Revista APAE em Destaque 29

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APAE em destaque

Ano 2022 • Edição 29

XX OLIMPÍADAS ESPECIAIS

DAS APAES DO ESTADO DE SÃO PAULO: ESPORTE, AMIZADE E INCLUSÃO

ENTREVISTA: DR. FERNANDO GABURRI, PROMOTOR DE JUSTIÇA, FALA SOBRE DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Publicação
da FEAPAES-SP - Federação das APAEs do Estado de São Paulo
FEAPAES-SP RECEBE PRÊMIO MELHORES ONGS DO BRASIL PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO ABERTURA DO SETEMBRO VERDE EMOCIONOU E ENCANTOU NA CIDADE DE NOVA ODESSA
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GALERIA DE FOTOS 6 8 NOTAS APAE 55 ENTREVISTA FERNANDO GABURRI 53 VALE CAP APAE EM DESTAQUE ARTIGO FEAPAES EM REVISTA SUMÁRIO 11 CATANDUVA 12 LEME 13 BARUERI 15 BAURU 17 ITANHAEM 18 JAGUARIÚNA 20 NHANDEARA 21 PARIQUERA-AÇU 23 SANTOS 24 CRUZEIRO 26 SÃO VICENTE 27 TAQUARITUBA 28 ROSANA 29 BERNARDINO DE CAMPOS 32 SUZANO 31 DRACENA 25 SÃO CAETANO DO SUL 20ª EDIÇÃO DAS OLIMPÍADAS ESPECIAIS DAS APAES MOVIMENTOU CARAGUATATUBA-SP NO MÊS DE JULHO 34 CAPA 58 PLANEJAMENTOS, VOCÊ E SUA ORGANIZAÇÃO TÊM TEMPO PARA ELES? 61 JURÍDICO INFORMA 38 SETEMBRO VERDE 43 JOGO DE BASQUETE: SESI FRANCA BASQUETE E BAURU BASKET 45 FUNDO DE PROJETOS 48 PARCERIA COM OS CORREIOS 46 CONGRESSO CIENTÍFICO ONLINE 51 REUNIÃO DOS AUTODEFENSORES E ENCONTRO DAS FAMÍLIAS 50 PARCERIA COM A FUNDAÇÃO DOM CABRAL 44 REUNIÕES NOS CONSELHOS 41 FEAPAES-SP REALIZA REUNIÃO COM APAES E HIPER CAP LITORAL 40 PRÊMIO MELHORES ONGS DO BRASIL

Nesta edição que fecha o ano de 2022, não poderíamos deixar de mostrar o sucesso das XX Olimpíadas Especiais das APAES — Edição Estadual, realizado em julho, na cidade de Caraguatatuba (SP). Com mais de 800 pessoas envolvidas, entre atletas, comissão técnica e acompanhantes, o evento movimentou a cidade e proporcionou aos usuários, momentos inesquecíveis de aprendizado e amizade.

Também destacamos, nas páginas a seguir, a abertura da campanha Setembro Verde, ocorrida no dia 31 de agosto, na cidade de Nova Odessa, que contou com um público de aproximadamente 350 pessoas. O evento de abertura ainda proporcionou uma palestra da artista plástica, Maria Goret Chagas, e do promotor de justiça, Dr. Fernando Gaburri, além da apresentação do Catavento Brasil Produções e dos usuários da APAE de Mogi Mirim.

Destacamos também projetos bem-sucedidos das APAES paulistas, que não medem esforços para proporcionar atendimento diferenciado aos seus usuários. A APAE de Catanduva, por exemplo, firmou parceria com uma faculdade, assim, passou a oferecer uma cadeia de cuidados aos usuários da estimulação precoce.

Além disso, destacamos a visita organizada pela APAE de Pariquera-Açu ao Parque Estadual Campina do Encantando, que proporcionou a um usuário que utiliza cadeira de rodas e seus colegas, momentos inesquecíveis, além de terem incentivado, com a inciativa, a inclusão social da pessoa com deficiência, de fato.

Desejo a você uma excelente leitura, um Natal e Ano-Novo de muitas bênçãos!

EXPEDIENTE

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente

Vera Lucia Ferreira

Vice-presidente

Agenor Gado

1º Diretor Secretário

Luís Roberto Roson

2º Diretor Secretário

Paulo Arantes

1º Dir. Financeiro

Cézar Vilela

CONSELHO FISCAL

Titulares

Roberto Franceschetti

José Carlos Silva

Maria Aparecida Sampaio

2º Dir. Financeiro

Maria de Fátima Dalmédico de Godoy

Diretora Social

Cristiany de Castro

Diretor de Patrimônio

Paulo Geiger

Autodefensora

Rita de Cássia Leal

Autodefensor

Wellington Clementino

Suplentes

Carlos Eduardo Torres

Luiz Antônio Lopes Garcia

Salvador Anésio Ruiz

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Maria Carolina Correia Paoliello

Márcio Anselmo Rodrigues de Oliveira

José Armando Pescatori

José Avanilson da Silva

Antônio Severino dos Santos

Nelson Bassanetti

Marcelo Ramos Ferreira

Alexandre Leme de Oliveira

José Marcelo Campos Alduíno

Cloves dos Santos Barbosa

Sayma Pimentel Zeraik Viduedo

Miguel Henrique Moreno

Francisco Innocencio Pereira

João Belini Filho

Wilson Marquez

Moacyr Fonseca Júnior

Odair Pereira

Mariane Sanches Araújo Gallego

Norma Tavares Vieira Consani

José Afonso Furlan

Edivete Maria Boareto Belotto

Nilza Ribeiro Fernandes Afonso

José Francisco Romano

PROCURADORIA JURÍDICA

Titular

Cláudia Fragoso

Suplente

Paulo Roberto de Mendonça Sampaio

EQUIPE TÉCNICA | FEAPAES-SP

Gerente Geral Lucas Almeida gerente@feapaesp.org.br

Financeiro

Fátima Melo

Eduardo Caloni

Livia Ricardo Barbosa (estagiária) financeiro@feapaesp.org.br

Mobilização de Recursos

Camila Archetti institucional@feapaesp.org.br

Comunicação

Thaís Demacq (coordenadora)

Débora Simões Sabrina Aparecida comunicacao@feapaesp.org.br

Jurídico Thiago Mellem juridico@feapaesp.org.br

Equipe da Qualidade

Aline Lima

Elaine Lemos

Joseane da Silva Poli

Amanda Luiza Severino Ribeiro feapaes@feapaesp.org.br

Thaís Demacq

Jornalista – Mtb 44568/SP

comunicacao@feapaesp.org.br

Ouvidoria

Peterson Moreno da Silva

Fábio Rodrigues

Marisa Garcia Lucas

Paulo José da Silva Nogueira

Selmar José Leonard ouvidoria@feapaesp.org.br

Administrativo

Renata de Souza Victorelli

Kênia Santana

Jacqueline Aparecida da Silva

Regiane Faria

Rayssa Stefany Malaquias Souza (aprendiz) feapaes@feapaesp.org.br

TI e Fundo de Projetos Lucas Henrique Nascimento suportetecnologia@feapaesp.org.br

Cursos FEAPAES-SP e Uniapae-SP

Denise Costa (coordenadora)

Lyvia Eduarda Fontelas Fonseca coorduniapaesp@feapaesp.org.br

Voluntário

Roberto Estante

Edição concluída em dezembro de 2022

Federação das APAES do Estado de São Paulo

Rua Tomaz Pedro do Couto, 471 | Polo Industrial Abílio Nogueira | Franca/SP

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Revista APAE em Destaque

Redação: Débora Simões (Mtb 81427/SP) e Thaís Demacq (MTB 44568/SP)

Edição: Thaís Demacq

Produção Editorial:

4 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 EDITORIAL
PRODUÇÃO EDITORIAL ZEPPELINI PUBLISHERS

Posso dizer que 2022 não foi um ano fácil para o movimento apaeano. Em minhas viagens pelas APAES que visitei, presenciei de perto o trabalho desempenhado por nossas filiadas pela efetivação das políticas públicas em prol das pessoas com deficiência. Diante dos fatos observados, a FEAPAES-SP, como órgão de assessoramento, tomou providências para que os direitos dos mais de 70 mil usuários fossem, de fato, respeitados.

Para garantir a sustentabilidade das APAES paulistas, nos reunimos com o ministro-chefe da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira, para tratar da importância dos títulos de capitalização para a prestação dos serviços de saúde, educação e assistência social executados pelas entidades sociais, esses que estávamos prestes a perder, o que deixaria não apenas as APAES em situação de vulnerabilidade financeira, como também inúmeras instituições e Santas Casas. Conseguimos garantir a continuidade dos títulos de capitalização, favorecendo a todos.

Estivemos no Ministério da Cidadania em busca de esclarecimentos de questões trazidas pela Lei complementar nº 187/2021 em relação ao Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS). Em 2023, a luta continuará, e buscaremos ainda a efetivação de uma parceria direta com o Governo do Estado que garanta o atendimento às pessoas com deficiência intelectual, múltipla e autismo em fase de envelhecimento.

Aproveito a oportunidade para pedir que não desistam diante das adversidades, pois só com luta teremos um país mais justo e igualitário para milhares de brasileiros.

Desejo a todos um Natal de luz e um Ano-Novo de muitas vitórias!

Um grande abraço,

5 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 PALAVRA DA PRESIDENTE

NAS APAES

ARAÇATUBA

6 GALERIA DE FOTOS
APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29
SETEMBRO VERDE

RIVERSUL

PEREIRA BARRETO

SABINO

APAE EM DESTAQUE • ANO XX • EDIÇÃO X 7 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29

APAES DO CONSELHO ALTA MOGIANA PARTICIPAM DO 2º FESTIVAL DE ATLETISMO ADAPTADO

Aconteceu no dia 26 de agosto, na cidade de Jardinópolis, o 2º Festival de Atletismo Adaptado promovido pela APAE de Jardinópolis. O evento contou com a participação de treze delegações da região, sendo elas: Serrana, Brodowski, Cravinhos, Orlândia, Sales Oliveira, Franca, Nuporanga, Altinópolis, Pontal, Morro Agudo, Batatais e São Joaquim da Barra.

A cidade que sediou o evento contou com 26 atletas participantes, tendo participado, no total, 169 atletas das APAES presentes. O evento contou com as seguintes modalidades de atletismo adaptado: corrida com cadeira de rodas sem e com apoio 25 metros; caminhada 50 metros masculina e feminina; caminhada com comprometimento sem e com apoio; caminhada síndrome de down 50 metros mista; corrida síndrome de down 50 metros masculina e feminina; corrida 100 metros; arremesso de peso masculino e feminino.

Ao final da competição, foi servido almoço para os atletas, e a diversão ficou por conta de dois DJs, proporcionando momentos de interação entre os atletas. Realizou-se a premiação com medalhas e um troféu para cada cidade participante.

Dentro do projeto, também foi incluído o momento cívico, em que, na última sexta-feira do mês, os alunos e usuários hasteiam as bandeiras e cantam o Hino Nacional e o da cidade de Jardinópolis.

APAE DE ITAPEVA DESENVOLVE PROJETO DE ARTESANATO PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE

AAPAE de Itapeva colocou em prática, no ano de 2022, o Projeto Artesanato, que, com a produção de bijuterias, busca oportunizar aos usuários da instituição, por meio da psicomotricidade, o estimulo à criatividade, o desenvolvimento da coordenação motora e da concentração, entre outros.

Além disso, o projeto permite que os usuários expressem suas afetividades, seus conflitos e ansiedade, melhorando sua autoestima e iniciativa diante de situações desafiadoras. Para Poliana Benfica Figueira, professora especialista em educação especial da APAE de Itapeva, outros benefícios são alcançados com o projeto: “Desenvolve a coordenação motora, a atenção e a concentração, favorecendo o desenvolvimento das habilidades cognitivas a partir de situações concretas, proporciona momentos de prazer no ato da criação de novas peças e estabelecer relações de socialização com os colegas”, explica.

Além de ser importante no desenvolvimento de diversas potencialidades, a confecção de bijuterias agradou os usuários. “O entusiasmo deles é visível na confecção das bijuterias e colares, sendo um dos dias mais esperados da semana para eles, gostam muito e estão sempre animados na produção”, finaliza Poliana.

8 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 NOTAS APAE

PRIMEIRA APAE DO ESTADO DE SÃO PAULO COMEMORA 65 ANOS DE FUNDAÇÃO

Com os olhos voltados para o futuro, a APAE de Jundiaí, a primeira do estado de São Paulo e a terceira do país, está comemorando 65 anos e mantém firme o seu propósito de contribuir para a inclusão social de pessoas com deficiência intelectual e transtorno do espectro do autismo, uma missão que vem desempenhando desde 7 de setembro de 1957, data de sua fundação.

Mais de 100 profissionais atuam no atendimento multidisciplinar para bebês, crianças, jovens, adultos e idosos nas áreas da saúde, educação, assistência social e apoio familiar. A atuação e o compromisso destes profissionais resultam nestes números: uma média de 1.700 atendimentos por mês são registrados em nove diferentes programas de atendimento que oferecem qualidade de vida tanto para os usuários, como para seus familiares.

“Aos 65 anos de vida, temos orgulho de dizer que a APAE de Jundiaí está atenta ao movimento do mercado, das empresas e aos novos modelos de gestão. Além do Selo Doar de Gestão e Transparência, que conquistamos em 2020, que garante às empresas que colaboram com a APAE que suas doações estão sendo bem geridas e empregadas, estamos atentos às práticas de gestão ESG, trabalhando junto às empresas, a conscientização sobre a corresponsabilidade do setor produtivo com o terceiro setor. Afinal, somos o S do ESG e o nosso papel de olhar e cuidar das pessoas pode e deve ser compartilhado com toda a sociedade”, finaliza Luiz Bernardo Begiato, presidente da APAE de Jundiaí.

