Campo & Negócios Hortifrúti - Junho/2020

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IRRIGAÇÃO

MANEJO CORRETO DE ÁGUA PARA O TOMATEIRO Waldir Marouelli

Jéssica E. R. Gorri gorrijer@gmail.com

Maria Clezia dos Santos mariaclezia.stos@gmail.com Flávia Galvan Tedesco flaviagtedesco@gmail.com Rodrigo Donizete Faria rdfaria13@gmail.com

junho 2020

Roque de Carvalho Dias roquediasagro@gmail.com Doutorandos em Proteção de Plantas – UNESP/Botucatu

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O

objetivo do produtor de tomate é aumentar a produtividade da sua lavoura, visando a qualidade, sustentabilidade do negócio e satisfação do cliente. Dentre os vários fatores que podem influenciar uma boa lavoura de tomate, destaca-se o manejo da água. Durante o estágio inicial da planta, a falta de água, sobretudo após o transplantio, pode proporcionar a morte das mudas e diminuir o desenvolvimento das plantas. Por outro lado, o excesso de água ocasiona maior incidência de doenças e

podridões de raízes. Para conduzir um bom estande da cultura, recomenda-se realizar o transplante das mudas em solo previamente irrigado com irrigações diárias, procurando-se manter a umidade na camada superficial do solo até o total estabelecimento das mudas. Após o pegamento das mudas e antes da maturação, o tomateiro exige a máxima demanda de água. Já no estádio de maturação há a necessidade de uma considerável redução do uso de água pelas plantas.

Alerta Irrigações em excesso prejudicam a coloração do fruto, reduzem o teor de sólidos solúveis e a acidez dos frutos. Para contornar esses problemas, as irrigações devem ser realizadas adotando-se um turno de rega mais espaçado do que durante o estádio de frutificação e serem paralisadas vários dias antes da colheita. É prática comum cessar a irrigação do tomateiro entre duas e quatro semanas antes da colheita, com o objetivo de

maximizar os teores de matéria seca no fruto e minimizar a compactação do solo durante a colheita.

Equilíbrio No estádio vegetativo (antes da formação dos frutos), a deficiência moderada de água, principalmente no início, favorece o aprofundamento do sistema radicular, permitindo maior eficiência futura na absorção de água e de nutrientes pelas raízes. Essa estratégia resulta em menor crescimento das plantas, mas tal característica tem pequeno efeito na produção de tomate, desde que o suprimento de água no estádio de frutificação seja adequado. De forma a submeter o tomateiro a condições de déficit hídrico moderado, as irrigações, durante o estádio vegetativo, podem ser realizadas considerando uma tensão-crítica de água no solo entre 100 - 200 kPa, nos casos da irrigação por aspersão e por sulco. No caso do gotejamento, irrigar considerando uma tensão-crítica entre 30 - 70 kPa.


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