graves, mas muitas pessoas são contrárias a elas.
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CAPA
SAÚDE PREVENTIVA, O QUE É?
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Dizem que "só damos valor à Saúde quando ficamos doentes". Infelizmente esta máxima pode ser verdadeira para milhões de pessoas que hoje sofrem das mais diversas patologias. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS ) divulgou as principais causas de morte no mundo nos últimos tempos. Das 56,4 milhões de mortes registradas lá em 2015, mais da metade (54%) foram ocasionadas por nove tipos de doenças transmissíveis e nãotransmissíveis e os acidentes de trânsito.
Nos países de baixarenda, como o Brasil, as infecções respiratórias e as diarréias lideraram o ranking. Já no mundo, a Cardiopatia Isquêmica e os AVCs - Acidentes Vasculares Cerebrais ficaram no topo das que mais matam. Veja quadros abaixo. As principais causas de morte hoje no mundo não são novos vírus desconhecidos ou grandes acidentes, de acordo com a OMS. No final de 2018, a Agência promoveu um encontro em Nova Iorque (EUA) com chefes de
Estado para cobrar ações de combate às doenças crônicas não-transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e transtornos mentais. De acordo com o Diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, 41 milhões de mortes por ano no mundo — o que equivale a 70% de todos os falecimentos, são devido à essas doenças. Para a agência da ONU, 85% desses óbitos ocorrem em países em desenvolvimento.
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Até 2025, a OMS estima que seria possível prevenir 10 milhões de falecimentos, caso os países implementem um conjunto de 16 intervenções práticas, baratas e factíveis. Nosso plano 'Best Buys' recomenda medidas de controle do cigarro e campanhas de vacinação, além de propor a produção de alimentos com menos açúcar, sal e gordura.
Investir nas melhores práticas de saúde, as chamadas políticas “Best Buys” (rentáveis e viáveis). Os cálculos indicam que, para cada US$ 1 investido na ampliação de ações para tratar as doenças crônicas não-trasmissíveis em países de baixa e baixa-média renda, haverá um retorno à sociedade de pelo menos US$ 7 em aumento de empregos, produtividade e longevidade. Estes resultados estão no relatório divulgado “Saving lives, spending less: a strategic response to NCDs” (Salvando vidas, gastando menos: uma resposta estratégica às DCNTs), indicando que a adoção de medidas eficazes para prevenir e controlar as DCNTs custa apenas US$ 1,27 por pessoa a cada ano em países de baixa renda.
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Por que falar em doenças, quando o assunto é Saúde Preventiva? Justamente porque a Saúde Preventiva pode ser entendida como um conjunto de medidas e ações de saúde voltadas para a prevenção de doenças e/ou seu agravamento. Para minimizar riscos, precisamos nos conscientizar e saber quais são as principais ameaças que enfrentamos, quais são as doenças que mais matam e incapacitam nas localidades onde vivemos. E, principalmente, para que possamos nos precaver delas. Por exemplo: se formos buscar informações sobre faixa etária das doenças cardiovasculares que
causam morte, saberemos que cerca de 96% delas ocorrem após os 40 anos de idade. Mas apesar de matar mais a partir dessa faixa-etária, elas começam a surgir bem antes disso e a prevenção deve ser feita, se possível, já na infância. Para isso é importante compreender os fatores de risco. Seguindo o mesmo exemplo das doenças cardiovasculares, segundo dados do Ministério da Saúde, os principais fatores de risco seriam:
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• História familiar de DAC prematura (familiar 1º grau sexo masculino <55 anos e sexo feminino <65 anos) • Homem >45 anos e mulher >55 anos • Tabagismo • Hipercolesterolemia (LDL-c elevado) • Hipertensão arterial sistêmica • Diabete melito • Obesidade (IMC > 30 kg/m²) • Gordura abdominal • Sedentarismo • Dieta pobre em frutas e vegetais • Estresse psicossocial Há fatores de risco considerados modificáveis. Entretanto, existem os que não podem ser modificados, como idade, sexo e fatores familiares. Portanto, é preciso redobrar os cuidados já que os fatores de risco se somam: quanto mais fatores, maiores os riscos.
Links Sugeridos: World Health Statistics 2018 Causas de Mortes no Brasil em 2016, segundo o SUS Ministério da Saúde: Vigilância em saúde
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E D A D I S E B O U M A D O E N Ç A Q U E A S S O L A O M U N D O E P R O M O V E M U I T A S O U T R A S D O E N Ç A S .