APAE DE PRESIDENTE VENCESLAU SEDIA 1º CAMPEONATO DE DOMINÓ

Com o objetivo de incentivar a prática do dominó e permitir que os usuários de diferentes cidades interagissem entre si, aconteceu no último dia 16 de agosto o 1º Campeonato de Dominó, sediado pela a APAE de Presidente Venceslau. O evento esportivo contou com APAEs do Conselho Sol do Oeste (região de Presidente Bernardes).

Participaram as APAES de Santo Anastácio, Presidente Bernardes, Martinópolis, Teodoro Sampaio, Presidente Venceslau, Presidente Prudente, Pirapozinho e Regente Feijó. O resultado dos jogos foi este: o primeiro lugar ficou com a APAE de Martinópolis, já o segundo, com a de Presidente Bernardes, e em terceiro lugar, a APAE de Santo Anastácio.

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Luiz Bernardo Begiato, presidente da APAE de Jundiaí

APAE DE MARILIA REALIZA PROJETO PARA PROMOVER INTEGRAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO

AAPAE de Marilia realizou, no dia 22 de julho, uma Festa Julina, tendo como um dos objetivos aproximar a família da instituição. A iniciativa faz parte do Projeto Saúde Julina, que proporcionou um espaço para o desenvolvimento de atividades lúdicas, voltadas a festejar a tradição cultural brasileira, valorizando os recursos históricos e sociais, potencializando e conscientizando sobre a importância da família na instituição. Além disso, o projeto possibilitou o fortalecimento dos laços entre família, usuários e colaboradores da APAE, promovendo um momento de alegria e descontração. De acordo com a organização, cada brincadeira foi elaborada de forma terapêutica, permitindo aos usuários realizar as terapias de modo não convencional, em um ambiente aberto e agradável.

APAE DE TAMBAÚ INICIA

PROJETO DE ESTIMULAÇÃO

PRECOCE E SENSORIAL EM PARCERIA COM A PREFEITURA

Devido ao aumento da procura por atendimento especializado para crianças de 0 a 5 anos, a APAE de Tambaú firmou, em julho desse ano, uma parceria com a Prefeitura Municipal para iniciar o Projeto Estimulação Precoce e Sensorial, que conta com uma equipe formada por fonoaudióloga, psicóloga, fisioterapeutas para hidro e solo e terapeuta ocupacional.

O objetivo dos atendimentos de habilitação e reabilitação é possibilitar uma forma inovadora de tratamento para crianças com deficiência, atraso e/ou comprometimento motor e sensorial. Atualmente, são atendidas pela APAE Tambaú 14 crianças no projeto. Trata-se da única instituição no município que oferece atendimento especializado para este público.

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PARCERIA ENTRE FACULDADE E

APAE CATANDUVA PROMOVE CADEIA

DE CUIDADOS PARA USUÁRIOS DA ESTIMULAÇÃO PRECOCE

Objetivo é aumentar as chances de melhor desenvolvimento neuropsicomotor das crianças com distúrbios do neurodesenvolvimento

Há aproximadamente três anos, a APAE de Catanduva e a Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA) firmaram importante parceria com o objetivo de oferecer ao público da estimulação precoce um ambulatório que contemplasse toda a cadeia de cuidados oferecidos por equipe multidisciplinar completa. O principal objetivo é aumentar as chances de melhor desenvolvimento neuropsicomotor das crianças com distúrbios do neurodesenvolvimento, proporcionando maior autonomia e independência.

“Os atendimentos isolados na faculdade apenas proporcionavam o primeiro momento do atendimento médico. As terapêuticas ficavam fragmentadas e com grandes dificuldades de se efetivarem através dos atendimentos das Unidades Básicas de Saúde da Família. Além disso, a integração que há entre a equipe também proporciona um ensino de qualidade, uma visão mais ampla das grandes áreas de saúde que, muitas vezes, os médicos, que deveriam encaminhar, desconhecem as funções e importância”, explica Simone Mayra Fernandes, neurologista e médica docente da Faculdade de Medicina de Catanduva.

Atualmente, por meio da parceria são atendidas 120 crianças, sendo 70 de 0 a 3 anos e 11 meses de idade, e 50 de 4 a 5 anos e 11 meses de idade. “A estimulação precoce muda sobremaneira o prognóstico dessas crianças. À medida que sabidamente o  timing da experiência, que representa o melhor momento para determinados estímulos, é respeitado, as respostas são evidentemente superiores e as adaptações das atividades diárias muito mais eficazes”, completa Simone.

Os atendimentos são realizados pelos médicos residentes do primeiro e segundo anos do programa de Residência Médica de Pediatria, supervisionados pela médica neurologista, e com os alunos do segundo ano da FAMECA, iniciativa que contribui também para a conscientização dos futuros profissionais quanto à importância da prevenção às deficiências e, no caso de já instaladas, à importância do encaminhamento precoce às terapias.

ESTIMULAÇÃO PRECOCE: O QUE É?

A estimulação precoce pode ser definida como um programa de acompanhamento e intervenção clínico-terapêutica, multiprofissional, com bebês de alto risco e com crianças acometidas por patologias orgânicas. Tem por objetivo o melhor desenvolvimento neuropsicomotor e a socialização, contribuindo, inclusive, para a estruturação do vínculo mãe-bebê e para a compreensão e o acolhimento dos familiares e cuidadores.

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CAPOTERAPIA É TEMA DE PROJETO DA APAE DE LEME

usuários que a APAE de Leme implantou a Capoterapia, método que utiliza da capoeira como forma de habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência e/ou idosos.

O projeto começou em maio de 2022 e atende 50 usuários da instituição. O público é diverso, desde crianças a idosos. A iniciativa é realizada todas as terças-feiras durante todo o dia, revezando as turmas.

Quem realiza as aulas é o professor capoterapeuta, Douglas Pires. “Durante minhas aulas, é notável a participação dos alunos e o interesse em aprender, desenvolver e partilhar entre eles esse conhecimento. Estou muito satisfeito em ver a riqueza da nossa cultura brasileira fazendo parte dessa transformação social, intelectual e pessoal na vida de cada participante. Espero contribuir e aprender ainda mais”, afirma.

As aulas utilizam elementos da capoeira adaptada para pessoas que procuram participar ou necessitam de alguma atividade física ou esportiva, respeitando as condições, as potencialidades, os limites e as características psicológicas e individuais do praticante.

Originária do século XVI, quando colonizadores portugueses trouxeram milhões de africanos em navios negreiros para serem escravizados no Brasil, a capoeira surgiu como forma de defesa do povo escravizado para enfrentar os escravocratas e, quem sabe, conseguir fugir em busca da libertação.

A prática, que já foi considerada ilegal, mesmo após a abolição da escravatura, hoje é reconhecida como representação cultural da história do Brasil e seus elementos trabalham diversas áreas de conhecimento, como o esporte, a dança, a cultura popular, a música e as brincadeiras. Foi pensando em desenvolver habilidades e promover o bem-estar dos

BENEFÍCIOS

Alguns dos benefícios para os usuários são a melhora da densidade muscular e óssea, redução da pressão arterial e o aumento da potência aeróbica, além de apresentar melhora significativa na autoestima, imagem corporal, funções cognitivas e de socialização e redução do estresse e da ansiedade.

“Estamos encantados com o trabalho desenvolvido até aqui. Nossos usuários necessitavam deste tipo de experiência, assim como as vivenciadas em outros projetos de nossa instituição”, explica a diretora técnico-administrativa, Vivian Pavan.

O projeto idealizado pelo setor de captação de recursos teve avaliação positiva. Os usuários estão felizes e engajados nas sessões, ficam atentos às orientações e se soltam nos movimentos aplicados.

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A representação cultural trabalha esporte, luta, dança, cultura popular, música e brincadeiras
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APAE BARUERI PROMOVE ATENDIMENTO

ESPECIALIZADO EM COMUNICAÇÃO

SUPLEMENTAR E ALTERNATIVA COM

USO DA TECNOLOGIA

Programa Voz Amiga atende 30 usuários e suas famílias em sessões semanais de 50 minutos

Ouso da alta tecnologia pode garantir a comunicação quando a pessoa tem ausência temporária ou permanente da fala. Esses são recursos da área da comunicação suplementar e alternativa, que a APAE de

Barueri aderiu em fevereiro de 2022, por meio do Programa Voz Amiga.  O objetivo é ampliar as possibilidades e habilidades comunicativas e apoiar o desenvolvimento da pessoa com necessidades complexas de comunicação (PNCC), favorecendo a independência, a autonomia, a interação e a inclusão social, em parceria com a família e com a escola.

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As ações do programa são desenvolvidas por equipe técnica formada por fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e assistente social. O público-alvo são usuários que já são acompanhados na organização, na faixa etária de 3 a 17 anos, que apresentam necessidades complexas de comunicação. É realizado um processo avaliativo e, a partir dos resultados, traçado um plano de atendimento individualizado.

Atualmente, 30 usuários são atendidos semanalmente no programa, em sessões que duram 50

minutos, tempo esse dividido entre usuário e família. “As famílias são parte integrante, recebendo orientações específicas no final de cada atendimento e participando das atividades propostas. Assim como os terapeutas, as famílias também são parceiras de comunicação. Dessa forma, precisam ter conhecimento e participação para melhor evolução do atendido em todos os ambientes que ele frequenta”, destaca Fabiane Taira Gushiken, fonoaudióloga.

A visita domiciliar e o acompanhamento escolar também fazem parte do processo, com a finalidade de compreender como é a comunicação do usuário em todos os ambientes em que está inserido e identificar quais são as maiores dificuldades enfrentadas nos diversos contextos sociais. “A visita domiciliar e o acompanhamento escolar são itens fundamentais no Programa Voz Amiga, porque são os ambientes em que a criança e o adolescente permanecem por mais tempo. Utilizamos como estratégias, recursos de baixa tecnologia, como pranchas impressas, cartões de comunicação, livros adaptados e jogos, e alta tecnologia, como tablet e computador, em parceria com o LIVOX, um software com inteligência artificial”, explica Dryelle Aparecida Pereira Torres, que também atua como fonoaudióloga no programa.

AVANÇOS NA COMUNICAÇÃO

Após alguns meses em funcionamento, os usuários que participam do programa já mostram avanços no desenvolvimento e nas habilidades de comunicação. “É possível notar a melhora na intenção comunicativa, na manifestação dos desejos, no desenvolvimento da linguagem, maior independência e autonomia, aumento do repertório comunicativo e da autoestima”, conta Vanessa Mayumi Sarmento, terapeuta ocupacional do Programa Voz Amiga.

Porém, tão importante quanto o feedback dos profissionais é o dos próprios familiares, que convivem diariamente, por isso, conhecem os principais obstáculos enfrentados pelos usuários. “Eu não sou mais só a interprete do Pedro. Hoje ele ganhou a própria funcionalidade de dizer como ele se sente, pois muitas vezes eu não consigo interpretar todos os sentimentos dele, e agora ele consegue dizer quando ele tá [está] triste, quando ele tá [está] feliz. Não é só o sim para tudo. Ele aprendeu, ainda que de forma limitada, por ora, dizer o que ele quer. Então eu não sou mais a pessoa que anda com o Pedro e tem que dizer o que o Pedro quer, ele sabe dizer”, finaliza Jeniffer Ellen da Silva Rocha, mãe de usuário atendido no programa.

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CENTRO DE APOIO À INCLUSÃO

ESCOLAR DA APAE DE BAURU

TRABALHA HÁ 12 ANOS EM PARCERIA COM A REDE REGULAR DE ENSINO

O apoio para a inclusão na rede regular de ensino viabiliza a garantia de acesso a uma educação inclusiva e, principalmente, equitativa e de qualidade

om objetivo de garantir o acesso à educação na rede regular de ensino para pessoas com deficiência intelectual e múltipla que podem se beneficiar da modalidade, a APAE de Bauru, há 12 anos, firmou uma parceria com a

secretaria municipal de educação para criar o Centro de Apoio à Inclusão Escolar (CAIE), que proporciona a inclusão e o desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes na cidade.

Atualmente, são atendidos 742 estudantes em parceria com a Secretaria de Educação. Os atendimentos ocorrem com periodicidade semanal, sendo

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C
APAE EM DESTAQUE

uma vez por semana para os alunos do Ensino Fundamental e duas vezes na semana para alunos da Educação Infantil.

O trabalho de inclusão com as crianças e adolescentes já era realizado pela APAE Bauru desde 2006, mas foi no final de 2010 que a prefeitura de Bauru firmou parceria para o atendimento efetivo dos alunos regularmente matriculados nas escolas do município.

O CAIE também desenvolve o serviço de avaliação do usuário. Atualmente, 127 crianças e adolescentes estão sendo avaliados em processos diferentes de acordo com o fluxo. Durante este processo, o usuário passa inicialmente pelo serviço de acolhimento, serviço social, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, pedagogia e neurologia.

Segundo o presidente da APAE de Bauru, Roberto Franceschetti, o Centro de Apoio à Inclusão Escolar é, sem dúvida, o futuro da inclusão para estudantes ainda em processo de diagnóstico ou já diagnosticados em diversas condições, que necessitam de apoio multidisciplinar especializado para garantir o processo educacional. “Esse apoio se identifica em diversas áreas de abordagem direta, como terapia ocupacional, psicologia, fonoaudiologia, neurologia, entre outros. Os aspectos que se

baseiam na abordagem dessas especialidades mostram-se na eficácia com o estudante, não só na rotina escolar, dentro da sala de aula, com o ganho significativo no desenvolvimento, como também na aprendizagem, avançando no processo educacional. Esta parceria mostra sua eficiência nas capacitações e orientações às unidades escolares, garantindo melhor proveito dos assuntos elencados que notoriamente se coadunam, especificamente, dentro da rede apaeana, ou seja, a especialidade das ações do trabalho com esses estudantes é o know-how da rede. Com isso, o poder público acaba confiando e estruturando parceria com as APAEs para suas ações de políticas públicas, e, por fim, a garantia dos direitos de todos”, explica Roberto.