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Em um artigo publicado pela Agência Brasil, em outubro/ 2018, um em cada oito adultos em todo o planeta é obeso. A projeção é de que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de indivíduos estejam com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões com obesidade. Já o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões caso nada seja feito – incluindo 427 mil crianças com prédiabetes, 1 milhão com hipertensão arterial e 1,4 milhão com aumento do acúmulo de gordura no fígado. Alarmante, não? A obesidade jé é categorizada como uma doença crônica multifatorial e grande parte dos governos no mundo estão investindo em políticas públicas de prevenção e tratamento. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica
Além de reduzir a qualidade de vida, pode predispor a doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer. promovem atividades em alguns estados com o objetivo de estimular a prevenção do sobrepeso e da obesidade.
lançamento de uma pesquisa atual em um evento em Santiago, no Chile. (Veja nos Links indicados).
O relatório aponta que a Dados da Pesquisa de cada ano, 3,6 milhões de Vigilância de Fatores de pessoas se tornam Risco e Proteção para obesas em países latinoDoenças Crônicas por americanos e Inquérito Telefônico caribenhos. (Vigitel) apontam que mais de 50% da O problema já afeta um população brasileira em cada quatro adultos. tem excesso de peso. Quando consideradas As entidades alertam todas as faixas etárias, o que a obesidade é uma número de indivíduos doença crônica que com sobrepeso chega tende a piorar com o aos 250 milhões — 60% passar dos anos, caso o da população regional. paciente não seja submetido a um Na pesquisa, 7,3%, tratamento adequado e ou 3,9 milhões, de todas contínuo. as crianças com menos de cinco anos estão com Mas esta epidemia é sobrepeso, acima da realmente global. média mundial de 5,6%. Na América Latina, a obesidade avança "A situação é chocante", “incontrolavelmente”, concluiu Berdegué. alertou Julio Berdegué, um representante da FAO, durante o VIVABEM.CENTER
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EFEITOS DA OBESIDADE NA SAÚDE Uma das causas da obesidade está associada à rotina familiar, da mal alimentação à falta de exercícios físicos. A família brasileira está, cada vez mais frequentemente, ingerindo alimentos com excesso em gorduras, açucares, sódio e não oferecendo vitaminas, fibras e outros nutrientes dos quais corpo e cérebro necessitam para serem saudáveis. A possibilidade de se chegar a futuras doenças em função disso é grande.
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Uma nova geração marcada por sedentarismo e alimentação “fastfood” amplia o quadro de predisposição genética à obesidade, que vem acompanhada de complicações graves que afetam o coração e o organismo como um todo. O excesso de peso está associado à elevação da pressão arterial, aumento das gorduras no sangue e à diminuição do bom colesterol. Outros exemplos são a apneia e os distúrbios de sono.
Quando uma pessoa não dorme o suficiente, seu corpo produz grelina, um hormônio que estimula o apetite e que, ao mesmo tempo, resulta em uma menor produção de leptina, outro hormônio que suprime o apetite.
com uso de vídeos explicativos e depoimentos de pessoas obesas que exponham suas dificuldades e
necessidades, a fim de criar uma maior consciência nas futuras gerações sobre este problema gravíssimo.
Tipos de Obesidade
Quanto mais se estiver acima do peso, mais difícil será para perdêlo. Na Saúde Pública brasileira, espera-se que o Ministério da Saúde juntamente com as instituições escolares promovam palestras com nutricionistas e endocrinologistas,
A obesidade pode ser classificada de diversas formas, uma delas é por tipo. São eles: Homogênea: É aquela em que a gordura está depositada de forma homogênea, tanto em membros superiores e inferiores quanto na região abdominal. Andróide: É a obesidade em formato de maçã, mais característica do sexo masculino e nas mulheres após a menopausa. Neste caso, há um acúmulo de gordura na região abdominal e torácica, aumentando os riscos cardiovasculares. Ginecóide: É a obesidade em formato de pera, mais característica do sexo feminino havendo um acúmulo de gordura na região inferior do corpo, se concentrando nas nádegas, quadril e coxas. Está associada a maior prevalência de artrose e varizes. VIVABEM.CENTER
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ARTIGO
PSIQUIATRIA NUTRICIONAL: SEU CÉREBRO E A COMIDA.