ATENDIMENTOS

O CAIE tem seus atendimentos pensados no processo de inclusão de crianças e adolescentes com deficiência, ou que necessitam de acompanhamento por equipe especializada com objetivo de apresentar conteúdos que facilitem o aprendizado e a inclusão igualitária no ensino regular. Os serviços prestados proporcionam aos estudantes a permanência no ensino comum de forma inclusiva, e não somente busca a melhora da sociabilidade diária.

Carla Alves, diretora de divisão de educação especial, conta que a criação do serviço de atendimento ocorreu devido à necessidade observada em relação às dificuldades dos alunos matriculados no ensino comum. O processo aconteceu, inicialmente, com o retorno dos professores especialistas que atuavam cedidos nas instituições como a APAE de Bauru para as escolas, para atuarem de forma centralizada no serviço de educação especial. “Antes, os pais para conseguirem o diagnóstico, tinham que ir até o posto de saúde mais próximo e participar de um processo longo. Então, foi observada a necessidade do diagnóstico de maneira mais célere e eficaz e, além disso, a necessidade de uma avaliação estruturada passando por psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas e médicos”, afirma Carla.

Para as famílias, o trabalho realizado é fundamental. “A qualidade de vida deles certamente melhorou com as atividades que a APAE realiza. Com o apoio que me dão como mãe, com 2 crianças atípicas, já conversei diversas vezes com as profissionais que trabalham na APAE, e isso é muito importante”, finaliza Erika Drohson Oliveira, mãe do Benício e do Lorenzo Drohson Oliveira, usuários de 5 anos, que utilizam os serviços de apoio educacional no CAIE há dois anos.

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PREPARAÇÃO PARA A INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO É TEMA

DE NOVO PROJETO DA APAE DE ITANHAÉM

Projeto Vida Independente busca trabalhar a autonomia das pessoas com deficiência por meio da inserção no mercado de trabalho

Em vigor há 31 anos, a Lei nº 8.213/1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, trata, no artigo 89, sobre as cotas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Contudo, mesmo com a regulamentação, o processo de inclusão ainda é um desafio, principalmente quando se fala de deficiência intelectual.

A fim de mudar a realidade de Itanhaém, a APAE do município criou, em 2021, o Projeto Vida Independente, que visa preparar, por meio de oficinas e atividades da vida diária, os usuários da instituição para o mercado de trabalho, com o objetivo de promover a autonomia.

O grupo é formado por 32 usuários e, apesar de estar no início do trabalho, já conseguiu a inclusão da primeira usuária no trabalho. Vitória Muniz Silva, de 24 anos, é diagnosticada com autismo e recebeu, em maio de 2022, a proposta para trabalhar na unidade Belas Artes da Rede Saito Supermercados.

“Comecei achando aqui um pouco parado, porque lá na APAE eu me mexia bastante, mas estou pegando o ritmo e estou gostando muito dos colegas e da empresa. Imagino que alguns podem ter medo de trabalhar, mas não precisam ter medo. Porque, dependendo do lugar, é tranquilo e é muito bom”, afirma Vitória.

Segundo o gerente administrativo do Supermercado Saito, Marcelo Iberê Morais Tolomony, Vitória superou as expectativas: “Ela tem uma

capacidade de discernimento muito boa e atitudes proativas, com tomada de decisões assertivas. Dentro de suas limitações, faz um ótimo trabalho”, afirma Marcelo.

Para a APAE de Itanhaém, o sucesso da Vitória é importante para dar continuidade ao trabalho, para que mais pessoas sejam incluídas. “É motivo de muita satisfação e muita gratidão ter contribuído para que pessoas como a Vitoria possam ter sua independência”, afirma o presidente da APAE de Itanhaém, Marcos Basiquetto. Ele também convida os empresários da cidade a darem oportunidades:

“Associem a marca da APAE à sua marca, sendo mais um multiplicador do bem, contratando e ajudando essas pessoas a terem uma oportunidade no mercado de trabalho, mostrando que são capazes”, finaliza o presidente.

17 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29
APAE EM DESTAQUE

APAE DE JAGUARIÚNA

INAUGURA SALA SNOEZELEN/MSE

Terapia propõe um ambiente equipado com rico material multissensorial

Afim de proporcionar um novo modelo de terapia para os usuários, a APAE de Jaguariúna implantou em julho de 2022 a sala Snoezelen/MSE, ambiente interno e controlado, criado para oferecer

estímulos durante uma atividade ou vivência, que despertam e liberam as percepções sensoriais, bem como melhoram o bem-estar.

A terapia propõe um ambiente equipado com rico material multissensorial, ou seja, recursos que estimulam os sentidos: visão, audição, olfato, tato, paladar, vestibular e proprioceptivo.

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Segundo a coordenadora do projeto, Ingrid de Cara, que é fisioterapeuta, o objetivo é oferecer terapias que promovam mais qualidade de vida aos usuários. “O objetivo é oferecer um ambiente que gere efeitos relaxantes e interativos e, ao mesmo tempo, que ativem as diferentes áreas da percepção, melhorando o desenvolvimento motor, cognitivo, habilidades sociais e comunicação. Através desses recursos, geramos novas formas de aprendizagem e reabilitação e promovemos maior qualidade nos atendimentos aos nossos usuários”, afirma Ingrid.

O objetivo da APAE de Jaguariúna é atender todos os 40 usuários, desde os 12 meses de idade. Atualmente, cada usuário é atendido uma vez por semana. Cada sessão tem duração de 20 minutos e conta com uma equipe multidisciplinar composta de cinco profissionais terapeutas Snoezelen, nas áreas de fisioterapia, psicologia, educação física e pedagogia, devidamente capacitadas à metodologia.

O presidente da APAE, Nelson Roberto Patrocínio, explica como foi o processo de implantação da sala. “O projeto foi idealizado pela fisioterapeuta Ingrid

de Cara, com apoio da equipe administrativa e gestora. O projeto foi custeado pelo Conselho Municipal da Criança e Adolescente do Município de Jaguariúna, por doadores, e foi utilizado recursos próprios da APAE. Foram oito meses entre a implantação da sala, formação da equipe na metodologia Snoezelen/MSE e inauguração da sala”, afirma Nelson.

A TERAPIA

Snoezelen/MSE é uma metodologia de estimulação multissensorial que surgiu na Holanda na década de 1970 e foi criada por dois terapeutas Verheul e Hulsegge. O nome Snoezelen vem da junção de duas palavras: “Snuffelen”, que significa explorar; e “Doezelen”, que corresponde a relaxar. Essa metodologia fornece alternativas e formas de estimulação sensorial para indivíduos isolados pela sua inabilidade perceptiva. Portanto, a metodologia possibilita o alívio do estresse, da ansiedade e da dor, oportuniza a neuroplasticidade e, principalmente, desperta o máximo potencial de uma pessoa.

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ESTIMULAÇÃO

QUE VEM DOS CAVALOS

APAE de Nhandeara atende 50 crianças no projeto de equoterapia, contemplando ainda outros 5 municípios da região

seu projeto de equoterapia, 50 crianças, de segunda a sexta-feira, contemplando ainda mais cinco municípios de sua região. Graças ao empenho da APAE e de um empresário que cedeu o espaço para os atendimentos, muitas crianças tiveram acesso ao método e puderam se desenvolver em vários aspectos.

“Falar desse trabalho que está sendo realizado com ela (Moriá) é um prazer enorme. A equoterapia está sendo um impulso no desenvolvimento dela, relacionado ao raciocínio lógico, concentração, sem falar no equilíbrio, nas respostas sobre as solicitações orais, tudo isso de uma forma extremamente prazerosa. Os animais têm essa capacidade de dar tranquilidade, paz. E esse desenvolvimento está sendo um divisor de águas para ela”, conta Mayara Karla Pinheiro Binhardi, mãe da usuária Moriá Pinheiro Binhardi, de 7 anos.

Importante ressaltar que equoterapia não se preocupa apenas com a reabilitação motora do indivíduo com deficiência, ela vai além, e promove também a inclusão e a reintegração social deste indivíduo.

Ocontato com os animais traz inúmeros benefícios físicos e emocionais para os seres humanos, como redução do estresse e aumento da imunidade. Porém, os ganhos vão muito além disso tratando-se da equoterapia, um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo em uma abordagem interdisciplinar, que busca o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência.

Sabendo de todos os benefícios dessa prática terapêutica, a APAE de Nhandeara atende hoje, no

“A Fernanda faz acompanhamento na APAE de Nhandeara com a Equoterapia, este é o segundo ano que ela vem sendo estimulada. Eu, como mãe da Fernanda, só tenho a agradecer, pois tem dado muito certo, temos conseguido resultados satisfatórios e de grande valia para minha filha. Hoje, a Fernanda, através das terapias, já aprendeu a andar e tem uma boa socialização com as pessoas”, destaca Fabiana Fratta Vieira, mãe da Fernanda Fratta Vieira, de 4 anos, usuária da APAE de Nhandeara.

“Estamos muito felizes com mais esta conquista, é gratificante ver o progresso pouco a pouco de cada assistido. Quando vemos a alegria de uma mãe que vê seu filho pela primeira vez parar sozinho em cima do cavalo, temos certeza de que nossa luta vale a pena”, finaliza José Mario Moraes da Cunha, presidente da APAE de Nhandeara.

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USUÁRIO DA APAE DE PARIQUERA-AÇU

VISITA PARQUE ESTADUAL CAMPINA DO ENCANTADO E UTILIZA CADEIRA JULIETTI

Cadeira adaptada desenhada pelo engenheiro Guilherme Simões permite acesso à natureza para pessoas com algum tipo de deficiência motora

Odia 14 de julho de 2022 ficará marcado na memória do Gustavo Camargo de Almeida, de 21 anos, usuário da APAE de Pariquera-Açu, e de seus outros 27 amigos que o acompanharam em um passeio pelo Parque Estadual Campina do Encantado, localizado em Pariquera-Açu. Isso porque Gustavo, que é cadeirante, pôde fazer trilhas e conhecer os encantos e as belezas da natureza com a ajuda da cadeira Julietti.

A Julietti é uma cadeira adaptada desenhada pelo engenheiro Guilherme Simões, para a sua esposa, Juliana Tozzi, uma pessoa apaixonada por trilhas e que foi diagnosticada com Degeneração Cerebelar Paraneoplásica, síndrome neurológica

extremamente rara. A cadeira deu tão certo, que a ideia é que ela, a Julietti, seja acessível ao maior número de pessoas com deficiências.

De acordo com Maria Aparecida Sampaio, diretora da APAE de Pariquera-Açu, o convite surgiu a partir de uma parceria que a instituição tem com o Parque Estadual Campina do Encantado em outro projeto voltado à preservação ambiental. “Os estudantes aprendem que cuidar, guardar e preservar o meio ambiente é obrigação de todos. O projeto conta com biólogos, pedagogos, e a monitoria do PECE. Além de participar de todo o processo de produção das mudas, os alunos auxiliam na realização de eventos educativos, que ocorrem no município, sensibilizando a população sobre a importância da preservação ambiental e inclusão social”, explica a diretora.

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Como era de se esperar, a experiência vivida por Gustavo ficará para sempre em sua memória, pois, segundo seus relatos, nunca havia sentido algo parecido, referindo-se à sensação de liberdade.

“No início ele sentiu um pouco de insegurança pela cadeira ser mais alta, mas com o apoio dos monitores do Parque que estavam interagindo e guiando a cadeira, a sensação que ele teve no percorrer da trilha foi de liberdade. Disse que adorou ter feito a trilha e que nunca tinha sentido nada igual, conheceu várias árvores e pássaros espécies nativas do Parque, que nunca tinha visto antes, porque sempre quando havia passeios no Parque, ele dificilmente participava das idas as trilhas, pela dificuldade de mobilidade. Com a cadeira Julietti ele teve a possibilidade de viver essa experiência”, conta Maria Aparecida.

No final, muitas lições puderam ser extraídas desse passeio, que vão além do respeito à natureza e a preservação da fauna e flora, essenciais para a existência humana, como a empatia dos colegas diante da dificuldade de o amigo participar das outras atividades realizadas no parque. “Os outros usuários acompanharam o passeio e comentaram que seria muito bom que o amigo sempre

fizesse uso da cadeira, para que possa ser incluído em todas as atividades do Projeto realizadas no Parque Estadual Campina do Encantado”, finaliza Maria Aparecida.

A CADEIRA JULIETTI

Juliana e Guilherme sempre foram um casal apaixonado por trilhas, montanhas e viagens. Juntos, já caminharam por mais de 30 lugares diferentes, até que Juliana teve um câncer de mama. Com apoio da família e com muita determinação, o casal venceu esta batalha.

Algum tempo depois, Juliana foi diagnosticada com Degeneração Cerebelar Paraneoplásica, síndrome neurológica extremamente rara, no caso da Juliana, por conta do reaparecimento do câncer. No meio de tudo isso, o amor do casal pelas montanhas continuava, mas Juliana já não conseguia mais chegar a elas. Para fazer Juliana viver a vida do jeito que ela estava se impondo, Guilherme fez uma promessa a sua esposa: aonde você quiser ir, eu vou te levar!