Links sugeridos: http://ajcn.nutrition.org/content/99/1/181.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23720230 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4167107
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Este artigo é uma tradução da publicação original do Harvard Health Blog, pela Dra Eva Selhub, médica, palestrante e consultora internacionalmente reconhecida nas áreas de estresse, resiliência, medicina mente-corpo e trabalho com o ambiente natural para alcançar o máximo de saúde e bem-estar. O campo da psiquiatria nutricional é relativamente novo, no entanto, existem dados observacionais entre países, culturas e grupos etários sobre a associação da qualidade da dieta e a saúde mental - depressão em particular.
Pense nisso. Seu cérebro está sempre “ligado”. Ele cuida de seus pensamentos e movimentos, sua respiração e batimentos cardíacos, seus sentidos - trabalha duro 24 horas por dia, mesmo quando você está dormindo. Isso significa que seu cérebro requer um suprimento constante de combustível. Esse "combustível" vem dos alimentos que você come - e o que está nesse combustível faz toda a diferença. Simplificando, o que você come afeta diretamente a estrutura e função do cérebro e, em última análise, o seu humor. Como um carro caro, seu cérebro funciona melhor quando recebe apenas combustível premium. Comer alimentos de alta qualidade que contêm muitas vitaminas, minerais e antioxidantes nutre o cérebro e o protege do estresse oxidativo - o “resíduo” (radicais livres) produzido quando o
corpo usa oxigênio, o que pode danificar as células. Infelizmente, assim como um carro caro, seu cérebro pode ser danificado se você ingerir algo que não seja combustível premium. Se substâncias de combustível “baixo-prêmio” (como o que você obtém de alimentos processados ou refinados) chegam ao cérebro, ele terá pouca habilidade para se livrar delas. Dietas ricas em açúcares refinados, por exemplo, são prejudiciais ao cérebro. Além de piorar a regulação da insulina pelo seu corpo, eles também promovem a inflamação e o estresse oxidativo. Múltiplos estudos descobriram uma correlação entre uma dieta rica em açúcar refinado e função cerebral prejudicada - e até um agravamento dos sintomas de transtornos do humor, como a depressão.
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Faz sentido. Se seu cérebro é privado de uma nutrição de boa qualidade, ou se radicais livres ou células inflamatórias prejudiciais estão circulando dentro do espaço fechado do cérebro, contribuindo ainda mais para a lesão do tecido cerebral, conseqüências são esperadas. O interessante é que, por muitos anos, a área médica não reconheceu totalmente a conexão entre humor e comida. Hoje, felizmente, o florescente campo da psiquiatria nutricional está descobrindo que existem muitas consequências e correlações entre o que você come, como se sente, como se comporta e os tipos de bactérias que vivem em seu intestino.
Como os alimentos que você come afetam como você se sente?
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A serotonina é um neurotransmissor que ajuda a regular o sono e o apetite, mediando o humor e inibindo a dor. Como cerca de 95% de sua serotonina é produzida no trato gastrointestinal, e ele é revestido com cem milhões de células nervosas, ou neurônios, faz sentido que o funcionamento interno de seu sistema digestivo não apenas o ajude a digerir alimentos, mas também guie suas emoções. Além disso, a função desses neurônios - e a produção de neurotransmissores como a serotonina - é altamente influenciada pelos bilhões de bactérias “boas” que compõem seu microbioma intestinal. Estas bactérias desempenham um papel essencial na sua saúde. Elas protegem o revestimento de seus intestinos e garantem que eles forneçam forte barreira contra toxinas e bactérias “ruins”, limitam a inflamação, melhoram o quão bem você absorve nutrientes da comida e ativam vias neurais que viajam diretamente entre o intestino e o cérebro.
Estudos têm mostrado que quando as pessoas tomam suplementos probióticos, seus níveis de ansiedade, percepção de estresse e visão mental melhoram, em comparação com pessoas que não tomam. Outros estudos comparam dietas “tradicionais”, como a dieta mediterrânea e a tradicional dieta japonesa, a uma típica dieta “ocidental”, mostrando que o risco de depressão é 25% a 35% mais baixo naqueles que comem uma dieta tradicional. Os cientistas trazem à luz essa diferença. As dietas tradicionais tendem a ser ricas em vegetais, frutas, grãos não-processados, peixes e frutos do mar, e contêm apenas quantidades modestas de carnes magras e laticínios. Elas também estão isentas de alimentos e açúcares processados e refinados, que são básicos do padrão alimentar “ocidental”. Muitos desses alimentos não processados são fermentados e, portanto, agem como probióticos naturais.
A fermentação usa bactérias e leveduras para converter açúcar em alimentos, em dióxido de carbono, álcool e ácido lático. É usada para proteger os alimentos de estragar e pode adicionar um sabor agradável e textura. Isso pode soar implausível para você, mas a noção de que boas bactérias não apenas influenciam o que seu intestino digere e absorve, mas também afetam o grau de inflamação em todo o corpo, bem como seu humor e nível de energia, está ganhando força entre os pesquisadores. Os resultados até agora foram bastante surpreendentes.
O que isso significa para você?
Tente comer uma dieta “limpa” por duas a três semanas - isso significa cortar todos os alimentos processados e açúcar. Você também pode tentar ficar sem leite. E algumas pessoas até se sentem melhor quando suas dietas são livres de grãos. Perceba como você se sente. E depois, reintroduza lentamente esses alimentos à sua dieta, um por um, e observe-se. Quando meus pacientes “ficam limpos”, eles se sentem melhor fisica e emocionalmente, e quando reintroduzem os alimentos que são conhecidos por ativar a inflamação, sente-se piores. Abra-se para o novo. Se dê uma chance.
Comece a prestar atenção em como comer diferentes alimentos faz com que você se sinta, não apenas no momento, mas no dia seguinte.
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FRUTAS QU REMÃ&#x2030;DIOS N ANTI-INFLA 20
UE SÃO NATURAIS AMAÇÃO VIVABEM.CENTER
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Quando nosso organismo sofre algum tipo de lesão, um corte no dedo, por exemplo, inteligente e maravilhoso como é, age imediatamente, dando início ao que chamamos de reação inflamatória. Nosso corpo mobiliza naturalmente um verdadeiro exército de substâncias específicas conhecidas como citocinas próinflamatórias.
É aí que entram as citocinas antiinflamatórias, para trazer equilíbrio ao processo e manter a boa saúde do nosso corpo.
Mas o quê as frutas têm a ver com isto?
Tudo o que consumimos está diretamente ligado a como reagimos diante das complicações de saúde e da regeneração do organismo. E certos tipos de frutas são Essas têm nomes verdadeiros remédios próprios: interleucinas, naturais antiinflamatórios leucotrienos, interferons, que fornecem às citocinas prostaglandinas, TNF(pró e anti-inflamatórias) alfa, entre outros. os nutrientes fundamentais que elas A função destas precisam para atuarem substâncias é reconhecer perfeitamente à favor da invasores patógenos, nossa Saúde Preventiva. avaliar o tamanho do estrago na região afetada, Que tal incluir as frutas iniciar um processo de na sua alimentação diária eliminação dos mesmos e e dar mais um passo para promover a cicatrização uma vida saudável? dos tecidos lesionados, no caso do nosso exemplo de Ao adicionar à sua rotina um corte no dedo. alimentos com ação antiinflamatória natural, você Entretanto, as citocinas fortalece o seu sistema pró-inflamatórias não imunológico, deixando-o devem lutar por muito pronto para combater tempo no nosso as bactérias nocivas, vírus, organismo. Caso isso protozoários ou fungos, ocorra, sofreremos as que podem atacar a consequências do seu sua qualidade de vida. poder de destruição.
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FRUTAS COM PODER
ANTI-INFLAMATÓRIO 1. Abacate Rico em ômega 6, 9 e 7, substâncias que equilibram o organismo, ajudando na perda de gordura. O abacate também contém vitamina E e sitosterol, um elemento que auxilia a controlar o estresse. 2. Abacaxi A fruta é rica em vitamina A e B1 e ácido ascórbico, que ajuda no processo de controle à inflamação. Ele também tem alta concentração de água e fibras — o que auxilia no processo digestivo.
6. Blueberry ou Mirtilo Conhecido por suas propriedades anti-oxidantes, o Blueberry, ou Mirtilo contém alto valor nutritivo. O fruto é um poderoso antiinflamatório e rico em vitamina A, B e C, sais minerais, ferro, cálcio, potássio e zinco. 7. Cacau O cacau tem n-cafeoildopamina, propriedade natural que apresenta efeito semelhante aos medicamentos antiinflamatórios industrializados.
3. Acerola Além de uma alta porcentagem de vitamina C, a acerola também contém grande quantidade de cálcio, ferro, fósforo, vitamina A, B1, B2 e B3.