A partir daí, iniciou-se uma mobilização entre marido, esposa e amigos, assim, nasceu a Julietti e o projeto Montanha para Todos. Saiba mais no site: montanhaparatodos.org

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APAE DE SANTOS REALIZA PROJETO DE INSERÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO

A iniciativa promove capacitações dos usuários e das empresas empregadoras

Há 14 anos a APAE de Santos desenvolve o Programa Núcleo Trabalho Renda Emprego – Qualificando o Futuro (NUTRE), em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEDS) de Santos. O programa tem o objetivo de qualificar e inserir os usuários da instituição no mercado de trabalho, além de capacitar as empresas para efetiva inclusão e permanência no trabalho.

O NUTRE visa trabalhar a Lei de Cotas, dispositivo que torna obrigatória a contratação de pessoas com deficiência em empresas que têm mais de cem funcionários. O trabalho é realizado em conjunto com as famílias e empresas parceiras, para que, de fato, as oportunidades para pessoas com deficiência intelectual aconteçam, promovendo autonomia, qualidade de vida e respeito, para que elas possam, assim, exercer sua cidadania.

Atualmente, 30 usuários estão empregados e a APAE presta assessoria para 20 empresas parceiras. O trabalho é voltado para pessoas entre 15 e 40 anos que apresentam o laudo de deficiência intelectual e/ou autismo que moram em Santos-SP.

METODOLOGIA

O programa de qualificação NUTRE trabalha por meio de módulos, em que são desenvolvidos, por intermédio de atividades teóricas e práticas, temas relevantes ao desenvolvimento global, com noções administrativas/laborais/funcionais. Nos encontros são realizados palestras e seminários, compartilhados depoimentos e relatos de pessoas

de variadas profissões, além de serem desenvolvidas atividades culturais. Também são promovidas visitas a empresas e laboratórios, bem como estágio, para eles conhecerem mais sobre os ambientes de trabalho.

A equipe que atua no NUTRE busca empresas a fim de firmar parcerias por meio da Lei de Cotas e também pela sensibilização do trabalho realizado pela APAE. “Atualmente, percebemos que a procura está sendo inversa, fomos procuradas por várias empresas interessadas em firmar parceria com o Programa NUTRE, o que muito nos gratifica, pelo reconhecimento do trabalho realizado na cidade de Santos e, principalmente, pela inclusão”, finaliza a diretora pedagógica da APAE de Santos, Rosângela Sion.

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DELÍCIAS QUE ENSINAM

Projeto Padoka, da APAE de Cruzeiro, trabalha desde socialização até habilidades para inserção no mercado de trabalho

Queridinhos do Oiapoque ao Chuí, o pão de queijo e a broa de fubá estão entre as iguarias produzidas pelos usuários da APAE de Cruzeiro por meio do Projeto Padoka. Desde março de 2021, 50 usuários da instituição participam da iniciativa que tem por objetivo trabalhar coordenação motora fina, socialização, higiene, organização entre outros.

Além disso, o projeto, voltado a ensinar a culinária comercializada em padarias, também prepara os usuários para serem inseridos no mercado de trabalho ou, até mesmo, para conquistarem renda extra. “Alguns já produzem em suas casas para vender e aumentar a renda familiar”, explica Valéria Augusta Ferreira Costa Pereira, diretora técnica da APAE de Cruzeiro.

Ainda de acordo com Valeria, além do pão de queijo e da broa de fubá, a receita principal do projeto é a tradicional paçoca apaeana, porém produzem também roscas de diversos sabores, pão de batata, mini-hambúrguer, bolos, empadas, quibes, esfirras, pizza enrolada, cocadas e sucos. Os produtos são vendidos em estabelecimentos parceiros da APAE.

“Nossos atendidos se sentem satisfeitos e reconhecidos neste projeto. Quando entregam seus produtos nos estabelecimentos parceiros, voltam gratificados e querendo aprender sempre mais”, comenta a diretora.

E o melhor do projeto é que, além de aprenderem receitas deliciosas, os usuários aprendizes ainda podem degustar o que é feito no dia. “Todos os alimentos produzidos são degustados pela turma responsável pela ‘Padoka’ naquele dia. Após serem embalados e etiquetados, são destinados a casas comerciais parceiras do projeto para serem comercializadas. Grande parte é adquirida por pais, funcionários e vizinhos de nossa instituição”, finaliza Valéria.

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APAE DE SÃO CAETANO DO SUL

AMPLIA ATENDIMENTOS NA ÁREA DA SAÚDE PARA O MUNICÍPIO

O

Centro Especializado em Reabilitação da APAE passou a ter certificação CER

IV

Desde o mês de abril, o Centro Especializado em Reabilitação (CER II) da APAE de São Caetano do Sul passou a ter certificação CER IV, por meio da Portaria GM/MS nº 924, de 25 de abril de 2022. Trata-se de uma importante conquista, pois com a certificação, novos serviços em reabilitação para especialidades auditivas e visuais serão ofertados no município.

Para atender como unidade do CER IV, o espaço passou por reformas e adaptações, foram adquiridos novos equipamentos, e devido à ampliação do fluxo de atendimentos, foi necessário aumentar também o quadro de técnicos para manter a qualidade e a excelência dos atendimentos, seguindo o instrutivo do Ministério da Saúde para a implantação do novo CER IV.

Para o presidente da APAE, Jorge Salgado, a nova certificação trará benefícios para o município e para a APAE. “A nova certificação permitirá a ampliação dos atendimentos realizados aos munícipes de São Caetano do Sul, contando com equipamentos de última geração comandados por uma equipe técnica especializada, oferecendo um atendimento de excelência e qualidade aos munícipes encaminhados aos atendimentos. Lembrando que os atendimentos do CER IV são gratuitos aos pacientes (SUS) que são encaminhados pela secretaria municipal da saúde de São Caetano do Sul”, destaca o presidente.

O CER IV, que atende nas habilitações auditivas, físicas, intelectuais e visuais, teve um aumento significativo de atendimentos e procedimentos, que vem aumentando mês a mês. Com o início das novas atividades, o CER IV passou a atender

mais de 1000 pacientes/mês, ultrapassando mais de 6.000 procedimentos/mês.

PARCERIAS

Uma iniciativa importante e que contribuiu para a concretização da conquista para a APAE, foi o projeto Pró-Vida, trabalho realizado pela Central Geral do Dízimo. Por meio do projeto, foram doados para a APAE mais de R$130.000,00 em equipamentos.

No lançamento oficial do CER IV, o presidente da APAE de São Caetano do Sul, Jorge Salgado, falou sobre a nova conquista para a APAE. “Este ano de 2022 tem sido um ano de muitas conquistas para a nossa APAE, com muitos projetos importantes sendo aprovados, que já estão trazendo muitos benefícios aos assistidos da APAE, aos munícipes da cidade e as pessoas próximas da região”.

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DA APAE PARA O MERCADO DE TRABALHO

Trabalho desenvolvido pela APAE de São Vicente conta com 30 usuários empregados

nos traz a convicção de que todas as vezes que um jovem encaminhado pela APAE consegue um reconhecimento profissional, ele contribui para solidificar o conceito de eficiência, abrindo as portas para futuras admissões”, explica a coordenadora técnica da APAE de São Vicente, Suely Ribeiro Costa.

PERMANÊNCIA

O trabalho resulta em uma efetiva inclusão social e maior autonomia, além de quebrar preconceitos sobre a capacidade das pessoas com deficiência intelectual atuarem na sociedade.

No dia 24 de julho, a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/1991) completou 31 anos, ferramenta essencial para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. O projeto Inclusão Laboral, da APAE de São Vicente, é exemplo da defesa e garantia desse direito. Iniciado em 2009, o projeto visa capacitar tanto os usuários da instituição para o mercado de trabalho, como as empresas, para receber pessoas com deficiência intelectual em seu dia a dia.

Para garantir assessoria aos contratados e contratantes, a APAE implantou o Programa de Orientação, Monitoramento e Encaminhamento ao Trabalho, que se tornou permanente. Atualmente o projeto conta com a participação de 50 usuários, e 30 deles já estão empregados.

“A inclusão laboral possibilita a construção de novas histórias para contratantes, contratados e famílias, pois além de tratar-se do exercício pleno de um direito, conduz a uma troca de saberes e experiências transformadoras. Fazer parte desse processo, ampliando perspectivas de vida e autonomia,

Segundo a coordenadora, os resultados relativos à permanência no emprego têm sido bastante promissores, com baixo índice de demissão ao longo dos anos. Os jovens inseridos no mercado de trabalho são acompanhados por psicóloga em roda de conversa semanal, com apoio da assistente social. Os temas debatidos tem ênfase em questões voltadas ao sistema laboral e suas peculiaridades.

Suely explica como é o processo de admissão. “Os candidatos são pré-selecionados na APAE e as entrevistas são realizadas por gestores dos estabelecimentos interessados. Posteriormente, o monitoramento é continuo, realizado tanto por funcionários das empresas, engajados e preparados para dar suporte aos trabalhadores incluídos, quanto das profissionais responsáveis pelo Programa”, afirma.

O presidente da APAE de São Vicente, Antonio Iris Mazza, fala da importância do projeto: “A APAE de São Vicente desenvolve um papel muito importante na inclusão no mercado de trabalho, estudando formas mais eficientes de prover a capacitação adequada aos incluídos. Este trabalho é premiado pela quantidade de inseridos e a satisfação do dever cumprido. Ainda falta muito a fazer, melhorar nossa análise de processos produtivos para abrir novas possibilidades de inclusão. Mas acreditamos que estamos no caminho certo”, finaliza o presidente.

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INCLUSÃO ESCOLAR: APAE DE TAQUARITUBA REALIZA

PARCERIA PARA APOIO A ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO

FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL

Atendimentos são realizados no contraturno escolar e atualmente tem 45 alunos beneficiados

Com o objetivo de sanar dificuldades de alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental após o distanciamento social em função da pandemia da COVID-19, a APAE de Taquarituba, em parceria com a Coordenadoria de Educação de Taquarituba, criou o Centro de Apoio à Inclusão Escolar (CAIE), que visa preparar o aluno para desempenhar suas habilidades, utilizando instrumentos de apoio que facilitem seu aprendizado nas aulas regulares.

Antes da pandemia, já contava com o Programa de Estimulação Precoce (Estimular) com crianças até 3 anos. Hoje denominado CAIE, ampliou-se para 25 alunos de 0 a 6 anos da Educação Infantil e 20 alunos do Ensino Fundamental dos anos iniciais. A parceria atende no contraturno as crianças matriculadas na Rede Municipal, encaminhadas pela Coordenadoria Municipal de Educação.

O trabalho que engloba atividades focadas nas necessidades de cada educando também prioriza o desenvolvimento da autonomia na vida diária e escolar, a aprendizagem de atitudes e comportamentos facilitadores da convivência social, bem como o avanço cognitivo aliado ao acesso e ao conhecimento trabalhado em conjunto com família, equipe multidisciplinar e comunidade escolar.

Para que os objetivos da parceria sejam atendidos e que os alunos desenvolvam suas potencialidades, sejam elas educacionais, sejam sociais, uma

equipe multidisciplinar compõe o CAIE. “Nossa equipe é composta, além dos profissionais de apoio, por professores especialistas, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta”, explica Gisele Pereira Rodrigues, diretora pedagógica da APAE de Taquarituba.

“O programa tem tido um retorno importante tanto dos professores e equipe gestora da rede regular, como das famílias que relatam a evolução de seus filhos”, completa a diretora.

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CAPOEIRA ADAPTADA

É UTILIZADA COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM, INCLUSÃO

SOCIAL E TRABALHO CORPORAL

Projeto é uma parceira da APAE de Rosana com a Prefeitura Municipal

Acapoeira combina artes marciais, música, acrobacia e dança na realização de golpes rápidos. Seus benefícios são inúmeros: desenvolve a coordenação motora, a capacidade de raciocínio, o tônus muscular e a quantidade de movimentos aumenta a flexibilidade e a capacidade cardiovascular. Diante de todas essas vantagens, os usuários da APAE de Rosana estão envolvidos nas aulas de capoeira inclusiva, que tem como principal objetivo o desenvolvimento físico, cognitivo e socioafetivo e inclusão cultural e esportiva.

O projeto, desenvolvido em parceria firmada entre a APAE e Prefeitura Municipal de Rosana-SP, por meio da Secretaria de Esportes, Cultura e Turismo, atende todos os usuários da instituição que tenham condição de realizar a prática. A idade mínima é de três anos e vai até aos 60 anos.

A administradora provisória da APAE de Rosana, Orlete Ferraz dos Santos Neves, acredita que a ação trará muitos benefícios para os usuários. “É um excelente facilitador de aprendizagem e abre caminho para as artes, exercita a mente e o corpo, além de proporcionar direito à cidadania”, afirma Orlete.

As aulas acontecem uma vez por semana, com duas horas cada. Os encontros são divididos entre as turmas de usuários. Segundo a professora da APAE, Valeria Pereira de Souza, os ganhos da prática da capoeira pelos usuários são imensos, pois proporcionam conhecimento, visto que a prática é rica em conteúdo histórico e desenvolve o aspecto físico-motor, cognitivo e afetivo, além de afirmar como a capoeira é uma ferramenta de inclusão. “O projeto transmite valores culturais e educacionais através do movimento, arte e música da capoeira”, diz Valeria.

Segundo a APAE, os usuários gostam do projeto, e logo após as aulas, são visíveis a felicidade e a sensação de autonomia e autoconfiança.

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APAE DE BERNARDINO DE CAMPOS DESENVOLVE PROJETO VOLTADO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Aproximadamente 40 usuários foram envolvidos nas atividades de conscientização sobre a importância da preservação ambiental

Éfato que a preservação ambiental é responsabilidade de todo cidadão e que o futuro das novas gerações depende disso. Foi com esse objetivo, de conscientizar sobre a importância do meio ambiente para a sobrevivência

humana, que a APAE de Bernardino de Campos deu início, no primeiro semestre de 2022, ao Projeto Meio Ambiente.

Além disso, a iniciativa da APAE tem como intuito incentivar atitudes voltadas ao desenvolvimento sustentável, despertar valores e ideias de preservação da natureza e senso de responsabilidade com

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as gerações futuras, estimular os usuários para que percebam a importância do homem na transformação do meio em que vive e o que as interferências negativas têm causado à natureza, bem como incentivar mudanças práticas de atitudes, a formação de novos hábitos com relação à utilização dos recursos naturais, entre outros.

ATIVIDADES DO PROJETO

O Projeto Meio Ambiente foi colocado em prática por meio de rodas de conversas sobre a temática, com a utilização de músicas, danças, pinturas, dobraduras, recortes e colagens, apresentação de teatro, leitura de histórias e exibição de filmes sobre educação ambiental e reciclagem.

De forma lúdica, a APAE também realizou uma atividade que, além de despertar para a preservação ambiental, trabalhou os sentidos. “Realizamos

uma proposta muito interessante que veio ao encontro dos atendidos denominada Caixa da Natureza, com elementos naturais como: pedras, diferentes solos, plantas, conchas etc. Foram desenvolvidas situações de percepções táteis e sensoriais com os alunos comprometidos com baixa visão e outras deficiências físicas e motoras”, explica Carmen Terezinha Silva Moreira, diretora escolar da APAE de Bernadino de Campos.

E não parou por aí: as atividades voltadas à conscientização do meio ambiente foram estendidas para além do projeto. “[O projeto] teve início no 1º semestre desse ano e continua sendo alimentado, diariamente, nas propostas do Currículo Funcional Natural, que favorece a autonomia e a mudança de atitude frente as questões ambientais mais próximas das ações individuais e coletivas da comunidade”, finaliza Carmen.

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APAE DE DRACENA COMEMORA 50 ANOS DE FUNDAÇÃO

No dia 27 de abril, a APAE de Dracena completou 50 anos de fundação. A instituição, que atua na causa da pessoa com deficiência intelectual, múltipla e autismo, tem como base princípios que fazem de sua trajetória uma história de amor e respeito ao próximo.

O marco do jubileu de ouro foi motivo de festa para a instituição e, entre os dias 27 e 29 de abril, aconteceram diversas comemorações: homenagens aos ex-presidentes, ex-diretores executivos, ex-diretoras e ex-coordenadoras pedagógicas. O intuito foi celebrar as pessoas que fazem parte da história da APAE de Dracena.

Durante o evento também aconteceu o descerramento da placa do Setor Educacional, cerimônia que contou com a presença de diversas autoridades do município e do movimento apaeano — a presidente da Federação das APAES do Estado de São Paulo, Vera Lúcia Ferreira, e a superintendente da Uniapae-SP, Cristiany de Castro, estiveram presentes.

Os usuários também fizeram parte das comemorações, produziram diversas apresentações referentes aos 50 anos da APAE de Dracena, os grupos de dança, coral e fanfarra foram os responsáveis pelo espetáculo. Ao final, foram servidos a todos os presentes um coquetel e o bolo comemorativo.

“No decorrer desses 50 anos, muitas conquistas foram alcançadas. Juntos, desenvolvemos um trabalho de excelência e comprometimento com a causa apaeana. Os resultados e o reconhecimento do nosso trabalho através dos nossos atendidos vêm nos motivar ainda mais. Nada disso seria possível sem Deus e sem nossos parceiros e colaboradores. A equipe de colaboradores completa nossa família e fortalece nossa causa. O caminho é longo, mas sabemos que somos capazes de ofertar aos atendidos, além de um trabalho de qualidade, um olhar diferenciado! Juntos, estamos construindo uma história de igualdade e de oportunidades para

todos”, afirma o presidente da APAE de Dracena, Paulo Roberto de Mendonça Sampaio.

A APAE

Atualmente, a APAE de Dracena presta atendimento especializado nas áreas da Educação, Saúde e Assistência Social para aproximadamente 216 pessoas.

A missão da APAE é promover e articular ações de defesa e garantia de direitos, prevenção, prestação de serviços e apoio às famílias, para melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência intelectual, múltipla e transtorno do espectro autista e suas famílias.

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PROJETO HORTA DA APAE DE SUZANO INCENTIVA O PLANTIO E ENSINA SOBRE A IMPORTÂNCIA DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS

planejar, transplantar, decidir o que vai fazer com o que colheu, do que semeou. Essas experiencias aos mesmos despertam o interesse pelas atividades e fornecem inúmeros conhecimentos referentes as plantas, hortaliças enriquecendo seu conhecimento, responsabilidade e compromisso”, afirma a diretora geral da APAE de Suzano, Claudinéia Machado.

O projeto está em execução há um ano e meio e é voltado para usuários entre 15 e 29 anos. Os alimentos colhidos na horta são inseridos na dieta diária dos próprios usuários na instituição e nas suas casas. Segundo a diretora, o objetivo do projeto é que eles aprendam, na prática, a importância do plantar, planejar, transplantar e decidir o que fazer com a planta que colheu.

Atualmente, as pessoas estão com uma rotina muito agitada. Contudo pensar em alimentação saudável se tornou necessidade para uma vida com saúde e disposição. Cultivar horta é algo muito importante sob o ponto de vista nutricional. Além de ser uma ótima opção de terapia ocupacional, atua na economia das famílias e até mesmo na manutenção e melhoria da saúde e na prevenção de doenças.

E foi pensando em todos os benefícios que o contato com a terra, o cuidado com as plantas e a alimentação saudável podem trazer, que a APAE de Suzano desenvolve, com os 104 usuários do setor pedagógico da instituição, o Projeto Horta.

“Os usuários aprendem, na prática, temas como nutrientes do solo, a importância do plantar,

“Os ganhos são muitos, eles aprendem a cultivar, a horta estimula o gosto pela alimentação saudável, colaborando para que os mesmos identifiquem os alimentos e saber que este tipo de alimento faz um bem enorme à saúde, pois antes desta horta, muitos de nossos usuários que não consumiam verduras, com o projeto aprenderam a gostar desses alimentos”, explica Claudinéia.

COORDENAÇÃO MOTORA

Além de incentivar a alimentação saudável e o cuidado com as plantas, o Projeto Horta busca promover o desenvolvimento da coordenação motora. Por meio de ações pedagógicas práticas, eles manuseiam os equipamentos e estão em contato com a terra: “Trabalhamos a coordenação motora e o projeto é uma oportunidade de uma socialização, pois eles interagem entre si, trocando conhecimentos”, finaliza a diretora geral.

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Projeto é um instrumento pedagógico que promove atividades de plantio de hortaliças e plantas
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APAE está precisando de recursos??

Então está na hora da sua APAE aderir ao projeto Empresas Parceiras!

A adesão não tem custo e permitirá que a APAE utilize o selo do projeto na captação de empresas locais que irão contribuir com a instituição!

Para aderir, basta entrar em contato com a Camila Archetti

institucional@feapaesp.org.br

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APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 34 CAPA

20ª EDIÇÃO OLIMPÍADASDASESPECIAIS

DAS APAES MOVIMENTOU

CARAGUATATUBA-SP NO MÊS DE JULHO

Realização de diversas modalidades esportivas simultâneas marcou o maior evento esportivo para pessoas com deficiência intelectual e múltipla do estado de São Paulo

Entre os dias 18 e 23 de julho, Caraguatatuba (SP) foi palco da 20ª edição das Olimpíadas Especiais das APAES – Edição Estadual, o maior evento esportivo voltado à pessoa com deficiência intelectual e múltipla do estado de São Paulo: foram cerca de 800 pessoas, entre atletas, técnicos e acompanhantes das APAES. A competição foi promovida pela Federação das APAES do estado de São Paulo (FEAPAES-SP), com o apoio da APAE e da Prefeitura de Caraguatatuba.

A olimpíada teve o intuito de favorecer o desenvolvimento global da pessoa com deficiência intelectual e sua integração na sociedade, por meio da prática esportiva adequada às suas necessidades, bem como a aquisição de experiências que pudessem enriquecer seus conhecimentos e facilitar sua relação com o meio em que vivem, contribuindo, dessa forma, para o exercício da cidadania. Além disso, o evento permitiu que os atletas de várias regiões do Estado competissem, demonstrando suas potencialidades, além de, nessa ocasião, trocarem experiências com outros atletas do Estado.

Foram nove modalidades esportivas: atletismo, basquetebol, futsal, futebol de sete, natação, tênis

de mesa, voleibol adaptado, dama e dominó. Para o coordenador de educação física, desporto e lazer da FEAPAES-SP, o resultado esperado foi atingido.

“Todos os objetivos propostos para o desenvolvimento do evento foram superados e atingidos com destaque ao alto nível de performance dos atletas

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nas nove modalidades esportivas apresentadas”, conta Roberto Soares.

E ainda completa. “Estaremos representando o estado de São Paulo na edição nacional, que acontecerá em dezembro, na cidade de Aracaju, Sergipe”.

De acordo com a presidente da FEAPAES-SP, além das competições, os atletas puderam usufruir de momentos de muita diversão, o que possibilitou novas e alegres experiências. “Além da parte esportiva, proporcionamos atividades culturais e de lazer, passeios, festa de confraternização, cinema, entre outros, e para isso contamos com grandes parceiros”, detalhou Vera Lucia Ferreira.

CERIMÔNIA DE ABERTURA

A FEAPAES-SP, a APAE e a Prefeitura de Caraguatatuba realizaram, na noite do dia 18, no Centro Esportivo Ubaldo Gonçalves (CEMUG), a cerimônia que marcou a abertura da 20ª edição das Olimpíadas Especiais das APAES do Estado de São Paulo com a presença de autoridades, usuários e membros do movimento apaeano de várias partes do país.

Dentre os presentes estavam Vera Lucia Ferreira, presidente da FEAPAES-SP; Cristiany de Castro, diretora social e secretaria-executiva da Frente Parlamentar Mista em Defesa das APAES e Pestalozzis; Sonia Maria Vitor, presidente da APAE Caraguatatuba; José Ernesto Ghedin Servidei, vice-prefeito de Caraguatatuba; Aracélia Costa, da Secretaria da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, representando o governador Rodrigo Garcia; Afonso Tochetto, presidente da FEAPAESRS; Fatima Godoy, representando o presidente da APAE Brasil, José Turozzi; e Rita de Cássia Leal e Wellington Clementino, autodefensores estaduais da FEAPAES-SP.

Na ocasião, o público prestigiou a entrada das 16 delegações que competiram no evento, o acendimento da tocha olímpica, a apresentação do Grupo Ciganas Lorenzei – Quero Bailar, da Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (Fundacc), a apresentação de dança dos alunos da APAE de Caraguatatuba, com o tema “A Criação do Mundo”, e no encerramento da noite ainda teve a banda de Caraguatatuba, The Duke.

37 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29

APÓS DOIS ANOS, FEAPAES-SP REALIZA ABERTURA DO SETEMBRO VERDE DE FORMA PRESENCIAL E MOVIMENTA NOVA ODESSA

Solenidade contou com a presença de diversas autoridades, palestrantes e apresentações

Aconteceu no dia 31 de agosto a cerimônia de abertura da campanha Setembro Verde, no estado de São Paulo. Neste ano, o evento voltou ao formato presencial e foi realizado no Le Velmont Espaço & Gastronomia, na cidade de Nova Odessa-SP, e contou com a presença das APAES do estado, autoridades, parceiros, entidades e de toda a comunidade que apoia a causa.

A campanha teve início em 2015, na APAE de Valinhos-SP, e foi instituída pela Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP), com o objetivo de tornar o mês de setembro referência na luta pelos direitos e inclusão social da pessoa com deficiência.

Entre as autoridades presentes, estiveram a presidente da FEAPAES-SP, Vera Lucia Ferreira; Cristiany de Castro, diretora social da FEAPAES-SP; Marcio Alvino, deputado federal; Luís Roberto Roson, presidente da APAE Valinhos; Cláudio José

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Schooder, prefeito de Nova Odessa; Elvis Ricardo Maurício Garcia, presidente da Câmara Municipal de Nova Odessa; João Edmilson, presidente da APAE de Nova Odessa; Rita de Cássia, autodefensora estadual; Nilson Alves Ferreira, vice-presidente da APAE Brasil; Benjamin Bill Vieira de Souza, que representou o governador Rodrigo Garcia.

Neste ano de 2022, o intuito é envolver novamente a população em atividades voltadas à inclusão social e dar maior visibilidade à causa da pessoa com deficiência. “Ainda hoje, infelizmente, vivemos em uma sociedade que discrimina as pessoas com deficiência. A campanha Setembro Verde nasceu para conscientizar a população sobre a importância da inclusão social das pessoas com deficiência e mostrar que eles, assim como qualquer ser humano, têm o direito de ocupar todos os espaços”, explica a presidente da FEAPAES-SP, Vera Lucia Ferreira.

O presidente da APAE Valinhos, Luís Roberto Roson, lembra que o Setembro Verde foi uma ideia que nasceu em Valinhos e tem um grande objetivo:

“É o olhar para a pessoa com deficiência, trabalhar para quebrar barreiras e, principalmente, mostrar para a sociedade o quanto foi conquistado e o quanto ainda é preciso avançar”, afirma.