8. Cranberry Rica em antioxidantes, vitamina C, protocianidina A e flavonoides, essa frutinha originária de um arbusto da América do Norte, também contém propriedades antiinflamatórias.
4. Açaí Tem propriedades antiinflamatórias e anti-oxidantes. É rico em vitaminas C, B1, B2 e E e contém uma boa porcentagem de fósforo, ferro, cálcio e Ômega 6 e 9, que ajudam no combate ao colesterol ruim.
9. Cereja É rica em vitamina A, B e C. Contém cálcio, ferro, fósforo e proteínas. Além disso, é muito apreciada por combater os radicais livres e ajudar na digestão.
5. Amora Rica em vitamina A e C. A amora ajuda a aliviar problemas intestinais, reduz o envelhecimento precoce e contribui para o sistema nervoso central.
10. Coco Rico em sais minerais, como o potássio, o fósforo, o sódio e o cloro. O coco tem proteínas importantes para o funcionamento do organismo e fibras, estimulando a atividade intestinal.
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ÁGUA,
POR QUE É TÃO IMPORTANTE?
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A água está presente em todos os organismos vivos e é um componente essencial dos tecidos corpóreos. Nos humanos participa com mais de 60% em adultos e nas crianças pode chegar a 80%. Como não fica armazenada no nosso corpo, precisamos tomar água diariamente, várias vezes ao dia.
Outra função da água para a nossa saúde está na eliminação detoxinas. É através da urina e das fezes que eliminamos tudo aquilo que o nosso corpo não precisa mais. E a lágrima, que impede o ressecamento e elimina os invasores que entram em contato com nossos olhos.
A água é necessária praticamente em todas as funções para a vida. Ela é, depois do oxigênio, o elemento que um corpo precisa para sobreviver.
A água é mesmo fundamental, não?
A água participa dos nossos processos fisiológicos, em especial na digestão dos alimentos, já que compõe o suco gástrico. Está dentro e fora das células do nosso corpo, atuando nos músculos e nas vísceras. E se não fosse a água, o transporte de substâncias como oxigênio, sais minerais e outros nutrientes não chegariam às células, já que a água é também boa parte do plasma sanguíneo.
Ela ainda é responsável por manter a perfeita temperatura do nosso corpo. É por isso que suamos quando estamos fazendo exercícios ou quando está muito calor. O suor evapora na superfície da pele e resfria o corpo. A água também garante proteção para algumas das nossas estruturas, como ao nosso sistema nervoso através do liquor entre meninges, impedindo impactos que podem causar sérios danos cerebrais, e às articulações, evitando o atrito entre os ossos.
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QUANTA ÁGUA DEVO BEBER POR DIA? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a quantidade ideal para o consumo diário de água é de 2,5 litros para um homem de 70 kg e 2,2 litros para uma mulher de 58 kg. Há também evidências que podem indicar que você precisa repor água ao seu organismo imediatamente. São os casos de sede, cor da urina que deve ser sempre amarela clara. Nossos rins, quando saudáveis, são capazes de filtrar entre 800 ml e um litro de água em uma hora. Quantidades superiores a três ou quatro litros por hora podem aumentar o risco de hiponatremia. Mas o quê seria isso?
Excesso de água pode intoxicar De acordo com o Dr Virgílio Gonçalves Pereira Jr., nefrologista do Hospital Albert Einstein, beber muita água pode provocar o desequilíbrio na concentração de eletrólitos no sangue, principalmente o sódio.
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O problema é chamado de hiponatremia, que significa a queda do nível de sódio sanguíneo e pode levar, em situações muito graves, à intoxicação por água. Os sintomas deste tipo de intoxicação incluem dores de cabeça, fadiga, náusea, vômito, desorientação mental e até parada cardíaca. A hiponatremia ocorre quando os rins, que controlam a quantidade de água, sais e outras substâncias em nosso organismo, não conseguem liberá-las e “encharcam” o sangue. De acordo com o médico, o problema pode estar relacionado, além do consumo em excesso da água, a alterações hormonais (hormônio antidiurético) e ao uso de medicações. A regulação da ingestão hídrica é mediada pelo ADH – o hormônio anti-diurético. Quando sentimos sede, a ingestão de líquidos é capaz de saciá-la.