O evento de abertura contou com palestra da artista plástica Maria Goret Chagas, e do promotor

de justiça, Dr. Fernando Gaburri, além de entrada dos autodefensores de Nova Odessa com as bandeiras da Campanha Setembro Verde e APAE de Nova Odessa, apresentação do Catavento Brasil Produções, com a participação dos usuários da APAE de Nova Odessa e apresentação dos usuários da APAE de Mogi Mirim.

NAS APAES

Na expectativa de atingir o maior número de pessoas, a FEAPAES/SP lança, todos os anos, o calendário oficial com atividades visando à inclusão social. Neste ano, foi proposto que as APAES e demais instituições realizem do dia 1º a 7: caminhada da inclusão; do dia 8 a 14: plantio de árvore; do dia 15 a 21: carreata da inclusão; do dia 22 a 30: dança na praça.

No dia 21 de setembro, a APAE de Itaberá fez diferente. Em vez de plantar árvores na instituição, fez um pedágio e doou mais 200 mudas de árvore para a população do município. A doação foi realizada pelos usuários da APAE em uma importante avenida da cidade. “O pedágio que ofereceu mais de 200 mudas, milhares de sorrisos e oportunidades de reflexão para todos que ali passaram. A contagiante alegria dos usuários da APAE Itaberá se espalhou pela Avenida Prefeito Carlos Rodrigues dos Santos”, explica Adriana Aparecida Nunes, diretora da APAE de Itaberá.

39 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29

FEAPAES-SP RECEBE PRÊMIO MELHORES ONGS DO BRASIL PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO A

Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) foi eleita entre as 100 melhores ONGs do Brasil em 2022 e recebeu o Prêmio Melhores ONGs no dia 25 de novembro, em São Paulo.

Fundada em 1993, a FEAPAES-SP, sediada em Franca (SP), vem desenvolvendo um trabalho importante de defesa e garantia de direitos das pessoas com deficiências. Responsável pelo assessoramento das 308 APAES, a entidade foi eleita como uma das 100 melhores ONGs do país pelo segundo ano consecutivo. A premiação é realizada pelo Instituto Doar em parceria com O Mundo Que Queremos e tem apoio da Ambev.

Para figurar entre as 100 primeiras, haja vista que no Brasil há mais de 800 mil ONGs, as instituições precisaram comprovar algumas práticas de gestão, governança, sustentabilidade e transparência. “Esse reconhecimento mostra, pela segunda vez consecutiva, a seriedade do nosso trabalho em tornar a vida de milhares de pessoas com deficiência mais justa e igualitária. Continuaremos atuantes

em nossa causa, com a transparência e o profissionalismo de sempre”, ressalta Vera Lucia Ferreira, presidente da FEAPAES-SP.

Segundo Vera, o resultado confirma que movimento apaeano paulista está no caminho certo nas defesas realizadas. “Travamos várias lutas em 2022 para garantir que direitos fossem mantidos. Precisamos dessa visibilidade dada pelo Prêmio Melhores ONGs, pois comprovamos nossa credibilidade e nosso compromisso com a causa”.

A diretora social da FEAPAES-SP, Cristiany de Castro, também salienta a importância desse reconhecimento. De acordo com ela, o Prêmio Melhores ONGs tem se consolidado como a principal referência no reconhecimento às organizações da sociedade civil do país, sendo um norteador importante para pessoas e empresas que buscam investir em projetos sociais. “Infelizmente, no Brasil não temos a cultura da doação, muitas vezes pela falta de confiança de que essas organizações não irão gerir corretamente os recursos. O Prêmio Melhores ONGs mostra que essas organizações do Terceiro Setor têm uma gestão sólida, bem organizada e transparente”, finaliza a diretora social da FEAPAES-SP, Cristiany de Castro.

40 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 FEAPAES EM REVISTA

TRANSPARÊNCIA: FEAPAES-SP REALIZA REUNIÃO

COM APAES E HIPER CAP LITORAL PARA APRESENTAR AS AÇÕES E OS NÚMEROS DA PARCERIA

AFederação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) realizou, no dia 18 de agosto, na cidade de Santos (SP), uma reunião com as APAES localizadas na área de venda do título de capitalização Hiper Cap Litoral, com o objetivo de fortalecer e promover a transparência da parceria com os títulos de capitalização que beneficiam as APAES.

Compareceram ao evento o empresário e diretor do Hiper Cap Litoral, Antônio Aparecido Galli, e membros do movimento apaeano: Nilza Ribeiro Fernandes Afonso, conselheira do Litoral Sul e que, na ocasião, representa Vera Lucia Ferreira, presidente da FEAPAES-SP; Sayma Pimentel Zeraik Viduedo, representando o Conselho do Vale do Paraiba, beneficiado pelo Vale Cap; Márcio Alvino, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa das APAES; e Cristiany de Castro, diretora social da FEAPAES-SP.

Nessa reunião, foram apresentados os repasses e as ações desenvolvidas pelas APAES beneficiadas e as ações realizadas pela FEAPAES-SP financiadas com recursos do título, bem como o Fundo de Projetos, o qual permite que as APAES paulistas coloquem em prática planos de trabalhos de até R$20 mil.

Os recursos oriundos do Hiper Cap Litoral são fundamentais para as APAES, pois são revertidos em ações na área da assistência social, saúde e educação, com maior intuito de melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência intelectual,

múltipla e autistas, além de promover a dignidade, inclusão social e o respeito.

A presidente da FEAPAES-SP, Vera Lucia Ferreira, destacou que reuniões como essas são fundamentais para apresentar os resultados alcançados com a parceria. “Essa transparência traz ainda mais motivação para o parceiro continuar oferecendo o apoio. Temos que pensar nos parceiros como embaixadores da nossa marca, fortalecendo a relação e criando um network que traga consistência a relação”, destacou a presidente.

Além dos representantes da FEAPAES-SP, das APAES beneficiadas e do Hiper Cap Litoral, foram convidados para participar do encontro os representantes comerciais, responsáveis pela comercialização dos títulos nos pontos de vendas.

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SESI FRANCA BASQUETE E BAURU BASKET SE UNEM EM AÇÃO EM PROL DO SETEMBRO VERDE

Jogo da Inclusão reuniu os times rivais e atletas das APAES de Bauru e Franca em defesa da causa da pessoa com deficiência

No dia 4 de setembro, aconteceu em Franca–SP, pelo Campeonato Paulista de Basquete, a partida do clássico do basquetebol brasileiro entre Sesi Franca Basquete e Bauru Basket, e os rivais em quadra se uniram em prol da causa da pessoa com deficiência.

O jogo celebrou a Campanha Setembro Verde e diversas ações foram realizadas para conscientização da importância da inclusão social. O objetivo da iniciativa da Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) foi de mobilizar as torcidas dos dois times e transmitir a mensagem da inclusão social por meio do esporte.

Antes do clássico, os jogadores de ambos os times gravaram um vídeo apoiando a campanha e falando da importância da inclusão social das pessoas com deficiência, ambos os vídeos estão disponíveis na página da FEAPAES-SP no Instagram, você pode acessar no QR Code ao final da página.

JOGO

O público que compareceu ao Ginásio Poliesportivo Pedro Morilla Fuentes, o Pedrocão, e quem assistiu pelo canal no YouTube do Sesi Franca Basquete pôde ver o quão benéfica é uma sociedade mais inclusiva.

Durante o aquecimento, os jogadores de ambos os times vestiram os uniformes da campanha e, ao longo da partida, as mascotes do Sesi Franca Basquete animaram o público vestindo verde. O intervalo foi marcado por um show de inclusão: usuários da APAE de Franca e as líderes de torcidas oficiais do time francano foram responsáveis por animar o público; logo após, o público vibrou com o jogo emocionante entre os times de basquete das APAES de Franca e Bauru.

Antes da partida, o jogador da APAE de Bauru, José Francisco Mendes dos Santos, falou um pouco sobre a expectativa para o jogo: “O importante é a gente tentar a vitória, mas, se não conseguirmos, pelo menos nós tentamos, desejo boa sorte para todos”. O jogador da APAE de Franca, Jefferson, também falou sobre a partida. “Minha expectativa é imensa de representar Franca, ainda mais contra Bauru, estamos juntos”.

O Pedrocão, templo do basquete brasileiro, também recebeu iluminação verde, que foi reforçada pelos torcedores, que acenderam os flashes de seus celulares com adesivo verde.

De acordo com a presidente da FEAPAES-SP, Vera Lucia Ferreira, essa ação foi muito importante para ampliar o alcance da campanha. “Ficamos muito gratos pelo espaço que tivemos, meu muito obrigada ao Sesi Franca Basquete e ao Bauru Basket, por terem abraçado a nossa causa e lutado ao nosso lado para levar a toda a comunidade a importância da inclusão social da pessoa com deficiência e mostrar que ela é possível, só depende de nossas atitudes no dia a dia, cada um pode fazer sua parte”, finaliza Vera.

43 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29
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PRESIDENTE DA FEAPAES-SP PARTICIPA DE REUNIÕES

NOS CONSELHOS LEVANDO AS DEMANDAS E ORIENTAÇÕES

defesas que têm sido realizadas em prol da rede apaeana paulista, com o intuito de alinhar o discurso e colher informações que agreguem nos pleitos. “O objetivo das visitas é de conhecer a realidade de cada entidade, levar experiências e proporcionar a troca de conhecimento, para melhor atender as pessoas com deficiências, que são o público do movimento apaeano. Além disso, esses encontros são fundamentais para alinhar nossas defesas e orientar a importância da profissionalização dos serviços prestados por todas as APAES do Estado”, explica.

Apresidente da Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP), Vera Lucia Ferreira, com o intuito de levar as demandas e os pleitos da FEAPAES-SP, fazer orientações técnicas e ouvir as famílias, cumpriu, nos meses de agosto e setembro, uma agenda que abarcou diversas reuniões nas APAES sedes dos Conselhos de Administração da Federação.

Nas ocasiões, a presidente orientou os presidentes e demais membros das diretorias sobre as

Outro ponto importante das reuniões são as orientações às equipes técnicas das APAES, um momento de troca de experiência importante, haja vista que a presidente acumula mais de 24 anos de experiência na rede. “Essa troca é muito produtiva e enriquecedora, tendo em vista que, muitas vezes, os problemas são comuns e, enquanto rede, temos o privilégio e podemos usufruir desse networking”, destaca Vera.

E não para por aí, para contribuir para o fortalecimento da família e reforçar a sua importância para a melhor qualidade de vida da pessoa com deficiência, mães, pais e cuidadores também participaram dos encontros. “A família é o primeiro espaço de socialização da pessoa com deficiência e, por isso, desempenha um papel importante no desenvolvimento dessas pessoas, por isso precisam conhecer seus direitos, serem empoderadas para que também lutem pela aplicação das políticas públicas voltadas aos PCDs”, finaliza Vera.

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De acordo com a presidente, visitas e contato com as famílias são ações essenciais para o fortalecimento da rede
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Reunião no Conselho do Rio Turvo

FUNDO DE PROJETOS: 50 APAES TÊM PROJETOS APROVADOS

NO

CICLO 12 E COLOCAM EM PRÁTICA SUAS INICIATIVAS SOCIAIS

O12º ciclo do Fundo de Projetos, uma iniciativa da Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) — em parceria com os títulos de capitalização Vale Cap e Hiper Cap Litoral —, que patrocina projetos das APAES do Estado de até R$20 mil, contribuiu para que mais 50 APAES colocassem em prática suas iniciativas e, com isso, aperfeiçoassem o atendimento prestado a centenas de pessoas com deficiência e suas famílias.

O Edital 09/2022 foi publicado no dia 8 de agosto de 2022 e disponibilizou R$ 1 milhão para contemplar até 50 projetos de até R$ 20 mil. Foram aprovadas 102 APAES para a segunda fase, e destas, 89 tiveram seus projetos deferidos e se tornaram elegíveis para o sorteio que antecedeu a terceira etapa do edital. Das APAES concorrentes, seis estavam na lista de prioridade e foram aprovadas compulsoriamente. As demais participaram do sorteio, concorrendo as 44 vagas restantes.

A APAE de Cerqueira César foi uma das contempladas e utilizou os recursos do Fundo de Projetos para fazer a adequação do refeitório da instituição. O plano de trabalho apresentado prevê a compra de 12 mesas adultos, 2 mesas infantis, 48 cadeiras adultos e 8 cadeiras infantis, totalizando o valor de R$20.880,00, sendo de R$880,00 a contrapartida da APAE.

Já a APAE de Auriflama teve aprovado o projeto Macacões Terapêuticos. O uso do macacão

terapêutico ortopédico combinado com o protocolo de terapia intensiva tem como objetivo focar no desenvolvimento motor, no reforço muscular, na resistência, flexibilidade, equilíbrio e coordenação. Os elementos chaves desta terapia são os protocolos PediaSuit e as gaiolas.

Segundo Vera Lucia Ferreira, presidente da FEAPAES-SP, o Fundo de Projetos é uma iniciativa bem-sucedida, que tem permitido que as APAES implementem diversos projetos que visam a qualidade de vida, inclusão social e autonomia dos usuários. “A cada novo ciclo, percebemos o quanto esse recurso vindo do Fundo de Projetos é fundamental para que as APAES coloquem em prática suas ações voltadas a tornar a vida da pessoa com deficiência e de suas famílias melhor, garantindo a eles um maior protagonismo na sociedade”, explica.