O controle da natremia, ou controle do sódio, é muito bem feito pelo organismo entre a sede e a eliminação de água livre na urina feitos pelo ADH e rins, mas pode ser corrompido por medicamentos antidepressivos e diuréticos, de uso muito comum. No entanto, os problemas citados e a potomania, que é uma doença psicogênica, podem sinalizar erroneamente ao nosso organismo que a quantidade de líquido ingerida não foi ou é capaz de ‘matar' a sede.
SAIBA O QUE SÃO AS AQUAPORINAS Aquaporinas são canais formados por proteínas especiais que atravessam a membrana celular e conduzem seletivamente as moléculas de água para dentro e fora da célula, ao mesmo tempo prevenindo a passagem de íons e outros solutos. A presença desses canais aumenta a permeabilidade das membranas à água. As aquaporinas, também denominadas canais de água, são capazes de reforçar a reserva
natural da epiderme melhorando a circulação de água entre as células. Existem diferentes tipos de Aquaporinas. A Aquaporina 3 é a predominante na pele humana, nos rins e nos aparelhos respiratório e digestório. Descobertas por meio de microscopia eletrônica em 1974, foram caracterizadas como conceito inovador de hidratação da pele por Peter Agre, químico norte-americano ganhador do Nobel em 2003 por suas pesquisas
sobre o tema. Os benefícios, porém, vão além da pele. Compreendendo a circulação celular de água pode-se identificar e tratar diversos problemas de saúde e preveni-los.
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VACINAS: TOMAR, As vacinas são um dos mecanismos mais eficazes na defesa do organismo humano contra agentes infecciosos e bacterianos, e consiste na proteção do corpo por meio de resistências às doenças. Elas são compostas por substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que são introduzidos no organismo para estimular a reação do sistema imunológico quando em contato com um agente causador de doenças. Há mais de 200 anos foi produzida a primeira vacina, contra o vírus da varíola – hoje erradicada. Naquela época, o médico britânico Edward Jenner elaborou substancias a partir de lesões em vacas. Mas muito antes disso, na China antiga já se praticava a estimulação do sistema imunológico através da inoculação de um agente infeccioso em uma pessoa saudável. Atualmente, por meio de avanços tecnológicos na medicina, existem vacinas para diversas doenças como como hepatite, febre amarela,
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sarampo, tuberculose, rubéola, difteria, tétano, coqueluche, mening ite, poliomielite, diarreia por rotavírus, caxumba e pneumonia por pneumococo e as gripes, entre muitas outras que estão em constante evolução e estudo. Os efeitos colaterais mais comuns resultantes da vacinação são dor no braço, vermelhidão e inchaço onde foi aplicada a vacina. Também pode ocorrer febre ou mal-estar passageiro. Quanto a efeitos adversos, infectologistas informam que as vacinas são feitas com os próprios microrganismos que causam as doenças, mas esses não têm poder de ataque. Estes especialistas afirmam que não existe nada mais recomendável do que as vacinas para a Saúde Preventiva.
, OU NÃO? MOVIMENTO ANTI-VACINAÇÃO Muitas pessoas no Brasil e Os estados do Amazonas e no mundo, entretanto, são de Roraima apresentam contrárias à vacinação. surtos e o país pode perder o certificado de A liberdade individual e erradicação da doença religiosa, o combate à concedido pela indústria farmacêutica e Organização Mundial de até dúvidas sobre efeitos Saúde. colaterais graves estão entre os muitos Pesquisadores entendem impulsionadores do que a disseminação da argumento 'não às internet e a força da vacinas’. circulação de fake news e versões incorretas sobre o O movimento antiassunto podem contribuir vacinação se espalha pelo enormemente para que mundo, o que pode ser um pessoas não usem vacinas grande desafio à saúde e nem deixem seus filhos pública e à sociedade serem vacinados. brasileira. Nessa lógica de Doenças já erradicadas há entendimento, parece que anos voltam com força, tudo está virado ao como o Sarampo, que já contrário. Por isso está se espalhando pelos especialistas precisam diversos países da Europa. comunicar-se melhor com Aqui, o Ministério da a sociedade e não apenas Saúde atualizou em falando para si próprios e janeiro/2019 os casos de para aqueles que sarampo no Brasil: são entendem a linguagem 10.274 casos confirmados. médica. VIVABEM.CENTER
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eMAGAZINE VIVABEM.CENTER ESPECIAL SAÚDE PREVENTIVA FEVEREIRO/ 2019 Para informações, entre em contato conosco pelo site www.microflora.com.br, ou consulte a sua Nutricionista.