45 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29
Todas as APAES que não foram contempladas nos dois últimos editais puderam participar da seleção
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APAE de Cerqueira César foi uma das contempladas no Fundo de Projetos

CONGRESSO CIENTÍFICO ONLINE

DA FEAPAES-SP ATRAIU MAIS DE 540 PROFISSIONAIS EM QUATRO DIAS DE EVENTO

OCongresso Científico Online da FEAPAES-SP, realizado pela Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) e pelo Instituto de Ensino e Pesquisa UNIAPAE-SP, entre os dias 22 e 25 de agosto, teve como tema: os desafios para a inclusão social da pessoa com deficiência intelectual, múltipla e autismo na atualidade. O evento atraiu 548 profissionais do terceiro setor das áreas de assistência social, educação, saúde e gestão; docentes e discentes de universidades e institutos de pesquisa e gestores de políticas públicas.

Os temas relevantes despertaram o interesse de estudiosos de Moçambique e de 16 Estados brasileiros. “Ficamos satisfeitos com o feedback dos nossos inscritos, que aprovaram os temas propostos e, com certeza, todos esses ensinamentos refletirão na qualidade de vida de milhares de pessoas

com deficiências”, afirma Denise Costa, professora doutora em serviço social e coordenadora do UNIAPAE-SP.

Além de contar com a expertise da FEAPAES-SP, o congresso ainda tem o apoio da Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” (Unesp) e, com isso, visa incentivar estudos, pesquisas e discussões acadêmicas voltadas ao universo da pessoa com deficiência. “Há alguns anos, a FEAPAES-SP busca participar de estudos acadêmicos voltados à pessoa com deficiência. Nesse sentido, o Congresso Científico vem, ano a ano, se firmando como um importante espaço de difusão do conhecimento e de debate acerca da importância da inclusão social da pessoa com deficiência”, explica a superintendente do UNIAPAE-SP, Cristiany de Castro.

Para Vera Lucia Ferreira, presidente da FEAPAES-SP, o Congresso tem papel fundamental no aprimoramento dos serviços prestados pelas

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Os desafios para a inclusão social da pessoa com deficiência intelectual, múltipla e autismo foi o tema abordado na edição
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APAES, pois incentiva o estudo e a pesquisa por parte dos profissionais que atuam nas organizações. “Importante ressaltarmos que o congresso permite o aperfeiçoamento dos profissionais que prestam o atendimento às pessoas com deficiências, sem dúvida uma ferramenta importante de ampliação do conhecimento e também de fomento às discussões em prol dessas pessoas”, explica a presidente.

PROGRAMAÇÃO

A palestra A importância do Entorno Social para a Inclusão, ministrada pelo professor e doutor Sadao Omote, abriu os quatro dias de evento. No dia 23, A defesa e garantia de direitos humanos da pessoa com deficiência e seus impactos na inclusão social , com o professor e doutor Fábio Alexandre Gomes; no dia 24, A importância do diagnóstico e prevenção como fator de Inclusão Social , com o professor e doutor João Monteiro

de Pina Neto; e no encerramento, que aconteceu dia 25, A Linguagem, comunicação e aprendizagem no TEA e DI , com a professora e doutora Mara Monteiro.

Além das palestras, os inscritos tinham a opção de submeter artigos, o que resultou em 31 artigos aprovados, sendo que destes 25 irão compor o anais do evento e seis irão compor a Revista APAE Ciência.

E, para completar a gama de conhecimento oferecido pelo congresso, foram realizadas duas mesas redondas, sendo uma voltada à área da saúde, com o tema A música e os benefícios no desenvolvimento dos autistas, e outra à área da assistência social, com a temática Cuidar do cuidador da pessoa com deficiência, como ferramenta de inclusão social: breves ponderações.

“Com certeza, foram momentos de discussões importantes em prol do fortalecimento da luta pelas pessoas com deficiências”, finaliza Vera.

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FEAPAES-SP LANÇA

PARCERIA COM OS CORREIOS

PARA ARRECADAR RECURSOS PARA APAES PAULISTAS

“SABEMOS

PANDEMIA, E A FEAPAES-SP NÃO TEM MEDIDO ESFORÇOS PARA OFERECER AS NOSSAS FILIADAS, NOVAS FORMAS DE ARRECADAREM RECURSOS E, ASSIM, MANTEREM OS ATENDIMENTOS A MILHARES DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

E SUAS FAMÍLIAS”

- Vera Lucia Ferreira, presidente da FEAPAES-SP -

Por meio da parceria, o cliente dos Correios poderá fazer sua doação para a APAE da respectiva cidade em que se encontra a agência. A doação mínima será de R$5, que serão revertidos para a APAE a partir de relatório emitido pelas agências arrecadadoras.

Para aderir à campanha, as APAES precisam assinar o termo de parceria, disponibilizado no acesso restrito do site da FEAPAES-SP. Em seguida, ficam responsáveis por fazer o planejamento e a divulgação on-line e off-line, utilizando as peças produzidas pela FEAPAES-SP, com aprovação do Correios. Cada APAE também será responsável por entrar em contato com a agência de sua cidade para informá-la sobre os serviços prestados pela instituição, o número de pessoas nela atendidas e o impacto social que a instituição realiza no município.

o dia 12 de setembro, a Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) lançou com os Correios, a parceriaCorrente do Bem. O objetivo é arrecadar recursos financeiros para as APAES paulistas — que atualmente atendem mais de 70 mil pessoas com deficiências de forma direta e 300 mil, considerando as famílias — de forma simples e segura por meio de doações realizadas nas agências dos Correios.

Para Vera Lucia Ferreira, presidente da FEAPAES-SP, novas formas de captação de recursos são fundamentais para as APAES, principalmente no pós-pandemia. “Sabemos que muitas parcerias foram perdidas em função da pandemia, e a FEAPAES-SP não tem medido esforços para oferecer às nossas filiadas novas formas de arrecadarem recursos e, assim, manterem os atendimentos a milhares de pessoas com deficiências e suas famílias”, explica Vera.

Mais informações sobre como aderir à campanha podem ser consultadas com Camila Archetti, por meio do e-mail: institucional@feapaesp.org.br

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A parceria Corrente do Bem tem o objetivo de arrecadar recursos para as APAES paulistas, que, juntas, atendem mais de 70 mil pessoas com deficiências
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FEAPAES
QUE MUITAS PARCERIAS FORAM PERDIDAS EM FUNÇÃO DA
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Projeto Basis tem como objetivo capacitar gestores de iniciativas de impacto social. Participaram integrantes das APAES de 23 cidades do estado de São Paulo.

Com o objetivo de capacitar os gestores das APAES paulistas, a Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) ofertou, por meio da Fundação Dom Cabral, a capacitação Basis, que teve o seu encerramento no último dia 27 de outubro, em São Paulo. A capacitação teve início em janeiro 2022 e aconteceu em 7 módulos, que incluíram 14 workshops e 1 live Participaram representantes de 22 APAES, sedes dos Conselhos de Administração da FEAPAES-SP, braços administrativos da instituição estadual, bem como a APAE de Jaguariúna.

O Programa de Capacitação Basis tem o intuito de clarear a visão dos gestores acerca do impacto social gerado, desenvolver a visão sistêmica e capacitar os gestores para implementação de ferramentas gerenciais e definição e/ou melhoria

de processos internos. Além disso, pretende criar e ampliar a rede de relacionamentos e o capital social entre os gestores e seus stakeholders, bem como qualificar o relacionamento das organizações sociais com seus apoiadores.

APAES PARTICIPAM DE EVENTO DE ENCERRAMENTO DE CAPACITAÇÃO DA FEAPAES-SP EM PARCERIA COM A FUNDAÇÃO DOM CABRAL O

Para a presidente da FEAPAES-SP, Vera Lucia Ferreira, a capacitação é fundamental para o aprimoramento das APAES no que diz respeito aos fundamentos de governança e gestão. “A capacitação Basis, ofertada por uma das maiores escolas de negócios do país, a Fundação Dom Cabral, é essencial para que as APAES obtenham os melhores resultados no quesito gestão e busquem, assim, a sustentabilidade das organizações”, declara.

Além da capacitação, foram feitos um diagnóstico individual de cada organização e um alinhamento sobre o perfil do participante em uma reunião on-line. “Além da capacitação ofertada no decorrer do ano, as APAES puderam identificar nos diagnósticos pontos importantes de melhoria e aperfeiçoamento”, completou a diretora social da FEAPAES-SP e superintendente do UNIAPAE-SP, Cristiany de Castro.

50 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 FEAPAES EM REVISTA

REPRESENTANTES DO ESTADO DE SÃO

PAULO PARTICIPAM DO 5º ENCONTRO

NACIONAL DE AUTOGESTÃO E

AUTODEFENSORIA E DO 2º ENCONTRO

NACIONAL DE FAMÍLIA

Evento foi realizado pela Federação Nacional das APAES em Brasília

Entre os dias 22 e 24 de agosto, em comemoração à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, a Federação Nacional das APAES (FENAPAES) promoveu o 5º Encontro nacional de Autogestão e Autodefensoria e o 2º Encontro Nacional de Família em Brasília-DF, eventos que contaram com a participação de representantes da Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP), a fim de promover debates em prol da causa da pessoa com deficiência.

Participaram dos eventos a técnica especializada em assistência social da FEAPAES-SP, Aline Lima, o autodefensor estadual, Wellington Clementino, a coordenadora estadual de família, Sirlene Almeida, e o acompanhante do Wellington, Ricardo Guimarães, professor de educação física da APAE de São Vicente.

O 5º Encontro Nacional de Autogestão e Autodefensoria teve o tema “superar barreiras para garantir a inclusão” e reuniu os autodefensores estaduais de todo o Brasil para debater temas como educação, saúde, assistência social, emprego e renda e vida afetiva e sexual.

ENCONTRO DE FAMÍLIAS

O 2º Encontro Nacional de Família reuniu representantes das famílias de todo o Brasil e foi um momento importante para apresentar o documento

norteador de trabalho. “O empoderamento das famílias é muito importante, pois elas têm de entender que fazem parte da APAE e precisam estar juntas com os técnicos para que o trabalho seja cada vez melhor”, afirma Sirlene Almeida, que complementa, “o evento foi um marco para as nossas vidas enquanto coordenadoras, pois é um documento norteador e é importante nos capacitarmos”, finaliza a coordenadora estadual de família.

O evento contou com diversas palestras e oficinas sobre deficiência, trabalho das APAES, políticas públicas e o protagonismo e participação das famílias no movimento apaeano. As diretrizes do encontro nacional serão trabalhadas com as famílias das APAES paulistas por meio das coordenadorias estadual e regional.

51 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29
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APAE DE CACHOEIRA PAULISTA REVITALIZA

ESPAÇO COMPARTILHADO DA INSTITUIÇÃO VIA FUNDO DE PROJETOS

Recursos do Vale Cap financiaram a troca do forro, uma nova pintura para o espaço e a instalação de ventiladores e de um portão

53 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29
VALE CAP

Um ambiente conservado, bem estruturado limpo e organizado favorece o desenvolvimento, o aprendizado e a interação social. Por isso, é fundamental que os ambientes das APAES estejam sempre adequados, pois são espaços que visam promover mais qualidade de vida para as pessoas com deficiência.

O desgaste temporal da infraestrutura é inevitável e os custos para a manutenção são altos. Para isso, uma das possibilidades de financiamento do Fundo de Projetos, plataforma de financiamento da Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) de iniciativas das APAES paulistas, é a reforma e/ou construção de espaços na instituição para ofertar um atendimento de excelência.

Pensando no bem-estar dos usuários, famílias e colaboradores, a APAE de Cachoeira Paulista solicitou a reforma do espaço compartilhado da instituição, área na qual exposição de trabalhos, apresentações artísticas, capacitações, eventos sociais, reuniões com as famílias e campanhas de conscientização são realizados. Segundo a assistente social da APAE de Cachoeira Paulista, Fátima de Almeida Ribeiro, a situação do espaço inviabilizava a realização dessas ações.

“Nosso objetivo está sendo fazer reformas na APAE, pois por muito tempo, cerca de 30 anos desde sua fundação, não conseguimos recursos para realizarmos as reformas para adequar o ambiente, o mais urgente foi o pátio, onde as atividades, físicas, brincadeiras e reunião de pais são realizadas. O espaço era chão em contrapiso irregular, telhas Eternit, muito quente, enfim, estavam precárias. Hoje, podemos realizar as atividades propostas com mais dignidade aos usuários e familiares. Nós, funcionários, com satisfação agradecemos”, afirma Fátima.

Foram solicitadas a troca do forro, uma nova pintura e a instalação de ventiladores e de um novo portão, com objetivo de oferecer a todos os usuários e familiares um ambiente de qualidade, prazeroso e com dignidade.

O projeto foi posto em prática e, em março de 2020, foi finalizado. Desde então, o espaço está sendo muito utilizado. Neste ano foram realizadas as comemorações de Dia das Mães e a tradicional Festa Junina.

54 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29

“OS DIREITOS DAS PESSOAS COM

DEFICIÊNCIA, SE BEM ANALISADOS, SÃO EXATAMENTE OS MESMOS

DAS PESSOAS SEM DEFICIÊNCIA”,

DIZ FERNANDO GABURRI

Segundo Gaburri, as instituições que atendem as pessoas com deficiência devem compreender e potencializar as habilidades das pessoas que eles assistem, para que se tornem pessoas que no futuro também possam influenciar na vontade política

APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 55
ENTREVISTA

Mesmo antes da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e da Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência, a Constituição Federal de 1988 já abordava muitos desses direitos que defendem as duas normativas mais recentes. Passados mais de 35 anos, a inclusão social, de fato, não foi completamente concretizada e tirada do papel. É o que afirma Fernando Gaburri, pessoa com deficiência visual e que tem um longo currículo na área jurídica e acadêmica.

Fernando Gaburri é graduado em Direito pelo Instituto Vianna Junior, mestre em Direito Civil Comparado pela PUC-SP (2008), doutor em Direitos Humanos pela USP (2015), especialista em Direito Previdenciário pela UERN (2019), promotor de justiça do Ministério Público da Bahia, professor de Direito Civil da UERN e professor convidado em cursos de pós-graduação, 2º vice-diretor da Comissão da Pessoa com Deficiência do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), diretor da região nordeste da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (AMPID) e ex-procurador do Município de Natal.

Leia a entrevista.

Dr., nos explique primeiramente o que são os direitos das pessoas com deficiência e qual a importância desses direitos?

Os direitos das pessoas com deficiência, se bem analisados, são exatamente os mesmos das pessoas sem deficiência. Hoje, nós temos uma gama de leis que visam fazer com que haja uma maior conscientização e concretização desses mesmos direitos, que são os direitos da igualdade, o direito a ter uma família, o direito a ter um trabalho, a uma educação de qualidade, a uma previdência em uma idade mais avançada, etc.

O Brasil tem uma legislação muito rica de defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Contudo, o senhor acredita que ainda falta tirá-las do papel?

Muitas das leis que nós temos hoje já dão uma concretude maior em comparação ao que tínhamos antes, eu posso citar a Lei Brasileira de Inclusão e a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Mas, antes dessas leis já

tínhamos outras várias que na sua dicção, no seu texto, no papel já concretizavam muitos desses direitos que estão hoje na Lei Brasileira de Inclusão e na Convenção da ONU. Mas, essas duas, que nós chamamos de “Leis que pegaram”, têm sua importância como fonte de conscientização das pessoas e que têm avançado, sim, na concretização dos direitos das pessoas com deficiência, embora ainda haja muito a se avançar.

Dr., na sua opinião, a inclusão social ainda é um desafio na atualidade?

Penso que sim. É um caminho que estamos seguindo, mas ainda é um desafio a ser superado, porque incluir não é trazer a pessoa com deficiência para próximo das outras pessoas, é dar a ela oportunidade de também fazer as mesmas atividades, participar dos mesmos momentos de lazer, dos momentos de educação ou de reflexão, enfim, é muito mais do que chamar para a festa, é possibilitar que ela possa dançar com os demais convidados.

A inclusão social precisa acontecer em todos os espaços, seja na educação, no mercado de trabalho, no acesso à cultura, entre outros. Onde a inclusão encontra mais resistência?

Acredito que nesses três aspectos da vida social a inclusão encontra dificuldade. Encontra dificuldade na educação, devido ao despreparo dos profissionais de educação e, até mesmo, do ambiente escolar, da estrutura do prédio; no trabalho, muitas vezes, os empregadores não conseguem compreender a potencialidade da pessoa com deficiência; e também, muitas vezes, o lazer não proporciona à pessoa com deficiência o mínimo de acessibilidade, seja do ponto de vista arquitetônico, do prédio em si, ou até mesmo do conteúdo do entretenimento que está sendo disponibilizado para as pessoas com e sem deficiência.

A acessibilidade nas cidades brasileiras ainda deixa a desejar. Qual o olhar que as autoridades devem ter para esse problema?

Pergunta importante! A Constituição de 1988 disse que todos os logradouros públicos e prédios públicos ou privados de utilização pública, bem como os transportes públicos, deveriam se adequar à acessibilidade das pessoas com deficiência. Depois disso, nós tivemos algumas leis em 2000 (10.048 e

APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 56

“INCLUIR NÃO É TRAZER A PESSOA COM DEFICIÊNCIA PARA PRÓXIMO

DAS OUTRAS PESSOAS, É DAR A ELA OPORTUNIDADE DE TAMBÉM

FAZER AS MESMAS ATIVIDADES, PARTICIPAR DOS MESMOS MOMENTOS DE LAZER, DOS MOMENTOS DE EDUCAÇÃO OU DE REFLEXÃO, ENFIM, É MUITO MAIS DO QUE CHAMAR PARA A FESTA, É POSSIBILITAR QUE ELA

POSSA DANÇAR COM OS DEMAIS CONVIDADOS.”

10.098), que versavam sobre o mesmo tema; hoje, já se passaram quase três décadas e meia de vigência da Constituição e nós percebemos que muitas dessas promessas que estão na Constituição desde o seu início, em 5 de outubro de 88, ainda não foram concretizadas. Então, é preciso que o poder público, os representantes do povo que estão no poder, se conscientizem e busquem ouvir as pessoas com deficiência, para mudar essa realidade.

Hoje, qual a sua maior dificuldade enquanto pessoa com deficiência?

Talvez a minha maior dificuldade seja convencer as pessoas sem deficiência de que posso fazer, com qualidade e eficiência, aquilo que me proponho a fazer.

Qual mensagem o senhor deixaria para os dirigentes das organizações que trabalham

na defesa das pessoas com deficiência, assim como as APAES?

A mensagem que eu deixo é que cada uma dessas instituições, cada um desses dirigentes, deve compreender e potencializar as habilidades das pessoas que eles assistem, das pessoas que procuram pelos seus serviços, para que elas possam, no futuro, se tornar cidadãos de bem, pessoas que possam influenciar na vontade política do país, seja como servidor público, seja como titular de mandato eletivo.

E, para finalizar, qual mensagem deixaria para as pessoas com deficiência?

A mensagem que eu sempre deixo é que as pessoas devem acreditar nos seus sonhos e buscar a sua concretização! Dificuldades haverá para todos, sejam pessoas com ou sem deficiência. Diante das dificuldades, poucos são os que persistem. Mas, a maioria dos que persistem alcança.

APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 57

PLANEJAMENTOS, VOCÊ E SUA ORGANIZAÇÃO TÊM TEMPO PARA ELES?

Como têm sido resolvidas as adversidades que surgem no dia a dia dentro da sua organização? A expressão “apagar fogo” tem se tornado uma rotina? A operação do dia a dia consome todo o tempo e faz com que o mínimo planejado não se consolide?

Saiba que muitos dos problemas a serem superados ocorrem pela falta de estruturação de planejamentos aliada à ausência de processos estruturados e de uma cultura organizacional frágil.

Ao falarmos sobre planejamentos, é necessário compreender que existem diversos, mas que, dentre eles, destacam-se quatro principais: estratégico, tático, operacional e financeiro, sendo o estratégico o que mais abrange a organização, demonstrando a percepção da visão de futuro e as ações que levarão a esse resultado em longo prazo. Nesse planejamento, discute-se e realiza-se o tratamento em conjunto (diretoria e equipes) de missão, visão e valores, análise SWOT, análise dos ambientes, objetivos estratégicos e indicadores de metas e resultados.

Em síntese, o tático fica entre o estratégico e o operacional, proporciona o direcionamento aos departamentos e setores, auxiliando na definição de suas metas, seus processos e prazos, identificando

Contador, com pós e MBA nas áreas de Finanças e Gestão, e Gerente-Geral da Federação das APAEs do Estado de SP.

58 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29 ARTIGO
LUCAS AUGUSTO DE ALMEIDA

as responsabilidades, mas com necessidade de ser flexível e adaptável para o melhor cumprimento.

Já o operacional está relacionado às operações, às ações e aos atendimentos, às metas diárias que, se cumpridas, contribuem para o resultado elencado nos objetivos estratégico e tático.

Por fim, o planejamento financeiro contribui diretamente para sustentabilidade, perenidade, otimização e redução de custos e novas oportunidades de fontes de recursos para manutenção da organização, devendo ser trabalhado por área específica, mas com integração e entendimento de todos os projetos em andamento e planejados.

Para que sejam implantados os planejamentos, deve-se ter um responsável (ou mais de um), mesmo que não seja exclusivamente, que participe da elaboração, da aprovação, do acompanhamento (com cobrança e mensuração final), para apresentação de resultados e sua revisão, caso necessário. O importante é começar! Dar o primeiro passo para que o sufoco diário já tenha previsibilidades e possa ser resolvido com agilidade, causando o mínimo de prejuízos e impacto, do atendimento ao recurso.

Portanto, dê inicialmente a devida importância a este tema, para que sua organização consiga tirar o

PRIMEIRO PASSO PARA QUE O SUFOCO DIÁRIO JÁ TENHA PREVISIBILIDADES E POSSA SER RESOLVIDO COM AGILIDADE, CAUSANDO O MÍNIMO DE PREJUÍZOS E IMPACTO, DO ATENDIMENTO AO RECURSO.”

- Lucas Augusto de Almeida -

planejamento do papel e fazer com que seja efetivo. O planejamento é para todos, independentemente do tamanho de sua organização, pois a mensuração do impacto gerado à sociedade tem a mesma relevância. E, ainda, nos auxilia na identificação de fragilidades e de como elas serão trabalhadas, para que no futuro se tornem uma força, beneficiando, dessa forma, diretamente o processo de cumprimento de seus objetivos estatutários.

59 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29
“O IMPORTANTE É COMEÇAR! DAR O

Ampliação das arrecadações via título de capitalização, beneficiando as APAES paulistas

parceria Hiper Cap Litoral
Nova

RESPONSABILIDADES LEGAIS DOS PRESIDENTES DAS ENTIDADES

Ao presidente, cabe a administração, a gestão e o controle da organização da sociedade civil, que está habilitado a assinar termo de colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação com a administração pública para a consecução das finalidades de interesse público e recíproco, ainda que delegue essa competência a terceiros.

A responsabilidade pessoal do Administrador é uma característica vinculada à obrigação em responder por um ato (ou omissão) e pode ser de ordem civil e também criminal, além de trabalhista e fiscal/tributária, entre outras.

A Responsabilidade Civil surge pela desobediência de uma regra, que pode, até mesmo, ser estabelecida pelo Estatuto Social, ou pela inobservância de referida regra, ou de uma conduta moral.

As APAES são pessoas jurídicas, detentoras de personalidade jurídica própria, autônoma, com isso, seus administradores são responsáveis pelos atos que praticarem em excesso à competência que lhes fora atribuída ou quando desvirtuarem a finalidade da entidade.

Vários são os motivos que podem ocasionar a responsabilidade para uma organização da sociedade civil, como a falta de sistema de Controles Internos, de manutenção e de fiscalização; a ausência de cultura de idoneidade; a aplicação de poderes excessivos ou ausência de controle de poderes existentes, incluindo aqui comportamento da alta gestão (abuso da personalidade).

O Código Civil traz em seus artigos algumas situações em que poderá haver sanções: Art. 186 (ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência), Art.187 (ato ilícito que excede os limites impostos pelo seu fim social), Art. 927 (ato ilícito

CLÁUDIA FRAGOSO

Procuradora jurídica da FEAPAES-SP

que causar dano a outrem) e Art. 942 (os bens do responsável pela ofensa ou violação ficam sujeitos à reparação do dano).

O Código Penal, em seu art. 327, equipara o presidente da entidade ao funcionário público, que presta serviços para a execução de atividade

61 APAE EM DESTAQUE • ANO 2022 • EDIÇÃO 29
JURÍDICO INFORMA

MAIS ORGANIZAÇÃO, QUALIDADE

E CONTROLE DE PROCESSOS. PARA QUE ISSO SEJA POSSÍVEL, É PRECISO QUE HAJA A PARTICIPAÇÃO NÃO SOMENTE DOS GESTORES, MAS DE TODOS OS SETORES E COLABORADORES DA ENTIDADE.”

tributárias em relação a terceiros, inclusive, as obrigações acessórias, mediante condutas de omissão de informação, prestação de declaração falsa às autoridades fazendárias; fraude à fiscalização tributária, inserção de elementos inexatos, ou omissão de operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal. Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa.

Na área previdenciária, os crimes podem ser caracterizados como apropriação indébita Previdenciária, conforme estabelece o Art. 168-A do Código Penal, quando não é repassado à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa.

típica da Administração Pública, o que, consequentemente, poderá acarretar a aplicação da Lei nº 8.249/92, que dispõe sobre a improbidade administrativa:

Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento ilícito auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de atividade nas entidades [...] (BRASIL, 1940).

O Art. 135 do Código Tributário Nacional especifica que são responsáveis pessoalmente os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

A entidade que não paga ou não recolhe os tributos, não está afastada das demais obrigações

A responsabilidade trabalhista do dirigente/administrador ocorre quando a associação sem fins lucrativos não possuir patrimônio para satisfazer uma dívida trabalhista. Neste caso, os bens de seus dirigentes/administradores podem ser penhorados para quitá-la, mesmo que os dirigentes não sejam remunerados.

É possível otimizar a gestão da APAE aplicando boas práticas que visam gerar mais organização, qualidade e controle de processos. Para que isso seja possível, é preciso que haja participação não somente dos gestores, mas de todos os setores e colaboradores da entidade.

Uma boa gestão envolve acompanhar indicadores, medir resultados, resolver problemas e, ainda, evitar falhas de processo. O que garante tudo isso é o desenvolvimento de um planejamento que englobe as necessidades e as características da entidade.

BRASIL. Decreto Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940.

BRASIL. Lei nº 8.249, de 02 de junho de 1992 (Lei de Improbidade Administrativa). Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. Presidência da República: Casa Civil: Subchefia para assuntos jurídicos. Brasília, 02 jun. 1992.

BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional). Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Presidência da República: Casa Civil: Subchefia para assuntos jurídicos. Brasília, 25 out. 1966.

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Novo Código Civil). Institui o Código Civil. Presidência da República: Casa Civil: Subchefia para assuntos jurídicos. Brasília, 10 jan. 2002.

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“É POSSÍVEL OTIMIZAR A GESTÃO DA APAE APLICANDO BOAS PRÁTICAS QUE VISAM GERAR

Mudando Vidas!

Quem compra, concorre e ajuda!

São mais de 70 mil pessoas com deficiências beneficiadas pelo Vale Cap!

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